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Direito Processual Civil Iii - Nulidades Processuais
Direito Processual Civil Iii - Nulidades Processuais
COMUNICAÇÃO
UBERLÂNDIA - MG
2023
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UBERLÂNDIA - MG
2023
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RESUMO
O presente trabalho discorre de forma sintética que no âmbito do processo judicial, é comum
que ocorram situações de invalidade nos atos praticados pelas partes, pelo juízo ou por outros
órgãos ligados ao processo. Essas invalidades se referem à falta de observância de requisitos
legais que tornam o ato inválido ou ineficaz. Em caso de nulidade ou anulabilidade de um ato
processual, surge a dúvida acerca do aproveitamento dos atos praticados em decorrência
daquele ato inválido.
Diante da relevância do tema, este trabalho foi desenvolvido para que sejam evidenciadas a
importância e como o tema é abordado na esfera jurídica.
ABSTRACT
The present work summarizes that in the context of the judicial process, it is common for
situations of invalidity to occur in the acts performed by the parties, by the court or by other
bodies linked to the process. These invalidities refer to the lack of compliance with legal
requirements that make the act invalid or ineffective. In case of nullity or annulment of a
procedural act, the doubt arises about the use of the acts performed as a result of that invalid
act.
Given the relevance of the topic, this work was developed to highlight the importance and
how the topic is addressed in the legal sphere.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 7
3 – FORMAS DE INVALIDADE................................................................................................ 10
4 – ESPÉCIES DE INVALIDADE...............................................................................................10
6 – EVIDÊNCIAS DA VISITA.................................................................................................... 11
CONCLUSÃO............................................................................................................................. 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................... 14
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INTRODUÇÃO
Para que o ato seja considerado invalido, este deve concomitantemente ser defeituoso
processualmente e ocasionar em prejuízo. Entende-se por prejuízo a capacidade do defeito de
impedir que a finalidade do ato seja atingida, tradicionalmente denominado na doutrina como
o princípio da “pas de nullité sans grief”, isto é, princípio de que “não há nulidade processual
sem prejuízo." Este princípio ainda encontrava maior escopo através de dois outros princípios,
o da instrumentalidade das formas, previsto no artigo 244 do referido código revogado, e o
princípio da causalidade, previsto na segunda parte do artigo 248 do mesmo código.
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No novo e atual Código de Processo Civil de 2015, os artigos 249 e 250 tiveram suas
ideias mantidas, tendo seus enunciados quase inalterados, havendo mudanças apenas nos
verbos utilizados, e no artigo 283, foi retirado as palavras “quanto possível”, que estavam
presentes no artigo 250.
A invalidação dos atos praticados pelo juiz somente pode se dar por meio da
interposição de recurso, ou seja, por meio de petição ao próprio juiz que proferiu o ato para
que ele próprio o invalide. Caso o pedido seja após o término do processo, esta será realizada
através da ação rescisória.
No direito processual civil brasileiro somente existem duas hipóteses em que uma
decisão judicial pode ser invalidada após o prazo de ação rescisória. A primeira é no caso de
haver decisão proferida em desfavor do réu, em processo no qual foi revel em razão da
ausência ou invalidade da citação, artigo 475-L, I e artigo 741, I. O meio de impugnação
adequado é a ação de nulidade, chamada de querela nullitatis. A outra hipótese para a
invalidação de uma sentença judicial ocorre em relação aos atos das partes. Em regra, os atos
das partes poderão ser invalidados apenas quando não houver coisa julgada material, e podem
ser declarados inválidos ex ofício ou por simples peticionamento ao juiz, e são as exceções a
essa regra em que a invalidade pode ilidir a própria coisa julgada, como nos casos do artigo
485, VIII, do Código de Processo Civil.
Assim, a nulidade consiste num defeito do ato, este pode ser intrínseco, nulidade no próprio
ato, ou extrínseco, quando se tratar de vício ocorrido antes do ato ser praticado, mas que
contaminou todos os atos subsequentes.
A nulidade absoluta do pode ocorrer tanto de atos que podem ser repetidos ou
supridos, como no caso de vício da citação, que pode ser suprida por uma nova citação, como
em atos cuja repetição ou o seu suprimento não possa ocorrer, como nos casos de
ilegitimidade ativa, por exemplo. Dessa forma, decorre a noção de que o ato eivado de vício
que acaba por acarretar na nulidade absoluta, não pode ser consertado, tendo,
obrigatoriamente, que outro ato ser praticado.
Portanto, conclui-se que a inexistência jurídica nunca se convalida, nem mesmo com
o, suposto, trânsito em julgado, afinal se o ato nunca existiu como poderá ter transitado em
julgado.
Para atos independentes, os atos revogados não são afetados. Um exemplo: uma
confissão que limite a defesa ao negar audiências a certas testemunhas, o ato de negar (ou
condenar, se já houve julgamento) seria dispensado.
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3 – FORMAS DE INVALIDADE
4 – ESPÉCIES DE INVALIDADE
Nulidade
Anulabilidade
No processo civil, há três tipos de vícios que podem afetar a validade dos atos
processuais:
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A nulidade absoluta, por outro lado, ocorre quando o vício é tão grave que não pode
ser sanado ou quando o ato foi praticado por um sujeito que não tem capacidade para realizar
tal ato. É uma invalidade grave que não depende da manifestação da parte prejudicada para
que seja reconhecida. Um exemplo de nulidade absoluta é a falta de capacidade processual de
uma das partes, como no caso de uma criança menor de idade que ingressa com uma ação sem
representação legal.
Por fim, temos o ato inexistente, que é o ato que não produz efeito algum no processo,
por ter sido praticado por um agente sem competência legal. É uma situação que não gera
consequências jurídicas, pois o ato nunca existiu.
É importante destacar que a distinção entre nulidade relativa e absoluta não é sempre
clara e pode gerar controvérsias na jurisprudência. Por isso, é sempre necessário analisar a
situação concreta para definir qual tipo de invalidade se aplica ao caso em questão.
6 – EVIDÊNCIAS DA VISITA
Ação Rescisória
Além disso, a ação rescisória pode ser utilizada para desconstituir acordos
homologados judicialmente, desde que haja vícios graves na homologação. Esses vícios
podem ser a inobservância de requisitos formais do acordo, como a falta de assistência
jurídica adequada ou a ausência de cláusulas obrigatórias, ou a ocorrência de dolo, coação ou
erro essencial na celebração do acordo. A ação rescisória é regulamentada pelo Código de
Processo Civil, que estabelece os prazos para a sua propositura e as hipóteses em que ela pode
ser utilizada. O prazo para ajuizamento da ação rescisória é de dois anos a partir do trânsito
em julgado da decisão que se pretende desconstituir.
Querela Nullitatis.
A querela nullitatis tem como objetivo principal invalidar um ato jurídico ou uma
decisão judicial que apresente algum vício que torne sua validade questionável. Esses vícios
podem ter relação com questões formais, como a ausência de citação adequada dos
envolvidos, bem como com a ausência de intimação de um dos interessados, a inobservância
de prazos ou regras processuais, entre outros.
Quando uma parte acredita que um ato processual foi praticado de forma inválida ou
ilegal, será facultado a ela entrar com uma querela nullitatis para solicitar ao órgão judiciário
que anule esse ato. Vale observar que nem todo erro ou irregularidade processual é passível
de gerar a nulidade de um ato, o qual se faz necessário analisar cada caso concreto e observar
as normas e princípios jurídicos aplicáveis.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil, Volume 1: Introdução ao Direito
Processual Civil e Processo de Conhecimento. Salvador: JusPodivm, 2019.
MARINONI, Luiz Guilherme. Técnica Processual e Tutela dos Direitos. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2016.
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil, Volume Único.
Salvador: JusPodivm, 2020.