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Boletim 17 de Dezembro 2023
Boletim 17 de Dezembro 2023
Jesus nasceu por volta do ano 4 A.C. em 350 D.C., São Crisóstomos, a pedido do Papa de Roma
(Julio 1), estabeleceu 25 de Dezembro como dia do nascimento de Jesus. Na sua origem e até hoje,
vários símbolos, de origens as mais diversas, foram agregados à celebração: Papai Noel (São Nicolau),
Árvores, Selos, Cartões, Mensagens, Musicas, Sinos. Jesus nasceu, porque o amor de Deus pelo mundo
extrapola a compreensão humana. Deus sofre com as causas humanas. A dor dos humilhados, dos
injustiçados, dos desprezados, dos oprimidos, dos ignorados, é a sua dor: Jesus é a encarnação da
compaixão de Deus. Nasce um menino. Ele esmagará a cabeça da serpente. Ele trará alegria ao povo. O
governo está sobre os seus ombros para enfrentar os poderosos. O seu reino não terá fim. O libertador
está entre nós. Jesus, o Emanuel.
NATAL: UM ATO DE LIBERTAÇÃO
O natal não é a festa do “deixa tudo como está”. Não acontece sob o signo do “faz de conta que
está tudo bem”. Ao contrário, o natal é a introdução da única força libertadora e salvadora no cenário
do desespero humano. Fora da encarnação (natal) a humanidade não tem qualquer razão para olhar o
futuro com esperança. Neste boletim meu objetivo é mostrar a você o natal como um ato-processo de
libertação, como uma injeção, nos nervos da história, da força mais ativa e revolucionária que se possa
conceber. Para que entendamos bem o que este boletim quer lhe “passar” é preciso que leiamos juntos
o texto de Isaías 9:1 a 7. Uma leitura cautelosa do texto nos mostra que a ação de Deus no natal começa
em função das mesmas causas básicas pelas quais Deus também interviu no Êxodo do povo de Israel.
Tudo começa por causa de um povo vivendo aquém dos níveis mínimos do esperado. Portanto, a Bíblia
diz que há um povo ao qual, mais especificamente, Deus dirige sua ação libertadora. Trata-se de povo
“povo aflito” (v.1); vivendo em agonias interiores, dominado pelas mais profundas crises de existência
e de sentido pela vida.
Também povo “desaparecido” (v.1 – vivendo na “obscuridade”); destituída de qualquer
significado. A maior parte dos seres humanos vive e morre em total “obscuridade” histórica e em total
despropósito a nível de projeto pessoal de vida. O natal também acontece para o povo habitante da
geografia do “desprezo”(v.1). São aqueles que vivem na terra do desprezo, é o favelado, o descamisado,
o mendigo, o repugnante. Ele também se faz história para o povo vivendo na confusão dos deuses (v.1:
“Galiléia dos Gentios”). Galiléia significa círculo. E pelo contexto sócio político-religioso tratava-se de
um circulo de paganismo (gentios). Lá era o lugar dos muitos altares, o lugar onde as pessoas estavam
perdidas no meio dos deuses. O natal é o ato de Deus também para o povo sem “esperança” (v.2: “o
povo que andava em trevas”). Esses são os “perdidos” na história: gente sem rumo, sem perspectivas.
Aqueles que vivem na fronteira da morte também são parte do povo-público alvo do natal (v.2: “na
região da sombra da morte”). Além disso os econômica e socialmente oprimidos são também alvo da
intenção libertadora de Deus no ato do natal: o povo “oprimido” (v.4: “Juízo que pesava sobre eles”).
O ato do natal traz ainda consigo uma mensagem para todas as nações, grupos étnicos, e
políticos que possam estar em guerra. No ato de nascer, Deus estava iniciando um diálogo com os em
guerra (v.5: o guerreiro, a batalha, as vestes ensanguentadas). No Líbano tal mensagem seria
absolutamente real. Mas não é menos aplicável no estado de “guerra civil sócio-econômico” na qual
vivemos. Desse ponto em diante o texto do profeta Isaías passa para a dimensão mais prática da solução
de Deus para o drama humano. A libertação que Deus propõe é diferente da libertação sonhada e
praticada pelos homens. A proposta de Deus para a história, para a sociedade e para a humanidade não
está na pessoa de um filósofo, um político, um cientista, um guerrilheiro, ou um general: Deus propõe
um menino-Rei (v.6). O menino é a bomba de Deus. O menino é a maior subversão de Deus. O menino
é a grande Revolução. A história é do menino. É o Menino que traz a alegria dos vitoriosos para este
povo oprimido (v.3) , é o Menino quem quebra o “jugo que pesava sobre eles” conforme os dias das
melhores lembranças de libertação (v.4), é o Menino que faz fogueira com material bélico para se pular
quadrilha no reino (v.5).
JESUS É ALEGRIA DOS HOMENS
Desse ponto em diante Isaías nos diz o que o menino traz par a sociedade humana
(especialmente aquela parte da sociedade humana) “que o recebeu”). Ele traz brilho a vida dos obscuros
e desapercebidos, porque ele é maravilhoso (v.6). Ela alivia a confusão dos Deuses (Galiléia dos
Gentios), porque Ele é o Conselheiro (v.6). Ele é o Libertador dos oprimidos, porque Ele é o Deus Forte
(v.6). Ele é o vencedor sobre a sombra da morte, porque Ele é o Pai da Eternidade (v.6). Ele acaba com a
guerra na alma e nas relações humanas porque Ele é o Príncipe da Paz (v.6). Ele dá uma pátria a esses
deserdados da vida porque Ele possui um Trono e um Reino: “para que se aumente o seu governo e
venha a paz sem fim sobre o Trono de Davi e sobre o Seu Reino, para o estabelecer e o firmar mediante
o Juízo e a Justiça, desde agora e para sempre” (v.7).
Assim é que Deus não levanta um exército, mas faz nascer um menino. Não prega uma rebelião,
mas faz uma virgem engravidar. Não usa armas, “cria” uma vida para a vida (o que foi “criado” já era
desde sempre). Não usa músculos, mas vence na fraqueza. Não se apresenta com pomposidade, mas
aparece na simplicidade da criança. Não prende com correntes, mas traz consigo panos e feixes de
palha. Não tem testa franzida, mas mostra um rostinho inocente. Não desfere um grito de guerra, mas
chora um choro de criança. Aqui neste ponto Isaías chega aos efeitos libertadores do natal. A conclusão
que se chega é que a encarnação não é só o maior tema do amor, é também a expressão da maior e
mais prática libertação oferecida por Deus aos homens. Os efeitos do encontro dos seres humanos
como que nos nasceu são basicamente os seguintes:
1. Alegria como dos ceifeiros (v.3). É a alegria dos que semearam com lágrimas e colhem
com Júbilo.
2. Luz para a vida e o futuro (v.2). Esses são os que viram a luz que resplandeceu nas
sombras. Esses não sabem com detalhes como será a vida, mas tem certeza de qual é o rumo.
3. Alívio de todo juízo (v.4; Mt.11:26 a 28).
4. Desarmamento dos “instrumentos” de guerra (v.5).
Ora, para alguns irmãos para os quais libertação tem sempre que ter uma dimensão político-
histórica tangível, tais “efeitos” da ação do menino na vida são inocentes, ingênuos e simples demais. No
entanto, a vida tem seu valor e sua importância maior. A vida é e sempre foi mais nevralgicamente
importante nas áreas mencionadas como sendo resultado da ação libertadora “do menino”.
O natal é a libertação das libertações. É a intervenção de Deus na vida humana para torna-la
salva e mais humana. Essa é a promessa do natal. E quem “assina embaixo” é digno de toda confiança:
“O zelo do Senhor dos exércitos fará isto” (v.7).
Continua no Próximo Boletim!
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