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Desenvolvimento Infantil 5
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Faculdade de Minas
Sumário
1. Introdução ............................................................................................. 4
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NOSSA HISTÓRIA
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1. Introdução
O desenvolvimento infantil é um processo pelo qual todas as crianças passam
desde o nascimento até mais ou menos 6 anos de idade. Está relacionado ao
desenvolvimento de habilidades específicas que garantem a autossuficiência da
criança.
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negativa entre mãe e feto, idade materna, assistência pré-natal precária, baixo peso
ao nascer, comprimento menor que 45cm, asfixia perinatal, hemorragia intracraniana
infecções congênitas, período de aleitamento materno menor que seis meses e baixa
escolaridade materna (SOUZA 2002).
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Sensório-motor: de 0 a 2 anos
Nesta fase, a criança se concentra nas sensações e nos movimentos. Ela começa a
entender o que as sensações significam e como os movimentos dela podem levar a
alterações no mundo exterior.
Nos primeiros meses, o bebê ainda não tem controle consciente de suas ações
motoras. No entanto, com o passar do tempo, ele vai gradualmente ganhando
consciência de seus movimentos, e é aí que começa a festa: ele percebe que, se
esticar o bracinho, consegue puxar o móbile em cima do berço. A partir daí, passa a
testar as possibilidades de movimentação para ver aonde aquilo vai chegar.
Vale lembrar que, nessa fase, a criança ainda tem dificuldades com tudo aquilo que
ela não pode ver, tocar ou sentir. A chamada permanência do objeto ainda não
existe, pois a criança não admite sua existência fora do seu campo sensorial. Sendo
assim, se os pais escondem um brinquedo, por exemplo, ela não vai procurar. Pra ela,
o brinquedo deixou de existir.
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Pré-operatório: de 2 a 7 anos
Vale lembrar que essa fase é marcada por um egocentrismo evidente, mas isso não
significa falha de caráter, fazendo parte do desenvolvimento cognitivo típico de
qualquer criança. Ao falar, ela fala sozinha e poucas vezes considera aquilo que foi
dito para ela.
Com isso, há também uma necessidade de “dar vida” às coisas: para as crianças
nesse estágio, uma bola rolando faz isso porque tem vontade, não porque está em
uma superfície íngreme ou porque uma força foi aplicada, tirando-a da inércia. Ela
também acredita que as coisas acontecem para si mesma. Na mente das crianças
dessa idade, o sol se põe para que elas vão dormir, não porque o dia acaba
naturalmente.
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Outro exemplo: se eu pegar dois biscoitos para mim e der apenas um biscoito para
ela, a criança ficará chateada achando que tem menos. De fato, nesse caso, ela está
certa. No entanto, se eu dividir o biscoito dela ao meio ao invés de dar um novo
biscoito, ela achará isso justo. Isso acontece pois, para ela, parece que nós dois temos
dois biscoitos, mesmo que as metades do biscoito dela sejam consideravelmente
menores que os meus.
Por isso, se o seu filho pequeno dá respostas erradas em exercícios que medem
quantidades, volumes e tamanhos, não se preocupe: ele está se desenvolvendo
normalmente, apenas passando pelo período pré-operatório no qual a lógica ainda
está sendo formada!
É também nesse estágio que as crianças começam a entender o que é certo e o que
é errado, o que podem e o que não podem fazer. No entanto, ao serem apresentadas
a uma nova situação inusitada, elas ainda não são capazes de julgar moralmente o
problema, fazendo aquilo que têm vontade (independentemente de ser certo ou
errado).
Por isso, pais e mães devem ter paciência com as crianças nessa fase. Ela ainda tem
muito a aprender e não adianta brigar quando ela faz algo de errado: ela simplesmente
não é capaz de perceber sozinha que não pode.
Marcado pelo início do pensamento lógico concreto, as crianças passando por esse
estágio começam a manipular mentalmente as representações das coisas que
internalizou durante os estágios passados. O problema é que essa manipulação só
pode ocorrer com coisas concretas, dispostas no mundo real. Conceitos abstratos
ainda não são compreensíveis.
Lembrando do exemplo dos copos de suco, a criança nessa fase já compreende que
os dois copos têm a mesma quantidade de suco, ou seja, ela tem a noção
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O último estágio postulado por Piaget tem seu início já na pré-adolescência, quando a
criança é capaz de manipular, também, representações abstratas, fazendo operações
com conceitos que não possuem formas físicas, como certos conceitos matemáticos.
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Desenvolvimento emocional
Desenvolvimento cognitivo
A cognição do ser humano é desenvolvida com o tempo. Enquanto bebê, uma pessoa
não tem uma capacidade de memória muito aguçada. Em geral, as pessoas não têm,
por exemplo, recordações de acontecimentos que tenham tido lugar antes dos seus
dois anos de idade.
Desenvolvimento físico
Desenvolvimento social
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É com base nesse tipo de desenvolvimento que a criança estabelece com outras
pessoas uma espécie de intercâmbio de informações, que permite adquirir cultura,
tradições e normas sociais.
"A trajetória que uma criança percorre desde que começa a deixar de ser bebê
(dependência total), até começar a se transformar em um ser mais independente e
autônomo está relacionado tanto às condições biológicas, como aquelas
proporcionadas pelo espaço familiar e social (escola), com o qual interage."
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Tanto antecipar etapas, como não estimular a criança, podem ser geradores
de futuros conflitos.
Cabe a família e a ESCOLA conhecer e respeitar os passos do
desenvolvimento infantil.
Desenvolvimento Físico
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Desenvolvimento Cognitivo
Desenvolvimento Social
Desenvolvimento Emocional
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Desenvolvimento Físico
Desenvolvimento Cognitivo
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Desenvolvimento Social
Desenvolvimento Emocional
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Desenvolvimento Físico
Desenvolvimento Cognitivo
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Desenvolvimento Social
Aprecia a interação com adultos que lhe sejam familiares, imitando e copiando
os comportamentos que observa;
Maior autonomia: sente satisfação por estar independente dos pais quando
inserida num grupo de crianças, necessitando apenas de confirmar
ocasionalmente a sua presença e disponibilidade - esta necessidade aumenta
em situações novas, surgindo uma maior dependência quando é necessária
uma nova adaptação;
As suas interações com outras crianças são ainda limitadas: as suas
brincadeiras decorrem sobre tudo em paralelo e não em interação com elas;
A partir dos 20-24 meses, e à medida que começa a ter maior consciência de
si própria, física e psicologicamente, começa a alargar os seus sentimentos
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Desenvolvimento Emocional
Desenvolvimento Físico
Desenvolvimento Cognitivo
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Desenvolvimento Social
A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da criança, não
gostando de estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve reagir melhor
quando é separada da mãe, para ficar à guarda de outra pessoa, embora
algumas crianças consigam este progresso com menos ansiedade do que
outras;
Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos: por ex., lavar a louça,
maquiar-se, etc.;
É capaz de participar em atividades com outras crianças, como por exemplo,
ouvir histórias;
Desenvolvimento Emocional
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Desenvolvimento Físico
Grande atividade motora: corre, salta, começa a subir escadas, pode começar
a andar de triciclo; grande desejo de experimentar tudo;
Embora ainda não seja capaz de amarrar sapatos, veste-se sozinha
razoavelmente bem;
É capaz de comer sozinha com uma colher ou um garfo;
Copia figuras geométricas simples;
É cada vez mais independente ao nível da sua higiene; é já capaz de controlar
os esfíncteres (sobretudo durante o dia);
Desenvolvimento Cognitivo
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Desenvolvimento Social
Desenvolvimento Emocional
Desenvolvimento Moral
Desenvolvimento Físico
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Desenvolvimento Cognitivo
Desenvolvimento Social
Gosta de brincar com outras crianças; quando está em grupo, poderá ser
seletiva acerca dos seus companheiros;
Gosta de imitar as atividades dos adultos;
Está a aprender a partilhar, a aceitar as regras e a respeitar a vez do outro;
Desenvolvimento Emocional
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Desenvolvimento Moral
Desenvolvimento Físico
Desenvolvimento Cognitivo
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Desenvolvimento Social
A mãe é ainda o centro do mundo da criança, pelo que poderá recear a não
voltar a vê-la após uma separação;
Copia os adultos;
Brinca com meninos e meninas;
Está mais calma, não sendo tão exigente nas suas relações com os outros; é
capaz de brincar apenas com outra criança ou com um grupo de crianças,
manifestando preferência pelas crianças do mesmo sexo;
Brinca de forma independente, sem necessitar de uma constante supervisão;
Começa a ser capaz de esperar pela sua vez e de partilhar;
Conhece as diferenças de sexo;
Aprecia conversar durante as refeições;
Começa a interessar-se por saber de onde vêm os bebês;
Está numa fase de maior conformismo, sendo crítica relativamente aqueles
que não apresentam o mesmo comportamento;
Desenvolvimento Emocional
Desenvolvimento Moral
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"Aprendemos sobre o jeito de ser de cada criança através da forma como se relaciona
com seus amigos, seus brinquedos, como manifesta suas vontades e afetos; tolera
suas frustrações, através das primeiras expressões gráficas e da linguagem".
Alimentação.
Problemas físicos.
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As
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Hereditariedade: Se os pais começaram a falar mais tarde do que maior parte dos
bebês, é provável que o filho também demore um pouco para aprender a falar;
Muitas mamães e papais sabem que seu filho está se desenvolvendo bem porque
conhecem os marcos do desenvolvimento. Esses marcos são eventos nos quais a
criança começa a demonstrar certos comportamentos e têm momentos certos para
acontecerem.
Vale lembrar que as idades podem variar bastante, mas em geral é aconselhável
procurar um pediatra ao desconfiar que seu filho não está se desenvolvendo
tipicamente.
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No nascimento, o bebê:
4 semanas
6 semanas
3 meses
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5-6 meses
7 meses
9 meses
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12 meses
Aos 18 meses
Anda bem;
Consegue subir escadas se apoiando.
Desenha uma linha vertical;
Faz uma torre com 4 cubos;
Vira várias páginas de um livro ao mesmo tempo;
Fala cerca de 10 palavras;
Puxa brinquedos em cordas;
Consegue comer algumas coisas sozinho.
Aos 2 anos
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Salta;
Sobre e desce escadas sem ajuda.
Faz rabiscos em padrão circular;
Abre portas;
Consegue vestir roupas simples sozinho;
Fala quando precisa ir ao banheiro.
Aos 3 anos
Aos 4 anos
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Aos 5 anos
Pula;
Pega uma bola arremessada.
Copia um triângulo;
Desenha uma pessoa em 6 partes;
Conhece 4 cores;
Consegue se vestir e se despir sem ajuda.
Aos 6 anos
Crianças não nascem sabendo falar, e isso não é surpresa para ninguém. A
fala, assim como a cognição, não surge da noite para o dia: ela também vai chegando
por meio de estágios.
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Estágio pré-linguístico
Para ele, a fome é apenas uma sensação desconfortável, não sendo muito
diferente da dor da cólica. Com a ajuda da mãe, ele mesmo vai aprendendo o que é
o que: se a sensação ruim passa depois de se alimentar, então é fome. Assim, ele
cria um choro específico para essa sensação, a medida em que vai aprendendo a
diferenciar o que sente.
Com o tempo, ele começa a produzir sons chamados “arrulhos”, sons guturais
(saem diretamente da garganta) que dão a base para que ele aprenda a usar as
cordas vocais. Por volta dos 6-10 meses, o bebê passa a balbuciar e repetir sons de
consoantes e vogais.
É nessa fase que ele começa a falar “mama”, “papa” e “dada”. Não raramente,
os pais confundem isso com suas primeiras palavras, quando na verdade o próprio
bebê não faz muita ideia do que aquilo significa. Ou seja, nem sempre que a criança
fala “mama”, ela está chamando a mãe. Muitas vezes, está só experimentando suas
cordas vocais.
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No final do primeiro ano de idade, a criança já tem uma noção básica dos sons
usados na linguagem, o que dá a base para que ela possa efetivamente aprender a
falar. É nessa hora que ela realmente começa a aprender suas primeiras palavras.
Estágio linguístico
O curioso é que, nessa fase, uma única palavra tem o valor de uma frase
inteira. Um exemplo é quando ela aponta para fora de casa dizendo “ua”. Os pais
entendem que essas duas letrinhas significam “eu quero ir para a rua”, ou “quero ir
passear”. A esse fenômeno dá-se o nome de “holófrases”.
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Piaget, já citado, traz uma terceira visão que reflete melhor o que vemos na
prática: o aprendizado da linguagem ocorre por meio das interações entre a criança
e o mundo. Ele se dá juntamente com o desenvolvimento cognitivo, e é baseado tanto
em pressupostos biológicos quanto interacionistas.
Com isso, fica mais claro que a criança precisa do estímulo dos pais para
aprender a falar. Suas primeiras sílabas são, de fato, imitações dos sons que os pais
emitem perto dela. Isso deixa claro como é preciso que haja alguém a estimulando
para que a criança possa aprender a falar de fato.
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Se, por acaso, uma criança de 3 anos ainda não consegue falar uma palavra,
é sinal de que ela apresenta alguma disfunção no desenvolvimento e isso deve ser
investigado. Por outro lado, bebês que não saem da fase do balbucio podem ser
surdos, sendo esta apenas outra condição que precisa de atenção.
Por isso, às vezes o problema pode não estar na criança em si, mas na
dinâmica familiar. Nesses casos, é importante prestar atenção nas atitudes que
podem prejudicá-la, assim como buscar ajuda quando necessário.
12. Conclusão
Considera-se que o desenvolvimento da criança é um fator relevante em todos
os aspectos, pois é preciso que se tenha um desenvolvimento na integra, ou seja,
social, psicológico, por isso é fundamental que se possa oferecer condições a criança
de ter um desenvolvimento sócioafetivo adequado e desenvolver também a sua
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13. Referências
ARIES, P. História Social da Criança e da Família. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
BARBEIRO, L. (2000). Com a linguagem: do lado dos sons. Leiria: Legenda. (pp. 116
a 124) BRUNER, J. Acción. Pensamiento e lenguaje. Madrid. Alianza, 1989.
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VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1998.
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