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Apostila - REGIME DE BENS
Apostila - REGIME DE BENS
DO DIREITO PATRIMONIAL
DO REGIME DE BENS ENTRE OS CÔNJUGES
2.1. Princípio da Livre estipulação (autonomia privada): É lícito aos nubentes, antes de celebrado o
casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver (art. 1.639).
Ou seja, os cônjuges são livres para escolher o regime de bens que melhor atende seus
interesses, bem como fazer combinações entre eles, criando um regime misto.
Contudo, a liberdade de pactuar não é ABSOLUTA, uma vez que o pacto não pode conter
cláusulas que violem as normas de ordem pública a respeito da matéria. Ademais, o art. 1.641
prevê a imposição legal de Separação obrigatória de bens.
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2.2. Princípio da indivisibilidade do regime de bens: o regime de bens é único para ambos os
cônjuges, diante da isonomia constitucional entre marido e mulher.
Exceção: o princípio da indivisibilidade é excepcionado na hipótese de casamento nulo ou
anulável em que apenas um dos cônjuges agiu de boa-fé. Nessas hipóteses, o regime de bens é
aplicado de forma diferente para cada um dos cônjuges. O regime de bens beneficiará o
cônjuge que agiu de boa-fé (Casamento putativo, art. 1.561, CC).
2.3. Princípio da variedade de regime de bens: O Código Civil consagra quatro possibilidades de
regimes de bens aos nubentes, podendo inclusive adotar um regime misto (ex: os cônjuges optam
pela separação de determinados bens e a comunhão quanto aos demais).
No silêncio das partes, prevalecerá o regime da comunhão parcial, que é o regime legal ou
supletivo (art. 1.640, caput, do CC).
2.4. Princípio da mutabilidade justificada: O art. 1.639, § 2.º, do Código Civil, possibilita a alteração
do regime de bens, mediante autorização judicial, em pedido motivado de ambos os nubentes,
apurada a procedência das razões invocadas e desde que ressalvados os direitos de terceiros. Ver
Art. 734 CPC/2015.
Enunciado 113 do CJF: “É admissível a alteração do regime de bens entre os cônjuges, quando
então o pedido, devidamente motivado e assinado por ambos os cônjuges, será objeto de
autorização judicial, com ressalva dos direitos de terceiros, inclusive dos entes públicos, após
perquirição de inexistência de dívida de qualquer natureza, exigida ampla publicidade”.
Enunciado 262 da III Jornada de Direito Civil: A obrigatoriedade da separação de bens nas
hipóteses previstas nos incs. I e III do art. 1.641 do Código Civil não impede a alteração do
regime, desde que superada a causa que o impôs.
Ou seja, o regime de bens só não será mutável na hipótese de separação obrigatória em razão
do casamento de pessoa maior de 70 (setenta) anos.
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No regime da Comunhão Universal de Bens (CUB), todos os bens se comunicam, tanto
adquiridos anteriormente como posteriormente ao casamento, salvo cláusulas restritivas.
Na Comunhão Parcial de Bens (CPB), só se comunicam os bens adquiridos após o
casamento, sendo considerados particulares os que foram adquiridos por cada cônjuge, antes de se
casarem.
Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a
mulher podem livremente:
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Ainda, conforme o art. 1.643 do Código Civil, podem os cônjuges, independentemente
da autorização um do outro:
Nos termos do art. 1.644 do Código Civil, as dívidas contraídas em razão desses atos de
economia doméstica obrigam solidariamente ambos os cônjuges.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem
autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis Obs: a vênia conjugal inclui,
também, os bens particulares de cada cônjuge, uma vez que seus frutos integram a
comunhão – se justifica pelo interesse na proteção da casa destinada à moradia da
família, ou aos bens que lhe assegurem estabilidade econômica.
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam
integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem
ou estabelecerem economia separada.
O objeto da norma restringe-se às doações feitas aos filhos, por ocasião de se casarem, ou
estabelecerem economia separada, tendo em vista o princípio de solidariedade e o dever de colaboração
que devem prestar os pais nos momentos em que se dá a emancipação econômica dos filhos.
A falta da outorga conjugal pode ser suprida pelo juiz, quando o cônjuge não puder concedê-la
ou a denegue de maneira injusta (art. 1.648). E, não havendo suprimento, haverá nulidade relativa
do negócio jurídico (passível de anulação), estando a ação anulatória sujeita a prazo decadencial de
2 ANOS, a contar da dissolução da sociedade conjugal (art. 1.649).
Enunciado 340 CJF: No regime da comunhão parcial de bens é sempre indispensável a
autorização do cônjuge, ou seu suprimento judicial, para atos de disposição sobre bens imóveis.
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Exceção: Art. 1.656 do Código Civil: No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação
final nos aquestos, poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que
particulares.
6. Pacto Antenupcial
A adoção do regime que não seja o legal ou supletivo se faz através de um contrato solene,
denominado “Pacto antenupcial”. Deve ser realizado antes do casamento, através de escritura
pública, na qual declaram os cônjuges o regime que adotam, se diverso do legal (podendo inclusive
fazer combinações entre os regimes existentes), bem como as condições ou adendos que resolvem
acrescentar.
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que
lhes aprouver.
Não havendo convenção antenupcial, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará entre os cônjuges
o regime da Comunhão parcial (CC, art. 1.640).
Será nulo o pacto antenupcial se não for formalizado por meio de escritura pública, como
prescreve o artigo 1.653 do Código Civil, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.
É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei (art. 1.655, CC)
Ex: serão nulas serão as cláusulas que (a) dispensem os consortes do dever de mútua
assistência; (b) prive um dos cônjuges do poder familiar ou de assumir a direção do patrimônio
quando outro estiver em local ignorado; (c) alterem a ordem da vocação hereditária; (d)
ajustem a comunhão de bens, quando o casamento só podia realizar-se pelo regime da
separação; (e) estabeleçam que um dos cônjuges possa vender imóveis sem outorga conjugal.
Pacto antenupcial que adotar o regime de participação final dos aquestos (exceção) poder-
se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares. Adotado esse
regime, podem, portanto, os cônjuges convencionar a possibilidade da venda dos bens
particulares, sem a autorização de um ou de outro.
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O vício em uma cláusula não contamina todo o pacto antenupcial, mantendo-se íntegras as
demais que não contrariam a ordem pública.
Segundo o art. 1.654 do Código Civil, a eficácia do pacto antenupcial realizado por menor de
idade, fica condicionada à aprovação de seu representante legal, salvo as hipóteses de regime
obrigatório de separação de bens.
O regime da Comunhão Parcial de bens é o regime legal ou supletório, ou seja, é o regime que
prevalece se não houver pacto entre os cônjuges, ou sendo este nulo ou ineficaz.
No caso, existem três patrimônios, o exclusivo de cada cônjuge (bens que possuíam antes do
casamento) e patrimônio comum do casal (adquirido na constância do casamento).
Esse regime também é o legal no caso de união estável, não havendo convenção em sentido
contrário, nos termos do art. 1.723, CC.
O art. 1.659 do Código Civil estabelece quais são os bens incomunicáveis, e, consequentemente,
excluídos da comunhão:
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Nas doações, e mesmo na sucessão testamentária, para que haja comunicação, é necessário o
ato de vontade do doador e do testador, dispondo expressamente nesse sentido. Caso
contrário, quaisquer bens recebidos serão particulares.
Sub-rogação consiste na substituição de uma coisa por outra, ou seja, a venda de um bem que
possuía antes do casamento para comprar outro.
Dois os requisitos necessários para caracterizá-las: a época em que as dívidas foram contraídas
(que deve ser anterior ao casamento); e a finalidade da obrigação, não relacionada ao
casamento, ou seja, a dívida não contribui para o outro cônjuge. Apenas entra na
responsabilidade comum se proveniente de despesas com os aprestos do casamento, ou que se
reverteu em proveito comum.
Só responde pela reparação dos danos causados pelos atos ilícitos o cônjuge que lhe deu causa.
Não importa a época em que ocorreram tais atos – se antes ou após o casamento.
Obriga-se somente o cônjuge causador, eis que a responsabilidade pelo ato ilícito é pessoal e,
por isso mesmo, como consequência, pessoal é a dívida resultante dessa responsabilidade.
Contudo, se o dano proporcionou proveito ao patrimônio comum do casal, a indenização será
suportada pela totalidade dos bens.
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Os bens de uso pessoal abrangem todos os apetrechos, objetos, joias, adornos, enfeites, roupas
e até móveis que a pessoa necessita e usa. São utilizados no cotidiano, para a vivência do
indivíduo, não se estendendo ao proveito de outras pessoas, mesmo que familiares. Não são
compartilhados e nem expressam, em geral, um conteúdo econômico elevado. Não incluem
bens que, embora também de uso pessoal, se prestam ao proveito de outros familiares, ou de
terceiros, como os automóveis e máquinas.
Presume-se que os bens de uso pessoal foram adquiridos com recursos próprios, mas caso
representem investimento do casal, passam a se comunicar. Ex. Joias, roupas, celulares, acervo
de livros, notebook, etc.
Ainda, o art. 1.661 do Código Civil dispõe que são incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver
por título uma causa anterior ao casamento. No caso de bem imóvel adquirido mediante
promessa de compra e venda anterior ao casamento, cuja escritura tenha se dado somente
após a celebração, é bem incomunicável.
O art. 1.660 do Código Civil traz os bens que entram na comunhão, que são comunicáveis:
O patrimônio comum será formado pelos bens adquiridos ao longo da vida conjugal, ainda que
colocados em nome de apenas um dos cônjuges, pois a lei presume a participação de ambos os
cônjuges na aquisição. Mesmo que o pagamento do bem tenha sido feito exclusivamente por
um deles, pertencerá a ambos de forma igual (50% para cada).
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II - Os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou
despesa anterior.
Os bens adquiridos por fato eventual entram na comunhão. Assim ocorre com os prêmios
ganhos em loterias, sorteios, disputas e jogos, pois a sorte é considerada um fato eventual.
Quanto aos bens móveis, o art. 1.662 do Código Civil impõe a presunção de que foram
adquiridos por esforço comum na constância do casamento. Todavia, essa presunção é relativa
(iuris tantum) e pode ser afastada caso o cônjuge faça prova de que o móvel foi adquirido em
período anterior, gerando a incomunicabilidade.
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8. Regime da Comunhão Universal de Bens (art. 1.667, CC
Até o advento da Lei do Divórcio (Lei 6515/1977) o regime legal no Brasil era o da Comunhão
Universal de bens. Desde então, tal regime é facultativo, ou seja, pode ser adotado pelas partes
mediante pacto antenupcial.
Na Comunhão Universal, presume-se que os bens ingressam no acervo comum do casal como
se tivessem sido adquiridos igualitariamente pelos cônjuges. Ou seja, cada cônjuge tem direito a
uma metade ideal (meação) sobre todos os bens móveis e imóveis.
Porém, o art. 1.668 do Código Civil traz alguns bens como sendo incomunicáveis:
OBS: Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica
impenhorabilidade e incomunicabilidade.
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Art. 1.951. Pode o testador instituir herdeiros ou legatários, estabelecendo que,
por ocasião de sua morte, a herança ou o legado se transmita ao fiduciário,
resolvendo-se o direito deste, por sua morte, a certo tempo ou sob certa condição,
em favor de outrem, que se qualifica de fideicomissário.
Em outros termos, pode-se afirmar que as dívidas anteriores de cada cônjuge são
incomunicáveis, salvo as contraídas para aquisição do imóvel residencial do casal, para a
mobília, para o enxoval, para a festa do casamento, etc.
Nesta situação, o bem doado por um cônjuge ao outro será próprio do donatário (favorecido),
não entrando na comunhão.
Cumpre referir que, assim como na comunhão parcial de bens, não se tratam de bens
incomunicáveis aqueles adquiridos com os proventos pessoais de cada cônjuge. As aquisições,
mesmo que resultantes dos proventos, integram a comunhão.
Conforme o art. 1.669 do Código Civil, os frutos percebidos na constância da união, mesmo que
de bens incomunicáveis, são comuns. Exemplo: o aluguel de bem imóvel incomunicável
alugado.
O artigo consigna que duas espécies formam o patrimônio próprio: os bens já existentes ao se
formar a sociedade conjugal e aqueles adquiridos durante o casamento, a título gratuito ou
oneroso. Porém, apenas os bens adquiridos onerosamente ingressam na partilha e formam a
meação.
Enquanto não ocorrer a dissolução da sociedade conjugal, não há o que se falar em patrimônio
comum, ainda que parcial há uma expectativa de direito, que será constituído no momento
que a sociedade conjugal chegar ao fim. Os cônjuges se comportam como se estivessem
submetidos a regime de separação absoluta.
Porém, as pessoas casadas pelo regime da separação absoluta (separação convencional), estão
dispensadas de todas as imposições de outorga conjugal referidas no art. 1.647 do Código Civil,
enquanto as casadas pelo regime da participação final nos aquestos não estão dispensadas,
mesmo em se tratando de bens particulares. Há somente a possibilidade prevista no art. 1.656
do Código Civil, que autoriza previsão no pacto antenupcial no sentido de convencionar a livre
disposição dos bens imóveis, desde que particulares, o que implica a não incidência do inciso I
do art. 1.647 do Código Civil.
O art. 1.673 do Código Civil expressa que integram o patrimônio próprio os bens que cada
cônjuge possuía ao casar e os por ele adquiridos, a qualquer título, na constância do casamento
a administração desses bens é exclusiva de cada cônjuge, que os poderá livremente alienar,
se forem móveis. Quantos aos bens imóveis, impõe-se a outorga do cônjuge, salvo disposição
expressa em contrário no pacto antenupcial.
Durante a constância do casamento, os bens adquiridos individualmente pelos cônjuges,
constituem patrimônio próprio, o que distingue este do regime da comunhão parcial, em que
todos os bens adquiridos onerosamente fazem parte do patrimônio comum, a partir do ato de
sua aquisição.
Conforme o art. 1.679, se algum bem foi adquirido com participação efetiva de ambos os
cônjuges, há condomínio (50% para cada).
De acordo com o art. 1.674, com a dissolução da sociedade conjugal (separação, divórcio, morte
ou invalidade), apurar-se-á o montante dos aquestos.
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Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se adquiridos durante o
casamento os bens móveis.
Por sua vez, o parágrafo único, determina traz, quanto aos bens móveis, a presunção (relativa)
de que tenham sido adquiridos durante o casamento, o que implica na inclusão no cálculo dos
aquestos.
O art. 1.683 traz que os bens são considerados em seus valores, na data da efetiva cessação da
convivência entre os cônjuges.
Os bens imóveis, segundo o art. 1.681, são de propriedade do cônjuge cujo nome constar no
registro impugnada a titularidade, caberá ao cônjuge proprietário provar a aquisição regular
dos bens.
Por fim, o art. 1684 dispõe que, não havendo possibilidade ou conveniência da divisão do
patrimônio, poderá o cônjuge proprietário indenizar o outro, em dinheiro. Havendo
discordância ou impossibilidade desse pagamento, serão alienados judicialmente tantos bens
quantos bastarem.
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal
na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação
em contrário no pacto antenupcial.
Por meio dela, os cônjuges conservam exclusivamente para si os bens que possuíam quando
do casamento e aqueles que adquirirem na constância da união. Há a completa separação do
patrimônio dos cônjuges, significando a total incomunicabilidade do patrimônio Regime que
exige pacto antenupcial, via escritura pública.
Contudo, isso não significa que não exista o dever de mútua assistência entre os cônjuges,
inclusive material, como determina o art. 1.688.
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Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um
dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.
Ou seja, não haverá a comunicação de qualquer bem, seja anterior ou posterior ao casamento,
cabendo a administração desses bens exclusivamente ao proprietário.
Considerando que o passivo também integra o regime de separação, não se comunicam os
débitos anteriores ou posteriores ao casamento, pelos quais responde apenas o consorte que
os contraiu.
Conforme o art. 1.688 do Código Civil, ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as
despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo
estipulação em contrário no pacto antenupcial onde a contribuição de cada cônjuge pode ser
definida de maneira diversa.
Segundo a doutrina, tão somente na separação convencional há separação absoluta, sendo livre
a disposição dos bens, sem a necessidade da outorga conjugal, imposta pelo art. 1.647 do
Código Civil.
OBS: Enunciado 262 da III Jornada de Direito Civil A obrigatoriedade da separação de bens
nas hipóteses previstas nos incs. I e III do art. 1.641 do Código Civil não impede a alteração do
regime, desde que superada a causa que o impôs.
Importante!!!
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DIVÓRCIO: No regime de Separação Legal/Obrigatória de bens, comunicam-se os adquiridos na
constância do casamento, desde que comprovado o esforço comum para sua aquisição
O STJ possui julgados afirmando que essas regras sobre separação legal devem ser aplicadas
também no caso da união estável. Nesse sentido, a Segunda Seção, ressaltou, em releitura da
Súmula 377 do STF, decidiu que, no regime de separação legal, comunicam-se os bens
adquiridos na constância do casamento (ou união estável) desde que comprovado o esforço
comum para a sua aquisição (EREsp 1.623.858).
É aquela prevista nas hipóteses do art. 1.641 É a separação convencional, ou seja, estipulada
do Código Civil. voluntariamente pelas partes (art. 1.687 do
CC).
No regime de separação legal de bens,
comunicam-se os adquiridos na constância do Na separação absoluta (convencional), não há
casamento, desde que comprovado o esforço comunicação dos bens adquiridos na
comum para sua aquisição. constância do casamento. Assim, somente
haverá separação absoluta (incomunicável) na
Aplica-se a Súmula 377 do STF. separação convencional.
Bom Estudo
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