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IMPLEMENTAÇÃO DE UMA REDE DE FIBRA ÓPTICA BACKBONE NA ZONA SUL DE ANGOLA, UTILIZANDO TENOLOGIA DWDM, Fabricia de Assunção Nduulipoupiu
IMPLEMENTAÇÃO DE UMA REDE DE FIBRA ÓPTICA BACKBONE NA ZONA SUL DE ANGOLA, UTILIZANDO TENOLOGIA DWDM, Fabricia de Assunção Nduulipoupiu
FACULDADE DE ENGENHARIA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES
LUANDA / ANGOLA
2022/2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA
FACULDADE DE ENGENHARIA
LICENCIATURA EM ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES
Trabalho de Fim de curso apresentado a Universidade Católica de Angola, como requisito para
obtenção do título de licenciado em Engenharia de Telecomunicações.
Orientador: Doutor José Neto Fernandes
Luanda/Angola
2022/2023
Declaração de Compromisso
Eu, Fabricia de Assunção Nduulipoupiu abaixo-assinado, declaro por minha honra que o
Projecto apresentado sob o tema IMPLEMENTAÇÃO DE UMA REDE DE FIBRA ÓPTICA NA
ZONA SUL DE ANGOLA, USANDO TECNOLOGIA DWDM, é de minha exclusiva autoria.
Qualquer material reproduzido neste Projecto foi devidamente reconhecido nas referências
bibliográficas.
Tenho consciência que a utilização de elementos alheios não identificados constitui grave
falta ética e disciplinar.
Assinatura
________________________________
Fabricia de Assunção Nduulipoupiu
Aprovado: _____/_____/_____
BANCA EXAMINADORA
Presidente do Júri......................................................... Assinatura..................................
Primeiro Vogal............................................................. Assinatura..................................
Segundo Vogal............................................................. Assinatura..................................
Dedicatória
Dedico este trabalho primeiramente a minha família, especialmente aos meus pais Mateus
Nduulipoupiu e Julia Maria de Assunção Penovano Nduulipoupiu , na qual recebi apoio em todos
momentos da minha formação, aos professores que com grande paciência, dedicação e pedagogia
souberam passar os seus conhecimentos, aos meus colegas que sempre me motivaram.
V
Agradecimentos
Agradeço a Deus pelo dom da vida, por ser meu guia e orientador, por me permitir que eu
terminasse o projecto.
A Universidade Católica de Angola e a Faculdade de Engenharia pela formação desses 5 anos,
foram muitas conquistas e batalhas que tive que passar, mas que foi necessário pois me deu a
capacitação para adquirir o título de Engenheira.
Ao orientador Doutor José Neto Fernandes que no seu árduo trabalho, e com muita paciência foi
verificando passo a passo do trabalho e do seu conhecimento foi partilhando informações da sua
vasta experiência sobre o tema.
Aos técnicos e especialistas de empresas que participaram no processo da realização do TFC, aos
meus colegas e finalmente, em especial à minha família.
VI
Epígrafe
” Bíblia-Salmos 23:4
VII
RESUMO
Este projecto tem como objectivo, melhorar os serviços de Fibra Óptica existentes na região sul
de Angola, na criação de um Backbone usando a tecnologia DWDM e em aumentar a consistência
da rede.
Durante o estudo houve maior atenção em zonas fronteiriças e com maior debilidade, assim foi
maior, a preocupação de escolher equipamentos adequado para esta realidade, houve necessidade
de incorporar infraestruturas de transporte de rede por fibra óptica, usando a tecnologia DWDM,
onde será a base para que o sinal chegue até a zona de implementação.
Para tornar essa solução adequada, primeiramente focamo-nos em aspectos técnicos e tecnologicos
importantes, segundo a realidade da zona. Fez-se também um planeamento de toda rede, onde
questões como: arquitetura e dimensionamento da rede, quantidade possíveis de equipamentos,
aspectos de transmissão do sinal, custos na implementação do projecto, foram todas respondidas.
Palavras-chaves: Fibra Óptica, DWDM, Backbone.
VIII
ABSTRACT
This project aims to improve existing Fiber Optic services in the southern region of Angola,
creating a Backbone using DWDM technology and increasing network consistency.
During the study, greater attention was paid to border areas and areas with greater weakness, so
there was greater concern about choosing suitable equipment for this reality, there was a need to
incorporate fiber optic network transport infrastructure, using DWDM technology, which will be
the base for the signal to reach the implementation zone.
To make this solution suitable, we focus on important technical and technological aspects,
according to the reality of the area. There was also a consideration of the entire network, where
questions such as: network architecture and dimensioning, possible amount of equipment, aspects
of signal transmission, project implementation costs, were all answered.
Keywords: Optical Fiber, DWDM, Backbone.
IX
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
X
IPS - Intrusion Prevention System
ISO - International Organization for Standardization.
ITU - International Telecommunications Union
ITU-T - International Telecommunications Union - Telecommunications
LAN - Local Area Network
LWDM - Local Area Network Wavelength Division Multiplexing
MAN - Metropolitan Area Network
MB - Megabyte
Mbps - Megabits Per Second
MST – Mercury Serviços de Telecomunicações
MUX - Multiplexer
NMS – Network Management System
NOC - Network Operations Centre
NPE - Network Protection Equipment
OA - Optical Amplifier
OADM - Optical Add and Drop Multiplexer
OEO - Optical to Electrical to Optical
OSA - Optical Spectrum Analyzer
OSC - Optical Supervisory Channels
OSI - Open Systems Interconnection
OSNR - Optical Signal to Noise Ratio
OTDR - Optical Time Domain Reflectometer
OTN - Optical Transport Networking
PDH - Plesiochronous Digital Hierarchy
PLC - Planar Waveguide
PM-QPSK - Polarization-Multiplexed Quadrature Phase-Shift Keying
POP - Point of presence
XI
QAM - Quadrature Amplitude Modulation
QPSK - Quadrature Phase Shift Keying
QSFP28 - Quad Small Form-factor Pluggable 28
ROADM - Reconfigurable OADM
SDH - Synchronous Distribution Hierarchy
SFP - Small form-factor pluggable
SMF - Sigle Mode Fiber
SOA - Amplificador Optico de Semicondutor
SONET - Synchronous Optical Network
STM - Synchronous Transport Module
TDM - Time Division Multiplexing
TFF - Tangential Flow Filtration
TIC - Tecnologias de Informação e Comunicação
TMN - Telecommunications Management Network
UIT - União Internacional de Telecomunicações
WDM - Wavelength Division Multiplexing
WSS - Interruptor seletivo de comprimento de ondas
XII
LISTA DE FIGURAS
XIII
Figura 4.7 – simulação de link A-B com 8canais de rede...............................................................55
Figura 4.8 – Analizador Óptico de Espectro na saida e entrada do sinal...........................................57
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 – Largura de Banda de Transmissão ........................................................................ 21
Tabela 2.2 – Representação das Frequências centrais na DWDM ............................................... 28
Tabela 2.3 – Canais com Frequência e Comprimentos de Onda das Sub-bandas .........................30
Tabela 2.4 – Características do EDFA ...........................................................................................38
Tabela 3.1 – Dados da Região ........................................................................................................46
Tabela 3.2 – Quantidade de Fibra Óptica e Amplificadores de Linha Óptica ................................47
Tabela 4.1 – Especificações técnicas do Transceptor Óptico .........................................................53
Tabela 4.2 – Especificações técnicas do equipamento ...................................................................55
Tabela 4.3 – Especificações do Amplificador EDFA.....................................................................58
Tabela 4.4 – Especificações OADM ..............................................................................................59
Tabela 4.5 – Custo dos Equipamentos ...........................................................................................60
Tabela 4.6 – Tarefas para o gerenciamento ....................................................................................61
Tabela 4.7 – Políticas da empresa ...................................................................................................61
Tabela 4.8 – Técnicas de Implantação da Fibra .............................................................................62
Tabela 4.9 – Cronograma de actividades para o projecto................................................................64
Tabela 4.10 – Orçamento ............................................................................................................... 65
XIV
Índice
CAPÍTULO 1-INTRODUÇÃO ................................................................................................. 17
1.1 Tema ................................................................................................................................... 17
1.2 Justificativa ......................................................................................................................... 17
1.3 Problemática ....................................................................................................................... 17
1.4 Hipótese .............................................................................................................................. 18
1.5 OBJECTIVOS .................................................................................................................... 18
1.5.1 OBJECTIVO GERAL .................................................................................................. 18
1.5.2 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 18
CAPÍTULO 2-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 19
2.1 Transmissão por Fibra Óptica ............................................................................................ 19
2.1.1 Características da Fibra Óptica ..................................................................................... 19
2.1.2 Modo de propagação ................................................................................................... 20
2.1.2.1 velocidade de transmissão ........................................................................................ 22
2.2 Técnicas de Multiplexação................................................................................................... 23
2.3 Wavelength Division Multiplexing -WDM ......................................................................... 24
2.3.1 Tecnologia DWDM ....................................................................................................... 26
2.3.2 Características da Rede ............................................................................................... ...28
2.3.3 Amplificadores de Transmissão..................................................................................... 37
2.4 Arquiteturas DWDM .......................................................................................................... 39
CAPÍTULO 3- METODOLOGIA ............................................................................................. 40
3.1 Análises de Casos ............................................................................................................... 40
3.1.1 Operadores nacionais ................................................................................................... 40
3.2 Zona de implementação ...................................................................................................... 43
3.3 Descrição da Rede................................................................................................................ 45
3.3.1 Passo a Passo do Funcionamento da Rede .................................................................... 46
3.4 Cálculo da Rede ...................................................................................................................47
CAPÍTULO 4- IMPLEMENTAÇÃO PRÁTICA .................................................................... 50
4.1 Estrutura funcional do Projecto ........................................................................................... 50
4.2 Equipamentos utilizados no projecto ................................................................................... 50
XV
4.2.1 Especificações desses equipamentos ................................................................................. 51
4.4 Vizualizção no Simulador ................................................................................................... 58
4.4 Estratégia de negócio ........................................................................................................... 59
CAPÍTULO 5 - CONCLUSÃO ................................................................................................. 65
5.1 Recomendações ....................................................................................................................... 65
XVI
CAPÍTULO 1-INTRODUÇÃO
A tecnologia nos dias de hoje encontra-se num nível avançado e não para de crescer. A integração
dos serviços de telecomunicações, e os altos valores de taxa de transmissão, velocidade em que
esses dados são enviados são factores que têm contribuído para os avanços tecnológicos e a Fibra
Óptica é o meio mais utilizada em transmissão a longas distâncias devido a inúmeras vantagens
que oferece.
O cenário Nacional sobre as tecnologias não se deixa ficar atrás, pois existe a expansão do cabo de
fibra óptica por quase todo território nacional, havendo a necessidade de interligação entre esses
pontos.
O presente projeto visa implementar a utilização da tecnologia DWDM em fibra óptica, criar um
Backbone na zona Sul de Angola (Namibe, Huíla, Cunene e Kwando Kubango). Esta zona foi
escolhida devida o aumento de população nessa região, a industrialização prevista nessas
localidades. Independente das ligações que possam existir de diferentes operadoras, provedores
nacionais, essa ligação visa criar redundâncias na rede, de modo a garantir o trajecto do trafego de
informação sem que nenhum dos lados possa sofrer algum dano, ou interrupção durante o trafego
de dados.
1.1 Tema
Implementação de uma rede de fibra óptica backbone, na zona sul de Angola , usando tecnologia DWDM.
1.2 Justificativa
O presente projeto visa implementar a utilização da tecnologia DWDM em fibra óptica, criar um
Backbone na zona Sul de Angola (Namibe, Huíla, Cunene e Kwando Kubango). Esta zona foi
escolhida devido a inactividade desse serviço e a industrialização previstas nessas localidades.
É também uma zona estratégica devido a zona fronteiriça na Província do Cunene, e a leste
encontramos os cabos internacionais submarinos que passam por Moçâmedes Província do
Namibe.
1.3 Problemática
Em Angola, várias regiões precisam de um melhoramento nos serviços de Fibra Óptica
especificamente na Zona sul de Angola, carece de várias infraestruturas de rede. Na realização do
nosso projecto houve maior atenção em zonas onde normalmente tem tido maior fluxo de
habitantes, assim foi maior, a preocupação de escolher equipamentos adequado para esta realidade,
houve necessidade de incorporar infraestruturas de transporte de rede por maior largura de banda
fibra óptica, usando a tecnologia DWDM, onde será a base para que o sinal chegue para toda essa
área.
17
1.4 Hipótese
Para tornar essa solução adequada, primeiramente focou-se na apresentação dos fundamentos
teóricos da tecnologia a ser implementada, onde foi mencionada pontos importantes, segundo a
realidade da zona de implementação, fez-se também um planeamento de toda rede, estudos de
viabilidade.
1.5 OBJECTIVOS
1.5.1 OBJECTIVO GERAL
Este projecto tem como objectivo geral melhorar a infraestrutura de F.O, existentes na região sul
de Angola, na criação de um backbone usando a tecnologia DWDM e em aumentar a Consistência
da rede;
18
CAPÍTULO 2-FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nestes capítulos será retratado o funcionamento da tecnologia em uso que é o DWDM, a nível do
transporte de informação entre redes locais de longas distâncias, backbone, tendo como meio de
transmissão a Fibra Óptica.
Começaremos por falar sobre a Fibra Óptica e a posterior sobre as técnicas de implementação
usadas no meio óptico nessa tecnologia.
19
Um único cabo de fibra óptica pode transportar uma informação em alta velocidade e sem deixar
passar nada, por aproximadamente 100 quilômetros de distância. No entanto, a distância máxima
de um cabo de fibra óptica depende do tipo de cabo utilizado. Por exemplo, um cabo multimodo
tem um núcleo maior e só pode alcançar uma distância máxima de até 2 quilômetros devido às
suas perdas. Por outro lado, um cabo monomodo tem um núcleo menor e traz muito menos perdas,
podendo alcançar uma distância muito maior, de até 120 quilômetros2.
20
Tabela 2.1: Largura de Banda de Transmissão
Fonte: Livro – Sistema de Telecomunicações III, João Pires
Devido às suas propriedades, as fibras ópticas não transmitem sinais de uma forma eficaz em todos
os comprimentos de onda, somente em alguns intervalos, com baixa atenuação e dispersão,
conhecidos como janelas de transmissão. As janelas ilustradas na tabela 2.1 correspondem aos
comprimentos de onda em que os lasers e os amplificadores ópticos operam com maior eficiência
e menor custo.
A perda de inserção pode ser calculada usando a seguinte fórmula:
Perda de inserção (dB) = 20 * log10 (V2 / V1) Onde:
V2 é a tensão do sinal na extremidade receptora do dispositivo ou meio de comunicação; V1 é a
tensão do sinal na extremidade transmissora do dispositivo ou meio de comunicação.
Essa fórmula usa a escala logarítmica decibel (dB) para expressar a razão entre as tensões do sinal.
Quanto maior for a perda de inserção, menor será a potência do sinal na extremidade receptora.
Essa fórmula pode ser aplicada para fibras ópticas de longas distâncias, mas é preciso considerar
outros fatores que podem influenciar na perda de inserção, como a atenuação da fibra óptica, que
depende do comprimento de onda do sinal, da qualidade da fibra e das condições ambientais. Além
disso, é preciso levar em conta as perdas causadas pelas emendas e conectores ópticos, que
dependem do alinhamento dos núcleos das fibras, da limpeza das superfícies e da qualidade dos
dispositivos.
21
• Fazer conexões e emendas corretas e limpas, evitanda reflexão, dispersão ou absorção do
sinal;
• Usar dispositivos que possam compensar a perda de inserção, como amplificadores ou
repetidores.
A velocidade de transmissão na fibra é a taxa de transferência de dados que pode ser alcançada
em uma rede óptica que usa cabos de fibra óptica como meio de comunicação. A fibra óptica é um
material transparente que permite a propagação de luz com baixa atenuação e interferência. A luz
é modulada em sinais digitais que carregam as informações a serem transmitidas.
A velocidade de transmissão na fibra depende de vários fatores, como:
O tipo de fibra óptica, que pode ser monomodo ou multimodo, e que determina a largura de banda
e a distância máxima suportada pela rede.
O comprimento de onda da luz, que pode ser dividido em diferentes canais usando técnicas de
multiplexação como DWDM ou CWDM, e que aumenta a capacidade de transmissão da rede.
O tipo de transponder, que é o dispositivo que converte os sinais elétricos em sinais ópticos e
viceversa, e que define o fator de forma, a interface elétrica e os recursos ópticos do equipamento.
O tipo de módulo óptico, que é o componente que emite e recebe os sinais ópticos no transponder,
e que determina a taxa de dados, o comprimento de onda e a distância de transmissão do sinal.
A qualidade dos componentes e dos conectores da rede, que podem afetar a perda e o ruído dos
sinais ópticos ao longo da fibra.
A interferência externa, como fontes de calor ou radiação eletromagnética, que podem causar
distorção ou atenuação dos sinais ópticos na fibra.
A velocidade de transmissão na fibra pode variar entre alguns Mbps até centenas de Gbps,
dependendo da combinação desses fatores. Para se ter uma ideia, um cabo coaxial transmite em
média 10 Mbps, já a fibra óptica pode variar entre 30 MB e 100 MB nos planos das melhores
operadoras — mas esse não é um limite. A maior parte dos cabos de fibra óptica utilizados
atualmente tem capacidades de transmissão entre 10 e 40 Gbps.
A Fibra Óptica possui inúmeras vantagens:
Velocidade de transmissão: A maior parte dos cabos de fibra óptica usados no mundo é capaz de
transmitir 40 Gbit/s (Gigabits por segundo – 109 bits/s), entretanto, atualmente existem tecnologias
que são capazes de transferir até 1 Pbit/s (Petabit por segundo – 1015 bits/s).
22
Resistência a interferências eletromagnéticas: Os cabos de fibra óptica são feitos de materiais
dielétricos, e a propagação da luz no interior desses materiais não sofre interferência por ondas
eletromagnéticas externas.
Baixa atenuação de sinal: Diferentemente dos cabos condutores, as fibras ópticas conseguem
transmitir informações com pequenas perdas: cerca de 0,2 dB/km (0,2 decibel – unidade de
intensidade da energia carregada pela onda).
Custo: Os cabos de fibra óptica são mais baratos que os cabos condutores de cobre. Vida útil: Esse
tipo de cabos tem uma vida útil muito longa, estimada em mais de 100 anos de uso contínuo.
Espaço: Em razão da sua taxa de transferência de dados, os cabos de fibra óptica ocupam espaços
muito menores do que os cabos convencionais; e a nível de segurança.
Contudo os cabos de Fibra Óptica tornam mais fácil o acesso dos cidadãos às Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC). As TICs ajudam no desenvolvimento de qualquer sociedade
melhorando dessa forma a gestão de recursos económicos e financeiros, a pesquisa científica maior
rapidez no acesso aos serviços de dados, telefonia e Internet, ferramentas indispensáveis para o
desenvolvimento do País.
Sendo a Fibra Óptica o caminho que os pacotes percorrem para chegar ao destino, ela se encontra
na primeira camada do modelo OSI, que é a camada física. Nesta camada os dados são transmitidos
por esses meios e processados nas próximas camadas.
No sistema de transmissão por Fibra Óptica existe a necessidade de multiplexação do canal, que é
a transmissão de vários sinais usando uma única linha de comunicação. São usados basicamente
3 tipos de sistemas ou técnicas de multiplexação:
Na multiplexação por divisão de frequência (FDM), vários sinais são combinados para transmissão
em uma única linha ou canal de comunicação, com cada sinal atribuído a uma frequência diferente
(subcanal) dentro do canal principal. Ela é usado em uma rede de comunicações que cada sinal de
entrada é enviado e recebido na velocidade máxima em todos os momentos.
23
Figura 2.2:Multiplexação por Divisão de Frequência
Fonte: slidetodoc.com/bandwidth-utilization-multiplexing-2-nd-semester-1438-1439,2023
Na TDM (Time Division Multiplexing) o tempo é dividido em pequenos intervalos nos quais cada
fonte transmite "pedaços" de seus dados por vez, assim não há a necessidade de modular o sinal.
Esse método faz a combinação de vários fluxos de dados independentes em um único fluxo de
dados, misturando os sinais de acordo com sua sequência definida conforme mostra a Figura 2.2.2.
Como podemos observar nessa figura todos os sinais operam na mesma frequência, mas em
momentos diferentes. Cada fluxo de dados independente é remontado na extremidade de recepção
com base na sequência e no tempo de transmissão.
24
O papel da multiplexação por divisão de comprimento de onda é melhorar a capacidade de
transmissão da fibra óptica e a eficiência de utilização dos recursos de fibra óptica. Para que o
sistema WDM funcione normalmente, o comprimento de onda (frequência) de cada sinal óptico
deve ser controlado. Se o intervalo de comprimento de onda for muito curto, é fácil travar; Se o
intervalo de comprimento de onda for muito longo, a taxa de utilização será muito baixa.
WDM é uma tecnologia que permite que vários sinais óticos sejam transmitidos por uma única
fibra. O seu princípio é essencialmente o mesmo que multiplexing da Divisão de Frequência
(FDM). Ou seja, vários sinais são transmitidos usando diferentes transportadoras, ocupando partes
não sobrepostas de um espectro de frequência. No caso do WDM, a banda de espectro utilizada
está na região de 1300 ou 1550 nm, que são duas janelas de comprimento de onda em que as fibras
óticas têm perda de sinal muito baixa.
Nos sistemas com multiplexagem por divisão no comprimento de onda transmitem-se vários
comprimentos de onda (várias cores) na mesma fibra óptica.
O WDM apresenta duas variações: a primeira é chamada de CWDM (Coarse Wavelength Division
Multiplexing), que fazem a multiplexação de vários comprimentos de onda em um único pulso de
luz, chegando a taxas de transmissão de 1,6 terabits por segundo em um único par de fibras. Ela
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possui 18 comprimentos de onda, uma quantidade de canais menor e mais limitada, já que não
permite a expansão da fibra. Principais atributos:
• Quantidade de canais: de 2 a 18;
• Espaçamento mínimo entre canais: 20 nm;
• Bandas Ópticas: O, S, E, C, L (1.270 a 1.610 nm); • Componentes ópticos e
optoelectrónicos de baixo custo;
• Padronizado pela normativa ITU G.694.2.
A segunda opção é conhecida como DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing), com um
alcance de rede aprimorado e mais canais na condição de uma única fibra óptica. Chega a 128
comprimentos de onda em uma única fibra. É uma tecnologia bastante resistente e interessante para
provedores mais ousados, que conta com as seguintes características:
• Quantidade de canais: até 128;
• Espaçamento mínimo entre canais: 1,6 nm, 0,8 nm e 04, nm;
• Banda Óptica: C e L (1.530 a 1.625 nm);
• Componentes ópticos e optoelectrónicos sofisticados e de alto custo;
• Padronizado pela normativa ITU G.694.1.
A diferença entre o CWDM e DWDM é a quantidade de canais, em distância, pois o CWDM não
permite à amplificação Optica, além disso o CWDM definido por comprimentos de ondas e o
DWDM em frequência. O DWDM é um desdobramento de uma tecnologia anterior, a WDM. Que,
basicamente, usa diversos lasers para transmitir múltiplos comprimentos de onda de luz
simultaneamente, multiplexando os sinais em uma única fibra óptica. Ou seja, com uma só fibra
ele consegue levar mais de um só canal.
26
essencial de mapear dados de entrada em um comprimento de onda DWDM individual. Cada
comprimento de onda individual é alimentado em um multiplexador óptico (MUX) que filtra e
combina vários comprimentos de onda em uma única porta de saída para transmissão pela fibra
DWDM principal/core/comum.
Na extremidade receptora, os comprimentos de onda podem então ser separados para isolar os
canais individuais usando um desmultiplexador óptico (de-MUX); cada canal é então roteado para
a saída apropriada no lado do cliente por meio de um transponder adicional correspondente ao
comprimento de onda.
Por ser um material que não sofre interferências eletromagnéticas, a fibra óptica possui uma grande
importância em sistemas de comunicação de dados. Permite a monitoração de grandezas e a troca
de informações a longas distâncias num único caminho possível de propagação e apresenta também
baixas perdas de informação.
Principais características do DWDM:
• Operação a 100 Gb/s
• Modulação PM-QPSK e deteção coerente
• Multiplexagem DWDM
• Grelha de 50 GHz
27
c) Amplificador Óptico:
Um amplificador óptico amplifica a luz como ela é sem converter o sinal óptico em um
sinal elétrico e que pode ser:
• Pré-amplificador – amplifica os sinais ópticos no lado da recepção;
• Pós-amplificador – amplifica os sinais do lado do transmissor (Pós amplificador)
e do lado do receptor (pré-amplificador);
• Amplificador em linha (ILA) – é instalado na linha a diversas distâncias dos
transmissores com a finalidade de recuperar o formato do sinal, degradado
devido a perdas na fibra.
d) Fibra óptica:
• Mídea de transmissão que transporta os pulsos ópticos;
• São utilizados diversos tipos de fibra;
• Frequentemente acomodadas em cabos com 144 a 256 fibras.
e) Receptor:
Na DWDM os canais são normalizados pela ITU-T G.694.1, porém os canais podem ter
espaçamento entre eles, frequências centrais definidas pela ITU-T como ilustra a tabela a baixo:
Tabela 2.2:Representação das Frequências centrais na DWDM
Fonte: Autora
Espaçamento entre canais (GHz/f centrais) Frequências centrais
12,5 193,1+ (n*0,0125) THz
25 193,1+ (n*0,025) THz
50 193,1+ (n*0,050) THz
100 193,1+ (n*0,0100) THz
28
Transceiver: O termo equivalente em português é transceptor. Um dispositivo que combina em
um único dispositivo um transmissor e um receptor. Em sistemas de comunicação com fibra óptica,
o dispositivo opera normalmente em canal duplex, com uma fibra dedicada para a transmissão e
outra para a recepção. Os transceptores convertem um sinal elétrico de transmissão em sinal de luz
para fibra óptica e na recepção recebem um sinal de luz de outro transmissor e o converte para sinal
elétrico.
Transponder: De acordo com a definição encontrada na ITU-T (Recomendation G.691 Terms and
definitions, 3.1.4 – pg. 8), da União Internacional de Telecomunicações, um transponder é um
dispositivo que combina um transmissor e um receptor, com ou sem recuperação de pulso e ajuste
de temporização, que converte um sinal óptico em outro sinal óptico por uma transformação em
sinal elétrico. Numa definição um pouco mais detalhada, um transponder óptico é composto por
dois transceptores, um que transmite e recebe os sinais ópticos num comprimento de onda padrão
e outro que transmite e recebe os sinais em outro comprimento predeterminado. A conexão entre
os transceptores é elétrica.
A diferença entre transceiver e transponder é que os transceivers se conectam eletricamente com
o sistema hospedeiro usando uma interface serial, enquanto os transponders usam uma interface
paralela para isso. Nessa visão, os transponders fornecem sinais paralelos de baixa taxa mais fáceis
de manipular, mas são mais volumosos e consomem mais energia do que os transceivers. Outra
diferença é que os transceivers podem transmitir e receber sinais em qualquer frequência, enquanto
os transponders são programados para monitorar sinais de entrada em uma frequência específica e
responder com um sinal pré-definido em outra frequência
Os canais na rede DWDM são agrupados em sub-bandas, na figura a baixo podemos ver a ilustrada
o agrupamento, sendo que cada sub-banda tem 4 canais de acordo com as frequências a baixo:
29
Tabela 2.3: Canais com Frequência e Comprimentos de Onda das Sub-bandas
Fonte: TCC_Joalison_Silva-Orientador_Edson_Moreira.pdf,Mrç,2023
Um SFP (small form-factor pluggable) é um tipo de fator de forma de transponder que tem um
tamanho compacto e uma interface elétrica padronizada que permite a conexão com diferentes
30
equipamentos. Um SFP pode suportar diferentes taxas de dados, comprimentos de onda e distâncias
de transmissão, dependendo do tipo de fibra óptica e do módulo óptico utilizado.
Um fator de forma de transponder é um padrão que define as dimensões físicas, a interface elétrica
e os recursos ópticos de um transponder, que é um dispositivo que recebe e retransmite sinais
ópticos em uma rede DWDM. Existem vários fatores de forma de transponder disponíveis no
mercado, como CFP, CFP2, CFP4, QSFP28, SFP e SFP+.
Existem vários tipos de SFP, como:
• SFP: suporta taxas de dados de até 4 Gbps e distâncias de até 120 km2.
• SFP+: suporta taxas de dados de até 16 Gbps e distâncias de até 80 km2.
• SFP28: suporta taxas de dados de até 28 Gbps e distâncias de até 10 km3.
• SFP56: suporta taxas de dados de até 56 Gbps e distâncias de até 2 km.
Mux (Multiplexador): dispositivo que seleciona as informações de duas ou mais fontes de dados
num único canal. São utilizados em situações onde o custo de implementação de canais separados
para cada fonte de dados é maior que o custo e a inconveniência de utilizar as funções de
multiplexação/desmultiplexação.
DMUX (Desmultiplexdor): é o dispositivo que faz o processo inverso do multiplexador, recebe
um único sinal numa fonte e distribui para duas ou mais fonte.
Em um sistema unidirecional, existe um Mux na transmissão e um Demux na recepção. Dois
sistemas são necessários para uma comunicação bidirecional, e duas fibras separadas serão
necessárias.
31
Figura 2.10:Transmissão por um par de fibras
Fonte:Gtawww.gta.ufrj.br/seminarios/semin2004_1/dwdm/trab_6.htm24,Mar,2023
32
Multiplexadores e desmultiplexadores podem ser elementos passivos ou ativos.
Mux/Demux passivos são baseados em prismas, grades de difração. Mux/Demux ativos são
baseados na combinação de elementos passivos com filtros.
É fundamental nestes dispositivos minimizar o efeito ―cross-talk‖ e maximizar a separação de
canais Entre os pontos de multiplexagem e desmultiplexagem de um sistema DWDM, múltiplos
comprimentos de onda são transmitidos. Não é possível a remoção ou inserção de um ou mais
comprimentos de onda ao longo do caminho. Porém, um ADM realiza essa função.
O ADM pode remover e inserir algum comprimento de onda, sendo transparente para os demais
l’s.
Para introduzir mais largura de banda em uma fibra de modo único (SMF) se torna muito popular.
Para atender ao requisito de flexibilidade de largura de banda e eficiência operacional, o
multiplexador ótico add / drop (OADM) foi introduzido para multiplexar e direcionar diferentes
canais de luz para dentro ou para fora de uma fibra de modo único. O OADM tradicional usava os
lasers / filtros fixos para comprimentos de onda fixos, mas agora não consegue atender ao uso
crescente de largura de banda, impulsionando assim o surgimento de uma melhoria no OADM -
ROADM fixo.
33
OADM (Optical add-drop Multiplexer) é uma unidade que remove seletivamente um
comprimento de onda de uma multiplicidade de comprimentos de onda , multiplexados em uma
fibra de entrada, ignora todos os outros comprimentos de onda e adiciona o mesmo comprimento
de onda geralmente com outro conteúdo de dados na fibra de transmissão. Mais geralmente, o
principal campo de batalha da aplicação OADM está em MAN (rede de área metropolitana),
apresentando alta flexibilidade, fácil atualização e amplificação.
Este OADM é projetado apenas para adicionar ou descartar sinais ópticos com um determinado
comprimento de onda. Da esquerda para a direita, um sinal composto de entrada é dividido em dois
componentes, drop e pass-throug (Caixa de Passagem).
O OADM descarta apenas o fluxo de sinal óptico vermelho. O fluxo de sinal descartado é
passado para o receptor de um dispositivo cliente. Os sinais ópticos restantes que passam pelo
OADM são multiplexados com um novo fluxo de sinal adicionado.
Ele adiciona um novo fluxo de sinal óptico vermelho, que opera no mesmo comprimento de onda
do sinal descartado. O novo fluxo de sinal óptico é combinado com os sinais de passagem para
formar um novo sinal composto.
O ROADM, abreviação para multiplexador ótico reconfigurável de adicionar / descartar, é uma
versão programável do OADM. Ele adiciona a capacidade de alternar remotamente o tráfego do
sistema de multiplexação por divisão de comprimento de onda na camada de comprimento de onda.
Isto é conseguido através do uso de componentes de interruptor seletivo de comprimento de onda
(WSS) dentro do dispositivo. Com um ROADM, o usuário pode enviar um comando para o
hardware e informá-lo para alterar quais cores são adicionadas ou descartadas em qualquer local.
Combinando vários conjuntos de hardware juntos, os ROADMs podem conectar vários locais de
34
forma muito flexível e criar uma rede que é facilmente modificada à medida que os requisitos de
rede mudam.
Estes Amplificadores, como pode ser visto na figura, são compostos por uma ou duas fontes de luz
que são inseridas na fibra dopada através de acopladores e ainda possuem isoladores na entrada e
saída do sinal a fim de prevenir que reflexões da fibra dopada se espalhem na fibra de transmissão
causando ruído no sistema.
35
Os lasers em co-propagação, 980nm, e em contra-propagação,1480nm, são responsáveis por gerar
fotões que irão colidir com electrões de fibra dopada fazendo com que estes sejam levados à banda
de alta energia e ao encontrarem um fotão proveniente de transmissão óptica, irão decair para seu
nível de potência inicial liberando um fotão idêntico ao da transmissão.
No caso em que os electrões não encontrem um fotão que cause a emissão estimulada, após certo
tempo decaem ao seu nível de energia inicial liberando um fotão com características não definidas
estes fotões são responsáveis pela geração do ruído ASE (do inglês, Amplified Espontaneous
Emission). Estes efeitos estão ilustrados na figura
A tabela a seguir mostra Características de um Amplificador EDFA:
Tabela 2.4:Características do EDFA
Fonte: Autora
Frequência de operação: Bandas C e L (aproximadamente 1530 a 1625
nm).
36
A sensibilidade nos EDFA é a capacidade de detectar e amplificar sinais ópticos de baixa potência.
Ela depende do nível de ruído óptico gerado pelo amplificador e do ganho que ele fornece. Quanto
menor o ruído e maior o ganho, maior a sensibilidade do EDFA. É importante para determinar o
alcance máximo de transmissão de um sistema óptico. Ela define o limite inferior da potência do
sinal que pode ser recebido e amplificado pelo EDFA sem comprometer a qualidade da informação.
As arquiteturas DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing) são utilizadas para aumentar
a capacidade de transmissão de dados em redes ópticas. As topologias mais comuns em redes
DWDM são:
a) Anel,
b) Ponto a ponto
A topologia em anel é utilizada para conectar vários dispositivos em um único anel
A vantagem dessa arquitetura é que ela oferece redundância em caso de falha do link ou do nó, pois
o sinal pode ser roteado em outra direção no anel. Além disso, ela permite uma maior capacidade
de transmissão, pois cada nó pode usar todos os canais disponíveis no link.
A desvantagem dessa arquitetura é que ela é mais complexa e cara do que a arquitetura ponto a
ponto, pois requer mais equipamentos e mais gerenciamento dos canais. Além disso, ela pode sofrer
com interferência entre canais adjacentes e com perda de potência ao longo do anel.
A topologia ponto a ponto é utilizada para conectar dois dispositivos diretamente, quando há
apenas duas estações finais (terminais) que acessam (derivam e inserem) todos os canais ópticos.
.
38
dispositivo Ethernet. A agregação de link ajuda a proporcionar mais rendimento de um
único endereço IP do que seria possível com um único adaptador Ethernet.
A topologia em estrela DWDM é uma configuração de rede na qual cada nó está conectado a um
dispositivo central, como um hub ou um switch, por meio de um link óptico com canais DWDM.
Essa topologia é uma das mais comuns para redes locais (LAN) e permite uma comunicação ponto
a ponto entre cada nó e o dispositivo central.
A vantagem dessa topologia é que ela é simples e fácil de instalar e gerenciar, pois requer menos
cabos e equipamentos do que outras topologias. Além disso, ela oferece uma alta confiabilidade e
desempenho, pois se um nó ou um link falhar, isso não afeta os demais. Também é possível
adicionar ou remover nós facilmente sem alterar a estrutura da rede1.
A desvantagem dessa topologia é que ela depende muito do dispositivo central, que pode se tornar
um gargalo ou um ponto de falha para toda a rede. Além disso, ela pode ter um alto custo de
manutenção e expansão, pois requer dispositivos de alta qualidade e capacidade para suportar todos
os canais DWDM. Também pode haver interferência entre canais adjacentes e perda de potência
ao longo dos links.
39
CAPÍTULO 3- METODOLOGIA
A implementação desta alternativa apresenta inúmeras vantagens, como o facto de Angola possuir
ligações internacionais com três cabos de fibra ótica submarinas. No litoral temos a província do
Namibe que faz ligação com o cabo submarino nacional Adones (Angola Telecom) e mais a sul
uma zona fronteiriça entre a província do Cunene e a Namíbia que poderá requerer negociação e
acordos internacionais de interesses mútuos entre os dois países vizinhos.
Como referenciado nos objetivos, ao implementar um backbone na zona sul de Angola tivemos em
conta as infraestruturas já existentes no local, e podemos identificar que a nível nacional existem 6
licenças atribuídas para Operadores, das quais 3 são licenças para Operadores de serviços móveis
(operadas pelas empresas UNITEL , Movicel e Africel) e 3 para Operadores de serviços fixos
(Angola Telecom, a Mercury Serviços de Telecomunicações – designada MS Telcom – e a Mundo
Startel).
Dos 6 Operadores mencionados em cima, apenas 3 deles tem uma rede de transporte com dimensão
nacional (a Angola Telecom, a UNITEL e a MS Telcom). Os outros 2 Operadores (a Movicel , a
Mundo Startel e a Africel) utilizam, em geral, as redes de transporte dos outros Operadores (na
vertente de circuitos alugados) e/ou construíram pequenas redes de transporte suportadas em Feixes
Hertzianos e Satélite.
40
a)Angola Telecom (AT) é o mais antigo operador de Angola cabendo-lhe o título de operador
incumbente.
41
b)A UNITEL tem uma das maiores (se não a maior em extensão) redes de transporte em fibra ótica
a nível nacional.
A topologia física da rede da UNITEL (Figura 3.2) é muito similar às restantes e também utiliza as
bermas das estradas nacionais como caminho preferencial para instalação dos cabos de fibra ótica,
para interligar entre si as várias províncias de Angola. As capacidades de transmissão instalada na
rede da rede de transporte da UNITEL é, em geral 10 Gbps.
42
c)A Mercury Serviços de Telecomunicações (MS Telcom) tem rede de transporte com menor dimensão,
com uma cobertura de cerca de 11 províncias do país (Figura 3.3) A tecnologia de transporte utilizada na
rede da MST é DWDM, com capacidade de transporte das ligações de 2,5 Gbps, possuindo em todos os
nós da rede ADM’s para inserção/extração de tráfego.
Existem troços de rede sem muitas alternativas de caminhos, o que conduz à uma débil resiliência
no caso de indisponibilidade destes troços de rede. De qualquer forma, esta situação é justificada
pela enorme concentração populacional do país oportunidade de novos empreendimentos e novas
oportunidades, previsões de crescimento industrial na região sul de Angola.
Comparando às anteriores topologias físicas individuais de cada operador de rede, propõe-se a
criação de caminhos alternativos para o sul angolano e desta forma aumentar a resiliência da rede
na presença de algum corte/interrupção do caminho nesta área.
3.2- Zona de implementação
Neste ponto apresentamos os dados da região de actuação. Essa pesquisa foi feita para a análise da
estrutura física do local de actuação para implementação do projecto, informações essas que
ajudaram para o posicionamento de cada elemento do projecto. Portanto, a pesquisa sobre a área
de actuação consiste em fazer o levantamento de informações necessária para dar resposta e suporte
ao problema apresentado no projecto.
43
Na Tabela 3.1 podemos encontrar os dados das províncias, a área, a quantidade populacional que
essas regiões apresentam.
Com base das topologias física de rede dos três operadores descritos, faz-se uma análise para
escolher uma topologia física possível para rede de transporte na zona sul angolana.
Na Figura 3.4 está representada a topologia física de rede de referência proposta. Começamos
por sinalizar a área de actuação propriamente os cabos de fibra que vão cobrir toda essa região.
Como mostra a figura que se segue:
44
Com o dimensionamento da rede em quilómetro é possível ter a visão geral de como será a
arquitetura do projecto, e assim foi possível fazer o cálculo da quantidade de Fibra Óptica e de
ALO, baseado nas distâncias entre os sites que compõem a estrutura.
Transponders na DWDM se ligam aos roteador que por sua vez possuem interface óptica,
podendo usar-se roteadoeres, transformar cada um desses canais em canal óptico, sinal cinza, para
o sinal da faixa de frequência DWDM, conexão óptica com o roteador para transmissão e recepção.
Durante a transmissão do canal há necessidade de ampliação do sinal.
45
Um transponder é um dispositivo que converte um sinal óptico de entrada em um sinal óptico de
saída com um comprimento de onda diferente, adequado para uma rede DWDM. Ele também pode
realizar funções de regeneração, multiplexação e criptografia do sinal óptico. Suportar diferentes
protocolos, taxas e formatos de modulação, dependendo do tipo de SFP usado.
Para um sistema DWDM de 2000 km, o tipo de transponder a ser usado depende da capacidade,
do orçamento e da disponibilidade dos equipamentos.
Canal de supervisão OSC (Optical Supervisory Channels ), utiliza-se antes da faixa do DWDM,
faz supervisão da rede, verifica as falhas e a rede toda, verifica todos os equipamentos da rede
utilizados na rede de fibra óptica, utiliza o OTDE(é um equipamentos que envia o sinal da fibra
sobre possíveis falhas ocorridas, relata aonde foi o rompimento na Fibra e envia um raio de reflexão
do sinal desse mesmo lugar, dita a distância em km aonde aconteceu) e opera numa única faixa de
transmissão de 1500nm e não adiciona .
O FIU (Fibre Interface Unit) – é outro supervisor que multiplexa todos os canais com o sinal
composto. Depois da FIU o sinal pode ir para a transmissão.
OSA (Optical Spectrum Analyzer) - (monitoramento de potência e OSNR para todos os
canais) Analisador de espectro e a potência de cada sinal, todos os sinais no mesmo nível de
potência, faz a medida do OSNR, para ver se degradou muito ou pouco ao longo do ano, estudo da
rede, faz análise, olha o trecho para saber o desempenho da rede. O OSNR da rede fica em todos
os pontos, ver a relação sinal ruído em todos os pontos.
O OSA é um instrumento que mede o espectro óptico de um sinal, ou seja, a distribuição da potência
em função do comprimento de onda. O OSA pode identificar os canais ópticos presentes na fibra,
bem como a sua largura de banda, potência e OSNR. A OSNR é um parâmetro que indica a
qualidade do sinal óptico, pois mede a diferença entre o nível do sinal e o nível do ruído. Quanto
maior a OSNR, melhor a qualidade do sinal. O OSA é importante para verificar se os canais ópticos
estão dentro dos limites especificados e se há algum problema de atenuação, dispersão,
interferência ou distorção na rede DWDM.
O nosso sistema DWDM está composto por cinco componentes e desta feita, montamos 4 etapas
que fornecem a resposta de como eles funcionam juntos na rede a ser implementada:
1. O transponder aceita entrada na forma de pulso de laser monomodo. A entrada pode vir de
diferentes meios físicos e diferentes protocolos e tipos de tráfego. O comprimento de onda do sinal
de entrada do transponder é mapeado para um comprimento de onda DWDM.
46
2. Os comprimentos de onda DWDM do transponder são multiplexados com sinais da
interface direta para formar um sinal óptico composto que é lançado na fibra. Um pósamplificador
(amplificador de reforço) aumenta a intensidade do sinal óptico à medida que sai do multiplexador.
3. Um OADM é usado em um local remoto, na Província da Huíla, para descartar e adicionar
fluxos de bits de um comprimento de onda específico. Amplificadores ópticos adicionais usados
ao longo da extensão da fibra (amplificador em linha) conforme necessário. Usamos outro OADM
na província do Cuando-Cubango e em seguida Amplificadores.
4. Um pré-amplificador aumenta o sinal antes que ele entre no desmultiplexador. O sinal de
entrada é desmultiplexado em comprimentos de onda DWDM individuais. Os lambdas DWDM
individuais são mapeados para o tipo de saída necessário por meio do transponder ou são passados
diretamente para o equipamento do lado do cliente.
3.4-Cálculos da Rede
Para montar uma rede de longa distância com DWDM, usamos os seguintes equipamentos:
• Um tipo de fibra óptica adequado para transmissão DWDM, como a fibras de alta taxa de
dados da Corning, que atendem às necessidades de distância, taxa de bits e capacidade da
rede.
• Amplificadores ópticos para compensar a atenuação da fibra e aumentar o alcance do sinal,
como os amplificadores ópticos a fibra dopada com érbio (EDFA), que amplificam os
sinais DWDM na banda C sem conversão elétrica.
• Conectores ópticos para interligar os equipamentos e a fibra, como os conectores LC/UPC,
que são compatíveis com a nossa topologia e oferecem baixa perda de inserção e reflexão.
A potência do sinal DWDM depende da potência de entrada por canal, do ganho do amplificador
e da atenuação da fibra. é necessário considerar também a dispersão cromática e a não linearidade
da fibra, que podem degradar o sinal. O número de amplificadores necessários depende do
comprimento do enlace, da perda de inserção dos componentes e da potência de saída do
amplificador. Uma forma de estimar o número de amplificadores é dividir o comprimento do enlace
pelo comprimento máximo de alcance sem amplificação, que pode ser calculado pela seguinte
fórmula:
L max = 10^(P out - P in - L i )/α
• L max é o comprimento máximo de alcance sem amplificação [km]
• P out é a potência de saída do amplificador [dBm]
• P in é a potência de entrada por canal [dBm]
• L i é a perda de inserção dos componentes [dB]
• α é a atenuação da fibra [dB/km]
47
No entanto, este valor pode variar dependendo dos parâmetros reais do sistema e das condições
ambientais.
Para o projecto usamos um amplificador EDFA (Erbium-Doped Fiber Amplifier) , que pode
amplificar sinais nas bandas C e L, que correspondem aos comprimentos de onda entre 1530nm e
1610nm que é o da DWDM . A distância máxima por amplificador EDFA pode variar entre 80km
e 120km, para um melhor desempenho consideramos a distância mínima para calcular a quantidade
de amplificadores por troços de fibra.
Localização e designação dos sites:
Cunene (Santa Clara) ----------------------------------------------Site A
Namibe (Tombwa) -------------------------------------------------Site B
Huila (Lubango) ----------------------------------------------------Site C
Kuando-Kubango (Menongue) -----------------------------------Site D
Como mostra o quadro do dimensionamento assim podemos ter noção da grandeza do projecto e
obter informações sobre o total de fibra para todo o projecto e a quantidade de Amplificadores:
Totalizando:
• Fibra Óptica= 1.713,71 Km;
• Troços=22;
• Área=122.072,51 Km2;
• Amplificadores= 18.
No Presente projecto usou-se a fibras G.655, que têm coeficientes de dispersão mais baixos na
banda C e são mais adequadas para sistemas DWDM de grande capacidade e longa distância. E
para o Amplificador de Linha utilizou-se o Amplificador EDFA
48
A capacidade de Transmissão da rede em uso depende do número de canais, da taxa de bits por
canal e da largura de banda disponível na fibra.
Capacidade máxima = (número de canais) x (taxa de bits por canal) x (eficiência espectral)
A eficiência espectral é a razão entre a taxa de bits e a largura de banda ocupada pelo sinal:
• Número de canais = 96
• Taxa de bits por canal = 10 Gbit/s
• Eficiência espectral = 0.8 bit/s/Hz
Então:
Capacidade máxima = 96 x 10 Gbit/s x 0.8 bit/s/Hz
Capacidade máxima = 768 Gbit/s
49
CAPÍTULO 4 IMPLEMENTAÇÃO PRÁTICA
Como ilustra a figura , arquitetura do projecto esta representado um core da rede, que são os Sites,
prontos a fazer outros pontos de ligações. Constituem (transceptor , Mux / Demux DWDM,
multiplexador óptico de adição / queda -OADM, amplificador óptico), e cabos de Fibra Óptica.
50
4.2.1 Especificações desses equipamentos
Apresentaremos em seguida imagens dos equipamentos da rede a ser implementados e suas
especificações que dizem respeito a sua fabricação.
a)Transpoder
fonte: Oicalptchcable-pt.oticalpatchcable.com,Mar,2023
Transceptores padrão FS são totalmente compatíveis com equipamentos Cisco. Podem também ser
usados em transmissão de curta distância, combinando com o atenuador apropriado, distância (≤
15km,≤ 35km,≤ 55km) com atenuado(15dB,10dB,5dB) respetivamente.
51
Conector Duplex LC Componentes EML 1550nm
Ópticos
LC (Lucent Connector) é um tipo de conector de fibra. Projetado para conexões de alta densidade
e suporta transceptores SFP(1G) e SFP+(10G/40G).
Transmissão BiDi protocolo de transmissão de rede proprietário usando faixas 2x20G em dois
comprimentos de onda diferentes.
b) DWDM Mux/Demux
O Equipamento utilizaado para multiplexagen e desmultiplexagen na nossa rede é o
FMUD60ECMW5 FS como mostra a figura 4.3:
Fonte: FS-www.fs.com/products/66601.html?id=1074527,Març,2023
52
Mux/Demux DWDM de 96 canais em um chassi de montagem em rack 2U, grade ITU de 50 GHz,
CH15-CH62, LC/UPC duplex.
O 96ch Mux Demux é um módulo óptico passivo autônomo de alta densidade e baixa perda que
oferece excelente solução para economia de infraestrutura agregando até 96 canais DWDM em um
único local. Todos os 96 canais são distribuídos pela banda C por espaçamento ITU-T 50 GHz entre
os canais usando tecnologia AAWG de alta qualidade. É perfeitamente adequado para transportar
serviços PDH, SDH / SONET, ETHERNET sobre WWDM, CWDM e DWDM em redes ópticas
metropolitanas e de acesso.
É embalado com um chassi de montagem em rack 2U de 19'' para instalação simples e
modularidade. Este sistema baseado em chassis oferece aos fabricantes de equipamentos de rede
uma solução mais escalável e de maior densidade para adicionar capacidade DWDM às suas redes
existentes e novas com interface conectáveis simples.
Serviço especial —
Tipo de monitoramento —
53
Propriedade Passiva
Manipulação de potencia —
c) Fibra óptica
Os cabos de Fibra ópticos g.655 têm coeficientes de dispersão mais baixos na banda C e são mais
adequadas para sistemas DWDM de grande capacidade e longa distância.
54
Figura 4.4: Cabo de Fibra Óptica Dual
Fonte: Fiberplcspliter-www.fiberplcsplitter.com/sale-7710318-duplex-sm-g-655-optical-fiber-patch-cord-fc-
upclcupcfortelecoms.html,Mar,2023
d) Amplificador de Linha
EDFA 40/80 Canais DWDM Banda C Amplificador de Linha Óptica Potência Máxima de Saída
+16dBm Ganho 25dB Potência Óptica Saturada -9dBm.
Em seguida teremos a tabela com dados específicos do amplificador de linha EDFA ilustrado na figura
4.5, neles encontramos valores de grandezas físicas como potência, ganho, atenuação, faixa de atenuação
no espectro de luz entre outros valores:
55
Tabela 4.3: Especificações do Amplificador EDFA
Fonte: Autora
Tipo de amplificador Amplificador de linha Faixa de comprimento 1528nm ~ 1561nm
de onda de trabalho
Ganho Máximo 25dB Ganhar nivelamento < 1.5dB
Potência ótica de -15dBm Potência óptica de saída + 16dBm
entrada mínima máxima
Potência ótica -9dBm Fator de ruído < 5.0dB
saturada
Interface Óptica LC / UPC Consumo de energia 30W
típico
Tipo de Chassi 1U Número do slot ocupado Ocupe 1 Slot
Faixa de temperatura -5 ~ +55 °C (Típico) Amplitude Térmica de -40 ~ +85 ° C
de trabalho armazenamento
56
Figura 4.6: Módulo DWDM OADM
Fonte: Montclairfiber-montclairfiber.com/product/dwdm-optical-add-drop, Març,2023
57
4.3 Vizualição no Simulador
Actravez dos dados específicos dos vendedores para cada equipamento montamos uma rede de simulação
usando a ferramenta OptSystem.
Fonte: Autora.
58
4.4 Estratégia de negócio
59
Tabela 4.5 : Custo dos equipamentos
3)Contratação de Pessoal
Em qualquer estrutura organizacional, s essencial a construção de uma área para gerência dos
recursos humanos consistindo num vasto conjunto de funções que dão apoio estrutural à instituição,
quer numa fase inicial, quer ao longo de toda a sua existência, este projeto, realizado neste contexto,
dedicou especial incidência nas áreas Recrutamento e Seleção, Avaliação do Desempenho e
Formação.
Funções gerais dessa área:
Tabela 4.6: Tarefas para o gerenciamento
Fonte: Autora
a) Gestão das Pessoas que define como a
organização gere, desenvolve e liberta o
potencial dos seus colaboradores;
60
Dentro do paradigma de uma sociedade cada vez mais informada e como tal, exigente, procuramos
a implementação dos Sistemas de Gestão, criando politicas para a empresa ligadas a:
Tabela 4.7: Políticas da empresa
Fonte: Autora
Inovação Através da criação de práticas e procedimentos
que suportem e complementem os Modelos de
Referência do ISS, numa abordagem
pedagógica e de apropriação, não se limitando
a formas de implementação direta e pouco
sensíveis à realidade da própria organização.
61
4)Tecnicas De Montagem dos troços de Fibra
Os procedimentos e métodos que se utilizados para instalar, conectar e testar os cabos de fibra
óptica em uma rede, definidos pelo projecto são:
Tabela 4.8: Técnicas de Implantação da Fibra Fonte:Autora
Preparação dos cabos Consiste em retirar a capa externa, a armadura
e o revestimento dos cabos para expor as fibras
ópticas. É necessário usar ferramentas
adequadas para evitar danificar as fibras e
protegê-las da poeira e da umidade.
Empalme dos cabos União de duas fibras ópticas por meio de um
processo mecânico. O empalme mecânico usa
um dispositivo que alinha e fixa as fibras com
um gel ou um adesivo.
Conectorização dos cabos Colocação dos conectores nas extremidades
dos cabos para facilitar a conexão com outros
dispositivos ou equipamentos, conectores
usados é o LC.
Teste dos cabos Verificação da qualidade e o desempenho dos
cabos instalados por meio de instrumentos
como o medidor de potência óptica, a fonte de
luz óptica e o OTDR (reflectômetro óptico no
domínio do tempo). O teste permite medir a
atenuação, a perda por inserção, a perda por
retorno e a dispersão dos cabos, entre outros
parâmetros.
As técnicas de montagem de fibra óptica são os procedimentos e métodos que se utilizam para
instalar, conectar e testar os cabos de fibra óptica em uma rede. Algumas das técnicas mais comuns
62
Sujeira ou poeira nos conectores, acopladores ou fibras ópticas. Isso pode causar atenuação,
reflexão ou dispersão do sinal, afetando a qualidade e o desempenho da rede. É preciso limpar as
fibras e os conectores com álcool isopropílico e gaze antes de fazer as conexões ou os empalmes e
protegê-los da contaminação ambiental.
Incompatibilidade ou má qualidade dos componentes ou equipamentos usados na rede. Isso pode
causar perda de sinal, ruído, distorção ou falha na comunicação. É preciso escolher os componentes
e equipamentos adequados para cada tipo de fibra, comprimento de onda, velocidade e distância
da rede e verificar se eles estão em boas condições de funcionamento.
Falta de projeto ou planeamento da rede. Isso pode causar problemas de dimensionamento,
roteamento, orçamento, segurança ou manutenção da rede. É preciso elaborar um projeto detalhado
da rede com todos os componentes, equipamentos, parâmetros e requisitos necessários para
garantir a eficiência e a confiabilidade da rede.
Resolução:
Para evitar esses problemas, é preciso seguir algumas recomendações, como:
Limpar a superfície da fibra com álcool isopropílico e gaze antes de fazer as conexões ou os
empalmes e higienizar o ambiente de trabalho.
Respeitar o raio de curvatura e a carga máxima de cada tipo de fibra e evitar que os cabos fiquem
pressionados ou livres em longas distâncias.
Escolher os componentes e equipamentos adequados para cada tipo de fibra, comprimento de onda,
velocidade e distância da rede e verificar se eles estão em boas condições de funcionamento.
Elaborar um projeto detalhado da rede com todos os componentes, equipamentos, parâmetros e
requisitos necessários para garantir a eficiência e a confiabilidade da rede.
Usar ferramentas adequadas para manipular os cabos e proteger as fibras da poeira e da umidade.
Existem normas de regulamentação da montagem de fibra.
6)Tempo de Implementação
O tempo de montagem de uma fibra óptica depende de vários fatores, como o tipo de rede, o projeto
executivo, a disponibilidade de materiais e equipamentos, a qualificação da equipe, as condições
do terreno, as normas e regulamentos, entre outros.
Alguns estudos indicam que o tempo médio de instalação de um cabo óptico é de cerca de 1 km
por dia. Considerando esse valor, mas podemos considerar 2km por dia uma rede de quase 2000
km levaria aproximadamente 1000 dias , que convertendo em anos por aproximadamente 3anos
63
seriam para ser montada, sem contar o tempo de planeamento, compra e execução. Esse tempo
pode variar para mais ou para menos, dependendo dos fatores mencionados anteriormente.
Tabela 4.9:Cronograma de actividades para o projecto
Fonte: Autora.
Descrição Duração
Compra dos equipamentos 4 meses
Contratação de equipe 2 meses
Implantação das Fibra óptica 3 anos
Construções das centrais(Sites ) 1 ano
Probabilidade de Abertura 4 anos
64
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÃO
5.1. Recomendações
Uma nova tendência para a implementação das tecnologia é o conhecimento do funcionamento dos
equipamentos, a placa DCI Solution: OptiXtrans DC908 Product Highlights O DCI integração de
5 funcionalidades(mux , dmux,amp , pre amp, canal de previsão, placa controladora faz o
gerenciamento da rede) que ção 5Placas numa unica placa que faz a funcionalidade das 3funções.
Na grência da rede ele consegue reconhecer todos os equipamentos, reconhece a placa, a fibra ,
todas as placas que se encontram no equipamento, ele realiza o alinhamento a Huawei tem videos
que mostram a instalação desses equipamentos em 8min, o que antes levava horas para ser
realizado, na instalação da DWDM , ele faz o posicionamento automático, ele também usa a
incriptação no transponder.
Algumas notícias de implementações a nivel mundial da tecnologia DWDM são:
A Padtec, uma empresa brasileira que fornece soluções DWDM para operadoras e ISPs, lançou
uma solução DWDM focada nas demandas de pequenos e médios ISPs, que oferece uma maior
capacidade de transporte por meio de um transponder duplo standalone1.
A Proxxima Telecom, uma provedora de internet na Paraíba, investiu em transponders duplos de
400 Gb/s da Padtec para atender às demandas por novos serviços. A empresa também utilizou a
plataforma de gerenciamento remoto de sites Smart Site da Padtec, que permite monitorar e
controlar os equipamentos DWDM à distância1.
A Connectoway, uma empresa que oferece soluções de conectividade para ISPs, publicou um artigo
explicando o que é a tecnologia OADM (Optical Add-Drop Multiplexer) e como ela pode ser
utilizada em conjunto com o DWDM para aumentar a capacidade em cima de cada trecho da fibra
ótica. A tecnologia OADM permite adicionar ou retirar canais ópticos sem a necessidade de
conversão elétrica2.
65
MWDM x LWDM - Atualmente, a rede 5G está florescendo. Quando os Provedores de Serviços de
Comunicações (CSP) constroem uma rede de fronthaul 5G, sempre caem em um dilema:
• Se escolhem o mais ativo WDM com maior eficiência de operação e manutenção, o custo
aumentará;
• Se escolhermos o modo WDM passivo de baixo custo, é difícil melhorar a eficiência de
operação e manutenção e não pode atender às necessidades de negócios no futuro.
Portanto, os CSPs esperam encontrar uma maneira de implantar uma rede de fronthaul 5G para
obter eficiência de custo e operação. Neste caso, nasceu o WDM aberto.
O Fiber Mall se concentra em fornecer soluções de comunicação óptica para clientes, incluindo
design, P&D, fabricação e produção personalizada completa. Os principais produtos são
transceptores ópticos, cabos DAC e AOC, equipamentos OTN, conectores de fibra óptica, divisor
PLC, WDM, placas de rede de fibra óptica, etc. Os produtos são amplamente utilizados em FTTH,
data centers, redes 5G e redes de telecomunicações.
66
BIBLIOGRAFIA
67
APÊNDICE I
68
ANEXO I
69
ANEXO II
70
UO-10785-URO Banda O 10nm dentro de 1260nm - 1360nm 16h
UO-10785-HRE Banda E 1360nm - 1460nm 40pm
UO-10785-URE Banda E 10 nm dentro de 1360 nm - 1460 nm 16h
UO-10785-HRS Banda S 1460nm - 1530nm 40pm
UO-10785-URS Banda S 10nm dentro de 1460nm - 1530nm 16h
UO-10788-LRCL Banda C e L 1530nm - 1650nm 50pm
UO-10785-HRC Banda C 1530nm - 1565nm 15h
UO-10785-URC Banda C 10nm dentro de 1530nm - 1565nm 16h
UO-10785-HRLC Banda C OU L 1530nm -1565nm OU 1565nm - 1625nm 40pm
UO-10785-URL Banda L 10 nm dentro de 1565 nm - 1625 nm 16h
UO-10785-HRU Banda U 1625 nm - 1675 nm 25h
UO-10785-URU Banda U 10 nm dentro de 1626 nm - 1675 nm 16h
71
ANEXO III Locais centrais
72
ANEXO IV Processo de inserção da Fibra óptica
73
ANEXO V
74