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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
COMPONENTE CURRICULAR: ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
ALUNO (A): Matheus Felipe Araujo Souza
PROFESSOR (A): Juciene Andrade

ESTÁGIO SUPERVISIONADO I: ENTRE SABERES E PRÁTICAS DOCENTES

CAICÓ
2023
MATHEUS FELIPE ARAUJO SOUZA

ESTÁGIO SUPERFISIONADO I: ENTRE SABERES E PRÁTICAS DOCENTES

Relatório parcial apresentado a disciplina Estágio


Supervisionado I, do Curso de Graduação em História
Licenciatura, do Centro de Ensino Superior do Seridó, da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob a
orientação da professora Juciene Batista Félix Andrade.

CAICÓ-RN
2023
RESUMO

O objetivo do presente relatório é relatar as práticas realizadas no Estágio


Supervisionado I. O estágio foi realizado na Escola Estadual Barão do Rio
Branco, na turma do 6° ano do E.F. na disciplina de História com a presença do
professor tutor em sala de aula. O Estágio é um momento muito importante no
processo formativo do graduando, na união da teoria e prática, o Estágio
Supervisionado une saberes e práticas docentes próprias do ofício. Constatou-
se que o primeiro estágio é um espaço para a experimentação do ensinar e do
aprender, espaço este que possui uma identidade docente, que não é estática,
ao contrário, está sempre em mudança perante as demandas que encontra em
suas experiências docentes. Essa identidade é forjada no cotidiano escolar, na
prática pedagógica, a partir dos saberes inerentes a carreira docente, em
especial, os saberes do aprender que conduzem a um ensino de história
significativo e próximo a realidade dos educandos.

Palavras-chave: Estágio; Docência; Identidade.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 05
2 AULAS DE OBSERVAÇÃO: UM OLHAR ATENTO, UM OLHAR
PEDAGÓGICO..................................................................................... 06
3 AULA DE INTERVENÇÃO: O LOCAL DA
EXPERIMENTAÇÃO............................................................................ 08
4 OS SABERES DO OFÍCIO: A IDENTIDADE DO EDUCADOR DE
HISTÓRIA............................................................................................. 09
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 11
REFERÊNCIAS.................................................................................... 13
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1. INTRODUÇÃO

De acordo com o Regulamento dos Cursos de Graduação da


Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) o “Estágio é uma
atividade acadêmica, definido como o ato educativo escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação de educando
para o trabalho profissional”. O estágio então é uma preparação para a prática
do exercício profissional, muito importante na construção da identidade do
educador em formação inicial e continuada.
O objetivo deste relatório é expor vivências, práticas e saberes
experienciados durante o Estágio Supervisionado I, em 2023.1, em uma turma
do Ensino Fundamental (E.F.) II, em uma escola da rede estadual de ensino, a
Escola Estadual Barão do Rio Branco, no sertão do Seridó sob a supervisão do
professor tutor da disciplina de História da referida escola.
A Escola Estadual Barão do Rio Branco está localizada na cidade de
Parelhas, no sertão do Rio Grande do Norte (RN), na região do Seridó. Essa
instituição foi criada em 13 de janeiro de 1929, quando Parelhas ainda era uma
vila pertencente a Jardim do Seridó, conhecida como Grupo Escolar Barão do
Rio Branco (FARIAS, 2021, p.81). A instituição escolar Barão do Rio Branco foi
uma das primeiras Escolas Rudimentares criadas pelo então prefeito Florêncio
Luciano no fim da década de 30 com o objetivo de alfabetizar os habitantes do
município através do Plano de Propaganda Contra o Analfabetismo1.
A referida instituição escolar pertence atualmente a rede pública
estadual de ensino abrangendo a escolarização fundamental I e II. A escola
estadual funciona nos turnos matutino e vespertino. A escola possui boa
estrutura contendo salas de aula (algumas com retroprojetor), secretária e
direção escolar, biblioteca, cozinha, sala dos professores, e outros espaços de
sociabilidade.
A turma em que foi feito o Estágio Supervisionado I é do 6° ano do
ensino fundamental, turno vespertino. É uma turma com 35 estudantes, com

1
Sobre o Plano de Propaganda contra o Analfabetismo, ver: FARIAS, Laísa Fernanda
Santos de. Florêncio Luciano e o Plano de propaganda contra o analfabetismo em
Parelhas-RN: uma experiência de educação entre o litoral e o sertão (1928- 1930).
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uma faixa etária entre os 11 e 12 anos. O tema geral abordado na disciplina de


História foi sobre os povos antigos do Oriente Próximo, a temática escolhida
pelo estagiário para atuar com a turma foi África antiga, especificamente os
países lusófonos africanos.
Ao todo foram três aulas que compuseram o Estágio Supervisionado l,
duas aulas de observação e uma aula de intervenção, sempre nos dois
primeiros horários de aula. Todas as aulas ocorreram no prédio da Escola
Estadual Barão do Rio Branco, no turno vespertino, com a presença e
supervisão do professor tutor, na cidade de Parelhas, RN. Houve também
alguns encontros para a formulação do Plano de Aula, além da discussão e
avaliação geral do estágio pelo professor tutor.
O Professor tutor acompanhou o estagiário durante todo o processo de
estágio na escola. O mesmo possui graduação em História e em Letras -
Português, atua como o único professor de História da Escola Estadual Barão
do Rio Branco. Sempre muito solicito e prático na resolução de conflitos e na
regência da aula em sala.

2. AULAS DE OBSERVAÇÃO: UM OLHAR ATENTO, UM OLHAR


PEDAGÓGICO.

As aulas de observação fizeram parte dos primeiros movimentos do


Estágio Supervisionado. Ter um olhar atento e pedagógico sobre o cotidiano e
a prática escolar é essencial antes de qualquer ação efetiva.
Na primeira aula o professor tutor apresentou o estagiário à turma, e
conduziu o aprendiz do ofício docente a sentar-se nas últimas cadeiras ao
fundo da sala. Os olhares para aquela figura estranha eram muitos. O
estagiário fez uma breve apresentação de sua pessoa à turma atenta e curiosa.
O tema trabalhado durante o bimestre foi “Os povos antigos do
Oriente”. Na aula de observação os alunos iriam apresentar uma maquete dos
barcos fenícios, explicar sua história e função para aquele povo antigo do
Oriente Próximo. O professor tutor dividiu a turma em grupos de três a cinco
alunos, cada grupo era convocado pelo professor, o grupo se dirigia para a
frente da turma e iniciava a apresentação. Ao fim da apresentação, o professor
perguntava qual foi o nível de dificuldade do grupo em relação a formulação da
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maquete dos barcos fenícios, e o gasto monetário na formulação da atividade.


Cada grupo ia respondendo de acordo com a realidade vivenciada na
construção, finalização e apresentação da maquete.
Foi perceptível o desvio de atenção e o desenvolver de conversas
paralelas ao longo das apresentações. Nas primeiras apresentações, a turma
estava mais atenta e interessada, com o decorrer da aula, conversas
tangenciais, risadas, cochichos, e algumas brincadeiras se sobressaiam. O
professor sempre estava atento a esses movimentos, e, de vez em quando,
chamava a atenção de alguns alunos mais agitados e pedia o silêncio e a
concentração do restante da turma na apresentação do grupo da vez, e na
maquete construída.
Com calma o professor elevava o tom de voz, alguns alunos aceitavam
as ocorrências e a petição do professor tutor; já outros ficavam em silêncio por
alguns instantes, e logo depois voltavam ao que estavam fazendo, sem muita
atenção e curiosidade na aula que, para estes, escorria vagarosamente na
ampulheta do tempo. Ao fim das apresentações, o professor atribuiu uma nota
ao grupo e as apresentações das maquetes dos barcos fenícios. Os alunos
terminaram a aula em grande euforia.
Segunda aula de observação, alguns momentos se destacaram para o
estagiário que estava ao fundo da sala, sempre com o olhar atento e o intuito
pedagógico. No primeiro momento o professor fez um dinâmica entre os
alunos, para que a turma possa se conhecer melhor, e também, conhecer o
professor da disciplina de História. O professor chamou alguns alunos e pediu
para que alguns elegessem, entre a turma, os dois melhores amigos e um
colega que não conhecia, mas que admirava e gostaria da sua amizade até o
fim do ensino fundamental.
O interessante da dinâmica proposta pelo professor é pela abordagem.
O professor tutor não ficou preso apenas em dar o conteúdo, ele queria
conhecer a turma e favorecer que os colegas se conhecessem melhor, já que é
uma turma de 6° ano que está no início do ensino fundamental ll. Depois o
professor corrigiu uma atividade passada aos alunos para casa. A cruzadinha
elaborada pelo professor foi uma das atividades somativas do bimestre. Ao
escrever a palavra chave no quadro, cada aluno de acordo com a dica proposta
na atividade, ia resolvendo a cruzadinha. O próprio estudante corrigia e
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conferia sua resposta com o resto da turma. Essa foi uma escolha muito
acertada do professor tutor, já que a correção foi desenvolvida em conjunto, e
cada aluno assumiu um papel ativo da resolução da atividade como um todo.
Ao finalizar a correção da atividade, o professor levou a turma para a
biblioteca e reproduziu um vídeo documentário sobre o Egito Antigo. De
maneira geral, foi perceptível o barulho e a dispersão da numerosa turma. As
conversas paralelas e a brincadeiras sempre estão na pauta do dia. O
professor, com calma, sempre pedia silêncio e atenção ao vídeo que estava
sendo reproduzido. No início as imagens e os desenhos sobre o Egito
conquistaram os olhares e a atenção dos discentes, mas do meio para o fim da
aula, a atenção foi ficando cada vez mais dispersa ao que era dito, ouvido e
assistido.
De modo geral, é uma turma numerosa que oscila entre o barulho e a
dispersão. Assim, é preciso aproveitar a curiosidade e a participação dos
estudantes. Um desafio presente na vivência da sala de aula é manter o
equilíbrio entre o barulho próprio da discussão e da interação entre os
estudantes, e a dispersão causada pelas conversas paralelas e a brincadeiras
indevidas.

3. AULA DE INTERVENÇÃO: O LOCAL DA EXPERIMENTAÇÃO

A aula de intervenção é o local da experimentação, o local onde as


práticas e vivências docentes se concretizam. Nesse momento o estagiário
questiona-se: “É aqui o meu lugar?”. A tensão é certa, as dúvidas são muitas e
o desejo de acertar predomina.
A aula teve como tema Os países lusófonos africanos. O objetivo da
aula é aproveitar as temáticas já estudadas pelos alunos em relação ao
continente africano, especificamente ao país Egito, aproximando a África dos
estudantes brasileiros através da língua portuguesa. Esperava-se que os
alunos pudessem ver as conexões entre Brasil e África para ter um
conhecimento significativo.
O estagiário dividiu a turma em seis grupos de cinco alunos cada, cada
grupo recebia uma folha com informações e características de um país africano
que compõe a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). De
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posse do material informativo e consultivo, cada grupo deveria criar uma


cruzadinha com a palavra-chave do país que recebeu e formular as dicas para
o preenchimento da cruzadinha. Os grupos deveriam consultar também o livro
didático de História para a criação da cruzadinha.
O objetivo da atividade é explorar o trabalho em grupo e a capacidade
dos estudantes em formular conceitos e ideias a partir de conhecimentos
previamente estudados e analisados. Os grupos foram separados, o estagiário
sempre estava atento as dúvidas e demandas de cada grupo de estudantes
durante o desenvolvimento da atividade.
Ao fim da aula, dos seis grupos formados, apenas três conseguiram
finalizar a atividade no tempo proposto (dois horários de 50 minutos cada), os
outros grupos ficaram pendentes em alguns aspectos da atividade. Como
sempre, os estudantes se mostravam sempre muito ansiosos, participativos e
dispersos, até certo momento. Alguns grupos entenderam a proposta da
atividade, mas não conseguiam desenvolver na prática, outros eram mais ágeis
no cumprimento do trabalho coletivo.
É interessante notar que, em uma sala de aula a diferentes
movimentos e tendências, diferentes ritmos de aprendizagem. Experimentar e
experienciar, na prática docente, é essencial para perceber quais ações serão
adotadas pelo docente objetivando a aprendizagem significativa do estudante.
Um ponto positivo na aula de intervenção foi a participação ativa dos alunos,
nenhum estudante ficou alheio aquilo que foi pedido. Em doses maiores e
menores de entusiasmo, cada aluno contribuiu à sua maneira.

4. OS SABERES DO OFÍCIO: A IDENTIDADE DO EDUCADOR DE


HISTÓRIA.

Diante de tudo o que foi experienciado no Estágio Supervisionado I,


sobre todas as práticas e saberes mobilizados para o efetivo exercício
profissional docente, a reflexão que permanece e comove é sobre a identidade
do professor de História. O que é um professor? O que é um historiador?
Aproximações e distâncias? O que é preciso saber para ser um profissional
qualificado no ensino de História?
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Caimi (2015) destaca três aspectos que refletem a natureza do trabalho


docente: os saberes a ensinar; os saberes para ensinar; os saberes do
aprender. Os três saberes são igualmente importantes, afinal é preciso saber
História para poder ensinar História. Entender também como se aprende é
essencial para o trabalho pedagógico, já que a identidade docente está em um
ambíguo processo que envolve o ensinar e também o aprender; afinal só se
ensina aquilo que se sabe, e antes de ensinar é preciso estudar para
efetivamente aprender. O professor está sempre aprendendo para poder
ensinar com propriedade e ética.
“Vivemos num tempo e num tipo de sociedade em que a demanda por
aprendizagem é constante e diversa, requerendo formas de aprender distintas
das que tradicionalmente conhecemos” (CAIMI; NICOLA, 2015, p.62).
Atualmente o advento das novas Tecnologias da Comunicação e da
Informação geraram mudanças significativas sobre como o conhecimento
escolar vai ao encontro da sociedade, especificamente em direção ao educador
e ao educando, isso resultou em uma alteração na dinâmica social da escola.
Novas maneiras de aprender e ensinar estão sendo constantemente
demandadas por uma geração de estudantes cada vez mais rápida, inquieta e
dinâmica, que “adotou a tecnologia e desenvolveu novas estratégias de
aprendizagem, de relacionamento, de convívio social, constituindo um
expoente das mudanças sociais relacionadas à globalização” (CAIMI; NICOLA,
2015, p.62).
Agora os educandos concedem atenção ao professor por pequenos
intervalos de tempo, o conhecimento não está apenas no livro-texto ou na
explicação do professor, mas está disponível em blogs, fóruns, chats na web,
vídeos, encontros síncronos e assíncronos na internet, etc. Tudo isso atrelado
a uma proposta de aprendizagem autônoma e ativa, com um vasto acesso a
materiais como livros digitais, sites, jogos, documentação, arquivos
digitalizados, arquivos sonoros e audiovisuais, videoaulas, materiais didáticos
digitais, entre outras propostas em fácil acesso no extenso mundo digital.
Nesse universo de possiblidades é preciso ter zelo e cuidado na seleção
e organização desses materiais com intencionalidades pedagógicas. Sobre
isso Seffner (2011) destaca que uma aula de História é composta por três
grandes elementos e um grande propósito ou objetivo. Os três elementos são
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os saberes da disciplina, os saberes da docência e os imprevistos. O objetivo


educacional de uma aula de História é a realização de aprendizagens
significativas para os alunos, entendida aqui como aprendizagens de
conteúdos, conceitos, métodos e tradições que lhes sirvam para entender de
modo mais denso e crítico o mundo em que vivem.
Saber selecionar, organizar, interpretar e analisar as várias
possibilidades do ensino da História através de recursos digitais, usando como
suporte a internet e outros meios de comunicação e informação,
proporcionando uma aprendizagem mais significativa para os alunos.
Aprendizagem esta que passa pelas competências e habilidades docentes
sobre os saberes da disciplina, os saberes pedagógicos, sabendo compreender
os imprevistos que podem acontecer nesse momento pedagógico e aproveitá-
los da melhor maneira, quando oportuno.
Pensar o “como se aprender” para refletir sobre “como se ensina”. A
identidade docente está ligada nesses aspectos inerentes a profissão. Refletir
sobre uma História que faça sentido, um conhecimento escolar significativo e
aplicar na sala de aula, ajuda o professor a entender qual o seu papel no
complexo processo de ensino e aprendizagem. Um ensino significativo
atravessa uma aprendizagem significativa, caminham juntos na prática
pedagógica do ensino e aprendizagem da disciplina histórica escolar.
Por fim, é preciso ressaltar que a identidade docente não é estática,
parada, fixa, ao contrário, está sempre em estágio de mudança, metamorfose,
em flexibilidade perante as demandas que encontra em suas experiências
escolares. Essa identidade é forjada no cotidiano escolar, na prática
pedagógica a partir dos saberes inerentes a carreira docente, em especial os
saberes do aprender que conduzem a um ensino de história significativo e
próximo a realidade dos educandos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste relatório foi relatar as práticas e vivências realizadas


no Estágio Supervisionado I, o estágio foi realizado na Escola Estadual Barão
do Rio Branco, na turma do 6° ano do E.F. na disciplina de História com a
presença do professor tutor em sala de aula. O Estágio é um momento muito
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importante no processo formativo do graduando, na união da teoria e prática, o


Estágio Supervisionado une saberes e práticas docentes próprias do ofício.
Estar na escola, em sala de aula, na regência da disciplina é um momento
rodeado de muita importância e experimentação.
Para o estagiário, esse primeiro momento veio com suas incertezas e
inseguranças. Sentimentos que não se pode apagar da folha da vida ordinária,
que exige a superação de si para ir de encontro ao outro. Tudo é
experimentação, com ausências ou presenças de criatividade. Queremos
inventar tudo, dar o nosso melhor, construir e interpelar uma aula que faça
pensar e refletir sobre o ser humano (indivíduo) e o meio (sociedade) onde
abita.
Os próximos passos nessa trajetória vão se fazendo aos poucos, no
cotidiano do ser professor, identidade esta nunca terminada, sempre em
construção, em desenvolvimento. A identidade do professor de História é
atravessada por várias questões, não é uma percepção dada da realidade, mas
construída no cotidiano escolar, na prática pedagógica, no chão da sala de
aula.
Há desafios certamente, inerente a profissão escolhida, mas a
esperança de um ensino de História transformador, emancipador de sujeitos,
formador da autonomia humana, é combustível para a permanência do
educador na área em que escolheu atuar. O Estágio Supervisionado I
transformou-se, assim, no lugar do encontro entre duas realidades
complementares da atuação docente: saberes e práticas; práticas que nos
movem e saberes que nos educam para um ensino de História emancipatório,
direcionado a uma nova prática profissional na educação básica.
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REFERÊNCIAS

CAIMI, Flávia Eloisa. O que precisa saber um professor de História? Revista


História e Ensino, Londrina, v. 21, n.2, 2015. p. 105 a 122.

CAIMI, Flávia Eloisa; NICOLA, Bárbara. Os jovens, a aprendizagem histórica e


os novos suportes de informação. Revista OPSIS, Catalão, v.15, n. 1, 2015, p.
60-69.

FARIAS, Laísa Fernanda Santos de. Florêncio Luciano e o Plano de


propaganda contra o analfabetismo em Parelhas-RN: uma experiência de
educação entre o litoral e o sertão (1928- 1930). Orientadora: Profª. Drª.
Juciene Batista Félix Andrade. 131 f. Dissertação (Mestrado em História dos
Sertões) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Caicó, 2021.

SEFFNER, Fernando. Saberes da Docência, saberes da disciplina e muitos


imprevistos: atravessamentos no território do ensino de História. In: Anais do
XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. São Paulo, 2011. p. 1-16.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO RIO GRANDE DO NORTE.


RESOLUÇÃO CONSEPE nº 171/2013, de 05 de novembro de 2013, que
dispõe sobre Regulamento dos cursos regulares de Graduação na
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

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