Influências Da Lírica Camoniana

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Influências da lírica camoniana

A lírica tradicional

Enquadram-se na lírica tradicional os textos poéticos de Camões que seguem


os modelos da poesia peninsular dos séculos XV e XVI.

Nível temático
• temas tradicionais e populares: a fonte, a Natureza, a beleza
• da mulher, o amor, a saudade;
• episódios banais e assuntos de circunstância a que o poeta reagia, por vezes, humorística ou satiricamente;
• grandes temas do universo poético camoniano: o desconcerto do mundo, o amor impossível, as desilusões de
uma existência passada.

Nível formal
Medida velha: poesia lírica composta em versos de redondilha menor (cinco sílabas métricas) ou versos de
redondilha maior
(sete sílabas métricas).

Vilancete
Poema constituído por um mote de dois ou três versos e voltas de sete versos, sendo o último verso a repetição,
com ou sem variante, do verso final
do mote.

Cantiga
Poema constituído por um mote de quatro ou cinco versos e voltas de nove a dez versos, com a
repetição, total ou parcial, do último verso do mote no final de cada volta.

Endecha
Composição em versos de cinco ou seis silabas, agrupados em quadras
ou oitavas.

Esparsa
Poema formado por uma única estrofe, que varia entre oito e dezasseis versos.

A inspiração clássica

A poesia camoniana de inspiração clássica revela, a nível temático e formal (sone-tos, canções, éclogas, elegias,
odes...), a cultura humanística e clássica do autor.

Nível temático
• temas de natureza sentimental: o amor e as suas contradições, a mulher amada e os seus efeitos sobre o eu, a
morte da amada e o desconcerto sentimental que provoca no eu;
• a Natureza e a sua profunda relação com o eu;
• temas autobiográficos e filosóficos: o desconcerto do mundo e a mudança.

Nível formal
Medida nova: poesia lírica composta em verso decassílabo (dez sílabas métricas), que se encontra
sobretudo no soneto.

Soneto
Poema constituído por duas quadras e dois tercetos de versos decassilábicos, geralmente de esquema
rimático abbalabba, nas
quadras, e cde/cde ou cdc/dcd, nos tercetos.
Por norma, o soneto termina com «chave de ouro», ou seja, o último verso encerra um pensamento
elevado.

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