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Modelo Reclamacao Trabalhista Dano Moral Ofensas
Modelo Reclamacao Trabalhista Dano Moral Ofensas
...
... (nome completo em negrito do reclamante), ... (nacionalidade), ... (estado civil), ...
(profissã o), portador do CPF/MF nº ..., com Documento de Identidade de nº ..., residente e
domiciliado na Rua ..., n. ..., ... (bairro), CEP: ..., ... (Município – UF),por seu advogado e
bastante procurador infra assinado (doc.01), vem, respeitosamente, à presença de V. Exa.,
propor a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA PELO RITO SUMARÍSSIMO C/C DANOS MORAIS,
Em face de Confecções ABC LTDA (primeira reclamada), pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nú mero ___, situada à Rua (endereço), e em face de X
Indústria e Comércio LTDA (segunda reclamada), pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ/MF sob o nú mero ___, situada à Rua (endereço), pelas razõ es de fato e de
direito a seguir expostas:
I – Das Preliminares:
Consoante o disposto nas Leis 1.060/50 e 7.115/83, o Promovente declara para os devidos
fins e sob as penas da lei, ser pobre na forma da lei, nã o tendo como arcar com o pagamento
de custas e demais despesas processuais, sem prejuízo do pró prio sustento e de sua família.
Por tais razõ es, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela
Constituiçã o Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (NCPC), artigo 98 e seguintes.
II- Dos Fatos:
O reclamante foi abordado em sua cidade natal, La Paz – Bolivia, por Caio, que se dizia
proprietá rio de uma oficina de costura no Brasil, a Confecçõ es ABC LTDA, primeira
reclamada. Caio ofereceu emprego ao reclamante, prometendo lhe pagar RS 2.000,00
mensais, além de oferecer, gratuitamente, moradia e alimentaçã o. Informou que o
reclamante trabalharia das 8h00 à s 18h00, tendo direito a uma hora de almoço.
O reclamante chegou a Sã o Paulo em 31/07/2014, e já iniciou o trabalho na oficina em
01/08/2014. Trabalhou durante três meses sem receber salá rio, e, ao questionar o
empregador, este afirmou que os valores haviam sido retidos para cobrir os custos da
viagem, bem como cobrir os gastos com moradia e alimentaçã o.
Ademais, o reclamado laborava das 7h00 à s 22h00, por vezes se estendendo até a
madrugada. As condiçõ es de trabalho nas quais se encontrava eram deplorá veis e
completamente insatisfató rias. Além disso, os trabalhadores que lá se encontravam
juntamente com o reclamante somente podiam sair do local de trabalho aos domingos, uma
vez que sofriam ameaças psicoló gicas, sendo inclusive ameaçados de morte por Caio.
No dia 02/12/2014, durante uma saída, o reclamante aproveitou para fugir da oficina, e
deixou o trabalho, posto que até aquele momento nã o havia recebido nada do que
combinado. Ademais, relatou que, durante todo o período trabalhado, costurou,
exclusivamente, peças da famosa grife X, pertencente à X Indú stria e Comercio LTDA,
segunda reclamada, seguindo inclusive orientaçõ es contidas nas fichas técnicas e peças-
piloto fornecidas pela marca.
Ressalte-se que o reclamante nã o teve a carteira de trabalho registrada e que seus
documentos estã o retidos com o empregador desde sua chegada ao país.
1. DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁ RIA
Conforme já exposto, o reclamante foi contratado pela primeira reclamada. Entretanto,
durante todo o período em que prestou serviços, confeccionou peças exclusivamente para a
segunda reclamada, sob sua estrita orientaçã o.
Em pesquisa ao cadastro da segunda reclamada junto à Jucesp (Junta Comercial do Estado
de Sã o Paulo) (doc. 3), verifica-se que seu objeto social abrange as atividades de “confecçã o
e comércio de peças de vestuá rio”. Apesar disso, a atividade de confecçã o era repassada à
primeira reclamada.
Sobre o tema da terceirizaçã o, os incisos I e III da Sú mula 331 do TST estabelecem,
respectivamente:
I. A contrataçã o de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo
diretamente com o tomador de serviços salvo no caso de trabalho temporá rio (Lei n.
6.019, de 3.1.1974).
[...]
III. Nã o forma vínculo de emprego com o tomador a contrataçã o de serviços de vigilâ ncia
(Lei 7.102, de 20.6.1983), de conservaçã o e limpeza, bem como a de serviços especializados
ligados à atividade – meio do tomador dos serviços, desde que inexista a pessoalidade e a
subordinaçã o direta.
Ou seja, ressalvadas as hipó teses do inciso III, a terceirizaçã o de atividades-fim é vedada
em nosso ordenamento e, quando constatada de fato, gera vínculo direto entre o tomador
de serviços e o empregado. Desta forma, a empresa que terceiriza suas atividades de forma
ilegal torna-se responsá vel diretamente pelas condiçõ es de trabalho as quais sã o
submetidos os trabalhadores da empresa fornecedora do serviço.
Isto posto, requer o reclamante seja reconhecida a responsabilidade solidá ria da segunda
reclamada quanto a todos os valores postulados na presente açã o.
b. DA VERBAS SALARIAIS
Ao contrá rio do anteriormente tratado, durante os três meses em que prestou serviços à
primeira reclamada, o reclamante jamais recebeu qualquer valor a título de salá rio.
Questionada pelo reclamante, o empregador afirmou que os salá rios devidos estavam
sendo usados para cobrir as despesas com a viagem, moradia e alimentaçã o fornecidos.
Ademais, ressalta-se as condiçõ es, precá rias, de moradia à s quais o reclamante foi
submetido durante o tempo em que prestou serviços à primeira reclamada, sem
observaçã o de qualquer padrã o mínimo de dignidade, situaçã o que será melhor exposta à
frente.
Entretanto, ainda que assim nã o fosse, nã o poderia em hipó tese alguma o empregador
privar o empregado do percebimento de seu salá rio. No má ximo, poderia proceder aos
descontos previstos em lei, sem comprometer, entretanto, a autonomia do reclamante em
prover seu pró prio sustento.
Isto posto, o reclamante faz jus aos valores devidos a título de salá rio, correspondentes à
totalidade dos meses trabalhados.
c. DA JORNADA DE TRABALHO
Em que pese ter sido anteriormente combinado entre as partes que a jornada de trabalho
do reclamante seria das 08:00 à s 18:00, com 01 (uma) hora de intervalo, durante o pacto
laboral, o reclamante cumpriu a seguinte carga horá ria:
- De segunda-feira a sábado: das 07:00 à s 22:00, sem intervalo para refeiçã o e descanso.
- Domingo: folgava.
Da aná lise da jornada de trabalho exposta, é forçoso concluir que o trabalho do reclamante
se estendia para muito além das 8 (oito) horas diá rias previstas no artigo 58 da CLT, razã o
pela qual faz jus ao pagamento de todas as horas que excedam o período legal com
acréscimo de, no mínimo, 50 % (cinquenta por cento). Ressalta-se que o pacto inicial,
firmado verbalmente em La Paz, com o reclamante, estabelecia a carga horaria de trabalho
em 8 horas diá rias.
Cumpre esclarecer ainda que, diariamente, o reclamante era obrigado a se alimentar
durante a execuçã o do serviço, nã o sendo permitido que gozasse do intervalo previsto no
artigo 71 da CLT, destinado à refeiçã o e ao descanso. De acordo com o § 4º do mesmo
artigo, quando o referido intervalo “nã o for concedido pelo empregador, este ficará
obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50%
(cinqü enta por cento) sobre o valor da remuneraçã o da hora normal de trabalho”, tal como
ocorre com a hora extra comum.
Contudo, as reclamadas jamais efetuaram o pagamento das horas extras devidas, de forma
que faz jus o reclamante ao seu pagamento, o que desde já se requer.
Face à habitualidade, devem as horas extras, compor a remuneraçã o do reclamante para
efeito de pagamento dos descanso semanal remunerado, das férias + 1/3, dos 13ºs. Salá rios
e do FGTS + 40%, conforme as Sú mulas 45, 63, 94, 151 e 172 do C. TST.
1. DAS VERBAS RESCISÓRIAS
Em razã o das condiçõ es em que a relaçã o empregatícia foi encerrada, o reclamante nã o
recebeu o pagamento das verbas rescisó rias, nem do saldo salarial, que, desde já , sã o
pleiteados.
As reclamadas deverã o arcar com o pagamento do 13º salá rio de 2014 proporcional a
03/12 e de férias + 1/3 de 2014 proporcionais também a 03/12.
Além disso, por nã o ter sido o contrato de trabalho anotado em CTPS, o reclamante nã o
pode se beneficiar do FGTS.
Isto porto, e com fulcro no artigo 26 e § ú nico da Lei nº. 8.036/90, requer sejam as
reclamadas compelidas ao recolhimento imediato da importâ ncia equivalente ao FGTS.
2. DO DANO MORAL
Diferentemente do que foi tratado entre as partes ainda na Bolívia, a moradia fornecida
pela primeira reclamada em Sã o Paulo era precaríssima, padecendo de condiçõ es bá sicas
de higiene e conforto. O reclamante nã o possuía qualquer espaço privativo, e dormia no
mesmo ambiente em que funcionava a oficina, em clara demonstraçã o de indiferença das
empregadoras com a dignidade do empregado.
Como se nã o bastasse, o reclamante era proibido pela primeira reclamada de deixar o local
de trabalho durante a semana, somente sendo autorizado a fazê-lo aos domingos.
Some-se a estes fatores, as constante agressõ es psicoló gicas sofridas pelo reclamante. Isso
porque, caso manifestasse qualquer descontentamento com as condiçõ es degradantes as
quais era exposto diariamente, Caio o ameaçava de morte, fazendo-o viver em situaçã o de
medo constante.
Tais situaçõ es geraram grande constrangimento e profunda humilhaçã o ao reclamante,
além do que, atentaram contra sua dignidade enquanto ser humano, de forma que, resta
evidente o assédio moral no trabalho.
A MM. Juíza do Trabalho da 5ª Regiã o, Má rcia Novaes Guedes in “Mobbing- Violência
Psicoló gica no Trabalho”, Revista LTR, volume 67, nº. 02, Editora LTR, Sã o Paulo, 2003,
assim versa a respeito do tema em questã o (pá g. 162/165):
Mobbing, assédio moral ou terror psicoló gico no trabalho sã o sinô nimos destinados a
definir a violência pessoal, moral e psicoló gica, vertical, horizontal ou ascendente no
ambiente de trabalho. O termo "mobbing" foi empregado pela primeira vez pelo etiologista
Heinz Lorenz, ao definir o comportamento de certos animais que, circundando
ameaçadoramente outro membro do grupo, provocam sua fuga por medo de um ataque.
[...]
No mundo do trabalho, o assédio moral ou "mobbing" pode ser de natureza vertical _ a
violência parte do chefe ou superior hierá rquico; horizontal _ a violência é praticada por
um ou vá rios colegas de mesmo nível hierá rquico; ou ascendente _ a violência é praticada
pelo grupo de empregados ou funcioná rios contra um chefe, gerente ou superior
hierá rquico.
O terror psicoló gico no trabalho tem origens psicoló gicas e sociais que ainda hoje nã o
foram suficientemente estudadas. Sabe-se, todavia, que, na raiz dessa violência no trabalho,
existe um conflito mal resolvido ou a incapacidade da direçã o da empresa de administrar o
conflito e gerir adequadamente o poder disciplinar. Por isso mesmo nã o se pode mitigar a
responsabilidade dos dirigentes das organizaçõ es no exercício do poder diretivo.
[..]
A violência psicoló gica segue uma dinâ mica identificada na qual o sujeito perverso
emprega vá rias modalidades de agressõ es contra a pessoa. A ardileza das açõ es praticadas
pelo perverso é de tal ordem que dificilmente todas elas encontrariam adequada resposta
no rol de crimes aglutinados na legislaçã o penal {veja-se a classificaçã o descrita no livro
"Terror Psicoló gico no Trabalho"}.
Como sabiamente já deduziu o leitor, a vítima do assédio moral ou terror psicoló gico é
violentada no conjunto de direitos que compõ em a personalidade. Sã o os direitos
fundamentais, apreciados sob o â ngulo das relaçõ es entre os particulares, aviltados,
achincalhados, desrespeitados no nível mais profundo. O mais terrível é que essa violência
se desenrola sorrateiramente, silenciosamente - a vítima é uma caixa de ressonâ ncia das
piores agressõ es e, por nã o acreditar que tudo aquilo é contra ela, por nã o saber como
reagir diante de tamanha violência, por nã o encontrar apoio junto aos colegas nem na
direçã o da empresa, por medo de perder o emprego e, finalmente, porque se considera
culpada de toda a situaçã o, dificilmente consegue escapar das garras do perverso com
equilíbrio emocional e psíquico para enfrentar a situaçã o e se defender do terrorismo ao
qual foi condenada. (...)
O assédio moral é uma violência multilateral, tanto pode ser vertical, horizontal ou
ascendente (a violência que parte dos subordinados contra um chefe), é continuada e visa
excluir a vítima do mundo do trabalho, seja forçando-a a demitir-se, a aposentar-se
precocemente, como também a licenciar-se para tratamento de saú de. O efeito dessa
espécie de violência na vítima é devastador. Uma pesquisa na Suécia verificou que o
"mobbing" responde por cerca de 12% dos casos de suicídio. Na maioria dos casos de
assédio sexual, o sexo e o grau de subordinaçã o da vítima explicam o assédio. O mesmo nã o
ocorre com o assédio moral.
No "mobbing, o agressor pode utilizar-se de gestos obscenos, palavras de baixo calã o para
agredir a vítima, detratando sua auto-estima e identidade sexual; mas diferentemente do
assédio sexual, cujo objetivo é dominar sexualmente a vítima, o assédio moral é uma açã o
estrategicamente desenvolvida para destruir psicologicamente a vítima e com isso afastá -la
do mundo do trabalho. A violência é sutil, recheada de artimanhas voltadas para confundir
a vítima.
A constituiçã o Federal estabelece em no inciso X de seu artigo 5º, in verbis:
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação.
Diante do acima exposto, deverã o as reclamadas serem compelidas a pagar ao autor uma
indenizaçã o pelos danos morais e psicoló gicos que sofreu, em valor correspondente à
dobra da quantia devida a título de verbas rescisó rias, já calculadas.
3. DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
Diante do nã o recolhimento das contribuiçõ es previdenciá rias em favor do reclamante
durante toda a vigência da relaçã o empregatícia, devem as reclamada arcar “in totum” com
o recolhimento da correspondente contribuiçã o a teor do disposto no § 5º da Lei
8.213/1991, vez que nã o o efetuaram tempestivamente.
4. DA APURAÇÃO CRIMINAL
A açã o da primeira reclamada de reter os documentos do reclamante, de mantê-lo sob
constante vigilâ ncia sem permitir que se retirasse do local de trabalho a nã o ser aos finais
de semana, e ainda de nã o pagar-lhe o salá rio sob o argumento de estar descontando os
valores de transporte, alimentaçã o e moradia, se enquadra perfeitamente no tipo previsto
no artigo 149 do Có digo Penal. Pode, portanto, configurar o trabalho em condiçõ es
aná logas a de escravo, com pena prevista de “dois a oito anos, e multa, além da pena
correspondente à violência”.
Além disso, o procedimento do reclamada em nã o anotar a CTPS do reclamante constitui
crime, com pena de reclusã o de dois a seis anos e multa, contido no pará grafo 4º do art. 297
do Có digo Penal.
Com o advento da Lei nº. 9.983 de 14 de julho de 2.000, que inseriu o pará grafo 4º ao art.
297 do Có digo Penal, a omissã o do registro em carteira de trabalho passou a constituir,
indiscutivelmente, crime contra as relaçõ es de trabalho.
Assim, requer se digne Vossa Excelência, oficiar o Ministério Pú blico para tomar as
providencias cabíveis contra as reclamadas e seus só cios, bem como, oficiar a Delegacia
Regional do Trabalho, a fim de que proceda a fiscalizaçã o nas empresas-rés.
5. DA JUSTIÇA GRATUITA
Por ser pessoa pobre na acepçã o jurídica do termo (doc. 2), a teor do disposto na Lei
7.115/83 e, ainda, de acordo com a Lei nº. 10.537 de 27/08/2002, requer digne-se V. Exa.,
conceder os benefícios da justiça gratuita, nos termos do § 3º do artigo 790 da CLT,
isentando o reclamante do recolhimento de toda e qualquer custas e emolumentos
dispostos nos artigos 789-A, 789-B, 790-A e 790-B do mesmo diploma legal.
6. DO PEDIDO
Diante de todo o exposto, pleiteia o reclamante:
a. Reconhecimento do vínculo empregatício e a anotaçã o do contrato de trabalho em sua
CTPS, conforme pleiteado no item 1 da presente;
b. Seja reconhecida a responsabilidade solidá ria das reclamadas quanto ao pagamento das
verbas postuladas na presente açã o, nos termos dos artigos 942 do Có digo Civil, cumulado
com o artigo 2º, inciso II da CLT, conforme pleiteado no item 2 da presente;
c. Sejam as reclamadas condenadas ao pagamento dos salá rios relativos aos 3 meses em
que o reclamante prestou serviços, conforme item 3 da presente;
1. Percepçã o das horas extras, cumpridas durante todo período trabalhado, bem como a
integraçã o para compor a remuneraçã o do reclamante para efeito de pagamento do
descanso semanal remunerado, das férias + 1/3, do 13º salá rio e do FGTS, conforme
item 4 da presente;
1. Pagamento do 13º salá rio de 2014 proporcional a 03/12 e de férias + 1/3 de 2014
proporcionais também a 03/12, bem como das quantias nã o recolhidas a título de
FGTS, conforme item 5 da presente;
f. Indenizaçã o pelos danos morais e psicoló gicos causados a reclamante, no valor
correspondente à dobra da quantia devida a título de verbas rescisó rias, já calculadas,
conforme item 6 da presente;
1. Deverá a reclamada arcar “in totum” com o recolhimento da correspondente
contribuiçã o a teor do disposto no § 5º da Lei 8.213/1991, vez que nã o efetuou o
recolhimento tempestivamente, conforme item 7 da presente;
1. Seja oficiado o Ministério Pú blico para tomar as providências cabíveis contra as
reclamadas e seus só cios, bem como, oficiar a Delegacia Regional do Trabalho, a fim de
que proceda fiscalizaçã o nas empresas-rés, conforme item 8 da presente;
1. Isençã o de custas, por ser pessoa pobre na acepçã o jurídica do termo, a teor do
disposto na Lei 7.115/83, conforme item 9 da presente;
1. Juros e correçã o monetá ria, na forma da lei.
À vista do exposto, requer a notificaçã o da reclamada, para responder as termos deste
processo, sob pena de confissã o e revelia, para, ao final, ser condenada no pedido, julgando-
se totalmente procedente a presente açã o, correçã o monetá ria, juros de mora, nos termos
legais e demais cominaçõ es legais.
Pretende produzir por todas as provas em direito admitidas, especialmente o depoimento
pessoal da reclamada, sob pena de confissã o, oitiva de testemunhas, juntada de
documentos, sem exceçã o.
Dá -se à presente, para fins de custas e alçada, o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais),
correspondente à soma das verbas pleiteadas, já calculadas (doc. 4).
.
Nestes termos,
pede e espera deferimento.
... (Município – UF), ... (dia) de ... (mês) de ... (ano).
ADVOGADO
OAB nº .... - UF
Atenção
Dentre as principais mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista, importante destacar
sobre a necessá ria liquidaçã o prévia dos valores pleiteados, considerando a alteraçã o do
Art. 840 da CLT, passando a adotar a seguinte redaçã o:
§ 1o Sendo escrita, a reclamaçã o deverá conter a designaçã o do juízo, a qualificaçã o das
partes, a breve exposiçã o dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo,
determinado e com indicaçã o de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu
representante.
§ 2o Se verbal, a reclamaçã o será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo
escrivã o ou secretá rio, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.
Com isso, tem-se a necessidade de se apresentar os valores discriminados das verbas
pleiteadas e todos os seus reflexos, sob pena de extinçã o do processo, conforme redaçã o do
referido artigo 840 em seu § 3º:
§ 3o Os pedidos que nã o atendam ao disposto no § 1o deste artigo serã o julgados extintos
sem resoluçã o do mérito.
A importâ ncia de uma discriminaçã o minuciosa dos valores pleiteados ganha especial
relevâ ncia, uma vez que estes valores serã o tomados por base para o pagamento das
verbas de sucumbência, outra novidade trazida pela reforma trabalhista.
http://modelo.legal/modelo-reclamacao-trabalhista-dano-moral-ofensas/