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DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÃO WEB PARA

AUXÍLIO NA TERAPIA DE PACIENTES COM


TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Itu
2022
CLEITON MORAIS DE MELO

DIAGO FERNANDO PADILHA DA SILVA

FERNANDO MASSELA CONTI

GABRIEL BARBOZA MARÇAL

IGOR BEZERRA DO NASCIMENTO

JOSÉ DANILO ORTEGA DOMINGUES

NICOLAS VAGNES DE SOUZA

RENATO GUIMARÃES RIBEIRO

DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÃO WEB PARA


AUXÍLIO NA TERAPIA DE PACIENTES COM
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
Centro Universitário Nossa Senhora do
Patrocínio
2022

© 2022

Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio


Análise e Desenvolvimento de Sistemas

Coordenador do Curso: Prof. Me. Archimedes Ferrari Neto

Orientação: Prof. Me. Archimedes Ferrari Neto

Alunos

CLEITON MORAIS DE MELO – RGM: 27995917

DIAGO FERNANDO PADILHA DA SILVA - RGM: 26965151

FERNANDO MASSELA CONTI – RGM: 25564579

GABRIEL BARBOZA MARÇAL – RGM: 26252864

IGOR BEZERRA DO NASCIMENTO - RGM: 25891286

JOSÉ DANILO ORTEGA DOMINGUES RGM: 26311992

NICOLAS VAGNES DE SOUZA – RGM: 26553805

RENATO GUIMARÃES RIBEIRO - RGM: 26570297


SUMÁRIO

SUMÁRIO 4
1. APRESENTAÇÃO 5
1.1 CAUSAS E DIAGNÓSTICOS 9
Tabela de nível de gravidade 10
1.2 AUTISMO NO MUNDO 11
2. DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO 12
3. O PRODUTO 14
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 21
5. REFERÊNCIAS 22
1. APRESENTAÇÃO

O uso da tecnologia faz parte de nossa vida há muito tempo, e tem sido
uma parte importante da história humana. A primeira tecnologia que foi usada
pelas pessoas foi a invenção do fogo, tornando a vida humana mais fácil e
melhor, onde as pessoas encontraram uma maneira de cozinhar e se aquecer.
A invenção da roda também tornou nossa vida mais fácil e confortável, pois não
precisamos mais caminhar ou percorrer longas distâncias.
O rápido avanço das tecnologias modernas nas últimas décadas
possibilitou enormes mudanças em nossa vida diária. Atualmente, cercados por
aparatos tecnológicos que além de tornar nossa vida cotidiana mais
conveniente, essas novas invenções também melhoraram a qualidade de
nossa saúde, por exemplo, os avanços na ciência médica agora permitem que
diagnostiquem doenças mais cedo e as tratem melhor, isso traz resultados
positivos tanto sociais quanto economicamente.

 As tecnologias na área da saúde foram agrupadas em três categorias


a saber:
 Tecnologia dura: representada pelo material concreto como
equipamentos, mobiliário tipo permanente ou de consumo;
 Tecnologia levedura: incluindo os saberes estruturados representados
pelas disciplinas que operam em saúde, a exemplo da clínica médica,
odontológica, epidemiológica, entre outras e
 Tecnologia leve: que se expressa como o processo de produção da
comunicação, das relações, de vínculos que conduzem ao encontro
do usuário com necessidades de ações de saúde.

Com efeito, o objetivo deste trabalho se encaixa na categoria c) por se


tratar de um processo de comunicação entre o ambiente virtual e a criança com
TEA.
O emprego da palavra "Autismo" aparece em 1911 quando Eugen Bleuler
emprega a palavra na literatura médica a fim de definir pessoas que tinham

5
grande dificuldade para interagir com as demais e com muita tendência ao
isolamento".
Em 1943, o médico austriaco Leo Kanner foi como o Autismo ganhou
espaço significativo em pesquisas psiquiátricas e foi de fato descrito, Kanner
era responsável no Hospital Johns Hopkins, nos EUA.
O transtorno do espectro autista (TEA) refere-se a uma ampla variedade de
transtornos do desenvolvimento caracterizados por deficiências nas habilidades
de interação social juntamente com comportamentos restritos e repetitivos.
O desenvolvimento de tecnologias de software direcionadas ao auxílio no
tratamento do (TEA) intensificou-se nos últimos anos, possibilitando o
surgimento de novas formas de tratamento.
Uma peculiaridade que também é observada em pacientes com TEA é a
percepção e preferência por cores, que possam vir a interferir no
comportamento do paciente no dia-a-dia. Segundo alguns pesquisadores,
existe uma preferência pela cor vermelha, tons de azul por determinados
indivíduos, enquanto outros apresentam obsessão pela cor verde. Segundo a
pesquisa, essas cores representam expressões faciais, motivo que justificaria
tal preferência. Em contrapartida, cores como o amarelo e/ou marrom, tendem
a desencadear uma hipersensibilidade devido à sua alta luminescência,
tornando o ambiente mais cansativo.
Estudos demonstram que o uso de computadores e ambientes digitais de
aprendizagem, usados de maneira planejada e adaptada, são importantes no
desenvolvimento e na melhoria da interação social de pessoas com diagnóstico
de TEA. Com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento da capacidade de
comunicação, interação social e cognitiva de pacientes com autismo, surge a
tecnologia assistiva.
"Tecnologia assistiva é uma área do conhecimento, de característica
interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias,
práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à
atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida
e inclusão social".
A implementação de programas de intervenção comportamentais
intensivos e precoces, tem-se mostrado eficaz para muitas crianças. Esses
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programas de intervenção devem apresentar foco individualizado, adaptado
para cada criança e seus recursos disponíveis, com valorização da iniciativa e
espontaneidade, bem como seus interesses e motivações. Ações promovidas
devem ter como base a valorização da família nas estratégias de intervenção.
É de grande influência a inclusão de fotos, figuras e desenhos -
melhorando, assim, o aprendizado através da visão - frases descritivas
explicando os motivos e a importância do que está sendo abordado - frases de
perspectivas, relatando as emoções e os pensamentos das pessoas envolvidas
na história e frases de comando. Todos esses aspectos devem manter uma
atmosfera de positividade, não apresentando tons e atitudes negativas.
Segundo o site da Associação de Amigos do Autista ou AMA, existem
diversas formas de classificação e diagnóstico do TEA, pois a avaliação de
pessoas com suspeita de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) deve ser
ampla e realizada por profissionais de diversas áreas, sempre que possível. A
razão desta recomendação é que o TEA afeta diversas áreas e, portanto,
abrange a atuação profissional de especialistas de inúmeros campos da área
da saúde e educação.
Abaixo uma breve descrição dos métodos para avaliação e diagnóstico do
TEA:
ADI-R é a sigla para Autism Diagnostic Interview-Revised ou, traduzindo
para o idioma português. Entrevista Diagnóstica para o Autismo Revisada. É
realizada uma entrevista diagnóstica semiestruturada concebida para ser
aplicada no principal cuidador da criança com hipótese de transtorno global do
desenvolvimento (TGD). Tem o objetivo de fornecer uma avaliação ao longo da
vida de uma série de comportamentos relevantes para o diagnóstico diferencial
de TGD em indivíduos a partir dos 5 anos até o início da idade adulta e com
idade mental a partir dos 2 anos de idade.
CARS é a sigla para Childhood Autism Rating Scale ou, traduzindo para o
português, Escala de Avaliação do Autismo na Infância. É uma escala com 15
itens que guiam o diagnóstico e auxilia a identificar as crianças com autismo. A
sua importância é baseada na capacidade de diferenciar o grau de
comprometimento do autismo entre leve, moderado e severo (Magyar &
Pandolfi, 2007; Schopler, Reichler & Renner, 1988). Sua aplicação é rápida e
adequada a qualquer criança com mais de 2 anos de idade.
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ABC ou ICA é uma sigla para Autism Behavior Checklist (ABC) ou (ICA)
Inventário de Comportamentos Autisticos (ICA). A lista foi concebida para a
triagem inicial de crianças suspeitas de ter TGD e foi padronizado por meio das
observações dos professores das crianças. Alguns estudos utilizaram o
questionário em forma de entrevista com os pais e cuidadores.
ASQ sigla para Social Communication Questionnaire (SCQ) ou
Questionário de Comunicação Social, anteriormente chamado de Autism
Screening Questionnaire (ASQ) ou Questionário de Rastreio do Autismo foi
desenvolvido por Rutter e Lord e é formado por uma seleção de 40 perguntas
respondidas pelo principal cuidador de crianças a partir de 4 anos. Derivada da
versão revista do ADI.
DOS é a sigla para Autism Diagnostic Observation Schedule-Generic
(ADOS-G) ou Programa de Observação Diagnóstica do Autismo - Versão
Genérica é uma avaliação semiestruturada da interação social, da
comunicação, do brincar e do uso imaginativo de materiais para indivíduos
suspeitos de terem algum transtorno do espectro do autismo (TEA).
O PEP-R ou perfil psicoeducacional revisado é um instrumento de medida
da idade de desenvolvimento de crianças com autismo ou com transtornos
correlatos da comunicação. Esse instrumento surgiu em função da necessidade
de identificar padrões irregulares de aprendizagem, visando a subsequente
elaboração do planejamento psicoeducacional, segundo os princípios do
Modelo TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication
Handicapped Children ou Tratamento e educação de crianças com autismo e
problemas relacionados à comunicação.
Um dos métodos mais utilizados para o tratamento de pacientes com TEA é
o método TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication
Handicapped Children) foi criado na década de 1960 nos Estados Unidos, com
base na tradição behaviorista que se destacava nesse período, e sob influência
da teoria psicolinguística. Segundo a professor doutora, Alessandra Dilair
Formagio Martins o método TEACCH é amplamente usado na maioria das
instituições e baseia-se no treino de atividades e comportamentos de forma
bastante repetitiva e individualizada.
O objetivo deste trabalho é construir uma aplicação para auxiliar o
tratamento de pacientes com TEA por meio do uso de uma página em
8
ambiente virtual, desenvolvido a partir de um roteiro visual lúdico de associação
de objetos com situações cotidianas vivenciadas pelas crianças com TEA
utilizamos a construção de uma página na rede mundial de computadores
(internet) que poderá ser acessada também de dispositivos móveis, as
tecnologias empregadas serão basicamente as linguagens de programação
para ambiente web e banco de dados.

1.1 CAUSAS E DIAGNÓSTICOS

As causas do autismo ainda são desconhecidas, com sintomas e graus de


manifestações extremamente variados, mas estudos diversos sugerem que a
herança genética juntamente com agentes externos que tenham impacto no
desenvolvimento do feto como estresse, infecções. desequilíbrio metabólico,
complicações durante a gravidez, etc., possam ocasionar autismo.
Em geral não existe uma ligação entre atitudes ou ações dos pais que
proporcionem o surgimento do distúrbio do autismo, e não se encontra
relacionado a questões sociais como etnia, classe social ou educação parental.
Porém alguns fatores são considerados de risco para o desenvolvimento do
autismo, de acordo com os dados da pesquisa, são eles:

 Sexo: meninos são de 4 a 5 vezes mais propensos a desenvolver


autismo do que meninas;
 Histórico familiar: famílias que já tenham tido algum integrante com
autismo correm riscos maiores de ter outro posteriormente;
 Outros transtornos: crianças com alguns problemas de saúde
específicos tendem a ter mais riscos de desenvolver autismo do que
outras crianças. Epilepsia e esclerose tuberosa estão entre esses
transtornos;
 Idade dos pais: quanto mais avançada a idade dos pais, mais chances
de a criança desenvolver autismo.

9
A identificação precoce e imediata do autismo seguida por ações
remediativas são consideradas abordagens mais eficazes para o seu
tratamento. O transtorno precisa de um diagnóstico e intervenções
multidisciplinares que envolvem serviços especializados de psicólogos,
psiquiatras, fonoaudiólogos, neuropediatras e terapeutas ocupacionais. Em
geral o TEA pode ser classificado pelo grau de comprometimento de
dependência e necessidade de auxílio que cada criança possui. Todos os
níveis, apresentados na Tabela 1, precisam de tratamento, porém os meios de
intervenção estão relacionados à quantidade de apoio necessária para
contemplar as necessidades de cada um, considerando as dificuldades na
comunicação, nos interesses restritos e comportamentos repetitivos.

10
Tabela de nível de gravidade

ref: Aprofundamento em Transtorno do Espectro Autista (Parte 3) –


Beeducation (bee-ducation.com)

11
1.2 AUTISMO NO MUNDO

Institutos de controle e prevenção de doenças americanos, como o CDC


(Centers for Disease Control and Prevention), estimam a predominância do
Transtorno do Espectro Autista como 1 em 68 crianças nos Estados Unidos,
dados retirados do relatório de março de 2014 do Centro de Controle e
Prevenção de Doenças. Estão incluídos nesses números 1 em 42 meninos e 1
em 189 meninas. O CDC afirma que na época existia 1 caso de autismo para
cada 110 pessoas. Trazendo esses dados para o âmbito nacional, estima-se
que o Brasil tenha hoje cerca de 2 milhões de autistas.
Dados coletados entre os anos de 2011 e 2014 pelo Centro de Controle e
Prevenção de Doenças a respeito das estimativas de prevalência de TEA, de
outras doenças de deficiências intelectuais e doenças no atraso do
desenvolvimento em crianças de 3 a 17 anos apontaram que: nos EUA,
baseado em dados de 2014, o predomínio do TEA foi de 2,24%, outras
doenças de deficiências mentais foram de 3,57%, e das doenças com atrasos
no desenvolvimento foram de 1,27%. Fazendo uma análise de dados com o
resultado dos anos anteriores de 2011 até 2013, o TEA apresentou um
aumento significativo que era de 1,25%, em contraste aos números de outras
deficiências intelectuais que apresentaram uma diminuição nos seus números
que apontavam uma percentagem de 4,84%. Já nos casos de doenças com
atrasos não tiveram muitas alterações, mantendo seus números próximos ao
que era de 1,10%.
Em outras regiões do mundo a taxa de prevalência do TEA em números
absolutos para cada 10.000 habitantes apresenta grandes variações. A Ásia
apresenta os maiores valores com 88 casos, seguida do oriente médio com 69
casos, a América do Sul e Central têm valores de 37,4 casos, na Europa é de
32,4 e Oceania 31,5.
No Brasil, pesquisas que revelem os números da população com pessoas
que apresentam o Transtorno do Espectro do Autismo ainda são muito
escassas. O último censo elaborado estimou 500.000 pessoas com TEA em

12
2010 ou 25 casos a cada 10.000 habitantes. Dados do Ministério da Saúde,
retirados do programa Agência.
A Saúde demonstrou, em dezembro de 2014, que a prevalência do TEA no
Brasil corresponde a 27,2 casos para cada 10.000 habitantes de 5 a 18 anos.
O Transtorno do Espectro de Autismo está longe de ser uma doença rara,
sendo até mesmo considerada como uma epidemia, portanto quanto mais
recursos de apoio ao processo de intervenção da doença maiores serão o
processo de intervenção, já que após a confirmação da patologia as medidas
de tratamentos atualmente estão restritas a recursos terapêuticos clínicos onde
profissionais da área irão se utilizar das ferramentas disponíveis para auxiliá-
los.

2. DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO

Quando uma aplicação é projetada, um desenvolvedor deve escolher,


dentre várias maneiras, a melhor forma de desenvolver levando em
consideração variáveis como: plataforma em que o software será
disponibilizado, sistema operacional de funcionamento do software, linguagem
de programação, experiência do programador, prazos de entrega do software,
entre outros. Além de ofertar recursos que interferem no comportamento dos
usuários, a tecnologia se mostra benéfica em outros setores. Quando aplicada
no mundo do autismo, pesquisadores afirmam que pacientes com diagnóstico
de TEA apresentam interesse especial em interagir com dispositivos móveis,
tablets e computadores, fator motivador para que novas pesquisas sejam
realizadas.
Para o desenvolvimento deste aplicativo, haja vista, que desejamos
implementar em ambiente virtual, acessando pela rede mundial de
computadores, a internet, utilizaremos as linguagens de programação mais
voltadas a este tipo de aplicação:
HTML é uma sigla para "HyperText Markup Language'', expressão do
idioma inglês que traduzindo para o idioma português significa "Linguagem de
Marcação de Hipertexto". Trata-se de uma linguagem de marcação utilizada
para produção de páginas na web, que permite a criação de documentos que

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podem ser lidos em praticamente qualquer tipo de computador e transmitidos
pela internet. Define o significado e a estrutura do conteúdo da web. Outras
tecnologias além do HTML geralmente são usadas para descrever a
aparência/apresentação (CSS) ou a funcionalidade/comportamento
(JavaScript) de uma página da web.
CSS é uma sigla para "Cascading Style Sheet", expressão do idioma inglês
que traduzindo para o português significa "Folha de Estilo em Cascatas". O
CSS é estruturado por "camadas" e utilizado para definir a aparência em
páginas da internet que adotam para o seu desenvolvimento linguagens de
marcação (como XML, HTML e XHTML). O CSS define como serão exibidos os
elementos contidos no código de uma página da internet e sua maior vantagem
é efetuar a separação entre o formato e o conteúdo de um documento.
JS é uma sigla para "JavaScript" que é uma linguagem de programação
interpretada estruturada, juntamente com HTML e CSS, o JavaScript é uma
das três principais tecnologias da internet.
JavaScript é a linguagem que permite a interação entre o usuário e a
página sendo assim é, portanto, é uma parte essencial dos aplicativos da web.
O desenvolvimento web é a primeira e mais básica utilidade para o JavaScript
dentro os benefícios da utilização do JS podemos citar alguns como o
desenvolvimento e implementação de itens de alto nível de complexidade em
páginas web, como animações, mapas, gráficos ou informações que se
atualizam em intervalos de tempo-padrão.
A relação entre HTML, CSS e JavaScript
Vamos entender a relação entre JavaScript, HTML & CSS (Cascading Style
Sheets). Apesar de o HTML ser uma linguagem que possui diversas funções,
ela não consegue criar estruturas dinâmicas de conteúdo.
Por isso, em geral, os websites das empresas costumam incluir duas
outras linguagens: CSS e JavaScript. Enquanto o primeiro fica responsável por
incluir cor, layout e animações, o JavaScript permite a inclusão de galerias de
fotos e pop-ups, por exemplo.
PHP é uma sigla para "Hypertext Preprocessor", uma expressão idioma
inglesa que traduzida para o idioma português significa Pré-Processador de
Hypertexto, trata-se de um script de código aberto de uso geral, muito utilizada,

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e especialmente adequada para o desenvolvimento web e que pode ser
embutida dentro do HTML.
SQL é uma sigla para "Structured Query Language" expressão do idioma
inglês que traduzindo para o idioma português, Linguagem de Consulta
Estruturada, uma linguagem padrão de gerenciamento de dados que interage
com os principais bancos de dados baseados no modelo relacional.
A ideia inicial é com todos as ferramentas acima mencionadas construir
uma página da web, onde após o cadastro de dados básicos da criança e de
um responsável necessário para seleção de níveis de dificuldade de acordo
com o grau de TEA da criança, para tal a arquitetura e armazenamento dos
dados será construída empregando a tecnologia SQL.

3. O PRODUTO

A tela inicial da aplicação é uma tela de boas-vindas, com algumas


informações localizadas na parte inferior, relevantes sobre o TEA, divididas em
três campos:
● O que é autismo

● Quais os tipos de autismo

● Comunicação da pessoa com TEA

Clicando em um dos três tópicos o usuário poderá ler informações básicas


sobre o TEA.
Na parte superior dois botões, “Registre-se” para execução de um cadastro
do responsável e da criança e o botão “Entrar” e início da aplicação.

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Figura 1 Tela principal do site Fonte: https://criancatea.herokuapp.com/

Inicialmente um novo usuário deve primeiro realizar o registro, clicando


no botão “Registre-se”, o usuário será então direcionado para a tela abaixo
onde verá entrar com algumas informações para concluir o cadastro.

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Figura 2 Tela de cadastro, com responsividade ativa Fonte: https://criancatea.herokuapp.com/

Os dados solicitados para que a aplicação permita o cadastro são:


● O Nome

● Um e-mail válido

● Definição de uma senha com mínimo de 6 dígitos

● A necessidade de aceitar a “Política de Privacidade e os Termos de


Uso.”

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Sobre a senha, a política de privacidade de dados e termos de uso,
existem inúmeras iniciativas das áreas de segurança da informação voltadas a
criação de senhas seguras, tais como utilização de letras maiúsculas e
minúsculas, números e caracteres especiais, bem como sobre a cautela dos
desenvolvedores criarem meios criativos de fazer o usuário interagir, ler e
compreender a política de privacidade e termos de uso, contudo este não é
foco desse trabalho.
Uma vez realizado cadastro o usuário deverá utilizar o e-mail informado
bem como a senha criada e aceita para acessar a aplicação conforme imagem
abaixo (figura 3):

Figura 3 Tela com mensagem de validação Fonte: https://criancatea.herokuapp.com/

Após essa etapa o usuário deverá chegar à tela mostrada abaixo onde
as imagens dos ambientes são mostradas e o usuário deverá selecionar uma
imagem para poder seguir adiante na aplicação.
Nesta tela ele também tem a opção de sair do sistema, clicando no botão sair
do sistema o usuário retornará a tela de login.

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Figura 4 Tela de Seleção de jogos Fonte: https://criancatea.herokuapp.com/

Seguindo clicando na primeira imagem o usuário deverá escolher entre


duas opções que são o jogo de imagens e palavras e o jogo da memória.
A ideia é a mesma, associação de palavras ou de imagens com a
imagem central do ambiente doméstico onde a criança poderá por meio da
associação realizar a escolha de imagens ou significados que estejam no
mesmo ambiente ou mesmo contexto.

Jogo de Imagens e Palavras

Nesta modalidade a criança deverá relacionar as ações escritas à


imagem apresentada, como no exemplo abaixo:

Figura 5 Exemplos de tela de jogo Fonte: https://criancatea.herokuapp.com/

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A primeira tela a criança deve escolher, baseado na imagem do quarto,
qual seria a primeira coisa a se fazer quando for sair da cama e a resposta
correta, que é “Colocar o chinelo” levará o usuário automaticamente à próxima
questão e sua pontuação é
exibida.
A interação continuará com as perguntas seguintes apenas para
exemplificar limitamos o manual a 3 perguntas.

Figura 6 Mais Exemplos de tela de jogo Fonte: https://criancatea.herokuapp.com/

Jogo da Memória

Nesta modalidade um jogo da memória simples será exibido com


imagens relacionadas ao ambiente, seria uma outra forma da criança utilizar as
associações para por meio da memória.
Este jogo não tem final ruim, a criança fará as tentativas até que tenha
encontrado todos os pares de imagens relacionadas ao ambiente.
Inicialmente o usuário deverá apenas entrar com o nome.

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Figura 7 Jogo da Memória Fonte: https://criancatea.herokuapp.com/

A interação ocorre por meio da seleção de imagens aleatórias pelo


usuário, até que duas imagens iguais sejam encontradas em sequência.
Quando duas imagens forem encontradas as imagens mudaram sua cor
para um cinza demonstrando que aquelas duas imagens não precisam mais
serem localizadas.
Ao clicar na última imagem como apenas restou uma opção o jogo
termina automaticamente.
Nesta tela também está presente o botão de voltar para retornar à tela
de seleção dos jogos.

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Figura 8 Jogo da memória Fonte: https://criancatea.herokuapp.com/

Figura 9 Jogo da memória Fonte: https://criancatea.herokuapp.com/

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O autismo é uma síndrome que atinge uma parte significativa da


população mundial. Frente aos avanços tecnológicos, é fundamental prover
mecanismo de auxílio para estas pessoas, permitindo caminhos para inclusão
social e desenvolvimento pessoal.
A pessoa autista necessita de um estímulo diferenciado para o seu
desenvolvimento, levando o entendimento de conceitos por meio de caminhos
diferentes do habitual, contando com o auxílio de metodologias e novas
tecnologias para auxiliar neste processo.
A Tecnologia Assistiva vem auxiliando as pessoas com autismo e outras
deficiências. No caso, para a pessoa autista existem aparelhos e softwares que
auxiliam no desenvolvimento pessoal, porém ainda é uma área pouco
explorada devido a complexibilidade da síndrome, pouco apelo comercial, além
de nem todos os aplicativos serem focados exclusivamente no autismo.
Após a discussão da ideia da pesquisa junto com profissionais da área
da psicologia (professora e aluna fazendo iniciação científica) sobre o assunto,
o primeiro objetivo foi alcançado e por meio desta troca de informação, pode-se
aprofundar o conhecimento da realidade da pessoa autista e construir o modelo
visando auxiliar no problema proposto.
Esta dificuldade motivou o presente trabalho, onde foi desenvolvido um
protótipo de uma aplicação web, que baseado em métodos que tentam criar
uma perspectiva de assimilação entre objetos com os ambientes, através de
símbolos de comunicação alternativa que são utilizados para facilitar a
comunicação e o aprendizado para que os pacientes com TEA possam
desenvolver a habilidade de criar hábitos relacionado a rotinas do dia a dia.
O terceiro objetivo específico foi atingido com base no referencial teórico
e nas necessidades de auxílio à pessoa autista, buscando identificar a
tecnologia a ser utilizada no projeto, além da plataforma que a aplicação iria
utilizar para contemplar o maior número de usuários.
Conjuntamente foi apresentado o desenvolvimento do aplicativo
utilizando as principais linguagens para programação WEB: HTML, CSS, PHP
e Javascript onde por meios de suas ferramentas foi possível realizar toda
interação desde a tela de cadastro até a página dos jogos.

23
5. REFERÊNCIAS

BARRA, D. C. C.; NASCIMENTO, E. R. P. do; MARTINS, J. de J.; ALBUQUERQUE,


G. L.; ERDMANN, A. L. Evolução histórica e impacto da tecnologia na área da saúde e
da enfermagem. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, Goiás, Brasil, v. 8, n. 3,
2009. DOI: 10.5216/ree.v8i3.7081.

MAGYAR, C. I.; PANDOLFI, V. Factor structure evaluation of the childhood autism


rating scale. JournalofAutismandDevelopmentalDisorders, v. 37, n. 9, p. 1787-1794,
2007.

Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fen/article/view/7081. Acesso em: 27 abr.


2022.

França, George; Pinho; Katia Rose Autismo: Tecnologias e formação de professores


para a escola pública. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Carlos-
Silva-Jr-2/publication/348976352_Cap_13-
_Ensino_de_Fisica_no_ensino_superior_a_utilizacao_dos_jogos_adaptados_como_in
strumentos_mediadores_na_inclusao_de_alunos_autistas_p_187-203_2020/links/
6019b85f45851589397a3de0/Cap-13-Ensino-de-Fisica-no-ensino-superior-a-
utilizacao-dos-jogos-adaptados-como-instrumentos-mediadores-na-inclusao-de-alunos-
autistas-p-187-203-2020.pdf#page=204

STELZER, F. G. Uma pequena História do autismo. Cadernos Pandorga de Autismo,


v. 1. São Leopoldo: Editora Oikos, 2010

D. FERREIRA, Verilene; A. SOUSA, Tamires; S. MENDES, Marília; BEATRIZ


MARQUES, Anna. Investigando o uso de tecnologias de software por pessoas com
Transtorno do Espectro Autista. In: PÔSTERES - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
FATORES HUMANOS EM SISTEMAS COMPUTACIONAIS (IHC), 17. , 2018,
Belém. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2018 .
DOI: https://doi.org/10.5753/ihc.2018.4193.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e


documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

HTML: Linguagem de Marcação de Hipertexto | MDN (mozilla.org)

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