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Modelo Cartesiano Explicativo Do Conhecimento
Modelo Cartesiano Explicativo Do Conhecimento
do conhecimento
Descartes recorre à “dúvida metódica”, não aceitando nada que não fosse claro e
distinto. Assim, fundamenta a existência de crenças básicas, a partir de um critério
de verdade, que afirma que só devemos aceitar como verdadeiras as ideias claras
e distintas.
Clara - a sua verdade é uma evidência, ou seja, não pode ser negada, porque
se o for, entramos em contradição;
Distinta - não tem elementos de qualquer outra crença, logo, não é dedutiva.
detetando a menor suspeita numa dessas fontes, tem uma razão para rejeitar
todas as crenças que dela provêm.
Hipótese do Génio Maligno - é possível que haja um Génio Maligno que nos
ilude em relação à verdade, fazendo com que estejamos sempre enganados.
Caracterização da dúvida
A dúvida cartesiana é:
Hiperbólica - exagerada.
A crença que resistir à dúvida poderá ser a base ou fundamento das restantes
(crença justificada básica e cuja justificação é conclusiva, ou seja, eliminada a
possibilidade de erro).
O Cogito
Cogito ergo sum é a afirmação de um princípio indubitável, que constitui o
triunfo cartesiano contra o ceticismo.
Caracterização do cogito
É uma crença básica, que não precisa de ser justificada com base noutras
crenças;
Serve de modelo de conhecimento (ou seja, daquilo que deve ser considerado
verdadeiro), fornecendo o critério de verdade: clareza e distinção.
A ideia de Deus
Existência de três substâncias
A ideia de Deus:
A ideia de Deus terá de ter estado no espírito desde sempre, e ter sido colocada no
espírito por um ser tão perfeito quanto ela, ou seja, por Deus, que tê-la-ia colocado
em nós.
Ao provarmos que Deus existe e que não é enganador, talvez seja a única
forma de podermos estar certos de muitas outras coisas para além da nossa
existência enquanto pensamento (Deus, sendo o criador das verdades eternas
e o fundamento da certeza, é o princípio do conhecimento), pois um criador
supremo e sumamente bom não nos teria criado de forma que estivéssemos
permanentemente a ser enganados, e nunca pudéssemos conhecer a verdade.
Sendo Deus perfeito, ele não pode ser enganador, pelo que nos encontramos
libertos da hipótese do Génio Maligno;
Deus é sumamente bom, Deus não é enganador, pelo que podemos estar certos de
que as nossas perceções sensíveis correspondem a objetos físicos reais. As
perceções sensíveis são causadas por objetos físicos. Assim, recupera-se o
conhecimento empírico, ou seja, a substância física (”Res extensa”).
Argumento ontológico
Objeções ao cogito
Alguns autores admitem, contrariando Descartes, que o cogito não é algo
absolutamente certo e indubitável, porque afirmam que os pensamentos podem
existir sem existir um sujeito pensante, pois podem ocorrer tal como outras coisas
ocorrem no mundo.