@INSTITUTONEURO

ADL 2
 ADL 2
Utilizado para avaliação de crianças na faixa
etária de um ano a seis anos e onze meses ž
Profissionais das seguintes áreas podem utilizar
o ADL: Fonoaudiologia, Psicologia,
Psicopedagogia, Educação Especial e Linguística,
ou seja, profissionais da saúde e educação
 ADL 2
A utilização da escala de Avaliação do Desenvolvimento da Linguagem
- ADI.2 é de grande auxilio na avaliação do desenvolvimento da
comunicação verbal de crianças brasileiras na faixa etária de 1 a 6 anos
e 11 meses. Sendo um instrumento clínico prático e eficiente, avaliação
da aquisição e desenvolvimento dos domínios de linguagem receptiva e
expressiva.

Sua aplicação é individual, ao mesmo tempo, permite ao profissional

identificar alterações no desenvolvimento da linguagem independente
de suas possíveis causas.
 Avaliação ADL 2

As tarefas das escalas da ADL 2 consideram em sua avaliacão o

conteudo (semantica) e a estrutura (morfologia e sintaxe) da
linguagem. O uso (pragmática) não é o foco da sua avaliação devido
a um fator determinante: a limitação do contexto, o consultorio, que
e considegrado insuficiente para se obter informações mais
abrangentes sobre a comunicação da criança em diferentes
situações, o desempenho do uso (pragmática) da linguagem.
Ainda que a ADL 2 não priorize a avaliação do uso (pragmática) da linguagem, é
possível ao examinador obter informações através da observação clínica durante a
aplicação desta escala e pelas informações obtidas nos relatos dos cuidadores e
acompanhantes da criança (pais, babá, avós).

A observação clínica realizada por meio das atividades lúdicas que acompanham a
utilização de exames padronizados, bem como o acomapanhamento da comunicação
social da criança em interação com os seus cuidadores (pais, avós e babá) e mesmo com
o examinador, é relevante para qualquer consideração sobre a sua habilidade ou
dificuldade de se comunicar (uso da linguagem).

O modelo de desenvolvimento da linguagem em que se fundamentou a construção da

ADL 2, que descrevem o desenvolvimento da linguagem da criança através da
integração do conteúdo, estrutura e uso. Esses são respectivamente correlatos à
semântica, à combinação de morfologia, fonologia e sintaxe, à pragmática, o uso.
 linguagem

A adoção desse conceito de desenvolvimento da linguagem no processo de

avaliação clínica das escalas da ADL 2 é justificada por dois fatores:
1. trata-se de um esquema pelo qual os componentes da linguagem são
classificados e descritos, o que auxilia na compreensão é também na
explicação de como esses componentes são aprendidos e desenvolvidos;
2. oferece um modelo que permite observar, analisar e descrever alguns
elementos fundamentais do desempenho da linguagem da criança,
verificando possíveis deficiências e estabelecer medidas de intervenção.
 Tarefas das escalas adl 2

As tarefas das escalas da ADL 2 foram desenvolvidas tendo como

preocupação central os elementos dos domínios da linguagem, que
podem ser distinguidos em dois grupos:
1. a relação entre os elementos da semântica, da fonologia, da
morfologia e da sintaxe, noções estritamente relacionadas ao
conteúdo e à estrutura da linguagem;
2. a correlação de domínios da Linguagem Compreensiva e Expressiva
e qualquer variação relacionada às habilidades de ouvir e falar.
 escalas da adl 2

Nas escalas da ADL 2 o conhecimento do conteúdo da

linguagem é avaliado com tarefas concentradas nos
conceitos de quantidade, qualidade (adjetivos), relação
espacial, relação temporal e sequência. A estrutira da
linguagem é avaliada através de tarefas referentes à
morfologia e à sintaxe.
 r a ç ã o e n t r e o s
A co m p a
as es ca la s
escores d
pos s ib il i ta r á
in a r s e a s
determ
a s o b s er v a d a s
def ic iê n c i
a r ia m e n t e d e
sã o p r im
o m p r e e n s iv a ,
natur ez a c
i v a o u g l o b a l .
ex p r es s
 Escala da Linguagem
Compreensiva

A escala da Linguagem Compreensiva é utilizada para

avaliar habilidade básicas para o processamento da
Linguagem Compreensiva como:
• conteúdo (semântica)
• estrutura
 Escala da Linguagem Compreensiva

Nesta edição da ADL 2 foi acrescentada a avaliação de

habilidades importantes para a alfabetização na idade de
6 anos a 6 anos e 5 meses, identificação de sons (fonemas)
iniciais das palavras. E na idade de 6 anos e 6 meses a 6
anos e 11 meses foi acrescentada também a avaliação de
habilidades importantes para a alfabetização: aliteração,
rima e combinação de sons para formar palavras.
 Escala da Linguagem Expressiva
Algumas das tarefas da escala da Linguagem Expressiva são semelhantes às
da escala da Linguagem Compreensiva (exemplo: "nomear figuras" versus
"identificar figuras). A compreensão da linguagem está implícita em muitas
tarefas expressivas. Por exemplo, uma criança não pode responder
corretamente a uma pergunta se ela não a compreende.
Nas tarefas da escala da Linguagem Expressiva falhas causadas por
alterações articulatórias e fonológicas não são consideradas na avaliação
das habilidades básicas para a expressão verbal como: conteúdo (semântica)
e estrutura.
 lista de materiais
Brinquedos como um pequeno cachorro, uma boneca, um
pano com tamanho suficiente para cobrir a boneca, duas
colheres, dois pratos, duas xícaras, um bule, três bolas
pequenas e dois pequenos carros ou caminhões.
 lista de materiais
Lápis preto para preenchimento do protocolo de
avaliação, folhas em branco para anotações que se
fizerem necessárias.
Um objeto que marque os segundos. Poderá ser um
cronômetro, um celular ou um relógio.
Líquido para fazer bolas de sabão
Observação: além do material concreto descrito acima, é
importante que o examinador tenha livros e brinquedos de
acordo com a idade da criança que está sendo avaliada.
 Protocolo para Aplicação e Pontuação

Composto de páginas, sendo que a primeira contém

espaço para anotar os dados de identificação da criança e
os resultados obtidos pela aplicação das escalas da
Linguagem Compreensiva, da Linguagem Expressiva e da
Linguagem Global.
Esse protocolo é dividido por faixas etárias, contendo as
frases-estímulo referentes às tarefas que estão sendo
avaliadas e o espaço para pontuação e anotações. Abaixo
de cada item, encontra-se a pontuação para a respectiva
tarefa. À esquerda, encontram-se os itens referentes às
tarefas para avaliar a Linguagem Compreensiva,
enquanto que, à direita, os itens referentes à Linguagem
Expressiva.
 pontuação
Em cada item há um espaço para a pontuação das respostas:
• 1 para a resposta correta;
• 0 para a resposta incorreta;
• N para ausência de resposta.
A pontuação da resposta correta da tarefa da escala da
Linguagem Compreensiva encontra-se no item avaliado. A
pontuação da resposta correta da tarefa da escala da
Linguagem Expressiva encontra-se resumida no próprio item
do protocolo.
 Protocolos complementares

Nesta edição da ADL 2 foram acrescentados dois

protocolos complementares: Observação da Aquisição
Fonológica e do Vocabulário e um questionário de
entrevista com os pais denominado História Clinica e
de Desenvolvimento da Criança - HCDC.
 Protocolos complementares
A Observação da Aquisição Fonológica - OAF é indicada para
crianças na faixa etária de 3 anos a 6 anos e 11 meses. O examinador
pode utilizar a AF para determinar se a idade de aquisição de fonemas
corresponde à idade cronológica da criança ou se ela apresenta
desvios que apontem para a necessidade de estender a avaliação com
aplicação de outros testes.
O resultado obtido pela aplicação da Observação da Aquisição
Fonológica não é incluído nos escores da Linguagem Compreensiva,
Linguagem Expressiva e da Linguagem Global.
 Qual a importância do questionário HCDC
para os pais?

O questionário de entrevista para os pais que é

denominado Historia Clinica e de Desenvolvimento da
Criança - HCDC contém questões referentes à história
clínica, ao desenvolvimento da criança e às suas
atividades no seu contexto familiar e escolar.
 Qual a importância do questionário HCDC
para os pais?

O HCDC possibilita ao profissional o acesso à história da

criança e contém questões relativas à história da
gestação, ao histórico médico, ao desenvolvimento e ao
comportamento da criança no contexto familiar e social.
Cada item desse questionário tem o objetivo de informar
ao profissional sobre aspectos significativos que auxiliem
em sua compreensão da criança que está sob seus
cuidados profissionais.
 espaço e ambiente

A ADL2 foi elaborada para ser aplicada em uma sala

silenciosa, agradável, com mesa e cadeira
apropriadas para a faixa etária da criança avaliada.
Devem ser evitados espaços barulhentos e com
materiais que distraiam a criança das atividades
propostas.
 espaço e ambiente

O examinador deve tornar o ambiente confortável e agradável

para a criança. A arrumação da sala varia de acordo com a idade
da criança.
É importante flexibilidade, principalmente, quando se está
avaliando crianças muito pequenas (em torno de 1 ano e 2 anos e 6
meses que poderão preferir ficar sentadas no colo do cuidador
(acompanhante) ou no chão durante a sessão de avaliação. No
entanto, crianças a partir de 3 anos poderão se sentir mais
confortáveis sentados na cadeira e na mesa adequada a sua idade
e tamanho.
 Qualificação para aplicação da ADL 2
A ADL2 é uma escala para avaliar o desenvolvimento da linguagem de
crianças de 1 ano até 6 anos e 11 meses. Este instrumento é de fácil
aplicação e pode ser utilizado por profissionais da área da saúde e
educação. Vale salientar que, para fazer uso desta escala, é
indispensável que o profissional tenha conhecimento das etapas de
aquisição e do desenvolvimento da linguagem verbal da criança e de
seus distúrbios. Este conhecimento é fundamental para a interpretação
dos resultados e para o melhor uso da observação clínica durante a
avaliação, o que irá contribuir para uma mais adequada interpretação
do comportamento de linguagem da criança.
 Os procedimentos para a
administração

Os procedimentos para a administração e pontuação da ADL2

devem ser estudados e praticados pelo examinador antes da sua
aplicação.
Todas as instruções devem ser seguidas cuidadosamente para
manter a confiabilidade da escala. Se não forem seguidos os
procedimentos para a sua aplicação, os resultados podem não
revelar as verdadeiras habilidades da linguagem da criança.
 Procedimentos para
aplicação da ADL 2
Antes de conduzir a criança para a sala de avaliação, o examinador ja deve ter
preenchido os seus dados, na primeira folha do protocolo de respostas. Para
calcular a idade cronológica da criança, deve se subtrair a data do seu
nascimento da data de avaliação.

EXEMPLO
 Relação do examinador
com a criança
Antes de iniciar a aplicação da ADL 2,
é importante que o examinador

nc ulo
Ví utico
desperte o interesse da criança,
conversando com ela e utilizando um
terap e livro ou material lúdico para iniciar a
interação. O examinador deve-se
certificar se a criança se sente
confortável em relação ao ambiente
da sala, ao material e a si próprio.
 Aplicação da ADL 2 em crianças de 1 ano
a 2 anos e 11 meses

É de grande auxílio a participação do cuidador (acompanhante) na avaliação

de crianças na faixa etária de um ano a dois anos e seis meses. De fato, é muito
difícil estimular a participação da criança ou obter uma impressão das
habilidades já adquiridas sem a interação do cuidador com a mesma. A
maioria das crianças se sentem mais confortáveis com o cuidador interagindo
com ela e participando das atividades no contexto da avaliação. O examinador
poderá aceitar como resposta correta se a criança não responder no set de
avaliação a algum item da escala e o cuidador descrever um exemplo
específico dessa habilidade no contexto familiar. O examinador deve pontuar
com o exemplo dado pelo cuidador mesmo que você não tenha observado
durante a avaliação.
 como proceder

Quando o cuidador participar da avaliação, é importante o

examinador explicar as atividades e o material utilizado e
como ele poderá auxiliar. Explique as tarefas e diga que são
para saber o quanto a criança compreende e se expressa
oralmente e que é natural não responder alguns pedidos.
Enquanto o examinador conversar com o cuidador deve dar
um brinquedo para a criança se distrair.
 respeitar a criança
Nas demais faixas etárias, se houver solicitação da
criança, para que o acompanhante permaneça na
sala de avaliação, esta solicitação deverá ser
atendida.
 cuidado com as pausas
Deve-se observar o comportamento da criança antes de iniciar a
administração da ADL 2. As crianças mais tímidas se sentem mais
confortáveis em apontar respostas, assim é aconselhável iniciar a aplicação
com escala da Linguagem Compreensiva.
No entanto, outras crianças são muito verbais e gostam de falar podendo-se
iniciar com os itens da Linguagem Expressiva. Como a ADL. 2 avalia crianças
de uma faixa etária que não está familiarizada com situações formais de
testagem, os procedimentos para aplicação devem ser mais flexíveis e as
interrupções são permitidas, como por exemplo para beber água, ir ao
banheiro ou descansar. Entretanto, sempre que for possível, o examinador
deve procurar concluir a aplicação da escala sem interromper o processo.
 AVALIAÇÃO QUALITATIVA E
QUANTITATIVA

Na faixa etária de 1 ano a 2 anos e 11 meses os resultados da avaliação da

Linguagem Compreensiva e da Linguagem Expressiva são obitidos
qualitativamente. A idade do desenvolvimento da linguagem da criança é
obtida através da análise das habilidades da Linguagem Compreensiva e da
Linguagem Expressiva respondidas adequadamente pela criança, utilizando
como referência a faixa etária alcançada pela criança no protocolo de
aplicação. Utilizar a tabela A2a para análise das habilidades da
Linguagem Compreensiva e tabela A2b para a análise da Linguagem
Expressiva (ver anexo 2).
 AVALIAÇÃO QUALITATIVA E
QUANTITATIVA

Compreensiva e da Linguagem Expressiva respondidas

adequadamente pela criança, utilizando como referência a
faixa etária alcançada pela criança no protocolo de aplicação.
Utilizar a tabela A2a para análise das habilidades da
Linguagem Compreensiva e tabela A2b para a análise da
Linguagem Expressiva (ver anexo 2).
 como acontece a pontuação
Inicia-se a aplicação da ADL 2 com a folha do protocolo, cuja faixa etária
corresponda a seis meses abaixo da idade cronológica da criança.
Se o examinador observar que a criança apresenta dificuldade com a primeira
tarefa, passar rapidamente para a folha do protocolo abaixo da idade que
iniciou a avaliação. E importante que a criança se sinta segura para que a
avaliação prossiga em um ambiente harmonioso.

Cada item das escalas (Compreensiva e Expressiva) deve seguir as

marcações descritas abaixo:
1 para a resposta correta;
0 para a resposta incorreta;
NR para ausência de resposta.
 Determinar o basal
O início da pontuação (o basal) de cada escala (compreensiva e
expressiva) é determinado, separadamente, pelo número no
mínimo de três respostas consecutivas corretas (1). Se a
criança não responder corretamente aos três primeiros itens,
o examinador, sem que a criança perceba, deve reiniciar a
aplicação com tarefas abaixo da faixa etária que está sendo
utilizada. Esse procedimento é feito até que a criança
responda corretamente aos três primeiros itens consecutivos
referentes à faixa etária que está sendo utilizada.
 Determinar o teto

A aplicação de cada escala é interrompida

após cinco erros consecutivos ou ausências
de respostas. O último item que for
respondido corretamente é considerado o
teto do teste.
 calculos do escore

O Escore Bruto (EB) é obtido através da soma das

respostas corretas da sub escala Linguagem
Compreensiva separada da soma da sub escala da
Linguagem Expressiva.
 Transformação do Escore Bruto
em Escore Padrão

Para transformar o Escore Bruto (EB) das escalas da Linguagem Compreensiva

e da Linguagem Expressiva em Escore Padrão (EP) busque a tabela que
corresponde à idade cronológica da criança. As tabelas para transformação do
Escore Bruto em Escore Padrão foram construídas considerando as faixa etária
de 3 a 6 anos e 11 meses com o intervalo de 6 meses. O Escore Padrão da
Linguagem Global é obtido com a soma do Escore Padrão (EP) das duas escalas:
EP da Linguagem Compreensiva + EP Linguagem Expressiva, que é
transformada em Escore Padrão da Linguagem Global (tabelas no anexo 3).
 Transformação do Escore Bruto
em Escore Padrão

Para transformar o Escore Bruto (EB) das escalas da Linguagem Compreensiva e da

Linguagem Expressiva em Escore Padrão (EP) busque a tabela no manual (para isso
você deve adquirir junto com a editora) que corresponde à idade cronológica da
criança. As tabelas para transformação do Escore Bruto em Escore Padrão foram
construídas considerando as faixa etária de 3 a 6 anos e 11 meses com o intervalo de 6
meses (final desta apostila). O Escore Padrão da Linguagem Global é obtido com a
soma do Escore Padrão (EP) das duas escalas: EP da Linguagem Compreensiva + EP
Linguagem Expressiva, que é transformada em Escore Padrão da Linguagem Global
(tabelas no anexo 3).
 Transformação do Escore Bruto
em Escore Padrão
Os resultados do Escore Padrão da Linguagem Global podem ser classificados
em relação ao Escore Padrão (EP) obtido e ao seu Desvio Padrão (DP). Os
critérios de classificação dos resultados da ADL 2 em relação ao Escore Padrão
e Desvio Padrão encontram-se na figura 4 do manual (adquirir o manual com a
editora que publicou e comercializa o ADL 2)
 Distúrbios da linguagem

Para compreender e auxiliar as crianças que apresentam dificul.

dades na compreensão e na expressão verbal, é necessário que os
profissionais que lidam com as mesmas compreendam como a
linguagem se desenvolve, como funciona e como os vários deficits
se relacionam entre si. De acordo com Lahey (1988), os distúrbios
no desenvolvimento da linguagem podem ocorrer pela ruptura
dentro de um único componente e entre os componentes
(conteúdo/estrutura/uso).
 Quando acontece a avaliação
qualitativa
É possível utilizar a ADL2 para avaliar crianças com idade de sete
anos ou mais. Isso ocorre quando o desenvolvimento da linguagem
parece estar abaixo da idade cronológica da criança. Nestes casos,
não é possível utilizar o escore padronizado da ADL 2. Os seus
resultados devem se limitar a uma análise qualitativa das
habilidades da linguagem avaliadas. Através dessa análise, o
examinador poderá identificar os déficits no desenvolvimento das
habilidades avaliadas realizar um planejamento terapêutico para
iniciar o atendimento da criança.
 Critérios de diagnóstico para os
distúrbios da linguagem
(DSM 5)
O DSM5 (2014) estabeleceu como principais características para o diagnóstico do distúrbio da
linguagem as dificuldades na aquisição e uso da linguagem devido a deficits na compreensão ou
na produção de vocabulário na estrutura da sentença e do discurso. Os deficits da linguagem
são evidentes na comunicação verbal, comunicação escrita e linguagem dos sinais. O
aprendizado da linguagem e o seu uso dependem tanto de habilidades da linguagem
compreensiva, como da expressiva. A habilidade expressiva refere-se à produção vocal,
gestual ou de linguagem dos sinais, enquanto a habilidade receptiva refere-se ao processo de
compreen são das mensagens linguísticas. As habilidades da linguagem precisam ser avaliadas
tanto na modalidade compreensiva como na expressiva e como estas poderão diferir em
severidade. Por exemplo, a linguagem expressiva de uma criança poderia estar severamente
prejudicada enquanto a linguagem receptiva estaria apenas debilitada.
 Critérios de diagnóstico para os
distúrbios da linguagem
(DSM 5)
O DSM 5 descreve sinais importantes que são observados com frequência na
comunicação verbal de crianças com distúrbios da linguagem, como a alteração
na aquisição do vocabulário e da gramática e como estes afetam a produção do
discurso. A criança apresenta atraso na aquisição das primeiras palavras e frases
e no tamanho do vocabulário, que é menor e com menos variedade do que o
esperado. As frases são menores e menos complexas, apresentando erros
gramaticais. Os deficits na compreensão da linguagem são frequentemente
subestimados, pois algumas crianças são hábeis em utilizar o contexto para
deduzir o seu significado. Ainda poderão ter dificuldade em buscar as palavras
necessárias para se expressar (word finding ploblems).
 Critérios de diagnóstico para os
distúrbios da linguagem
(DSM 5)
Além disso, ainda apresentam definições verbais empobrecidas ou pouca compreensão de
sinônimos e significados múltiplos de palavras que são apropriadas para sua cultura e idade.
Apresentam também dificuldade em relembrar palavras e sentenças novas, manifestada através
da dificuldade em seguir instruções, e em repetir sequências de informação verbal
(exemplos:relembrar um número de telefone ou uma lista de compras). Apresentam também
dificuldade em relembrar uma sequência nova de sons, habilidade esta que poderá ser importante
para aprender palavras novas. Dificuldades com o discurso são observadas por uma reduzida
habilidade de fornecer informação adequada sobre um evento que está acontecendo em uma
situação particular ou narrar uma história com coerência.
 Critérios de diagnóstico para os
distúrbios da linguagem
(DSM 5)
os distúrbios da linguagem são manifestados por habilidades substancialmente e
qualitativamente abaixo do esperado para a idade, resultando em limitações
funcionais que afetam a comunicação, a participação social, e que interfere
significantemente no aprendizado acadêmico e no desempenho no trabalho.
O diagnóstico dos distúrbios de linguagem é realizado com base na síntese da
história do indivíduo, observação clínica em diferentes contextos (clínica, casa e
escola), e nos resultados de escores de teste padronizado para avaliar as
habilidades da linguagem, que poderão ser utilizados para estimar o grau do
transtorno de linguagem.
Exemplos de respostas aos itens do protocolo.