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AL1.3 - Movimento Uniformemente Variado - Velocidade e Deslocamento
AL1.3 - Movimento Uniformemente Variado - Velocidade e Deslocamento
Enquadramento teórico-experimental
Um bloco de massa m, assente num plano inclinado, é abandonado e desliza até um plano horizontal, onde pára.
Uma vez que a resultante das forças, 𝐹⃗𝑅 , que atuam no bloco quando este desce o plano inclinado, é constante e tem
a direção e sentido da velocidade, o movimento é retilíneo e uniformemente acelerado e o bloco atinge a base do
plano com uma velocidade máxima de componente escalar,v0 (figura 1).
No percurso na horizontal atuam três forças no bloco: a força gravítica, 𝐹⃗𝑔 , a reação normal, 𝑁
⃗⃗, e a resultante das
A força gravítica é simétrica à força de reação normal pelo plano no bloco, pelo que o efeito de ambas é nulo. A
resultante das forças 𝐹⃗𝑅 que atuam no centro de massa do bloco é constante e coincide com a resultante das forças
De acordo com a Segunda lei de Newton, a resultante das forças 𝐹⃗𝑅 provoca uma aceleração 𝑎⃗ constante no bloco,
contrária à velocidade do bloco, 𝑣⃗. O movimento do bloco é retilíneo uniformemente retardado (figura 3) e a
componente escalar da aceleração, a, é igual à componente escalar da aceleração média, am:
𝑣 − 𝑣0 𝑣 − 𝑣0
𝐹⃗𝑅 = 𝑚 𝑎⃗ ⇔ 𝐹⃗𝑎 = 𝑚 𝑎⃗ e 𝑎 = 𝑎𝑚 = ⇔ 𝑎=
𝑡−0 𝑡
Como a componente escalar da velocidade, v, diminui ao longo do tempo, a componente escalar da aceleração tem
sinal contrário ao da componente escalar da velocidade inicial, v0.
Definindo um referencial Ox no sentido do movimento do bloco (figura 4) e com origem (O) na base do plano inclinado
e início do plano horizontal, tem-se: 𝑣0 > 0 𝑒 𝑎 < 0
Calculando a área sob a linha do gráfico, obtém-se uma expressão para determinar a
componente escalar do deslocamento, x, do bloco, no plano horizontal, cujo módulo
corresponde à «distância de travagem»:
(𝑣0 − 𝑣) × 𝑡 𝑣0 × 𝑡 𝑣×𝑡 1
∆𝑥 = + 𝑣 × 𝑡 ⇔ ∆𝑥 = ( )−( ) + 𝑣 × 𝑡 ⇔ ∆𝑥 = (𝑣0 + 𝑣) × 𝑡
2 2 2 2
𝑣 − 𝑣0 𝑣 − 𝑣0 1 𝑣 − 𝑣0
𝑎= ⇔ 𝑡= ∆𝑥 = (𝑣0 + 𝑣) × ⇔ 2 𝑎 ∆𝑥 = 𝑣2 − 𝑣02 ⇔ 𝑣2 = 𝑣20 + 2 𝑎 ∆𝑥
𝑡 𝑎 2 𝑎
Ou, para 𝑣 = 0:
𝑣0
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑥 𝑡 0 = 𝑣0 − 𝑎 𝑡 𝑡=
𝑎
{ 1 ⇔ { 1 ⟺ { ⇔
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑎𝑥 𝑡 2 𝑥 − 𝑥0 = 𝑣0 𝑡 − 𝑎 𝑡 2 𝑣0 1 𝑣0 2
2 2 ∆𝑥 = 𝑣0 × − 𝑎 × 2
𝑎 2 𝑎
𝑣02 𝑣02
⇔ ∆𝑥 = − ⇔ 2𝑎 ∆𝑥 = 2𝑣02 − 𝑣02 ⇔ 𝟐𝒂 ∆𝒙 = 𝒗𝟐𝟎
𝑎 2𝑎
Esta expressão, conhecida como equação de Torricelli, prevê que o quadrado da componente escalar da velocidade,
𝒗𝟐 , é diretamente proporcional à componente escalar do deslocamento, ∆𝒙.
Para que o movimento seja uniformemente retardado é necessário que a resultantes das forças de atrito seja constante
Procedendo a uma montagem semelhante à da figura anterior, o bloco (no qual se fixou uma tira estreita e opaca,
de largura 𝓵, é abandonado de uma determinada posição no plano inclinado, desliza, aumentando a sua velocidade
e, ao iniciar o trajeto no plano horizontal, o módulo da velocidade, 𝒗, é medido indiretamente; o deslocamento, ∆𝒙,
é medido do ponto onde a velocidade foi determinada até ao ponto onde o bloco terminou o seu movimento, isto é,
quando a velocidade final, 𝑣𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 , for nula.
Quando o bloco passa sob a fotocélula, a tira opaca interrompe o feixe de luz da célula e obtém-se o tempo de
passagem. A componente escalar da velocidade é aproximadamente igual à razão entre a largura da tira opaca e o
intervalo de tempo medido no digitímetro.
Para cada nova posição de abandono do bloco, determina-se o valor mais provável dos tempos de passagem, 𝑡̅, e o
valor mais provável do deslocamento, ∆𝑥̅ .
Com o valor da componente escalar da aceleração, 𝒂, e com o valor da massa do bloco, 𝒎, determina-se a resultante
⃗⃗𝒂 |:
das forças de atrito aplicadas ao bloco, |𝑭