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DESVENDANDO ESSE UNIVERSO DAS

DISFUNÇÕES POSTURAIS

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ANA PAULA SOUSA
Sumário
05 Introdução
10 4 Passos para escolher exercícios que geram resultados

11 Passo1: Conhecer o paciente e sua história pregressa


15 Passo 2: Identificar as disfunções primárias e secundárias
24 Passo 3. Avaliação postural com foco em disfunções
27 Passo 4. Prescrição de Exercícios “Piramidais”

31. Como Montar Aulas


32. Exemplos Práticos de Exercícios

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Introdução
Olá!

Obrigada por ter baixado este Ebook. Para você deve ser muito importante
aprender mais sobre Pilates e suas aplicabilidade clínica e é por isso que você está
aqui, e também por isso eu já quero te dar os parabéns.

É muito notável perceber o quanto o mercado do Pilates tem crescido no Brasil, e


o número de praticantes também só cresce a cada ano.

Juntamente com esse aumento também surgem as dúvidas de quem trabalha


com o público que precisa dos serviços de Pilates. Afinal, são inúmeros casos
diferentes que surgem, desde alterações e disfunções posturais até a repercussão
dessas disfunções em dor.

E que o que são Disfunções? Como identifica-las? Como trabalhar com elas? É o
que vamos aprender agora neste Ebook que eu preparei pra você.

Primeiramente é importante dizer que as disfunções Posturais não são a mesma


coisa de Desvios Posturais.

Disfunções vão muito além do acentuação ou diminuição de curvas da coluna


vertebral. Elas envolvem muitos outros aspectos, que são estruturais e funcionais.

Para você ter uma ideia posso dizer que duas pessoas podem ter os mesmos
desvios posturais, mas Disfunções distintas. E consequentemente Tratamento
distintos. Trabalho com casos assim diariamente, principalmente com as Escolioses,
onde podemos ter dois indivíduos com os mesmos padrões de curvas, mas a
abordagem com eles não é nada igual.

Então qual é diferença entre Desvio e Disfunção?

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Quando falamos em desvios estamos nos referindo ao aumento ou diminuição
das curvas fisiológicas da coluna, e esses podem ser nomeadas de acordo com a
curva em questão que compõem o plano sagital, frontal e transversal.

Os principais desvios posturais que conhecemos são as hiperlordoses,


hipercifoses, retificações e as Escolioses.

Uma disfunção postural nem sempre quer dizer que exista uma alteração na

curva da coluna.

As curvas podem estar normais ao exame postural ou até mesmo no exame de


imagem, e mesmo assim o indivíduo pode estar sofrendo de disfunções.

Uma disfunção indica que há alteração da atividade fisiológica do organismo, e


esta pode ser de tecidos moles, de estruturas mais rígidas (ossos) e estruturas de
junção (articulares).

Chamamos de disfunções biomecânicas aquelas que alteram a forma como o

organismo se relaciona com o tempo e espaço.

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Para entender melhor vou listar pra você que tipos de Disfunções

Biomecânicas são mais comuns:

o compressões

o trações

o torções

o bloqueios

o rigidez (hipomobilidade)

o estiramentos

o espasmos

o encurtamentos

o desidratação tissular (discopatias)

o atrofias

o fraqueza muscular

o hipermobilidade

o rotações das vértebras

o cisalhamento

o etc.

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A presença de qualquer um desses fatores pode levar ao uso incorreto
das articulações corporais. E uma vez que o corpo busca compensações
para se manter o equilíbrio do indivíduo, o corpo naturalmente irá buscar
formas de obedecer as 3 leis da biomecânica: a economia, equilíbrio e o
conforto.

O que vemos em uma avaliação postural por exemplo (hiperlordose,


hipercifose, etc) na verdade são a consequência das Disfunções pré-
existentes e não a causa delas. Portanto, se formos tratar apenas o que
vemos nossa chance de não atuar na causa, e consequentemente não ter
resultados, é bem maior.

É por esse motivo que em uma Avaliação eu geralmente deixo a avaliação


postural estática que nós conhecemos para um segundo momento. Sim.
Antes de avaliar a Postura estática na tentativa de identificar desvios
posturais, eu realizo o primeiro passo dos 04 que eu acredito serem
necessários para se prescrever exercícios que gerem resultados. E esses
passos você vai conhecer agora.

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04 PASSOS
Para Prescrever Exercícios
Que Geram Resultados
Passo 01
Conhecer o paciente e sua história pregressa
Todos sabemos que é necessário realizar uma anamnese antes de
prescrever qualquer tratamento e no Pilates não é diferente. É
imprescindível o conhecimento de tudo que permeia a queixa do nosso
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aluno e os pontos principais a serem questionados são:

❑ Qual o desconforto ❑ Traumas físicos ou existência de


❑ Se há dor anomalias (megapófise por
❑ Como a dor começa e termina exemplo)
❑ Localização exata ou ❑ Qual o impacto disso na vida do
abrangente? cliente e em suas atividades
❑ Como a dor se comporta: funcionais?
fisgada, pontada, localizada, ❑ Qual a atividade ocupacional do
irradiada, queimação ou cliente?
ardência? ❑ Prática de atividades físicas
❑ Qual momento do dia/noite o ❑ Qual a expectativa dele em
desconforto costuma aparecer relação ao Pilates
❑ Quais problemas de saúde ❑ Como está sua saúde emocional?
antecedem o atual problema? (Stress, humor, jornada de
❑ Cirurgias prévias (inclusive trabalho, relações afetivas e
cesariana) satisfação pessoal)
Este último ponto é muito importante, pois são cada vez mais comuns
os casos de intrínseca relação entre Disfunções Biomecânicas e Distúrbios
psicossomáticos, onde muitas vezes as disfunções estão relacionados à
doenças emocionais ou excesso de carga de trabalho.

A minha dica para identificar esse tipo de problema é observar por


exemplo se a queixa do paciente é “fixa”, ou se cada dia a dor ou
desconforto acontece em um lugar diferente. Outro dado que também
ajuda a diferenciar é quando nenhum dos exercícios levam à melhora,
nem mesmo os que são prescritos especialmente para o seu problema.

Geralmente uma dor psicossomática leva um certo tempo para ser


percebida por nós, por isso é sempre importante estar atentos a sinais
como: irritabilidade e tensão muscular, fadigas generalizadas, respirações
curtas e com utilização de musculatura acessória, presença de cervicalgias
e Lombalgias, típicas de dores psicossomáticas.

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Você pode estar se perguntando agora, “mas Ana, meu aluno não
sente dor, nem desconforto. Mas eu vejo uma postura ruim, como eu
posso melhorar isso?”

Quando não se tem dor, e após você ter investigado toda a história
pregressa do aluno que possa ter relação com as presentes disfunções, é
hora de focar em uma avaliação física detalhada, porém objetiva e
correlata porque você vai precisar desses detalhes lá na frente para
associar com a prescrição de exercícios.

Mas antes disso, vamos para o segundo passo, onde eu vou te ensinar
como identificar as disfunções primárias e as disfunções secundárias.

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Passo 02
Identificar As Disfunções Primárias e
Secundárias
Uma disfunção primária é aquela onde tem-se o agravamento de
toda uma alteração da função, tornando ela nossa fonte primária de
atenção. Não que as outras alterações sejam menos importantes, mas
muitas vezes, as compensações são mais fáceis de tratar quando agimos
na fonte primária.
No entanto, no complexo da coluna fica difícil encontrar quem
causou o quê e eu costumo organizar esse raciocínio separando as
disfunções em rigidez ou hipomóveis das disfunções em hipermobilidade.
Não que exista um consenso de que uma região hipomóvel origina
uma disfunção em hipermobilidade no segmento próximo (ou vice-
versa). Mas eu considero uma disfunção primária (ou estruturada),
aquela em que há menos mobilidade.
Essa foi a forma que encontrei para organizar a minha estratégia de
intervenção, pois regiões hipomóveis são mais difíceis de reverter do que
as regiões hipermóveis devido às complexidade no processo de
estruturação da disfunção na coluna.
Logo, ao avaliar uma coluna, meus olhos são minimamente atentos
para a mobilidade de cada segmento, desde a pelve (sacro) até a base do
crânio.

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Entender como está a mobilidade segmentar da coluna pode fazer
você descobrir de onde vem uma disfunção (ou disfunções). Pois é
comum termos efeitos em cascata, quando há transferência de função ou
de sobrecarga para cada vértebra e seus dependentes.
Vou dar 2 exemplos práticos: duas pessoas, ambas possuem
hiperlordose lombar e hipercifose torácica ao mesmo tempo.
Esse é um dos casos mais comuns. E além da hipercifose geralmente
vem também uma anteriorização de cervical (lembrou daquele seu
aluno?).
Identificar uma hiperlordose ou uma hipercifose é até fácil. Porém é
preciso diferenciá-las em um detalhe: quem causou quem. Ou mesmo o
quê causou ambos.
E como avaliar a mobilidade?
Existem vários testes que permitem avaliar a mobilidade vertebral.
Mas aqui abordo de uma maneira simples, apenas analisando como se
comportam as estruturas vertebrais durante os movimentos funcioinais
que o aluno realiza.
O movimento que geralmente eu solicito é o de flexão de coluna
lombar associado a uma extensão da coluna torácica. Veja a foto
seguinte.

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AGORA SEGUE A MINHA DICA DE OURO:

Em uma hiperlordose lombar primária (ou estruturada) a coluna


lombar não acompanha o movimento de flexão, ou seja, ela não faz
aquela curva típica de uma coluna lombar móvel e ao contrário disso, ela
se torna plana, quase como uma folha de papel. Eu costumo brincar que
podemos colocar um copo de água ali.
Enquanto isso na hipercifose dessa mesma pessoa existe uma certa
mobilidade e o indivíduo consegue realizar uma extensão e flexão da
coluna torácica normalmente, ou seja, a coluna sai do padrão cifótico e
retorna tranquilamente.

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Já em uma hiperlordose lombar secundária (ou funcional) na região
lombar o aluno consegue realizar uma flexão com uma curvatura
palpável, onde os processos espinhos formam uma congruência maior
(não dá pra colocar copo de água dessa vez).
Agora em uma hipercifose torácica primária (ou estruturada) não há
alteração do padrão cifótico durante o movimento e o aluno não
consegue realizar uma extensão da coluna torácica. Você observa uma
coluna em “C” continuamente e amplitude é bem reduzida.

PRIMÁRIA

SECUNDÁRIA

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Porque é importante diferenciar as disfunções em primária e
secundária?

Sendo a coluna um complexo articular cuja responsabilidade é ser


estável e móvel ao mesmo tempo, ela torna-se um campo contínuo de
trocas de forças. Podemos dizer que basicamente há quatro tipos de
forças atuantes: compressão, tração, torção e cisalhamento:

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Para que essa dinâmica biomecânica mantenha-se equilibrada e
garanta um bom funcionamento da coluna é necessário que haja uma
certa sincronia entre os tecidos moles e as articulações.
Aqui precisamos de músculos agindo no tempo certo, ligamentos
bem preparados, fáscias com boa tensegridade, junções articulares com
boa nutrição cartilginosa, discos hidratados e com espaços normais,
entre muitos outros elementos fisiológicos.
Dentro desse contexto, existem alguns fatores que podem
influenciar nessa dinâmica: fatores genéticos para hipercifose (exemplo:
Scheurmann), fatores ambientais e laborais para dor lombar (ex: passar o
dia sentado ou em pé), fatores nutricionais (ex: desidratação discal,
deficiência de cálcio, etc), entre outros podem levar ao surgimento de
disfunções que afetam a relação estabilidade X mobilidade, e
dependendo do biotipo e peculiaridades do indivíduo temos disfunções
comuns a cada pessoa.

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Uma disfunção estruturada, ou seja, aquela que perde boa parte de
sua mobilidade e se torna rígida acaba dissipando essa função móvel
para os outros segmentos da coluna, no caso o segmento acima ou
abaixo. Costumo dizer que na coluna nada se perde, tudo se transfere.
Portanto, se a estruturação for na região lombar, muito provável que
a região torácica tenha a mobilidade alterada, (ou até mesmo o sacro
esteja em disfunção funcional).
O mesmo acontece com a coluna torácica, que ao se tornar rígida
pode sobrecarregar a coluna lombar (ou a cervical) e esta pode vir a se
tornar hipermóvel.
Quando isso acontece chamamos o segmento que teve menor
mobilidade de primário e o que teve maior mobilidade de secundário ou
Funcional.
Ambos os segmentos devem ser olhados de uma forma criteriosa,
pois é aqui que muitas vezes deixamos de prescrever exercícios mais
específicos e assim atrasamos os resultados.

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Passo 03
Avaliação Postural Com Foco Em Disfunções
e Não Em curvas
Agora sim vamos falar sobre a Postura Estática. Observe que
anteriormente observamos apenas movimentos da coluna, fonte da
maioria das disfunções, em uma análise Postural dinâmica. Agora vamos
avaliar a Postura estática + Postura Dinâmica de todo o corpo, incluindo
membros inferiores.
Quando eu falo em Avaliação com foco em Disfunção eu me refiro a
sempre buscar correlacionar o achado postural com uma disfunção
preexistente.
Por exemplo, se eu vejo que existe um joelho valgo, eu posso pensar
que há comprometimento de glúteos, ou de piriforme ou mesmo
estabilizadores de quadril, ou se encontro uma cervical anteriorizada eu
observo como está o segmento abaixo, se há retificações na região
torácica que podem estar sobrecarregando o segmento acima que no
caso é a cervical e ainda posso analisar como está a base podal, pois ela
também interfere na dinâmica das curvaturas da coluna.
O que quero dizer é que você não deve focar sua atenção somente
no segmento que apresenta uma alteração postural (ou desvio) porque
muitas vezes ali está somente o sintoma, mas a real disfunção está em
outro região correlacionada e é lá que também devemos dar
importância.

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Uma alteração que também interfere crucialmente uma postura é a
forma como é distribuído peso sobre os pés. Um formato plano ou cavo dos
pés altera o impacto nas articulações acima até a coluna, e modo como elas se
relacionam na distribuição dessa força. Estou falando dos tornozelos em
relação aos joelhos, dos joelhos em relação ao quadril, deste com o sacro e
pelve e de todos estes com a coluna.
É necessário ter bastante atenção na forma como está se posicionando o
indivíduo em relação aos pés, se estão supinados, pronados, com carga
medial, centralizado ou lateral.
Um pé em pronação por exemplo pode estar levando a uma dinâmico de
joelho em valgismo, que também força o quadril em rotação interna, e
enfraquecimento de rotadores externos (piriforme, glúteos mínimo e médios).
Portanto se você notar um pé pronado avalie como está a situação do joelho e
do quadril para que posteriormente você possa trabalhar a retirada desse
padrão.
Pontos assim devem ser vistos como sinais de alerta para compensações
do corpo, alterações na cervicais por exemplo, geralmente são respostas à
disfunções torácicas, e estas às disfunções lombares, entre outras.
Se você tiver isso bem claro na sua cabeça, é hora de ir para o Passo 4.

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Passo 04
Prescrição de Exercícios “Piramidais”
Primeiramente você vai saber exatamente porque usei o termo
"piramidal", para isso vamos falar um pouco sobre biomecânica funcional
da coluna.
De uma forma resumida, a coluna vertebral é capaz de funcionar
graças à integração de 3 sistemas: ativo, passivo e neural.
São 3 pilares que se comunicam e promovem função para a coluna.
O sistema ativo são aqueles ligados ao movimento como músculos,
articulações. Já o passivo são as estruturas, como disco, ossos,
ligamentos, junções articulares. E por último, o neural, diz respeito à
propriocepção e nível de aprendizado postural existente do indivíduo.
Além de guardar o sistema nervoso, a coluna tem como função
principal promover estabilidade e mobilidade pra coluna ao mesmo
tempo.
A pirâmide a que me refiro é a aplicação prática desse conceito e
consiste na prescrição de exercícios que envolvam as estruturas (passivo),
gesto motor (ativo), e neural (reflexos e aprendizado).
Para que possamos resgatar essas funções aparentemente perdidas
no nosso aluno, é necessário trabalhar e atuar com as seguintes
abordagens, que juntas integram essa pirâmide.

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• Trabalhar na Estrutura: Exercícios que envolvam tração da coluna,
descompressão, alongamento de cadeias musculares, liberação
miofascial e exercícios de reposicionamento fisiológico da coluna. Eles
serão a base dos nossos exercícios e deverão estar presentes desde o
início dos atendimentos.

• Trabalhar Mobilidade: são duas as formas de trabalhar a mobilidade:


segmentar e global (coluna). O trabalho segmentar acontece
conforme o grau de rigidez presente nas estrutura da coluna, sendo
necessárias nas regiões hipomóveis. Já a mobilidade global deve
acontecer em toda a coluna independente das disfunções, e o ideal
que haja a construção da referência para corpo, com mobilização e
movimento completo da extensão para flexão e assim por diante.

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• Trabalhar Estabilidade: Essa é uma abordagem indispensável, pois
exercícios de estabilidade são os que mais se aproximam da
integração funcional dos 3 sistemas que eu citei: ativo, passivo e
neural.
A maneira mais ideal de acordar essa função é promovendo bases
instáveis e desafios de equilíbrio par ao aluno com o intuito de
desenvolver e aprimorar o efeito antecipatório do SNC, que é quando
músculos intrínsecos e profundos são acionados de forma involuntária
para proteger a coluna do indivíduo, e este efeito parece estar ausente
ou em déficit em pacientes com lombalgias mecânicas.

• Desenvolver Aprendizado Motor: Tenha em mente que as aulas a


partir de agora deverão conter exercícios que envolvam essas
abordagens, podendo conter apenas uma delas, ou não. Quanto
mais, melhor. Todos esses componentes juntos vão compor o
aprendizado motor do aluno, gerando resultados de acordo com a
evolução de cada um.

5
• Aprimoramento da Função: Depois de evoluir nos pontos anteriores,
agora é hora de incluir nas suas aulas exercícios que simulem as
atividades funcionais do seu aluno, para que ele possa otimizar
seus movimentos e garantir que o efeito antecipatório (reflexo neural)
esteja sempre presente e proteja a coluna de lesões.

É importante ressaltar que muitos exercícios realizam todas essas tarefas em


um só movimento, enquanto outros trabalham esses elementos de forma
separada. Então procure identificar o potencial do exercício e alinhe com o
seu objetivo com aquele aluno.

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Como montar as aulas
Depois de ler todos esses conceitos é hora de prescrever seus
exercícios.

E como colocar tudo isso em prática?

Sabendo da necessidade do aluno em reaprender a postura fisiológica


para ele e retirar as sobrecargas, eu faço uma subdivisão do que eu trabalhar
com ele em todas as aulas. Eu costumo organizar minhas aulas da seguinte
maneira:

Eu costumo separar dois* exercícios de estabilização, um ou dois de


mobilização global, mais dois exercícios de mobilização segmentar para
disfunção primária, dois exercícios voltados para estrutura como
alongamentos e liberação miofascial ativa, e dois exercícios de ativação
muscular (fortalecimento) para disfunções secundárias. Você também pode
incluir algum exercício específico para a Patologia, como por exemplo, o
relaxamento de músculos cervicais na cervicalgia.

A seguir vou ilustrar pra você alguns exemplos de exercícios que utilizo
com meus alunos.

*Esses números jamais serão absolutos e servem apenas de referência


Estruturais

31
Mobilização global

32
Mobilização Segmentar

33
Ativação Muscular
(Fortalecimento em forma de pilar Funcional)

34
Estabilização
(Pilar Neural)

35
Conclusão...
Então chegamos ao fim do nosso e-book e eu espero de verdade
que você tenha entendido um pouco do que eu quis passar.
Eu basicamente te ensinei a prescrever exercícios de acordo com
o que é mais funcional possível para o cliente e a ficar sempre atento
aos detalhes tanto no sentido estrutural, quanto neural e funcional.
Por isso são exercícios que geram resultados.

A partir de agora você também pode ter essa visão e organizar


seus atendimentos não somente para movimentar mas para ensinar
o corpo do seu aluno a se reorganizar, oferecendo para isso
possibilidades de explorar seu sistema nervoso, reposicionar suas
estruturas e fazer o corpo trabalhar de forma funcional e produtiva,
sem compensações e sem dores.

Resumindo: nas disfunções primárias devo resgatar mobilidade e


nas secundárias devo estabilizar (fortalecer). Isso pode ser feito em
um mesmo exercício ou não, vai depender da sua criatividade em
adaptar para a realidade do seu cliente.

No mais, bons estudos e boas prescrições!! ☺

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