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#4 - Switching e Routing
#4 - Switching e Routing
TÓPICO 01
Switching e Routing
Cada estratégia de segmentação de redes possui suas características próprias, que determinam
sua maior ou menor adequação para uma determinada rede local e para os problemas que
essa rede apresenta. Muitas vezes, várias técnicas são adequadas, em outras, por limitações
impostas pelas características da rede, apenas uma é indicada.
De forma geral, roteamento é uma técnica que deve ser usada quando é necessária a
conversão de protocolos. Essa técnica permite, por exemplo, que sistemas em redes WANs se
comuniquem com sistemas em redes locais, o que não é possível utilizando switching.
Já a estratégia switching, deve ser aplicada em situações em que é desejada uma melhora de
desempenho. Porém, deve-se tomar cuidado com uma verdadeira análise do problema
enfrentado por uma rede antes de adotar um switch como solução.
Para iniciarmos nossos estudos sobre switches e roteadores e saber quando usar um ou outro,
ou mais especificamente, quando é melhor usar um ou outro e como utilizar cada um deles,
analisemos a charge a seguir para ver um exemplo de como esses estudos são necessários.
Quadro 1: Dois rapazes e uma moça, um deles pode ter uma placa de rede de computador,
outro rolo de fios para internet Fala do quadro 1: Tendo mais switches resolveremos os
problemas?
Quadro 2: Um dos rapazes olha para seu celular, consultando... Fala do quadro 2: De repente
não é esse o problema... estou em contato com a antiga empresa, vendo se consigo o projeto
dessa rede.
Quadro 3: Moça falando. Fala do quadro 3: Temos que detectar qual o problema primeiro,
depois vemos o que precisa ser comprado, instalado, feito etc.
Muitas vezes, é constatado que a largura de banda disponível na rede não é de fato o
problema, e sim que existe uma saturação na demanda por determinados recursos. Nesses
casos, a utilização de switches não resolverá o problema: o que é necessário é um maior
número de servidores desses recursos.
Porém, a análise da melhor aplicação para cada estratégia é bastante complexa, levando em
consideração fatores gerais da rede e exigindo bom conhecimento da rede pelos projetistas.
Como foi dito anteriormente, em algumas redes todas as estratégias são adequadas; em
outras, por sua vez, apenas uma estratégia serve como solução.
Pois bem, já é possível imaginar quantos elementos devem ser explorados para adaptar cada
rede e para melhor adequação das suas necessidades. Vamos conhecê-las.
Entretanto, os roteadores são projetados para realizar funções muito específicas, que não são
realizadas pelos computadores comuns.
Exemplo:
Entre os exemplos das ações realizadas pelos roteadores estão: conectar e permitir a
comunicação entre duas redes e determinar o melhor caminho (melhor rota) para que os
dados sejam transmitidos por meio dessas redes interconectadas.
Assim como os computadores precisam de sistemas operacionais para executar suas funções,
os roteadores precisam do Internetwork Operating System (IOS), ou Sistema Operacional de
Interconexão de Redes para executar as funções definidas por meio de sua configuração.
A RAM (memória de acesso aleatório) permite que acessemos dados de forma não sequencial,
além de ser relativamente rápida. Seu ponto negativo é o mesmo do cache: é uma memória
temporária e volátil, que tem suas informações perdidas quando o computador é desligado.
Basicamente, o termo 'cache' pode ser compreendido como uma área
de armazenamento em que dados ou processos frequentemente
utilizados são guardados para um acesso futuro mais rápido,
poupando tempo e uso desnecessário do hardware.
EXEMPLO:
Convido você a complementar seus estudos sobre o uso de cache na internet, por meio da
seguinte leitura.
SAIBA MAIS
O que é cache?
https://www.tecmundo.com.br/navegador/201-o-que-e-cache-.htm
Embora um roteador possa ser usado para segmentar redes locais, seu principal uso é como
dispositivo para WANs. Os roteadores têm tanto interfaces de rede local como interfaces de
WAN. A seguinte figura ilustra o uso de roteadores para a segmentação de redes.
Essa figura representa quatro segmentos de redes, onde os hosts estão conectados em quatro
hubs. Todos os segmentos foram interligados a partir de um roteador.
A próxima figura ilustra a conexão de roteadores por intermédio de tecnologias de WAN (ATM,
T1/E1).
FIGURA 3 | ROTEADORES CONECTADOS POR TECNOLOGIAS DE WAN
Nessa figura temos roteadores conectados por tecnologias de WAN. Agora, convido você a
aprofundar seus estudos sobre as Redes ATM, por meio da seguinte leitura.
ESTUDO GUIADO
Leia as páginas 378 a 382 do livro 'Redes de computadores e a Internet: uma abordagem top-
down', que trata das Redes ATM.
KUROSE, J.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem top-down. 6ª.
ed. São Paulo: Pearson, 2013.
Nessa leitura temos que para acessar as redes de computadores precisamos ter uma
infraestrutura adequada, que começamos a estudar a partir de agora.
Conforme vimos na leitura, as redes ATM são mais direcionadas para tratamento de pacotes
pequenos.
Vale destacar que as tecnologias WAN, geralmente são utilizadas para conectar roteadores, ou
seja, os roteadores se comunicam entre si por meio de conexões WAN. A figura que segue
mostra a determinação do melhor caminho (melhor rota) dos pacotes em um sistema de
comunicação.
FIGURA 4 | DETERMINAÇÃO DO CAMINHO
Nessa figura temos a determinação do melhor caminho que ocorre por intermédio do conceito
de melhor métrica, ou seja, os pacotes serão encaminhados para a rota que estiver menos
congestionada.
A determinação e escolha dessa rota é o que foi nomeado como roteamento. Ouça o seguinte
PodCast para melhor entender porque um roteador é um backbone numa rede.
Basicamente, considera-se que uma WAN opera na camada física e na camada de enlace. Isso
não significa que as outras cinco camadas do modelo OSI não sejam encontradas em uma
WAN, significa simplesmente que as características que diferenciam uma WAN de uma rede
local normalmente são encontradas na camada física e na camada de enlace.
A camada física da WAN descreve a interface entre o equipamento terminal de dados (DTE) e o
equipamento de terminação do circuito de dados (DCE). Geralmente, o DCE é o provedor do
serviço e o DTE é o dispositivo conectado.
DTE – Data Terminal Equipment ou equipamento de terminação de
dados. Como o nome diz, é o equipamento em que os dados terminam
e que também podem ser iniciados. Um DTE pode ser um computador
ou um roteador. Geralmente, esse dispositivo prepara a
informação a ser enviada/recebida à linha de comunicação pelo
usuário.
DCE – Data Communications Equipment, Data Circuit-terminating
Equipment, como o nome diz, é o equipamento responsável por
realizar a comunicação dos dados.
Nesse modelo, os serviços oferecidos para o DTE são disponibilizados por meio de um modem
ou CSU/DSU (TANENBAUM, 2011), conforme mostra a figura a seguir.
SAIBA MAIS
Link de acesso:
http://flexpabx.com.br/blog/?p=589
FRANCO, G. O que são: CSU/DSU, DTE e DCE? FlexPabx, 9 abr. 2016. Disponível em:
http://flexpabx.com.br/blog/?p=589. Acesso em: 30 nov. 2020.
Agora que já vimos como os dados são convertidos para o enlace de uma transmissão em uma
tecnologia WAN, vamos entender como isso ocorre na camada 3.
Mas se uma WAN opera nas camadas 1 e 2, então o roteador é um dispositivo de rede
local ou de WAN?
A resposta é que ele é os dois, como geralmente ocorre na área de redes. Um roteador pode
ser exclusivamente um dispositivo de rede local, pode ser exclusivamente um dispositivo WAN
ou pode estar na fronteira entre uma rede local e uma WAN, e ser um dispositivo de rede local
e de WAN ao mesmo tempo.
Quando um roteador usa os padrões e os protocolos das camadas físicas e de enlace que estão
associados às WANs, ele opera como um dispositivo WAN. As principais funções na WAN de um
roteador, portanto, não são de roteamento, mas oferecer conexões entre os vários padrões
físicos e de enlace de dados da WAN.
EXEMPLO:
Um roteador pode ter uma interface ISDN, que usa encapsulamento PPP, e uma interface serial
na terminação de uma linha T1, que usa encapsulamento Frame Relay (ODOM, 2016).
Para ampliar seus conhecimentos a respeito do protocolo ponto a ponto – PPP, efetua a
seguinte leitura.
ESTUDO GUIADO
Leia da página 372 a 375 do livro 'Redes de computadores e a Internet: uma abordagem top-
down', que traz uma abordagem sobre protocolo ponto a ponto – PPP.
KUROSE, J.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem top-down. 3. ed.
São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
Nessa leitura temos que para acessar as redes de computadores precisamos ter uma
infraestrutura adequada, que começamos a estudar a partir de agora.
Muito interessante esse protocolo ponto a ponto (vocês encontrarão peer-to-peer em algumas
literatures). Agora vamos conhecer as capacidades de um roteador.
O roteador deve ser capaz de mover um fluxo de bits de um tipo de serviço, como ISDN, para
outro, como T1, e mudar o encapsulamento do enlace de dados de PPP para Frame Relay.
Vejamos na sequência, alguns dos principais protocolos e padrões WAN listados aqui como
referência. (TANENBAUM, 2011).
EIA/TIA-232;
EIA/TIA-449;
V.24;
V.35;
X.21;
G.703;
EIA-530;
ISDN;
T1, T3, E1 e E3;
xDSL;
SONET (OC-3, OC-12, OC-48, OC-192).
A figura a seguir, mostra como ficaria a conexão entre roteadores por meio do uso de CSU/DSU.
Essa figura mostra o protocolo da camada de enlace de dados da WAN. No centro dos modens,
um passa dados para outro e, na outra ponta do modem, há um dispositivo conectado.
Embora a arquitetura dos roteadores varie de um modelo para outro, de um fabricante para o
outro, vamos agora introduzir os principais componentes internos encontrados. As duas figuras
na sequência mostram os componentes internos de alguns modelos de roteadores fabricados
pela Cisco Systems (ODOM, 2016).
De um lado consta uma coluna com os seguintes elementos: interface do usuário UART Dual;
PCMCIA; Flash; NVRAM; BOOT ROM. Há o barramento de CPU dessa coluna com o System
Control ASIC e o M68030 Processador.
O System Control ASIC liga-se ao DRAM SIMM e o On Board DRAM. O System Control ASIC liga-
se a uma coluna presente na direita formada pelos seguintes componentes: SLOTS WIC 2524,
2525; Portal Asnuc 2509-2512; Portal do Hub 2505, 2507, 2512; Ethernet/TR; Portas Wan.
Dessa coluna, o SLOTS WIC 2524, 2525 liga-se a 3 WICs. Fora desse sistema, mas vinculado a
ele, consta a Fonte de alimentação, a daughter Cards e Hub Cards e a Placa de gerenciamento
2517-219.
Os componentes mais comuns, que são encontrados na grande parte dos roteadores,
independentemente de modelos e fabricantes são 08. Clique sobre a galeria de imagens a
seguir e confira cada um deles com uma visualização de uma imagem que traz sua localização e
ligações com outros componentes do roteador:
Geralmente, a RAM é uma memória de acesso aleatório dinâmico (DRAM) e pode ser
aumentada adicionando-se outros módulos DIMM (Dual In-Line Memory Modules – Módulos
de Memória Dual em Linha).
FIGURA 11 | A MEMÓRIA FLASH EM UM MODELO DE ROTEADOR
A memória flash é usada para armazenar uma imagem completa do software Cisco IOS.
Normalmente, o roteador carrega o IOS a partir da flash. Essas imagens podem ser atualizadas
ao carregar uma nova imagem na memória flash. O IOS pode estar na forma compactada ou
não compactada.
Na maioria dos roteadores, uma cópia executável do IOS é transferida para a RAM durante o
processo de inicialização do roteador. Em outros roteadores, o IOS pode ser executado
diretamente da memória flash.
A memória de acesso aleatório não volátil (NVRAM) é usada para armazenar a configuração a
ser utilizada na inicialização (startup configuration).
O barramento de sistema é usado para comunicação entre a CPU e as interfaces e/ou slots de
expansão. Esse barramento transfere os pacotes para as interfaces.
O barramento da CPU é usado pela CPU para ter acesso aos componentes de armazenamento
do roteador. Esse barramento transfere instruções e dados para endereços de memória
especificados ou a partir deles.
FIGURA 14 | A MEMÓRIA SOMENTE DE LEITURA (ROM) EM UM MODELO DE ROTEADOR
Alguns roteadores também têm uma versão reduzida do IOS, que pode ser usada como uma
fonte alternativa de inicialização.
As ROMs não podem ser apagadas. Elas só podem ser atualizadas substituindo os chips da
ROM instalados nos soquetes por outros, desde que isso seja possível.
FIGURA 15 | AS INTERFACES EM UM MODELO DE ROTEADOR
As interfaces são as conexões do roteador com o ambiente externo. Os três tipos de interfaces
são: rede local (LAN), rede de longa distância (WAN) e Console/AUX.
Geralmente, as interfaces de rede local são Ethernet ou Token Ring. Essas interfaces têm chips
controladores, que fornecem a lógica para conectar o sistema ao meio físico. As interfaces de
rede local podem ser de configuração fixa ou modular.
As interfaces WAN incluem as seriais, as ISDN e as que têm uma CSU (Channel Service Unit)
integrada. Assim como as interfaces de rede local, as interfaces WAN também têm chips
controladores especiais para as interfaces. As interfaces WAN podem ser de configuração fixa
ou modular.
As portas de Console/AUX são portas seriais usadas principalmente para a configuração inicial
do roteador. Essas portas não são portas de rede. Elas são usadas para sessões de terminal a
partir das portas de comunicação do computador ou por meio de um modem.
FIGURA 16 | FONTE DE ALIMENTAÇÃO EM UM MODELO DE ROTEADOR
Em alguns dos roteadores de menor porte, a fonte de alimentação pode ser externa.
VIDEOAULA
Pudemos conhecer pelo recurso acima, os componentes internos de um roteador, bem como
as suas conexões externas.
A porta de console e a porta auxiliar (AUX) de um roteador são portas de gerenciamento. Essas
portas seriais assíncronas não foram projetadas como portas de rede. Uma dessas duas portas
é necessária para realizar a configuração inicial do roteador. A porta de console é recomendada
para essa configuração inicial. Nem todos os roteadores têm uma porta auxiliar para essa
finalidade.
Quando o roteador entra em funcionamento pela primeira vez, nenhum parâmetro da rede
está configurado, conforme nos mostra a seguinte figura.
Vale ressaltar que o roteador não pode se comunicar com nenhuma rede. Para configurá-lo
para a inicialização e configuração iniciais, devemos conectar um terminal ASCII RS-232, ou um
computador que emule um terminal ASCII, na porta de console do sistema. Assim, é possível
inserir os comandos de configuração do roteador.
A figura anterior mostra a conexão do modem à console ou porta auxiliar. Tem-se a porta
auxiliar conectada ao um cabo rollover que tem conectores RJ-45 e numa dessas pontas, a que
será conectada ao modem, usa-se adaptador RJ-45 para DB-25.
A porta de console também pode ser usada quando os serviços de rede não tiverem sido
iniciados ou tiverem alguma falha. Assim, a porta de console pode ser usada para
procedimentos de recuperação de desastres e recuperação de senhas, por exemplo.
Essa figura mostra portas seriais, portas fast Ethernet, porta console, porta auxiliar, chave de
força, conexão de cabo de alimentação.
Nessa figura temos a porta auxiliar conectada a um cabo rollover, que tem conectores RJ-45;
em uma dessas pontas, a que será conectada ao computador, usa-se adaptador RJ-45 para DB-
9.
Conexão de console
A Cisco fornece o adaptador necessário para conectar-se à porta de console. O PC ou terminal
precisa suportar a emulação de terminal VT100. Geralmente, são utilizados softwares de
emulação de terminal, tais como o HyperTerminal (ODOM, 2016), conforme mostra a seguinte
figura.
Vemos nessa figura as propriedades de sessão do HyperTerminal. Caixa COM1 properties. Port
Setting. Bits per second:9600, Data bits:8, Parity: none, stop bits:1, Flow control: none.
Na maioria dos ambientes de rede local, o roteador é conectado à rede local, usando uma
interface Ethernet, Fast Ethernet ou Gigabit Ethernet.
Atenção! O roteador é um host que se comunica com a rede local através de um hub ou
de um switch. Para fazer essa conexão, é usado um cabo direto.
Se for usada uma interface incorreta, o roteador ou os outros dispositivos de rede podem ser
danificados. Muitos tipos diferentes de conexões usam o mesmo tipo de conector. Por
exemplo, as interfaces Ethernet, ISDN BRI, Console, AUX com CSU/DSU integrados e Token Ring
usam o mesmo conector de oito pinos: RJ-45, RJ-48 ou RJ-49.
Nesse quadro temos conexões utilizando conectores de 8 Pinos em roteadores Cisco da série
2600.
Uma WAN estabelece conexões de dados por meio de uma ampla área geográfica, usando
muitos tipos diferentes de tecnologia. Esses serviços WAN geralmente são alugados de
provedores de serviços, que possuem a outorga da agência regulatória, a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), para oferecer esses serviços. Os principais tipos de conexão WAN
são:
Para cada tipo de serviço WAN, o equipamento instalado no cliente – Customer Premises
equipment (CPE), geralmente um roteador, é o Data Terminal Equipment (DTE) ou
Equipamento Terminal de Dados. Eles são conectados ao provedor de serviços usando um
dispositivo Data Circuit-Terminating Equipment (DCE) ou equipamento de terminação do
circuito de dados, geralmente um modem ou uma unidade de serviço de canal/dados
(CSU/DSU). Esse dispositivo é usado para converter os dados do DTE em uma forma
compreensível para o provedor de serviços de WAN (FOROUZAN, 2008; ODOM, 2016).
Entre as interfaces do roteador mais utilizadas para os serviços WAN estão as interfaces seriais.
Para selecionar o cabo serial adequado, basta saber as respostas para determinadas pergunas,
conforme apresentado na sequência.
Um switch é um dispositivo que conecta segmentos de rede local usando uma tabela de
endereços MAC para determinar o segmento para onde um quadro (ou frame) precisa ser
transmitido. Tanto os switches quanto as bridges operam na Camada 2 do modelo OSI.
Na figura a seguir, vemos a camadas do modelo OSI, bem como as principais funcionalidades
da camada de enlace de dados ou camada 2.
Exemplo
Os switches “aprendem” quais hosts estão conectados a uma porta por intermédio da leitura
do endereço MAC de origem nos quadros; e abrem um circuito virtual apenas entre os nós de
origem e de destino, o que confina a comunicação a essas duas portas, sem afetar o tráfego nas
outras portas.
Em comparação, um hub encaminha os dados por todas as portas, de maneira que todos os
hosts veem e precisam processar esses dados, mesmo que não sejam destinados a eles.
Na figura a seguir, podemos observar um modelo de switch da Cisco da série 2960 (ODOM,
2016).
Exemplo
As redes locais de alto desempenho geralmente são todas compostas por switches.
A figura que segue demonstra a segmentação de LANs.
Nessa figura temos uma segmentação de LANS. Normalmente as LANs são segmentadas para,
entre outros motivos, limitar a disseminação de broadcasts em uma rede local e consiste em
inserir dispositivos na rede que bloqueiam a passagem de pacotes de broadcasts, quando
atravessam suas interfaces.
Cabe destacar que um hub Ethernet permite que vários computadores possam acessar uma
rede de computadores a partir de um único ponto. Convido você a complementar seus estudos
sobre hub Ethernet por meio da seguinte leitura.
Saiba mais
Link de acesso:
http://ptcomputador.com/Networking/ethernet/66353.html
Interessante com o Hub trabalha, não é mesmo? Os gargalos que ele enfrenta, atualmente são
superados com os switches, que veremos a seguir.
Alcançar maior largura de banda por usuário criando domínios de colisão menores.
Cada segmento usa o método de acesso CSMA/CD para manter o fluxo de tráfego de dados
entre os usuários desse segmento. Essa segmentação permite que vários usuários enviem
informações ao mesmo tempo em diferentes segmentos, sem que a rede fique mais lenta. A
próxima figura ilustra a segmentação com switches (FOROUZAN, 2008; ODOM, 2016).
FIGURA 27 | CADA SEGMENTO USA O MÉTODO DE ACESSO CSMA/CD PARA MANTER O FLUXO
DE TRÁFEGO DE DADOS ENTRE OS USUÁRIOS DESSE SEGMENTO. ESSA SEGMENTAÇÃO
PERMITE QUE VÁRIOS USUÁRIOS ENVIEM INFORMAÇÕES AO MESMO TEMPO EM DIFERENTES
SEGMENTOS SEM QUE A REDE FIQUE MAIS LENTA. ENCONTRAMOS, NA FIGURA A SEGUIR, A
SEGMENTAÇÃO COM SWITCHES. (FOROUZAN, 2008; ODOM, 2016).
Nessa figura temos a segmentação com switches LAN, com um swith no centro conectado, via
rede, a vários computadores. Para ampliar seus conhecimentos relativos ao CSMA ou Acesso
múltiplo com detecção de portadora, efetue a seguinte leitura.
ESTUDO GUIADO
Leia das páginas 344 a 346 do livro 'Redes de computadores e a Internet: uma abordagem top-
down', que traz uma abordagem sobre o CSMA ou Acesso múltiplo com detecção de
portadora.
KUROSE, J.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a Internet: uma abordagem top-down. 6. ed.
São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
FIGURA 28 | DOMÍNIOS DE COLISÃO
Exemplo
Geralmente, nas redes atuais, um switch Fast Ethernet atua como backbone da rede local e os
hubs Ethernet, switches Ethernet ou hubs Fast Ethernet fornecem as conexões dos desktops
nos grupos de trabalho.
Podemos observar que entre as vantagens do switching estão o número menor de colisões;
comunicações múltiplas, simultâneas; uplinks de alta velocidade; melhor resposta de rede;
maior profundidade para o usuário.
Nessa figura temos o modo de transmissão de quadros, em que encontramos o modo padrão e
que não há verificação de erros, depois temos o modo de latência baixa, na qual é feita a
verificação de colisões e filtragem da maioria dos erros. Temos também o modo de latência
alta, em que todos os erros são filtrados.
Na sequência, destacamos os tipos de comutações realizadas por switch com seus pontos
fortes e fracos:
Nessa figura, temos a conexão de dois segmentos de redes locais com uma bridge.
Uma bridge é considerada um dispositivo inteligente, pois pode tomar decisões com base
nos endereços MAC.
Para uma bridge tomar decisão com base nos endereços MAC, ela consulta uma tabela de
endereços. Quando uma bridge é ligada, são transmitidas mensagens de broadcast, pedindo
que todas as estações no segmento local da rede respondam. Conforme as estações devolvem
a mensagem de broadcast, a bridge constrói uma tabela de endereços locais. Esse processo é
chamado de “aprendizagem” (ODOM, 2016).
2) Gravando a porta na qual o endereço MAC foi recebido. Dessa forma, a bridge ou o switch
aprendem quais endereços pertencem aos dispositivos conectados a cada porta;
Para comparar o endereço de destino com uma tabela de endereços armazenada nela.
A CAM armazena os endereços MAC dos hosts e os respectivos números de porta. A CAM
compara o endereço MAC de destino recebido com o conteúdo da tabela da CAM (ODOM,
2016);
Cada vez que um endereço é armazenado, o horário é registrado. Isso permite que os
endereços sejam armazenados por um determinado período. Cada vez que um endereço é
consultado ou encontrado na CAM, ele recebe um novo registro de horário. Os endereços que
não forem consultados durante um determinado período são removidos da lista. Ao remover
endereços antigos ou obsoletos, a CAM mantém um banco de dados de encaminhamento
preciso e funcional.
A maior parte das bridges (ou switches) é capaz de filtrar quadros com base em qualquer
campo de quadro da Camada 2.
Exemplo
Por exemplo, uma bridge pode ser programada para rejeitar, não encaminhar, todos os quadros
cuja origem seja uma determinada rede.
Assim que a bridge termina de construir a tabela de endereços locais, ela está pronta para
operar. Ao receber um quadro, ela examina o endereço de destino. Se o endereço do quadro
for local, a bridge o ignora. Se o quadro for endereçado a outro segmento da rede local, a
bridge copia o quadro para o segundo segmento.
Filtragem básica A filtragem básica mantém os quadros locais no mesmo local e envia os
quadros remotos para outro segmento da rede local.
Os dois tipos de filtragem proporcionam certo controle sobre o tráfego inter-redes e podem
oferecer melhor segurança.
A maioria das bridges Ethernet pode filtrar quadros de broadcast e multicast. As bridges e os
switches que podem filtrar quadros com base nos endereços MAC também podem ser usados
para filtrar quadros Ethernet por endereços de multicast e broadcast. Essa filtragem é obtida
por meio da implementação de redes locais virtuais ou VLANs.
Convido você a aprofundar seus conhecimentos a respeito disso, por meio da seguinte leitura.
ESTUDO GUIADO
Leia as páginas 16 a 18 do livro 'Redes de Computadores', que traz uma abordagem sobre
VPNs.
CLIQUE NO LINK E LEIA O LIVRO
Atualmente, as bridges também são capazes de filtrar, de acordo com o protocolo da camada
de rede, a camada 3. Isso torna menos nítida a demarcação entre bridges e roteadores. Um
roteador opera na camada de rede usando um protocolo de roteamento para orientar o
tráfego ao redor da rede. Uma bridge que implemente técnicas avançadas de filtragem
geralmente é chamada de "brouter". Os brouters realizam filtragem observando as
informações da camada de rede, mas não usam um protocolo de roteamento (ODOM, 2016).
Alguns switches são capazes de filtrar quadros baseados em campos da camada 2 que
não sejam o endereço de destino;
Os switches Ethernet que podem filtrar baseados em endereços MAC podem ser
usados para filtrar quadros broadcast e multicast;
Atualmente, os switches são também capazes de filtrar de acordo com o protocolo da
camada de rede (Camada 3).
Há duas razões principais para a segmentação de uma rede local. A primeira é para isolar o
tráfego entre os segmentos. A segunda é para alcançar mais largura de banda por usuário,
criando domínios de colisão menores. Na figura a seguir, vemos a microssegmentação
FIGURA 34 | MICROSSEGMENTAÇÃO.
A microssegmentação permite que as organizações dividam logicamente a redes em
segmentos distintos até o nível de carga de trabalho individual e possam definir os controles de
segurança e forneçam serviços para cada segmento único.
Reflita Sem segmentação, as redes locais com mais do que um pequeno grupo de
trabalho rapidamente poderiam ficar obstruídas com o tráfego e as colisões.
A segmentação da rede local pode ser implementada por meio da utilização de bridges,
switches e roteadores. Cada um desses dispositivos tem seus prós e contras.
Um switch emprega Reduzir o domínio de colisão de uma rede local. O switch faz isso
'microssegmentação' criando segmentos de rede dedicados ou conexões ponto a ponto.
para... Ele conecta esses segmentos em uma rede virtual dentro do switch.
Esse circuito de rede virtual existe apenas quando dois nós precisam se comunicar. É chamado
de circuito virtual, pois existe apenas quando necessário e é estabelecido dentro do switch
(FOROUZAN, 2008; ODOM, 2016).
Apesar de ocorrerem essas colisões, elas são menores do que quando os primeiros dispositivos
foram utilizados.
Outra forma de comunicação é conhecida como transmissão multicast, que ocorre quando um
transmissor tenta alcançar apenas um subconjunto ou grupo de todo o segmento.
O resultado geral é uma redução da largura de banda disponível. Isso ocorre porque todos os
dispositivos no domínio de broadcast precisam receber e processar o quadro de broadcast
(ODOM, 2016).
Quando uma estação de trabalho se conecta a uma rede local, ela não se preocupa com os
outros dispositivos que estão conectados ao meio físico da rede local. A estação de trabalho
simplesmente transmite os quadros de dados usando uma placa de rede ou adaptador de rede,
para o meio que compõe a rede.
Ela poderia estar conectada diretamente a outra estação de trabalho usando um cabo cruzado
ou crossover. Os cabos cruzados são usados para conectar os seguintes dispositivos:
Essa figura um mostra computador ligado, via cabo, aos dispositivos mencionados
anteriormente, envolvendo o desktop, switch, hub, roteador, entre outros.
Switch a roteador;
Switch a estação de trabalho ou servidor;
Hub a estação de trabalho ou servidor.
Conforme já vimos aqui, os switches são dispositivos da Camada 2 que usam inteligência para
aprender os endereços MAC dos dispositivos conectados às suas portas. Esses dados são
inseridos em uma tabela de comutação. Uma vez preenchida a tabela, o switch pode ler o
endereço MAC de destino de um quadro de dados de entrada em uma porta e encaminhá-lo
imediatamente (ODOM, 2016), conforme a seguinte figura.
FIGURA 40 | OS SWITCHES E A REDE
Vale ressaltar que até que um dispositivo transmita, o switch não sabe seu endereço MAC,
conforme nos mostra a figura a seguir.
A próxima figura ilustra uma situação de transmissão de quadro utilizando uma rede com
vários switches.
FIGURA 42 | REDE COM VÁRIOS SWITCHES
A figura ilustra uma situação de transmissão de quadro utilizando uma rede com vários
switches.
SÍNTESE
Para recordar importantes pontos estudados nesta unidade, preparamos o podcast a seguir e
os recursos slides presentes na sequência. Lembre-se de reler a unidade, rever os vídeos e
podcast nela presentes para assimilação correta do conteúdo e, com base nisso, conseguir
saber que decisões tomar em uma arquitetura de rede.
PODCAST
Algumas questões que esperamos que você saiba responder após os estudos desta unidade:
RESPOSTA: É a Ethernet.
3. Uma rede pode ser dividida em unidades menores. Como denominamos essa divisão?
RESPOSTA: Segmentos.
RESPOSTA: Por meio dos switchs, temos a função de segmentar a rede local, separando-a em
vários segmentos com domínios de colisão separados. Esse processo é feito pela filtração de
frames Ethernet pelo endereço MAC.
Caso você tenha aprofundado suas respostas a essas questões, excelente. Continue assim e
bons estudos.
Chegamos, assim, ao final dos estudos desta unidade. Veja a seguir o webstorie como os
principais pontos abordados.
TÓPICO 02
Referências Bibliográficas
FRANCO, G. O que são: CSU/DSU, DTE e DCE? FlexPabx, 9 abr. 2016. Disponível em:
http://flexpabx.com.br/blog/?p=589. Acesso em: 30 nov. 2020.
ODOM, W. CCNA Routing and Switching 200-125 – Official Cert Guide Library. Indiana: Cisco
Press, 2016.
SOARES, L. F. G. et al. Redes de computadores: das LANs, MANs e WANs às redes ATM. Rio de
Janeiro: Campus, 1995.