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MANIPULACAD MAGISTRAL Manipulacao de Produtos para Eqiiinos Ministrantes: Luis Claudio Lopes C. da Silva Claudio Ribeiro is Fontes 197 Cjs 51 ¢ 64 E-MAIL: racinewpti.uol.br MANIPULACAO DE PRODUTOS PARA EQUINOS Luis Claudio Lopes Correia da Silva 1, INTRODUCAO, Com o desenvolvimento crescente da indiistria farmacéutica, mais especificamente na area de produtos veterinarios, a manipulagao de medicamentos ¢ pratica pouco frequente em nosso meio. pois estas formulagdes no tém sido passadas para os profissionais mais jovens, que atualmente encontram mais a mao produtos nem sempre to eficientes, ou muitas vezes em concentracdes insatisfatorias. Ao comparar livros “antigos” com edigdes atualizadas, no que diz respeito a clinica veterinaria. observa-se que as formulacdes foram praticamente abolidas dos textos, 0 que fatalmente gera um pequeno vazio, uma vez que nem todas elas foram substituidas Nao se trata de questionamento com relago aos produtos comerciais, os quais vieram para facilitar, e muito, 0 nosso dia a dia. é apenas um fato que faz parte da rotina do clinico veterinario, que uma vez conhecendo as possibilidades de manipulagdo. passa a emprega-la com resultados satisfatorios 2. PARTICULARIDADES DA ESPECIE EQUINA Este capitulo tem por finalidade aproximar o leitor de um animal normalmente admirado por sua beleza, 0 cavalo, que para alguns é sindnimo de amizade e lazer. enquanto para outros disperta curiosidade e medo. 2.1 TEMPERAMENTO. Como em todo animal dito como doméstico, 0 temperamento do cavalo € espelho da forma pela qual ele foi criado. E fato que algumas ragas apresentam uma maior docilidade que outras. como ¢ 0 caso por exemplo dos animais da raga Quarto de Milha. Quando nao é costume em uma propriedade o emprego de manejo mais intensivo, os animais demonstram maior agressividade. Devemos estar, portanto, atentos as suas principais armas de defesa: a mordida, 0 coice (desferido com os membros posteriores) e a manotada (desferido com os membros anteriores) Cavalos machos inteiros, ou seja, que nao foram castrados, possuem temperamento mais imprevisivel, geralmente quando outro equino, independentemente do sexo. esta presente Racine Qualificagdo ¢ Assessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499 1 Sao animais muito inteligentes, percebendo facilmente em nos 0 medo, a firmeza, o afeto. a repressio, e tantas outras formas de sentimentos, que felizmente ou infelizmente. exibimos de forma incontrolavel aos olhos atentos deste observador. Para quem ja é intimo de um determinado cavalo, fica mais facil prever suas reagdes frente a procedimentos impostos, 0 que nao € muito facil quando a relagao passa a ser de veterinario - paciente, exigindo muitas vezes a contengao mais firme, para a administragao de medicamentos por exemplo. 2.2 DIMENSOES Sao grandes, Muito grandes. Um cavalo adulto, exceto nas ragas miniaturas, pesa em média 350 a 700 Kg, Apenas para exemplificar a relacao, pode-se dizer que os cavalos de passeio pesam em tomo de 400 Kg, os cavalos de corrida em torno de 450 Kg, e os cavalos de hipismo em tomo de 550 Kg. Sua altura também ¢ extremamente variivel, medida sempre com relagdo a cernetha. que € © ponto fixo mais alto da insergdo do pescogo no tronco. estando em media entre 1.45 1,75 m. Uma vez que temos nogdes a respeito de seu temperamento e dimensdes é mais facil compreender as dificuldades encontradas na hora de medicar um paciente que pesa 8 vezes mais que nos € no gosta de tomar remédio. 3. REALIDADE SOBRE O MERCADO DE CRIACAO Talvez seja um dos mercados mais instaveis dentro da agro-industria, uma vez que sua produgao ndo é destinada a consumo. e sim ao esporte, lazer, trabalho ou satisfagio pessoal. Tanto que o mercado de produtos veterinarios considera 0 cavalo como sendo animal de compantia, E 6 dentro desta filosofia que podemos observar uma nitida mudanga no mercado. tendendo para uma criagdo visando o cavalo funcional, que possa dar retorno econémico, ou ‘a0 menos suavizar custos, uma vez que a recessdo financeira ja deixa longe da realidade as propriedades faradnicas, que tinham nesta atividade 0 conhecido Caixa 2 das grandes empresas Atualmente, apenas os animais com reconhecida capacidade funcional, ou reprodutores de excepcional linhagem, podem atingir elevados pregos. Acompanhando estas transformagdes, que esto presentes nao apenas nesta atividade econémica, nota-se a busca de diminuigdo nos custos de producao e emprego de tecnologia para a criagdo de cavalo. Outros proprietarios adquirem o animal antes do processo de doma. preparando-o entdo na fungdo a que se destina, tanto para uso proprio. como para venda A venda do animal pronto para a fungdo a que se destina; esporte, lazer ou reprodugio, bem como as coberturas, onde se escolhe um determinado garanhao para cruzamento. constitui-se no principal volume de transagdes envolvendo o cavalo em si Paralelamente a este comeércio, temos infinitas atividades econémicas que mobilizam muito dinheiro: rodeios, venda de equipamentos e acessérios para montaria, transporte de animais, jogos de aposta, centros de treinamento, hospedaria, hipicas, provas dos varios esportes eqiiestres por todo o pais, leilées, mao de obra especializada, hospitais e clinicas veterinarias, fabricas de ragdes, lojas de distribuigao de produtos veterinarios e ragdes, venda Racine Qualificagio e Assessoria - Fone/Fax (011) 231-0499 eur macho wogisraat de medicamentos e outros produtos no mercado paralelo, produgdo e comércio de material hospitalar ¢ cinurgico ¢ laboratorios farmacéuticos so apenas alguns exemplos. A indastria farmacéutica. encabegada pelos grandes grupos internacionais. tém aumentado significativamente seus investimentos no pais, com langamentos frequentes de linhas de produtos para cavalos, tanto na area de medicina veterinaria preventiva quanto terapéutica Mesmo com esta diversidade de laboratorios e produtos existentes atualmente no Brasil. muitos produtos imprescindiveis. principalmente para a medicina esportiva, ainda sdo adquiridos através de importacao, ou mais frequentemente pelo mercado paralelo. Acreditamos que dentro deste contexto. a manipulagio em medicina equina ainda se faz necessaria, seja para a elaboragio de produtos em pequena escala ou através de formulas prescritas por médico veterinario. 4. CUSTO X BENEFICIO DE TRATAMENTO Para quem lida profissionalmente com o cavalo na pratica didria. nao € estranho presenciar a solicitagao de sacrificio de um animal pelo seu proprietario. Isso é uma realidade dentro da criagdo de animais e da medicina veterinaria, ocorrendo com uma maior frequéncia para outras espécies de produgao. e menor com cies e gatos, custo € 0 grande impecilio para 0 tratamento de um cavalo adulto enfermo, pois quando imaginamos que um cavalo pesa em média 30 vezes mais que um cao de porte medio (15 Kg), concluimos que s6 com medicamento o gasto sera 30 vezes maior Baixo custo de tratamento de uma infecgao consome s6 de antibidtico RS 20,00 a0 dia, perfazendo RS140,00 para um periodo minimo de 7 dias. Por outro lado, 0 gasto total com uma cirurgia e tratamento pos-operatorio em hospital privado pode atingir mais de cinco mil reais facilmente Justamente pelo fato do cavalo ser um hibrido entre animal de produgdo e de companhia. podemos em algumas situagdes tratar pacientes que custam infinitamente menos que © valor investido de forma incerta na terapia, e por outro lado sacrificar animais de alto valor. pois este no serve mais para esporte, e sua manuteng&o ira despender gastos desnecessirios. Em muitas situagdes percebemos que jamais, por mais preparo que tenhamos. iremos um dia nos acostumar a essa dura realidade 5. PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRACAO DE DROGAS EM EQUINOS Basicamente todas as vias de administragdo conhecidas sio empregadas, porém o uso de drogas injetaveis, quer de forma intramuscular ou intravenosa, € 0 mais pritico Juntamente com aplicagao tépica, compdem a rotina diaria © uso oral de drogas é menos empregado pelo fato de ser menos pritico, exceto nos casos de tratamento prolongado. As principais formas sao: ~ misturando-se na ra¢do, onde so utilizadas principalmente as formulagdes em po. + através de seringas, mais indicada para administrago de solugdes e pastas (principalmente vermifugos). ~ por sondagem nasogastrica, quando emprega-se maiores volumes Racine Qualificagio e Assessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499 3 |) veer ncaa a 6. PRINCIPAIS AFECCOES E SEUS TRATAMENTOS MEDICAMENTOSOS, Neste capitulo abordaremos as indicagdes mais comuns que podem levar 0 médico veterinario a solicitar a manipulagao de um medicamento. As formulagdes variam muito conforme a origem da informacao e a propria criatividade do profissional, porém. para uma mesma afeccao as drogas basicas empregadas nao diferem tanto 6.1 ALTERACOES EM CASCOS, cuidado com a higiene e 0 casqueamento frequente é fundamental para a saude dos cascos, 0 apoio do cavalo. As alteragdes mais comuns estdo relacionadas com o descuido por parte do proprietario ou cavalarigo. Atualmente existem varios produtos comerciais indicados para a conservagao dos cascos, mas variagdes podem ser necessarias, 6.1.1 CASCOS RESSECADOS Para cascos ressecados deve-se utilizar produtos a base de substncia emoliente. A lanolina ¢ muito utilizada, podendo ser empregada pura ou associada com outras drogas. principalmente anti-sépticos ou antibacterianos em casos em que ha presenca de ferimentos. Oxido de zineo log Sulfato de neomicina _ 2 Vaselina 100g Lanolina 1002 6.1.2 PODODERMATITE EXSUDATIVA, 0 ido acético glacial associado ou nao a outras substéncias anti-sépticas. como é 0 caso do licor de Villate, pode ser empregado como céustico em casos em que ha areas de necrose ou proliferagao de tecido. Diferenciar quando um produto esta agindo como céustico, adstringente ou amti- séptico gera certa confusdo. Em geral, substancias anti-sépticas em concentragées elevadas acabam agindo como céusticos ou adstringentes potentes. Compostos mais utilizados: - Anti-séptico e impermeabilizante: alcatrao de hulha a 10% - Ciusticos: Acido acético glacial, sulfato de cobre em pé, permanganato de potassio em po. tintura de iodo 10 a 50 %, iodeto de potassio, biodeto de mercirio ~ Adstringente ¢ anti-séptico: formol 10 a 40%, allimen. acido tanico. ~ Anti-sépticos: tintura de iodo 1 a 2 %; clorexidine 0,5 %; iodopovidine 1 %: acido bérico 3 a 4 %, acido picrico (75%) associado ao Acido salicilico (25%) em solugao alcodlica saturada, - Antiinflamatério: Dimetilsulfoxido (DMSO), que também atua intensificando a penetracdo de outros compostos Racine Qualificagdo e Assessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499 4 Liquido caustico e anti-séptico (licor de Villate): Acido acetico 4.2m) Acetato de chumbo 15.0 ml Sulfato de cobre Sg Oxido de Zinco 15,0 ml Veiculo q.s.p _ 100.0 ml Liquido adstringente e anti-sépticor Alimen 100 lodoférmio log Acido salicilico _ 50g Veiculo q.s.p. 1000 ml Liquido anti-séptico (Bioférmula): difuido 1:2 em agua. Pode ser aplicado em pedilivio. Todoformio 10g Balsamo do peru 10g Guaiacol 10 ml Eucaliptol 10 mi Veiculo q.s.p. 1000 mi Liquido hemostatico para casco (Bioformula). Alien 808 Acido benzdico 208 Tintura Benjoim 10 ml Veiculo qs.p.__ 1000 mi E importante lembrar que acompanhando o tratamento t6pico, 0 uso de suplementago alimentar com vitaminas e aminodcidos auxilia no crescimento do casco. permitindo uma substituigao mais rapida Racine Qualificagiio ¢ Assessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499 3 Biotina sid Lisina 100 g Enxofre __ 40g Veiculo q.s.p._— 1000 ¢ Formula do produto comercial BIOTRAT © 6.2 CONTUSOES Traumas contusos, sem solugao de continuidade da pele, so geralmente tratados em fase inicial com aplicagio de gelo ¢ uso de antiinflamatorios € substéncia heparinoides topicas. Para fases tardias existem iniimeras formulagdes comerciais. Dexametasona 40 mg DMSO 100 ml Podesse associar a esta mistura um tubo de Reparil® gel, composto a base de escina s6dica, para que se obtenha uma maior reabsorgio de liquidos. Pasta antiflogistica (Bioformula ) Oxido de zinco 150g Gelatina 1502 Glicerina 350 ml Agua 350 ml Gel antiinflamatorio (Bioformula) Piroxican 500 mg DMSO 802 Nitrofurasona 200 mg, Veiculo q.s.p. 150g Em fases crdnicas utiliza-se solugdes denominadas revulsivas ou contra-irritantes, com o intuito de intensificar a vascularizagio no local ¢ acelerar o processo de reparacio tecidual. Nesta fase associa-se o uso de compressas quentes. Racine Qualificagio e Assessoria - Fone/Fax (011) 231-0499 6 Pomada lodo-iodetada Jodo metaldide 308 lodeto de potassio ___ 150g Agua destilada 150 mi Lanolina 600 g Vaselina 600 ¢ 6.3 FERIDAS A cicatrizacao de feridas em equinos é um capitulo muito extenso, néo cabendo aqui discuti-lo, mas deve-se ressaltar que o processo cicatricial, principalmente nas porgdes distais dos membros locomotores, ocorre acompanhada de uma intensa e prolongada fase inflamatoria. 0 que acarreta em crescimento de tecido de granulagao exuberante. Quanto mais utilizar-se substancias irritantes, ou o tecido sofrer agress6es mecinicas. maior 0 crescimento do tecido de granulagao. Para © tratamento, por segunda intencao, de feridas em equinos existem mais formulagdes que escalagoes diferentes da selecdo brasileira de futebol ou remédios para gripe. O tratamento ideal destas feridas ¢ baseado em limpeza, evitar infecgdes secundarias € miiases, protecio contra traumas e controle do crescimento de tecido de granulacao. O uso de outros compostos ira depender da avaliagdo do clinico, nfo havendo em hipétese alguma uma regra a ser seguida, mesmo porque as respostas individuais de cada animal sao extremamente variaveis. Um tipo muito comum de ferida granulomatosa em equinos é denominada Habronemiase cutdnea, produzida por contaminagao cutanea pela larva de Habronema sp, de dificil cicatrizagao. Seu tratamento consiste de uso sistémico de anti-helmintico. ressecgao cinirgica e terapia topica com pomadas contendo organatosforados Substancias mais utilizadas como anti-sépticos para limpeza da ferida - sabOes neutros ou anti-sépticos (a base de Irgasan) - Solugdo de hipoclorito de sédio (liquido de Dakin) diluido em agua destilada 1:2 - Solucdo de iodopovidine 1% diluido em solugao fisiologica 0,1 a 0.5 % - Solucdo de permanganato de potassio em diluigo 1: 10000. Antibidticos e quimioterapicos: Neomicina, Nitrofurazona, Penicilinas, Estreptomicina. Cloranfenicol, Sulfonamidas. Substancias ditas como “cicatrizantes” Oxido de zinco, Vitamina A, Uréia. Propolis, Caléndula, e algumas plantas medicinais, Adstringentes: Subnitrato ou Subgalato de bismuto, Altimen, Acido tanico. Antiinflamatorios: DMSO, Corticosterdides. Antiparasitarios: Organofosforados (triclorfon), Ivermectinas, Racine Qualificagdo ¢ Assessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499 0 ' i a Anestésicos locais: Tetracaina. Lidocaina Pomadas cicatrizantes. Formula utilizada no Servigo de Cirurgia - HOVET - FMVZ - USP Sulfato de neomicina 1% Cloridrato de tetracaina 1% Oxido de zinco 10% DMSO 5% Triclorfon 2% Caléndula _ 2% Uréia 5% Vitamina A 100 000 UL Veiculo (creme lanete) q.s.p. 500 g Pomada cicatrizante com caléndula (Bioformula) Sulfato de neomicina 100 mg, Prednisolona 60 mg Cloridrato de tetracaina 100 mg Oxido de zinco 10% Caléndula 2% Veiculo q.s.p 20g PO secativo (Biofdrmula) Acido tanico 6g Sulfato de cobre 128 Canfora 10g lumen 8g Carvao de madeira 4g Racine Qualificagio e Assessoria - Fone/Fax (011) 231-0499 Pomada adstringente (Bioformula) Subgalato de bismuto : Oxido de zinco Lanolina Se Vaselina Pomada para Habronemiase cutanea - Servigo de Cirurgia - HOVET - FMVZ - USP Triclorfon 10g Oxido de zineo 50 DMSO. 100 ml Lanolina 2002 Pomada para Habronemiase (Bioformula) DMSO, 100 g Nitrofurasona 0,06 g Prednisolona 0,01 Triclorfon 29.18 Alguns produtos tém sido pouco utilizados na manipulagdo de medicamentos veterinarios. principalmente os naturais. como é © caso dos fitoterépicos. O barbatimio, planta comum em nosso meio, tem uso popular bastante difundido. Seus principais constituintes so substéncias tanicas O uso 164 ), na pratica, é feito através do cha, ou a propria casca da arvore moida, E descrito ainda outras indicagdes, como anti-hemorragico e antidiarréi A membrana amnitica, retirada da placenta de fetos equiinos, tém sido empregada no apenas experimentalmente, mostrando excelentes resultados na cicatrizagéo de feridas. Talvez seu extrato pudesse ser empregado comercialmente, uma vez que sua obtengao atualmente € pouco pratica, apesar de barata, dependendo da coleta e estocagem de placentas de fetos recém paridos 6.4 DERMATOPATIAS 64.1 DERMATOFITOSES So les6es causadas por fungos superficiais, levando a descamagao ¢ perda de pélo. estando freqlientemente associado a falta de higiene umidade excessiva. Varios produtos slo empregados no tratamento, sendo mais comum o emprego de escovagao e banho com substancias a base de iodo. Alguns xampus, sabonetes e solugdes tém sido elaborados. Racine Qualificago e Assessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499 9 j ‘Xampu antifiingico lodopovidine ___ 1% Xampu neutro q.8.p 5 1000 mi Solug2o antifiingica lodeto de potassio 60g Jodo metaloide 30g Acido salicilico 208 Acido benzdico 402 Fomol_—CSCsid Alcool absoluto 1000 ml Indicada para uso topico localizado Creme antimicotico (Bioférmula) Oxido de zinco 18% Caolim 20% Xilol 5% DMSO 10% Econazol 1% Creme q.5.p. 100g 6.4.2 SARNAS Lesdo cutanea causada por acaros, de carater pruriginoso, levando a formacao de crostas, hiperqueratose e perda de pélos. Mais comumente o tratamento é realizado através de banhos com acaricidas diluidos em agua e aplicados com pulverizadores. Solugdes para uso t6pico localizado podem ser aviadas Pomada de Milian (Drogaderma) Sulfeto de potassio 5 ml Oxido de zinco 058 Vaselina 50g Lanolina 50g Racine Qualificagdo e Assessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499 10 Logio acaricida (Drogaderma) Gama benzeno hexaclorado Logo base q sp. 100 ml 643 OUTRAS FORMULAGOES Xampu para Seborréia (Drogaderma) Enxofte liquido Acido salicilico 0.2% Irgasan Xampu Texapon 4.5.9 1000 ml Xampu para Seborréia (Bioformula) Sulfeto de selénio 5% Veiculo q.s.p. 1000 ml Creme Anti-alérgico (Drogaderma) Triancinolona acetonido 0,05 % Neomicina sulfato 05% Creme nao idnico 4.s.p 1002 Formula antipruriginosa (Bioférmula) Canfora 3g Calamina Oxido de zinco 15g Glicerina 20g Veiculo q.s-p. 1000 ml 6.5 INFECCOES OCULARES Em eqiiinos, as infece’e= mais comuns so secundarias a traumas oculares, atingindo ‘acomeaelevando a for —_» we tileeras. As uveites, processos que acometem estruturas mais internas, podem ac nfecc” - externas ov ~vavés da corrente circulatoria, Ra sficagdo € Assessoria ~ F ax (O11) 231-0499 W Devido a necessidade de lavagem ocular constante, através de sonda subpalpebral fixada previamente, grandes volumes de solugdo oftalmica sio requeridos para tratamento prolongado. 0 que inviabiliza 0 uso de solugdes comerciais. ‘A composigao basica de solugdes oftdlmicas manipuladas ¢ associagao de -atibidticos. zeralmente aminoglicosideos. sulfato de atropina, promovendo relaxamento da «11s, mucoliticos e solugdo fisiologica como diluente Solugdo oftilmica para infecgdes oculares Tobramicina 0.3% Sulfato de atropina_ 0.25% N - Acetilcisteina 5% eiculo q.s.p. 500 ml Gentamicina ie 03% Sulfato de atropina 0,25 % N - Acetilcisteina 5% Veiculo q.s.p 500 mi 6.6 ALTERAGOES DIGESTIVAS Devido a dimensdo do trato gastrintestinal, grandes volumes de soludes so rios para a terapia oral de disturbios digestivos no equino. O uso de compostos nao “ diminuem o custo, pois so adquiridos diretamente nas farmacias de manipulagao OF «xy».-1980 do produto isoladamente. 6.6.1 LAXANTES, Utilizados nos casos de constipagdes ou obstrugées intestinais por massas ressecadas, desde que nao haja parada de transito intestinal e refluxo enterogastrico. Os mais comuns sto laxantes osmoticos, como 0 sulfato de magnésio, diluido diretamente em agua mora, na quantidade de 200 a 500 g, passado diretamente por sonda nasogastrica. Sua administragao pode ser repetida 2 vezes ao dia na dependéncia dos sinais observados. ( laxante mais eficiente empregado em medicina equiina para climinagao de grandes massas fecais compactadas € 0 dioctilsulfosuccinato de sdio, composto quimico do Humectol®. O inconveniente esté na necessidade de trituragao de 2 a 5 caixas (40 a 100 comprimidos) para que este possa ser administrado por sonda 6.6.2 ANTIACIDOS De forma similar, a administracéo de produtos manipulados facilitam o uso, além de reduzir custos de tratamento, Racine Quaiificagdio. .essoria For... (011) 231-0499 12 Os ant... mais utilizados so os de uso local, como o hidroxido de aluminio. tamponando a aga do suco gastrico, rico em acido cloridrico: ou através de bloqueadores H2, que reduzem a eliminagao de acido. 6.6.3 ADSORVENTES Conhecidos como protetores de mucosa, s4o substincias ndo absorvidas atraves da mucosa digestiva que apresentam a capacidade de reter toxinas, impedindo sua absorgao Podem ser utilizados isoladamente ou associados, Os principais adsorventes so: Caolim, Pectina, Carvao ativado, Oleo mineral e sais de Bismuto. A quantidade a ser administrada ira depender do peso do animal e da gravidade dos sintomas, devendo ter avaliagdo constante do clinico Associagao de substancias adsorventes: Carvao vegetal 35.08 Caolim 20.08 Pectina _ 05g Veiculo q.s.p. 100.0 mi 6.7 LAMINITE E ENFERMIDADE DO NAVICULAR Séo afecgdes que acometem estruturas internas ao casco, de diferente patogenia, porém secundarias a uma diminuigdo do suprimento sangiiineo Compondo o tratamento pode-se utilizar um vasodilatador periférico. Em fase inicial, nos casos de laminite, ¢ mais indicado a administragio de fenotiazinicos em baixas doses. orem, para um tratamento prolongado faz-se necessério o uso de droga que nfo cause efeitos indesejaveis. O isoxsuprine, um vasodilatador periférico, tem sido amplamente consumido nos casos crénicos de laminite ou enfermidade do navicular, sendo adquirido apenas através de farmacias de manipulaco ou importado . REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ANDREI, E. Compéndio médico, dicionario brasileiro de medicamentos. Ed. Andrei Ltda, 33 ed.. Séo Paulo, 1996, BARNETT, K.C.; CRISPIN, S.M.; LAVACH, J.D., MATHEWS, AG. Color atlas and text of equine ophthalmology, Ed. Mosby-Wolfe, Italy, p. 120-121, 1995, BATISTUZZO, J.A.D Fermulario oftalmolégico OPHTALMOS. S ed., Sao Paulo, 75 p., 1996 BIGBIE. R.B. et # of amnion and yeast cell derivate on second-intention healing in horses. American Journa: i 1""»"-ador e repelente de moscas. 4. Scheneider inha ULTRA com graxa para o casco, spray para brilho. abrilhanta.or zea dos olhos e orelhas. 5, Renascenga’ Paulo): linha Sargitarius com shampoo e condicionador Racine Qualificagio ¢ ..ssessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499 6. Hunter Horse Care ( Escécia): linha with TEA.TREE oil com shampoo, logao, creme, condicionador para crina e calda, spray, roll on e limpador com repelente. dleo para o casco 7. WF. YOUNG INC: Absorbine com brilho para 0 casco @) 5, DESCRICAO DE ALGUMAS FORMULAS DISPONIVEIS NO MERCADO Abaixo apresentamos algumas descrigdes de formulas de produtos cosméticos destinados a eqiiinos disponiveis no mercado brasileiro. SHAMPOOS Shampoo e Condicionador para Equinos Sargitérius (RENASCENGA) Lauril Sulfato de Sodio. 15% soda 6% de Ervas, 65% sw de sodio qin Corante gin Esséncia citronela qin Agua potavel qsp 100% Sabéio Liquido de Coco Winner Horse (Winner Horse) Lauril éter sulfato de sodio 15ml Dietanolamida do acido graxo de coco 1,8ml Veiculo qsp 100m! Shampoo Mane & Tail Aminoacidos da seda. Queratina Vitamina E Vitamina A Lauri exer sulfato de sodio Lauril sulfato de sédio Cocoamidopropil betaina. Amida 90 Mag Horse Shampoo (Ciquisa Farmacéutica Ltda) Lauril éter sulfato de s**t: 30g Dietanolmina de 6 = 3g Metilparabeno eve O18 Agua deionizac. q° 100ml ‘Racine Qualificagdo e Assessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499 cha rea | | | ‘Mag Horse Antisseptic Shampoo com Silicone (Ciquisa Farmacéutica Ltda) Lauril éter sulfato de sodio 24g Dietanolamida de acidos graxo de coco 2,58 Perolizante 3g Silicone. cole Triclosan 0.28 Metilparabeno Olg Agua desmineralizada gsp 100ml ' CONDICIONADOR Creme Condicionador Winner Horse Alcool cetoestearilico 3,62 Cloreto de cetil trimetil aménio 1.8ml ' Veiculo qsp 100m! ' a Mag Horse Logao Ativante para Pélos DREWAX DR 6g, Propilparaben 0.058 Cloreto de cetil trimetil aménio Ig Metilparabeno O.lg Veiculo . qsp 100ml ABRILHANTADORES ' Abrithantador Braite (Winner Horse) Dimeticone 612g Veiculo sp 100m! REPELENTE PARA INSETO Karflae Citronela (Winner Horse) Oleo Essencial de Citronela 15ml Veiculo qsp 100m! GRAXA PARA CASCO Ultra Crystal Clear Hoof Polish (Schneiders) Acetona Resina Fendlica Estabilizante Racine Qualificago e Assessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499 Supershine Black (W.F Young) Acetona Resina Pigmemtos BRILHO PARA CELAS DE COURO Esteres de acidos graxos 8% Lanolina 4% Polisiloxano . 1.5% Emulgadores e conservantes. 6% Agua e Fragrancia...... asp 6. SUGESTOES DE FORMULAS 4) Shampoo para Equinos Lauril éter sulfato de s6dio 30% Dietanolamida dos acidos graxos de c0co..... 3% Anfotero betainico. 1,5% Conservante os qs. Fragrancia qs. Solugdo de acide citrico sp pH 6 Agua sont - sp 100g 4) Pasta para Britho dos Pélos Dimeticone. - 5% Vaselina liquida. 10% Vaselina solida qsp 100g ©) Repelente em Spray Oleo de citronela i 10% Octil dodecanol . 5% Alcool qsp. . F 100g d) Abrithantador com Repelente Oleo de citronela Octil dodecanol Glicerina Alcool Racine Qualificagdo ¢ Assessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499 €) Graxa para Casco Goma Laca, f oe tH 20% PVP 5% Oleo de Ricino - tH - 5% Pigmento preto...... - 5% Removedor de esmalte .....-.enseese . gp 1008 fp) Abrithantador e Repelente com Oleo de Melaléuca Oleo de Melaléuca....... - 10% Lanolina sess 3% Vaselina liquida - ‘qsp 100m! g) Repelente com Citronela Oleo de citronela 10% Vaselina liquida ou alcool 9%... . ...gsp 1008, Esta apostila foi elaborada por: CLAUDIO RIBEIRO Farmacéutico Industrial, formado pela Faculdade de Farmacia da Universidade Federal de Ouro Preto Trabalhou em Farmacia Magistral e Farmacia Hospitalar. Formado na I* Turma do Curso Extensivo de Cosmetologia Aplicada da Racine Coordenador Cientifico da Area Cosmética da Racine e co-responsivel pelo Servigo de Assessoria Permanente (SAP). Coordenador Cientifico do Curso Intensivo Cosmetologia Express da Racine. Faz parte do Corpo de Consultores Técnicos e Ministrantes da Racine Racine Qualificagao e Assessoria SiC Ltda. Todos os dirvitae reservados pela Lei 5.988, de 14.12.73, Nenhum ow" ‘esta apostila poderd ser reproduzida sem autorizagdo prévia, por bass te.’ ne Qualificagdo e Assessoria, por meios eletrénicos, mecénicos, -ravagdo ou quaisquer outros. Racine Qualificagdo e Assessoria ~ Fone/Fax (011) 231-0499

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