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ITEM 1

I – Procedimento experimental
a) Experimento 1 – Síntese de fumígeno azul
Sobre um vidro de relógio, 10g de ftalocianina (pó de coloração azul
escura) foram depositadas e pesadas numa banca. Da mesma forma, foram
pesadas 6g de KClO3 (clorato de potássio), 4g de lactose monohidratada e 4g
de NaHCO3 (bicarbonato de sódio) – todos de cor branca e aparência similar.
As substâncias foram transferidas para almofarizes, onde a ftalocianina
e o clorato de potássio foram macerados para melhor aproveitar a superfície de
contato. Mesclou-se todas as substâncias num recipiente (uma lata de
alumínio) até a mistura adquirir aparência homogenia (grãos finos e coloração
azul clara).
Para a queima, colocou-se um pavio de pólvora negra no recipiente que
continha a mistura.

b) Experimento 2 – Síntese de fumígeno branco


Inicialmente foi utilizado 12g de zinco, substância de cor cinza escuro, e
6g de enxofre, substância de cor amarela, pesados em uma balança com ajuda
de um vidro de relógio.
O zinco foi colocado em um almofariz, em seguida foi adicionado o
enxofre, formando uma mistura de cor cinza mais claro. A mistura foi colocada
em uma lata de aço (de leite condensado) e logo após foi colocado o pavio de
pólvora negra, responsável pela energia de ativação da reação.

c) Síntese de misto iluminativo


Utilizando-se uma balança, foram medidos 5g de nitrato de potássio
(NKO3), 2g de alumínio metálico (Al0) em pó e 3g de enxofre (S) com o auxílio
de vidros de relógio.
Depois os reagentes foram transferidos para um almofariz misturados
bem até atingir um pó homogêneo, o qual foi posto em ignição por meio de um
isqueiro posteriormente.
d) Reação de térmita
Para que a reação ocorresse, utilizou-se 6g de Alumínio em pó, para que haja
uma maior superfície de contato, (Al0) e 22g de Oxido de Ferro III (Fe2O3) em
pó medidos com o auxílio de uma balança e um vidro de relógio. Em seguida,
colocou-se os reagentes em uma lata para serem misturados. Para alcançar a
alta energia de ativação necessária para o acontecimento da reação, utilizou-se
uma reação com o clorato de potássio (KClO 3) e sacarose (C12H22O11) que foi
ignificada com um pavio de queima lenta.
e) Fabricação de NaPalm
Utilizando uma proveta mediu-se 10mL de gasolina, a qual foi despejada
em um béquer. Posteriormente, foram adicionados pedaços de isopor de forma
gradual ao béquer, misturando-os a gasolina com a bagueta, a fim de que ele
absorvesse o combustível completamente, tomando a consistência de uma
goma. O processo foi longo, e necessitou-se paciência para que toda a
gasolina fosse absorvida pelo isopor.
Logo em seguida, o gel formado foi despejado na grama e com a
utilização do isqueiro a goma entrou em ignição, queimando lentamente sem
perder a eficiência da chama por cerca de 6min e 22s, produzindo a todo
momento da queima uma fumaça preta, devido à presença de partículas de
carbono.
Ao mesmo tempo foi despejada no chão 10mL de gasolina, que foi logo
em seguida queimada pela ação de um isqueiro para comparar com o tempo
de queima da NaPalm, com o combustível sendo consumido rapidamente.

II – Resultados e discussão
a) Experimento 1 – Síntese de fumígeno azul
Como consequência da queima, uma fumaça azul intensa – não muito
densa – propagou-se por, aproximadamente, 30 segundos e observou-se as
cinzas aglutinadas acumulada no fundo da lata
Teoria: A lactose monohidratada é o combustível da reação, sua
composição orgânica (C12H22O11) reage com o clorato de potássio (KClO3) –
agente oxidante da reação – configurando o processo de oxidação. Como
consequência, há liberação de calor.
KClO3 + C12H22O11 → H2O + CO + CO2+ KCl ... + Fogo
A fim de não envolver a ftalocianina numa queima proveniente do calor
emanado da reação anterior, faz-se necessário a adição de bicarbonato de
sódio (NaHCO3). Seu envolvimento na reação libera gás carbônico (CO 2) que
abafa o calor da reação. Desse modo, a reação atinge temperatura suficiente
para sublimar o corante, sem que se envolva na queima.
A coloração azul da fumaça deve-se ao corante (solido particulado em
suspensão).

b) Experimento 2 – Síntese de fumígeno branco


Acionado o pavio, a mistura produziu uma fumaça densa, devido a
elevada intensidade da reação térmica, que se inicia com uma chama
esverdeada e logo após assume a cor branca. O processo teve duração de
aproximadamente 10 segundos.
Função do zinco: Reagente sólido que oxida, variando o NOX de 0 para
+2, sendo assim o agente redutor.
Função do enxofre: Reagente que reduz, variando o NOX de 0 para -2,
sendo assim o agente oxidante. Também responsável pela formação da chama
esverdeada gerada no início da reação.

Reação química balanceada:


8Zn + S8 –> 8 ZnS

Na reação de adição do Zinco com Enxofre forma-se o produto sulfeto


de zinco, partícula sólida em suspensão que inibe a visão inimiga,
possibilitando a cobertura e/ou camuflagem, ajudando no avanço da tropa.
Dessa forma, os fumígenos brancos são utilizados para essas técnicas, além
de sinalização, entre outras.

c) Síntese de misto iluminativo


A queima do composto produziu intensa quantidade de luz com a
queima durando menos que 3 segundos e produzindo uma fumaça branca.
A mistura dos regentes gera a seguinte reação
2 KNO3 + 4 Al + S → K2S + N2 + 2 Al2O3
Está reação necessita de pouca energia de ativação, visto que foi
possível iniciá-la com o uso de um isqueiro. A luz por ela gerada é capaz de
ofuscar temporariamente a visão, cumprindo assim com a finalidade desta
arma.

d) Reação de térmita
Após atingir alta energia de ativação necessária para realizar a reação
exotérmica entre o alumínio(Agente Redutor) e o óxido de ferro III(Agente
Oxidante), a reação ocorreu, segundo:
Fe2O3 + 2 Al → 2 Fe + Al2O3
Essa reação de simples troca ocorre porque o alumínio é um elemento

metálico mais eletropositivo que o Ferro.


Percebeu-se, então, a formação de fumaça acinzentada e a duração da reação
foi de 3s, incandescendo por mais 10s. Após a reação da mistura, visualizou-se
a formação de ferro metálico na lata que estava parcialmente derretida devido
à alta temperatura atingida.
e) Fabricação de NaPalm
A gasolina tem alta volatilidade e se dispersa de forma rápida no
ambiente, ou seja, a gasolina liquida é incontrolável, pois escorre e se espalha
de acordo com o relevo em que é despejado. A mesma, queimou rapidamente,
durando apenas 48s sua chama, gerando fuligem com uma combustão
incompleta.
O napalm, por sua vez, demonstrou-se ser mais seguro para o usuário,
pois o fogo produzido concentra-se em apenas um local, não se espalhando ou
correndo risco de queimar a área ao redor do utilizador de forma acidental.
Além disso, o tempo de combustão do mesmo volume de gasolina foi
significantemente maior: cerca de 6min e 22s, gerando uma fumaça preta,
monóxido de carbono.
A função do isopor foi essencial neste procedimento. Além de gelificar a
composição, serviu para inibir a evaporação da gasolina, uma vez que esta foi
absorvida por ele. Isso evita que o ar em volta seja contaminado pela gasolina,
além de auxiliar no aumento do tempo de combustão.
III – Referências bibliográficas
Tabelaperiodica.org
Apostila de química disponibilizada no AVA

ITEM 2
Aplicação do NaPalm no meio militar
O NaPalm é formulado para aumentar a eficiência dos combustíveis
líquidos por meio de sua gelificação, permitindo assim queimar a uma taxa
específica, aderir aos materiais (maior viscosidade) e permanecer em
combustão por o maior tempo possível.
Inicialmente era usado contra construções, estruturas de madeira,
vegetação e comboios de terra, mas devido as severas queimaduras e
aderência ao corpo começou a ser utilizado como arma anti-pessoal.
Empregada tanto pela infantaria por meio de lança-chamas, é
empregada pela aviação por meio de bombas de arrebentamento ou de
impacto preenchidas com NaPalm (como a Mark 77 Bomb). Ao impactar com o
solo o mecanismo de ignição inflama o combustível gelificado.
Uma versão melhorada é o NaPalm-B composto por poliestireno,
benzeno e gasolina, que possui uma ignição mais bem controlada – gerando
menos riscos acidentais no manuseio deste material.

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