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MECÂNICA INDUSTRIAL

FUSO DE ESFERAS
RECIRCULANTES E GUIAS
LINEARES
Douglas Ribeiro dos Santos

Anteriormente à automação, as máquinas conven- Para que essa evolução chegasse às máquinas
cionais dependiam extremamente da destreza do opera- operatrizes, muitos estudos e desenvolvimentos foram ne-
dor, isso sem levar em conta fatores como saúde, esta- cessários, desde elementos de máquinas e tipos de acio-
do de espírito, cansaço, etc., com reflexos considerá- namentos até sistemas de controle. Dentre esses desen-
veis sobre a quantidade e qualidade da produção, sem volvimentos que chegaram com a automação, relativamente
falar sobre os altos percentuais de refugo. recentes e de grande importância, estão os fusos de esfe-
Com a automação esses incômodos ficaram para trás, ras recirculantes e as guias lineares de rolamentos, itens
a atuação do operador fica agora restrita à supervisão responsáveis pelo alto nível de sofisticação das máquinas
de uma ou várias máquinas, sem interferência direta no operatrizes e que atualmente são amplamente aplicados
processo de produção. em projetos na área da Mecatrônica.

fuso de esferas recircu- permite converter o movimento de rota-

O lantes substitui o fuso


trapezoidal muito utilizado
em máquinas operatrizes,
responsáveis pelo movimento de
translação das mesas ou bases, às
ção em translação e vice-versa, um fuso
de esferas é um conjunto de acio-
namento que possui esferas como ele-
mentos de giro. Veja os exemplos das
figuras 2 e 3.
quais estão presos os porta-ferramen- Para se conseguir o movi-
tas ou as peças a serem usinadas. mento contínuo no fuso de es-
O fuso trapezoidal, no caso das feras, é necessário ter um cir-
máquinas operatrizes, trabalha cuito de recirculação (ou por
acoplado a uma por- fora da castanha com pistas
ca trapezoidal en- de reenvio ou por dentro da
caixada à mesa que castanha com caminho
se quer mover, ele- também helicoidal) ou
mento já considerado muito im- através de insertos de re-
portante, alcançando precisão de posicionamento das es-
0,01 milímetros (centésimos de milí- feras.Ver detalhes nas fi-
metros), ou seja, este dispositivo pos- guras 4 e 5. A figura 6
sibilita posicionar ou deslocar determi- mostra um tubo de esfe-
nado equipamento com essa preci- ras montado numa máquina.
são.Veja o fuso trapezóide na figura 1.
O fuso de esferas recirculantes rea- Vantagens do fuso
liza o mesmo trabalho que o fuso de esferas sobre o fuso
trapezoidal, com inúmeras vantagens, trapezoidal
a começar pela precisão que é de
0,001mm (milésimos de milímetros).Um - O grau de rendimento mecâ-
fuso de esferas é um mecanismo que nico no fuso trapezoidal é no má-

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Os fusos de esferas possuem
opções de alta precisão e alguns
deles dispõem de opções simples
e eficientes para controlar ou elimi-
nar a folga entre a “castanha” (por-
ca) e o fuso (eixo com rosca espe-
cial que serve como pista para o
rolamento das esferas), ou seja, é
possível ajustar a pré-carga, item
impossível de variar no sistema pa-
rafuso-porca. É importante ressal-
tar que a folga entre o fuso e a por-
ca compromete gravemente os tra-
balhos nas máquinas operatrizes ou
em qualquer conjunto ou sistema
eletromecânico onde se requer mo-
vimentos repetitivos e de alta
confiabilidade.
É claro que para aplicação corre-
ta deste elemento, devemos conhe-
Figura 1 - Fuso Trapezoidal - Exemplo nº1. cer os tipos disponíveis no mercado
conversando com fabricantes, expon-
ximo 50%, enquanto no fuso de es- mentos de máquinas, talvez repre- do nossas intenções e escolhendo
feras pode chegar em torno de 98%, sentem os mais importantes desen- aquele que mais se adequar às nos-
conforme indicado no gráfico da fi- volvimentos ou evoluções, trazendo sas necessidades.
gura 7. vantagens impor tantíssimas, tal
- Duração de vida mais longa, por como a redução de atrito nos movi- GUIAS LINEARES
seu funcionamento sem desgaste. mentos de deslocamento nas máqui-
- Menor potência de acionamento. nas. A diminuição do atrito, além de A partir dos anos 80 os principais
- Redução do atrito. tornar o movimento muito mais “sua- fabricantes de máquinas começaram
- Simplificação construtiva. ve”, propiciou considerável economia a empregar as guias lineares em lu-
- Ausência do efeito Stick-Slip (fi- de energia, fato extremamente im gar dos barramentos tradicionais, pois
car parado –deslizar, efeito muito co- portante para a indústria mundial. as elas possuem alta precisão, ex-
mum nos fusos tradicionais quando Outro fator relevante está na sim- celente rigidez e deslocamento mais
se inverte o sentido de rotação do plificação construtiva destes ele- suaves.
eixo). mentos, já que possuem um caráter As guia lineares possuem as mes-
- Posicionamento mais preciso. modular de fabricação, e hoje já exis- mas vantagens sobre os barramentos,
- Maior velocidade de translação. tem centenas de módulos prontos que os fusos de esferas recirculantes
- Menor aquecimento. para serem montados em máquinas, sobre o fuso convencional. A figura 8
- Devido ao seu alto grau de ren- para diferentes aplicações e de mostra algumas de guias lineares
dimento, os fusos de esferas não são vários tamanhos, facilitando projetos,
autobloqueantes. simplificando montagens, futuras Recomendações gerais no uso
Os fusos de esferas e as guias manutenções e garantindo relativa dos fusos e das guias
lineares de rolamentos, dentre os ele- economia. lineares

Para melhor aplicação dos fusos


de esferas e das guias lineares, é ne-
cessário ter em mente alguns
parâmetros de funcionamento como,
por exemplo:
- Tipo da carga
- Velocidade linear ou rotações por
minuto
- Aceleração e desaceleração
- Temperatura de trabalho
- Vida útil requerida
Figura 2 - Fuso de esferas recirculantes - Exemplo nº 2. - Precisão.

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Figura 7 - Gráfico de rendimento mecânico


dos fusos.

É preciso, no entanto, ter em men-


te que a durabilidade prevista de um
elemento está garantida se observar-
mos os parâmetros especificados
pelo fabricante para o dado elemen-
to. Vejamos alguns exemplos:
Figura 3 - Fuso de esfera desmontado.
Alinhamento

O fuso de esferas e a guia linear


de rolamentos devem ser montados
em perfeito alinhamento. Deve ser ob-
servado o tipo de montagem, se ho-
rizontal, vertical, inclinado, e a influ-
ência da carga e das forças que
agem sobre a carga em cada tipo de
montagem (figuras 9, 10 e 11); os
fabricantes fornecem as tolerâncias
Figura 4 - Circuito de recirculação. admissíveis de desvio para cada
Figura 6 - Exemplo nº 3 (em máquina). componente, conforme tipo, tama-
nho, aplicação,etc.
apresente algum sinal de fadiga (ge- É preciso conhecer as tolerânci-
ralmente os sinais de fadiga apare- as admissíveis na aplicação destes
cem sobre alguma pista de rolagem,
através de escamas ou lascas), da
mesma forma como acontece nos
rolamentos que suportam determi-
nadas (milhares) horas de trabalho,
se aplicados corretamente.
Figura 5 - Caminho helicoidal. Devemos lembrar que a vida no-
minal de um dado elemento, fornecida
A vida nominal de um fuso de em catálogos de fabricantes ou pe-
esferas ou das guias lineares de ro- los projetistas, é um número para nos
lamentos é dada pelo número de re- basearmos, não significa que um ele-
voluções, ou seja, pelo número de mento de 5236 horas irá parar ou apre-
operações ou ciclos por hora para sentar algum sinal de fadiga só quan-
uma dada velocidade constante. do completar as 5236 horas, ou que
Este número representa o quanto o depois de 5236 horas o elemento não
elemento suporta trabalhar sem que atenda mais por algumas horas. Figura 8 - Algumas guias lineares.

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elementos. Para aqueles que Lubrificação
desejam se aprofundar no es-
tudo destes componentes é Boa lubrificação garante o
indispensável conhecer as to- bom funcionamento do elemen-
lerâncias de forma e posição to, preserva o as superfícies de
(sistema de cotagem que indi- contato e sua duração (vida útil).
ca a precisão de paralelismo, É essencial utilizar o lubrifican-
planicidade, circularidade,per- te recomendado pelo fabrican-
pendicularidade, entre várias te, deve-se observar a periodi-
outras variáveis que dizem cidade de troca do lubrificante.
respeito à tolerância de po- Também é bom saber que al-
sicionamento e formato geo- guns fabricantes protegem seus
métrico de um componente ou componentes com substâncias
entre as peças do conjunto Figura 9 - Posição horizontal de montagem. que impedem que os mesmos
montado) para efetuar ou su- sofram corrosão, não sendo
pervisionar uma perfeita mon- substâncias lubrificantes para
tagem destes componentes, serem usados durante a opera-
vide figura 12. ção do equipamento, devendo
ser eliminadas quando da mon-
Sentido de aplicação e tagem do elemento.
grandeza da força (carga) A lubrificação é um impor-
tante item a ser lembrado quan-
O fuso de esferas deve re- do da operação destes elemen-
ceber apenas cargas axiais, tos de máquinas. A falta ou o
não radiais, já as guias linea- excesso de lubrificante prejudi-
res permitem a ação de forças ca o bom funcionamento do ele-
e momentos de direções dife- mento e reduz sua vida útil, é
rentes, no entanto, todas as sempre importante usar o lubri-
cargas precisam ser conside- ficante recomendado pelo fabri-
radas na hora da seleção do cante, uma vez que misturas de
componente. lubrificantes diferentes podem
Figura 10 - Posição inclinada de montagem. resultar em uma terceira subs-
Montagem das guias tância com propriedade agres-
lineares siva ao elemento.

A superfície de apoio das Temperatura


guias deve ser limpa, não con-
tendo rebarbas, finas camadas A temperatura de trabalho é
de limárias de ferro, corpos es- outro dado importante na hora da
tranhos ou coisas do tipo. Deve seleção e aplicação do elemen-
também possuir um acabamen- to. Existe hoje a necessidade de
to polido e recoberta com um aplicação do mesmo tipo de equi-
fina camada de óleo de baixa pamento, tanto em laboratórios
viscosidade. na área médica (áreas relativa-
O encaixe dos parafusos mente frias) quanto em indústri-
deve ser perfeito, ou seja, não as de tratamento térmico, ou
pode ser feita uma montagem seja, indústrias quentes. Portan-
forçada, pois isso comprome- to, devemos especificar compo-
teria o alinhamento, impossibi- nentes que atendam as faixas de
litando o bom funcionamento temperatura reais a que vão ser
das guias. Figura 11 - Guias lineares sujeitas a cargas diversas. submetidos.

Velocidade deve-se especificar isso quando da Início de operação


especificação de compra ou con-
Cada elemento deve trabalhar tato com fabricante, para que o Depois de montados estes ele-
dentro da velocidade para a qual mesmo oriente diferentes tipos de mentos estarão limpos e lubrificados.
foi projetado. Se a velocidade é elementos com diferentes materi- Antes de colocar o equipamento a
uma grandeza variável no projeto, ais de fabricação. plena carga, é aconselhável que se

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locidade, aceleração, entre ou-
tras. Isso se faz necessário para
que se possa calcular a carga di-
nâmica equivalente, definida
como uma carga hipotética, cons-
tante em magnitude e direção, de
ação axial e centrada sobre o
fuso. É uma carga que, se apli-
cada, produziria o mesmo efeito
em termos de vida útil que as
cargas atuais produzem.

Classificação pela capacidade


de carga estática

Se um elemento supor ta uma


carga limite em estado estático
de movimento, uma defor mação
local e permanente poderá ocor-
rer nas esferas e na régua (guias
Figura 12 - Tolerâncias admissíveis em função do componente. lineares) ou na superfície da ros-
ca (fuso de esferas). Quando a de-
façam várias operações em baixa acabamento ou qualquer outra va- formação é excessiva, o movimento
velocidade e carga, desta forma é riável que se fizer necessária. pode não ser suave, quando as
possível checar a característica de esferas estão em contato num es-
reversibilidade do elemento, a preci- Classificação segundo a carga forço máximo. A capacidade de
são de posicionamento e verificar se dinâmica carga estática nominal se define
o mesmo funciona como esperado. como uma carga constante unidir-
Este tipo de avaliação é usado ecional que produz deformações
RECOMENDAÇÕES PARA para estimar a vida do componente permanentes, cuja soma das de-
SELEÇÃO até sua fadiga, baseado em uma car- formações nas esferas e na super-
ga axial constante em magnitude e fície de rolagem (régua ou no fuso),
Aqui, estaremos abordando ape- direção. equivalem a 0,0001 vezes o diâme-
nas parâmetros básicos para sele- tro da esfera.
ção destes elementos, pois a gama Carga dinâmica equivalente
de aplicação é muito vasta, deven- Velocidade limite permissível
do o projetista, no momento da es- As ações das cargas em um para os fusos de esferas
pecificação, entrar em contato com fuso de esferas e nas guias linea-
os fornecedores de sua preferência res podem ser calculadas de A velocidade limite permissível
e especificar as condições de traba- acordo com as leis da Mecânica, para um fuso de esferas é aquela
lho do componente: comprimento, lar- se as forças forem conhecidas, que ele não pode exceder por não
gura, parâmetros críticos, cargas, ou seja, forças de inércia, potên- poder desenvolvê-la em algum mo-
momentos que serão aplicados (no cia de transmissão, rotação, ve- mento com segurança, que é dada
caso das guias), velocidade, acele-
ração e desaceleração, vida
requerida ou esperada, precisão,

Figura 13 - Ajuste de pré-carga. Tabela 1 - Valores de referência para o fator estático de segurança ( fs).

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geralmente pela velocidade limi-
te do sistema de recirculação (es-
feras dentro da castanha). É ex-
pressa em RPM (rotações por
minuto) para cada diâmetro de
fuso especifico.
As velocidades máximas
indicadas nos catálogos dos fabrican-
tes devem ser aplicadas por curtos
Tabela 2 - Fator de contato.
períodos de tempo, não como velo-
cidades de operação.
Altas velocidades associadas Seleção pela dos na mesma régua, o valor de fc
com cargas elevadas requerem ex- capacidade de carga estática será 0,81.
tensas faixas de torque e resultam
numa relativa redução da vida nomi- Vide classificação de capacida- Fator de contato (fc)
nal do componente. de de carga estática.
É difícil de se obter uma distribui-
Eficiência e capacidade de ção de carga uniforme, quando dois
reprodução dos movimentos ou mais blocos são usados em uma
aplicação. Isso se deve a irregularida-
O desempenho de um fuso de des de superfície, aplicação de for-
esferas depende principalmente da fs = fator estático de segurança ças e momentos, ou outros fatores.
geometria de contato das superfí- Co = capacidade de carga estáti- A carga dinâmica (C) e estacio-
cies e de seu acabamento, como ca nominal nária (Co) devem ser multiplicadas
também do ângulo de hélice da ros- Po = carga de impacto pelo fator de contato, vide tabela 2.
ca. É lógico que as condições de
trabalho (carga, lubrificação, pré- Na tabela 1, são mostrados os Fator de carga (fs)
carga, alinhamento, etc.) também valores de referência para o fator es-
influenciam sobre o desempenho tático de segurança (fs): Vibrações e impactos conjuga-
do componente. Caso em estudo: figura 7 com dos com velocidade não podem ser
l2 e l3 = 0. calculados com precisão. Vide abai-
Jogo axial e pré-carga xo a tabela 3 obtida através de ex-
Carga P = 800 (kgf) periências.
Castanhas pré-carregadas es- Curso ls = 1,2 (m)
tão sujeitas a muito menos defor- Reciprocidade n = 4 (freq/min) A - Seleção em função do valor
mação elástica que as castanhas Tempo de vida útil estimado = estático de segurança
não carregadas. Entretanto, a pré- 8.000 horas (h)
carga deverá ser usada quando a
precisão de posicionamento for Para determinar a carga por blo-
muito importante. co, como temos quatro blocos, en-
Pré-carga é aquela força aplica- tão, a carga seria:
da à castanha, através de parafusos, Supondo que o valor de fs seja
no sentido de fazê-la se fechar mais, Po= 800/4 = 200(kgf) igual a 5.
eliminando as folgas axiais, diminu- Supondo que o valor de fw seja
indo o espaço e incrementando mai- Como dois carros serão monta- igual a 2.
or rigidez ao conjunto (castanhas, es-
feras e fuso), tornando o movimento
mais seguro (figura 13).

EXEMPLO DE SELEÇÃO DE UMA


GUIA LINEAR

Há duas maneiras de selecionar


uma guia linear: uma depende do va-
lor do fator estático de segurança e
a outra depende da vida útil neces-
sária. Normalmente, a última é a pre-
Tabela 3 - Fator de carga.
ferida.

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Agora é só selecionar em um for-


necedor uma guia linear que atenda
a condição de ≥ .

B - Seleção em função
Figura 14 - Gráfico de temperatura.
da vida útil
Figura 15 - Gráfico de dureza.
Quando utilizamos guias lineares, C – Vida útil das Guias Lineares
devemos levar em conta todos os fa- Na verdade as aplicações são inú-
tores decorrentes da aplicação da Testes realizados com um gru-
meras, basta haver uma necessida-
carga, pois as guias estão sujeitas a po de guias lineares idênticas e nas
de e conhecer os principais tipos dis-
vibrações e impactos imprevisíveis mesmas condições de trabalho
poníveis no mercado.
quando em operação. Também deve- comprovaram que 90% delas não
apresentaram sinais de fadiga. Entre as principais diferenças
mos considerar a temperatura de tra- construtivas de fabricante para fabri-
balho e dureza da guia linear confor- Calculamos pela fórmula:
cante podemos citar: ângulo de héli-
me os gráficos das figuras 14 e 15.
ce, tipo de arco ou raio por onde ro-
É usual selecionar uma dureza de
lam as esferas.
HRC 58 a 62 para as guias lineares.
Observamos também que acima de
Citamos aqui alguns fabricantes
100ºC de temperatura de trabalho,
Onde : de fácil consulta, via Internet:
segundo o gráfico devemos aplicar
o fator fT . Lh= hora de vida útil(hr)
L = vida útil (Km) www.obr.com.br
Para se calcular a vida útil de
uma guia linear, multiplicamos o ls = curso (m)
número de horas estimadas pela n = ciclo por minuto www.skf.com.br
distância percorrida por hora, com
isso obtemos a distância total a ser Temos também que: www.thk.com.br
percorrida pela guia.
A fórmula mostrada a seguir in- www.nsk.com.br
clui todos estes fatores descritos
acima : www.boschrexroth.de

Onde: CONCLUSÃO
C= carga dinâmica básica (kgf)
Pc = carga (kgf). Como vimos, os fusos de esferas e
as guias lineares são elementos de
FABRICANTES máquina importantíssimos hoje em dia,
e suas vantagens são inúmeras sobre
Dentre os fabricantes de fusos de os fusos normais e os barramentos
esferas recirculantes e guias linea- tradicionais. Abordamos também al-
res de rolamentos, estão os princi- guns fatores relevantes que devemos
pais fabricantes de rolamentos e ter em mente quando pensarmos na
empresas especializadas na trans- aplicação desses componentes, e
missão de movimento. apresentamos alguns conceitos de di-
São muitos os usuários destes im- mensionamento ligados aos equipa-
portantes elementos de máquina. Além mentos e, finalmente, um roteiro de
da Automação Industrial, podemos des- cálculo simples. Todavia, quando for
tacar fabricantes de máquinas e fer- preciso aplicar estes componentes,
Agora é só selecionar em um
ramentas, Robótica, centros de usi- é necessário expor todas as caracte-
fornecedor uma guia linear que aten-
nagem, áreas de instrumentos médi- rísticas do projeto ao fornecedor para
da a condição de .
cos, setor aeroespacial, entre outros. uma melhor seleção. l

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