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Universidade Federal da Paraíba

Programa de Pós Graduação em Linguística


Aluno: José Enéas Filho

Esse texto busca resumir e discutir as principais ideias contidas no texto


“Categorização” de Lilian Ferrari contido no livro “Introdução à linguística cognitiva”. O
autor começa o texto explicando o conceito de categorização de forma geral, onde parte da
premissa de seguir um ritual de padronização de organicidade de coisas.
Trazendo para um lado relacionado à linguagem, essa definição se conecta a
capacidade do indivíduo em poder agrupar objetos em categorias para expressar nossa
realidade, porém segundo o autor, é impossível criar um número infinito de categorias já que
resultaria em um sobrecarregamento no processo de armazenamento de informações.
Seguindo o modelo clássico de categorização, de maneira que um elemento pertença a
determinada categoria, esse elemento deve possuir todas as características definidoras da
mesma. Como exemplo, é citado no texto o animal "ave", para ser reconhecido como
pertencente a essa categoria, necessariamente deve ter pés, bico, penas e etc. De tal forma, os
pinguins seriam excluídos dessa categoria por obedecerem alguns padrões, mas não todos
como não ter penas e possuir nadadeiras.
O texto mostra o desenvolvimento histórico acerca da problemática da categorização,
onde em alguns casos o traço de fêmea pode diferenciar um animal como em cavalo e égua
ou como a idade em cavalo e potro.
Sobre o processo de categorização de cores, é citado que os termos diferiam muito de
uma língua para a outra de forma a acreditarem que a categorização era arbitrária. Já na visão
de Sapir, as línguas diferentes recortam a realidade de modos diferentes.
Em um estudo feito por Berlin e Kay, eles demonstraram que a categorização de cores
não é arbitrária, porém ancorada em pontos centrais. Ao passo que os limites das categorias
acabam variando entre as línguas e falantes do mesmo sistema linguístico. As cores são então
compartilhadas por indivíduos e comunidades diferentes. Na pesquisa deles, eles mostram
que as onze cores básicas são universais perceptuais e estabeleceram que as línguas
codificam no máximo, onze cores básicas correspondentes a pontos focais de referência.
O texto menciona uma escala de prototipicidade, que apresenta níveis mais centrais.
Na tabela apresentada, apenas o sabiá entre os três animais ocupa o centro da categoria ave.
Já o avestruz tem quase todos os traços, com exceção de não poder voar e o pinguim como
mencionado antes, compartilha de vários, porém não possui penas e nem voa, o deixando
ainda num nível mais inferior de categorização em relação aos outros.
Labov em sua pesquisa demonstrou que o contexto também é capaz de influenciar a
imagem acústica que temos do signo enunciado. Ele cita três exemplos de frases contendo a
palavra árvore em que cada frase, uma imagem mental de uma árvore é gerada pelo contexto
(árvore de natal, pinheiro e mangueira).
Por fim, a contribuição do presente texto foi de suma importância para a compreensão
das formas de categorização no que diz respeito a processamento de imagens mentais.
Podemos perceber a complexidade do processamento e de como detalhes são capazes de
mudar de forma drástica a categorização, como mencionado antes o exemplo do avestruz e
pinguim.

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