Resumo do cap. 15 do livro: Teoria Geral do Processo, de Rodolfo de C. Mancuso.
O texto é um estudo aprofundado sobre as instituições que compõem o sistema
de Justiça Estatal no Brasil. O texto aborda temas como a Advocacia Pública, o Ministério Público e a Defensoria Pública, destacando a importância dessas instituições para a garantia do acesso à justiça e a proteção dos direitos fundamentais. No que se refere à Advocacia Pública, o texto destaca que essa instituição é responsável pela representação processual e defesa dos interesses dos entes políticos, como a União, Estados, Municípios e Distrito Federal, e seus entes descentralizados. Embora sujeita às diretrizes do Estatuto da OAB, a Advocacia Pública ostenta natureza institucional e, por isso, recebe tratamento diferenciado em relação à advocacia contratual, exercida mediante procuração outorgada pela parte. Entre as principais diferenças entre a Advocacia Pública e a advocacia contratual, destaca-se o prazo em dobro para as manifestações processuais, a responsabilidade do advogado público confinada aos casos de dolo ou fraude e o regime dos honorários, que é deixado à regulação por lei própria. Além disso, o texto ressalta que os Conselhos Nacionais da Justiça e do Ministério Público incluem em sua composição dois advogados indicados pelo Conselho Federal da OAB. No que se refere ao Ministério Público, o texto destaca que essa instituição atua como parte ou custos legis nos processos judiciais, tendo como principais atribuições a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. O Ministério Público também é responsável pela promoção da ação penal pública e pela fiscalização da execução das penas. Já a Defensoria Pública é responsável pela prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos hipossuficientes, ou seja, às pessoas que não têm condições financeiras de arcar com os custos de um advogado particular. Além disso, a Defensoria Pública tem como atribuições a promoção dos direitos humanos e a defesa dos interesses individuais e coletivos dos necessitados. Entre as principais funções institucionais da Defensoria Pública, destacam-se a prestação de orientação jurídica e a defesa dos necessitados em todos os graus, a promoção da solução extrajudicial dos litígios, a ampla defesa e o contraditório em favor de pessoas naturais e jurídicas em processos administrativos e judiciais, e a atuação na defesa dos interesses metaindividuais. O texto também aborda temas relacionados à capacidade postulatória, ou seja, a capacidade de uma pessoa ou instituição para iniciar um processo judicial. Nesse sentido, destaca-se que os jurisdicionados, o Ministério Público e a Defensoria Pública são os principais agentes responsáveis pela deflagração do processo judicial. Além disso, o texto ressalta que a capacidade postulatória está diretamente relacionada à capacidade civil, ou seja, à capacidade de uma pessoa para exercer seus direitos e deveres na vida civil. No âmbito criminal, o texto destaca a importância da nomeação de advogado para promover a ação penal em casos de comprovação de pobreza, bem como a garantia de defesa técnica para todos os acusados. Já no âmbito trabalhista, o texto destaca as alterações trazidas pela Lei 13.467/2017, que incluem a possibilidade de concessão do benefício da justiça gratuita e a responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais. Por fim, o texto aborda temas relacionados à especialização do advogado do setor público, à regulação da Advocacia Geral da União e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, e à atuação da Defensoria Pública na proposição de ações civis públicas em defesa de interesses metaindividuais. Em todos esses temas, o texto destaca a importância das instituições que compõem as funções essenciais à justiça para a garantia do acesso à justiça e a proteção dos direitos fundamentais.