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Art.

8o O Distrito Federal aplicará, anualmente, em açÕes § 2" O dever do Estado não exclui o das pessoas, da
e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por Íamília, das empresas e da sociedade.
cento) do produto da arrecadação direta dos impostos que
não possam ser segregados em base estadual e em base Art.3o Os níveis de saúde expressam a organização
municipal. social e econômica do País, tendo a saúde como
determinantes e condicionantes, entre outros, a
Art. 9o Está compreendida na base de cálculo dos alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
percentuais dos Estados, do Distrito Federal e dos ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade
Municípios qualquer compensação financeira proveniente física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
de impostos e transferências constitucionais previstos no § essenciais. (RedaÇão dada pela Lei no 12.864, de 2013)
20 do art.198 da Constituição Federal, já instituída ou que
vier a ser criada, bem como a dívida ativa, a multa e os Parágrafo único - conceito amplo de saúde -- bem
juros de mora decorrentes dos impostos cobrados estar físico, mental e social.
diretamente ou por meio de processo administrativo ou
judicial. Ad.so - Obietivos do SUS:
* ldentificação e divulgação dos fatores determinantes e
Art.10. Para efeito do cálculo do montante de recursos condicionantes;
previsto no § 3o do art. 5o e nos arts. 6o e 7o, devem ser .i. Formulação de políticas de saúde;
considerados os recursos decorrentes da dívida ativa, da .! Assistência à saúde e atividades preventivas.
multa e dos juros de mora provenientes dos impostos e da
sua respectiva dÍvida ativa. Art.6o - Campo de atuação do SUS:
* Execução de ações de (1) vigilância sanitária e
Art. 1 1. Os Estados, o Distrito Federal e os Munieípios epidemiológiça; (2) saúde do trabalhador; (3) assistência
deverão observar o disposto nas respectivas ConstituiçÕes terapêuüca.
ou Leis Orgânicas sempre qüô os percentuais nelás .l:Fôimulação de políticas e açÕes de saneamento básico,
estabelecidos forem-su$eriores,,ao.s,.'fixados nêsta Lêi * Formação de recursos humanos;
Complementar para aplicaçâo em ações e serviços .1. Vigilância nutricional e orientação alimentar;
públicos de saúde, * Formulação de polÍticas de medicamentos e insumos;
* Controle e fiscalização de serviços;
Art.. 17. O rateio dos recursos da União vinculados a .t Fiscalização ê inspêção de alimentos, água e bebidas;
ações e sárviços públicos de saúde e repassados na forma * Desenvolvimento científico e tecnológico,
do eapúl'dos arts. 1S e 22'aos Estâdos; âô Distrito Federal
e ao.s Municípios observará as necessidades de saúde § 1o Entende-se.por vigilância sanitária um conjunto de
da população, aa dimensões epidemiológica, ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à
demográfica, socioeconÔmica, espacial e de saúde e de intervir nos problemas sanitários deconentes
capacidade de oferta de açÕes e de serviços de saúde do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
e, â!ndâ, o disposto no arti 35:dâ Lei no 8,080i de 19 de prestaçáo de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
setembro de iggO, de forma a atender os objetivos do
inciso lldo § 3o do art. 198 da Constituição Federal. | -o controle de bens de consumo que, direta ou
indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas
todas as etapas e processos, da produção ao consumo, e

Ad. 20ô - Ao SUS compete: ll - o controle da prestação de serviços que se relacionam


t . controlár--,ie Osdrlizar.ptaeedÍmentos; direta ou indiretamente com a saúde.
2. executa r açõê§,:de vigilâniia'sanitária e epidemiológ ica,
bem como as de saúde:do trabalhadór; § 20 Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto
3. formação de RH; de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção
4.formulação da políticá ê:dâ'éxêeuÇãô das ações de ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
saneamento básico: deter.rninantes e condicionantes de saúde individual ou
5. incrementar o desenvolvimento cientíÍico e tecnológico; colêtivâi ôôm a finalidade de recomendar e adotar as
6. Íiscalizar e inspecionar alimentos e bebidas para medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
consumo humano;
7. participar do controle e fiscalização da produção, § 3o Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta
transporte, guarda e utilização de substâncias; lei, um conjunto de atividades que se destina, através das
8. colaborar na proteção do meio ambiente. açÕes de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à
promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim
como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos
LEt 8080/1990 trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos
das condições de trabalho, abrangendo:
LEIORGÂNICA DO SUS
|- assistência ao trabalhador vítima de acidentes de
trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho;
Art.2o - Saúde -- direito do ser humano, cabendo ao
Estado prover as condições necessárias ao seu pleno ll -participação, no âmbito de competência do Sistema
exercício. Unico de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação
'lo Ao Estado cabe: formular e executar políticas e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde
§ existentes no processo de trabalho;
econômicas e sociais que visam: (1) redução de riscos de
doenças e agravos à saúde e (2) garantir o acesso lll - participação, no âmbito de competência do Sistema
universal e igualitário. Unico de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e
controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de
292
substâncias, de produto.s, de máquinas e
que apresentam riscos à saúde do
de equipamentos Xl - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos,
trabalhador; materiais e humanos da União, dos Estados,
do D]stdto
lV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam Federal e dos Municípios na prestaçãã-de
serviços dá
saúde:
à assistência à saúde da população;

V - jnformação ao trabalhador e à sua respectiva Xll - capacidade de resolução dos serviços em todos
entidade os
sindical e.às empresas sobre os riscos níveis de assistência; e
áe acidentes de
trabalho, doença profissional e Oo traOalfrà,
b", .oro o. Xlll - organização dos serviços públicos de modo a
resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e
duplicídade de meios para fiás idênticos.
evitar
exames de saúde, de admissão, periódicos e
de demissão,
respeitados os preceitos da etica profissionaL,
9[qg_nizFção, direção e qestão:
vl - participação na normatização, ArttSo - Ações e serviçós --- organização (1)hierarqulzada
fiscarização e controre e (2) regionalizada.
dos serviços de saúde do traóalhador nãs'instituiçOes
à
empresas públicas e privadas, .:. Direção (Art.90):
Vl.l revisão periódica da listagem oficial de o União -- Ministério da Saúde;
.- doenças o Estados -- Secretaria Estadual de Saúde;
originadas no processo de tàOatno, tãnoo na sua o MunicÍpios -- Secretaria Municipal Oe SaúOe,
elaboração a colaboração das entidades sindicals,
e

Vlll - a garantia ao sindicato dos trabalhadores Art.10o -. Os municípios poderão realizar consórcios
para
de requerer desenvolvimento de ações e serviços.
ao órgão competente a interdição de máqu.inâ,.de,sp16i
serviço ou de todo ambiente ãe trabatho, qúânOo
6*
exposição a risco iminenle,,p.gfá a,riOa. ;J'6úàà";;
Éà-ur* * ., Gestão;

,,rtiiiiÍ, trl.12:. -. Criação de ComissÕes tntersetoriais,


. ir1r,,,,,t,1;.ru,,,.
subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde,
Atl. As ações e serviços públlcos de com
servtços privados contratados ou conveníadose os
.7o saúde finalidade de polítícas e programas de interesse à saúde,
rnregram o sÍstema Unlco de Saúde (SUS), oue abrangendo (Art. 13o):
_ são o Alimentação e Nutrição;
desenvolvidos de acordo com as oiretriãstireri*tríno ãrt. o Saneamento e meioambiente;
198
.da Cónstituição Federal, ob";;ãáil;';;ü";;
seguintes príncípios: o Vigiláncia sanitária;
o Recursos humanos;
-.univeryalidade de acesso aos seM|.ôs de saúde o Ciência e tecnologia;
Itoqos em o Saúde do trabalhador.
os niveis de assistência;

ll - integralidade de assistência, entendida Art. 14-A. As Comissões-lntergestores Bipartite


como conjunto e Tripartite
articuÍado ê ôontinüôl:Has ,çoàs ã .ã*iç* pr*rentivos são reconhecidas como foros-de negociJçàÀ à pr"ilãiãã
curativos; individuais e coletivos, e entre ges.tores, quanto aos aspeclo" op"rr.ionã,.'Jã
"^çioàã-õrã-;;';; §rslema Unico de Saúde (SUS). (lncluído pela
em todos os níveis de complexidade ão sistãmà;
12.466, de 201 1).
Lei no

da autonomia das pessoas na defesa de


I].^
sua Tl._"ry,rç,lo
tntegndade Parágrafo único. A atuação das comissões Interoestores
física e moral;
lioqlite e Tripartite terá por objetivo: frn.rrioá pàiu i"-t n;
12.466, de 2A11).

, | - decidir .sobre os aspectos operacionais, Íinanceiros e


?9ti"l:jr?tivos da 9ps_tao compartirrráoã do sUS, em
conÍor,Ttdade com a definição da política consubstanciada
ern panos de saúde, aprovados pelos conselhos de
Vl - divulgação de informações quanto ao potencial saúde; (lncluído pela Lei no 12.466, de 2Ol1).
dos
serviços de saúde e a sua uútizaça,o peto
usuário; ll - definir diretrizes,
.de ámbito nacional, regional e
intermunicipat, a respeito oa orgãni.àõao'lã. redes de
Y]l- ,r,fili:rçao da epidemiotogia para o estabetecimento de ações e serviços de saúde, priniipatmãnte no
pnonoades, a alocação de recursos e a orientação sua
tocante à
programática; .governança institucional e à integração das ações e
serviços dos entes federados; (lncluÍdõ p6f" f_"i
n" iZ.qAA,
Vlll - participação da comunidade; de 2011).

hzação pot ítico-adm


lll - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito
:^o=:lil, in istrativa, com direçã o
I.I em cada esfera
unrca de governo:
sanitário,-
-integração de teriitórios, referência e
contrarreferência e demais aspectos vinculados à
integração das ações e serviços de saúde entre
a) ênfase na descentra lizaçêto dos serviços para os entes
municípios;
os federados. (lncluído pela Lei * e.qAA, de2O11).

b) regionalização e hierarquização da rede de serviços Art. 14-8. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde
de (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias
saúde; Municipais
de Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades
representativas dos entes estaduais e municipais para
X -. integração em nível executivo das
ações de saúde,
meio ambiente e saneamento básico;
tratar de matérias referentes à saúde e declarados de
utilidade pública e de relevante função social, na forma
do
regulamento. (lncluído pela Lei no 1r.466, de 2O1l).

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§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do complementada pelos Estados, Distrito Federal e
orçamento geral da União por meio do Fundo Nacional de MunicÍpios;
Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas
institucionais, podendo ainda celebrar convênios com a Vlll - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o
União. (lncluído pela Lei no 12.466, de 2011). controle da qualidade sanitária de produtos, substâncias e
serviços de consumo e uso humano;
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde
(Cosems) são reconhecidos como entidades que lX - promover a articulação com os órgãos educacionais e
representam os entes municipais, no âmbito estadual, para de fiscalização do exercício profissional, bem como com
tratar de matérias referentes à saúde, desde que entidades representativas de formação de recursos
vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que humanos na área de saúde:
dispuserem seus estatutos. (lncluído pela Lei no 12.466, de
2011). X - íormular, avaliar, elaborar normas e participar na
execução da política nacional e produção de insumos e
/ Atribuições comuns (Art.15): equipamentos para a saúde, em articulação com os
- controle, avaliação e fiscalização das ações e serviços; demais órgãos governamentais;
- administração dos recursos orçamentários e Íinanceiros;
- acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de Xl - identificar os serviços estaduais e municipais de
saúde; referência nacional para o estabelecimento de padrões
- organização do SIS; técnicos de assistência à saúde;
- normas técnicas e parâmetros de qualidade;
- elaboração/atualização do plano de saúde; Xll - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e
- formulação e execução da política de RH; sqbstâncfas dg interesse para a saúde;
- proposta orçamentária, :,,

- realização de operações'., externa§ autorizadas pêlo Xlll - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados,
Senado; t, : ._
ao Distrito Federal e âos MunicÍpios para o
- atendimento de neôes§idades urgentes, e'transit6rias aperfeiçoamento da sua atuação institucional.
decorrentes de balamidades, '':"'1:',: .

- propor celebração de convênios, acordos e protocolosl XIV - elaborar normas para regular as relações entre o
- articulafáo com órgãos de fiscalização do exercício Sistema Unico de Saúde-SUS e os serviços privados
contratados de assistência à saúde;
- r.ur11r5'r:pesquisas e estudos na árêa da saúde;
- Íomentai, coordenar e executar programas e projetos XV - promover â descentralização, para ás Unidades
atend mento emergênciaf Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de
"ffitn"e saúde, respectivamente, de abrangência estâdual e
municipal;
sÊÇACI r/
Da Compatência XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistemâ
. ::..:;)i:tlii I :i Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;
tt
Art,r:1.êliÃjuirqção n-apiúal do §i§tema Úp!co d.e Saúde-
SUS eompete: XVll - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os
serviços de saúde, respeitadas as competências Estaduais
|- formular, avaliar e apoiar polÍticas de alimentação e e Municipais;

Xvlll - elaborar o planejamento estratégico nacional no


ll - parlicipar'na formulalAo e nâ imptementaçao das âmbito do SUS em cooperação tecnica com os Estados,
políticas: Municípios e Distrito Federal;
a) de controle das agressôe§ aCI rnê10 ârnbiêntê;,
b) de saneamento básico: e XIX -, :; ô
estabefese-.r
:::: Sistema Nacional de Auditoria e
- técnica e financeira do SUS, em
c) relativas às condições e aos ambiente§'detrabalho; ooofdenar a áüàliação
todo o território nacional, em cooperação técnica com os
lll - definir e coordenar os sistemas: Estados, Municípios e Distrito Federal.
a) de redes integradas de assistência de alta
complexidade; Parágrafo único. A União poderá executar ações de
b) de rede de laboratórios de saúde públicat vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias
c) de vigilância epidemiológica; e especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à
d) de vigilância sanitária. saúde, que possam escapar do controle da direção
estadual do Sistema Unico de Saúde-SUS ou que
lV - participar da definição de normas e mecanismos de representam risco de disseminação nacional.
controle, com órgãos afins, de agravos sobre o meio
ambiente, ou deles decorrentes, que tenham repercussão Arl. 17. - A direção estadual do Sistema Único de
na saúde humana; Saúde-SUS compete:

V - participar da deflnição de normas, critérios e padrões I - promover a descentralização, para os MunicÍpios, dos
para controle das condições e dos ambientes de trabalho e serviços e das ações de saúde;
coordenar a política de saúde do trabalhador;
ll - acompanhar, controlar e avaliar as redes
Vl - coordenar e participar na execução das açÕes de hierarquizadas do Sistema Unico de Saúde- SUS.
vigilância epidemiológica;
Vll - estabelecer normas e executar a vigiláncia sanitária lll - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e
de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser executar supletivamente aÇões e serviços de saúde;

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lV - coordenar e, em caráter complementar, executar
ações e serviços: Vlll - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
a) de vigilância epidemiotógica;
b) de vigilância sanitária; lX - colaborar com a União e com os Estados na execução
c) de alimentação e nutrição; e da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
d) de saúde do trabalhador;
X - observado o disposto no artigo 26 desta lei, celebrar
V - participar, junto com órgãos afins, do controle dos contratos e convênios com entidades prestadoras de
agravos do meio ambiente que tenham repercussão na serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar
saúde humana, sua execuÇão,

Vl - participar da formulação da política e da execução de Xl - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços


ações de saneamento básico; privados de saúde:

Vll -. p-articipar das açôes de controle e avaliação das Xll - normatizar complementarmente as ações e serviços
condiçÕes e dos ambientes de trabalho; públicos de saúde no seu âmbito de atuaçãô.

Vlll - em caráter suplementar formular, executar,


acompanhare avaliar a política de insumos e 4d.19. Ao Distrito Federal competem as atribuiçÕes
equipamentos para a saúde; reservadas aos Estados e aos Municípios.

lX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência


-gerir sistemas públicos de alta c.omploddada,
e de ' SUB§ISTEMA DE ATENÇÃO A SAÚDE INDíGENA

X - coordenar a rede estadual Oe faOoratórios de saúde


pública e hemoceniros e gerir as. unídades que
permaneçam em sua organização administrativa; Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos proprios,
flnanciar o Subsistema de ,Atenção â Saúde lndÍgena.'

Art. 19-D. O SUS promoverá a arliculação do Subsistema


instituÍdo por esta Lei com os órgãos responsáveis pela
Política lndígena do País.

Art. 19-E. Os Estados, MunicÍpios, outras instituiçÕes


governamentais e não-governamentais poderão atuar
complementarÍnente no custeio e execução das ações.
da. vigilância
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar êm
XIV - acompanhar, avaliar e dlvulgar os jndicadores de
consideração a realidade local e as especificidades da
morbidade e mortalidade no ámbito da unidade federada. cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado
para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar por
uma abordagem diferenciada e global, contemplando os
do sistema Único de aspectos de assistência à saúde, sâneamento básico,
âi;rilê,*X;."-rynicipat
' :l,. nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras;
:. , I ,,, i 11., ir ,,.1,, . t
| - planejar, orgâniâáli educação sanitária e integração institucional.
,-çontr.ptar,," avaliar gs,i,açOes e os
serviços de saúde e gerir ê executar os serviçoá públicos
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde lndÍgena
.deverá s€r, como o SUS, descentrálizado, hierarquizado e
ll - participar do ptanejamento, programrçg" xêgionâlízado.
"àifqiiiaçáo
da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema únicode
Saúde-SUS, em articulação com sua direção estadual; §'1" O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá
como base os Distritos Sanitários Especiais lndÍgenãs.
lll- participar da execução, controle e avaliação das açÕes
referentes às condições e aos ambientes de [rabalho; § 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao
Subsistema de Atenção à Saúde lndígena, devendo, para
isso_, ocorrer adaptaçÕes na estruturá e organização do
lV - executar serviços:
a) de vigilância epidemiológica; SUS nas regiÕes onde residem as populaçõés indígenas,
para propiciar essa integração e o atendimento necessário
b) de vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição; em todos os níveis, sem discriminações.
d) de saneamento básico; e
§ 3" populações indígenas devem ter acesso garantido
e) de saúde do trabalhador; ôs
ao SUS, em âmbito local, regional e de centros
V - dar execução, no âmbito municipal, à especializados, de acordo com suas necessidades,
política de compreendendo a atenção primária, secundária e terciária
insumos e equipamentos para a saúde;
à saúde.
Vl - colaborar na fiscalização das agressões ao meio
ambiente, que tenham repercussão sobre Art. 19-H. As populações indÍgenas terão direito a
a saúde participar dos organismos colegiados de formulação,
humana, e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e
federais competentes, para controlá-las; acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, iais
como o Conselho Nacional de Saúde e os Conselhos
Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o caso.
Vll - formar consórcios administrativos intermunicipais;

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SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E custo-efetividade para as diferentes fases evolutivas da
lNTERNAçÃO DOMTCTLTAR doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo.
(acrescentado pela Lei 10.424, 15104102).
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz
terapêutica, a dispensação será realizada:
Art. 19-1. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Unico
de Saúde, o atendimento domiciliar e a internação | - com base nas relaçÕes de medicamentos instituídas
pelo gestor federal do SUS, observadas as competências
domiclliar.
estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo
fornecimento será pactuada na Comissão lntergestores
§ 1o Na modalidade de assistência de atendimento e Tripartite;
lnternação domiciliares incluem-se, principalmente, os
procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos,
psicologicos e de assistência social, entre outros ll - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de
necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu forma suplementar, com base nas relações de
medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do
domicílio.
SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será
pactuada na Comissão lntergestores Bipa(ite;
§ 2o Oatendimento e a internação domiciliares serão
realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos
níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora.
lll - no ámbito de cada MunicÍpio, de forma suplementar,
com base nas relaçÕes de medicamentos instituídas pelos
gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo
§ 3o O atendimento e a internação domtciliares so poderão fornecimento será pactuada no Conselho Municipal de
ser realizados por indicação médica, com expressa
Saúde,
concordância do paciente e de sua família,
,

Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo


DA ASSlsrÊruCrA rrnÀpÊuflca e oa
SUS de novos medicamentos, produtos e procedimentos,
lNcoRpoRAçÃo DE TECNOLOGIA EM SAÚDE" bem como a constituiçâo ou a alteração de protocolo
(acrescentado pela Lei no 12.401, de 2011) clÍnico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do
Ministerio da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional
Art. 19=,:M;.'* ás§i*tência teiápêütlca intégral a quê se de lncorporação de Tecnologias no SUS.
refere-r,áidnaa,d do inoieo I do ârt, 6o çonsiste em:
§ 1o A Comissão Nacional de lncorporação de
| - dispensação de medicamentos e produtos de interesse Tecnologias no SUS, cuja composição e regimênto são
para q saúde, cuja prescrição esteja em conÍormidade com definidos em regulamento, contará com a participação de 1
as.Cirefizes terapêutica§ :Oefinidas êm protocolo clínico (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de
pãlâr;ialifl§ênçâ ou,or,agravo à saúde a ser tratado ou, na Saúde e de 1 (um) representante, especialista na área,
fáltá,dd, $rptoçolo,,eú confórmidade com o disposto no art. indicado pelo Conselho Federal de Medicina.
19-P;
§ 2o O relatório da Comissão Nacional de lncorporação
ll' , üfqr-tâ de procedimentos., terêpêuticos, em regime de Tecnologias no SUS levará em consideração,
domiciflali âmbulatoÍiâl e hospitalar, constantes de tabelas necessariamente:
elaboradas pelo §estor federal do Sistema Unico de Saúde
- S U S I $tliiados, no, têrritório por serviço próprio, | - as evidências cientíÍicas sobre a eficácia, a acurácia, a
-n-acional
conveniado ou contratado. efetividade e a segurança do medicamento, produto ou
procedimento objeto do processor acatadas pelo órgão
Art. 19-N. pâia os êfsito§.do'disposto no art. 19.M, são competente para o registro ou a autonzação de uso;
adotadas as seguintes doÍÍniçÕest
ll : a avaliação econÔmica comparativa dos beneÍícios e
| - produtos de interesse pará á sar:Oer órteses, próteses, dos cugtas em,,,relação às tecnologias já incorporadas,
bolsas coletoras e equipamentos médicos: inclusÍve no que se refere aos atendimentos domiciliar,
ambulatorial ou hospitalar, quando cabível.
ll - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que
estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que
agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os se refere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a
medicamentos e demais produtos apropriados, quando instauração de processo administrativo, a ser concluído
couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias,
controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos contado da data em que foi protocolado o pedido, admitida
resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores a sua prorrogação por 90 (noventa) dias corridos, quando
do SUS. as circunstâncias exigirem.

Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes § 1o O processo de que trata o caput deste artigo
terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos ou observará, no que couber, o disposto na Lei no 9.784, de
produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da 29 de janeiro de 1999, e as seguintes determinaçÕes
doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como especiais:
aqueles indicados em casos de perda de eficácia e de
surgimento de intolerância ou reação adversa relevante, I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se
provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento cabível, das amostras de produtos, na forma do
de primeira escolha. regulamento, com informações necessárias para o
atendimento do disposto no § 2o do art. 19-Q;
Parágraío único. Em qualquer caso, os medicamentos ou
produtos de que trata o caput deste artigo serão aqueles
avaliados quanto à sua eÍicácia, segurança, efetividade e

296
lll - realização de consulta pública que inclua a divulgação
Art. 30. As especializações na forma de treinamento em
do parecer emitido pela Comissão Nacional de serviço sob supervisão serão regulamentadas por
lncorporação de Tecnologias no SUS,
Comissão Nacional, instituída de acoido com o art. 12
lV - realização de audiência pública, antes da tomada de
desla Lei, garantida a participação das entidades
profissionais correspondentes.
decisão, se a releváncia da matéria justificar o evento.

Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do ôrt 31. O orçamento da seguridade social destinará ao
Sistema Unico de Saúde (SUS) de acordo com a receita
SUS:
estimada, os recursos necessários à realização de suas
finalidades, previstos em proposta elaborad-a pela sua
| - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de direção nacional, com a participação dos órgãos da
medicamento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico
Previdência Social e da Assistência §ocial, tendoãm vista
experimental, ou de uso não autorizado pela AgêÃcia as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes
Nacional de Vigiláncia Sanitária - ANVISA;
Orçamentárias.
ll - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o {rt. 32. São
reembolso de medicamento e produto, nacional ou considerados de outras fontes os recursos
provenientes de:
importado, sem registro na Anvisa.,,

Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento


ll - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da
assistência à saúde;
de medicamentos, produtos de interesse para a saúde ou
procedimentos de que trata este Capítulo será pactuada
lll - ajuda, contribuições, doações e donativos;
na Comissão lntergestores Tripartite. ..-. 1::.::t i,, ,,:: : , 1:

:.::'):J: |ili;É: tl)?::fi)' l,li :l


r;fvlr,âtiênaçõ'ê§ patrimoniais e rendimentos de capital;
:
; Devem seguir as norm@t -R V- taxas, multas, emolumentos
assistência à saúde e livre à iniCiativá privaOa. e preços públicos
arrecadados no âmbito do Sistema Unico de Saúdé (SUS);
c.-A participação. de empresas ou capitais estrangelros é
e
lqg.qqq, satvo através de doaçÕes de órgãoi tísados à
ONU (Art.23).
Vl - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
o Deve ter autorização da direção do SUS (Art. 23 _ 1o);
o A iniciativa priVáda só participa' quandõ s
á, § 1" Ao Sistema Unico de Saúde (SUS) caberá metade da
disponibilidades da rede assistencial fdram iàiunàLnt"s,
- receita de que trata o inciso I desie arligo, apurada
em', foqná,. .de contiàto ou convánio"
iÀrlã+i àãil mensalmente, a qual será destinada à recüperação de
grefelêngia de escolha pelas entidades fitaÀtrópicas e as viciados.
sem Íins lucrativos (Art.2S),
c_Proprietários, administrados' ou gerêntes de empresas
contratadaS não podem assumir cargo de chefia ou § 2.' As receitas geradas no âmbito do Sistema Unico de
Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em óortã.
especiais, movimentadas pela sua direção, na esfera de
poder onde forem arrecadadas.

§ 3o As açoes de saneamento que venham a ser


executadas supletivamente pelo Sistema Unico de SairOe
(SUS), serão financiadas poi recursos tarífarios es[";ú;;;
e outros da União, Estados, Distrito Federal, M;;[ipi;;;,
em particular, do Sistema Financeiro da Habítação (SFH). '

. §. 5]- ns atividades de pesquisa e desenvotvimento


clentÍfico e
tecnológico em saúde serão co_financiadas
pero sitstema Unico de Saúde (SUS), pelas universidades
vatgfjzSeão da dedicação exctusivu ,os ."*ifoi'Oô
f.Y_;
Sistema
é pelo orçamento fiscal, alem de ,"ãurros dL instituições
Unico de Saúde (SUS).
de fomento e Íinanciamento ou de origem externa e receita
própria das instltuiçôes executoras.
Parágrafo . único. Os serviços públicos que integram
o
Sistema Unico de Saúde isusl .oÀrtitJãà campo
de CAPÍTULO
prática para ensino e pesquisa, mediante normas II
específicas, elaboradas conjuntamente com Da Gestão Financeira
educacional.
o sistema
Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Unico de
Saúde (SUS) serão depositados em conta especial, em
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção
assessoramento, no âmbito do Sistema Unico de saúde
e cada esfera de sua atuação, e movimentados sob
fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde.
(SUS), só poderão ser exercidas em regime de
tempo
integral.
§ 1o Na esfera federal, os recursos financeiros, originários
§ 1' Os servidores que legalmente acumulam dois cargos
do Orçamento da Seguridade Social, de
outros
ou empregos poderão exercer suas atividades em maiJde
Orçamentos da União, além de outras fontes,
serão
administrados pelo Ministério da Saúde, através do Fundo
um estabelecimento do Sistema Unico de Saúde (SUS).
Nacional de Saúde.

§ 2" O disposto no parágrafo anterlor aplica_se também § 4o O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu
aos servidores em regime de tempo integral, com exceção
sistema de auditoria, a conformidade à programação
dos ocupantes de cargos ou função de chefia, direção ou
aprovada da aplicação dos recursos repassados ã Estaáos
assessoramento.
e lvlunicípios. Constatada amalversação, desvio ou não

297
aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde de Saúde (SUS), e seu financiamento será previsto na
aplicar as medidas previstas em lei. respectiva proposta orçamentá ria.

Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da § 2o E vedada a transferência de recursos para o
receita efetivamente arrecadada transferirão financiamento de ações não previstas nos planos de
automaticamente ao Fundo Nacional de Saúde (FNS), saúde, exceto em situações emergenciais ou de
observado o critério do parágrafo Único deste artigo, os calamidade pública, na área de saúde.
recursos financeiros correspondentes às dotações
consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a Art. 37, O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as
projetos e atividades a serem executados no âmbito do diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos
Sistema Unico de Saúde (SUS). de saúde, em função das características epidemiológicas e
da organização dos serviços em cada jurisdição
ParágraÍo único. Na distribuição dos recursos financeiros administrativa.
da Seguridade Social será observada a mesma proporção
da despesa prevista de cada área, no Orçamento da Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e
Seguridade Social. auxílios a instituições prestadoras de serviços de saúde
com finalidade lucrativa.
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem
transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será DAS DTSPOSTÇÕES FINAIS E TRANSITORIAS
utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo
análise técnica de programas e projetos: Art. 39. § 5o A cessão de uso dos imóveis de propriedade
do lnamps para órgãos integrantes do Sistema Unico de
I - perfil demográfico da região; Saúde (SU§) será Íeita de modo a preservá-los como
patrimônio dâ Seguridade Social.
ll - perfil epidemiológico dq p.opulação a ser coberta;
§ 60 Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão
lll - características quantitativas e qualitativas da rede de inventariados com todos os seus acessórios,
saúde na área; equipamentos e outros bens móveis e ficarão disponíveis
para utilização pelo órgão de direção municipal do Sistema
lV - desempenho técnico, econômico e financeiro no Unico de Saúde - SUS ou, evêntualmente, pelo estadual,
períodôaúterjorl .' ,
em cuja circunscrição administrativa se encontrem,
mediante simples termo de recebimento.
V - nlvêis de participaç〠do sÊ,lQ[,.sâúde no§ ôrçamentos
estaduais e municipais;
l § 8o O acesso aos serviços de informática e bases de
Vl ' previsão do plano qüinqÚenal de, investimentos da dados, mantidos pelo Ministerio da Saúde e pelo Ministério
rede; do Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às
. '".1 .:
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou Órgãos
vll',i.ii.ê'ÉdáiCirn en{d do ateno i#ehto a serviços prestados congêneres, como suporte ao processo de gestão, de
oataffi esferâs de gôverno forma a permitir a gerencia informatizada das contas e a
disseminaçáo de estatÍsticas sanitárias e epidemiológicas
s lqiri;iiietâder'aos',iéifuât, 'aestináàos á Estados e medico-hospitalares.
Municíp,io§ §êrá distribúida ségundo o quociênte de sua
d ivi são pêlo número de ha h.itante§,,i1dependentemgnfe,de An. 4L As ações desenvolvidas pela Fundação das
qualquer procedirt+ênto Ênáúiol',,','',lpevogado pelá Lei Pioneiras Sociais e pelo lnstituto Nacional do Câncer,
Complementar n9 :141r dê..2012),,(Vide Lei nó 8.142, de supervisionadas pela direção nacional do Sistema Unico
1 990) de Saúde (SUS), permanecerão como referencial de
pfestação de serviços, formação de recursos humanos e
§ 2o Nos casos de Estados e MunicÍpios sujeitos a notório pâra transferência de tecnologia.
processo migração, os critérios demográficos
de
mencionados nesta lei serão ponderados por outros Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica
indicadores de crescimento populacional, em especial o preservada nos serviços pÚblicos contratados,
número de eleitores registrados. ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios
estabelecidos com as entidades privadas.
§ 6" O disposto no parágrafo anterior não prejudica a
atuação dos órgãos de controle interno e externo e nem a Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e
aplicação de penalidades previstas em lei, em caso de de ensino integram-se ao Sistema Unico de Saúde (SUS),
irregularidades verificadas na gestão dos recursos mediante convênio, preservada a sua autonomia
transferidos. administrativa, em relação ao patrimÔnio, aos recursos
humanos e financeiros, ensino, pesquisa e extensão nos
CAPíTULO III limites conferidos pelas instituições a que estejam
Do Planejamento e do Orçamento vinculados.

Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do § 1o Os serviços de saúde de sistemas estaduais e


Sistema Unico de Saúde (SUS) será ascendente, do nível municipais de previdência social deverão integrar-se à
local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos, direção correspondente do Sistema Unico de SaÚde
compatibilizando-se as necessidades da política de saúde (SUS), conforme seu âmbito de atuação, bem como
com a disponibilidade de recursos em planos de saúde dos quaisquer outros órgãos e serviços de saúde;
Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União.
§ 2o Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os
§ 10 Os planos de saúde serão a base das atividades e serviços de saúde das Forças Armadas poderão integrar-
frogramaçoes de cada nível de direção do Sistema Unico
298
se ao Sistema único de Saúde (SUS), conforme se 5' As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde
dlspuser em convênio que, para esse fim, for Íirmado.
terão sua organização e normas de funcionamento
definidas em regimento próprio, aprovadas pelo respectivo
Art. 46. o Sistema Unico de Saúde (SUS), estabelecerá
conselho.
mecanismos de incentivos à participação do setor privado
no investimento em ciência e tecnolôgia e estimulará a
transÍerência de tecnologia das univers-idades e institutos
de pesquisa aos serviços de saúde nos Estados, Distrito
Federal e Municípios, eàs empresa" nacionái". , RESOLUÇ_ÃO No 453, DE 10 DE MAIO DE 2012 - A,
oRGAN|ZAÇÃO OOS CONSELHOS DE SAúDí
Arl. 47. O Ministerío da Saúde, em articulação com os
níveis estaduais e municipais do Sistema Uniio de Saúde A participação da sociedade organizada, garantida na
(SUS), organizará, no prazo de dois anos, um sistema legislação, torna os Conselhos de Saúde uma instáncla
nacional de informações em saúde, integrado em todo o privilegiada na proposição, discussão, acompanhamento,
território nacional, abrangendo questões e-pidemiológicas e deliberação, avaliação e fiscalização da implementação da
de prestação de serviços. Política de Saúde, inclusive nos seus aspectos
econômicos e financeiros.
Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os
Municípios, celebrados para implantação dos Sistemas
A legislação estabelece, ainda, a composição paritária de
Unificados e Descentralizados de Saúde, ficarão usuários em relação ao conjunto dos demais segmentos
rescindidos à
_proporção que seu objeto for sendo representados. O Conselho de Saúde será composto por
absorvido pelo sistema unico de saúde (sUS)...,,,+:,rirL,, representantes de entidades, instituições e movimentos
,,.,r,,:
. reprgsgnlgtivos de usuários, de entidádes representativas
dê trábalhadôres da área da saúde, do governo e de
entidades representativas de prêstadores dã serviços de
saúde, sêndo o seu presídente eleito entre os membros do
Conselho, em reunião plenária. Nos Municípios onde não
existem entidades, instituições e movimentos oroanizados
em número suficiente para compor o Conselho,"a eleição
da representação será realizada em plenária no Município,
promovida pelo Conselho Municipal de maneira ampla e
democrática.

| - O número de conselheiros será definido pelos


Conselhos de Saúde e constituído em lei.

It 1: p^.llstema único de Saúde (SUS), de que trata a


Lei n" 8.080, de 19 de setembro Oe ll - Mantendo o que propôs as ResoluÇões nos i3lg2 e
tg'óO, contará, em 333/03 do CNS e consoante com as RécomendaçÕes da
cada esfera de góvemo, sem prejuízo das funções do
Poder Legislativo, com às seguintes instâncias colegiadas: 10a e 11a Conferências Nacionais de Saúde, aó ,agas
deverão ser distribuídas da seguinte forma:
| - a Conferência de Saúde; e
ll - o Conselho de Saúde. a)50% de entidades e movimentos representativos de
usuários;
1' A Conferáncia de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos
co m. a re p re se n táç§9.6og',y3fl,qs sedãniôãl;áiâ is, p"iã b)25o/o de entidades representativas dos trabalhadores
"
avaliar a situação dé saúde.e propo-i as diretrizes priá á da área de saúde;
formulação da política de saúde nos 'núi,
correspondentes, convocada peló.,podêi'Éiecuiivo ou. :

extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúdà.' c)25f$ de'representação de governo e prestadores de
serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
2" O Conselho de Saúde, em caráter permanente e
deliberativo, órgão colegiado composto por iepresentantes lll - A participação de órgãos, entidades e movimentos
do governo, prestadores de serviço, proissionais de saúde sociais terá como critério a representatividade, a
e usuários, atua na formulação de estrategias e no abrangência ea complementaridade do conjunto da
controle da execução da política de saúde na instância sociedade, no âmbito de atuação do Conselho de Saúde.
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e De acordo com as especificidades locais, aplícando o
financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe princípio da paridade, serão contempladas, dentre outras,
do poder legalmente constituído em óada esfera do as seguintes representações:
governo.
a)associaçÕes de pessoas com patologias;
3' O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)
eo Conselho Nacional de Secretários Municipais de
Saúde (Conasems) terão representação no Conselho b)associações de pessoas com deficiências:
Nacional de Saúde,
c)entidades indígenas;
4'A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde
e Conferências será paritária em relação ao conjunto dos
demais segmentos.
d)movimentos sociais e populares, organizados
(movimento negro, LGBT...);

e)movimentos organizados de mulheres, em saúde;

299
f)entidades de aposentados e pensionistas; e composição do Conselho Municipal. O mesmo será
atribuído ao Conselho Nacional de Saúde, quando não
g)entidades congregadas de sindicatos, centrais sindicais, houver Conselho Estadual de Saúde constituído ou em
funcionamento.
confederações e federações de trabalhadores urbanos e
rurais;
X - As funções, como membro do Conselho de Saúde, não
h)entidades de defesa do consumidor; serão remuneradas, considerando-se o seu exercício de
releváncia pública e, portanto, garante a dispensa do
trabalho sem prejuízo para o conselheiro. Para fins de
i)organizações de moradores; justiÍicativa junto aos órgãos, entidades competentes e
instituições, o Conselho de Saúde emitirá declaração de
j)entidades ambientalistas; participação de seus membros durante o perÍodo das
reuniões, representações, capacitações e outras
atividades especÍficas.
k)organizações religiosas;

l)trabalhadores da área de saúde: associações,


Xl - O conselheiro, no exercício de sua função, responde
pelos seus atos conforme legislação vigente.
confederações, conselhos de proÍissões regulamentadas,
federações e sindicatos, obedecendo as instáncias
federativas;

m)comunidade científica; Art.. 2' Os recursos do Fundo Nacional de Saúde - FNS


, l ,§erão,aloca-d os com o :

n)entidades públicas, de hoepitaisiunfversltários ê hbspitêi§ ;.1,;'j'despêsas de custeio e de capital do Ministério da


campo de estágio, de-p,.q gisa ê,dêsenvôfvlrfientÕ; ,:,,.,; Saúde, seus órgãos e entidades, da administração direta e
indireta;
ll - investimentos previstos em lei orçamentária, de
iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso
Nacional;
plent g{i1ãs"ãQ§ prustaubre+ dê ueiár:oe; e
:êru1ç0 lll - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do
Ministério da Saúde;
lV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem
implementados pelos MunicípÍos, Estados e Distiíto
lV iÍ fl td-atidade§, ovitÍrentô$,..e instituiçôes eleitas no Federal. , ,

Gonsêf f1o;'de §aúde',.teráô',os cohselhêi[os indicados, por


Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso lV deste
QF-Ê_qi,toiLlí rloôlrforrnê]l,,,,,proôpssQs e§tabêlecidôs pelas
rêspêçli,v §, entidades, movimentos e instituições
de e artigo destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços,
acordo êom a sua organização, com a recomendação de à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às
que.,çf.,?i,! a. r eno vação d ê se u § re p1p,se nta ntes. demais açÕes de saúde.

,i Art. 3" Os recursos referidos no inciso lV do art. 2" desta


V - Rê.e0menda-se que, a cada eleição,.os,,segmentos de
lei serão repassados de forma regular e automática para
represéÉta!ôe* de usuário§,, trabalhâdores'e prestadores
os Municípios, Estados e Distrito Federal, de acordo com
de serviço§,'ao seu critério,,promo!âm â rênôvâçãô dê, no
os critérios previstos no art. 35 da Lei n'8.080, de I9 de
mínimo, 30% de suas entidades representativas.
setembro de 1990.

Vl - A representação nos Sêgmôntos deve ser distinta e 1o, Enquanto não for regulamentada a aplicação dos
autônoma em relação aos demais segmentos que criÍóri0-a,,pfç,v.jstgÊ.no art. 35 da Lei n' 8.080, de 19 de
compõem o Conselho, por isso, um prôfissional com cargo s,e-têmbro. ê 1990, será utilizado, para o repasse de
de direção ou de confiança na gestão do SUS, ou como recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1' do
prestador de serviços de saúde não pode ser mesmo artigo.
representante dos(as) Usuários(as) ou de
Trabalhadores(as). 2" Os recursos referidos neste artigo serão destinados,
pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se
Vll - A ocupação de funções na área da saúde que o restante aos Estados.
interfiram na autonomia representativa do Conselheiro(a)
deve ser avaliada como possível impedimento da Art. 4' Para receberem os recursos, de que trata o art. 3"
representação de Usuário(a) e Trabalhador(a), e, a juízo desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal
da entidade, indicativo de substituição do Conselheiro(a). deverão contar com:
| - Fundo de Saúde:

Vlll - A participação dos membros eleitos do Poder


ll - Conselho de Saúde, com composição paritária de
acordo com o Decreto n" 99.438, de 7 de agosto de '1 990;
Legislativo, representação do Poder Judiciário e do lll - plano de saúde;
Ministério Público, como conselheiros, não é permitida nos lV - relatórios de gestão que permitam o controle de que
Conselhos de Saúde.
trata o § 4" do art.33 da Lei n'8.080, de 19 de setembro
de 1990;
lX - Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo
em atividade no MunicÍpio, caberá ao Conselho Estadual orÇamento;
de Saúde assumir, junto ao executivo municipal, a Vl - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos
convocação e realização da Conferência Municipal de e Salários - PCCS, previsto o prazo de dois anos para sua
Saúde, que terá como um de seus objetivos a estruturação implantação.

300
- Fração Assistencial Especializada (FAE) - custeio
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou das ações especializadas de alto custo e de média
pelos Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos complexidade (profissional especializado e recursos
estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos tecnológicos), medicamentos e insumos especiais e
concernentes sejam administrados, respectivamente, pelos órteses e próteses realizadas em regime ambulatorial.
Estados ou pela União.
- Teto Financeiro de Assistência ao MunicÍpio (TFAM)
NORMA OPERACIONAL BASICA DO SUS NOB/96 - custeio de ações assumidas pela SMS no município,
(D.O.U 06/11/1ee6) exceto aqueles municÍpios excluÍdos da gestâo
municipal. Transferido segundo a condição de gestão
(semiplena, plena ou avançada).
NOB-SUS - definição de estratégias e movimentos táticos
que orientam a operacionalidade do SUS. - Teto Financeiro de Assistência ao Estado (TFAE) -
custeio de ações assumidas pelo Estado, deduzido de
acordo com os valores comprometidos com as
Finalidade: promover e consolidar o pleno exercício, por transferências regulares aos municípios do Estado e
parte do poder público Municipal e Distrito Federal, da transferido de acordo com o modelo de gestão.
funcão de qestor daatenção à saúde (conforme
Constituição Federal) e redefinir as resoonsabilidades do - Índice de Valorização de Resultados (lVR) - consiste
poder estatuais e federal - promovendo avanço na na atribuição de valores adicionais equivalentes a até
consolidação dos princípios do SUS. 2% do TFAE. E considerado um incentivo à obtenção
de resultados positivos sobre as condições de saúde e
Define claramente o papel dos viveis munioipais, estaduais obedece aos critérios estabelecidos pela ClT.
e federal no âmbito do SUS, reafirmândo ,a, importância
das CIT's e CIB's. b) Remunepçáo por servioos produzidos:
Será realizado de acordo com os procedimentos aos
Suas palavras.chavê sãó: münicipalízáçao e êxer:Ciçio prestadores de serviços em saúde estaduais ou
privados, mediante fatura segundo:

Estabelece tetos Íinanceiros para todas as esferas de - Remuneração por internações hospitalares - é
governo, as formas de repasse e a transferência necessária â apresentação da guia de AIH e apurado
automática e regular (fundo-a-fundo). de acordo com o SlH.
:,,
lncentiva a mudança no modelo de atenção (implantação - Autorização de procedimento de alto custo ou
dos PACS e PSF). complexidade (APAC) - apurados peto SAl, como
procedimentos com quimioterapia, radioterapia,
lncorpora a concepção de saúde nos campos:

b) das intervenÇões ambientais; - Fundos de incentivo e índices de valorização - em


c) das políticas extemas no setor saúde; especial o FIDEPS (Desenvolvimento de ensino e
d) das açÕes de comunicação e educação. pesquisa como as modalidades de residência) e o
IVH-E (Valorização de assistência às emergências).
Custeio da assistência hospitalar e ambulatorial pela
esfera FEDERAL: - Remuneração transitória por serviços produzidos -
remuneração realizada pelo Ministério da Saúdem por
O teto financeiro da assistênóia iffe) e constituíáo por: serviços produzidos em municípios fora da gestão
. transferênciafundo-a-fundo; plena municipal.
. remuneração de serviços prestados;
. outras atividades exercidâs, .1,.,, ,.,t,,,,, c,l Oqffos"rgcursos:

a) Transferência fundo - a- fundo: - Teto financeiro para ações de vigilância sanitária


Será realizada segundo os critérios de organização e (TFAVS).
capacitação da assistência. Componentes:
- Teto financeiro de epidemiologia e controle de
- Piso da Atenção Básica (PAB) FIXO - valor per doenças (TFECD).
capita para custeio de ações básicas de assistência à
saúde (Clínica Medica, enfermagem, pediatria, Conceitos introduzidos pela NOB SUS/96;
ginecologia e atenção básica em odontologia) e de
.l gestão = comando do sistema com exclusiva
vigilância sanitária (R$10,00 a 18,00 pc/ano). competência do setor público em suas
respectivas esferas;
- PAB VARIAVEL - será repassado de acordo com a
cobertura de PACS e PSF e incentivo financeiro Condições de gestão de Estados
segundo a parcela da população efetivamente coberta
por esses programas. Compreende ações Os Estados podem se enquadrar em duas modalidades
desenvolvidas em: de gestão:
. PACS e PSF; 1)Gestão Avançada do Sistema Estadual (GASE) - nessa
. PCCN; modalidade o Estado assume:
. Ações de vigilância epidemiológica e ambiental; . a elaboração da PPI junto com os municípios;
. AçÕes de vigilância sanitária; . o detalhamento da programação da FAE;
. Assistência farmacêutica básica. .a elaboração e execução do Plano Estadual de
lnvestimentos, negociado com a CIB e aprovado pelo
Conselho Estadual de Saúde;

30r
. coordenaÇão da política de alto custo ou complexidade, Objetiva promover maior equidade na alocação de
medicamentos excepcionais e tratamento fora do recursos e no acesso da população às ações e serviços de
domicílio; saúde em todos os níveis de atenção.
. formulaÇão da polÍtica de sangue e medicamentos;
. organização do sistema de reÍerência e compensação; Propõe a regionalização como macroestratégia de
. coordenação da política de vigilância sanitária e reorganização assistencial para garantir acesso da
epidemiológica;
população a ações e serviços de saúde, conduzidos pelas
. contratação, controle e auditoria dos serviços sob gestão secretarias estaduais de saúde, devendo contemplar:
estadual.
. lógica de planejamento integrado, ou seja, redes
articuladas de atenção compreendendo noções de
territorialidade e reafirmando o comando único em cada
2)Gestão Plena do Sistema Estadual (GPSE) - além das nível de governo;
atividades elencadas na GASE o Estado assume:
. Gestão dos serviços de saúde; . mecanismos de comunicação e fluxos de inter-
. Operação do sistema de inÍormação ambulatorial (SlA) e relacionamento, otimizando os recursos disponíveis que
garantam o acesso dos usuários às ações e serviços de
de lnformaçÕes hospitalares (SlH).
níveis de complexidade necessários paâ a resolução de
Condições de gestão dos Municípios seus problemas de saúde.

São consideradas estratégias para o processo de


Os municípios podem se enquadrar em duas modalidades
regionalização:
de gestão:
a)Plano diretor de regionalização (PDR);
b)Fortalecimento das capacidades gestoras do SUS -
1)Gestão Plena da Atenção Básica (GPAB) - assume a
compreenÇ.endo estrategias para consolidar o caráter
responsabilidade pela:
públicô dâ rgêstâó do sistema;
. Gestão e execução da assistênciâ âmbulâtorial básica,
c)Atualização dos critérios e do processo de habilitação de
das ações de vigiláncia sanitária e epidemiolÓgica;
estados e municípios.
. Gestão das unidades básicas de saúde;
O PDR fundamenta-se:
. Autorizaçãô dá§'intêrnaçõêÊ, hospitâlarês ; o na conformação de sistemas funcionais e resolutivos de
. Controlê ê âvâliáçâo da a§sistênciâ básica. assistência à saúde, por meio da organização de territórios
estaduais em regiões/microregiões e
t
:'jj:,,:'l
:
módulos
2)Ge§tão Plena do Sistema Municipâl (GPSM) : ⧧urÍrê
assistenciais;
aindaat',:,, . da conformação de redes hierarquizadas de serviços;
. eás;do:,.o*,todas as ações e serviços de §aúde no . do estabelecimento de mecanismos dê fluxos de
munrclpro;
referê ncia e contra-referênci a inte rmun ici pa s.
. Gestão de todas as unidades e serviços de saúde com
i

vínculo. HH SU§; ,', . O PDR deverá ser elaborado visando garantir o acesso
Controle, avaliação, auditoria e pagamento de ações e
'serviços de saúde no municípió; dos cidadãos, o mais próximo possível de sua residência,
aos serviços vinculados às seguintes responsabilidades:
. OperaoSlHeoSAl; . Assistência pré-natal, parto e puerpério;
. ElaFo.Iação da PPI; . Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
. ndmiÍii§trá:,'a oferta de:prôiêdimentos:de alto custo ou infantis;
. Programa Nacional de lmunizaçôes;
o Ações de promoção de saúde e prevenção de doenças;
.l gerência' ;"respon§avel pela administração de . Tratamento das intercorrências comuns da infância;
unidade ou prestador,de:serviçb ao sistemq. . Atendimento dgs inÍecçóes agudas de maior incidência;
* Planejamento '"=,, êstübêlêcimêntCI dâ PP!
r Tratamento clínico e ciúrgico em ambulatório;
(Programação Pactuada e lntêgrada) entre as instâncias
. ,Tratamentq ,,,'ce distúrbios mentais e psicossociais
de governo, baseada nos princÍpios da integralidâde e de frêqüentê§i"- ' '

direção única, que se traduz nas


responsabilidades, . Côàtrole de doenças bucais comuns;
objetivos, metas e recursos em todos os nÍveis de gestão, . Suprimento e dispensação de medicamentos da
para garantir o acesso universal e igualitário aos serviços farmácia básica.
de saúde, diretamente ou por convênio entre gestores.
Conceitos
a)Região de Saúde - base territorial de planejamento de
atenção à saúde, a ser definida pela Secretaria de Estado
PORTARIA NO.373, OÉ.27 DE FEVEREIRO DE da Saúde, de acordo com as especificidades e estratégias
2002. NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA de regionalização da saúde em cada Estado, considerando
A SAÚDE (NOAS-SUS 01t}2l as características demográficas, sócio-econômicas,
sanitárias, epidemiológicas, oferta de serviços, entre
A Norma Operacional da Assistência à Saúde 0112002 - outras. Dependendo do modelo de regionalização adotado,
NOAS-SUS 01/02 resulta do contínuo movimento de um Estado pode se dividir em regiões e/ou microrregiões
pactuação entre os três níveis de gestão, visando o de saúde.
aprimoramento do Sistema Unico de Saúde.
b)Módulo Assistencial - é o espaço territorial que disponha
Desenvolvida e planejada como uma estratégia para tornar da resolutividade correspondente ao primeiro nível de
os Estados mais fortalecldos na gestão e na participação referôncia, podendo ser constituído por um ou mais
no SUS. municÍpios, com área de abrangência mínima a ser
estabelecida para cada Unidade Federada. O Módulo
Assistencial deve apresentar uma das seguintes
características:

302
{. conjunto de municÍpios entre os quais há um Município_ (d) Parcela de recursos financeiros para atendimento das
Sede habilitado em Gestão plena de Sistema Municipal referências intermunicipais;
(observar alterações na NOAS/SUS 01lO2) côm (e) Parcela de recursos Íinanceiros para atendimento
capacidade de ofertar a totalidade dos procedimentos da
população residente sob gestão estadual;
constantes do anexo 3 da NOAS/SUS 01/01, com (f) Outros recursos sob gestão estadual, alocados
suÍiciência para sua população nos
e para a população de municípios ou na SES;
outros municípios a ele adscritos, ou (g) Limite Financeiro Global da UF, somas dos itens C,D,
* um município em Gestão plena do Sistema Municipal E,eF.
com capacidade para ofertar com suficiência a totalidade
dos procedimentos constantes do anexo 3 da NOAS/SUS Estabeleceu que cabe aos Estados a gerência de
01101 paru a sua própria população, quando não unidades públicas de hemonúcleos/hemocentros e de
necessitar desempenhar o papel de referência para outros laboratórios de referência para controle de qualidade,
municÍpios. Vigilância Sanitária e Vigitáncia Epidemiológica e gestão
sobre o sistema de hemonúcleos/hemocentrós (públicos e
de uma região ou microrregião _ e
c) Município-Pólo privados) e laboratórios de saúde pública.
aquele que de acordo com a definição da estrátegia de
regionalização de cada Estado, apresente papãt de
referência para outros municípios, em qualquer nível de
atenção.
PACTOS PELA SAÚDE 2006

d)Microrregião de Saúde - é a unidade territorial mínima DIRETRIZES OPERACIONAIS DOS PACTOS


para qualificação na assistência à saúde, que deverá PELA VIDA, EM DEFESA DO SUS E DE GESTÃO
dispor de complexidade assistencial acima do exiqido oara (PACTO VOLUME 1)
os Módutos Assistenciais, sendo queie dáfiniçã; de;;rá l: I

serfeitanoámbitoestadual,:ll]...1,l,i...ili.,,,'1i' , Consolidação do SUS

O financiamento da Assistência á Saúde será feito através O Sistema Unico de Saúde - SUS é uma política pública
da amptiação do pAB - fixo e o nnaÀiiaÃãÃto ou, àãoãã que acaba de completar uma década e meia de existência.
do primeiro nível da mêdia complexidadà ambulatoriál se Nesses poucos anos, foi construído no Brasil, um sólido
dá com base em um valor per capita nacional. sistema de saúde que presta bons seruiços à população
A NOAS.0íl02 institui a Gestão ptenaida Atencão Básica brasileira.
Ampliadd {GPAB-A)'coúô uma dás condições de gestão
dos sͧtémas municipais de saúde "
pAB ampliado.
- ;, I Na perspectiva de superar as dificuldades apontadas, os
O Plano Diretor de Regional lzação bervirá de base e gestores do SUS assumem o compromisso público da
subsidiaú,o processo oe óuarmdã" oãr ,i*riági*;oã construção do PACTO PELA SAUDE 2006, que será
sau0e. anualmente revisado, com base nos princípios
constitucionais do SUS, ênfase nas necessidades de
No que diz respeito à ampliação do acesso e da qualidade saúde da população e que implicará o exercício simultâneo
da atenção básica, a NOAS/SUS 01/01 instituiu a Gestão de deÍinição de prioridades articuladas e integradas nos
Plena da Atenção Básica Ampliada, e define como áreas
três componentes:
de atuação estratégicas mÍnimas para a habilitação nesta
condição:
. Pacto pela Vida,
. Pacto em Defesa do SUS e
o a eliminação da hansenlaiéq , . Pacto de Gestão do SUS.
o o controle Oa lÍ'r fignSão àfteriat: , , , ,.r,, 'i::.i'r,, ri i'
r:

Estas prioridades são expressas em objetivos e metas no


o a saúde da criança, a saúde da mulher e a sándô úüeat. i i
Termo de Compromisso de Gestão e eétao detalhadas no
documênto Diretrizes Operacionais do pacto pela Saúde
Para o financiamento do etenco à" oi#uú'rentos da 2006
atenção b_ásica ampliada, foi instituído o pAB_Ampliado, e
seu valor fixado em R$10,S0 habitante/ ano. PACTO PELA VIDA
Esse conjunto mínimo de serviços de média complexidade
O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do
compreende as
atividades ambulatoriais, de apoio SUS em torno de prioridades que apresentãm impacto
diagnostico e lerapêutico e de internação hospitalai. O
sobre a situação de saúde da população brasileira.
Íinanciamento federal das açôes ambulaíoriais é feito com
base em um valor per capita nacional (R$6,00
habitante/ano). A definição de prioridades deve ser estabelecida através
de metas nacionais, estaduais, regionais ou municipais.
Estabeleceu que o Limite Financeiro da Assistência de Prioridades estaduais ou regionais podem ser agregadas
cada Estado, assim como do DF no que couber, às prioridades nacionais, conforme pactuação local. -
independente de sua condição de gestão, deverá ser
programado e apresentado da seguinte forma: Os estados/região/município devem pactuar as ações
(u) Relação de todos os municípios da necessárias para o alcance das metas e dos objeúvos
UF,
independentemente da sua condição de gestão; propostos.
(b) Condição de gestão do munióípio ou nível de governo
responsável pelo comando único de média e alta São seis as prioridades pactuadas:
complexidade; . Saúde do idoso;
(c) Parcela de recursos financeiros para o atendimento da . Controle do câncer de colo de útero e de mama;
população residente sob gestão municipal; . Redução da mortalidade infantil e materna;

303
. Fortalecimento da capacidade de respostas às favorável do ambiente familiar no processo de
doenças emergentes e endemias, com êníase na recuperação de pacientes e os benefícios adicionais
dengue, hanseníase, tuberculose, malaria e influenza; para o cidadão e o slstema de saúde.
. Promoção da Saúde;
. Fortalecimento da Atenção Básica. B- CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE UTERO E DE
MAMA:
A - SAUDE DO IDOSO
Para eÍeitos desse Pacto será considerada idosa a pessoa 1 - Objetivos e metas para o Controle do Câncer de Colo
com 60 anos ou mais. de Utero:
. Cobertura de 80% para o exame preventivo do câncer
1 - O trabalho nesta área deve seguir as seguintes do colo de útero, conforme protocolo, em 2006.
diretrízes: . lncentivo da realização da cirurgia de alta Íreqüêncla
. Promoção do envelhecimento ativo e saudável; técnica que utillza um instrumental especial para a
. Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa; retirada de lesões ou parte do colo
uterino
. Estímulo às ações intersetoriais, visando à comprometidas (com lesões intra-epiteliais
alto de
integralidade da atenção: grau) com menor dano possÍvel, que pode ser
. A implantação de serviços de atenção domiciliar; realizada em ambulatório, com pagamento
. O acolhimento preferencial em unidades de saúde, diÍerenciado, em 2006.
respeitado o critério de risco;
. Provimento de recursos capazes de assegurar 2 .,M.el?s para o Controle do Cáncer de mama:
qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa;
.1.,:i",Anrp.,liiii,.t,para 60% a cobertura de mamografia,
. Fortalecimento da participação social; conforme protocolo.
. Formação e educação perrnanente dos proÍssionaís . Realizar a punção em 10ô% dos casos necessários,
de saúde do SUs na,ãie.ê.lrue sàüue oà'pêsso*ldoaál',, conforme protocolo.
. Divulgação e informação sobre a Política Nacional de
Saúde da Pessoa ldosa para profissionais de saúde, C- REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA E
gestores e usuários do SUS; INFANTIL:
. ,.P.ͧ.,!l1gÇã.o de coopêração nacionàl e internaciônal das
experiências na átenção à saúde da pessoa idosa: 1 - Objetivos e mêtas parâ a redução da mortalidade
.,;;§ desenvolvirnônto,dÊ estudoso pesq ui sa s. infantil
=i.q;o
,]f '.-:,:,.,1.l tfqr.r;i=..,.... :':-: '1,1, ':r' ' ' I
. Reduzir a mortalidade neonatal em 5o/o,em 2006.
z - Àçoei estrategicas: . Reduzir em 50% os óbitos por doença dianéica e Z0o/o
r Calemeta de Saúde da Pessoa ldosa - lnstrumento por pneumonia, em 2006.
de cidadania com informações relevantes sobre a , Apoiar a elaboração de propostas de intervenção para
saÉde da pessoa idosa, possibilitando um melhor a qualificação da atenção as doenças prevalentes.
àcompanhamento por parte dos prôfissionais de . Criação de comitês de vigilância do óbito êm B0% dos
saúdp".. municípios com população acima de 80.000
. Manual de Atenção Básica e Saúde para a pessoa habitantes, em 2006.
ldosa - Para induião de ações de saúde, tendo por
reÍerência as diretrizes contidaa na política Nàcíonal 2- Objetivos e metas para a redução da mortalidade
de Saúde da Pessoa ldosa. materna
. Programa de Educaçãô permanente à Distáncia - . Reduzir em 5% a razáo dê mortalidade materna, em
lmplementar programa de educação pêrmanêntê nâ 2006.
área do envelhecimento e saúde do idoso, voltado . Garantii'in§umos e medicamentos para tratamento
para profissionais que trabalham na rede de atenção das síndromes hipertensivas no parto.
básica em saúde, contemplando os conteúdos . Qualificar os pontos de distribuição de sangue para
das repercussões do processo de
especíÍicos que atendam as necessidades das maternidades e
envelhecimento populacional para a saúde individual e outros locais de parto.
para a gestão dos serviços de saúde.
. Acolhimento - Reorganizar o processo de acolhimento D _ FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE
à pessoa idosa nas unidades de saúde, como uma RÊSPOSTAS AS DOENÇAS EMERGENTES E
das estratégias de enfrentamento das dificuldades ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE, HANSENIASE,
TUBERCULOSE, MALARIA E INFLUENZA.
atuais de acesso,
' Assistência Farmacêutica - Desenvolver ações que - Objetivos e metas para o Controle da Dengue
1
visem qualificar a dispensação e o acesso da . Plano de Contingência para atenÇão aos pacientes,
população idosa.
elaborado e implantado nos municípios prioritários, em
. Atenção Diferenciada na lnternação - lnstituir 2006:
avaliação geriátrica global realizada por equipe . Reduzir a menos de 1% a infestação predial por
multidisciplinar, a toda pessoa idosa internada em
Aedes aegypti em 3070 dos municípios prioritários ate
hospital que tenha aderido ao Programa de Atenção
2006;
Domiciliar. . 2 - Meta para a Eliminação da Hanseníase:
. Atenção domiciliar - lnstituir esta modalidade de . Atingir o patamar de eliminação enquanto problema
prestação de serviços ao idoso, valorizando o efeito
de saúde pública, ou seja, menos de 1 caso por
304
10.000 habitantes em todos os municípios prioritários,
em 2006.
governo, com vistas à qualificação da gestão
descentralizada.
. 3 - Metas para o Controle da Tuberculose: .
. Apoiar diferentes modos de organização e
Atingir pelo menos 85% de cura de casos novos de
fortalecimento da Atenção Básica que considere
tuberculose bacilífera diagnosticados a cada ano;
os princípios da estratégia de Saúde da FamÍlia,
. 4- Meta para o Controle da Malária
respeitando as especifi cidades Ioco_regionais,
. Reduzir em 'l S% a Incidência parasitária Anual, na
região da Amazônia Legal, em 2006;
. 5 - Objetivo para o controle da lnfluenza PACTO EM DEFESA DO SUS
. lmplantar plano de contingência, unidades sentinelas
e o sistema de informação - SlVEpGRlpE, em 2006. DIRETRIZES
O trabalho dos gestores das três esferas de governo e dos
E - PROMOÇÃO OR SAUDE outros atores envolvidos dentro deste pacto deve
considerar as seguintes diretrizes:
1 - Objetivos:
. Elaborar e implementar uma política de promoção da 1 - Expressar os compromissos entre os gestores do SUS
Saúde, de responsabilidade dos três gestores; com a consolidação da Reforma Sanitária Brasileira,
. Enfalizar a mudança de comportamento da população explicitada na defesa dos princípios do Sistema Unico de
brasileira de forma a internalizar a responsabilidade Saúde estabelecidos na Constituição Federal.
individual da prática de atividade física regular,- . Desenvolver e articular ações, no seu ámbito de
alimentação adequada e saudável e"ôombatá ao
,,."r,,,, eompêtênçia e em conjunto com os demais gestores,
;j.",.,;i,i,'quê visem qualificar e assegurar o Sistema único de
. e promoúer os diversôs . programai d"
Articular Saúde como política pública.
promoção de atividade física já eilsteÀies e afoiar a
criação de outros; 2 - O Pacto em Defesa do SUS deve se firmar através de
. ;;;;;;;;;;;;; concretas ' fero hábito da iniciativas que busquem:
alimentação saudável; . A repolitização da saúde, como um movimento que
. Elaborar e pactuar a política Nacional de promoção retoma a Reforma Sanitária Brasileira aproximando_a
da Saúde que contemple as especifcidades próprias dos desafios atuais do SUS;
dos estados e múnicípioi oeveàOo iniciar sua . A Promoçâo da Cidadania como estratégia de
mobilização social tendo a questão da saúde como
um direito;
F - FORTALECTMENiO DA AiENÇÃO eÁSrcn
: -
. A garantia de financiamento de acordo com as
ttll l :'- ;' :_

necessidades do Sistema;
1 : Obietivos -
-.' Assumir a estiâtfui, J" *rOO" da famítia como 3 - Açôes do Pacto em Defesa do SUS;
"'estratégia...priãritária
óàia.".o fbrtahcimento da As ações do Pacto em Defesa do SUS devem contemplar:
,atenção básiba, dávóneo iáu,,detenvolvimento . Articulação e apoio à mobilização social pela
considerar ás Oifeiénças loio-regionais. promoção e desenvolvimento da cidadania, tendo a
. Desenvolvei ,açôês dó qualificação dos questão da saúde como um direito;
profissionais da atenção básica por meio de
i.:l
. Estabelecimento de diálogo com a sociedade, além
estrategias de educação pàrmanànte e de oferta dos limites institucionais do SUS;
de cursos de espeCiatização e iigsidgncia,,.: l ,.Ampliação e fortalecimento das relações com os
multiprofissional e em medicina da família. , môvjmenios sociais, em especial os que lutam pelos
. Consolidar e qualificar a estratégia dà saúde da direitos da saúde e cidadania;
família nos pequenos e médios municípios. . Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos
. Ampliar e qualificar a estratégia de saúde da Usuários do SUS;
família nos grandes centros urbanos. . Regulamentação da EC no 29 pelo Congresso
. Garantir a infra-estrutura necessária ao Nacional, com aprovação do pL no 01/03, já aprovado
funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, e aprimorado em três comissões da Câmara dos
dotando-as de recursos materiais, equipamentos Deputados;
e insumos suficientes para o conjunto de ações . Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos
propostas para esses serviços. orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o
. Garantir o Íinanciamento da Atenção Básica como compromisso de cada uma delas em açÕes e serviços
responsabilidade das três esferas de gestão do de saúde de acordo com a Constituição Federal.
SUS.
. Aprimorar a inserção dos proflssionais da PACTO DE GESTÃO
Atenção Básica nas redes locais de saúde, por
meio de vínculos de trabalho que favoreçam o . Estabelece Diretrizes para a gestão do sistema nos
provimento e fixação dos profissionais. aspectos da Descentra lzação;
. lmplantar o processo de
monitoramento e
. Regionalização; Financiamento, planejamento;
avaliação da Atenção Básica nas três esferas de Programação Pactuada e lntegrada - ppl;
Regulação;

305
. Participação Social e Gestão do Trabalho e da No âmbiio regional deve refletir as necessidades para
Educação na Saúde. se alcançar a suficiência na atenção básica e parte da
media complexidade da assistência, conforme
DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS desenho regional e na macrorregião no que se refere
à alta complexidade.
Premissas da descentralização Deve contemplar também as necessidades da área da
vigilância em saúde e ser desenvolvido de forma
Buscando aprofundar o processo de descentralização, articulada com o processo da PPI e do PDR.
com ênfase numa descentralização compafiilhada, são
fixadas as seguintes premissas, que devem orientar este
processo:
. Cabe ao Ministério da Saúde a proposição de Objetivos da Regionalização:
políticas, participação no co-financiamento,
cooperação técnica, avaliação, regulação, controle e
. Garantir acesso, resolutividade e qualidade às ações
fiscalização, além da mediação de conflitos; e serviços de saúde cuja complexidade e contingente
. Descentralização dos processos administrativos populacional transcenda a escala local/municipal;
relativos à gestão para as Comissões lntergestores
. Garantir o direito à saúde, reduzir desigualdades
Bipartite; sociais e territoriais e promover a eqüidade, ampliando
. As Comissões lntergestores Bipartite são instâncias a visão nacional dos problemas, associada à

de pactuação e deliberação para a realizaÇão dos capacidade de diagnóstico e decisão loco-regional,


pactos intraestaduais e a deÍinição l,de ,.mpdelos que possibilite os meios adequados paru a redução
organizacíonais, a nqdir ,. de ,: diretriaes' e nolmas das dêsigualdades no acesso às ações e serviços de
pactuad as n a Corni§sáô,, lhtêlgêstôres Tripartite; saúde existentes no país;
. As deliberaçÕes das Comissões lntergestores Bipartite
. Garantir a integralidade na atenção a saúde,
e Triparlite devem ser por consenso; ampliando ô conceito de cuidado à saÚde no processo
. A Comissâo ilntêrgestores Tripârtite e o Ministé;;io da de reordenamento das ações de promoção,
Saúdê ' ê âpôiarâô procês§ô de
prg-movêrão prevenção, tratamento e reabilitação com garantia de
quafiÍicação 'pérmqnente para as Oomissões acesso a todos os níveis de complexidade do sistema;
lntergestores Bipartite;
. Potencializar o processo de descentralização,
. O detalhamento deste processo, no que se reÍere à fortalecendo estados e municípios para exercerem
descentralização de açôes realizadas hoje pelo papel de gêstores e para que as demandas dos
.,1111,ri rio, da Saúde, ,será ôbjêtô de portaria diferentes interesses loco-regionais possam ser
e§pecífica. organizadas e expressadas na região;
. Racionalizar os gastos e otimizar os recursos,
Regionálizaçro possibilitando ganho em escala nas ações e serviços
,,. , de saúde de abrangência regional,
.
. n RbgionalizaçQo é ufiâ diretriz do Sistema Único de
Sli$de e um eixo êstfyturántê do Pâütô de Gestão e Regiões de Saúde
devô,qfíentar: a descentt:allzaçfio das aÇões ê serviços
de. saúde. e,, os prorcs 'de_negoclaçáo'e paetuação
, As Regiões de Saúde são recortes territoriais
entre os gestores. inseridos em um espaço geográfico contínuo,
. Os principais insfuméntos de planejamento da identificadas pelos gestores municipais e estaduais a
Regionalização são o Plano Diretol de,Regionalizaçâo partir _de identidades culturais, econômicas e sociais,
- PDR, o Plano Diretor de lnve§timento - PDI ê â de,.'' ê§i ê comunicação e infra-estrutura de
Programação Pactuada e lntegrada da Atenção em transportes compartilhados do território;
Saúde - PPl, detalhados no corpo deste documento.
. A Região de Saúde deve organizar a rede de ações e
. O PDR deverá expressar o desenho final do processo serviços de saúde a fim de assegurar ocumprimento
de identiÍicação e reconhecimento das regiões de dos princÍpios constitucionais de universalidade do
saúde, em suas diferentes Íormas, em cada estado e acesso, eqüidade e integralidade do cuidado;
no Distrito Federal, objetivando a garantia do acesso, . A organização da Região de Saúde deve favorecer a

a promoção da equidade, a garantia da integralidade ação cooperativa e solidária entre os gestores e o


da atenção, a qualificação do processo de fortalecimento do controle social;
descentralização ea racionalização de gastos e
otimização de recursos. 0rrlénos para a composçôo aa Região de Saúde. expressa na PDR:
. Para auxiliar na função de coordenação do processo
de regionalização, o PDR deverá conter os desenhos ,Conttguúade enue os munibtpios.

das redes regionalizadas de atenção à saúde, .ÊespêlÍo á identidade exprêsôâ no cotidtanl soctbl económlço e cullura!
,§rislência de lnfra-eslrrdurc de lranspoffes e de redes de contunicaçã0,
organizadas dentro dos territórios das regiÕes e
qüe permfta ü tánsttô das pessoas ení"Ê os fiilnlc/plos;
macrorregiões de saúde, em adiculação com o
.fxlsÍêncla de /luxos asslsfenü,als que devem ser arYerados, se necessário.
processo da Programação Pactuada lntegrada.
para a organizaçãc da rede de atenção à saúde.
. O PDI deve expressar os recursos de investimentos
para atender as necessidades pactuadas no processo
As regiÕes podem ter os seguintes Íormatos:
de planejamento regional e estadual.

306
* Regiões intraestaduais, compostas por mais de um destinadas ao custeio de ações de atenção básica à
município, dentro de um mesmo estado; saúde;
* Regiões lntramunicipais, organizadas dentro de um
mesmo município de grande extensão territorial e Os recursos financeiros do pAB serão transferidos
densidade populacional; mensalmente, de forma regular e automática, do Fundo
t Regiões lnterestaduais, conformadas a partir de Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde dos MunicÍpios e
municípios limÍtrofes em diferentes estados; do Distrito Federal.
n Regiões Fronteiriças, conformadas a partir de
municípios limítrofes com países vizinhos. O Piso da Atenção Básica Variável - pAB Variável consiste
. Nos casos de regiões fronteiriças o Ministério da em um montante financeiro destinado ao custeio de
Saúde deve envidar esforços no sentido de promover estratégias específicas desenvolvidas no ámbito da
articulação entre os paÍses e órgãos envolvidos, na Atenção Básica em Saúde.
perspectiva de implementação do sistema de saúde e
conseqüente organização da atenção nos municípios O PAB Variável passa a ser composto pelo financiamento
fronteiriços, coordenando e fomentando a constituição das seguintes estratégias:
dessas Regiões e participando do colegiado de gestão . Saúde da Familia,
regional. ; Agentes Comunitários de Saúde,
> Saúde Bucal;
Mecanismos de Gestão Regional ) Compensação de especificidades regionais
) Fator de incentivo da Atenção Básica aos povos
. Para qualiÍicar o processo " de region aÍlização, ,.r, .. ..,.166iggn6s.
buscando a garantia e o apiimoramenió dos priÀCipios
do SUS, os gestores de saúde da Região deverão
constituir um espaço permanente de pactuação e co- Município que aderir e implementar as estratégias
gestão solidária "e cooperativa através de um específicas a que se destina e a utilização desses
Colegiado Og GàsFo Regional. A denominação e o recursos deve estar definida no plano Municipal de
funcÍonamento do Colegiado devem ser acordados na Saúde;
otB; > O PAB Variável da Assistência Farmacêutica e da
. O Colegiado de Gestão Regional se constitui num Vigiláncia em Saúde passam a compor os seus
espaço de decisão atraves da identiÍicação, definição Blocos de Financiamento respectivos.
de prioridades e de pactuação de soluções para a
organização de uma rede regional de ações e serviços Compensação de Especificidades Regionais é um
de atenção à saúde, integrada e resolutiva; montante financeiro igual a S% do valor mínimo do pAB
', O. Côlegiado,r'deve ser,r.iOrmadO, ,,pelos gestores fixo multiplicado pela população do Estado, para gue as
municipais de saúde do conjunto de municípiàs e por ClBs definam a utilização do recurso de acordo com as
representantes do(s) gesto(es) estadual(ais), sendo especificidades estaduais, podendo incluir sazohalidade,
as suas decisões sempre por consenso, pressupondo migrações, diflculdade de Íixação de profissionais, lDH,
o envolvimento e comprometimento do'conlunto Oe indicadores de resultados.
g".tà i :osaornpromissospaotuadog;,l
: l . t
,,:, -;rf":.',. Os critérios definidos devem ser informados ao plenário da
CIT.
Financiamento
b) Financiamento para a Atenção de Media e Alta
os brocos de Íinanciamento parà ; l;siiiú,§árt 'i ,, , Gomplexidade
. ôs recursos correspondentes ao Íinanciamento dos
! Atenção de média e alta complexidade procedimentos relativos à média e alta complexidade
> Vigilância em Saúde em saúde compõem o Limite Financeiro da Média e
F Assistência Farmacêutica Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar do
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios.
. Os recursos destinados ao custeio dos procedimentos
pagos atualmente através do Fundo de Ações
a) O financiamento da Atenção Básica e de Estratégicas e Compensação - FAEC serão
responsabilidade das três esferas de gestão do SUS, incorporados ao Limite Financeiro de cada Estado,
sendo que os recursos federais comporão o Bloco Município e do Distrito Federal, conforme pactuação
Financeiro da Atenção Básica dividido em dois entre os gestores.
componentes:
F Piso da Atenção Básica e; O Fundo de Ações Estratégicas e Compensação
> Piso da Atenção Básica Variável - FAEC
se destina, assim, ao custeio de procedimentos, conÍorme
detalhado a seguir:
Seus valores serão estabelecidos em portaria específica, ), Procedimentos regulados pela CNRAC - Central
com memorias de cálculo anexas. Nacional de Regulação da Alta Complexidade;

O Piso de Atenção Básica - PAB consiste em um montante ) Ações Estratégicas Emergenciais, de caráter
de recursos financeiros, que agregam as estratégias temporário, implementadas com prazo pré-definido;
307
) Novos procedimentos: cobeftura financeira de e) Financiamento para a Gestão do Sistema Unico de
aproximadamente seis meses, quando da inclusão de Saúde
novos procedimentos, sem correlação à tabela . O financiamento para a gestão destina-se ao custeio de
vigente, até a formação de série historica para a ações especÍficas relacionadas com a organização dos
devida agregação ao MAC. serviços de saúde, acesso da população e aplicação dos
recursos financeiros do SUS.
c) Financiamento para a Vigilância em Saúde . O financiamento deverá apoiar iniciativas de
. Os recursos financeiros correspondentes às açÕes de Íortalecimento da gestão, sendo composto pelos seguintes
Vigilância em Saúde comporão o Limite Financeiro de sub-blocos;
Vigilância em Saúde dos Estados, Municípios e do > Regulação, controle, avaliação e auditoria
Distrito Federal e representam o agrupamento das ), Planejamento e Orçamento
ações da Vigilância Epidemiológica, Ambiental e )- Programação
Sanitária; ), Regionalização
. O Limite Financeiro da Vigilância em Saúde é Participação e Controle Social
composto por dois componentes: da Vigiláncia Gestão do Trabalho
Epidemiológica e Ambiental em Saúde e o Educação em Saúde
componente da Vigilância Sanitária em Saúde; lncentivo à implementação de políticas específicas
. O financiamento para as ações de vigilância sanitária
deve consolidar a reversão do modelo de pagamento
por procedimento, oferecendo cobertura-. para o DECRETO 7.508, DE 28 DE JUNHO DÉ 2011 .
NO
custeio de ações coletivas vip,andô garanlir o ,Çontrole Regülamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro
de riscos sanitários -ineronies ao objeto de ação, de 1990,,para dispor sobre a organização do
avançando em âçÕes dê iegufaçâo, controle e Sistema Unico de Saúde - SUS, o planejamento
avaliação de produtos e serviços associados ao da saúde, a assistência à saúde e a articulação
conjurlto das atividâdes, interfederativa, e dá outras providências.

d) Financiamento para a Assistência Farmacêutica


. A A§§istência Far:macêutioa sgrá financiadâ pelos três Art. 1 Este Decreto regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de
setembro de 1990, para dispor sobrê a organização do
gê$tÕtês do SUS devendô âgrêgâr â âquisição de Sistema Unico de Saúde - SUS, o planejamento da saúde,
medicamentos e insumos e a organização das ações a assistência à saúde e a articulação interfederativa.
,,, d.ê asslstência Íarmacêuti3a ne.cesyias, de acordo
zãçáo de,,servieos de saúde A1L.2 Para efeito deste Decreto, considera-se:
,,il' raríian

O tslo,sõr Íina nciârfl ento d a Aggistência


:
Fa rmacê utica se I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo
organiza em três componentes: constituído por agrupamentos de MunicÍpios limítroíes,
delimitado a parlir de identidades culturais, econômicas e
z t1âSlCO,
sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de
> Eslrátégico e; transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a
> Mêdicamentos de Dispensaçâo Excepcional, organização, o planêjamento e a execução de ações e
serviços de saúde;
'Assistência Fârmacêutica
O Componente Básico da
consiste em financiamento para ações de assistência ll - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde -
farmacêutica na atenção básica em saúde e pâra agrâvos acordo de colaboração firmado entre entes federativos
e programas de saúde específicos, inseridos na rede de côm a finalidade de organizar e integrar as ações e
serviços.de saúde na rede regionalizada e hierarquizada,
cuidados da atenção básica, sendo de responsabÍlidade
cornldefinilao de responsabilidades, indicadores e metas
dos três gestores do SUS. de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos
financeiros que serão disponibilizados, forma de controle e
O Componente Básico é composto de uma Parte Fixa e de fiscalização de sua execução e demais elementos
uma Parte Variável, sendo: necessários à implementação integrada das ações e
. Parte Fixa: valor com base per capita para ações de serviços de saúde;
assistência farmacêutica para a Atenção Básica,
transferido Municípios, Distrito Federal e Estados,
lll - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à
saúde do usuário no SUS;
conforme pactuação nas CIB e com contrapartida
financeira dos estados e dos municípios. lV - Comissões lntergestores - instâncias de pactuação
. Parte Variável: valor com base per capita para ações consensual entre os entes federativos para definição das
de assistência farmacêutica dos Programas: regras da gestão compartilhada do SUS;

i Asma e Rinite; V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição


) Saúde Mental:
de recursos humanos e de ações e serviços de saúde
ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-
> Saúde da Mulher: se a capacidade instalada existente, os investimentos e o
) Alimentação e Nutrição; desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do
) Combate ao Tabagismo. sistema;

Vl - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e


serviços de saúde articulados em nÍveis de complexidade
308
crescente, com a finalidade de garantir a integralidade
da
assistência à saúde;

Vll. -, Serviços_ Especiais de Acesso Aberto _


serviços de
saú_de específicos para o atendimento Oa pessoa que,
em
razão de agravo ou de situação laOoral, necessita
de
atendimento especial; e

Vlll - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica _ documento


que estabelece: critérios para o diagnbstico
da doença ou Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de
do agravo à saúde; o tratamento-preconizado, com os acordo
medicamentos e demals produtos apropriados, quando com o pactuado nas Comissões lntergestores, os entes
couber; as. posologias recomendadas; os mecanismos federativos poderão criar novas portãs de Entrada
às
controle clínico; e o acompanhamento e a verificação
de ações serviços de saúde, considerando as
dos características da Região de Saúde.
resulta^dos terapêuticos, a serem seguidos pelos
gestores
do SUS.
Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e
aos
serviços de saúde será ordenado pela atençãó primária
Art. 3 O SUS é constituído pela conjugação das
ações e e deve ser fundado na avaliação da gravidade do risco
serviços de promoção, proteção' j i".rf"rrçáo oa individual e coletivo e no critério cronoiógico, observadas
saúde,executados pelos entes feàerativos, de forma
direta as especificidades previstas para pessoãs com proteção
ou indireta, mediante a participaçao comjtementar da
iniciativa privada, sendo 'organizado' de forma
especial, conforme legislação vigente.
regionalizada e hierarquizada.
,.Pgrágrafo único A população indígena contará com
rêgrâmehtos diferenciados de acesso, compatíveis com
Seção I
suas especificidades ê com a necessidade de assistência
rntegral à sua saúde, de acordo com disposiçÕes
Das Regiões de Saúde do
Ministério da Saúde.

CAPíTULO III

DO PLANEJAMENTO DA SAUDE

Art. 15. O processo de planejamento da saúde será


ascendente e integrado, do nível local até à feaeia[
ouvidos. os respectivos Conselhos J"- ,óãt.ia*,
...
compatibilizando-se as necessidades das pofiticái-
saúde com a disponlbilidade de recursos tinanéeiros.- - --
Oe

O planejamento da saúde é obrigatório para


§,1
públicos e
os entes
será indutor de políticãs parà ,- últüiirà

§2 de que trata o caput será efetuada


^A.c.ompatibilização
no ambtto dos planos de saúde, os quais serão resultado
do planejamento integrado dos entes f"d;r;tJ;;,
-;
deverão conter metas dé saúde.

, § 3 O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as


seqm observadas na etaboraçãó dos ptanos
!1etr!99
0e 3 -
saúde, de acordo com as características
epidemiológicas e da organização ae sàrvifos nos
l,t 9 As Regiões de Saúde serão
transferências
referência para as
de recursos entre os entes federativos.
federativos e nas RegiÕeõ Oe SáuOe.
entes

Art. 7 As Redes de Atenção à Saúde Art..'16. No planejamento devem ser considerados os


estarão serviços e as ações prestados pela iniciativa privada,
compreendidas no âmbito de uma Região de Saúde, ou de de
várias delas, em consonáncia com iiretiiies pactuadas Íorma complementar ou não ao SUS, os qúais
deverão
nas Comissões lntergestores. compor os Mapas da Saúde regional, estadual e nacional.

AÍ1. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na


Parágrafo único. Os entes federativos definirão os
identificação
das necessidades de saúde e orientará o planejamento
seguintes elementos em relação às Regiões de
Saúde: integrado dos entes federativos, contribuindo para
o
| - seus limites geográficos; estabelecimento de metas de saúde.
ll.- população usuária das ações e serviços;
- rol de ações e serviços que serão ofertados;
lll. CAPiTULO IV
respectivas iesponsabilidrO"., -- .iiterio. de
e
lV -
acessibilidade e escala para conformação dos DA ASSISTÊNCIA A SAUDE
serviços.
Art 20.
Seção tt

med ia nte, refe re n ciqmi nio dõIiliiõlãã


Da Hierarquização reg iona I e
interestadual, conforme pactuado nas Comissões
lntergestores.

309
Seção I § 1o Os entes federativos poderão ampliar o acesso do
usuário à assistência Íarmacêutica, desde que questões de
Da Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - saúde pública o justifiquem.
RENASES
§ 2o O Ministerio da Saúde poderá estabelecer regras
Art, 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de diferenciadas de acesso a medicamentos de caráter
Saúde - RENASES compreende todas as ações e serviços especializado,
que o SUS oferece ao usuário para atendimento da
integralidade da assistência à saúde. Art. 29. A RENAME e a relação específica complementar
estadual, distrital ou municipal de medicamentos somente
An.22. O Ministerio da Saúde disporá sobre a RENASES poderão conter produtos com registro na Agência Nacional
em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas de Vigilância Sanitária - ANVISA.
pela ClT.
CAPÍTULO V
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministerio da Saúde
consolidará e publicará as atualizações da RENASES. DA ARTICULAÇÃO I NTERFEDERATIVA

23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Art. Seção I

Municípios pactuarão nas respectivas Comissões


lntergestores as suas responsabilidades em relação ao rol Das Comlssões I ntergestores
de ações e serviços constantes da RENASES
,.: :. 30i . As Comissões lnterqestores pactuarão a
Ar,ti
Afr.. 24. os Estados, o Distrito Federal,eró§'lrlünictplos 9iüârll*âcâ ê ',funcionamento das ações e serviços
poderão adotar relações especíÍioas e cornplementares de de"§áúdeiinteErados em iêdes de atenção à saúde,
ações e serviços de saúde, em consonância4om a sendo:
RENASES, respeitadas as responsabilidades dos entes
pelo seu finarieiamentoi dê::áCüidô com ô :pactuado nas | - a GlT, no âmbíto da União, vinculada ao Ministério da
Saúde para efeitos administrativos e operacionais;
ll - a CtB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria
Estadual de Saúde para efeitos administrativos e
',i'ii11i1"'
,

§eçãô ll " l operacionais; e


lll - a Comissâo lntergestores Regional - ClR, no âmbito
pU me.rçae nacona Essenciais - regional. vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para
§gff;|,;rr"n"s efeitos administrativos e operacionais, devendo observar
as diretrizes da ClB.
#fi iA B;plação :,Nacional de Medicamentos
À,ft.
Eɧtnêlais r RENAM:E cornpreende a 'selecão e a Art. 31. Nas Comissões lntergestorês, os gestorês
oadronizacão de medicamentos indicados para públicos de saúde poderão ser representados pelo
atendÍmento de doencas ou de aqravos no âmbito do Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS,
ryliii ,,,.',.,-
Pará9ffi,,úniçg;.. RENAIvIE ;peçá,âcompanhadá do
pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde - CONASEMS e pelo Conselho Estadual de
Secretarias Municipais de Saúde - COSEMS.
FormuláiiU''1-efápôutleó', Náclonqf .; FTN quê subsidiáiá a
prescrição, a ,,,-
dispensa$o ê ouso dos seus Art. 32. As Comissões lntergestores pactuarão:
medicamentos,
,;, .,i
| - aspectos operacionais, financeiros e administrativos da
Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente para gêstão compartilhada do SUS, de acordo com a deÍinição
dispor sobre a RENAME e' ôs P-lotocolos C!ínico§ -ê d4.r.., política,,rr,$e saúde dos entes federativos,
Diretrizes Terapêuticas em ámbito nacional, observadaC as Có-$úbstánciáõà nos seus planos de saúde, aprovados
diretrizes pactuadas pela ClT. pelos respectivos conselhos de saúde;

ParágraÍo único. A cada dois anos, o Ministerio da Saúde ll - diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração
consolidará e publicará as atualizações da RENAME, do de limites geográficos, referência e contrarreferência e
respectivo FTN e dos Protocolos Clínicos e Diretrizes demais aspectos vinculados à integração das ações e
Terapêuticas. serviços de saúde entre os entes federativos;

Art. 28. O acesso universal e iqualitário à assistência lll -diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e
farmacêutica pressupõe. cumulativamente: interestadual, a respeito da organização das redes de
atenção à saúde, principalmente no tocante à gestão
I - estar o usuário assistido por ações e serviÇos de institucional e à integração das açÕes e serviços dos entes
saúde do SUS; federativos;
ll . ter o medicamento sido prescrito por profissional
de saúde, no exercício reqular de suas funcões no lV - responsabilidades dos entes federativos na Rede de
SUS: Atenção à Saúde, de acordo com o seu porte demográfico
lll - estar a prescricão em conformidade com a e seu desenvolvimento econômico-financeiro,
RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes estabelecendo as responsabilidades individuais e as
Terapêuticas ou com a relaÇão específica solidárias, e
complementar estadual, distrital ou municipal de
medicamentos: e V - referências das regiões intraestaduais e interestaduais
lV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas de atenção à saúde para o atendimento da integralidade
pela direção do SUS. da assistência.

310
Parágrafo único. Serão de competência exclusiva
acordo com o perfil, a organização e a capacidade de
da CIT prestação das ações e dos serviços de cada ente
a pactuação:
federativo da Região de Saúde;
| - das diretrizes gerais para a composição da RENASES;
lV - indicadores e metas de saúde;
ll - dos critérios para o. planejamento integrado das ações
V - estrategias para a melhoria das açÕes e serviços de
e serviços de saúde da Região de Saúdl, em razão do
saúde;
compartilhamento da gestão; e

lll - Vl - critérios de avaliação dos resultados e forma de


das diretrizes nacionais, do Íinanciamento e das monitoramento permanente;
questões operacionais das Regiões de Saúde
situadas em
fronteiras com outros países, respeitadas, em todos
os
casos, as normas que regem as relações internacionais.
Vll - adequação das ações e dos serviços dos entes
Lu99.r3!lo_. em retação às atualizaçôes realizadas na
RENASES;
Seção ll
Vlll - investimentos na rede de serviços e as respectivas
Do Contrato Organizativo da Ação pública da Saúde
responsabilidades; e
Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes lX - recursos Íinanceiros que serão disponibilizados por
federativos para a organização Oa rede interfederativa
de cada um dos partÍcipes para sua execução.
atenção à saúde será firmado por meio de Contrato
Organizativo da Ação pública da Saúde.
,..,t,,,...::t:i it..t:,:.::: | .
iarágraío ,ú1!co O Ministerio da Saúde poderá instituir
{o1mgs de incentivo ao cumprimento das r"tu,
1T: 3a O objeto do Contrato Organtzativo de Ação O" saúde e
à melhoría das ações e serviços de saúde.
Pública da Saúde é a organizàção-e a integração àas
açoes e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade
Art; 17. ,O Gontlato o púbtica de
dos..entes federativos em uma Região de Saúde, com
a
Írnatrd.ade de garantir à intégralidade da assistência
aos fins de qarantia da qestm
usuários.

Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação pública


da Saúde resuttará da integraçãó ààs plános oJãàuo" jã.
entes Íederativos na Reoã de Ai;;çd
como fundamento as pactuações estabelecidas pefa
ã-§;iü;il;
-
Cii.
interesses do usuário: e

e sÇrviços,,de saúde, offi


saúde, o§ critérios deftyrliqêqCI,rcLiidêSe;mpenho, os
recursôs finánceiros ciue serão disponibilizadoà, ,
iórrã
de controle e fiscgli2ação da suá ekecução e demais
:lT:T"^:,1.?cessariós à ímptementação integrada das

§ 1o O Ministàrio da Saúde definirá indicadores Acão Pública de Saúde.-


nacionais
.de garantiá ae á"ássã-';;";çóü1-;;;
serviços de saúde no âmbito ao SU§,'a partir-'ãá 4fr, 3? As normas de elaboração e fluxos do Contrato
diretrizes estabetecidas peto ptano Naciónátáà SdUJ". --
oiganii3lv! de Ação púbtica de Saúde serão pactuados
pefo ÇlT, cabendo à Secretaria de Saúde Estadual
coordenar a sua implementação.
§ 2o O desempenho aferido a partir dos indicadores
nacionais de garantia de acesso servirá como parâmetro
para avaliação do desempenho da prestação
das ações e
dos serviços definidos no Contrato'Organizativo Oe Rçao
Pública de Saúde em todas as Rãgiões de Saú"de, Acão Pública da Saúde.
considerando-se as especificidades munÉipais, regionais
e
estaduais.
§ 1o O Relatorio de Gestão a que se refere o inciso lV do
arl. 4o da Lei no 8,142, de 2g de dezembro de 1gg0,
Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação pública de conterá seção específica relativa aos compromissos
Saúde conterá as seguintei disposiçôes esàenciais:
assumidos no ámbito do Contrato Organizativo de Ação
Pública de Saúde.
|- identificação das necessidades de saúde locais e
regionais;
§ 29 O disposto neste artigo será implementado em
conformidade com as demais formas de controle e
ll - oferta de ações e serviços de vigiláncia em saúde, fiscallzação previstas em Lei.
promoção, proteção e recuperação dá saúde em âmbito
regional e inter-regional ;
CAPITULO VI
lll - responsabilidades assumidas pelos entes federativos
perante DAS DtSPOStÇôES FtNA|S
a população no processo de regionalização, as
quais serão estabelecidas de forma indjvidualizáda. de

311
Art' 42. Sem prejuízo das outras providências legais, o ll - possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de
Ministerio da Saúde informará aos órgãos de controle saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a
interno e externo: porta de entrada aberta e preferencial da rede de
atenção, acolhendo os usuários e promovendo a
| - o descumprimento injustificado de responsabilidades na vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas
prestação de ações e serviços de saúde e de outras necessidades de saúde; o estabelecimento de
obrigações previstas neste Decreto; mecanismos que assegurem acessibilidade e acolhimento
pressupÕe uma lógica de organização e funcionamento do
ll - a não apresentação do Relatório de Gestão a que se serviço de saúde, que parte do princípio de que a unidade
reÍere o inciso lV do a(. 4o da Lei no 8.142, de 1990; de saúde deva receber e ouvir todas as pessoas que
procuram os seus serviços, de modo universal e sem
lll - a não aplicação, malversação ou desvio de recursos diÍerenciações excludentes. O serviço de saúde deve se
Íinanceiros; e organizar para assumir sua função central de acolher,
escutar e oferecer uma resposta positiva, capaz de
lV - outros atos de natureza ilícita de que tiver resolver a grande maioria dos problemas de saúde da
conhecimento, população e/ou de minorar danos e sofrimentos desta, ou
ainda se responsabilizar pela resposta, ainda que esta seja
Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de todas ofertada em outros pontos de atenção da rede. A
as aÇões e se,rviços de saúde que na data da proximidade e a capacidade de acolhimento, vinculação,
publicação deste Decreto são ofertados pelo SUS à responsabilização e resolutividade são fundamentais para
populacão. por meio dos entes federados, de forma a efetivação da atenção básica como contato e porta de
direta ou indireta. entrada preferencial da rede de atenção;

Art.. 44. O Conselho Nacional de Saúdo ê$tâbelecêrá ⧠lll râdscrever os usuários e desenvolver relações de
diretrizes de que trata o § 30 dq art. l5 no prazo de cento vín0ulo e responsabilização entre as equipes e a
e oitenta dias a paftir dâ publicâçâo deste Decreto, população adscrita garantindo a continuidade das açÕes
de saúde e a longitudinalidade do cuidado.A adscrição dos
usuários é um processo de vinculação de pessoas e/ou
POLiTTCA NACTONAL DE ATENÇÃO BASICA famÍlias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo
t 6" 21 11 672s1 1' de ser referência para o seu cuidado. O vínculo, por sua
m,s lâ'aabtl
, ":F,,!*r::iA vez, consiste na construção de relações de afetividade e
:+ " conÍiança entre o usuário e o trabalhador da saÚde,
... permitindo o aprofundamento do processo de
n1!, 1q$pióüár a Política ciônâl dê Atençáo tsásica, com corresponsabilização pela saúde, construído ao longo do
vi§tâs,,à, revisão da regülamenlâção de implantação e
tempo, alem de carregar, em si, um potencial terapêutico.
oÊeffi"o,innaliiaçãoi,,vigentes, nos termos constantes dos
A longitudinalidade do cuidado pressupõe a continuidâde
Anexos a esta Portaria.
da relação clÍnica, com construção de vínculo e
responsabilização entre profissionais e usuários ao longo
Parágrafo único. A Secretaria de Atenção à Saúde, do
Ministério da Saúde (SAS/MS) publicará manuais e guias
do tempo e de modo permanente, acompanhando os
efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos
com, deJêlham-qnto'operaciona I e orientaçóes específicas
na vida dos usuários, ajustando condutas quando
necessário, evitando a perda de referências e diminuindo
Art. 2 " Dêtinir-' qú §:6s,iéeur$B§,io rçgl!.1qr,rtáriog, de q ue trata
os riscos de iatrogenia deconentes do desconhecimento
das histórias de vida e da coordenaçãô do cuidado;
a present$ F,qrtâflái Ooíram, f$nta:, do oiçârtêntô do
Ministério dá .,Saúde,,:, deúên ô,.,onêrâr ôs, §êguintês
Programas de Trabalho:
lV - Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a
l- 10.301 .1214.20AD; F,isp,dg;Atençéo Básica Variáüêl - saber: integraçâo do ações programáticas e demanda
Saúde da Família:
espontáneai articulação das ações de promoção à saúde,
ll- 10.301 .1214.8577 - Piso de AtênCão Básica Fixo; pro11êrl§ãú de agravos, vigiláncia à saúde, tratamento e
lll - 10.301 .1214.8581- Estruturação da Rede de Serviços reabilitação'ê manejo das diversas tecnologias de cuidado
de Atenção Básica de Saúde;
e de gestão necessárias a estes fins e à ampliação da
autonomia dos usuários e coletividades; trabalhando de
lV- 10.301 .1214.8730.0001 - Atenção à Saúde Bucal; e
V - '10.301.1214.1215.0001 - Construção de Unidades forma multiprofissional, interdisciplinar e em equipe;
Básicas de Saúde - UBS.
realizando a gestão do cuidado integral do usuário e
coordenando-o no conjunto da rede de atenção. A
presença de diferentes formações profissionais assim
Art. 3o - Permanecem em vigor as normas expedidas por
este Ministério com amparo na Portaria no 648/GM/MS, de como um alto grau de articulação entre os profissionais é
28 de março de 2006, desde que não conflitem com as essencial, de Íorma que não so as ações sejam
compartilhadas, mas também tenha lugar um processo
disposições constantes desta Portaria.
interdisciplinar no qual progressivamente os núcleos de
competência proÍissionais especíÍicos vão enriquecendo o
Art. 4o Esta Portaria entra em vigor na data de sua
publicação. campo comum de competências ampliando assim a
capacidade de cuidado de toda a equipe. Essa
A Atenção Básica tem como fundamentos e diretrizes:
organização pressupõe o deslocamento do processo de
| - ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir
trabalho centrado em procedimentos, profissionais para
o planejamento, a programação descentralizada e o
um processo centrado no usuário, onde o cuidado do
desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com
usuário é o imperativo ético-político que organiza a
intervenção técnico-científica; e
impacto na situação, nos condlcionantes e determinantes
da saúde das coletividades que constituem aquele V - estimular a participação dos usuários como forma de
territorio sempre em consonáncia com o princÍpio da
eqüidade;
ampliar sua autonomia e capacidade na construção do
cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do
312
território, no enfrentamento dos determínantes e listas de espera (encaminhamentos para consultas
condicionantes de saúde, na organização e orientação dos especializadas, procedimentos e exames), prontuário
serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no eletrônico em rede, protocolos de atenção organizados sob
usuário e no exercício do controle social, a lógica de linhas de cuidado, discussão e análise de
casos traçadores, eventos-sentinela e incidentes críticos,
A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos dentre outros. As práticas de regulação realizadas na
Atenção Básica e Atenção Primária a Saúde, nas atuais atenção básica devem ser articuladas com os processos
concepções, como termos equivalentes. Associa a ambos regulatórios realizados em outros espaços da rede, de
os termos: os princípios e as diretrizes definidos neste modo a permitir, ao mesmo tempo, a qualidade da micro-
documento. regulação realizada pelos profissionais da atenção básica
e o acesso a outros pontos de atenção nas condições e no
A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da tempo adequado, com equidade; e
Família sua estratégia prioritária para expansão e
consolidação da atenção básica. A qualificação da lV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de
Estratégia de Saúde da Família e de outras estratégias de saúde da população sob sua responsabilidade,
organização da atenção básica deverão seguir as organizando as necessidades desta população em relação
diretrizes da atenção básica e do SUS configurando um aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para
processo progressivo e singular que considera e inclui as que a programação dos serviços de saúde parta das
especifi cidades locoregionais. necessidades de saúde dos usuários.

DAS FUNÇÕES NA REDE DE ATENÇÃO A SAUDE DAS RESPONSABILIDADES

Esta Portaria conforme normatização vigente do sUS, ,,$âo:.reçponsabilidades comuns a todas as esferas de
define a organização de Redes de Atenção à Saúde (RAS) governo:
como estratégia para um cuidado integral e dir:scíonado ás
necessidades de saúde dá populaçãó. As RAS constituem- | - contribuir parc a reorientação do modelo de atenção e
se em arranjos organizatiúos formadós por ações e de gestão com base nos fundamentos e diretrizes
serviços de saúde com diferentes conÍiguraçôes assinalados;
tecnológicas e missões assistenciais, articulados de forma
complementar ê com base tenitorial, e têm diversos ll - apoiar e estimular a adoção da estratégia Saúde da
atributos, entre eles destaca-se: a atenção básica Família pelos serviços municipais de saúde como
estruturada como primeiro ponto de atenção e principal estratégia prioritária de expansão, consolidação e
portá de entrada do sistema, constituída de equipe qualificação da atenção básica à saúde;
multidisciplinar que cobre toda a população, íntegrando,
coordenando o cuidado, e atendendo as suas lll - garantir a infraestrutura necessária ao funcionamento
necessidades de saúde. das Unidades Básicas de Saúde, de acordo com ôuas
responsabilidades;
O Decreto no 7.508, de 28 àe julho de 2011, que
regulamenta a Lei no .8.080/90, define que "o acesso lV - contribuir com o financiamento tripartite da Atenção
universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de Básica;
saúde se inícia, pelàà portas Oá entrâda do SUS e se
co m pleta-ha r:ede reslonalizada. e hierarquizada,,. V- estabelecer, nos respectivos Planos de Saúde,
prioridades, estratégias e metas para a organização da
Neste sentido, atenção básice déve alqumas Atenção Básica;
"urpiiidas Redes
funções para contribuir com o funcionamento
de Atenção à Saúde, são elas: l Vl - desenvolver mecanismos técnicos e estratégias
r- ser oãsl: *rã"i"o.riJrãá o" atenáo e de servico de organizacionais de qualificação da força de trabalho fara
saúde com o mais elevado grap de,;descentratizacao á gestão e atenção à saúde, valorizar os profissionais de
capilaridade, cuja participação nô cuidado se faz sémpre saúde estimulando e viabilizando a formação e educação
necessária; '.,:,:l '. I ,, pgfmanênté'dos profissionais das equipes, a garantia de
direitos trabalhistas e previdenciários, a qualificação dos
ll - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e vÍnculos de trabalho e a implantação de carreiras que
demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes associem desenvolvimento do trabalhador com
tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de qualificação dos serviços ofertados aos usuários;
uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos
e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na Vll - desenvolver, disponibilizar e implantar os sistemas de
perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos informações da Atenção Básica de acordo com suas
indivíduos e grupos sociais; responsabilidades;
lll - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir
projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhãr e Vlll - planejar, apoiar, monitorar e avaliar a Atenção
organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção Básica;
das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os
diversos pontos de atenção responsabilizando-se pelo lX - estabelecer mecanismos de controle, regulação e
cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através acompanhamento sistemático dos resultados alcançados
de uma relação horizontal, contínua e integrada com o pelas ações da Atenção Básica, como par1e do processo
objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção de planejamento e programação;
integral.
X - divulgar as informações e os resultados alcançados
Articulando também as outras estruturas das redes de pela atenção básica;
saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais.
Para isso, é necessário incorporar ferramentas e Xl - promover o intercâmbio de experiências e estimular o
dispositivos de gestão do cuidado, tais como: gestão das desenvolvimento de estudos e pesquisas que busquem o

313
aperfeiçoamento ea disseminação de tecnologias e c) bloqueio do repasse de recursos ou demais
conhecimentos voltados à Atenção Básica; providências, conforme regulamentação nacional,
consideradas necessárias e devidamente oÍicializadas pela
Xll - viabilizar parcerias com organismos internacionais, CIB;
com organizações governamentais, não governamentais e
do setor privado, para fortalecimento da Atenção Básica e V - analisar os dados de interesse estadual, gerados pelos
da estratégia de saúde da família no PaÍs; e sistemas de informação, utilizá-los no planejamento e
divulgar os resultados obtidos;
Xlll - estimular a participação popular e o controle social.
Vl - verificar a qualidade e a consistência dos dados
Compete ao Ministério da Saúde: enviados pelos municípios por meio dos sistemas
| - deíinir e rever periodlcamente, de forma pactuada, na inÍormatizados, retornando informaçÕes aos gestores
Comissão lntergestores Tripartite, as diretrizes da Política municipais;
Nacional de Atenção Básica:
Vll - consolidar, analisar e transferir para o Ministerio da
ll - garantir fontes de recursos federais para compor o Saúde os arquivos dos sistemas de informação enviados
Íinanciamento da Atenção Básica; pelos municípios de acordo com os fluxos e prazos
estabelecidos para cada sistema;
lll - prestar apoio institucional aos gestores dos estados,
ao Distrito Federal e aos municípios no processo de Vlll -prestar apoio institucional aos municípios no
qualificação e de consolidação da Atenção Básica; processo de implantação, acompanhamento, e
qualificação da Atenção Básica e de ampliação e
lV - definir, de forma tripartite, estrategias de:articulaçãô consolidação da estratégia Saúde da Família:
com as gestões estaduais e municipais dó SUS com vista§
à institucion alização da avaliaçâô e qualificaçãg da lX i definir estratégias de articulação com as gestÕes
municipais do SUS com vistas à institucionalização da
a:.:::.. ,t avaliação da Atenção Básica;
V- estabelecêiri'1:dê,,Ígrma tripârtitê, diretriies nâCibnqis,. e
disponibiliaar ilrstru!:nÊ,',l:'r.tos t6cnicos e pedagógicos-qúe X - disponibilizar,aos municípios instrumentos técnicos e
facilitem'o protFssô].de gestão, de formação ê êducação pedagogicos que facilitem o processo de formação e
permanente dos gestores e proÍissionais da Atenção educação permanente dos membros das equipes de
Básica;''r '' i :"""-':'-: gestão e de atenção à saúde;

Vl, r,.a,$j,§..!l§r,.co m o M in stéri o da E d u ca ção, e strate g a s d e


i i Xl - articular instÍtuições, em parceria com as Secretarias
induçãó' às mudanças cuniculares nos cursos de Municipais de Saúde, para formação e garantia de
gradüação e pós-graduação na área da saúde visando à educação permanente aos profissionais de saúde das
formaçãô dê profissionais e geslores com perlil adequado equipes de Atenção Básica e das equipes de saúde da
à Atenção Básica; e famÍlia; e

Vll - apoiar a articulação de instituições. em parceria com Xll - promover ointercâmbio de experiências entre ôs
as Seoretariâs de Saúde Êstaduais, Municipais e do diversos municípios, para disseminar tecnologias e
DistrltôJederal, para forÍnâçáó ê garantiâ de educação conhecimentos voltados à melhoria dos serviços da
qgrmfunte pârâ os prôfis§ionais de saúde da Atenção Atenção Básica.
Básica, ' '..,,,
: Compete às Secretarias Municipais de Saúde e ao Distrito
Compete às Sebretarias Estaduais de Saúde e ao Distrilo Federal:
Federal: | - pactuar, com a Comissão lntergestores Bipartite,
I- pactuar, com a
Ôomissão lntêt:geqtorês: , BipaÉitê; através do COSEMS, estratégias, diretrizes e normas de
estratégias, diretrizes e normas de implementgção da implemeltgg,ãp., da,Atenção Básica no Estado, mantidos as
Atenção Básica no Estado, de forma complemê-ntâr às diretrizes'ê os princípios gerais regulamentados nesta
estratégias, diretrizes e normas existentes, desde que não Portaria;
haja restrições destas e que sejam respeitados as
diretrizes e os princípios gerais regulamentados nesta ll - destinar recursos municipais para compor o
Portaria; financiamento tripartite da Atenção Básica;

ll - destinar recursos estaduais para compor o lll - ser co-responsável, junto ao Ministério da SaÚde, e
financiamento tripartite da Atenção Básica prevendo, entre Secretaria Estadual de Saúde pelo monitoramento da
outras, Íormas de repasse fundo a fundo para custeio e utilização dos recursos da Atenção Básica transferidos aos
investimento das ações e serviços; município;

lll - ser co-responsável, pelo monitoramento da utilização lV - inserir a estratégia de Saúde da Família em sua rede
dos recursos federais da Atenção Básica transferidos aos de serviços como estratégia prioritária de organização da
municÍpios; atenÇão básica;

lV - submeter à ClB, para resolução acerca das V - organizar, executar e gerenciar os serviços e ações de
irregularidades constatadas na execução dos recursos do Atenção Básica, de forma universal, dentro do seu
Bloco de Atenção Básica, conforme regulamentação território, incluindo as unidades próprias e as cedidas pelo
nacional, visando: estado e pela União;
a) aprazamento para que o gestor municipal corrija as
irregularidades; Vl - prestar apoio institucional às equipes e serviços no
b) comunicação ao Ministério da Saúde, processo de implantação, acompanhamento, e

314
qualiflcação da Atenção Básica e de ampliação e
consolidação da estratégia Saúde da Família; 2. área de recepção, local para arquivos e registros, sala
de procedimentos, sala de vacinas, área de dispensação
Vll - Definir estratégias de institucionalização da avaliação de medicamentos e sala de armazenagem de
da Atenção Básica; medicamentos (quando há dispensação na UBS), sala de
inalação coletiva, sala de procedimentos, sala de coleta,
Vlll - Desenvolver ações e articular instituições para sala de curativos, sala de observação, entre outros:
formação e
garantia de educação permanente aos
profissionais de saúde das equipes de Atenção Básica e 2.1 . as Unidades Básicas de Saúde Fluviais deverão
das equipes de saúde da família; cumprir os seguintes requisitos específicos:
lX - selecionar, contratar e remunerar os profissionais que 2.1.1. quanto à estrutura fÍsica mÍnima, devem dispor de:
gompõem as equipes multiprofissionais de Atenção consultório médico; consultório de enfermagem; ambiente
Básica, em conformidade com a legislação vigente; para armazenamento e dispensação de medicamentos;
laboratório; sala de vacina; banheiro público; banheiro
X - garantir a estrutura física necessária para o exclusivo para os funcionários; expurgo; cabines com
funcionamento das Unidades Básicas de Saúde e para a leitos em número suficiente para toda a equipe; cozinha;
execução do conjunto de ações propostas, podendo contar sala de procedimentos; e, se forem compostas por
com apoio técnico e/ou financeiro das Secretarias de profissionais de saúde bucal, será necessário consultorio
Estado da Saúde e do Ministério da Saúde; odontologico com equipo odontologjco completo;

Xl - garantir recursos materiais, equipamentos e insumos c) devem possuir identificação segundo padrões visuais do
suficientes para o funcionamento das Unidados Básicas de da,Atenção Básica pactuados nacionalmente;
Saúde e para a execução do conjunto de ações propostas; , ;SUS,,e

:, ' d)" recomenda-se que estas possuam


Xll - programar as ações da Atenção Básica a partir de sua conselhos/colegiados, constituídos de
gestores locais,
base territorial e de acordó com as iiàcessidad"às de saúde profissionais de saúde e usuários, viabilizando a
das. pe.ssoas, 'utilizando instrumento dá programáçao participação social na gestão da Unidade Básica de
Saúde;
rir:.4 L rrr=iliÍi:=lL riÊiÍ
iiia

Xlll - Alimentar, analisar e verificar


=""i a oualidàde e a lll - manutenção regular da infraestrutura e dos
consistência dos dados alimentados nos sistemas equipamentos das Unidades Básicas de Saúde;
nacionais de informaçâo a serem enviados às outras
esferas de'gestão, utilizá-los no planejamento e divulgar os lV - existência e manutenção regular de estoque dos
insumos necessários para o funcionamento das unidades
básicas de saúde, incluindo dispensação de
ofi#o o"lü"uáí#, r#,ãffia sârantia das medicamentos pactuados nacionalmente quando esta
referênCüs a serviços b açôes lsat fota dã;,âmbito da dispensação está prevista para serem realizadas naquela
ntgnea,g Básica e 'de acordo com a§'hecessidades de UBS;
saúde'dos usuários;
V - equipes multiprofissionais compostas, Çonforme
XV - manter atualizado o cadastm no sistema de Cadastro modalidade das equipes, por médicos, enfermeiros,
Nacional vigente, dos proÍissionais, de servicos e de cirurgiões-dentistas, auxiliar em saúde bucal ou técnico em
estabelecimentos,ambulatoriais, públicós e privãdos, sob saúde bucal, auxiliar de enfermagem ou técnico de
enfermageme Agentes Comunitários da Saúde, dentre
outros profissionais em função da realidade
XVI - assegura, o crmpri*entô da âarg u holari, inteqral epidemiológica, institucional e das necessidades de saúde
de todos os profissionáis.que &mpO* as equipes-de da população;
atenção básica, de acordo ôom',as jomadàs de trabalho
especificadas no SCNES e a modalidàde de atenÇão. Vl - cadastro àtualizado dos profissionais que compõe a
equipe de atenção básica no sistema de Cadastro
Da infraestrutura e funcionamento da Atenção Básica São Nacional vigente de acordo com as normas vigentes e com
necessárias à realização das ações de Atenção Básica as cargas horárias de trabalho informadas e exigidas para
nos municípios e Distrito Federal: cada modalidade;
|- Unidades Básicas de Saúde (UBS) construídas de V-ll - garantia pela gestão municipal, de acesso ao apoio
acordo com as normas sanitárias e tendo como referência diagnóstico e laboratorial necessário ao cuidado resolutivo
o manual de infra estrutura do Departamento de Atenção da população; e
Básica/SAS/ MS;
Vlll - garantia pela gestão municipal, dos fluxos definidos
ll - as Unidades Básicas de Saúde: na Rede de Atenção à Saúde entre os diversos pontos de
a) Devem estar cadastradas no sistema de Cadastro atenção de diferentes conÍigurações tecnológicas,
Nacional vigente de acordo com as normas vigentes; integrados por serviços de apoio logístico, técnico e de
gestão, para garantir a integralidade do cuidado.
b) Recomenda-se que disponibilizem, conforme
orientações e especificaçÕes do manual de infra estrutura
do Departamento de Atenção Básica/SAS/ MS:
1. consultório médico/enfermagem, consultório
odontológico e consultório com sanitário, sala
multiprofissional de acolhimento à demanda espontánea,
sala de administração e gerência e sala de atividades
coletivas para os profissionais da Atenção Básica;

315
diÍiculdades vivenciadas pelos trabalhadores em seu
Com o intuito de facilitar os princÍpios do acesso, do
cotidiano.
vínculo, da continuidade do cuidado e da responsabilidade
sanitária e reconhecendo que existem diversas realidades
socio epidemiologicas, diferentes necessidades de saúde e
Nessa mesma linha é importante diversificar este
repertório de açÕes incorporando dispositivos de apoio e
distintas maneiras de organização das UBS, recomenda-
cooperação horizontal, tais como trocas de experiências e
SE;
discussão de situações entre trabalhadores, comunidades
de práticas, grupos de estudos, momentos de apoio
| - para Unidade Básica de Saúde (UBS) sem Saúde da
matricial, visitase estudos sistemáticos de experiências
Família em grandes centros urbanos, o parámetro de uma
inovadoras, etc.
UBS para no máximo 18 mil habitantes, localizada dentro
do território, garantindo os princípios e diretrizes da
Por fim, reconhecendo o caráter e iniciativa ascendente da
Atenção Básica; e
educação permanente, é central que cada equipe, cada
unidade de saúde e cada município demandem, proponha
ll - para UBS com Saúde da Família em grandes centros e desenvolva ações de educação permanente tentando
urbanos, recomenda-se o parâmetro de uma UBS para no
combinar necessidades e possibilidades singulares com
máximo 12 mil habitantes, localizada dentro do território, ofertas e processos mais gerais de uma política proposta
garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica.
para todas as equipes e para todo o município. E
importante sintonizar e mediar as ofertas de
Educação permanente das equipes de Atenção Básica: educaÇão permanente pré-formatadas (cursos, por
exemplo) com o momento e contexto das equipes, para
A consolidação e o aprimoramento da Atenção Básica que façam mais sentido e tenham, por isso, maior valor de
como importante reorientadora do modelo de atençâo à uso,e..eÍelivida.Qe.
saúde no Brasil requer um sabç; e um Íazer êm bdup.qçqo
permanente que sejam encarnados na prática concretá Dêfiodo análogo é importante a articulação e apoio dos
dos serviços de saúde. A educação perrnanente.deve sêr governos estaduaise federal aos municípios buscando
constitutiva, portanto; 6s quâlificâçâo das práticas de responder suas necessidades e fortalecer suas iniciativas.
cuidado, geslãorÊ participâçãoi populâr. A referência é mais de apoio, cooperação, qualificação e
oferta de diversas iniciativas para diferentes contextos que
O redirecionamento do modelo de atenção impõe a tentativa de regular, Íormatar e simplificar a diversidade
clarartlêt1te a néeêssídade, de transformâçâo permanente de iniciativas.
do íuncionamento dos serviços e do processo de trabalho
das Ocllipes exigindo ,dê seus atores (trabalhadores, Do Processo de trabalho das equipes de Atenção Básica:
gêstCIrs§ e usuários) :, maior capacidade de análise,
intervenção e autonomia para o estabelecimento de São característiôâs do processo de trabalho das equipes
práticas transformadoras, a gestão das mudanças e o de Atenção Básica:
estreltamento dos elos entre concepção e execução do | - definição do território de atuação e de população sob
trabalho. responsabilidade das UBS e das equipes;

Nesse sentido, a educação permanente, além da sua ll - programação e implementação das atlvidades de
evidentp dimensão pedagógica, deve ser encarada atenção à saúde de acordo com as necessidades de
também como uma importante "estratégia de gestão", com saúde da população, oom ã priorização de intervenções
grandélátBõtê'nêiâli prôvôÇ,ador dê müdançâs no cotidiano clínicas e sanitárias nos problemas de saúde segundo
Oos seúiÇos, em sua micropolitica, bastante próximo dos critérios de íreqüência, risco, vulnerabilidade e resiliência.
efeitos conciêtos §as p,rátiÇ s de saúde,,n3 viga. ,9ô§
usuários, e como üffiipr,ücês§ô Çue se,QQ,,iino !çq§alho, lnclui-se aqui o planejâmento e organização da agenda de
trabalho compartilhado de todos os profissionais e
i:t:::: : . .:.. i,, :. ,,: :.,, fêcomenda'se evitar a dívisão de agenda segundo critérios
"
A Educação Permanente deve êmhiâ§ar-se:inqm prôcêsso de.,p;p.pJemae."d,q-saúde, ciclos de vida, sexo e patologias
pedagógico que contemple desde a aquisigãolatuàlíàâçâo, Uifiôúltá.í1 ó'ô'ãCesso dos usuários;
de conhecimentos e habilidades até o aprendizado que
parte dos problemas e desafios enfrentados no processo lll - desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e
de trabalho, envolvendo práticas que possam ser definidas os fatores de risco clínico-comportamentais, alimentares
por múltiplos fatores (conhecimento, valores, relações de e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o
poder, planejamento e organizaçáo do trabalho, etc.) e que aparecimento ou a persistência de doenças e danos
considerem elementos que façam sentido para os atores evitáveis;
envolvidos (aprendizagem significativa).
lV - realizar o acolhimento com escuta qualificada,
Outro pressuposto importante da educação permanente é classificação de risco, avaliação de necessidade de saúde
o planejamento/programação educativa ascendente, em e análise de vulnerabilidade tendo em vista a
que, a partir da análise coletiva dos processos de trabalho, responsabilidade da assistência resolutiva à demanda
identificam-se os nós crítico (de natureza diversa) a serem espontânea e o primeiro atendimento às urgências;
enfrentados na atenção e/ou na gestão, possibilitando a
construção de estratégias contextualizadas que promovam V- prover atenção integral, contínua e organizada à
o diálogo entre as políticas gerais e a singularidade dos população adscrita;
lugares e das pessoas, estimulando experiências
inovadoras na gestão do cuidado e dos serviços de saúde. Vl - realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde,
A vinculação dos processos de educação permanente a no domicílio, em locais do territorio (salÕes comunitários,
estratégia de apoio institucional pode potencializar escolas, creches, praças, etc.) e outros espaços que
enormemente o desenvolvimento de competências de comportem a ação planejada;
gestão e de cuidado na Atenção Básica, na medida em
que aumenta as alternativas para o enfrentamento das
316
Vll - desenvolver ações educativas que possam interferir
no processo de saúde_doença da população, no realização das ações programáticas, coletivas e de
vigiláncia à saúde;
desenvolvimento de autonomia, iÁOiviOuat e coletiva,
e na
busca por qualidade de vida pelos usuários;
Vl - participar do acolhimento dos usuários realizando a
Vlll - implementar diretrizes de qualificação dos modelos escuta qualificada das necessidades de saúde,
procedendo a primeira avaliação (classificação
de atenção e gestão tais como a participàção coletiva nos de risco,
processos de gestão, a valorização, fomeÁto avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e
a autonomia sinais clínicos) e identificação das necessidad'es de
e protagonismo dos diferentes sujeitos implicados
na intervençôes de cuidado, proporcionando atendÍmento
produção de saúde, o compromisso com
a ambiência e humanizado, se responsabilizando pela continuidade da
com as condições de trabalho e cuidado, a constituição
de atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo;
vÍnculos
solidários, a identificação das necessidades sociais e Vll - realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de
organização do serviço em função delas, entre outras;
notificação compulsória e de outros agrauô" e sltúções
de
importância local;
lX - participar do planejamento local de saúde assim
como
do monitoramento e a avaliação das ações na sua equipe,
unidade e município; visando à readequação do processo
Vlll - responsabilizar-se pela população adscrita,
mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando esta
de
.trabalho -e do
planejamento frente ài necessidades,
realidade, dificuldades
necessita de atenção em outros pontos de atenção do
e possibilidades analisadas i sistema de saúde;
X -. desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos
e lX - praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e
redes de apoio social, voltados para o deienvotyimento
uma atenção integral;
de gÍUpos sociais que visa propor intervenções que
influenci.em os processos de saúde doença dos índivÍduos,
das Íamílias, coletividades e da própria comunidade;
Xl - apoiar as estrategias de,fortàleàiüehlo oa gestão
locat
e do controle social; e
X - realizar reuniÕes de equipes a fim de discutir em
conjunto. o plgnejgmento e avaliação das açÕes da equipe,
Xll - realizar atenção àomiciilar destinada a usuários oue
possuam a partir da utilização dos dados disponíveis;
problemas de saúde controlados/compensadJs
e
com dificutdade ou impossibitidade fÍsiia de rocâmoçao
uma unldade de saúd'e, qrà
ãtã Xl - acompanhar e avaliar sistematicamente as ações
ãã'àutoaoos
"á*""itaã de recursoscom
me.ngr trequêhcia e menor necessidáde
de
implementadas, visando à readequação do procer.,i ãà
trabalho:
ê reatizar o..cuidado corirpartithado com as equipes
:i1q:
de atênção domiciliar nos demais casos.
Xll - garantir a qualidade do registro das atividades nos
sistemas de informaçâo na Atençáo Básica;
dos membros das eguipes de Atenção
3?:, thibuições
E A§tCâ:
Xlll - realizar trabalho interdisciplinar e em equipe,
integrando áreas técnicas e profissionais de diferenies
As atribülções de cada um dos profissionais das eouioes
formações;
de atenção básíca devem seguir as refuridas disposicões
regats qúe regulamentam o exercício de cada uma'das
XIV - realizar ações de educação em saúde a população

São atribuições comuns a tod.os os profissionaisl


XV - participar das atividades de educação permanente;
| - participar do processo de tenitorializacáo e
mapeamento da área de atúàção da edúipe, identificandà
grupos, famílias -. promover a mobilização ea participação da
e indivÍduôs eipoitos ' ;6,1,.11-i'a
[t6-i;i'11 .,I-Vl
comunidade,
vulnerabilidades; ' ,l li , 'l '1r;,; ".
buscando eÍetivaio controle social;

ll - manter atualizado o cadastramento das famÍlias e dos XVll. identificar parceiros e recursos na comunidade que
possam potencializar ações intersetoriais; e
indivíduos no sistema de informação indicadà pelo gestor
municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados
[ara a XVlll - realizar outras ações e atividades a serem definidas
análise da situação de saúde considerando as de aco_rdo com as prioridades locais. Outras atribuições
características sociais, econômicas, culturais,
específicas dos profissionais da Atenção Básica podârão
demo.gráficas e epidemiológicas do território, priorizando
constar de normatização do municÍpio e do Distrito
as situações a serem acompanhadas no planejamento Federal, de acordo com as prioridades definidas pela
local;
respectiva gestão e as prioridades nacionais e estaduais
pactuadas.
lll - realizar o cuidado da saúde da população adscrita,
prioritariamente no ámbito da unidade de'saúãe, quando
e Das atribuições específicas:
necessário no domicílio e nos demais espaços
comunitários (escolas, associações, entre outros);
Do enfermeiro:
lV - realizar ações de atenção a saúde conforme a
l- realizar atenção a saúde aos indivÍduos e famílias
necessidade de saúde da população local, bem como
cadastradas nas equipes e, quando indicado ou
previstas nas prioridades e protocoios da gestão
as necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços
local; comunitários (escolas, associações etc), em todas as
fases do desenvolvimento humaÁo: infáncia, adolescência,
V - garantir da atenção a saúde buscando a integralidade
idade adulta e terceira idade;
por meio da realização de ações de promoção, proteção
recuperação da saúde e prevenção de ãgravos; e da
e ll - realizar consulta de enfermagem, procedimentos,
atividades em grupo e conÍorme [rotocolos ou outras
garantia de atendimento da demanda es[ontânea,
da normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal,

317
estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as lll - orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de
disposições legais da profissão, solicitar exames saúde disponíveis;
complementares, prescrever medicaçÕes e encaminhar,
quando necessário, usuários a outros serviços; lV - realizar atividades programadas e de atenção à
demanda espontánea;
lll - realizar atividades programadas e de atenção à
demanda espontânea; V - acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as
famílias e indivíduos sob sua responsabilidade. As visitas
lV - planejar, gerenciar e avaliar as açÕes desenvolvidas deverão ser programadas em conjunto com a equipe,
pelos ACS em conjunto com os outros membros da considerando os critérios de risco e vulnerabilidade de
equipe; modo que Íamílias com maior necessidade sejam visitadas
mais vezes, mantendo como referência a média de 1

V - contribuir, participar, e realizar atividades de educação (uma) visita/família/mês;


permanente da equipe de enÍermagem e outros membros
da equipe; e Vl - desenvolver ações que busquem a integração entre a
equipe de saúde e a população adscrita à UBS,
Vl - participar do gerenciamento dos insumos necessários considerando as características e as finalidades do
para o adequado funcionamento da UBS. trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos
sociais ou coletividade;
Do Auxiliar e do Técnico de EnÍermagem:
| - participar das atividades de atenção realizando Vll - desenvolver atividades de promoção da saúde, de
procedimentos regulamentados no exercÍcio de sua prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde,
profissão na UBS e, quando indicado ou, neoessárió, no pôr.mêiq de _visitas domiciliares e de ações educativas
domicílio e/ou nos demais espaços comunitáriôs (eseola§, individuai§r§"êôletivas nos domicílios e na comunidade,
comô' por exemplo, combate à Dengue, malária,
leishmaniose, entrê ôutras, mantendo a equipe informada,
ll - realizar atividades programadas e de atenção à principalmente a respeito das situaçÕes de risco; e
demanda,espontânÊâi ' -

Vlll - estar em contato permanente com as famílias,


lll - realiiàr açÕes de edueâçâo êm sâúde à população desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da
adstrilê;rconforme planejamento da equipe; saúde, à prevenção das doenças, e ao acompanhamento
das pessoas com problemas de saúde, bem como ao
I V :",,pg,rti§!par d o ge renciam ento dos insumos necessários acompanhamento das condicionalidades do Programa
o*,l funcionamento da UBS; e Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar de
irtlt.n'ado
lO transferência de renda e enfrentamento de
V -:bo tfÍbuir:, participar ê realizar atividades de educação vulnerabilidades implantado pelo Governo Federal,
permanente. estadual e municipal de acordo com o planejamento da
equipe.
DoMêdipql ,::
I -,,;lÊ.âfiger' ât-e_n§§o..,a.-,saúde ,,âp§ indivíduos sob sua É permitido ao ACS desenvolver outras atividades nas
t"tpul§âçilidePF,.
,r ,. . ',.,.
.. , ',
unidades básicas de saúde, desde que vinculadas às
atribuições acima.
It -
reâti!6i,cú=Ê,§.úl.ta§:=.e1ÍBioa§,quenos pr,ocedimentos
cirúrgicos, aÍiViÉAqeffffi§rü,pô',rÍ..á;U.p+9, qualdq,inÇicado Do Cirurgião-Dentista:
ou n ecessárip.;,=:!'CI,.:::. InÍcilio !i§I,o1: iio's Uemais gspaços | - realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil
com u n itá rios (êseolq§i,áesoôiaÉes-@;, epidemiológico para o planejamento e a programação em
saúde bucal;
lll - realizar atividades programadas.,ê de âtênçâoià
demanda espontânea: l.l,;11ealizar,a,,ÊÍenção a sâúde em saúde bucal (promoção
e piotêção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico,
lV - encaminhar, quando necessário, usuários a outrós tratamento, acompanhamento, reabilitação e
pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as
sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo
terapêutico do usuário; com planejamento da equipe, com resolubilidade;

V - indicar, de forma compartilhada com outros pontos de lll - realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica
atenção, a necessidade de internação hospitalar ou em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências,
domiciliar, mantendo a responsabilização pelo pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos
acompanhamento do usuário; relacionados com a fase clínica da instalação de próteses
dentárias elementares;
Vl - contribuir, realizar e participar das atividades de
Educação Permanente de todos os membros da equipe: e lV - realizar atividades programadas e de atenção à
demanda espontánea;
Vll - participar do gerenciamento dos insumos necessários
para o adequado funcionamento da USB, V - coordenar e participar de ações coletivas voltadas à
promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais;
Do Agente Comunitário de Saúde:
| - trabalhar com adscrição de famÍlias em base geográfica Vl - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades
definida, a microárea; reÍerentes à saúde bucal com os demais membros da
ll - cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de
os cadastros atualizados; forma multidisciplinar;

318
Vll - rgllizar supervisão técnica do Técnico em Saúde
Bucal (TSB) e Auxiliar em Saúde Bucat (ASBJ;
e lV - auxiliar e instrumentar os profissionais nas
Vlll - participar do gerenciamento dos insumos necessários intervenções clínicas;
para o adequado funcionamento da UBS.
Y - realizar o acolhimento do paciente nos serviços de
saúde bucal;
Do Técnico em Saúde Bucal (TSB):
I - realizar a atenção em saúde bucal individual
e coletiva a
todas as famílias, a indivíduos e a grupos especÍficos, Vl - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades
segundo programação referentes à saúde bucal com os demais membros da
e de acorOo com suas equipe de saúde da-família, buscando aproximar e integrar
competências técnicas e legais,
ações de saúde de forma multidisciplinai;
ll - coordenar a manutenção ea conservação dos Vll - aplicar medidas de
equipamentos odontológicos; biossegurança no
armazenamento, transporte, manuseio e descárte de
produtos e resíduos odontológicos;
lll- - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades
referentes à saúde bucal com os demais membros
da Vlll - processar filme radiográfico;
equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde
de
forma multidisciplinar;
lX - selecionar moldeiras;
lV - apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações
prevenção e promoção da saúde bucal;
de X - preparar modelos em gesso;

V - participar do gerenciamento dos insurnos necessários i:


, Xl .rmanipufar materiais de uso odontológico; e
_
, -:ll:..,,1 I . ll ,:
para o adequado funcionamento da UB§;
X :
piárticipar na realização de levantamentos
e estudos
..t ,.-. - ..-.. .. . ,,,ti.,, ,
rrrr
epidemiológicos, excêto na categoria de examinador.
Vl - participar do treinamênto e capacitação de Auxiliar
em
Buc.al ê de agentes multiplicadores das ações
lslude de EspeciÍicidades da Estratégia de Saúde da Família:

A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da


Vll - participar das ações educativas atuando na promocão
oa saude e na prevenÇão das doenças búcaís; ât:lÇ?" no pais, de acordo com os-preceiios do
l:1,,
Sistema ,Básica.
Unico de Saúde, e é tida pelo Ministerio da Saúde
'1''
. -.- ,;
' ', "'11]it ,',,
Vlll - participar na realização de levantamentos e estudos e gestores estaduais e municipais, ,"pr"sãntããã,
epiçtemíólósicos, exceto ná categoria o" e*àr,nàã";; '--"
respectivamente pelo CONASS e CONASEMS, como
---..' estrategia de expansão, qualificação e consolidaçâo da
Atenção Básica por favorece, uma re-orientaçào ão
l:-§llil?, atividades programadas e de atençâo à processo de trabalho com maior potencial
de aprôfundar
oemânda espontânea;
os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção Oasiãã,
de amptiar a resotutividade e impacto na situaçao
I^;-f:l,.tl o acotnimànto do paciente nos serviços de saúde das pessoas e coletividades, além O" propi"iã,

sauoê bucal; ,rã
São itens necessários à estratégia Saúde da FamÍlial
l-- existência de equipe multiprõfissionaf
tàõuipe srUO" Ou
ramttta) composta por, no mÍnimo, médico generalista
ou
especialista em saúde da famÍlia ou médicõ de famílla
e
ir,,,co!yniqaOe, enfermeiro generalista ou especialista em
:ly!:_ dacomunitários
, âgentês famítia.,
.auxitiar'ou técnico de enfermagem e
de saúde, podendo acrescentar a
esm composição, como parte da equipe multiprofissional,
os profissionais de saúde bucal: ' ãirrrgiao dentista
generalista ou especialista em saúde Oa ta-mitia,
auxiliar
XIV - proceder à llmpeza e à anil_sepsia do campo e/ou técnico em Saúde Bucal;
operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive
ambientes hospitalares; e
em ll - o número de ACS deve ser suficiente para cobrir
100% da população cadastrada, com um máximo
de
XV - aplicar medidas de biossegurança no 750 pessoas por ACS e de 12 AGS por equipe de
Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo
armazenamento, manuseio e descarte de proáutos
e recomendado de pessoas por equipe;
resíduos odontológicos.

Do Auxiliar em Saúde Bucal (ASB):


lll - cada equipe de saúde da família deve ser
|- responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo
realizar ações de promoção e prevenção em saúde a
bucal para as famílias, grupos média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando
e indivÍduos, mediante critérios de equidade para esta áefinição. Recomenda-
planejamento local e protoColos de atenção
à saúde;
:e qu9 o número de pessoas por equipe considere o grau
ll - realizar atividades programadas
de vulnerabilidade das famílias daquele territorio, se-ndo
e de atenção à que quanto maior o grau de vulnerabilidade menor
deverá
demanda espontánea;
ser a quantidade de pessoas por equipe;

, -. executar limpeza,
lll
esterilização do instrumental,
assepsia, desinfecção e lV - cadastramento de cada profissional de saúde em
equipamentos odontoiógicos apelas 01 (uma) ESF, exceção feita somente ao
e do ambiente de trabalho;
profissional médico que poderá ãtuar em no
máximo 02

319
(duas) ESF e com carga horária total de 40 (quarenta) Aquantidade de Equipes de Saúde da FamÍlia na
horas semanais; e modalidade transitória ficará condicionada aos
seguintes critérios:
V - carga horária de 40 (quarenta) horas semanais para
todos os profissionais de saúde membros da equipe de | - Município com até 20 mil habitantes e contando com
saúde da família, à exceção dos proíissionais médicos, 01 (uma) a 03 (duas) equipes de Saúde da Família,
cuja jornada é descrita no próximo inciso. A jornada de 40 poderá ter até 2 (duas) equipes na modalidade
(quarenta) horas deve observar a necessidade de transitória;
dedicação mínima de 32 (trinta e duas) horas da carga
horária para atividades na equipe de saúde da família ll - MunicÍpio com até 20 mil habitantes e com mais de
podendo, conforme decisão e prévia autorização do 03 (três) equipes poderá ter até 50% das equipes de
gestor, dedicar ate 08 (oito) horas do total da carga horária
Saúde da Família na modalidade transitória;
para prestação de serviços na rede de urgência do
município ou para atividades de especialização em saÚde lll - Municípios com população entre 20 e 50 mil
da família, residência multiprofissional e/ou de medicina de habitantes poderá ter até 30% (trinta por cento) das
íamília e de comunidade, bem como atividades de equipes de Saúde da Família na modalidade transitória;
educação permanente e apoio matricial.
lV - Município com população entre 50 e 100 mil
Serão admitidas também, além da inserção integral (40h), habitantes poderá ter até 20% (vinte por cento) das
as seguintes modalidades de inserção dos profissionais equipes de Saúde da Família na modalidade transitória;
médicos generalistas ou especialistas em saúde da família
ou médicos de família e comunidade nas Equipes de
Saúde da Família, com as respectivas equivalências de
V- Município com população acima de 100 mil
incentivo federal: "
habitantes poderá ter até 10% (dez por cento) das
| - 2 (dois) médicos integradob a uma única equipe em equipes de Saúde da Família na modalidade transitória.
uma mesma UBS, cumprindo individualmente carga
horária semanal de 30:,horas (equivalente a 01 (um)
médico com jornada de 40 horas semanais), com repasse
integral do incentivo-financsilo rêferente â urna equipe de Em todas as possibilidades de inserção do profissional
saude ga,familn_, médico descritas acima, considerando a importância de
manutenção do vínculo e da longitudinalidade do cuidado,
ll - 3 (três) medicos integrados a uma equipe em uma este proÍissional deverá ter usuários adscritos de modo
mesrnal uBs;: cumpiindo,,individuâlmênte cãfgâ horária que cada usuário seja obrigatoriamente acompanhando
(equivalente a 02 (dois) médicos com por 1 (um) ACS (Agente Comunitário de Saúde), 1 (um)
semap
-t, ê 30 horas auxiliar ou técnico de enfermagem, 01 (um) enfermeiro e
jornada de 40 horas, de duas equipes), com repasse
integral do incentivo financeiro referente a duas equipes de 01(um) médico e preferencialmente pol| (um) cirurgiâo-
saúde da família: dentista, 1 (um) auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal, sem
que a carga horária diferente de trabalho comprometa o
,t., cuidado e/ou processo de trabalho da equipe.
lll ,,1'i{q?-á1ió} médicos lntegrádos a uma equipe em uma
mesmá. ÚBS, com carga horária semanal de 30 horas Todas as equipes deverão ter responsabilidade sanitária
(equivalente a 03 (três) médicos com jornada de 40 horas por um território de referência, sendo que nos casos
semanajs:i,dgr tt'ê§ §qüfpê§), com rêpasse lntegral do previstos nos itens b e c, poderão ser constituídas equipes
incentiúo;jfinqrÇêir,0 refergntê a lrês êq,Utpes de saúde da com número de profissionais e populaçâo adscrita
família: equivalentes a 2 (duas) e 3 (três) equipes de saúde da
fam ília, respectivamente,
lV - 2 (dois) médíôos integr,ados a uma equlpe, cumpríndo
individualmente jornada de.20 hô1as §eúanais, e demaiÉ
As equipes de saúde da família devem estar devidamente
proÍissionais com jornada de 40 hôras bemanais;.côm
Çada§trâdas no sistema de cadastro nacional vigente de
repasse mensal equivalente a B5% do incentivo finaneeiro acordô corfl cohÍôrmação e modalidade de inserção do
referente a uma equipe de saúde da família; e profissional médico.

V - 1 (um) medico cumprindo jornada de 20 horas O processo de trabalho, a combinação das jornadas de
semanais e demais profissionais com jornada de 40 horas trabalho dos profissionais das equipes e os horários e dias
semanais, com repasse mensal equivalente a 60% do de funcionamento das UBS devem ser organizados de
incentivo financeiro referente a uma equipe de saúde da modo que garantam o maior acesso possível, o vínculo
família, Tendo em vista a presença do médico em horário entre usuários e profissionais, a continuidade,
parcial, o gestor municipal deve organizar os protocolos de
coordenação e longitudinalidade do cuidado.
atuação da equipe, os fluxos e a retaguarda assistencial,
para atender a dos profissionais de Saúde Bucal das
Especificidades
esta especificidade. Alem disso, é recomendável que o equipes de saúde da famÍlia:
número de usuários por equipe seja proximo de 2.500
pessoas. As equipes com esta configuração são
Os profissionais de saúde bucal que compõem as equipes
denominadas Equipes Transitórias, pois, ainda que não de saúde da Íamília podem se organizar nas seguintes
tenham tempo mínimo estabelecido de permanência neste modalidades:
formato, e desejável que o gestor, tão logo tenha | - Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde
condições, transite para um dos formatos anteriores que da família e auxiliar em saúde bucal (ASB);
prevêem horas de médico disponíveis durante todo o
ll - Cirurgião dentista generalista ou especialista em saúde
tempo de funcionamento da equipe. da família, técnico em saúde bucal (TSB) e auxiliar em
saúde bucal (ASB); e
lll - Profissionais das modalidades lou ll que operam em
Unidade Odontológica Móvel.

320
lndependente da modalidade adotado, recomenda_se do Sistema Unico de Saúde com destaque especial para
a
que atenção básica. Em situações especíÍicas, com o
os proÍissionais de Saúde Bucal, estejam vinculados objetivo
uma ESF e compartilhem a gestão ó o processo dea de ampliar o acesso destes usuários à reáe de atenção
e
trabatho da equipe tendo respo-nsabitidadá ü-.iiá*;"t; ofertar de maneira mais oportuna a atenção integiat à
mesma população e território que a ESF à qual integra, saúde, pode-se lançar mão das equipes dos consuitórios
e na rua que são equipes da atenção básica, compostas por
com jornada de trabalho de 40 horas semanais para
todos profissionais de saúde com resfonsabilidade
os seus componentes. exclusiva'de
articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas
Cada Equipe de Saúde de Família que for implantada em situação de rua.
com
os profissionais de saúde bucar ou quando se introduzir
pela primeira vez os profissionais de'saúde As equipes deverão realizar suas atividades, de forma
bucal numa itinerante desenvolvendo açÕes na rua, em instalações
equrpe Ja tmptantada, modalidade I ou ll, o gestor
receberá específicas, na unidade móvel e também nas instalações
do Ministério da Saúde os equipamenios-odontológicos,
através, de doação direta ou o repasse de de Unidades Básicas de Saúde do território onde ãstá
reci,rrsos atuando, sempre articuladas e desenvolvendo ações
necessários para em
parceria com as demais equipes de atenção
adquiri-los (equipo odontológico completo). básica do
territorio (UBS e NASF), e dos Centroé de Atenção
Psicossocial, da Rede de Urgência. e dos serviços
Especificidades da Estratégia de Agentes Comunitários e
de instituições componentes do sistema unico de AssisÍência
Saúde:
Social entre outras instituiçoes públicas e da sociedade
civil.
E prevista a
implantação da estratégia de Agentes
Comunitários de Saúde nas Unidades Aásicas
de Saúde
como uma possibilidade para a reorganizaçãá inicial
,, As, equjpes dos Consultórios na Rua deverão cumprir
a
Atenção Básica com vistas à ímptàntáçãó
Oa
, , cáça. hôráriarrmínima semanal de 30 horas. porém seu
óáü ;; .: horário de funcionamento deverá ser
i
-J, adequado às
estratésia oe sauqe,,Odj$#Í â,üiÉâffiI,liú lâ],hq demandas das. pessoas ,iúçao ,ru, podendo
d0 ocorrer em período diurno ",
e/ou notúrno em todos os dias
da semana.

As equipes dos Consultórios na Rua podem estar


vincutadas aos Núcteos de Apoio à Saúde ãa famifia-ã,
respeitando os limites para vinculação, cada equlpe seã
considerada como uma equipe de ôaúde oa famiiiã pàrã
vinculação ao NASF.
ll -'a existência de um enfermeiro para até no máximo 12 Em Municípios ou áreas que não tenham consuttórios
f?::_T rpínimo.04, constituthdo aisim uma equipe
Agêntes Comunitários Oe Sàúde; ê
de
na
rua, o cuidado integral das pessoas em situação Oe ruá
deve seguir sendo de responsabilidade das équipes de
lll - o cump'rimento da carga horária integral de 40 horas atenção básica, incluindo os profissionais de saúd'e'bucaLe
os núcleos de apoio a saúde da famítia (NASF) Oô
:::::1j: _p-o-'^
j?1, u eqüipe d; às;;iil"ãrmitj,i"., onde estas pessoas estão concentradas, '
teritiáriã
composta por AÇS e enfenneiro supervisor. ,

Fica garantido o financiaménto das equipes de Para cálculo do teto das equipes dos consultórios
agentes
na rua
de cada municÍpio, serão tomados como Oase os OaOàs
comunitários,de sáúde já credencüdas
esta portaria que nâo estâo adequadas à"
iri ãata aotãriár.ã dos censos populacionais relacionados a popurãiao eÀ
01 enfermeiro para no máximo 12 ACS, poiém Oáia*ai,ç ae situação de rua realizados por órgãos oficiais e
extinta a reconhecidos pelo Ministério da Saúde.
possibitidade de imptantação de novas
eq'uipà" .ã,
configuração a partir da publicação Oesta p'ó,iaria. - --"
à.tã
Caso seja necessário o transporte da equipe para
:realização do cuidado in loco, a
Cada ACS deve realizar as ações previstas ;";á'údii, nos sítios dà atenção da
população sem domicílio, o gestor poderá
e ter uma microárea sob sua responsabiliduOà, Cr;á Íazer a opção de
agregar ao incentivo financeiro mensal o componente
população não ultrapasseT50 pessoas. de
custeio da Unidade Móvel.
O enfermeiro da Estrategia Agentes Comunitários de O.gestor local que fizer esta opção deverá viabilizar
Saúde, atém das atribuições dj atençãã á saúde
gestão, comuns a qualquer enfermeiro da
e de veículo de transpofte com capacidade de transportar
os
- básica
atenção
descritas nesta portaria,, a atrlbuição ãe planejar, profissionais da equipe, equipamentos, materiais e
rnsumos necessários para a realização das atividades
coordenar e avaliar as ações desenvólvidas pelôs
ACS, propostas, alem de permitir que alguns procedimentos
comum aos enfermeiros da estrategia de saúde da
família, possam ser realizados no seu interior. Esta
e deve ainda facilitar a relação eÀtre os profissionais Unidade Móvel
Unidade Básica de Saúde e os ACS coniriOuinOo para
da
a
l"y"fí estar
definidos
adequada aos requisitos pactuados e
nacionalmente, incluindo o padrão de
organização da.atenção à saúde, qualiÍicaçãá do
acesso, identificação visual.
acolhimento, vínculo, longitudinalidade ào cuidado
e
orientação da
_atuação da equipe da UBS em função das O Ministério da Saúde publicará portaria Específica e
prioridades definidas equanimemente conforme
critérios de Manual Tecnico disciplinando composição das equipes,
necessidade de saúde, vulnerabilidade, risco,
entre outros. valor do incentivo financeiro, diretrizes de funcionamento,
monitoramento e acompanhamento das equipes de
lOyiOes de atenção básica para populações específicas: consultório na rua entre outras disposições.
1. Equipes do consultório na rua - A responsaOilidade
pela
atenção à saúde da população de rua, como de qualquer
outro cidadão, é de todo e qualquer profissional
2. Equipes de saúde da família para o atendimento da
População Ribeirinha da Amazônia Legal e pantanal
Sul

321
Matogrossense Considerando as especiÍicidades locais, os
municípios da Amazônia Legal e Mato Grosso do Sul lll - adotar circuito de deslocamento que garanta o
podem optar entre dois arranjos organizacionais para atendimento a todas as comunidades assistidas, ao menos
equipes Saúde da FamÍlia, além dos existentes para o ate 60 (sessenta) dias, para assegurar a execução das
restante do paÍs: ações de Atenção Básica pelas equipes visando
|- Equipe de Saúde da FamÍlia Ribeirinhas (ESFR): minimamente a continuidade de pré-natal, puericultura e
equipes que desempenham a maior pafte de suas funções cuidado continuado de usuários com condiçÕes crônicas
em unidades básicas de saúde construídasilocalizadas dentro dos padrões mÍnimos recomendados;
nas comunidades pertencentes à área adscrita e cujo
âcesso se dá por meio fluvial; e lV - delimitar área de atuação com população adscrita,
acompanhada por Agentes Comunitários de SaÚde,
ll - Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF): equipes compatÍvel com sua capacidade de atuação e
que desempenham suas funções em Unidades Básicas de considerando a alínea ll;
Saúde Fluviais (UBSF).
V - as equipes que trabalharão nas UBSF deverão garantir
As Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas e Fluviais as inÍormações referentes à sua área de abrangência. No
deverão ser compostas, durante todo o período de caso de prestar serviços em mais de um
atendimento à população por, no mÍnimo: um (01) Medico município, cada municÍpio deverá garantir a alimentação
generalista ou especialista em saúde da família, ou medico das informações de suas respectivas áreas de
de família e comunidade, um (01) Enfermeiro generalista abrangência.
ou especialista em saúde da família; um (1) Técnico ou
Auxiliar de Enfermagem e de Seis (06) a doze (12) As Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) deverão
cu rnprirr, cu-m u lativamente, os seg ui ntes req u isitos:
1 ; à êstrutura física mínima, devem dispor de:
quanto:
As equipes de Saúde Oa F.amifia Ribeirinhas devem contar Consultório médico; Consultório de enfermagem;
ainda com um (01) miürôseopistâ, nâs rêgiôês êndêmícas. Consultório Odontológ ico; Ambiente para armazenamento
As equipes de Saúde da FamÍlia Fluviais devem contar e dispensação de medicamentos; Laboratório; Sala de
ainda com umr(üI:) técnicq dê fâhCIfütório:êlou bioquírnicor vacina; Banheiros; Expurgo; Cabines com leitos em
Estas equipes poderão iàCtuír na composição mínima os número suficiente para toda a equipe; Cozinha; Sala de
profissioaâis,:,de ,saüde ibúcãli unx {1) cirurgião dentista procedimentos; ldentificação segundo padrôes visuais da
gene.rittiÍil.ã:,0u,respeoiali*tã'êh §âüde da família, e_ Üm (01) Saúde da Família, estabelecidos nacionalmente; e
Auxiliar eÍn Sâúde Bucal, , lcbnÍorme
Té0,1íi,§.{}=Pi==.'=-ã
modal!!;,f1s I e ll descritas anteriormente. ll - quanto aos equipamêntos, devem dispor, no mínimo,
de: Maca ginecológica; Balança Adulto; Balança
i:ide §aúde:r da Êamília Ribehinha deverão
A§.;ir§à:*ii,iÉ Pediátrica; Geladeira pâra vacinas; lnstrumentos básicos
pf*Ei6}:;ã rihenio à população por, no mínimo, 14 dias para o laboratório: macro e microcentrífuga e microscópio
mensaig..(carga horária eguivâlênte à th/dia) e dois dias binocular, contador de células, espectrofotômetro e
para atividades de educação permanente, registro da agitador de Kline, autoclave e instrumentais;
pro'0.'úÉ'#;.e,.plangjâmento das açÕes. Os Agentes Equipamentos diversos: sonar, esfignomanÔmetros,
Sâüdê dêveráo ôumpnr 4oh/semanais de
Có.mÇ4jffi.1ioe,:de estetoscópios, termômetros, medidor de glicemia capilar,
trab:ê1.§ÊÊ s'idir nâ área de atüaÇão: E:ÍêÇomêndável âs Équipo odontológico completo e instrumentais.
mes*ij{,{j$ndiç6es p,âxâ ro6, auxiliares .o técnicos de
O valor do repasse mensal dos recursos pâra ô custeio
das Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas será
As Unidades-Bás.l$âs dê Sâúde Ffuviais (UBSF) devem: publicado em pôrtaria específica e poderá sêr agregado de
| - funcionar, no mínimo, 20 días/mês, com pelo menos um valor caso esta equipe necessite de transporte fluvial
uma equipe de sáúdê dârrfârnílíâ fluvial,,_O'tqffpCI dê para a execuçáo de suas atividades. O valor do o valor do
funcionamento destas unidades deve compreender o incçrrfivo mensal para custeio das Unidades Básicas de
desloca mento fl uvia I até as côm uni.dades-êO,,,àtendimento Saüdp .fil,U.yiais,1e,e;á pu bl ca d o e m po rta ri a es pec ífi ca, com
. i

direto à população ribeirinha. ürnâ rnôdaÍUâde sem proÍissionais de saúde bucal e outra
com estes profissionais.
Em uma UBSF pode atuar mais de uma ESFF a fim de
compartilhar o atendimento da população e dividir e reduzir Devido à grande dispersão populacional, os municípios
o tempo de navegação de cada equipe. O gestor municipal poderão solicitar ampliação da composição mínima das
deve prever tempo em solo, na sede do município, para equipes de saúde da família fluviais e equipes de saúde da
que as equipes possam fazer atividades de planejamento família ribeirinhas conforme o quadro abaixo, fazendo jus a
e educação permanente junto com outros proÍissionais e um incentivo para cada agregação a ser deÍinido em
equipes. Os Agentes Comunitários de Saúde deverão
cumprir 4Oh/semanais e residir na área de atuação. São
recomendáveis as mesmas condições para os auxiliares e
técnicos de enfermagem e saúde bucal; lrobüllrodôr virtculodo o,
rr,r nrirrimo, lO() pessoor;
ll - nas situaçÕes nas quais for demonstrada a
Àuxilir:r ou {éc:rric:r çlr li<rLrc ll'rc:d<lr vinc:ulo<lo <r.
impossibilidade de Íuncionamento da Unidade Básica de
Saúde Fluvial pelo mínimo de 20 dias devido às rro mínirro. 50Õ peisoos
características e dimensões do território, deverá ser Til)cnicô em r«irc.|..: b,:<:ol
Tral:a Ihcd,.rr vincuio.Jo o.
construÍda justificativa e proposição alternativa de ii., nlí"limo, l5O{J pe ;soor,
funcionamento, aprovada na Comissão lntergestores I rcl:a lhod,:r virrculo.Jo o.
Regional - CIR e na Comissão lntergestores Bipartite e [.rti.:rmr:irc>
,ro nrírrimo, l.OOíJ pes:;oos
encaminhada ao Ministério da Saúde para avaliação e
parecer redefinindo tempo mínimo de funcionamento e
adequação do financiamento, se for o caso; Núcleos de Apoio à Saúde da Família:

322
informações e indicadores e saúde (bem como de eventos-
Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF foram sentinela e casos{raçadores e analisadores), suporte à
criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o do
escopo das ações da atenção básica, bem como sua
organização proôesso de trabalho (acolhimento,
cuidado continuado/programado, ações coletivas, gestão
resolubilidade. das agendas, articulação com outros pontos de atenção da
rede, identificação de necessidades de educação
Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF são permanente, utilizaçãode dispositivos de gestão do
constituídos por equipes compostas por profissionais de cuidado etc).
diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de
maneira integrada e apoiando os profissionais das Equipes Os NASF podem ser organizados em duas modalidades,
Saúde da Família, das Equipes de atenção Básica para NASF 1 e NASF 2. A implantação de mais de uma
populações específicas (consultórios na rua, equipes modalidade deforma concomitante nos municípios e no
ribeirinhas e fluviais, etc.) e academia da saúde, Distrito Federal não receberá incentivo financeiro federal.
compartilhando as práticas e saberes em saúde nos O NASF 1 deverá ter uma equipe formada por uma
territórios sob responsabilidade destas equipes, atuando composição de profissionais de nÍvel superior escolhidos
diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) dentre as ocupações listadas abaixo que reúnam as
na(s) qual(is) o NASF está vinculado e no território destaó seguintes condições:
equipes. | - a soma das cargas horárias semanais dos membros da
equipe deve acumular no mínimo 200 horas semanais;
Os NASF fazem parte da atenção básica, mas não se
constituem como serviços com unidades fÍsicas ll - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal
independentes ou especiais, e não são de livre acesso menor que 20 horas; e
pata
atendimento individual ou Çoletivo, (estes" ouando lll,r,i, eàda ocupação, considerada isoladamente, deve ter no
necessários, devem ser regulados p,ààs equipes de ,mínimo 20 horas e no máximo B0 horas de carga horária
atenção básica). Deveni, ii partir 6ss demandas semanal.
identificadas no trabalho'conjunto'com as equipes e/ou
Academia da saúde, átuar de forma iniêgiada à Rede de O NASF 2 deverá ter uma equipe formada por uma
Atenção à Saúde é seus"'serviços (êx.; CApS, CEREST, composição de profissionais de nível superior escolhidos
Ambulatórios Espêcialiiãdos etc.) além de oútras redes dentre as ocupações listadas abaixo que reúnam
'
como'SUAS, redes sociais ê coiiiunitárias; ,
as
seguintes condições:
'ôompartilhada | - a soma das cargas horárias semanais dos membros da
A re,sponsabilização entre a equipe do equipe deve acumular no mÍnimo i20 horas semanais;
NASF e as -equipes, de saúde da famílía/equipes de
atençãor básica para populações espécíficas prevê a ll - nenhum profissional poderá ter carga horária semanal
revisão dá prática do enôaminhamóàto com base nos menor que 20 horas; e
processo§ de refeiência e contrareferência, ampliando a
para um processo de compartilhamento de casos e lll - cada ocupação, considerada isoladamente, deve têr no
acompanhamento longitudinal de responsabilidade das mínimo 20 horas e no máximo 40 horas de carga horária
equipes de atenção bãsica, atuando no fortalecim"nto Jã semanal. Poderão compor os.NASF 1 e 2 as seguintes
seus princípios e no papel de coordenação do cuidado nas ocupações do Código Brasileiro de Ocupações - CBO:
redes de atenção à saúde. Médico Acupunturista; Assistente Social;
Profissional/Professor de Educação FÍsica; Farmacêutico;
Os NASF devem buscar contribuir Darq 3 inteoralidade do Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico
cuidado aos usuáriós oo. §US principaimentà por. Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista;
intermedio da âmúflãção da.ilíniça, aufuünáãno aumÊnto Medico Pediatra; Psicólogo; Medico psiquiatra; Terapeuta
da capacidade de análise e de intervénção sobre Ocupacional; Médico Geriatra; Medico lnternista (clinica
problemas e necessidades de saúdà, úniã à, termo; médica), Médico do Trabatho, Médico Veteiinário,
clínicos quanto sanitários. São exàmplos de ações de pt'ofiseionaf com formação em afte e educação (arte
apoio desenvolvidas pelos profissíonais dos - NASF; êdu-cador) e plofissional de saúde sanitarista, ou seja,
discussão de casos, atendimento conjunto ó'ú nãó,' profissional graduado na área de saúde com pós_
interconsulta, construção conjunta de projetos graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado
terapêuticos, educação permanente, intervenções no diretamente em uma dessas áreas^
território e na saúde de grupos populacionais e da
coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e A composição de cada um dos NASF será deÍinida pelos
promoção da saúde, discussão do processo de trabalho gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade
das equipes e etc. Todas as atividades podem se identificados a partir dos dados epidemiológicos e das
desenvolvidas nas unidades básicas de saúde, academias necessidades locais e das equipes de saúde que serão
da saúde ou em outros pontos do território. apoiadas.

Os NASF devem utilizar as Academias da Saúde como Os NASF '1 e 2 devem funcionar em horário de trabalho
espaços que ampliam a capacídade de intervenção coincidente com o das equipes de Saúde da Família e/ou
coletiva das equipes de atenção básica para as ações dá equipes de atenção básica para populações específicas
promoção de saúde, buscando fortalecer o protagonismo que apóiam.
de grupos sociais em condições de vulnerabilidade na
superação de sua condição. Os profissionais do NASF devem ser cadastrados em uma
única unidade de saúde, loçalizada preferencialmente
Quando presente no NASF, o proÍissional sanitarista pode dentro do território de atuação das equipes de Saúde da
reforçar as ações de apoio institucional e/ou matricial, Família e/ou equipes de atenção básica para populaçÕes
ainda que as mesmas não sejam exclusivas dele, tais específicas, às quais estão vinculados, não recomendado
como: análise e intervenção conjunta sobre riscos a existência de uma Unidade de Saúde ou serviço de
coletivos e vulnerabilidades, apoio à discussão de saúde específicos para a equipe de NASF.

) /.5
O Programa Saúde na Escola - PSE, instituído pelo
A organização do trabalho do NASF deve seguir as Decreto Presidencial no 6.286 de 5 de dezembro de 2007,
normas publicadas pelo Ministério da Saúde destacando surgiu como uma política intersetorial entre os Ministérios
os Cadernos de Atenção Básica/Primária que tratam do da Saúde e da Educação, na perspectiva da atenção
tema, descrevendo as diretrizes, o processo de trabalho, integral (promoção, prevenção, diagnostico e recuperação
as principais ferramentas e as ações de responsabilidade da saúde e formação) à saúde de crianças,
de todos os profissionais dos NASF a serem adolescentes e jovens do ensino público básico, no âmbito
desenvolvidas em conjunto com as equipes de Saúde da das escolas e unidades básicas de saúde, realizada pelas
FamÍlia, equipes de atenção básica para populações equipes de saúde da atenção básica e educação de forma
especÍficas e/ou academia da saúde. DeÍine-se que cada integrada, por meio de ações de:
NASF '1 realize suas atividades vinculado a, no mÍnimo, B | - avaliação clínica e psicossocial que objetivam identiÍicar
(oito) Equipes de Saúde da Família e no máximo 15 necessidades de saúde e garantir a atenção integral às
(quinze) equipes de Saúde da Família e/ou equipes de mesmas na rede de atenção à saúde;
atenção básica para populaçÕes especÍficas.
Excepcionalmente, nos Municípios com menos de 100.000 ll - promoção e prevenção que articulem práticas de
habitantes dos Estados da Amazônia Legal e Pantanal Sul formação, educativas e de saúde visando a promoção da
Matogrossense, cada NASF 1 poderá realizar suas alimentação saudável, a promoção de práticas corporais e
atividades vinculado a, no mínimo, 5 (cinco) e no máximo 9 atividades físicas nas escolas, a educação para a saúde
(nove) equipes. sexual e reprodutiva, a prevenção ao uso de álcool, tabaco
e outras drogas, a promoção da cultura de paz e
Define-se que cada NASF 2 realize suas atividades prevenção das violências, a promoção da saúde ambiental
vinculado a, no mÍnimo, 3 (três) equipes de Saúde da e desenvolvimento sustentável; e
FamÍlia e no máximo 7 (sete) equipes de saúde da famÍlia.
ill,-',éducaçâo'permanente para qualiÍicação da atuação
OS NASF 3, que são suprimidos por ê§sa portâria, se dos profissionais da educação e da saúde e formação de
tornarão automaticqmentê.,,,NASF - .?, para isso os A Gestão do PSE é centrada em ações
jovens.
municípios com projetos dê NASF 3 anteriormente compartilhadasecoresponsáveis.Aarticulação
enviados ao Minietério da §aúde deverâo enviar para CIB intersetorial das redes públicas de saúde, de educação e
documento:,'qúo informa as alteraçÕes ocorridas. Fica das demais redes sociais se dá por mêio dos Grupos de
garantidô,o financiamentô dôs NASF intermunicipais já Trabalho Intersetoriais (GTl) (Federal, Estadual e
habilitâdos em data ãntêÍior; pôrém extintâ a possibilidade Municipal) que são responsáveis pela gêstão do incentivo
de implantação de novos a partir da publicação desta Íinanceiro e material, pelo apoio institucional às equipes de
saúde e educaqão na implementação das ações, pelo
'"ffi1,. ,

Cada ,NASF poderá ser vinculado a no máximo 03 (três)


planejamento, monitoramento e avaliação do Programa.

pólos dó Piô§rama Academia da Saúde em seu território Sobre o processo de implantação, credenciamento, cálculo
d.4:ãU-*Uência, independente do tipô' de NASF e da dos tetos das equipes de atenção básica, e do
modalidade do polo implantado. Para cada pólo vinculado financiamento do bloco de atenção básica:
à equipe do NASF deverá existir pelo menos 1 (um)
profissional de saúde de nível superior com carga horária 1. lmplaniação e Credenciamento
de Para implantação e credenciamento das equipes de
40 hüÍâ§,serfianajs ou, 2 (dois) profissionais de saÚde de atenção básica, descritas neste anexo, os municípios e o
nível sgperior com carga horária mínima de 20 horas Distrito Federal deverão:
semanais cada, que será(ao) responsável(is) pelas | - realizar projeto(s) de implantação das equipes de saúde
atividades do Programa Academia da Saúde. Este(s) da Família, com ou sêm os profissionais de saúde bucal,
profissio n a l( s ) deve(m) tei fórmaçao tompâtível e, êxerÇer
i equipe de agentes comunitários de saúde, das equipes de
iunçao relacionada x àtivioauêg dá acaaemia dá §aúde. atenção básica para populações específicas e do NASF,
Os itens que devem mínimamente constar do projeto estão
Quanto ao NASF, compete àê Secretariae de §aúdg,,dos d9i,9ri!?i'.1?;;9,''*prrrdestaportaria;

| - deflnir o território de atuação de cada NASF de acordo ll - aprovar o projeto elaborado nos Conselhos de Saúde
com as equipes de Saúde da Família e/ou equipes de dos MunicÍpios e encaminhá-lo à Secretaria Estadual de
atenÇão básica para populações específicas às quais Saúde ou sua instáncia regional para análise. O Distrito
estes NASF estiverem vinculados; propiciar o Federal, após a aprovação por seu Conselho de Saúde,
planejamento das açÕes que serão realizadas pelos NASF, deverá encaminhar sua proposta para o Ministerio da
de Íorma compartilhada entre os profissionais (Equipe Saúde;
NASF e Equipe SF e Equlpes de atenção básica para
populações específicas); lll - cadastrar os profissionais das equipes, previamente
credenciadas pelo estado coníorme decisão da ClB, no
ll - selecionar, contratar e remunerar os profissionais dos SCNES e alimentar os dados no sistema de informação
NASF, em conformidade com a legisiação vigente nos que comprove o inÍcio de suas atividades; para passar a
municípios e Distrito Federal; e receber o incentivo correspondente às equipes
efetivamente implantadas; e
lll - disponibilizar espaço Íísico adequado nas UBS, e
garantir os
recursos de custeio necessários ao lV - solicitar substituição, no SCNES, de categorias de
desenvolvimento das atividades mínimas descritas no profissionais colocados no projeto inicial caso exista a
escopo de ações dos diferentes proÍissionais que necessidade de mudança, sendo necessário o envio de
comporão os NASF, não sendo recomendada estrutura um oficio comunicando sobre a necessidade desta
física específica para a equipe de NASF. alteração ao Estado.

Programa Saúde na Escola:

324
Para lmplantação e Credenciamento das referidas equipes
O número máximo de NASF 2 aos quais o município pode
as secretarias estaduais de saúde e o Distrito Federal fazer jus para recebimento de recursos
deverão: financeiros
específicos será de 1 (um) NASF 2.
| - analisar e encaminhar as propostas de implantação
das
elaboradas pelos municípios e apiovadai pelos D) O teto máximo de Equipes Saúde da Família Ribeirinha
lAuiOeg
Conselhos
_Municipais de à Comissão lntergestores e Fluvial e equipes de consultorio na rua será avaliado
Bipartite (ClB) no prazo máximo de 30 dias, após a data do posteriormente, de acordo com cada projeto.
protocolo de entrada do processo na Secretaria Estadual
de Saúde ou na instáncia regional;
3. Do Financiamento da Atenção Básica
ll - após aprovação na ClB, cabe à Secretaria de Saúde O financiamento da Atenção Básica deve ser tripartite. No
dos Estados e do Distrito Federal informar ao Ministerio da
âmbito federal o montante de recursos flnanceiros
Saúde, ate o dia 15 de cada mês, o número de equipes,
destinados à viabilização de ações de Atenção Báslca à
suas diferentes modalidades e composições de saúde compõe o Bloco de financiamento de Atenção
profissionais com as respectivas cargas horárias, que
Básica (Bloco AB) e parte do Bloco de financiamento de
farão jus ao recebimento de incentiús financeiros da investimento. Seus recursos deverão ser utilizados para
atenção básica; financiamento das açÕes de Atenção Básica descritas na
RENASES e nos planos de Saúde do município e do
lll - submeter à ClB, para resolução, o fluxo de Distrito Federal.
acompanhamento do cadastramento doá profissionais das
equipes nos sistemas de informação nacionais, definidos Os repasses dos recursos do Bloco AB aos municípios são
para esse fim;
efetuados em conta abefta especificamente para este fim,
de acordo com a normatização geral de transferências de
lV - submeter à ClB, para resolução, o fluxo de recursos fundo a fundo do Min'lsterio da Saúde, com o
descredenciamento e/ou o bloqueio,de recúr:§os diante de
objetívo de facilitar o acompanhamento pelos Conselhos
irregularidades constatadas na implantação e no de Saúde no âmbito dos municipios, dos estados e do
funcionamento. das equipes a ser publicado cómo portaria
Distrito Federal.
de resolução da ClB, visando à regularização das equipes
que atuam de Íorma inadequada; e
O Ministerlo da Saúde definirá os códigos de lançamentos,
assim como seus identificadores literais, que bonstarão
V - responsabílizar-se pemnte o Ministério da Saúde pelo nos respectivos avisos de credito, para tornar claro o
monítoramento, o cóntrole e a avaliáção da utilização dos objeto de cada lançamento em conta. O aviso de crédito
recursos de incentivo destas equípes.
deverá ser enviado ao Secretário de Saúde, ao Fundo de
,..:
Saúde, ao Conselho de Saúde, ao poder Legislativo e ao
Z. CafCufo áo Teto das equipes Oe atençaô básica para o Ministerio Público dos respectivos níveis de gõverno.
cálculo do teto máximo de equipes Oe saíàe da família, de
agentes comunitários de,saúde, de equipes de saúde Os registros contábeis e os demonstrativos
bucal e dos Núcleos de Apoio à Saúde da FamÍlia a fonte gerenciais
mensais devidamente atualizados relativos aos recursos
de dàdos populaCionais utilizada será a mesma vigente repassados a essas contas fiçarão, permanentemente, à
pâia cálculo do recurio per capita definida pelo lBóE e
publicada peto Ministório dá Sar:Oe.
disposição dos Conselhos responsáveis pelo
'dos
acompanhamento, e a Íiscalização, no âmbito
Municípios, dos Estados, do Distritó Federal e dos órgãos
de fiscalização federais, estaduais e municipais," de
controle interno e externo. Os municípios deverão remeter
por via eletrônica o processamento da produção de
serviços reforentes ao Bloco AB ao Ministério da Saúde ou
,.à Secretaria Estadual de Saúde, de acordo com
cronograma pactuado. As Secretarias de Saúde
dos
'aÁ Estados e do Distrito Federal devem enviar as informações
B) Agentes Comunitários de Saúoe:
ão 0A-l]n§US. observando cronograma estabelecido peto
" "r*".,Éá
ACS pelos quais o município e o Distrito Federál'p;de; Ministerio da Saúde.
fazer jus ao recebimento de recursos financeiros
especíÍicos será calculado peÍa fórmula; população /400.
De acordo com o artigo 60, do Decreto no 1.651/95, a
Para municípios dos estados da Região Norte, Maranhão
e comprovação da aplicação dos recursos transferidos do
Mato Grosso, a fórmula será:- população da área Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais e
urbana/40o + população da área rurattzà0. '
Municipais de Saúde, na forma do Decreto no 1.2321g4,
que trata das transÍerências, Íundo a fundo, deve ser
C) NASF - Núcleo de Apoio de Saúde da Famítia: o apresentada ao Ministério da Saúde e ao Estado, por meio
número máximo de NASF 1 aos quais os municípios e o
de relatório de gestão, aprovado pelo respectivo Conselho
Distrito Federalpodem fazer jus para recebimento de
de Saúde.
recursos financeiros específicos será calculado pelas Da mesma Íorma, a prestação de contas dos valores
fórmulas:
recebidos e aplicados no período deve ser aprovada no
I - para Municípios com menos de 100.000 habitantes de
Conselho Municipal de Saúde e encaminhada ao Tribunal
Estados da Amazônia Legal = número de ESF do de Contas do Estado ou Município e à Câmara Municipal.
Município/S; e
A demonstração da movimentação dos recursos de cada
ll - paraMunicípios com 100.000 habitantes ou mais da conta deverá ser efetuada, seja na prestação de Contas,
Amazônia Legal e para Municípios das demais unidades
seja quando solicitada pelos órgãos de conirole, mediante
da Federação = número de ESF do Município/g. a apresentação de;
|- relatórios mensais da origem e da aplicação dos
recursos;
ll - demonstrativo sintético de execução orçamentária;

325
lll - demonstrativo detalhado das principais despesas; e
lV - relatório de gestão. Acolhimento: Processo constitutivo das práticas de
produção e promoção de saúde que implica
O Relatório de Gestão deverá demonstrar como a responsabilização do trabalhador/equipe pelo usuário,
aplicação dos recursos financeiros resultou em ações de desde a sua chegada até a sua saída. Ouvindo sua
saúde para a população, incluindo quantitativos mensais e queixa, considerando suas preocupações e angústias,
anuais de produção de serviços de Atenção Básica, fazendo uso de uma escuta qualificada que possibilite
analisar a demanda e, colocando os limites necessários,
O financiamento federal desta política é composto por: garantir atenção integral, resolutiva e responsável por meio
A) Recursos per capita; do acionamento/articulação das redes internas dos
serviços (visando à horizontalidade do cuidado) e redes
B) Recursos para projetos específicos, tais como os externas, com outros serviços de saúde, para continuidade
recursos da compensação das especificidades regionais da assistência quando necessário.
(CER), do Programa de Requalificação das Unidades
Básica de Saúde, Recurso de lnvestimento/ Estruturação e Ambiência: Ambiente Íísico, social, profissional e de
Recursos de Estruturação na lmplantação; relações interpessoais que deve estar relacionado a um
projeto de saúde voltado para a atenção acolhedora,
C) Recursos de investimento; resolutiva e humana. Nos serviços de saúde a ambiência é
marcada tanto pelas tecnologias médicas ali presentes
D) Recursos que estão condicionados à implantação de quanto por outros componentes estéticos ou sensíveis
estratégias e programas prioritários, tais como os recursos apreendidos pelo olhar, olfato, audição, por exemplo, a
específicos para os municÍpios que implantarem as luminosidade e os ruídos do ambiente, a temperatura, etc.
Equipes de Saúde da Família, as Equipes de Saúde BuCâl, Mui[p-,., imp.grtante na ambiência é o componente afetivo
de Agentes Comunitários de Saúde, dos Núcleos de Apoio êxprssso na forma do acolhimento, da atenção dispensada
à Saúde da Família, dos Consultórios na Rua, de Saúde :ao üsuário, da interação entre os trabalhadores e gestores.
da Família Fluviais e Ribeirinhas, de Atenção Domiciliar, Devem-se destacar também os compônentes culturais e
Prog ra ma S a ú-d.e..'-h:â.r=, a {pê§.),,rmicioeoop..isÍàs, ê,rr,â
i1 regionais que determinam os valores do ambiente.
da,çuçgal,i,l
.lt

i,-.,-'
Academia
, Apoio matricial:Lógíca de produção do processo de
E) Recursô§ ôondicionados a resultados e avaliaçâo do trabalho na qual um prÕfissional oferece êpoio em sua
a cess;p7ff-,1da,iqu â |idâdê', tâI cômüi ü'do, Prog na.ma. N a ci o n â I especialidade pârâ outros profissionais, equipes e sêtores.
oe Nçf,,h-- iiá do Acesffi,oa oU_a|!,,! (ffMAüI lnverte-se, assim, o esguema tradicional e fragmentado de
saberes e fazeres já que ao mesmo tempo em que o
q,9 liÊ iàilos rninimosl a mánútàÉ ô da transferoncia profissional cria pertencimento à sua equipe/setor; também
:Ellfi,#,#,:i|ii§il,Ate nÇã o Básica sâo a queles d efin id o s pe la funciona como apoio, reÍerência para outras eduipes.
SUsi,
dCI' :

rardo
:q=d!.q. ,'i,, Atenção especializada/serviço de assistência
Ô t,plâi4álirde it§a úde mün icipa t,.àu', oo, ü,Ístiito Feoera
, ea especialízada: Unidades ambulatoriais de referência,
piogramação anual de saúde aprovada pelo respectivo compostas por equipes multidisciplinares de diÍerentes
Cônselho de Saúde devem e§pecificar a proposta de especialidades gue acompanham os pacientes, prestando
organÍzação da àtençâo básica e explicitar como serão atendimento integral a eles e a sêus familiares.
utilizados os recursos do Bloco da Atenção Básica.
Autonomia: No seu sentido etimológico, significa "produção
O relatóríó-de gêstgo dever!.demonstrar como a aplicação de suas próprias leis" ou "faculdade de se reger por suas
dos recursós,finane+iros iêsultou em ações de saúde pârâ próprias leis". Em oposição à heleronomia, designa todo
a população, ineluindo quântítativÕs:mênsais e:anuaís de sistema ou orgânismo dotado da capacidade de construir
produção de serviços dê.atênção básicâ. regras de funcionamento para si e para o coletivo. Pensar
., ,

s§,:'indivÍduos como sujeitos autônomos é considerá-los


Da suspensão do repasse do rêcursos do Bloco da como protagonistas nos coletivos de que participam, co-
Atenção Básica: responsáveis pela produção de si e do mundo em que
vivem. Um dos valores norteadores da PolÍtica Nacional de
O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de recursos Humanização é a produção de sujeitos autônomos,
do Bloco da Atenção Básica aos municípios e ao Distrito protagonistas e co-responsáveis pelo processo de
Federal, quando: produção de saúde.

| - Não houver alimentação regular, por parte dos Classificação de Risco (Avaliação de Risco): Mudança na
municípios e do Distrito Federal, dos bancos de dados lógica do atendimento, permitindo que o critério de
nacionais de informação, relacionados na portaria no.3462 priorização da atenção seja o agravo à saúde e/ou grau de
de 1 1 de novembro de 2010; e sofrimento e não mais a ordem de chegada (burocrática).
Realizado por profissional da saúde que, utilizando
ll- Forem detectados, por meio de auditoria federal ou protocolos técnicos, identifica os pacientes que necessitam
estadual, malversação ou desvio de finalidade na de tratamento imediato, considerando o potencial de risco,
utilização dos recursos. A suspensão será mantida até a agravo à saúde ou grau de sofrimento e providencia, de
adequação das irregularidades identificadas. forma ágil, o atendimento adequado a cada caso.

HUMANIZASUS: POLíTICA NACIONAL DE Clínica ampliada: O conceito de clínica ampliada deve ser
HUMANTZAçÃO: DOCUMENTO BASE PARA entendido como uma das diretrizes impostas pelos
GESTORES E TRABALHADORES DO SUS princípios do SUS. A universalidade do acesso, a
integralidade da rede de cuidado e a eqüidade das oÍertas
2004
em saúde obrigam a modificação dos modelos de atenção
Glossário HumanizaSUS
e de gestão dos processos de trabalho em saúde. As
propostas da clínica ampliada: 1) compromisso com o

326
sujeito e não só com a doença; 2) reconhecimento dos conhecimento para o
limites dos saberes e a afirmação de que o sujeito é
desenvolvimento da capacidade
pedagógica de problematizar e identificar pontos sensíveis
sempre maior que os diagnósticos propostos; 3) afirmação e estratégicos para a produção da integralidade e
do encontro clínico entre dois sujeitos (trabalhador de humanização.
saúde e usuário) que se co-produzem na relação que
estabelecem; 4) busca do equilíbrio entre danos e Eficácia/eficiência (resolubilidade): A resolubilidade diz
benefícios gerados pelas práticas de saúde; 5) aposta nas respeito à combinação dos graus de eficácia e eficiência
equipes multiprofissionais e transdisciplinares; 6) íomento das ações em saúde. A eficácia fala da produção da saúde
da co-responsabilidade entre os diferentes sujeitos como valor de uso, da qualidade da atenção e da gestão
implicados no processo de produção saúde de da saúde. A eficiência refere-se à relação custo/benefício,
(trabalhadores de saúde, usuários e rede social); 7) defesa ao menor investimento de recursos Íinanceiros e humanos
dos direitos dos usuários. para alcançar o maior impacto nos indicadores sanitários.

Colegiado gestor: Em um modelo de gestão parlicipativa, Eqüidade: No vocabulário do SUS, diz respeito aos meios
centrado no trabalho em equipe e na construção coletiva necessários para se alcançar a igualdade, estando
(planeja quem executa), os colegiados gestores garantem relacionada com a idéia de justiça social. Condições para
o compartilhamento do poder, a co-análise, a co-decisão e que todas as pessoas tenham acesso aos direitos que lhe
a co-avaliação. Tem por finalidade elaborar o projeto de são garantidos. Para que se possa exercer a eqüidade, é
ação da instituição, atuar no processo de trabalho da preciso que existam ambientes favoráveis, acesso à
unidade, responsabilizar os envolvidos, acolher os informação, acesso a experiências e habilidades na vida,
usuários, criar e avaliar os indicadores, sugerir e elaborar assim como oportunidades que permitam fazer escolhas
propostas. por uma vida mais sadia. O contrário de eqüidade e
e as iniqüidades no campo da saúde têm
,ffiqüid.,q§e,
Controle social (participação cida-dã: participação popular ra Ínês hãs, dê§igualdades existentes na socied ade.
,:';i:'
Equipe de reÍerência/equipe multiprofissional: Grupo que
se constitui por profissionais de diferentes áreas e saberes
(interdisciplinar, transdisciplinar), organizados em função
dos objetivos/missão de cada -serviço de saúde,
estabelecendo-se como referência para os usuários desse
serviço (clientela que fica sob a responsabilidade desse
grupo/equipe), Está inserido, num sentido vertical, em uma
:'6e'ntldO:,
P NH;+uas' diretrize§,,,âpo'htaú-, no: da : t ) CI ín ica matriz organizacional. Em hospitais, por exemplo, a
Ampliada; 2) 3) Valorização do Trabalho; 4) clientela internada tem sua equipe básica de referência e
-Co-Gestão;
AColhimento; 5) Valorização do trabalho e do trabalhador especialistas e outros profissionais organizam uma rede de
da Saúde do Trabalhador; 6) Defesa dos Direitos do serviços matriciais de apoio às equipes de referência. As
Usuário; 7) Fomento das grupaiidades, coletivos e redes; e equipes de reíerência em vez de serem um espaço
8) Construção da inemória do SUS que dá certo. episôdico de integração horizontal passam a ser a
estrutura permanente e nuclear dos serviços de saúde.
Dispositivos da PNH: Dispositivo é um arranjo de
elementos, que podem ser concretos (ex,: uma róforma Familiar participante: Representante da rede social do
arquitetônica, uma decoração, um manual de instrucões) usuário que garante a articulação entre a rede
e/ou imateriais (ex.:conceitos, valores, aütudes) medianté social/familiar e a equipe profissional dos serviços de
o qual se;faz funcionar, se catali§a ou se.potencializa um saúde na elaboração de projetos de saúde.
processo. i'Na ,PNH,- foràm desênvólvidos úários
"
dispositivos que são acionadós nas;praiicas de produçâo Gestão participativa: Modo de gestão que incluiu novos
de saúde, envolvendo côtetivos e vísando promovêr sujeitos no processo de análise e tomada de
mudançasnosmodelosdeatençãdeoeóestãà'. ,'decisâo.PressupÕe a ampliação dos espaços públicos e
- Acolhimento com Classificaçao Oe_RisCd; . , i ,, 1,, ,
,:.cefptlvosr viabilizando o exercício do diálogo e da
- Equipes de Referência e de Apoio Matriciat; ^:,'..t,,
LoâetuáÇâô'.de diferenças. Nos espaços de gestão e
- Projeto Terapêutico Singutar e projeto de Saúde ôôiéiiVa; possível construir conhecimentos compartilhados
- Projetos Co-Geridos de Ambiência
- Colegiado Gestor;
considerandoas subjetividades e singuralidades dos
sujeitos e coletivos.
- Contrato de Gestão;
- Sistemas de escuta qualificada para usuários e Grupalidade: Experiência que não se reduz a um conjunto
trabalhadores da saúde: gerência de .porta aberta,,; de indivíduos nem tampouco pode ser tomada como uma
ouvidorias; grupos focais e pesquisas de satisfação, etc.; unidade ou identidade imutável. E um coletivo ou uma
- Visita Aberta e Direito à Acompanhante; multiplicidade de termos (usuários, trabalhadores,
- P-rograma de Formação em Saúde do trabalhador (pFST) gestores, familiares, etc.) em agenciamento e
e Comunidade Ampliada de Pesquisa (CAp); transformação, compondo uma rede de conexão na qual o
- Programas de Qualidade de Vida e Saúde para os processo de produção de saúde e de subjetividade se
Trabalhadores da Saúde; realiza.
- Grupo de Trabalho de Humanização (GTH);
- Cámaras Técnicas de Humanização (CTH); Grupo de Trabalho de Humanização (GTH): Espaço
- Projeto Memória do SUS que dá certo. coletivo organizado, parlicipativo e democrático, que
funciona à maneira de um orgão colegiado e se destina a
Educação permanente em saúde: As ações de educação empreender uma política institucional de resgate dos
permanente em saúde envolvem a articulação entre valores de universalidade, integralidade e aumento da
educação e trabalho no SUS, visando à produção de eqüidade no cuidado em saúde e democratização na
mudanças nas práticas de formação e de saúde. por meio gestão, em benefício dos usuários e dos trabalhadores da
da Educação Permanente em Saúde articula-se o ensino, saúde. E constituído por lideranças representativas do
gestão, atenção e participação popular na produção de coletivo de profissionais e demais trabalhadores em cada

327
equipamento de saúde, (nas SES e nas SMS), tendo como escolha do prefixo inter e não do trans é efetuada em
atribuições: difundir os princípios norteadores da PNH; respeito à autonomia administrativa e política dos setores
pesquisar e levantar os pontos crÍticos do funcionamento públicos em articulação.
de cada serviço e sua rede de referência; promover o
trabalho em equipes multiprofissionais, estimulando a Núcleo de saber: Demarca a identidade de uma área de
transversalidade e a grupalidade; propor uma agenda de saber e de prática profissional. A institucionalização dos
mudanças que possam beneficiar os usuários e os saberes e a sua organização em práticas se dá mediante a
trabalhadores da saúde; incentivar a democratização da conformação de núcleos que são mutantes e se
gestão dos serviços; divulgar, Íortalecer e articular as interinfluenciam na composição de um campo de saber
iniciativas humanizadoras existentes; estabelecer íluxo de dinâmico. No núcleo há aglutinação de saberes e práticas,
propostas entre os diversos setores das instituições de compondo um grupo ou um gênero profissional e
saúde, a gestão, os usuários e a comunidade; melhorar a disciplinar.
comunicação ea integração do equipamento com a
comunidade (de usuários) na qual está inserida, Ouvidoria: Servlço representativo de demandas do usuário
e/ou trabalhador de saúde e instrumento gerencial na
Humanização/Política Nacional de Humanização (PNH): medida em que mapeia problemas, aponta áreas crÍticas e
No campo da Saúde, humanização diz respeito a uma estabelece a intermediação das relações, promovendo a
aposta ético-estético-polÍtica: ética porque implica a atitude aproximação das instâncias gerenciais.
de usuários, gestores e trabalhadores de saúde
comprometidos e co-responsáveis. Estetica porque Princípios da PNH: Por princípio entende-se o que causa
acarreta um processo criativo e sensÍvel de produção da ou força determinada ação ou o que dispara um
saúde e de subjetividades autônomas e protagonistas. determinado movimento no plano das políticas públicas. A
PolÍtica porque se refere à organização social :,e FNI-.l, enquanto movimento de mudança dos modelos de
institucional das práticas de atençao e gestão na rede do atênção.egestão, possui três princípios a partir dos quais
SUS. O compromisso ético-estético- pôlítíôo dâ se desdobra enquanto política pÚblica de saÚde: 1) A
humanização do SUS se assenta nos valores de transversalidade enquanto âumento do grau de abertura
autonomia e protagonismo dos sujeitos, de co- comunicacional intra e intergrupos, isto é, a ampliação da
responsabilidade entre eles, de solidariedade dos vínculos grupalidade ou das formas de conexão intra e intergrupos
estabelecidos,:dg di itos do-s usuários e da pafilçipaçâo promovendo mudanças nas práticas de saúde; 2) A
inseparabilidade entre clínica e política, o que impõe a
inseparabilidade entre âtênção ê ge§tão dos processos de
lgualt Segundo os preceitos do SUS e conforme o produção de saúde; 3) O pro[agonismo dos sujeitos e
textoi rnstituiÇão brasileira, o acesso às ações e aos coletivos.
serviÉs, ::para promoção, proteção e recuperação da
saúde, além de universal, deve basear:se na igualdade de Produção de saúde e produção de subjetividade: Em uma
r.ésultados finais, §árantídá mediante políticas sociais e democracia institucional, diz respeito à constituição de
êionômlcas que visem à redução do risco de doenças e sujeitos autônomos e protagonistas no processo de
-,'t;:,j..; :,
de ôutros agravos. ' ';:l produção de sua própria saúde. Neste sentido, a produção
das condições de uma vida saudável não pode ser
tntogtflüade;,.Um do§ pritncípio constitucionais do SUS pensada sem a implicação, neste processo, de sujeitos.
oaranterao cidadão o direito de acesso a todas as esferas
áe atenção em saúde, contemplando, desde ações Projeto de saúde: Projetos voftados para os sujeitos,
assistenciais em todtis os níveis de complexidade individualmente, ou eomunidadê§, contemplando ações de
(continuidade dá ãssíslêhoia),"4té:âtivÍdadês inseridas hos diferentes eixos, levando em conta as
ámbitos dã p.rêvençqo,dê...do.ê.nçês .e de, prom?çãô dâ necessidades/demandas de saúde. Comportam planos de
saúde. Prevê-seii,,po*pnÍo,,iár-q,qhgÉura de sên/iço$ erll açáo assentados na avaliação das condições
diferentes eixos, o quê requêÊiâ',,:,SonstituiÇâô de,uma redê blopsicossociais dos usuários, A sua construção deve
de serviços (integração de at'Ões), üapaz de,vÍâbilizar urnâ inclUif a co-responsabilidade de usuário, gestor e
atenção integral, Por outro lado, cabê rêsgaltar que por trâbâlhadôr/equipes de saúde, e devem ser considerados:
integralidade também se deve compreender a proposta de a perspectiva de açoes intersetoriais, a rede social de que
abordagem integral do ser humano, superando a o usuário laz parle, o vínculo usuárioequipamento de
fragmentação do olhar e intervençÕes sobre os sujeitos, saúde e a avaliação de risco/vulnerabilidade.
que devem ser vistos em suas inseparáveis dimensões
biopsicossociais. Protagonismo: É a ideia de que a ação, a interlocução e a
atitude dos sujeitos ocupam lugar central nos
lntersetorialidade: lntegração dos serviços de saúde e acontecimentos. No processo de produção da saúde, diz
outros órgãos públicos com a
finalidade de articular respeito ao papel de sujeitos autônomos e co-
políticas e programas de interesse para a saúde, cuja responsáveis no processo de produção de sua própria
execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do saúde.
SUS, potencializando, assim, os recursos financeiros,
tecnológicos, materiais e humanos disponíveis e evitando Reabilitar-Reabilitação/Habilitar-Habilitação: Habilitar é
duplicidade de meios para fins idênticos.
os Se tornar hábil, no sentido da destreza/inteligência ou no da
determinantes do processo saÚde/doença, nos planos autorização legal. O "re" constitui prefixo latino que
individual e coletivo, encontram-se localizados na maneira apresenta as noções básicas de voltar atrás, tornar ao que
como as condições de vida são produzidas, isto é, na era. A questão que se coloca no plano do processo saúde/
alimentação, na escolaridade, na habitação, no trabalho, doença é se é possÍvel "voltar atrás", tornar ao que era. O
na capacidade de consumo e no acesso a direitos sujeito e marcado por suas experiências; o entorno de
garantidos pelo poder público, então é impossível fenômenos, relações e condições históricas e sempre
conceber o planejamento ea
gestão da saúde sem a muda; então a noção de reabilitar e problemática. Na
integração das políticas sociais (educação, transporte, saúde, estaremos sempre desafiados a habilitar um novo
ação social), num primeiro momento, e das polÍticas sujeito a uma nova realidade biopsicossocial. Porém,
econômicas (trabalho, emprego e renda), num segundo. A existe o sentido estrito da volta a uma capacidade legal
328
pré-existente e, por algum motivo, perdida, e nestes casos
o "re" se aplica. Universalidade: A Constituição brasileira instituiu o
princípio da universalidade da cobertura e do atendimento
Rede psicossocial: Esquematicamente, todos os sujeitos para determinar a dimensão do dever estatal no campo da
atuam em três cenários: a família, o trabalho e o de sorte a
consumo, onde se desenrolam as suas histórias com seus
Saúde, compreender o atendimento a
brasileiros e a estrangeiros que estejam no país, crianças,
elementos, afetos, dinheiro, poderes e símbolos, cada qual jovens, adultos e idosos. A universalidade constitucional
com sua força e onde somos mais ou menos hábeis, mais compreende, portanto, a cobertura, o atendimento e o
ou menos habilitados, formando uma rede psicossocial. acesso ao Sistema Unico de Saúde, expressando que o
Esta rede é caracterizada pela participaçâo ativa e criativa Estado tem o dever de prestar atendimento nos grandes e
de uma série de atores, saberes e institulções, voltados pequenos centros urbanos, e também às populações
para o
enfrentamento de problemas que nascem ou se isoladas geopoliticamente, os ribeirinhos, os indígenas, os
expressam numa dimensão humana de fronteira, aquele ciganos e outras minorias, os prisioneiros e os excluídos
que articula a representação subjetiva com a prática sociais. Os programas, as ações e os serviços de saúde
objetiva dos indivíduos em sociedade. devem ser concebidos para propiciar cobertura e
atendimento universais, de modo eqüitativo e integral.
Redes de atenção em saúde: Modo de organização dos
serviços configurados em redes sustentadas por critérios, Usuário, cliente, paciente: Cliente é a palavra usada para
fluxos e
mecanismos de pactuação de funcionamento, designar qualquer comprador de um bem ou serviço,
para assegurar a atenção integral aos usuários, Na incluindo quem confia sua saúde a um trabalhador da
compreensão de rede, deve-se reafirmar a perspectiva de saúde. O termo incorpora a ideia de poder contratual e de
seu desenho lógico, que prevê níveis de complexidade, contrato terapêutico efetuado. Se, nos serviços de saúde,
viabilizando encaminhamentos resolutlvos (entre os o paeiente é aquele que sofre, conceito reformulado
diferentes equipamentos de saúde), porém refôrçêhoô a historleamente para aquele que se submete,
sua concepção central de fomentar e assegurar vínculos 'passivamente, sem criticar o tratamento recomendado,
em diferentes dimensõesl, intra-equipes . de saúde, prefere-se usar o termo cliente, pois implica em
interequipes/serviços, êntre trabalhadoréi_ e gestores, e capacidade contratual, poder de decisão e equilÍbrio de
direitos, Usuário, isto é, aquele que usa, indica significado
mais abrangente, capâz de envolver tanto o clientã como o
acompanhante do cliente, o familiar do cliente, o
trabalhador da instituição, o gerente da instituição e o
gestor do sistema.

Vínculo: Na rede psicossocial, compartilhamos


Trabalho: O trabalho tem sido identificadô a emprego ou experiências e estabelecemos relações mediadas por
'pro-dutos
ássalariamênto e, também, a táretas e instáncias. No caso da instáncia instituição de saúde, a
esqeralos. O trabalho é mais que isso, é atividade que se aproximação entre usuário e trabalhador de saúde
opÕe à inércia. Eo conjunto dos fenômenos que promove um encontro, este "Ílcar em frente um do outro',,
caràcterizam o ser vivo. E, assim, resístência a toda um e outro sendo sujeitos, com suas intenções,
situação de. heterodeterminação. das normas definidas interpretaÇões, necessidades, razões e sentimentos,-mas
paru a sua execução. Nos proce§sos delrabalho surgem, em situação _ de desequilíbrio, de habilidades e
a todo 'o momehio, situáÇões novàó e .ventos expectativas diferentes, em que um, o usuárioi, busca
imprevislveis' não définidos 'pelas preSCrições da assistência, em estado físico e emocional fragilizado, junto
organização do trabálho. pàra dár contà dessas situaçÕes, ao outro, um profissional supostamente capacitado para
os trabalhado#,*aO convocados a,. criar, d:,ime.ffiôai atender e cuidar da causa de sua fragilidade. Desse modo
ações. Quando as normas são seguidas fielmenie, sem cria-se um vínculo, isto é, processo que ata ou liga,
serem questionadas, podemos colocar o trabalho em crise, gerando uma ligação afetiva e ética entre ambos, numa
pois as prescrições não são suficientes pára tesponder convivência de ajuda e respeito mútuos.
aos imprevistos que acontecem a cada dia. O trabalho
inclui, também, uma dimensão que não é obsêií.áVel * Visita aÜerta ê direito de acompanhante: E o dispositivo
como os fracassos e as frustrações por não poder iêr sido que amplia as possibilidades de acesso para os visitantes
-
feito como se gostaria e exige invenções, escolhas e
decisões muitas vezes difíceis. A atividade do trabalho,
de forma a garantir o elo entre o paciente, sua rede social
e os demais serviços da rede de saúde, mantendo latente
pofianto, é submetida a uma regulação que se efetiva na o de vida do
interação entre os trabalhadores da saúde, numa dinâmica
projeto paciente durante o tempo de
internação.
intersubjetiva, Somos gestores e produtores de saberes e
de novidades.
A Humanização vista não como programa, mas como
Nas experiências coletivas ou
Transversalidade: de política que atravessa as diferentes ações e instâncias
grupalidade, diz respeito à possibilidade de gestoras do SUS, implica:
conexão/confronto com outros grupos, inclusive no interior
do próprio grupo, indicando um grau de abertura à - Traduzir os princípios do SUS em modos de operar dos
alteridade e, portanto, o fomento de processos de diferentes equipamentos e sujeitos da rede de saúde;
diferenciação dos grupos e das subjetividades. Em um - Construir trocas solidárias e comprometidas com a dupla
serviço de saúde, pode se dar pelo aumento de tarefa de produção de saúde e produção de sujeitos;
comunicação entre os diferentes membros de cada grupo, - Oferecer um eixo arliculador das práticas em saúde,
e entre os diferentes grupos. A ideia de
comunicação destacando o aspecto subjetivo nelas presente;
transversal em um grupo deve ser entendida não a partir - Contagiar por atitudes e ações humanizadoras a rede do
do esquema bilateral emissor-receptor, mas como uma SUS, incluindo gestores, trabalhadores da saúde e
dinâmica multivetorializada, em rede, e na qual se usuários.
expressam os processos de produção de saúde e de
subjetividade. Assim, entendemos Humanização como:

329
Valorização dos diferentes sujeitos implicados no valorizando os trabalhadores, sua motivação, o
processo de produção de saúde: usuários, autodesenvolvimento e o crescimento proÍissional;
trabalhadores e gestores; - No eixo do Íinanciamento, propõe-se a integração de
Fomento da autonomia e do protagonismo desses recursos vinculados a programas específicos de
sujeitos; humanização e outros recursos de subsídio à atenção,
. Aumento do grau de co-responsabilidade na produção uniÍicando-os e repassando-os fundo a fundo mediante o
de saúde e desujeitos; compromisso dos gestores com a PNH;
. Estabelecimento de vínculos solidários e de - No eixo da atenção, propõe-se uma política incentivadora
participação coletiva noprocesso de gestão; do protagonismo dos sujeitos e da ampliação da atenção
. ldentificaÇão das necessidades sociais de saúde; integral à saúde, promovendo a intersetorialidade;
. Mudança nos modelos de atenção e gestão dos - No eixo da educação permanente, indica-se que a PNH
processos de trabalho tendo como foco as componha o conteúdo profissionalizante na graduação,
pós-graduação e extensão em saúde, vinculando-a aos
necessidades dos cidadãos e a produÇão de saúde;
. Pólos de Educação Permanente e às instituições de
Compromisso com a ambiência, melhoria das
formação;
condições de trabalho e de atendimento.
- No eixo da informação/comunicação, indica-se por meio
de ação de mídia e discurso social amplo a inclusão da
Para isso, a Humanização do SUS se operacionaliza com:
PNH no debate da saúde;
r A troca e a construção de saberes;
- No eixo da gestão da PNH, indica-se o acompanhamento
. O trabalho em rede com equipes multiprofissionais;
e avaliação sistemáticos das ações realizadas,
. A identificação das necessidades, desejos e interesses estimulando a pesquisa relacionada às necessidades do
dos diferentes sujeitos do campo da saúde; SUS na perspectiva da humanização.
. O pacto entre os diferentes níveis de gestão do §US
(federal, estadual e municipaf), entrê as difeientes AçÕes de lmplantação:
Instâncias de efetivaçêp das pülÍticâs ' públicas de
saúde (instâncias da gé9tão e da atençâo), assim,ôonlo - Propor quê os planos estaduais e municipais de saúde
entre gestore.s., trápq1trádorgs e usuá1ios desta ,rê§e; contemplem as estratégias gerais da PNH (agenda de
. O resóate dos fundámentos básicos que norteiam as compromissos);
práticas de.§4úde no S_US, reconhecendo ôs gestores, - Consolidar e expandir Grupos de Trabalho de
trabalhadôres.',e.'t1s.u os ,Êomô sujêitôs â-livos e Humanização (GTH) no Ministério da Saúde (reÍerência
prokig nistasltlá.s,,á*õê de saúdei :
nacional das ações), nas SES (referência estadual das
. ConstruÇão de redes solidárias e interativas, ações), nas SMS' (referência municipal das ações) e nos
participativas e protagonistas do SUS. sérviços de saúde, inclusive prestadores e hospitais
filantrópicos (referência local das ações);
- Selecionar, apoiar e publicizar experiências na rede SUS
B,eetdüü$os; êntãô;., os iprÍncípio§ norteadores da pol ítica com função multiplicadora;
de humanização: - Garantir recursos necessários para a implementação da
-.ValoiiHtpão da dimensão'subjetiva e social em todas as PNH com participação dos três níveis do governo;
prálioâs. de atenção ,6 gestã6 ,no SUS, fortalecendo o - lnstituir sistemática de acompanhamento e avaliaÇão da
cornprçg.ti$§o com o§ diteitos do cidadã0, destacândo-se o PNH articulada com outros processos de avaliação do MS
respe]Éiàs questões de gên,ero,. etnia, râçâ, orientação (Programa de Avaliação de Serviços Hospitalares, Pactos
sexúrâ]J.$s ;,papulaç.õês êspêêÍfieâs ( índios, qui lom bo las, de Atenção Básica, etc.);
etc.);''' .
ribeiriú§,ii§; âÉsentados, , - Articular programas e projetos do Ministério da Saúde
- FoÍialecír.nento dê , , r.trâbâthô êm equipe (Hospital Amigo da Criança, Humanização do Parto, etc.) à
multiprofissional,fomentandoatransversalidadeea PNH, com vistas a diminuir a verticalização e implicando a
grupalidade; co-responsabilidade dos gestores estaduais e municipais
- Apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e na implementação da PNH;
comprometidas com i ,.prqduçfio,: de saúde ê com a - Ç4!.rstr-ução e revisâo dos contratos/convênios, protocolos
produção de sujeitos: e,fl uxos,assisle;ciais i ncorpo ra ndo a s d i retrizes do P N H ;
- Construção de autonomia e protagonismo dos sujeitos e ;rlmplemenffi ôampanha nacional da PNH.
coletivos implicados na rede do SUS;
- Co-responsabilidade desses sujeitos nos processos de Diretrizes Gerais para a lmplementação da PNH:
gestão e atenÇão;
- Fortalecimento do controle social com caráler - Ampliar o diálogo entre os profissionais, entre
participativo em todas as instáncias gestoras do SUS; profissionais e população, entre profissionais e
- Compromisso com a democratizaÇão das relações de administração, promovendo a gestão participativa ;
trabalho e valorização dos profissionais de saúde, - lmplantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho de
estimulando processos de educação permanente. Humanização com plano de trabalho definido;
- Estimular práticas resolutivas, racionalizar e adequar o
A implementação da PNH pressupõe vários eixos de ação uso de medicamentos, eliminando ações intervencionistas
que objetivam a institucionalização, difusão desta desnecessárias;
estratégia e, principalmente, a apropriação de seus - Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso
resultados pela sociedade. com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas
terapêuticas e corresponsabilidade de gestores,
- No eixo das instituições do SUS, pretende-se que a PNH trabalhadores e usuários no processo de produção de
faça parle do Plano Nacional, dos Planos Estaduais e saúde;
Municipais dos vários governos, sendo pactuada na - Sensibilizar as equipes de saúde ao problema da
agenda de saúde (agenda de compromissos) pelos violência intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e à questão
gestores e pelo Conselho de Saúde correspondente; dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros) na hora
- No eixo da gestão do trabalho, propÕe-se a promoção de da recepção e dos encaminhamentos;
ações que assegurem a participação dos trabalhadores
nos processos de discussão e decisão, Íortalecendo e

330
- Adequar os serviços ao ambiente e à cultura local, pacientes internados e com horário pactuado para
respeitando a privacidade e promovendo a ambiência atendimento à famÍlia e/ou sua rede social;
acolhedora e confortável. - Existência de mecanismos de desospilalização, visando
- Viabilizar participação dos trabalhadores nas unidades de alternativas às práticas hospitalares como as de cuidados
saúde através de colegiados gestores; domiciliares;
- lmplementar sistema de comunicação e informação que - Garantia de continuidade de assistência com sistema de
promova o autodesenvolvimento e amplie o compromisso referência e contra-referência.
social dos trabalhadores de saúde,
- Promover ações de incentivo e valorização da jornada Parâmetros para o Nível A
integral ao SUS, do trabalho em equipe e da participação - Grupo de Trabalho de Humanização (GTH)com plano de
em processos de educação permanente que qualifiquem trabalho implantado;
sua ação e sua inserção na rede SUS. - Garantia de visita aberta, através da presença do
acompanhante e de sua rede social, respeitando a
Parâmetros para acompanhamento da implementação: dinâmica de cada unidade hospitalar e peculiaridades das
necessidades do acompanhante;
)Na Atenção Básica: - Ouvidoria funcionando;
- Elaboração de projetos de saúde individuais e coletivos - Equipe multiprofissional (minimamente com medico e
para usuários e sua rede social, considerando as políticas enfermeiro) de atenção à saúde para seguimento dos
intersetoriais e as necessidades de saúde;
- lncentivo às práticas promocionais da saúde;
pacientes internados e com horário pactuado para
atendimento à família e/ou sua rede social;
- Formas de acolhimento e inclusão do usuário que - Existência de mecanismos de desospitalização, visando
promovam a otimização dos serviços, o fim das filas, a alternativas às práticas hospitalares como as de cuidados
hierarquização de riscos e o acesso aos demaia nívejs dô' do-rliciliares'
;;::t) tt t.,t;::ii:...
sistema efetivadas. I
.::; Gárântia dê continuidade de assistência com sistema de
iêfêrência e contra-referência
) Na Urgência e ri:E-rnêrgênc1a, nàs prontã,§t$üôrrros,
:

- Conselho Gestor Local, com funcionamento adequado;


Pronto-Atendimentos, AssistênCià pré-Hospiialar e outros: - Existência de acolhimento com avaliação de risco nas
áreas de acesso (Pronto Atendimento, Pronto Socorro,
- Demanda acolhida através de critérios de avaliação de Ambulatório, Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapia);
risco, garantido o acesso referenciado aos demais níveis - Plano de educação permanente para trabalhadores com
de assislêpdtgi:''.it , ,::,a:: temas de humanização, em implementação.
- Garantidà a referência e )Íêrêneia, resólúção da
urgência e emergência, provido o âêêsso à estrutura PORTARIA NO 280, DE 7 DE ABRIL DE í999
hospitalar . e a
transferênêía sêgura côniorme a
neéessidade dos usuários; O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas
- Definição"de.protocolos clínicos, garantindo a eliminação atribuições, e:
de .'ihtervenções desnecessárías ê respeitando a
individuàlidade do
uT., l- "Í-j
sújeito.
'\%*^ :
-:,
Considerando que ó de competência dos órgãos e
,:
, entidades públicas da área da saúde, dentro da polÍtíca
+ Nà Âtenção'es#refati*aa, Nacional do ldoso, prevenir, promover, proteger e
recuperarasaúdedessesegmentodapopulação;
- GáiantÍa de ág"nO, extraordináiia em funcâo da análise
Considerando o dever de assegurar ao idoso todos os
- Critérios de acessô: identiÍiúdos "de forma pública, direitos de cidadania, de defesa a sua dignidade, ao seu
incluídos na rede assistencial, com efetívação de bem estar e ao direito à vida, e
protocolos ae iãf ;1,' ' ,Lri'r':
Uia,.e.r,Çonlrareferêncía;. '
- otimização do átéí'dlm;nto êo ,Suáriã, C- nUU,a Considerando que idosos com quadro de agravos à saúde
agenda multiprofissional eú ações diagnósticas, que necessitam de cuidados terapêuticos em nível
terapêuticas que impliquemlri OiÍ nffil,.:.,saberes .e ,hospitalai, apresentam melhoria na qualidade de vida
:":- t ':li,:j..':
terapêuticas de reabilitação; , ,,,-, .,,,t ,
- Definição de protocolos clínicos, garantindo a eliminàiãô
1 ,
§uando na'presença de familiar, resolve:
de intervenções desnecessárias e respeitando a Ad. 10 - Tornar obrigatório nos hospitais públicos,
individualidade do sujeito. contratados ou conveniados com o Sistema Unico de
Saúde - SUS, a viabilização de meios que permitam a
) Na Atenção Hospitalar: presença do acompanhante de pacientes maiores de 60
(sessenta) anos de idade, quando internados.
Neste âmbito, propomos dois nÍveis crescentes (B e A) de
padrões para adesão à PNH:
§ 1o - Fica autorizada ao prestador de serviços a cobrança,
de acordo com as tabelas do SUS, das despesas previstas
Parâmetros para o Nível B com acompanhante, cabendo ao gestor, a devida
- Existência de Grupos de Trabalho de Humanização formalização desta autorização de cobrança na
(GTH) com plano de trabalho definido; Autorização de lnternação Hospitalar - AlH.
- Garantia de visita aberta, através da presença do
acompanhante e de sua rede social, respeitando a § 20 - No valor da diária de acompanhante estão incluídos
dinámica de cada unidade hospitalar e peculiaridades das a acomodação adequada e o fornecimento das principais
necessidades do acompanhante; refeições.
- Mecanismos de recepção com acolhimento aos usuários;
- Mecanismos de escuta para a população e Art. 20 - Estabelecer que ficam excetuadas da
trabalhadores;
- Art. 1o, as internações em
obrigatoriedade deÍinida no
Equipe multiprofissional (minimamentê com médico e Unidade de Tratamento lntensivo, ou nas situações
enfermeiro) de atenção à saúde para seguimento dos clínicas em que tecnicamente esteja contra-indicada a

331
presença de acompanhante, o que deverá ser formalmente no contexto de uma crescente racionalização das práticas
justificado pelo médico assistente. hospitalares, çaracterizada, entre outras coisas, pela
decomposição do ato médico global em inúmeros outros
INTEGRALIDADE DO CUIDADO COMO EIXO DA atos diagnosticos e terapêuticos, realizados por vários
GESTÃO HOSP]TALAR'CECILIO & MERHY tra ba lhadores diferentes.
(2007),
Para ilustrar este Íato, basta imaginarmos os cuidados de
Uma definição inicial de integralidade
um paciente com diabetes internado com um quadro de
descompensação, Alem dos cuidados iniciais do
plantonista, que o recebe e interna a partir do pronto-
Nossa primeira larefa, quando nos ocupamos de pensar o
socorro, ele receberá também cuidados da enfermagem,
tema da integralidade da atenção no hospital, é tentar poderá ser visto, em algum momento, pelo cirurgião
construir uma definição de integralidade que sirva de guia
para a condução de nossas reflexões. Padindo do senso vascutar, pelo cardiologista, pelo endocrinologista, pela
nutricionista, pela assistente social e pela psicóloga. Alem
comum e correndo o risco de uma tautologia, poderíamos
dizer que a atenção integral de um paciente no hospital
do mais, terá seu corpo escrutinado por uma bateria de
exames, alguns deles bastante complexos, realizados em
seria o esÍorço de uma abordagem completa, holística,
serviços diferentes e por profissionais distintos.
portanto integral, de cada pessoa portadora
de
necessidades de saúde que, por um certo período de sua
vida, precisasse de cuidados hospitalares.
Uma das sobrecargas talvez a maior do processo
gerencial do hospital contemporâneo é conseguir
Tal abordagem implicaria em garantir desde o consumo de
coordenar adequadamente este conjunto diversificado,
especializado, fragmentado de atos cuidadores individuais,
todas as tecnologias de saúde disponíveis para melhorar e
prolongar a vida, até a criação de um, ârflbiênte,iql9 S! *.. 9 ma d a d a coo rd e n açã o d o c u id a d o'
"e1. ,,,,,....Y.

resultasse em conforto e segurança parâ â pe-§§oâ


hospitalizada. Cuidado integral em saúde ocorrêria a partir
Êstá'-Oinámica, cada vez mais presente na vida dos
hospitais, é um aspecto central a ser considerado na
de uma combinação generosa e fleiível de tecnologias
duras, leveduras e leves.
discussão da íntegralidade e na sua conelação com o
processo de gestáo. Uma coisa é pensar o trabalho em
"Tecnologiâ" ê "Humanizâção' combinadâ§, no desaÍo de equipe "como somatória de ações especÍficas de cada
profissional, como linha de montagem do tratamento da
adotar rt5 'flugarl 56 pacientq ê suas necessidades
singülares como pônto de : partida para -qualquer doença, têndo â cura como ideal (",.) a hierarquia e a
rigidez de papeis codiÍcados"; a outra, é pensar arranjos
nterv§iÍção1,fi ospitalâr;'Achamos quê tal tipo de "deÍinição,
institucionais, modos de operar a gestão do cotidiano
i

erniçüàffp,io,,é bastântê razoâivel como pohto de partida


para a construção do texto, mas não é suficiente. Outras sobre a micropolítica do trabalho que resultem em uma
qu-e-i,tOes.ptecjsam ser agregadg$,a ela, nâ perspectiva de atuação mais solidária e concertada de um grande número
se y,Atari"g integralidade da atênÇão cornôrtêma:da gestão
de trabalhadores envolvidos no cuidado. Nesta medida,
- parecemos que o tema da integralidade do euidado no
ho§pitálar.,
l,r*;*' hospital, como nos demais serviços de saúde, passa,
'
da atenção hospitalar pode ser necessariamente, pelo aperfeiçoamento da coordenação
A ini{iralidade
do trabalho de equipe como uma tema para a gestão
pr .bi$éâlíiadâ A pârtitrdedois ângu[p..s; a integralidade da
hospitalar.
e a partir do ho§pital (a
aten6ffiíiitê.,,lli $e,,,,.ra,,ho§_pjfal
integralidade tendo como reÍerência o atendimento no
ambiente.hospitalar em si) e a integralidade tendo como O hospital no "sistema de saúde": o outro ângulo da
referênciá a inserção do hospital no "sistema" de saúde. integralidade.
Exploramos, â,isêguir; estes dois ân§ülos, i,',,
"Sistema de saúde" (entre aspas) já sinaliza a discussão
A integralidade dô CüiaaUo no hospital: o üuldado que nós pretendemos 'fazer. A noção de sistema traz
como síntese de múltiplos Cuidados, irnpliclta a ideia de funcionamento harmonioso entre
parles;, eadp:guql,com sua "Íunção", que contribua para o
O cuidado, nas organizações de saúde em geral, mas no bom fúncíonâmento do todo. O conceito de "sistema de
hospital em particular, é, por sua natureza, saúde" denota uma concepção idealizada, de caráter
normativo da saúde, que não se sustenta na prática.
necessariamente multidisciplinar, isto é, depende da
conjugação do trabalho de vários profissiona is.
Mecanismos instituídos de dominação e de relações muito Qualquer observador atento do Sistema Unico de Saúde
assimétricas de poder entre as várias corporações (SUS), seja ele um investigador engajado em uma
profissionais ocultam a imprescindível colaboração que pesquisa, seja um dirigente ou gerente, sabe que o
deve existir entre os vários trabalhadores, como denominado "sistema de saúde" é, na verdade, um campo
operadores de tecnologias de saúde, para que o cuidado atravessado por várias lógicas de funcionamento, por
aconteça. O cuidado, de forma idealizada, recebido/vivido múltiplos circuitos e fluxos de pacientes, mais ou menos
pelo paciente é somatorio de um grande número de formalizados, nem sempre "racionais", muitas vezes
pequenos cuidados parciais que vão se complementando, interrompidos e truncados, construídos a partir de
protagonismos, interesses e sentidos que não podem ser
de maneira mais ou menos consciente e negociada, entre
os vários cuidadores que circulam e produzem a vida do subsumidos a uma única racionalidade institucional
hospital. ordenadora. Mais do que um "sistema", deveriamos pensar
em uma rede móvel, assimétrica e incompleta de serviços
Assim, uma complexa trama de atos, de procedimentos,
que operam distintas tecnologias de saúde e que são
de fluxos, de rotinas, de saberes, num processo dialetico acessados de forma desigual pelas diferentes pessoas ou
de complementação, mas também de disputa, vão agrupamentos, que deles necessitam.
compondo o que entendemos como cuidado em saúde. A
maior ou menor integralidade da atenção recebida resulta, Uma das consequências desta forma de funcionamento é
em boa medida, da forma como se aúiculam as práticas a imensa dificuldade de se conseguir a integralidade do
dos trabalhadores do hospital. O cuidado hospitalar ocorre cuidado, quando nosso ponto de observação é o usuário e
552
não este ou aquele serviço de saúde. A integralidade do que a alta complexidade está ',no topo,,, lá onde fica
cuidado que cada pessoa real necessita frequentemente o
hospital, Para o hipertenso ou o portador de qualquer
transversaliza todo o "sistema,,.
doença crônica, seja adulto ou criança, o ,,topo,,, em
determinado momento da vida, é acessár a rede ;básica,,
Não há integralidade radical sem esta possibilidade de ser bem acolhido e estar vinculado a uma equipe
transversalidade. A integralidade do cuidado só pode ser
obtida em rede. Pode haver algum grau de integralidade
"focalizada" quando uma equipe, em úm serviço Se pensarmos o hospital como uma estação pela qual
dã saúde, circulam os mais variados tipos de pessoas, portadoras
através de uma boa articulação de suás práticas, das mais diferentes
consegue escutar e atender, da melhor forma possível às necessidades, em diferentes
momentos de suas vidas singulares, podemos imaginar
necessidades de saúde trazida por cada um. porém, a
"linha de cuidado" pensada de forma plena, atravessa ainda outras formas de trabalhar a integralidade. por
exemplo, o momento de alta de cada pacíente deve ser
inúmeros serviços de saúde. O hospitai pode ser visto pensado como um momento privilegiado para se produzir
como um componente fundamental da integralidade do a continuidade do tratamento em outros serviços, não
cuidado pensada de forma ampliada, coro uàa ,,estaÇão,, apenas de forma burocrática, cumprindo um fapel do
no circuito que cada indivíduo percorre para obter a "contra referência", mas pela construção ativa da linha
integralidade de que necessita. Como desdobramento de de
cuidado necessária àquele paciente específico.
tal premissa, nos fica a tarefa de pensar quais dispositivos
podem ser pensados, no hospital, que o ,,conectem,,, de
O perÍodo da internação pode, inclusive, ser aproveitado
forma mais adequada à rede de serviços de saúde. Como para apoiar o paciente na direção de conquistar uma maior
pensar a integralidade, "olhando,, desta estação que é o
e na reconstrução de seu modo de andar a
autonomia
hospital. vida. Retornaremos
a esses pontos ao apresentarmos,
baseados em algumas experiências que temos
A forma mais tradicional de se pensar o hosn,ital no acompânhado, modos de se fazer a gestão hospitalar a
"sistema de saúde" é como referência em aeterminaOai partir do eixo do cuidado.
situações de maior compleiidade ou gravidade. Éor" tal
concepção, o !1o,§$íiãÍÍ;nonúi,nuiria.para á .intesffidâdê, do, A integralidade da atenção como balizador da gestão
cuidado, fazendo úma aôequada êontra refe-rência aoós hospitalar; as linhas de produção do cuidado como
realizar o atendimento. Com certêza, seria íá um orande
ga n ho a implemehtação, efetiva
..dàsses biúüitos ba
je/topo
e_topo/b-ase,'que, na priáticà, sáUemôs bem,,nem serpre Por todas as questões..apontadas acima, é que temos
são m.uitg b-em sucedid-os (porém, entenOer melhor porque procurado pensar, nos últimos dois anos, modos'de Íazer a
os. 'sistemas. de refeiência-contra,, reierência 'pouco gestão que tomem como referência a produção do cuidado
ÍUncionâm c-om a tacionàlidade piietendída côntinua sendo
da forma mais integral possível e que nos selisse, ao
mesmo tempo, como referencial para a intervenção na
gestão da micropolÍtica do trabalho em saúdê. "nestes
**foI"ã*t qgion&'sem u"r, ,orr" pà3àrurioro"" o" ," estabelecimentos, fazendo a modelagem da gestão como
um todo a partir do cuidado ao paciente, Desdê o início da
decada de 'l 990, como a que vivenciamos na Santa Casa
amplie e se aprimorê a rede uaribu á" ,árri"o.. ã. do Pará, já vínhamos experimentado novas formas de
urgênciaSlemerg-êniias hospitalares seguem'sendo
rmportantes portas de entrada da pôpulaçãô nó seu deseio
"governâr o hospital", a partir de dois movimentos
principais: redução dos níveis decisórios (,,achatamento
9: _r99,*=.
d SUS. Sêm quérói apoÀiár ai expticaçõós dos organogramas") e condução colegiada das decisões,
para,tal Íato,.o que,guorernos reter:, aqúi, é que nao temos tanto na alta direção, como nas equipes prestadoras de
sabido trabalhar de'forúa mais cuiàadosâ :êstâ demanda
serviço.
espontânea que tanto aflige os trabalhadores e os
gerentes nos seus cotidianos. Atender, dia após dia,
esta Descentralização e democratização das decisões: os dois
demanda interminável, tomá;se uma tarefa O'esgastantê à
de resultados sempre duvidosos, se o critér"ú e urã êixos .capazes de reinventar um hospital de tradição
centráiizadora. e com fortes esquemas instituídos de
avaliação dos impactos sobre a saúde da população.
dOminaçao e controle. A aposta d'e fundo àeste tipo de
opção era que seria possível, a partir de uma condução
No entanto, as urgências/emergências seguem mais participativa do hospital, obter um maior grau de
de forma tradicionalJ na base da
funcionando adesão dos trabalhadores para o projeto de constrúção de
queixa/conduta, resultando em um Clínica reducionista
e hospitais públicos de boa qualidade. Claro que outros
ineficaz, que, em princípio, aponta para tudo, menos para
arranjos e dispositivos foram sendo implementados na
a integralidade. Porque as pessoas continuam buscando perspectiva da qualificação da assistência, porém, o que
atendimento nos serviços de urgência? Uma Íorma de queremos destacar é que, esses modos de fazer a gestão
explicar este fenômeno tão observado é reconhecê-lo que fomos experimentando, por suas premissas de
como uma estrategia intuitiva e ,,selvagem,, das pessoas democratização do modo de governar), eram devedores
na busca da integralidadel Um aparente paradoxo, mas de uma concepção política do mundo caracterizada, entre
também um sintoma que caberia aos serviços examinarem outras coisas, pela defesa radical de uma sociedade mais
sem nenhum preconceito ou a priori e, máis do que isso, igualitária e participativa, mais solidária e inclusiva que,
buscar inventar novos dispositivos e novas formas de entre outras coisas, conseguisse viabilizar um sistema
escuta para tais "ruídos". público de saúde universal, qualificado e sob controle
social.
Um.bom ponto de partida parece ser a organização de
equipes de acolhimento nos serviços -de uigência Trabalhávamos um projeto para os hospitais,
capacitadas para o reconhecimento e eÁcaminhamento de especificamente, que, no fundo, para alem da
pacientes que necessitam de cuidados mais regulares e
racionalização gerencial, era um desdobramento de um
apropriados em outros serviços da rede. Neste caso, o projeto parc a sociedade brasileira. Gestão democrática,
hospital é quem faria a referência para outros serviços, adesão dos trabalhadores, construção de hospitais
colocando em questionamento a ideia do senso comum de públicos de boa qualidade, implantação do SUS,

JJJ
transformação da sociedade: a cadeia de apostas (quase quando vamos olhar como se faz a coordenação das
sequencial) que implicitamente os novos modelos de unidades tipicamente assistenciais, não é possível
gestão Íaziaml identificarmos uma coordenação ou gerência Única.
Quando observamos a coordenação das unidades
Com tudo que conseguimos experimentar e inovar, produtoras de cuidado, não há, normalmente, esta
percebemos, no correr dos anos, que o nosso desejo de coordenação unificada ("um chefe único"), na medida em
"democratizar a vida do hospital" , apesar de nos parecer que esta se faz, de forma mais visível, pela lógica das
tão justo e necessário, encontrava dificuldades na sua profissÕes: chefia médica do CTI e chefia de enfermagem
implementação, e só parcialmente ocorria. Algo como se o do CTI; chefia médica da maternidade e chefia de
hospital funcionasse com lógicas instituÍdas que teimavam enÍermagem da maternidade, e assim por diante.
em "escapar" dos novos arranjos mais coletivos que íamos
experimentando. Algo como se os espaços de Desta maneira, se é possível nomear e reconhecer, de
transparência e explicitação de compromissos públicos fato, um cheÍe (de toda a equipe) do laboratório, um chefe
(com a qualidade do cuidado) que íamos experimentando (de toda a equipe) do almoxarifado, o mesmo não ocorre
não conseguissem ser totalmente continentes para o nas unidades assistenciais: cada profissão zela para
mundo real do hospital, com suas características preservar seus espaços de poder e autonomia, segue um
singulares de funcionamento. lógica propria de trabalho e de práticas profissionais e,
portanto, de coordenação dos seus cotidianos. Seria
Sem desconhecer que tais arranjos que propiciaram uma possível dizer que o "chefe" (medico) do CTI coordena, de
reflexão mais coletiva e solidária seguem sendo Íato toda a equipe? Que ele tem poder para interferir na
imporlantes estratégias de gestão (tanto é que lógica de coordenação do trabalho da enfermagem?
continuamos adotando, sempre que possível, modos Sabemos que não. Então, como se explica que, afinal, se
colegiados de íazê-la), começamos a nos interrogar que cofisêgue realizar o cuidado ao paciente de forma integral,
outras lógicas do hospital, que nos fugiam, precisavam ser com comê(o, meio e fim, do momento da internação até a
mais bem compreendidas,.e trabafhâdâs na e. pela gestão. hoia da alta, (ou da entrada no PS ou até a saída com
Foi a partir deste tipo de indagação que nos voltamos de uma receita.,.) caracterizando uma terceira (e crucial)
uma maneira mai§,rfifêgisa parâ-o tema da produÇ,âo,rdo lógica de coordenação: aquela baseada no cuidado?
cuidado. Não que ele nãó êstivesse presente nás
formulações anteriores, mas tratava-se, agora, de O delicado processo de coordenação do cuidado se faz
radicaljg$:lo como o eixo do processo gerencial hospitalar. através de dois mecanismos principais. O primeiro deles, e
f , atéffi'd§so, tÍnhamos mais elementos conceitúàis para a criaçáo dê "pontês" ou pontos de contato entre as lógicas
abofd.à#"á produção do cuidado com a discussão da da proÍissão: médicos e enÍermeiros e os outros
;ld#ffitútêãtào trànutr,o vivo êm saúde e temátlca da sua profissionais têm que conversar para que o cuidado se
coôidenaÇao-
-t' nos hospitais. realize. Uma coordenação "em ato", o encontro de duas
práticas, de dois saberes, em geral caraclerizada por uma
Pensar a gestão de um hospital é, Pensar a gestão de um situação tipo comando/execução, principalmente na
hospital é, antes de tudo, tentar estabelecer da forma mais relação entre médico e enfermeiros/corpo de enfermagem.
clara pôôsivel, quais os meôânismôs. dê coordenação A prática da enfermagem (e dos outros proÍssionais) é, em
adotados para tocar, da melhoi maneira possível, o seu boa medida, "comandada", modelada, conduzida,
cofidid .r§pnvivêm, nôs hospitáis, múltiplas formas de orientada pelo âto médico (central) que detém o monopólio
c o o-$-,6}1,L3§éoi,,â po iâd â s ê m lóg icâS,, p em d ifê re n te s, H á u m
. do diagnóstico e da terapêutica t'principal". Tal fato,
moO6Í@:,CoÊidefiar, que sô" ápoia, claramente, .na lógica estabelece uma relação de "determinação" da prática
das prôfissÕes. O pessoal de enÍermagem conversa entre médica em relação às outras prátícas proÍissionais, mesmo
si para ê§tâbélêcor as eqçatas'de trabalho, as rotinas, as sem desconsiderar que os proÍissionais não-médicos,
trocas de plantão, como cobrir as faltas de colegas, etc. todos eles, conservâm sua especificidade e um bom grau
Seria uma "convêÍsa entre enfermêiros] parâ organizar o de autonomia próprios de suas "profissões". Pode-se
mundo do trabalho da enfermagem. A referência lara este afirmar que estes pontos de contato, estes canais, nem
grupo profissional é a chefia ou diretora de enfennagem do sempre são "livres", bem definidos e vistos ou aceitos
hospital. Os médicos conversâm entrê si para cobrir ôômô rêgrâs dp.jogo institucional e, por isso mesmo, são
escalas, para solicitar pareceres técnicos de outros fonte permanentes de ruídos, de tensões e de disputas. A
colegas, em particular para buscar apoio nas horas em questão que nos interessa é: seria possível pensar uma
que os problemas dos pacientes são mais desafiadores e forma de coordenação mais horizontal, mais desobstruída,
exigem uma "outra opinião". A mesma forma de mais regular, mais "institucionalizada" entre os vários
coordenação pode ser identificada entre os assistentes profissionais, centrada no cuidado?
sociais, os psicologos, os dentistas, os fisioterapeutas e
outros profissionais de nível universitário que atuam A segunda estratégia para o sucesso da coordenação na
diretamente na assistência aos pacientes. Há um outro logica do cuidado é o papel quase "silencioso" da prática
modo de se fazer a coordenação que segue a lógica de da enÍermagem, no cotidiano, de garantir todos os
"unidades de produção", ou seja, é uma coordenação insumos necessários ao cuidado: a enfermagem articula e
voltada para "produtos" ou serviços, envolvendo, encaminha todos os procedimentos necessários à
necessariamente, múltiplos tipos de trabalhadores ou uma realizaçáo de exames complementares, supervisiona as
equipe, como ocorre nas chamadas "áreas meio", qual condições de hotelaria, dialoga com a família, conduz a
seja, aquelas produtoras dos insumos que serão usados circulação do paciente entre as áreas, é responsável por
no cuidado ao paciente. Exemplos desta coordenação por uma gama muito grande de atividades que resultam, afinal,
unidades de produção: a coordenação do laboratorio, da no cuidado.
nutrição e dietética, da radiologia, do almoxarifado, etc.
A proposta de se fazer a gestão a partir da integralidade
O fornecimento do serviço ou produto que caracterizam do cuidado tenta dar conta destas complexas questões,
estas unidades (sua missão) e garantido pela coordenação Tem a pretensão de criar mecanismos que facilitem a
de distintos processos de trabalho de vários tipos de coordenação das práticas cotidianas do hospital de forma
profissionais, que é bem diferente da lógica de mais articulada, "leve", com canais de comunicação mais
coordenação por proíissões. Só que neste últimos casos, definidos, mais solidária, mais democrática, menos
334
"ruidosa", em particular a coordenaÇão da prática dos uso do banco de leite. Uma linha contínua e articulada de
vários profissionais envolvidos no cuidado. cuidados que vão sendo realizados em unidades de
cuidado diferentes.
Como fazer isso? A primeira coisa foi compreendermos
que a custosa coordenação do hospital se faz seguindo 2. Apoiar os coordenadores das unidades de cuidado no
várias logicas, de forma que a lógica de funcioname-nto de exercício de suas atribuições.
cada unidade de produção/cuidado (que esperávamos
poder compreender ou "capturar" nos colegiados de cada 3. Fazer uma interlocução direta com
unidade) é apenas um delas. A lógica de coordenação das
médicos e
enfermeiros, em todos os aspectos de sua vida funcional e
corporações é um instituído muito poderoso na vida da profissional, tendo sempre a perspectiva do cuidado. A
organização hospitalar e que, por sua natureza lugar de lógica de coordenação das corporaçÕes respeitada, mas
construção de identidades profissionais, de defesa de inserida na perspectiva horizontal do cuidado.
espaços de autogoverno, de relações de dominação
escapa das dimensões mais coletivas da coordenaçãó e Algumas modificações importantes têm sido realizadas nos
segue reproduzindo-se. organogramas hospitalares em função da adoção de
coordenação por linhas de cuidados.
A própria lógica, em si, da produção do cuidado, e sua
micropolitica, "transborda" o processo de coordenação e Uma delas é a criação de uma diretoria colegiada do
as atribuições de uma equipe assistencial, na medida em hospital composta felos coordenadores de linha de
que só pode ser realizada de forma transversalizada, isto produção do cuidado, pelos coordenadores das linhas de
é, percorrendo várias unidades de cuidado do hospital. produção de insumos e pela coordenação da linha de
Mais do que isso, podemos dizer que, na perspectiva da ensino e pesquisa. Com tal composição, pretendesse criar
integralidade, a transversalidade do cuidado-realizasser êín, uma espaço matricial de direção superior do hospital
uma rede mais ampla de serviços; na. qual o hospital é centrado na lógica da produção do cuidado, mas
apenas uma estação, como afiimamos ânte§. contemplando sua necessária articulação com as lógicas
de coordenação das profissões e de produção de insumos.
Tratava-se, pois,'de Sartir'bas nexperiênciâs de oestão Ao mesmo tempo, criam-se colegiados técnicos em cada
participativa que tínháúos expeiimentando, desde' o" iníclo linha de produção de cuidado, dos quais participam os
dos anos 90, pará :tentarmos pehsar novos arranios e coordenadores daquela linha, os coordenadores ou
dispositivos.que fossem capazes de intêrggar, absórver, gerentes das unidades assistenciais atravessadas pela
transformar, sem negá-los, alguns inslituídos que linha e "convidados" para a discussão de temas ligados ao
idenüfiCávamos que tinhàm muitá força no iúaginário da cuidado. Por exemplo, das reuniões do colegiadõ técnico
organização. Atuar sobre a lógica da coordenação das da linha de cuidado da atenção à maternidadã, participam
coÍÊ-óraçómit,como peroebemõs, e um -Oôi.,,melhores os coordenadores da linha (um profissional módico e um
desafros para isso. Como respeitar a coordenação da profissional enfermeiro), os gerentes do ambulatório (onde
enÍermagem como corporação profissional, com seus ge faz o pre-natal), o gerente do bloco obstetrico, a gerente
yalops, : §uas ,represêntaçÕáà, ,,1 súá tógica de do alojamento conjunto, o gerente do CTI neonatal e o
funcionamento, que lhe garante sua identidãde, mas gerente do CTI de adultos, mas poderão ser convidados o
integrando-a, ao mesmo tempo, a uma lógica de gerente do laboratório ou do banco de sangue ou da
coordenação mais horizontal e inierdisciptinar do ãuioaoói nutrição e dietética para discutir e deliberar sobre todas as
Como respeitar a áutonomia inerente â prática médica, questões específicas afetas ao cuidado (rotinas, fluxos,
incorporando-a, no entanto, à lógica do cuidado pensada protocolos de
de forma mais integràl? Como construir a gestão óe forma
atendimento, etc.). Como os dois
coordenadores de linha presentes à reuniâo fazem parte
que a responsabiliiàção pelo cuidado se desse em uma da direção superior do hospital (diretoria colegiada), cria-
linha de produção do cúidado, contÍnua e que se se um ,,conexão',,
transversaliza, atravessande, sem descontinuidade. vários
arranjo institucional que facilita a
digamos assim, de processos decisórios (referentes à
lugares do hospital ou mesmo outros,serviços de saúàe? micropolítica do hospital) autônomos, descentralizados e
Como subsumir toda a lógiôa àa proôuçaó dos insumos
hospitalares à lógica da produção do cuidádo? .â§ilizados Çom a direcionalidade mais geral pretendida
Como Bolo horspttal ;.
recriar os espaços colegiados de forma{ja iomá-loi mais
continentes a essas várias lógicas? Estas foram algumas 'iiáúárhunoo com a concepção do hospital como uma
das questões centrais que orientaram os novos desãnhos "estaÇão" de uma intricada rede de cuidados, os
organizacionais que vimos experimentado, ultimamente. coordenadores das linhas de produção do cuidado terão,
Entendemos que as linhas de produção do cuidado são como uma das suas atribuições, ajudar na criação e
centradas em processos de trabalho marcados de modo estabilização de linhas que rompem os limites do hóspital
muito claro pela micropolÍtica do trabalho vivo em ato, e se transversalizam por outros serviços visando
enquanto as linhas de produção de insumos, como regra, a
integralidade do cuidado. Basta pensar como uma linha de
obedecem a outros arranjos de micropolítlca, nos quais a cuidados cirúrgicos, por exemplo, lida com pessoas que
dimensão do trabalho morto é muito mais presente. "vêm de algum lugar" e depois "deverão ir para outro
lugar", para imaginar a constituição da integralidade do
Os coordenadores de linha têm como atribuições cuidado. Queremos dizer, com isto, que todo o processo
principais: de acesso à agenda do bloco cirúrgico, o pre-operatório, o
1. Facilitar e estimular uma boa articulação funcional entre ato cirúrgico e o acompanhamento pós-operatório
as várias unidades de cuidado atravessadas pela linha, compõem um continuun de equipes, profissionais e
buscando a maior integralidade possível da sua produção. responsáveis que estão dentro, mas também fora do
Um bom exemplo da importáncia desta atribuiçâo e peÁsa, espaço físico restrito do hospital. Os coordenadores de
o quanto uma asslstência qualiÍicada ao parto depende de linha de cuidado deverão ter
uma boa articulação entre os profissionais que fazer a
a preocupação de buscar
uma melhor arliculação entre estas várias ,,estações
recepção da paciente, a garantia de vaga na maternidade, cuidadoras". lsto vale para todas as linhas. A assistência
o acesso à sala de parto, os cuidados com a puérpera e ao parto, por exemplo, só pode ser pensada na sua
com o neonato, a
eventual necessidade de leito em integralidade quando o hospital consegue se articular
unidade de terapia intensiva para a mãe e para o filho, o adequadamente com a rede básica de serviços, na qual a

335
produção do cuidado se inicia (pre-natal), mas continua E o contato preferencial dos usuários com os sistemas de
após o parto (cuidados com a puérpera e com o recém- saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da
nascido, anticoncepção, etc.) e assim por diante. acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e
da continuidade, da integralidade, da responsabilização,
A integralidade do cuidado é tarefa de rede. A gestão do da humanização, da equidade e da participação social.(...).
hospital centrada no cuidado deverá aprender a trabalhar,
de forma radical, o hospital como apenas uma das A atenção básica tem a Saúde da Família como estratégia
"estações" da rede de cuidado. Nesta medida, reiteramos, prioritária para sua . organização de acordo com os
que o papel do hospital no "sistema de saúde" não pode se preceitos do Sistema Unico de Saúde.
restringir a fazer contra reÍerência de pacientes
encaminhados, Dos coordenadores das linhas de Portanto, a atenção básica é entendida como o primeiro
produção de cuidado, esperasse uma postura mais ativa nível da atenção à saúde no SUS (contato preferencial dos
na construção destes fluxos institucionais, estabilizados e usuários), que se orienta por todos os princÍpios do
regulares de pacientes entre as "estações" produtoras de sistema, inclusive a integralidade, mas emprega tecnologia
cuidados. de baixa densidade.

Para isso são necessários processos de negociação com Por tecnologia de baixa densidade, fica subentendido que
outros atores extra hospitalares, em particular com as a atenção básica inclui um rol de procedimentos mais
secretarias municipais de saúde ou outros gestores, com simples e baratos, capazes de atender à maior parte dos
as coordenações de distritos (ou regiões) de saúde (onde problemas comuns de saúde da comunidade, embora sua
existirem) e com as unidades básicas. Este fato agrega organização, seu desenvolvimento e sua aplicação
novas tarefas para os coordenadores de linhas de p,o s.gm- demandar estudos de alta complexidade teórica e
produção do cuidado que, com toda a certeza, não sêô qfPr!,pD'h,''e! ento empírico da realidade'
s im p l es e de sp rov i da s de d ifi c uldadÊ,,,,,,,,,,,,,,,,s,, M⧠poseivp.i§,+,
necessá rias, com ce rtez-a.,,O de.sçnhô.de fórun s §ê§torês,:
A media complexidade ambulatorial é composta por ações
mais unificados para.,.ã:'§estão',inlggrâl dás iinhgs,tAa
cuidado,precisqryr,§er,êxperimentados. t, e serviços que visam atendêr'aos principais problemas e
,,
agravos de saúde da população, cuja complexidade da
assistência na prática clínica demande a disponibilidade de
Assls. ÊNêin úê-úÉpiÀ s Âlrr I
proÍissionais especializados e a utilização de recursos
CoMPLEXIDADE NO SUS eooTl tecnológicos, para o apoio diagnóstico e tratamento.

A organizaefiio da prestação da assistência no SUS é No material de apoio conhecido como O SUS de A a Z,


baseadâ em dois princíp.,ios fundaÍfientais:,a-regionalização fornecido pelo Ministerio da Saúde no site do
e a-h.igfiqúhaçáo. Além destes princípios o sistema, ao Departamento de Atenção Básica (DAB)
!ôfiÚó:::,1'dô-':,.ranos, estabele0eu quê as ações e (http://dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/) e construída
procedimentos se dispusessem eín dois blocos, sendo um de Secretarias
conjuntamente pelo Conselho Nacional
relativo à atenÇão básica, e o outro, que contempta as Municipais de Saúde (Conasems), temos, em acréscimo a
áçOê§ dei méáiar''e'alta complexidade ambulatorial e esta definição, uma relação dos grupos que compõem os
hospitalai. Dêsta forúã, Íorqm..deÍinidos sistemas de procedimentos de média complexidade do Sistema de
informação, de pagamento, e de controle, avaliação e
I nformações Ambulatoriais (S lA):
regulaçáo. . procedimentos especializados realizados por
:
: profissionais médicos, outros profissionais de nível
As açõás e procedimentos considerados de média e alta superior e nível médio,
complexidade ambulatorial e hospitalar constituem-se para . cirurgias ambulatoriais especializadas;
os gestores um importante elenco de responsabilidades, . procedimentos tráumato-ortopédico,
serviços e procedirrtêfitó§,,rÊlêlantês pârâ'a garantia dâ . ações especializadas em odontologia;
resolutividade e integralidêde dA asslstêncÍa ao Ci$adag, . patologia clínica;
Além disso, este componênta consômê êm tôrno de,,40oÁ I anitómopÊJ"q,,DS ia e citopatolo gia ;
dos recursos da União alocados no Ôiçamento da Saúde ,-.rádiodiâgnóst'iCo ;
(Media e Alta Complexidade - MAC e Fundo de Ações . exames ultra-sonográfi cos:
Estratégicas e Compensação - Faec). . diagnose;
. fisioterapia;
A RELAÇÃO ENTRE ATENÇÃO BASICA E ATENÇÃO EM . terapias especializadas;
MEDIA E ALTA COMPLEXIDADE . próteses e órteses;
. anestesia.
A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações No mesmo material de apoio, encontramos a seguinte
de saúde, no ámbito individual e coletivo, que abrangem a definição de alta complexidade.
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos,
o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS,
da saúde. envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à
população acesso a serviços qualificados, integrando-os
E desenvolvida por meio do exercÍcio de práticas aos demais níveis de atenção à saúde (atenção básica e
gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob de media complexidade).
Íorma de trabalho em equipe, e dirigidas a populações de
territórios bem delimitados, pelas quais assume a Principais áreas que compõem a alta complexidade do
responsabilidade sanitária, considerando dinamicidade a SUS, organizadas em redes são:
existente no território em que vivem essas populações, . assistência ao paciente portador de doença renal crÔnica
Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa (por meio dos procedimentos de diálise);
densidade, que devem resolver os problemas de saúde de . assistência ao paciente oncológico;
maior freqüência e relevância em seu território. . cirurgia cardiovascular; cirurgia vascular; cirurgia
cardiovascu lar pediátrica ;

336
. procedimentos da cardiologia intervencionista;
Entretanto, dados os diferentes recortes dessas políticas e
. procedimentos endovasculares extracardiacos;
. laboratório de eletrofisiologia; as portarias que foram posteriormente publicadas para
"regulamentar" cada área e tratar da organização
. assistência em tráumato-ortopedia; dos
. procedimentos de neurocirurgia;
serviços e procedimentos, principalmente de alta
complexidade, a coletânea normativa permanece ainda
. assistência em otologia,
complexa, exigindo, muitas vezes, a leitura de diversas
. cirurgia de implante coclear;
normas para compreensão de uma área mais especíÍica.
. cirurgia das vias aéreas superiores e da região
cervical;
. cirurgia da calota craniana, da face ê do sistema Estas áreas são:
estomatognático; . Política Nacional de Atenção Cardiovascular.
. procedimentos em Íissuras lábio-palatais;
. Politica Nacional de Atenção à Saúde Audítiva.
. reabilitação protética e funcional das doenças da calota . Política Nacional de Atençáo ao portador de Doença
craniana, da face e do sistema estomatognático,
. procedimentos para a avaliação eo tratamento dos
Renal.
. Política Nacional de Procedimentos Eletivos de Media
transtornos respiratórios do sono;
. assistência aos pacientes portadores de queimaduras; Complexidade.
. Politica Nacional de Atenção Oncológica.
. assistência aos pacientes podadores de obesidade . Política Nacional de Saúde da pessoa portadora de
(cirurgia bariátrica);
. cirurgia reprodutiva Deficiência.
; . Política Nacional de Saúde Bucal.
. genética clínica;
. terapia nutricional;
. Política Nacional de Atenção de Alta Complexidade em
. distrofia muscular progressiva; Tráumato-Ortopedia.
. Política Nacional de Atenção às Urgências.
. osteogênese imperfecta;
. fibrose cística e reprodução ,, :,.;.Políllca: NaÇional de Atençáo ao Portador de Doença
assistida. .,r:,',,,,
::
Neurológica.
. Política Nacional para Hospitaís de pequeno porte.
. Política Nacional para o ldoso.
. Política Nacional de Atenção lntegral à Saúde da Mulher.

OUTRAS AREAS DE ATENÇÃO DE MEDIA E ALTA


COMPLEXIDADE

Apresentamos as áreas assistenciais de média e alta


Portânto, pdra. fins de conifureensão da,nor:rnatíva sobre o
complexidade do SUS, que não estão incluÍdas em
políticas nacionais, publicadas pelo Ministerio da Saúde,
assu?!o; selá mahtida a ,nomenclatura dê .redes de alta
sendo, neste sentido, alnda mais Íragmentadas, por não
Cômpléxidade", com a iessalva qúê," não há como possuírem nenhuma norma unificadora.
Cônformai re!e9
{e âtençaô à,saúde apenas com serviços
de alta diÍmplexidáde.
"''
.
Algumas dizem respeito a problemas dà saúde
?^
(queimados, obesidade grave, dor e cuidados paliativos);
corrrpó'úrrurEs DE nreúçÃo ,oe. T,tÉore E ALrA outras., a questões assistenciais (triagem neonatal, terapia
coMpLExlDADE " NAS , pOlínce§' NA"ctoNAts DE
SAUDE , intensiva, terapia nutricional, transplantes) de
, aperfeiçoamento e otimização da rede SUS
(contratualização de hospitais).
O objetivo do
prêsente capítulo é apresentar os
componentes de atenção de média'e alta complexidade
Relação de áreas incluídas:
das Polítlcas Naciônais ,.!e,,, Saúde, publieââasi pelo ..{§sistência em Unidade de Tratamento lntensivo (UTl).
Ministério da Saúde, reduzindo-§e, sem§re que possivet,
r. Rêdes esta{uais de assistência a queimados.
ao mínimo necessário para o entendimento=dê , cada
polÍtica, as menções sobre a atenção básica em saúde, ' Assistência de alta complexidade ao portador de
obesidade grave.
. Assistência de alta complexidade em
terapia nutricional.
Pode-se observar que as políticas nacionais possuem . Programa Nacional de Triagem Neonatal.
recortes muito variados, por vezes baseados: . Sistema Nacional de Transplante.
. no tipo de problema de saúde (doença renal, doença . Programa Nacional de Assistência à Dor e Cuidados
neurológica, câncer, doenças cardiovasculares etc.); Paliativos.
. no tipo específico de serviço de atençáo, . Programa de Reestruturação e Contratualização dos
(urgência/emergência, procedimentos eletivos de mêdia Hospitais de Ensino Públicos e privados no Sistema Unico
complexidade, tráumato-ortopedia, peguenos hospitais); de Saúde.
. em áreas de atenção (Saúde bucal, saúde do portador . Programa de Reestruturação e Contratualização dos
de
deficiência etc.); Hospitais Filantrópicos no Sistema Unico de Saúde (SUS).
. em determinados segmentos populacionais (idosos, . Area de Saúde da Criança.
mulheres etc.). . Saúde do Trabalhador.
. Programa de Assistência Ventilatória Não lnvasiva.
. Rede de assistência em oftalmologia.
Quase todas polÍticas envolvem a publicação de . Plano Nacional de Saúde do Sistema penitenciário.
instrumentos normativos (portarias), pelo gestor federal,
que integraram diversas normas esparsas anteriormente PORTARIA NO 874, DE ,I6 DE MAIO DE 2013
existentes, buscando criar uniformidade nas áreas
abordadas, aÍim de facilitar o entendimento.
lnstitui a Política Nacional para a prevenção e Controle do
Câncer na Rede de Atenção à Saúde das pessoas com

JJ /
Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Unico de Saúde | - reconhecimento do câncer como doença crônica
(sus). prevenível e necessidade de oferta de cuidado integral,
considerando-se as diretrizes da Rede de Atenção à
CAPÍTULO I
Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do
SUS;
DAS DTSPOSIÇÕES GERAIS
ll - organização de redes de atenção regionalizadas e
Art. 1o Fica instituída a Política Nacional para a Prevenção descentralizadas, com respeito a critérios de acesso,
escala e escopo;
e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das
Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema
Unico de Saúde (SUS). lll - formação de profissionais e promoção de educação
permanente, por meio de atividades que visem à aquisição
Art. 2o A Política Nacional para a Prevenção e Controle do de conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais
Câncer tem como objetivo a redução da mortalidade e da de saúde para qualificação do cuidado nos diferentes
incapacidade causadas por esta doença e ainda a níveis da atenção à saúde e para a implantação desta
possibilidade de diminuir a incidência de alguns tipos de PolÍtica;
câncer, bem como contribuir para a melhoria da qualidade
de vida dos usuários com câncer, por meio de ações de lV - articulação intersetorial e garantia de ampla
promoção, prevenção, detecção precoce, tratamento participação e controle social; e
oportuno e cuidados paliativos.
V - a incorporação e o uso de tecnologias voltadas para a
Art. 30 A Política Nacional para a Prevenção e Cont1,,p,fg---------------, do pçevenção e o controle do cáncer na Rede de Atenção à
Câncer é organizada de nlaneirâ... a p.,os$ipilitár,;., o §áúdÊ......... fld§llRessoas com Doenças Crônicas no âmbito do

provimento contínuo de ações dé âtenÉô à ç6Úde, da SúS'dêüêm ser resultado das recomendações formuladas
população mediante a :grtjculação dos distintôs pôntoE,de pór órgãos goveinamentais a partir do processo de
atenção à sa úd.g,r;dêyidâmêntg. estrutu rados pofi Sis-têrfl a§ Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) e da Avaliação
de apoio, sistemá§']§!ísticos, regulação e goüerâànça dâ Econômica (AE).
rede de atenção-á,,§aridpr erypnSonância çom a,Portaria
n" 4.27,§Í Íli/M$=dê:l::30 ';frg':.:.ç1s266[r0 dê '2010, e Seção ll
impteçp$htada de, íormâ artieútaOa entre o Minislério da
SaUOé Iíias Secretáriàs de Saúde dos Estados, do Distrito Dos Princípios e Diretrizes Relacionados à Promoção da

cnp'Íruuo : Art. 6o Constitui'se princípio relacionado à promoção da


. .--- ',,
saúde no âmbito da Política Nacional pâra a Prevenção e
Controle do Câncer a identificação e a intervenção sobre
DOS PRINCíPIO§ E DA§ DIRETRIZES
os determinantes e condicionantes dos tipos de câncer e
Art.,4.o.,l1A?óíÍtíca Naeional para â Prevenção e Controle do orientadas parâ o desenvolvimento de açôes intersetoriais
caniãi e iónstituída a parlir dos seguintes prlncÍpios e de responsabilidade pública e da sociedade civil que
diretrizes: promovam a saúde e a qualidade de vida.

Art.. 70 São diretrizes relacionadas à promoção da saúde


no âmbito da PolÍtica Nacional paru a Prevenção e
tt - princÍpios,,á',Ui,,etr:iááé la1ügiànrào* â piomoção da Controle do Cáncer:
saúde;
l. - Íortalecimento de políticas públicas que visem
lll - princípios e diretrizes reláclorràdos à preüeÀção do dêsê,nyCIlyêl ao máximo a saúde potencial de cada
cáncer; cidadã$, incfttirldo políticas que tenham como objeto a
criação de ambientes favoráveis à saúde eao
desenvolvimento de habilidades individuais e sociais para
lV - princípios e diretrizes relacionados à vigilância, ao o autocuidado;
monitoramento e à avaliação:

V - princípios e diretrizes relacionados ao cuidado integral;


ll - realização de ações intersetoriais, buscando-se
parcerias que propiciem o desenvolvimento das ações de
promoção da saúde;
Vl - princípios e diretrizes relacionados à ciência e à
tecnologia;
lll - promoção de hábitos alimentares saudáveis como o
aleitamento materno, exclusivo até os 6 (seis) meses de
Vll - princípios e diretrizes relacionados à educação; e
vida,e o aumento do consumo de frutas, legumes e
verduras, incluindo-se ações educativas e intervenções
Vlll - princÍpios e diretrizes relacionados à comunicação ambientais e organizacionais:
em saúde.
lV - promoção de práticas corporais e atividades físicas,
Seção I
tais como ginástica, caminhadas, dança e jogos esportivos
e populares;
Dos Princípios Gerais da Política Nacional para a
Prevenção e Controle do Cáncer V - enfrentamento dos impactos dos agrotóxicos na saúde
humana e no ambiente, por meio de práticas de promoção
Art. 5o Constituem-se princípios gerais da Política Nacional da saúde com caráter preventivo e sustentável;
para a Prevenção e Controle do Câncer:

338
Vl - desenvolvimento de ações e políticas públicas para Nacional parc a Prevenção e Controle do Câncer a
enfrentamento do tabagismo, do consumo de álcool, do organização da vigilância do cáncer por meio da
sobrepeso, da obesidade e do consumo alimentar informação, identificação, monitoramento e avaliação das
inadequado, considerados os fatores de risco relacionados ações de controle do câncer e de seus fatores de risco e
ao câncer; proteção.

Vll - promoção de atividades e práticas relacionadas à Art. 11. São diretrizes relacionadas à viqilância, ao
promoção da saúde a serem desenvolvidas em espaços monitoramento e à avaliação no âmbito da polÍtica
que inclusive ultrapassem os limites dos serviços de Nacional para a Prevenção e Controle do Cáncer:
saúde, chegando, por exemplo, às escolas, aos locais de
trabalhos e aos lares; | - monitoramento dos fatores de risco para câncer, a fim
de planejar ações capazes de prevenir, reduzir danos e
Vlll - avanço nas ações de implementação da Convenção- proteger a vida;
Quadro sobre Controle do Uso do Tabaco, de que trata o
Decreto no 5.658, de 2 de janeiro de 2006;
ll -
utilização, de forma integrada, dos dados e das
ínformações epidemiológicas e assistenciais disponíveis
lX - fomento à elaboração de documentos normativos para o planejamento, monitoramento e avaliação das
voltados à regulamentação de produção e consumo de ações e serviços para a prevenção e o controle do cáncer,
produtos e alimentos cuja composição contenha agentes produzidos:
cancerígenos e/ou altas concentraçÕes de calorias,
gorduras saturadas ou trans, açúcar e sal; e
a) pelos diversos sistemas de informação do SUS, dentre
os quais os de mortalidade, de morbidade, de
X- fomento à ampliaçâo de medidas restritivas ao procêdimentos ambulatoriais e hospitalares;
marketing de alimentos e bebidan çom àlto tóôr,, dê ,§al,
calorias, gorduras e áiúcar, especialmêntê,'i 0s b) pelos registros do câncer de base populacional e
direcionados às crianças.
hospitalar;

Seção lil c) pelos inquéritos e pesquisas populacionais; e

Dos Frír'icípios e pir+triie* Retaciohadoi â Êràvençáo oo d) pelas estatísticas vitais, demográficas e


socioeconômicas brasileiras;

Art. 80 Constitui-se princípio da prevenção do câncer no lll - implementação e aperfeiçoamento permanente da


âmbito da Política Nacional paru a Prevenção e Controle produção e divulgação de informaçõês, com vistas a
do Câncer a eliminação, redução e o controlô de fatores de subsidiar o planejamento de açôes e serviços paru a
risco fíêicos, quimicôs e biológicos e a intervenção sobre prevenção e o controle do câncer;
seus'deténninantes socioeconômicos; álém de integrar
ações de detecção'precoce do câncer.
lV - monitoramento e avaliação do desempenho e dos
.::; : r-. il resultados das ações e serviços prestados nos diversos
Art. 9o §ao Oiràtriiei retàcionadas rà" prevençao áo câncer nÍveis de atenção à saúde, para a prevenção e o controle
no âmbito da Políiica Naiionat pata',a prevençao e do câncer, utilizando critérios técnicos, mecanismos e
Controle do Câncer: parâmetros prevíamente defin idos:
l

V - monitoramento e avaliação da acessibilidade aos


serviços de saúde, do tempo de espera para início do
tratamento e da satisfação do usuário; e

ll - prevenção da iniciação do tabagismo'ê'do ,üsóido de pesquisas ou de inquéritos


.Vl, , -.. ,iêâlizaÇão
pôpuÍacionais sobre a morbidade e os fatores de risco e de
álcool e do consumo de alimentos não saudáveis; proteção contra o câncer.

lll - implementação de ações de detecção precoce do Seção V


câncer, por meio de rastreamento ("screening") e
diagnóstico precoce, a partir de recomendaçÕes
governamentais, com base em ATS e AE; Dos PrincÍpios e Diretrizes Relacionados ao Cuidado
lntegral
lV - garantia da confirmação diagnóstica oportuna dos
casos suspeitos de câncer; e 4t1.. 12. Constitui-se princípio do cuidado integral no âmbito
da Política Nacional para a Prevenção e Controle do
Cáncer a organização das açôes e serviços voltados para
V- estruturação das ações de monitoramento e de o cuidado integral da pessoa com câncer na Rede da
controle da qualidade dos exames de rastreamento. Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no
âmbito do SUS, com base em parâmetros e critérios de
Seção lV necessidade e diretrizes baseadas em evidências
científicas.
Dos Princípios e Diretrizes Relacionados à Vigilância, ao
Monitoramento e à Avaliação Art. 13. Fazem parte do cuidado integral a prevenção, a
detecção precoce, o diagnóstico, o tratamento e os
Art. 10. Constitui-se princípio da vigilância, do cuidados paliativos,
monitoramento e da avaliação no âmbito da política

339
que devem ser oferecidos de forma oportuna, permitindo a Ad.. 17. Constitui-se princípios da educação no âmbito da
continuidade do cuidado. PolÍtica Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer o
fomento à formação e à especialização de recursos
Art. 14. São diretrizes referentes ao diagnóstico, ao humanos, assim como a qualificação da assistência por
tratamento e ao cuidado integral no âmbito da Política meio da educação permanente dos proÍissionais
Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer: envolvidos com o controle do câncer nas redes de atenção
à saúde nos diferentes níveis de atenção, conforme os
pressupostos da PolÍtica Nacional de Educação
| - tratamento oportuno e seguro dos pacientes
Permanente em Saúde, de que trata a Pofiaria no
diagnosticados com câncer e lesões precursoras de forma '198/GM/MS, de 13 de fevereiro de 2004.
mais próxima possível ao domicílio da pessoa,
observando-se os critérios de escala e de escopo,
Art. 18. São diretrizes relacionadas à educação no âmbito
ll - atendimento multiprofissional a todos os usuários com da PolÍtica Nacional para a Prevenção e Controle do
Câncer:
câncer, com oferla de cuidado compatível a cada nível de
atenção e evolução da doença,
I - fomento à formação eà especialização de recursos
lll -realização de tratamento dos casos raros ou muito humanos para a
qualificação das práticas profissionais
raros que exijam alto nÍvel de especialização e maior porte
desenvolvidas em todos os eixos fundamentais contidos
nesta PolÍtica; e
tecnológico em estabelecimentos de saúde de referência
nacional, garantindo-se sua regulamentação e regulação,
c ll - implementação, nas Comissões Estaduais de
lntegração Ensino-Serviço (CIES), de projetos educativos
voftâdôs àarevenção e ao controle do cáncer em todas as
lV - oferta de reabilitação e de cuidado paliativo pafa os
§uas dimensÕes assistênciais, de gestão e que envolvam a
casos que os exijam.
ciência, a tecnologia e a inovação em saúde.
SéçãCI VI
Seção Vlll
Dos Princípios ê Dirêtrizes Relacionados à Ciência e à
Tecnologia Dos Princípios e Diretrizes Relacionados à Comunicação
ii em Saúde
Art, ͧi Oonstitui-se princípio da ciência e da teenologia no
âmhitô, a Folítica Nacional par:a.a: Prevençáo e Controle Art. 19. Constitui-se principio da comunicação em saúde
Oo Cáilô.êr. a utilização Sâ ATS,para a tômâda de decisão
no âmbito da Política Nacional para a Prevenção e
ptis§-'êsgo de incorporação,,rêavaliação ou exclusão de Controle do Câncer o estímulo à formulação de estratégias
'tq
tedilbfçgias êm sâúde, ôom a articulaçâo dos diversos de comunicação com a população em parceria com os
sêtores do Ministério da Saúde.
movimentos sociais, com os profissionais da saúde e
outros atores sociais, que permitam disseminar e ampliar o
conhecimento sobre o cáncer, seus fatores de risco e
nrt. tO.Sao diretrizes relacionadas à ciência e à tecnologia
sobre as diversas diretrizes de prevenção e controle e a
no:-:.ãfi§it ..da Pôlítica Nacionát para a Prevenção e tradução do conhecimento para os diverios públicos-alvo.
coiití1ji ttnêtil rI .1.

Art. 20. São diretrizes da comunicação em saúde no


|- de mótOdos e mecânismos para
estábdecimento
âmbito da Política Nacional pârâ a Prevenção e Ôontrole
análise =de,i iviâbilidâdê eçonôrnico-sânitár:ia de do Câncer:
empreendimehtQs p.úblfoos]r nb Çôrnpfexor lndustt:ial da
Saúde, voltados para prevençâCI ê contrôle ao cânce11,, ,,,
| - estabelecimento de estratégias de comunicação com a
pCIp,ulêção, com os profissionais de Saúde e com outros
ll - implementação da rede de pesquisâ paia a prevenção
atoie.s,'*9'6igi§;l4ue permitam disseminar e ampliar o
e o controle do cáncer em conformidade com os objetivos
oonhecimento sobre o câncer, seus fatores de risco e as
da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e lnovaçâo em
diversas estratégias de prevenção e de controle, buscando
Saúde, de modo a aumentar a produção de conhecimento
nacional relacionada a esta área; e
a tradução do conhecimento para os diversos públicos-
alvo; e

lll - implementação de práticas de elaboração de parecer ll - estímulo às ações de forlalecimento da capacidade


técnico-científico, ATS e AE para subsidiar a tomada de
decisão no processo de incorporação de novas tecnologias
individual e coletiva de comunicação em saúde,
promovendo mudanças a favor da promoção da saúde, da
no SUS.
prevenção e do controle do câncer.

Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso ll, a CAPÍTULO III


Política Nacional de Ciência, Tecnologia e lnovação em
Saúde foi aprovada na 2a ConÍerência Nacional de
DAS RESPONSABILIDADES
Ciência, Tecnologia e lnovação em Saúde, em 2004, e na
147a Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde,
realizada em 6 e 7 de outubro de 2004, cujo acesso Seção I

encontra-se disponível no sítio eletrônico


http://bvsms.saude. gov. br/ bvs/ publicacoes/ politica_ Das Responsabilidades das Esferas de Gestão do SUS
portugues. pdf.
Art.. 21, São responsabilidades do Ministério da Saúde e
Seção Vll das Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, em seu âmbito de atuação, além de
Dos Princípios e Diretrizes Relacionados à Educação
340
outras que venham a ser pactuadas pelas Comissões Xll - estimular a participação popular e o controle social
lntergestores: visando à contribuição na elaboração de estratégias e no
controle da execução desta política;
I - organizar a Rede de Atenção à Saúde das pessoas
com Doenças Crônicas no âmbito do SUS, considerando_ Xlll - elaborar e divulgar protocolos clínicos e diretrizes
se todos os pontos de atenção, bem como os sistemas terapêuticas para os cânceres mais prevalentes, para
logísticos e de apoio necessários para garantir a oferta de apoiar a organização e a estruturação da prevenção e do
ações de promoção, prevenção, detecção precoce, controle do cáncer na rede de atenção à saúde;
diagnostico, tratamento e cuidados paliativos, de forma
oportuna, para o controle do câncer;
XIV - apoiar e acompanhar o funcionamento dos registros
hospitalares de cáncer (RHC) nas unidades habilitadãs em
ll - ter atuação territorial, com definição e organização da alta complexidade em oncologia e seu respectivo
rede nas regiÕes de saúde, a parlir do perfil epiOemiótOgico compromisso de envio de suas bases de dados ao
do cáncer e das necessidades de saúde; Ministério da Saúde e ao lnstituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva (INCAJSAS/MS), anualmente,
lll - reorientar o
modelo de atenção às pessoas com para consolidação nacional e divulgação das informações;
cáncer com base nos fundamentos e diretrizes desta
Política e da Rede de Atenção à Saúde das pessoas com XV - apoiar e acompanhar o funcionamento dos Registros
Doenças Crônicas no âmbito do SUS; de Câncer de Base Populacional (RCBP), tendô por
compromisso a consolidação e a divulgação das
lV - garantir que todos os estabelecimentos de saúde que informações de acordo com suas atribuições;
prestam atendimento às pessoas com cáncer po$suam
infraestrutura adequada, recursos humanos capacitados e o desenvolvimento de processos e
qualificados, recursos materiais, equipamóntos ê insumos .,ifiVl.,.,1,oohtriibuir para
,"[.nrítodôs de coleta, análise e produção de informações,
suficientes, de maneira a garantir o cuidádo necessário; aperfeiçoando permanentemente a confiabilidade dos
dados e a capilarização das informações, na perspectiva
V- garantir o financiamênto tripartite para o cuidado de usá-las para alinhar estratégias de aprimoramento da
integral das;.pessoas cóm cáncer,.de acorOó com suas gestão, disseminação das informações e planejamento em
responsabilidades; ?n: ''4. saúde;

vr - g;;nt, a formàção , qrr,in"rfao oó, profissionais e XVll . desenvolver estratégias de comunicação sobre
"
do§ trabalhadóres de saúde delacordo côm as diretrizes fatores de risco relacionadosão câncer;
da ., Política de .Educação r permanente, em Saúde, :

transformbndo a§' práicas piio.fissiodàis ê , â própria Xvlll - monitorar, avaliar e auditar a cobertura, produção,
organização do trabalho, refêrentes' à qualifiCação das desempenho e qualidade das ações sârriçoi' úã
áçQes de promoção da Saúde, de prevenfão e do cuidado " no âmblto do
prevenção e de controle do câncer no país
SUS;

Vll - deflnir critérios técnicos para o funcionamento dos XIX - reallzar a articulação interfederativa para pactuação
serviços que atuam na prevenção ê no controle do cáncer de açôes e de serviçôs em âmbito regional'àu inier-
nos diversos níveis de atenção, bem como os mecanismos regional para garantia da equidade e da integralidade do
para seú monitorámento "ê avâliaÇão;
l'ril t'";,,, cuidado;
f;1,;"---,,-, .:,,,, -,.1,i;t";',,,
Vlll - desenvolver, disponibilizar e impiantar sístemas de XX - realizar a regulação entre os componentes da rede de
informações para coletai, armazenar, prócessar e fomecer atenção à saúde, com definição de fluxos de atendimento
dados sobre os cüidados ,,prestaàôà; àsj ;iJ 6ãé+üú,. à saúde para fins de controle do acesso e da garantia de
cáncer, com a finalidaáe de ôbter,," infoimacões. oue equidade, promovendo a otimização de recursos segundo
possibilitem o planejamento, a aüaliação,io moniioràmeàto'
a complexidade e a densidade tácnológica necessárias à
e o controle das ações realizadas, garantindo a atenÇão à pessoa com câncer, com sustentabilidade do
interoperabilidade entre os sistemas; sistema público de saúde; e

lX - adotar mecanismos de monitoramento, avaliação e XXI - estabelecer e implantar o acolhimento e a


auditoria, incluindo tempo de espera para inÍcio do humanização da atenção, com base em um modelo
tratamento e satisfação do usuário, com vistas à melhoria centrado no usuário e em suas necessidades de saúde,
da qualidade das açôes e dos serviços ofertados, respeitando as diversidades étnicoraciais, culturais, sociais
considerando as especificidades dos estabelecimentos de e religiosas.
saúde e suas responsabilidades;
\rt..22. Ao Ministério da Saúde compete:
X - promover o intercâmbio de experiências e estimular o
desenvolvimento de estudos e de pesquisas que busquem
| - prestar apoio institucional às Secretarias de Saúde dos
o aperfeiçoamento, a inovação de tecnologias e a
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios no processo
disseminação de conhecimentos voltados à promoção da
de qualificação e de consolidação da atenção ao paciente
saúde, à prevenção e ao cuidado das pessoas com
com câncer;
câncer;

Xl - realizar parcerias com instituiçÕes internacionais e com


ll - analisar as informações provindas dos sistemas de
informação federais vigentes que tenham relaçâo com o
instituições governamentais e do setor privado para
câncer e utilizá- las para planejamento e programação de
fortalecimento das ações de cuidado às pessoas com
ações e de serviços de saúde e para tomada de decisão;
cáncer; em especial na prevenção e detecção precoce;

341
lll - consolidar e divulgar as informaçÕes provindas dos Vlll - garantir e acompanhar o procêsso de implantação e
sistemas de inÍormação federais vigentes que tenham manutenção dos RHC dos serviços de saúde habilitados
relação com o câncer, que devem ser enviadas pelas como Unidades de Assistência de Alta Complexidade em
Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal; Oncologia (UNACON) ou Centros de Alta Complexidade
em Oncologia (CACON);
lV - definir diretrizes gerais para a organização de linhas
de cuidado para os tipos de câncer mais prevalentes na lX - utilizar as informações produzidas pelos RHC para
população brasileira; avaliar e organizar as ações e os serviços de saúde de alta
complexidade e densidade tecnológica;
V - elaborar protocolos e diretrizes clínicas terapêuticas de
maneira a qualificar o cuidado das pessoas com cáncer; X - manter atualizado os dados dos proÍissionais e de
serviços de saúde que estão sob gestão estadual, públicos
Vl - realizar estudos de ATS e AE, no intuito de subsidiar e privados, que prestam serviço ao SUS, no Sistema de
os gestores de saúde e tomadores de decisões no que se Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
refere à incorporação de novas tecnologias ou novos usos (scNES);
de tecnologias já existentes no SUS;
Xl - selecionar, contratar e remunerar os profissionais de
Vll - estabelecer diretrizes e recomendações, em âmbito saúde que compõem as equipes multidisciplinares dos
nacional, para a prevenção e o controle do cáncer a partir estabelecimentos de saúde de natureza pública, sob sua
de estudos de ATS e AE, levando em consideração gestão, que ofertam açÕes de promoção e prevenção e
aspectos epidemiológicos, sociais, culturais e econômicos que prestam o cuidado às pessoas com câncer, em
do local que irá incorporar e implantar as diretrizes e c9ll,o_rmjdade,"l, u legislação vigente;
recomendações; e
:{ll:;:sp6i6p os Municípios na educação permanente dos
Vlll - efetuar a habilitaçâô Ugg egtâf.eteeímentos de saúde proÍissionais de saúde a fim de promover a qualificação
que realizam a atenção à saúde das pessóas ôom ôâncer, profissional, desenvolvendo competências e habilidades
de acordo ;,.com,,,'§fit$rÍosr,.rÍéCnlcos êstâbqlecidos relacionadas às ações de prevenção, controle e no
cuidado às pessoas com cáncer;

on,ffi*trêtâ[1Ê1dÍ sáÚuauó§ nsl?.dôá,.c9, t*' Xlll - garantir a utilização dos critérios técnico-operacionais
estabelecidos e divulgados pelo Ministério da Saúde para
I .,d6Íinii,êstrategias de articulaçãô :Gom as Secretarias organização e funcionamento dos sistemas de inÍormação
Uq*"liÍfiff;$,,Oer Saúde côm vistas ao desenvolvlmento de sobre o cáncer, considerando-se a necessidade de
u,írffilonu,. interoperabilidade dos sistemas; e
,

para garantir a prevenção e o cuidado integral da pessoa XIV - efetuar o cadastramento dos serviços de saúde sob
**,f t,,, -
sua gestão no sistema de informação federal vigente para
esse fim e que realizam a atenção à saúde das pessoas
::: utt::uu:t I l
ll -tóffienar.a oiganização e â implantação dos planos com cáncer, de acordo com critérios técnicos
regionais e daRede de AtenÇão à Saúde das Pessoas com estabelecidos em portarias específicas do Ministerio da
DoenÇa1,,trôniea§ no ámbito do sus; Saúde.
'.1,i,:
I I

lll - coordenar O gppio âos Municípiôs parâ organização Atl.24. Às Secretarias Municipais de Saúde cômpête:
e
m pla ntação dasr línhae §q cuidado, de tumores êspecífioos
|-
i
:
pactuar regÍonalmente, por intermédio do Colegiado
lV - apoiar a regulaçãó e o fluxo de usuários entre lntergestores Regional (ClR) e da Comissão lntergestores
os
pontos de atenção da rede de atenção à saúde, visando à Bipartite (ClB) todas as açÕes e os serviços necessários
garantia da referência e da contrarreferência regionais, de pârâ a âtênçâo integral da pessoa com câncer, com
acordo com as necessidades de saúde dos usuários; inelusão de seus termos no Contrato Organizativo de Ação
Pública de Saúde (COAP);
V - analisar os dados estaduais relacionados às ações de
prevenção e de controle do câncer produzidos pelos ll - planejar e as ações e os serviços
programar
sistemas de informação vigentes e utilizá-los de forma a
necessários para a
e o controle do câncer,
prevenção
otimizar o planejamento das ações e a qualificar a atenção assim como o cuidado das pessoas com câncer,
prestada às pessoas com câncer; considerando-se sua base territorial e as necessidades de
saúde locais;

Vl - implantar e manter o funcionamento do sistema de


lll - organizar as ações e serviços de atenção para a
prevenção e o controle do cáncer, assim como o cuidado
RHC nas unidades habilitadas em alta complexidade em
oncologia, com o compromisso do envio de suas bases de das pessoas com câncer, considerando-se os serviços
dados ao
Ministério da Saúde, especiÍicamente ao disponíveis no MunicÍpio;
INCA/SAS/MS;
lV - planejar e programar as ações e os serviços
Vll - analisar os dados enviados pelas necessários para atender a população e operacionalizar a
Secretarias
Municipais de Saúde onde existem o (RCBP implantado, contratualização dos serviços, quando não existir
divulgar suas informaçÕes capacidade instalada no próprio Município;
e enviá-las para o
INCA/SASiMS e para a Secretaria de Vigilância em Saúde
(SVS/MS), responsáveis pela consolidação nacional dos V - pactuar as linhas de cuidado na região de saúde,
dados; garantindo a oferta de cuidado às pessoas com cáncer nos
diferentes pontos de atençào:

342
Vl - pactuar a regulação e o fluxo de usuários entre os conforme necessidade identificada, ampliando
serviços da rede de atenção à saúde, visando à garantia a
autonomia dos usuários;
da reíerência e da contrarreferência regionais de acordo
com as necessidades de saúde dos usuários;
d) realizar rastreamento de acordo com os protocolos e as
diretrizes íederais ou de acordo com protocolos locais,
Vll - analisar os dados municipais relativos às ações de baseado em evidências científicas
prevenção e às ações de serviços prestados às e na realidade
fiessoas locorregional;
com câncer produzidos pelos sistemas de informação
vigentes e utilizá-los de forma a otimizar o planejamento
das ações locais e a qualiÍicar a atenção das pessoas com e) implementar açoes de diagnóstico precoce, por meio da
identificação de sinais e de sintomas suspeitos dos tipos
cáncer;
de cânceres passÍveis desta ação e o seguimento das
pessoas com resultados alterados, de acordo com as
Vlll - selecionar, contratar e remunerar os proÍissionais de diretrizes tecnicas vigentes, respeitandose o que compete
saúde que compõem as equipes multidisciplinares dos a este nível de atenção.
estabelecimentos de saúde públicos sobre sua gestão que
ofertam ações de promoção e de prevenção e que prestam
f)-encaminhar opoftunamente a pessoa com suspeita de
o cuidado às pessoas com câncer, em óonformidade com
a legislação vigente;
câncer para confi rmação diagnóstica;

g) coordenar e manter o cuidado dos usuários com câncer,


lX - manter atualizado os dados dos profissionais e de
quando referenciados para outros pontos da rede
serviços de saúde que estão sobre gestão municipal, de
públicos e privados, que prestam serviço ao SUS no atenção à saúde;
SCNES;
!) regislràr as informações referentes às ações de controle
.: ,
cânôer nos sistemas de informação vigentes, quando
X - programar ações de ciualificaçãó para proÍssionaís e ..1.de
couber;
trabalhadores de saúde para ó.. deúnvolvimento de
competências e de habilidaàes retáUionàírs ã" ,coã, ãã
prevenção e de côntrole do câncêr: e i) realizar atendimento domiciliar e participar no cuidado
paliativo às pessoas com câncer, de forma integrada com
as equipes de atenção domiciliar e com as UNAbON e os
Xt - garántir a utilização dos crítérios técnico-operacionais
estabelecidos e divulgados pelo Ministério da Saúde para
CACON, articulada com hospitais locais e com demais
po1los de atenção, conforme proposta definida paru a
organízação e funcionamento _dos sistemas de informação
região de saúde: e
sobre o cáncer, considerando-se a necessidaOe'áã
interoperabílídade dos sistemas.
j) desenvolver açÕes de saúde do trabalhador por meio
da
capacitação das equipes para registro do histórico
ocupacional, tanto a ocupação atual quanto as anteriores,
AÍ: ,25., A-,secretaria de Saúd-e ,66',,,p;syi16 Federal contendo atividades exercidas e a exposição a agentes
competem as atribuições reservadas às Secretarias de
Saúde dos Estados e dos Municípios.
cancerÍgenos inerentes ao processo de trabalho,
otimizando as ações de vigilância do câncer relacionado

Sg$§o,ll
ll - Componente Atenção Domiciliar:
das
,,rixi,
a) realizar o cuidado paliativo de acordo com as linhas de
I Xi ::/t t:!,, ,i, r. cuidado locais, compartilhando e apoiando o cuidado com
Art. 26. Os pontos de ,atênçâo à saúde qarantirão
,,aq equipes de atenção básica e articulando com os pontos
tecnologias adequadas e profissionais aptos e s-uficientes
para atender à região de saúdé, considerando-se qúe a ,'d$.,,atenção especializados de cuidado da pessoa com
caraclerização desses pontos deve obódece, a 'urà ,Oán$êri'l '.,', ,1;t.:1 "
definição mínima de competências e de responsabilidades,
mediante articulação dos distintos componentes da rede b) atuar com competência cultural, para reconhecimento
de atenção à saúde, nos seguintes termos: adequado de valores e funcionamento das famílias
atendidas, aliada à humildade cultural, pa'a a ênfase ao
respeito dessas mesmas características observadas, em
| - Componente Atenção Básica:
espaço e em tempo tão íntimos que é o evento morte no
domicílio;
a) realizar ações de promoção da saúde com foco nos
fatores de proteção relativos ao câncer, tals como c) comunicar-se de forma clara, possibilitando ao paciente
alimentação saudável e atividade física, e prevenção de
fatores de risco, tais como agentes cancerígenos físicos e
e à família a possibilidade de receber todas as
informações necessárias e expressar todos os
químicos presentes no ambiente;
sentimentos;

b) desenvolver ações voltadas aos usuários de tabaco, na


perspectiva de reduzir a prevalência de fumantes e os
d) aqtingir o maior nível de controle dos sintomas, com
ênfase no controle da dor;
danos relacionados ao tabaco no seu território, conforme o
Programa Nacional de Controle do Tabagismo e Outros
e) preparar paciente e familiares para a morte dentro dos
Fatores de Risco de Câncer ou conÍórme diretrizes limites de cada um, e proporcionar o máximo alÍvio do
definidas localmente;
sofrimento;
c) avaliar a vulnerabilidade e a capacidade de autocuidado
das pessoas com cáncer e realizar atividades educativas, f) instrumentalizar cuidadores e familiares para o cuidado
paliativo domiciliar; e

343
g) proporcionar qualidade de vida e dignidade para 1.4. realizar ações de pronto-atendimento em oncologia;
paciente e familiares, com todo o suporte e segurança
possível; 1.5. ofertar e orientar tecnicamente os cuidados paliativos
com assistência ambulatorial, internação e assistência
lll - Componente Atenção Especializada: composto por domiciliar, incluindo o controle da dor e o fornecimento de
ambulatórios de especialidades, hospitais gerais e opiáceos, pelo próprio hospital ou articulados e
hospitais especializados habilitados para a assistência organizados na rede de atenção à saúde a que se integra;
oncológica que devem apoiar e complementar os serviços
da atenção básica na investigação diagnóstica, no 1.6. ao CACON, oÍerecer, obrigatoriamente, tratamento de
tratamento do câncer e na atenção às
urgências cirurgia, radioterapia e quimioterapia dentro de sua
relacionadas às intercorrências e à agudização da doença, estrutura hospitalar;
garantindo-se, dessa forma, a integralidade do cuidado no
âmbito da rede de atenção à saúde, sendo constituído por: 1.7. A UNACON, oferecer minimamente os tratamentos de
cirurgia e quimioterapia, porém, neste caso, a unidade
a) AtenÇão Ambulatorial: composto por conjunto de hospitalar deve, obrigatoriamente, ter o tratamento de
serviços que caracterizam o segundo nível de atenção, radioterapia referenciado e contratualizado formalmente; e
qual seja de media complexidade, e que realizam o
atendimento especializado, exames para diagnóstico do 1.8. na hipótese das UNACON e dos CACON não
câncer, apoio terapêutico e o tratamento de lesões oferecerem dentro de sua estrutura hospitalar atendimento
preculsoras, com as seguintes responsabilidades: de hematologia, oncologia pediátrica, transplante de
medula óssea e cuidados paliativos, estes serviços devem
1. realizar assistência diagnóstica e terapêutica; ser formatmente referenciados e contratualizados; e

2. realizar, sempre que nec-e,ssárlo, a côntraneferência dos 2,t,ôs'Hospitais Gerais com Cirurgia Oncológica procedem
usuários para a unidade
:l
básiêa de sâúdê; ào tratamento cirúrgioo do câncer de íorma integrada à
rede de atenção à saúde e realizam o encaminhamento,
3. oferecer apCIi técnico,às equip.es de Atençáo Básicà.e de forma rêgulada, dos casos operados que necessitam de
de Atenção Domiciliar,,corn o ,objetivo dê ampliar a complementaSo terapêutica, clínica especializada
resolutiüdade destes; e (radioterapia, iodoterapia ou quimioterapia), devendo, para
isso, ter como base os protocolos clínicos e as diretrizes
4 eôtabelàoer o encaminhamêfito dos terapêuticas estabelecidas pelo Ministério da Saúde,
usuátJo6i ,quando "'''assegrrr
indicado, com suspeição ou confirmação quando publicados, sendo que sua estruturação deve
oiâ§nófifi$a dê câncer para as UNACON e os CACON; considerar dados epidemiológicos (população sob sua
responsabilidade, estimativa de incidência e
b) pelos envelhecimento populacional), as lógicas de escala, de
,.tten$ão . Hospitalar: composto hospitais
escôpo e de acesso, respeitando a conformação das redes
habilitâdüs êomo UNACON e CACON e pelos Hospitais
Gerais com Cirurgia Oncológica, onde são oferecidos os regionalizadas de atenção à saúde, cujas
tratamentos especializados de alta complexidade e responsabilidades são:
dençidadeitecpgfggiqq,paíâ as pessoas Çom cáncer, os
quâis #&Vêm §-ê.!: str.u-t-u-rados considerando-se üs dados
I
2.1, determinar o diagnóstico definitivo, a extensão da
epidemiológicos, as lógicas de escala, de escopo e de e assegurar a continuidade do
neoplasia (estadiamento)
acessdi{iiiliesÉ6'it-ârid.Õ.;.§-g=â ; çonÍor-.mpÇ.4-,o.rr, dfl,s i rredes atendimento de acordo com as rotinas e as condutas
re g i o n a I i 24fl |í sâ tx dê §ê n do.11e, estabelecidas, sempre com basê nos protocolos clínicos e
E4"e,l9[Ê,,[.E.. i nas diretrizes terapêuticas estabelecidos pelo Ministério da
1 . os hospitair tàuititadá'it àb*à ÜíüÃcôú'iao Saúde, quando publicados;
"st*turusü
hospitalares que rêâli2árn]rL0: diágnóstiêCI:r:definitryô,,B
tratamento dos cânceres rflâi§ ,plêVâlêntêtd.a região de 2'2; ofçrecer o tratamento cirúrgico do câncer de forma
saúde onde está inserido, enquantó ᧠estruturas fntêgiüdáiíà re"d-.e-l e..atenção à saúde e desenvolver ações
hospitalares habilitadas como CACON' realiiám o de oüiüâdô às pessoas com câncer, em especial, na
diagnóstico definitivo e o tratamento de todos os tipos de atenção às intercorrências ou agudização da doença;
câncer, mas não obrigatoriamente dos cânceres raros e
infantis, cujas responsabilidades são: 2.3. encaminhar, de forma regulada, os casos que
necessitam de complementação terapêutica clÍnica
1,1. determinar o
diagnóstico definitivo, a extensão da especializada (radioterapia, iodoterapia ou quimioterapia),
neoplasia (estadiamento) e assegurar a continuidade do devendo, para isso, ter como base os protocolos clínicos e
atendimento de acordo com as rotinas e as condutas as diretrizes terapêuticas estabelecidas pelo Ministério da
estabelecidas, sempre com base nos protocolos clínicos e Saúde, quando publicados;
nas diretrizes terapêuticas estabelecidos pelo Ministério da
Saúde, quando publicados: 2.4. realizar ações de pronto-atendimento em oncologia; e

1.2. oferecer serviços de cirurgia, radioterapia, 2.5. registrar as informações de pacientes atendidos com
quimioterapia, incluindo-se a hormonioterapia, e cuidados diagnóstico confirmado de câncer nos sistemas de
paliativos, em nível ambulatorial e de internação, a informação vigentes; e
depender do serviço e da necessidade identiflcada em
cada caso; c) Rede de Urgência e Emergência: responsável por
prestar cuidado às pessoas com câncer nas suas
'l .3. registrar as informaçÕes de pacientes atendidos com agudizaçÕes e, sempre que necessário, encaminhá-los
diagnóstico confirmado de câncer nos sistemas de para a UNACON ou o CACON responsável por seu
informação vigentes; cuidado, ou ainda, para o hospital geral de referência,
sendo que os usuários que buscarem um serviço de

344
urgência e emergência e, no momento do atendimento, | - Planos de Saúde;
forem diagnosticados com suspeita de câncer devem ter
assegurados encaminhamento e, se necessário, ll - Programações Anuais de Saúde; e
transferência para uma UNACON ou um CACON, ou um
hospital geral de referência;
lll - Relatórios Anuais de Gestão.
lV - Componentes dos Sistemas de Apoio:
§ 1o O planejamento estratégico deve contemplar ações,
metas e indicadores de ações de promoção, prevenção,
a) realizar exames complementares relativos ao detecção precoce, tratamento oportuno e cuidados
rastreamento, ao diagnóstico e ao tratamento do câncer, paliativos em relação ao câncer.
de acordo com plano regional de organização da linha de
cuidado;
§ 2o As necessidades de saúde dos usuários devem ser
b) registrar e inserir os dados pertinentes nos sistemas de
incorporadas no processo geral do planejamento das
açÕes de saúde, mediante a utilização dos instrumentos de
informação vigentes; pactuação do SUS, o qual é um processo dinâmico,
contínuo e sistemático de pactuação de prioridades e
c) participar dos programas de garantia de qualidade dos estratégias de saúde nos âmbitos municipal, regional,
exames de diagnostico implantados; e estadual e federal, considerando os diversos sujeitos
envolvidos neste processo.
d) prestar assistência farmacêutica necessária ao
tratamento do câncer, de acordo com plano regional de CAPÍTULO V
organização das linhas de cuidado dos diversos tipos de
e com as regras de incorporação de teênologias no
9ân_cer DO FINANCIAMENTO
SUS nos termos da Lei no t?,í$Hg.F 28de,ábril do ã011;
Art, 28. Além dos recursos dos fundos nacionais, estaduais
V - Componente Regulação: responsável pela organização
do acesso às açÕes e aos serviços especializados e municipais de saúde, fica facultado aos gestores de
saúde utilizar outras fontes de financiamento, como:
referentes ao cuidado das pessoas com câncer, com
atuação do forma integrada, com garantia da transparência
| - ressarcimento ao SUS, pelos planos de saúde privados,
e da equidade no acesso, independente da natureza dos valores gastos nos servlços prestados aos seus
jurídica dos estabelecimentos de saúde;
segurados, em decorência de promoção, prevenção,
:
detecção precoce, tratamento oportu4o e cuidados
Vl - Componentes dos Sístemas Looísticos: paliativos em relação ao câncer;

a) realizar o transporte sanitárío eletivo para os usuários ll - repasse de recursos advindos de contribuiçÕes para a
seguridade social;

b) viabilizar e implementar a estrutura necessária para a lll - criação de fundos especiais; e


informatizaÇâo dos pontos de atenção à saúde por meio de
recursos humanos, equipamentos, acesso à "internet',,
entre outras medidas; e
lV - parcerias com organismos nacionais e internacionais
para Íinanciamento de projetos especiais, de
desenvolvimento de tecnologias, máquinas e
c) prever centrais de regulação para o diagnóstico e equipamentos com maior proteção à saúde dos usuários
do SUS.

Vll -ComponenteGovernania: ,, ,
Parágrafo único. Além das fontes de financiamento
previstas neste arligo, poderão ser pactuados, nas
| - pactuar os planos de ação regionais ô tOcais para a instânçias intergestores, incentivos específicos para as
prevenção e o controle do câncer, de acordo com o COAp, ações de promoção, prevenção e recuperação dos
cabendo às Comissões lntergestores pactuarem as usuários em relação ao câncer.
responsabilidades dos entes federativos; e
CAPíTULO VI
ll - instituir mecanismo de regulação do acesso para
qualificar a demanda e a assistência prestada, otimizando
DtsPostÇÕES FtNAtS
a organização da oferta e promovendo a equidade no
acesso às ações e aos serviços para a prevenção do
Ad. 29. As instáncias gestoras do SUS, Comissão
câncer e o cuidado ao paciente com câncer.
lntergestores Tripartite (ClT), CIB e CIR pactuarão as
responsabilidades dos entes federativos nas suas
respectivas linhas de cuidado que compõem a política
CAPÍTULO IV Nacional para o Controle do Câncer, de acordo com as
características demográficas e epidemiológicas ê o
DA AVALTAÇÃO r OO MONTTORAMENTO desenvolvimento econômico-financeiro das regiôes de
saúde.
\rt.. 27. Os parâmetros, as metas e os indicadores para
avaliaçãoe monitoramento da Política Nacional para a Parágrafo único. A organização dos critérios das linhas de
Prevenção e Controle do Câncer devem estar contidos nos cuidado priorizadas e de seus componentes será objeto de
instrumentos de gestão definidos pelo sistema de normas específicas pactuadas na CIT e posteriormente
planejamento do SUS: publicadas pelo Ministério da Saúde.

345
Art. 30. Compete ao Ministério da Saúde, por meio da 3. Conselho Nacional de Secretários de Saúde
Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS), isoladamente (CONASS) a cada dois anos.
ou em conjunto com outras Secretarias, e do Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s):
INCA/SAS/MS, a estruturação e implementação da Política (A) 2
Nacional para a Prevenção e Controle do Cáncer. (B) 1e3
(c) 3
Art.31. Esta Portaria entra em vigor na data de sua (D) 1e2
publicação.
7) (PM Tiradentes) Nos termos da Lei Federal no

Art. 32. Fica revogada a Portaria no 2.439lGMlMS, de 8 de 990, a relação da iniciativa privada na saúde com o
8080/'1
dezembro de 2005, publicada no Diário Oficial da União, Sistema Único de Saúde (SUS), deve ser:
Seção 1, do dia seguinte, p. 80.
(A) Competitiva
(B) Complementar
(C) Minoritária
EXERCíCIOS (D) Obrigatória
1) (PM Guaíra) Todos os itens abaixo se referem à
8)(PM Campo de Brito) A Lei 8080 de 19/09/1990 dispõe
competência de direção municipal do SUS, excetuando-se: que:
(A) Dar execução no âmbito municipal, à polÍtica de (A) Haja exclusão do setor público do atendimento às
insumos e equipamentos para a saúde. emergências.
(B) Colaborar na fiscalização das agressões ao meio (B) O nível de prestação de serviços está atrelado ao
ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana. nível de renda do paciente.
(C) Formar consórcios administrativos e intermunicipais. o acesso aos bens e serviços essenciais,
(C).,,OrrfazçL-e.
(D) Gerir laboratórios privados de saúde ê hêrnocêntros ná+sâü fato-ieídeterminantes e condicionantes da saúde.
particulares. (D) O dever do Estado não exclui o das pessoas, da
família, das empresas e da sociedade,
2) (PM Guaíra) A lei íederal no. 8080/90 assim sê êxprêssa
sobre a influência dos níveis de saúde da populaÇão: 9) (PM Campo de Brito) Dentro do Sistema de Vigilância
(A) A organiiaçáo social do país.',, Epidemiológica, recomenda-se que a notificação
(B) A orgânizaçã.0 econômica do país" compulsória de doenças transmissíveis seja feita ao órgão
(C) O desenvolvimento mundial. sanitário competente por:
(D) As alternativas A e B estão conetas. (A) Médico Sanitarista
(B) Qualquer médico da localidade.
s).{ʧl4doid-ç.Piauí) Pela lei federal no. 8080/90 as açÕês ê (C) trleoico especialista, com impresso adequado.
sÊ'ffi , #.# ,:§âú d e sa o rogu a d o q- ê e xecutad os :
! (D) Qualquer pessoa, pelo meio de comunicação mais
l. Sempie, Conjuntamente. rápido.
,, pop fiássoás naturais e jurídicas exclusivamente de
DireitoPúblico.
I l:i-',-
10) (PM Tobias Barreto) Analise as propostas abaixo sobre
llt':.Ê..m:;#y:i\@-rpernanenteouêvêntual. a divisão de competências nas matérias dispostas na Lei
E sjÉÍêr.Ôâ.l.ê..o êta ( s ) a p e n a s a ( s ) â tern a t vá( s :
l i
) Orgânica de Saúde:
(A) | !:,... I.Executar serviços de Vigiláncia Épidemiológica.
(B) ll;rl; ll.ldentificar estabelecimentos hospitalares de
referência.
íD) lll " ,] Itl.DeÍinir e coordenar os sistemas de,rede integradas de
assistência de alta complexidade.
4) (PM Cataguâ§ês) É üêiAàUeiro âÍirmar, guanto ao artigo IV.Planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os
3o da Lei Federal no,8142/90:
serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos
(A) As conÍerências dé §aúdê serâô ânuais. de saúde.
(B) Os Conselhos de Saúdê, nêCêssariamente nã0 §erão
paritários.
Competê''à esfera Municipal apenas as alternativas:
(C) O CONASS (Conselho Nacional de Secretários de (A) lell
Saúde) e o CONASEMS (Conselho Nacional de (B) lll e lV
Secretários Municipais de Saúde), terão representação no (C) le lV
Conselho Nacional de Saúde. (D) I, ll e lll
(D) Os recursos FNS (Fundo Nacional de Saúde) não (E) Todas as alternativas
poderão ser alocados como despesas de custeio.

5) (PM Guiricema) Para receberem os recursos de que se 11)(PM Tobias Barreto) A Constituição Federal de 1988
tratao art. 30. Da lei 8142, os MunicÍpios, Estados e apresenta a saúde como:
Municípios além do Distrito Federal deverão contar com, (A) o conceito da OMS
exceto: (B) um bem a ser adquirido pelo indivíduo do mercado
(A) Fundo de saúde; (C) um dever do cidadão de buscar a ausência de doença
(B) Conselho de saúde; (D) um direito do cidadão garantido por políticas sociais e
(C) Plano de saúde; econômicas
(D) Doações.
12) (PM Tobias Barreto) O Plano de Saúde consolida, em
6) (PM Tiradentes) A Lei no 8.142 de 2811211990
cada esfera, o processo de planejamento na área da
estabelece alguns prazos para realização de eventos saúde, sendo um instrumento de:
importantes, tais como: (A) universalidade
1. Conferência de Saúde - a cada quatro anos. (B) integralidade
2. Conselho de Saúde - caráler permanente. (C) territorialização
(D) equidade
346
(B) E prevista a participação da comunidade na
13) O Sistema Unico de Saúde - SUS é formado peto fiscalização dos gastos na saúde por intermédio dos
conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por Conselhos de Saúde.
órgãos einstituições públicas federais, estaduais e (C) O repasse do recurso financeiro da União é realizado
municipais, da administração direta e indireta e das através do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo
fundaçÕes mantidas pelo Poder Público. São atribuições Municipalde Saúde.
do SUS, dentre outras: (D) As despesas da saúde são relacionadas a outras
l. a execução de ações de vigiláncia sanitária; políticas públicas essenciais à saúde como educação,
ll. A execução de ações epidemiológicas; saneamento e combate à violência urbana.
lll. A proteção do meio ambiente, com exceção do
ambiente de trabalho; 19) Analise as afirmativas abaixo baseadas na
lV. A ordenação da formação de recursos humanos na Constituição Federal de '1988, Título ll, Capítulo ll, Seção
área de saúde; ll, que trata da saúde:
V. a vigilância nutricional e orientação alimentar. l. A assistência à saúde é de livre concorrência, não
Qual alternativa abaixo contém somente atribuições havendo restrições à participação direta ou indireta de
verdadeiras do SUS? emp.resa com fim lucrativo ou capital estrangeiro.
(A) I, ll, lV e V. ll. E vedada a destinação de recursos públicos para
(B) ll, lll, lV e V. auxílios ou subvenções às instituições com fins lucrativos.
(C) l, lll, lV e V. lll. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
(D) I, ll, lll e lV. lV. As instituições privada.s poderão participar de forma
complementar do Sistema Unico de Saúde.
14) Não se enquadra como competência da direção São CORRETAS as afirmativas:
municipal do SUS, executar-se serviços; ,- .=, t,:(A)l;llillle lV.
(A) da vigilância sanitária e epidemiOlógica . ,1....,. , | ,..
,,(B)1, ff o lV; somente.
(B) de alimentação e nutrção (C)1, lll e lV, somente.
(C) de saneamento e habiiacão (D) ll, llle lV, somente.
(D) de saúde do trabalhadoi
: 20) Segundo o Art. 37 da Constituição da Repúbtica
15) Não são considerados de outras fontes os recursos do Federativa do Brasil de 'l 988, a administração pública
orçamento do SUS provenientes de: direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
(A) alienações patrimoniais ê rendimentos de capital Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
(B) taxas e emolumentos aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
(C) rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(D) m-ultas por infraçõôô,&-trânsitô ,.rr:r , i , I
| * o prazo de validade do concurso público será de até
cinco anos, prorrogável uma vez, por igual período;
ll - é garantido ao servidor público civil o direito à livre
associação sindical;
lll * o direito de greve será exercido nos termos e nos
limites definidos em lei específica.

Quais aÍirmativas acima estão corretas?


(A)apenaslell
(B)apenaslelll
(C) apenas ll e lll
(D)todas as afirmativas acima

GABARITO

1-D l-u 3-C 4-C 5-D


6-D 7 -B 8-D 9-D 10-c
11-D 12-D 13-A 14-C '15-D
18) Sobre os limites mínimos de aplicação financeira nas 16-A 17 -D 18-D 19-D 20-c
ações de saúde pública, deÍinidos na Emenda
Constitucional no 29 12000, é correto afirmar, EXCETO:
(A) As despesas no âmbito do SUS são de
responsabilidade da União, dos estados e dos municípios.

347
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

NUTR|çAO SOCTAL

I ) BRASIL Ministerio da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta
e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional-
SISVAN / Ministerio da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. - Brasília: Ministerio da
Saúde, 201 1.

2) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de
Alimentação e Nutrição/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á Saúde. Departamento de Atenção Básica.- Brasília:
Ministério da Saúde, 20'12.

3) BRASIL. Ministério da Saúde: Guia Alimentar para População Brasileira promovendo a alimentação saudável. Normas e
manuais técnicos: BrasÍlia, 2006.

4) BRASIL. Ministério da Saúde: Guia Alimentar paru População Brasileira promovendo a alimentação saudável. Normas e
manuais técnicos: Brasília. 2014.

5) BRASIL. Lei 'l '1 .346 l?PA6:,Üria o s'!§1ema,naôional de segurânça alimentar e nutricional.

6) BRASIL. MinirtéiÍo da :Saúde. §ecretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Matriz de ações de
alimentação e nutrição na atenção báslca de saúde. Série A. Normas e Manuais Técnicos. BrasÍlia: Ministerio da Saúde, 2009.
78 p,

7) GffiêffiHO FEDERAL DE Nl,lT]RlClON|STAS. Código de Etica do Nutricionista.

8}it#"#,s"Ê,têo FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN n' 304 de 2810212003. Dispõe sobre Critérios para
Prescrição Dietetica na Area de Nutrição ClÍnica e Dá Outras Providências.

FEDERAL DH NUTRICION|STAS. Resolução CFN n" 390/2006. Regulamenta a Prescrição Dietética de

LEGTSLAçAO DO SUS

1) anEi$f rllsrryü1Çío, À H púBiicA rebener vn Do BRASTL. 1eee.

2) BRASIL. LÉ|8080 de íS/.001í9SCI ldi§poxívêl:nâ:,lniêmêt:httpg://wvvw.olâ 18080.htm].

3) BRASIL. LEl8142 de 2811211990 [disponível na lntemet: http://rwvw.olanalto.oov..br/pcivil 03/Leis/ L8142.htm].

4) BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva. NORMA OPERACIONAL BASICA A SAUDE (NOB). 1996.

5) BRASIL. REGIONALIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA A SAUDE: aprofundando a descentralização com equidade no acesso:


Norma Operacional da Assistência à Saúde: NOAS-SUS 01/02.

6) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Coordenação de Apoio à Gestão Descentralizada. Diretrizes


operacionais para os pactos pela vida, em deÍesa do SUS e de gestão / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva,
Coordenação de Apoio à Gestão Descentralizada - Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2006.

7) BRASIL. Decreto no 7.508, de junho de 2011 , que regulamenta a Lei no 8.080, de 't9 de setembro de 1990.

8) BRASIL. Lei complementar no 14112012

9) BRASIL. RESOLUÇÃO No 453, DE 10 DE MA|O DE 2012 - A ORGANTZAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAUDE

10)BRAStL. POLÍT|CA NACTONAL DE ATENÇÃO BASTCA 2006

11)BRAStL, POLÍT|CA NACTONAL DE ATENÇÃO BASICA. Portaria MS 2.488/1 1 de 2111012011

119
12)BRASIL' HumanizaSUS: política nacional de humanização: documento
base para gestores e trabalhadores do SUS /
Ministério da saúde, secretaria- Executiva, Núcleo Técàico oa Éoiitic" NacionaldãHumanização.
Saúde,2004. - BrasÍlia: Ministério da

13)BRASIL' Ministério da Saúde. Portaria 280, de 7 de abrilde 19gg. Dispõe


sobre a permanência do acompanhante.

14)CECíLIO, L.O. & MERHY1 E.E. A lntegralidade do cuidado como Eixo


da Gestão Hospitatar. ln: ptNHEtRo, R. & MATTos,
Tâ (q'q)^Cqnstrução da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. Rio de Janeiro: tMS/UERJ - CEpESC -
ABRASCO,2007.

15)BRASIL' Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência de Media


e Alta Complexidade no SUS / Conselho
Nacional de Secretários de Saúde. Brasília: CONASS, 2007.
-
16)BRASIL' PORTARIA No 874, DE 16 DE MAIO DE 2013 - lnstitui a Política Nacionat para
a Prevenção e Controle do Câncer
na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no ámbito oo
siótáma unico de Saúde (SUS).

i.:l:,:lll::::::: ,: ,

1,20

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