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UFPEL

UCS
UERGS
UFRGS
UFSM

Maria Fonseca Falkembach


Kátia Salib Deffaci
Luciana Paludo
Magda Bellini
Neila Cristina Baldi
Sabrina Marques Manzke
Carmen Anita Hoffmann

MAPEAMENTO DA DANÇA NO RS
Aspectos Históricos da Dança no Rio Grande do Sul (código 2826)

Projeto de Pesquisa

Pelotas
2020
RESUMO

O mapeamento do setor da dança no Rio Grande do Sul é uma demanda


histórica da comunidade, demarcada nos Plano Setorial de Dança (RIO GRANDE
DO SUL, 2014, p.100) e Plano Estadual de Cultura do RS (RIO GRANDE DO SUL,
2015, p.4).

A pesquisa visa o conhecimento sobre os agentes da cadeia produtiva da


dança no Rio Grande do Sul e seu papel na economia criativa do Estado. A partir
das informações coletadas no Mapeamento será possível visualizar um panorama
artístico, socioeconômico e geográfico da dança no Estado, possibilitando a
orientação de políticas públicas, assim como de medidas emergenciais para
enfrentamento da vulnerabilidade do setor. Os dados servirão ainda para fortalecer
as relações e a comunicação entre os diversos agentes e segmentos da Dança no
RS, bem como a criação de estratégias de ampliação e qualificação do setor nas
dimensões artísticas, pedagógicas e econômicas.
Em 28 de abril de 2020, em reunião do Colegiado Setorial da Dança do RS,
constituiu-se um grupo de trabalho formado por dezenove instituições para a
elaboração e execução deste mapeamento. Integram esse grupo as cinco
universidades do Estado que abrigam cursos de Graduação em Dança (UFRGS,
UFSM, UCS, UERGS e UFPel), além de instituições de âmbito governamental,
sindical, artística e de articulação política do segmento.
Esta pesquisa está registrada como uma ação do projeto Aspectos
Históricos da Dança no Rio Grande do Sul (código 2826), ligada ao Curso de
Dança- Licenciatura da Universidade Federal de Pelotas, sob coordenação da
professora Carmen Anita Hoffmann, o qual surge da necessidade de estudar e dar
visibilidade para as lacunas de conhecimento relacionadas à dança no Estado. O
projeto visa registrar e analisar as características do setor, considerando as
diferentes regiões e os diversos gêneros; objetiva traçar trajetórias na relação com
o contexto da dança na contemporaneidade.
Assim, o Mapeamento da Dança no RS emerge como um desdobramento do
referido projeto e cria uma metodologia específica, a partir do trabalho em conjunto
das dezenove instituições, que foi sistematizada considerando as redes de contato e
conhecimento já existentes na comunidade. Em resumo, a metodologia se constitui
como um levantamento de dados, inspirada no recenseamento de população e é
desenvolvida pelo trabalho distribuído em comitês, constituída das seguintes etapas:
1) estudo de mapeamentos e pesquisas na área da economia criativa; 2) estudo
sobre plataformas de coleta e análise de dados; 3) elaboração do questionário para
o mapeamento; 4) criação de rede de difusão do mapeamento; 5) coleta de dados;
6) análise e publicação de dados.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO p. 04
2 OBJETIVOS p. 07
3 HIPÓTESES (EXPECTATIVAS) p. 08
4 METODOLOGIA p. 08
4.1 População a ser estudada p. 08
4.2 Local de realização da pesquisa p. 08
4.3 Garantias éticas aos participantes p. 08
4.4 Método p. 11
4.5 Equipe de execução da pesquisa p. 15
5 CRONOGRAMA p. 19
6 REFERÊNCIAS p. 20
7 ANEXOS p. 21
Termo de Sigilo e Confidencialidade p. 21
Termo de consentimento livre e esclarecido p. 22
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1 INTRODUÇÃO

Conhecer a dança produzida no Rio Grande do Sul - onde está localizada


geograficamente, quem são seus atores, qual o perfil artístico e econômico é uma
demanda antiga do setor. Do ponto de vista institucional, a necessidade deste
mapeamento é verbalizada pela primeira vez em alguns documentos oficiais a partir
da metade desta década. Em 1o de julho de 2014 é publicado no Diário Oficial do
RS, a Portaria SEDAC no 29, que institui o Plano Setorial de Dança, com o objetivo
de “Fortalecer a função do estado na institucionalização das políticas culturais;
intensificar o planejamento de programas e ações voltadas ao campo cultural;
consolidar a execução de políticas públicas para a cultura” (Diário Oficial, 2014, p.
100). Alguns itens dessa Portaria são explícitos em relação à necessidade da
realização de um mapeamento da dança no RS, que aqui destacamos:

Item1.4.1 Consolidar a implementação de mapeamento e diagnóstico da dança no


Estado.

Item 2.2 Realização de mapeamento e diagnóstico da dança em sua diversidade no


Rio Grande do Sul

Item 2.2.1 Realizar mapeamento na área da dança, identificando estatisticamente os


diversos elos da cadeia produtiva, de forma ampla e transparente

Item 2.2.4 Criar uma rede digital com parceria colaborativa entre órgãos
representativos da dança no Rio Grande do Sul e do poder público, bem como os
municípios, com o objetivo de difundir mapeamento e informações gerais,
valorizando a diversidade da dança no Rio Grande do Sul.

Nessa mesma direção, o Plano Estadual de Cultura (Lei no 14.778 de 4 de


dezembro de 2015, publicada no DOE no 232, de 07 de dezembro de 2015), deixa
implícito a necessidade da realização de mapeamento, visto que consta como item
1.6 das ações: “Constituir redes de equipamentos, tendo por base o mapeamento e
registro das instituições de cada área cultural, públicas e privadas, com o objetivo de
fomentar suas atividades em planos anuais” (p. 4).

Esses Planos são efeito de uma trajetória de organização e "debate nos


segmentos culturais e artísticos, sobre a necessidade de políticas públicas
específicas para cada área"(p. 12), que considerem a cadeia produtiva de cada
setor em toda sua diversidade.

Desde a publicação desses Planos, passaram-se cinco anos sem que o


mapeamento, necessário para a realização do Plano, fosse executado. Ao mesmo
tempo, percebemos, ao longo desses anos, o distanciamento do poder público de
seu compromisso com a democratização da criação e do acesso à arte e com a
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estruturação dos setores artísticos da economia criativa.

Com a necessidade das medidas de isolamento social, aplicadas no Brasil


desde março deste ano, identificou-se um acirramento na vulnerabilidade do setor.
Isso é possível identificar em pesquisas tais quais a desenvolvida pelo Observatório
da Economia Criativa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CANEDO,
2020).

No Rio Grande do Sul, instituições ligadas ao setor iniciaram articulações e


mobilizações visando criar estratégias para diminuir o impacto da crise nas vidas
dos/as trabalhadores/as da dança. Porém, essas ações são freadas e têm alcance
reduzido pela falta de conhecimento sobre o setor, sobre seus agentes, o papel que
exercem na cadeia produtiva, onde estão localizados, qual a abrangência de suas
atividades, etc. Neste sentido, esta pesquisa vem ao encontro dos anseios do setor,
já externalizados em documentos oficiais e, ao mesmo tempo, vem ajudar a
encontrar alternativas para sanar as dificuldades pelas quais a dança tem passado
nos últimos anos, que se agravaram com a crise sanitária da pandemia da Covid-19.
Assim, o diagnóstico aqui proposto também busca elencar e listar os problemas em
ordem de importância.

A análise é complexa, pois tem como objetivo assegurar a visibilidade da


diversidade de poéticas, agentes, ações, modos de organização do setor. Além
disso, necessita considerar o impacto simbólico da dança nas vidas das pessoas.
Segundo Cunha (2020, p. 14), "uma das principais dificuldades em dimensionar o
impacto econômico das artes cênicas é considerar sua dupla natureza enquanto,
por um lado, uma atividade econômica, e, por outro, uma forma de expressão
cultural".

Dimensionar o valor simbólico não é tarefa simples. Soma-se a isso o fato de


que o próprio valor econômico das artes cênicas é difícil de avaliar, conforme
analisa o Núcleo de Estudos em Economia Criativa e da Cultura da UFRGS: "Isso
ocorre não apenas devido à intersecção setorial de algumas atividades (que são
parte da cadeia produtiva de diversos setores culturais), mas também em função do
elevado índice de informalidade do setor" (CUNHA, 2020, p. 14).

Acredita-se, então, que, com esta pesquisa, com metodologia inspirada no


recenseamento de população, será possível compreender como a dança está
organizada no Estado.

Ademais, ao mapear a dança no Rio Grande do Sul, a pesquisa poderá


também verificar, por exemplo, a inclusão ou não desta linguagem na educação
básica nos diversos municípios do Estado. A lei no 13.278, de 2 de maio de 2016,
torna obrigatória a inclusão, no componente curricular de Arte dos cursos da
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educação básica, o ensino de dança, além do teatro, música e artes visuais.

Dentro da perspectiva econômica, a inclusão das artes cênicas no currículo


se relaciona com a ideia de que "uma sociedade criativa estará mais apta a pensar
novas e melhores maneiras de desenvolver processos e produtos. Em outras
palavras, em um modelo econômico social no qual a criatividade e a inovação estão
no centro do desenvolvimento, pode-se inferir que empresas que lançam produtos,
processos ou modelos de negócios disruptivos refletem, em parte, o valor
econômico de atividades criativas como as artes cênicas" (CUNHA, 2020, p. 15).

Entretanto, não é somente a perspectiva econômica que justifica a presença


da dança no ensino básico. As perspectivas da educação e da arte atentam para a
contribuição do campo de conhecimento da dança para várias áreas, inclusive para
formação de pessoas, como ressalta o Projeto Pedagógico do Curso de Dança -
Licenciatura da UFPEL:

Entendendo a educação como a aprendizagem da cultura (na busca e


apropriação de sentidos para a vida, para a existência humana,
compartilhada e construída em conjunto pelos seres humanos), Porpino
(2006) evidencia que a Dança contribui para o desenvolvimento de um
corpo mais consciente e atuante na práxis e, assim, se apresenta como
possibilidade de criação e reinvenção dessa mesma cultura (2020, p. 21).

O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro que abriga o maior número de


cursos de graduação em dança. O desenvolvimento desse campo, no estado, foi
muito significativo na última década (CORRÊA; NASCIMENTO, 2013). Assim, os
dados desta pesquisa podem contribuir com os projetos desses cursos de dança,
com dados sobre o mercado de trabalho no qual seus egressos serão inseridos.
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2 OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Realizar um levantamento de dados para análise da cadeia produtiva da Dança no


Rio Grande do Sul buscando traçar um perfil do setor.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Identificar os agentes da cadeia produtiva da dança no RS, individuais e coletivos;

2. Traçar um perfil do panorama socioeconômico e geográfico do setor Dança no


RS;

3. Disponibilizar dados e indicadores para orientar o poder público na


implementação de políticas públicas nas áreas da cultura e educação, que visem a
ampliação e qualificação das práticas de dança no RS, assim como de medidas
emergenciais para atender a vulnerabilidade do setor;

4. Disponibilizar um cadastro on-line que contribua com: a comunicação das


organizações de classe com a sociedade civil do setor em todo o território do RS
para sistematizar necessidades específicas do setor e regiões; comunicação entre
os sujeitos da pesquisa para criação de estratégias individuais e coletivas para
qualificação e ampliação de suas atividades e do campo de trabalho.

5. Disponibilizar os dados para estudos de pesquisadores da dança, da cultura e da


economia criativa;

6. Elaborar a coleta e o banco de dados de modo que permita o desenvolvimento do


mapeamento e a migração para outras plataformas de tratamento de dados,
assegurando os protocolos e termos éticos entre a pesquisa, seus agentes e
sujeitos;

7. Mobilizar o setor da Dança em todo o estado, formando uma rede cooperativa e


solidária de troca de informações e doação espontânea de saberes e habilidades
individuais e institucionais;

8. Apresentar o mapeamento da dança (questionário e metodologia) como projeto-


piloto para outras áreas da cultura que possam vir a se beneficiar com o
mapeamento de seus setores no futuro.
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3 HIPÓTESES (EXPECTATIVAS)

Trabalha-se com a hipótese de que a pesquisa é uma possibilidade de


mensurar a cadeia produtiva da dança, para mostrar que é grande e complexa e
que tem participação importante na economia e, assim, poder exigir uma fatia maior
dos recursos públicos.
O grupo de pesquisa concebe que o mapeamento pode servir de subsídios
para planejamentos de ações, políticas, tomadas de de decisões tanto do ponto de
vista do Estado quanto dos municípios.

4 METODOLOGIA

A presente pesquisa se caracteriza como um levantamento de dados para


um mapeamento da dança, com metodologia inspirada no recenseamento de
população. A pesquisa busca identificar quem são e onde estão os/as agentes da
cadeia produtiva da dança no Rio Grande do Sul, bem como conhecer suas
características.

4.1 População a ser estudada

A população alvo da pesquisa são os/as agentes da cadeia produtiva da


dança no Rio Grande do Sul, tendo dois critérios para adesão à pesquisa: pelo
menos dois anos de atuação na área e idade mínima de 18 anos. A identificação
como sujeito da pesquisa é realizada por autodeclaração do/da respondente.
Para que toda a população-alvo seja alcançada será utilizado como
instrumento de pesquisa um formulário eletrônico, capaz de ser enviado por e-mail
ou redes sociais. Considera-se que este momento, de respeito às medidas de
isolamento social, é propício para abordar as pessoas por via de redes sociais.
Conforme Peruffo et al (2020, p. 19), os agentes do setor de artes cênicas
(no qual se inclui a dança) é composta de: autores, artistas, produtoras, designers,
equipe técnica, agentes, promotores, distribuidores, casas de espetáculo,
preservação. Entendemos, porém, que é necessário incluir na cadeia produtiva da
dança, os professores e professoras de dança, tanto na rede formal de ensino como
na informal.

4.2 Local de realização da pesquisa

A pesquisa pretende atingir todos os municípios do Rio Grande do Sul.

4.3 Garantias éticas aos participantes

As informações obtidas por meio dessa pesquisa são confidenciais e será


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assegurado o sigilo sobre a participação dos respondentes. Seus nomes serão


omitidos da análise e divulgação dos dados, portanto, será minimizado ao máximo o
risco de sua identificação.
O acesso e a análise dos dados coletados se farão apenas pelos/as
pesquisadores/as que tenham assinado o Termo de Sigilo e Confidencialidade (em
anexo) relativo aos dados desta pesquisa. O banco de dados ficará sob guarda e
responsabilidade desses/as pesquisadores/as e estarão armazenados na
plataforma Google, com senha de acesso restrito a esse grupo de pesquisadores
(nesta pesquisa denominado de Comitê de Análise), que manterá os dados
guardados por dez anos e após, providenciará a destruição.
As futuras consultas de pesquisadores e/ou pessoas da comunidade a essa
base de dados ocorrerá através do Comitê de Análise que observará o cuidado em
preservar o sigilo da identidade dos respondentes.
O Comitê de Análise é compostos por representantes das cinco
universidades participantes, nas pessoas de Luciana Paludo, Neila Baldi, Kátia
Salib, Sabrina Marques Manske, Magda Bellini, Carmen Anita Hoffmann, Maria
Falkembach. Também é composto por representantes das seguintes instituições:
ASGADAN, na pessoa de Samanta Bueno; SATED RS, nas pessoas de Carini
Pereira da Silva, Luciano Fernandes; Centro de Dança do Município de Porto
Alegre, na pessoa de Ilza do Canto; Colegiado Estadual de Dança RS, nas pessoas
de Luciana Ibarra Sperb e Sandra Goulart dos Santos, todos com Termo de Sigilo e
Confidencialidade (TSC) anexados a esse projeto. O Comitê de Análise será o único
grupo com acesso aos dados brutos e sua função é extrair dados tratados,
preservando o sigilo dos respondentes, e fornecer às solicitações de dados por
pesquisadores e comunidade em geral. O Comitê de Análise terá sua nominata e
contatos de endereço eletrônico publicamente divulgados no sítio eletrônico do
Mapeamento da Dança no RS. Para solicitar acesso aos dados tratados, além
daqueles já divulgados, pode-se enviar o pedido para o endereço eletrônico de
qualquer membro do Comitê de Análise. Haverá um protocolo a ser seguido,
composto de registro de solicitação de dados em planilha única, e assinatura de
responsabilidade pelo solicitante. Assim, será possível também avaliar quantas
vezes e/ou quais dados são mais consultados.
O respondente, para acessar o questionário eletrônico terá que confirmar seu
aceite, marcando na alternativa "concordo em participar da pesquisa" do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (em anexo).
Esse mesmo termo também traz a alternativa do respondente autorizar, ou
não, a publicação de oito dados específicos para a criação de um cadastro público
dos(as) trabalhadores(as) da dança no RS: 1) endereço de e-mail; 2) nome artístico
(questão 2); 3) cidade onde mora (questão 10); 4) segmentos da dança que trabalha
(questão 27); 5) setor em que trabalha (questão 32); 6) atuação profissional
(questão 35); 7) nome da escola e/ou espaço cultura, se o respondente se identifica
como gestor dessa (questão 36); 8) nome do grupo e/ou coletivo, se o respondente
se identifica como gestor desse (questão 42).
Sem a autorização, mediante a escolha pela alternativa "Sim, eu autorizo a
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divulgação dos dados citados acima", os dados não serão divulgados. Consta no
Termo de Sigilo e Confidencialidade desta pesquisa, assinado por todos(as)
pesquisadores(as), o comprometimento em não divulgar esses dados, a não ser
quando expressamente autorizado.
Importante ressaltar que a criação desse cadastro tem como objetivo a
ampliação da comunicação dos agentes da dança entre si, que se constitui como
um dos benefício da pesquisa para seus respondentes, pois a facilitação da
comunicação contribui com o fomento de ações coletivas, circulação, mostras,
festivais, residências artísticas, para citar algumas possibilidades de projetos.
Assim que o respondente finalizar o questionário e enviá-lo, receberá uma
mensagem em seu correio eletrônico, contendo: o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido com seu aceite em participar da pesquisa; sua escolha por autorizar, ou
não, a publicação dos oito dados acima referidos; uma cópia do questionário com
suas respostas.
Os benefícios da pesquisa para o respondente relacionam-se com o
conhecimento sobre os agentes da cadeia produtiva da dança no Rio Grande do Sul
e seu papel na economia criativa do estado. A partir das informações coletadas no
Mapeamento será possível visualizar um panorama artístico, socioeconômico e
geográfico da dança no estado, possibilitando a orientação de implementação de
políticas públicas, assim como de medidas emergenciais para enfrentamento da
vulnerabilidade do setor. Os dados servirão ainda para fortalecer as relações e a
comunicação entre os diversos agentes e segmentos da Dança no RS. Além disso,
o Mapeamento beneficia diretamente os sujeitos da pesquisa, pois a compreensão
sobre necessidades específicas do setor e regiões os contribuirão com a criação de
estratégias individuais e coletivas dos próprios agentes pesquisados.
Também entendemos que a pessoa, profissional da dança, ao responder ao
questionário do mapeamento refletirá sobre seu papel como agente do setor, como
parte da cadeia produtiva. Acreditamos que há um processo de conscientização da
pessoa, ao se compreender como parte de um segmento de trabalho da sociedade
e de um campo de construção de conhecimento, o que produz fortalecimento do seu
papel como trabalhador/a do setor. Esse movimento gera sensação de
pertencimento a um grupo e isso pode produzir força de ação e ânimo de trabalho
ao indivíduo.
Os riscos de participação da pesquisa, relacionados ao constrangimento do
participante em responder algumas questões ou despender seu tempo para tal, são
mínimos. Há ainda a possibilidade, ainda que remota, de quebra de
confidencialidade em relação aos dados. Entretanto, esse risco também é pequeno,
posto que os pesquisadores assinarão um Termo de Sigilo e Confidencialidade
(TSC).
A participação na pesquisa é voluntária, não gerando nenhum tipo de
pagamento, bem como não haverá nenhum tipo de despesa para participar desta. O
respondente terá plena liberdade para se recusar a participar, retirar o seu
consentimento ou interromper a sua participação. Ainda poderá contatar a
coordenação da pesquisa a qualquer momento que julgar necessário, para qualquer
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esclarecimento, através do e-mail maria.falkembach@ufpel.edu.br.

4.4 Método

A proposta de execução do Mapeamento da Dança no RS foi apresentada


pela professora Maria Falkembach, da UFPEL, em reunião do Colegiado Setorial da
Dança do RS, para a qual foram convocados representantes: das demais
Universidades do Estado que abrigam cursos de graduação em dança (UCS,
UERGS, UFRGS e UFSM); de instituições e coletivos de articulação de
trabalhadores/as do setor (ASGADAN, SATED RS, Articula Dança RS, Associação
de Circo RS, ATAC, Fórum de Ação Permanente pela Cultura e Fórum Permanente
de Cultura de Pelotas); das entidades representativas do setor junto ao governo
(Colegiado Setorial de Dança RS, Colegiado Setorial de Circo RS e Conselho
Estadual de Cultura RS), de órgãos governamentais (Centro Municipal de Dança-
SMC-Prefeitura Municipal de Porto Alegre, SEDAC RS e SEPLAG RS); da
associação dos Municípios (FAMURS). Todas as instâncias convocadas
compareceram, mostrando a importância e interesse na pesquisa.
Com a concordância de todos os presentes sobre a elaboração e execução
do projeto, a ideia foi lançada no Dia Internacional da Dança, como uma ação a ser
realizada pelo grupo de trabalho composto por todas as instituições.
Assim, o projeto de pesquisa Mapeamento da Dança no RS vem sendo
construído de forma plural e democrática, com a participação da comunidade
(profissionais da dança). Seguindo esse pressuposto, a metodologia foi sendo
desenvolvida ao longo das reuniões do grupo de trabalho, articulando estudos sobre
levantamento de dados em mapeamentos de dança anteriores (MATOS;
NUSBAUMER, 2016) e a experiência e conhecimento dos participantes. O grupo
vem se reunindo, desde o dia 08 de maio, uma ou duas vezes por semana, por
videoconferência. Organizou-se o Grupo de Trabalho em cinco comitês e uma
coordenação geral. Assim, além dos encontros de todo o coletivo, ocorreram (e
ocorrem) reuniões em separado, entre os componentes de cada comitê, em função
das tarefas que se estabeleceu para serem cumpridas.
Os objetivos da pesquisa também foram definidos a partir de discussão sobre
o caráter do Mapeamento e as formas de participação da sociedade civil. São o
resultado da discussão do coletivo, com diversidade de opiniões, oriundas de
diversas posições de atuação na cadeia produtiva da dança e de diferentes
perspectivas sobre a dança.
Orientados pelos objetivos do Mapeamento, definidos no coletivo, cada
equipe se organizou e foi se autodelineando, criando seus métodos e chegando nas
seguintes características:
- Comitê Plataforma: Dedicado ao estudo sobre possíveis plataformas para a
coleta e análise dos dados para apresentar uma proposta de ferramenta
digital;
- Comitê Questionário: Responsável por pesquisa e desenvolvimento das
questões que irão compor o questionário do mapeamento;
- Comitê Articulação: Atua na criação da rede de divulgação do mapeamento,
para que o questionário alcance todos os municípios do RS e a grande
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maioria dos/as trabalhadores/as da dança, em todos os segmentos do setor;


- Comitê Divulgação: Dedicado à criação de conteúdo e material de divulgação
do mapeamento e ao contato com a imprensa;
- Comitê Análise: Responsável pela guarda e sigilo do banco de dados.
Dedicado à análise e divulgação dos dados.
- Coordenação Geral: Se preocupa com a conexão entre as ações simultâneas
do grupo e com a comunicação entre os comitês. Responsável por
sistematizar os encaminhamentos ao longo do processo e identificar a
execução dos prazos acordados pelo grupo.

Cada comitê vem formulando e executando tarefas, levando em conta as


seguintes etapas do projeto: 1) estudo de mapeamentos e pesquisas na área da
economia criativa; 2) estudo sobre plataformas de coleta e análise de dados; 3)
elaboração do questionário para o mapeamento; 4) criação de rede de difusão do
mapeamento; 5) coleta de dados; 6) análise de dados; 7) divulgação das análises.

COMITÊ PLATAFORMA (Ilza do Canto; Maria Falkembach; Luciano Fernandes;


Fernanda Boff)
Alguns motivos convergiram para a utilização de formulário eletrônico online
como instrumento para a coleta dos dados. O principal deles é a possibilidade de
amplo alcance do questionário, em momento específico em que as pessoas se
encontram em isolamento social e intensificaram suas relações por via de redes
sociais digitais. O instrumento, que poderá ser acessado por via de um link de
internet, pode ser distribuído por email ou diversas redes sociais.
Além disso, outros motivos que corroboram para a utilização do formulário
eletrônico são: a padronização das perguntas e da transcrição dessas; a facilidade
do público alvo com preenchimento de formulários eletrônicos, a gratuidade do
instrumento e a falta de verba para a pesquisa; serem inapropriadas abordagens
presenciais neste momento devido as medidas de isolamento social.
Definido o uso de formulário eletrônico, iniciaram os estudos de plataformas
digitais utilizadas em mapeamentos já realizados por pesquisas anteriores. Após
análise de vantagens e desvantagens sobre a utilização de duas plataformas
(GoogleForm e LimeSurvey), o Grupo de Trabalho optou pela utilização do
instrumento Formulário Google (Google Forms). Uma das vantagens consideradas
na utilização desse aplicativo foi o conhecimento prévio sobre ele e a facilidade de
utilização, bem como de difusão, devido a necessidade de acelerar o processo de
organização da pesquisa. Também se levou em conta a etapa de análise dos
dados, pois se utilizássemos a plataforma LimeSurvey o acesso aos dados brutos
ficaria restrito à coordenadora da pesquisa, vinculado à sua senha de acesso ao
sistema de dados da UFPEL. Porém, a escolha da metodologia da pesquisa, de
caráter coletivo, é de que esses dados sejam de responsabilidade do grupo de
pesquisadores que compõe o Comitê de Análise.

COMITÊ QUESTIONÁRIO (Consuelo Vallandro Barbo; Luciana Paludo; Marlise


Machado; Carolina Portela; Maria Falkembach; Neila Baldi; Tarson Nuñez, Tom
Nunes)
Duas ações simultâneas deram início à elaboração do questionário: 1) estudo
de questionários existentes, criados em outros mapeamentos de dança realizados
no país; 2) elaboração da primeira versão dos objetivos da pesquisa.
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O instrumento foi construído buscando abranger toda a cadeia produtiva da


dança, os diferentes percursos de formação na área, todos os gêneros e tipos de
dança, incluindo também informações sobre escolas de dança, espaços culturais,
grupos e coletivos de dança. Foi concebido em seis seções: 1) Apresentação e
termo de consentimento; 2) dados de identificação; 3) situação da pandemia; 4)
perfil profissional; 5) Escolas e Espaços Culturais; 6) Grupo e/ou Coletivo.
As seções 5 e 6 são indicadas apenas para os respondentes que se
declaram gestores de "escolas e espaços culturais" e/ou "grupo e/ou coletivo".
Assim, o questionário é formado por 46 questões no total, sendo que o indivíduo
que não se declarar gestor, terá no máximo 35 questões para responder.
Cada item do questionário foi definido após discussão sobre a pertinência
desses dados na análise e caracterização da cadeia produtiva da dança e na
realização de futuras pesquisas (considerando os objetivos definidos) e dados
necessários para desenvolvimento de políticas públicas.
Levando em conta o número grande de respondentes e o fato de que a
equipe da pesquisa tem conhecimento suficiente sobre as possíveis respostas a
cada uma das perguntas, optou-se pela elaboração de um questionário com o
máximo de perguntas fechadas (GÜNTHER, 2003; LAKATOS; MARCONI, 2003).
O questionário é formado por:
- dezesseis perguntas de escolha simples (escolher uma opção);
- três perguntas com escolha simples, com a opção de marcar "Outro" e escrever a
resposta;
- três perguntas de múltipla escolha (na qual o respondente pode escolher mais de
uma opção);
- cinco perguntas de múltipla escolha, incluindo a opção de marcar "Outro" e
escrever a resposta;
- dezenove questões de preenchimento simples (nome, data, expressão ou
número).
São apenas oito as questões que apresentam a possibilidade da opção
"Outro", quando existe a possibilidade de que o respondente não se sinta
contemplado com nenhuma das alternativas disponíveis.
Para a definição do modo de apresentação de cada questão, foi necessário a
escolha (a partir de pesquisa e reflexão) sobre os termos adequados a serem
utilizados em cada questão: que fossem facilmente compreendidos pelos
respondentes e coerentes com as nominações e/ou categorias do campo de estudo
da dança. Também foi necessário levar em conta as possibilidades da ferramenta
(por exemplo, o número de caracteres do texto nas opções das respostas
fechadas).

COMITÊ ARTICULAÇÃO (Samanta Bueno, Carolina Portela, Sabrina Marques


Manske, Cristina Nora Calcagnotto, Paulo Guimarães, Thuani Ceroni Silveira, Clóvis
Rocha, Renata Lampert Caggiani, Carini Pereira da Silva)
Como a localização da população a ser mapeada não é previamente
conhecida, desenvolveu-se a estratégia de criar uma rede de difusão do
questionário para que chegue nas pessoas a quem se destina. Conforme a
Pesquisa de Informações Básicas Municipais (IBGE, 2014), a dança está presente
em 68,5% dos municípios brasileiros, o que significa ser a linguagem artística mais
presente nos municípios. O Rio Grande do Sul é composto de 497 municípios, então
estima-se que em cerca de 340 deles há presença de profissionais da dança.
14

Para estruturar o mapeamento, optou-se por seguir a divisão do Estado em


27 regiões, realizada pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande
do Sul (FAMURS). Cada uma das regiões é composta por um grupo de municípios
que constitui uma Associação, que reúne os gestores públicos dos municípios,
incluindo os gestores culturais.
Embora tendo acesso aos contatos disponibilizados pela FAMURS, entidade
que também compõem o GT Mapeamento, o Comitê Articulação foi imbuído de
construir uma metodologia para criar a rede de difusão. A rede está sendo formada
pelos integrantes do Comitê, que vêm identificando e recrutando profissionais da
dança com residência em municípios de 27 regiões do Estado.
A rede tem a característica de ser composta por colaboradores/as que fazem
parte da população que é pesquisada. Entende-se que assim será possível atingir a
população e, ao mesmo tempo, produzir credibilidade na pesquisa. Isso é possível
porque se acredita que é interesse dos próprios trabalhadores da dança a
realização desse mapeamento
A rede é composta de três níveis de funções: parabólicas; antenas; sub
antenas.
As pessoas parabólicas são as integrantes do Comitê. Cada uma tem
responsabilidade por criar a rede e supervisionar a coleta de dados de 3 ou 4
regiões do Estado. O trabalho inicia por identificar trabalhadores/as da dança
nessas regiões, recrutar antenas e orientá-las sobre como proceder e como recrutar
as sub antenas.
As antenas são escolhidas pelos seguintes critérios: abrangência de
diferentes regiões do Estado e de diferentes gêneros de dança; interesse em
contribuir com o trabalho; disponibilidade, incluindo acesso aos meios eletrônicos e
internet; capacidade de articulação e recrutamento de outros colaboradores (as sub-
antenas).
Tanto as antenas como as sub-antenas passarão por um treinamento sobre
os objetivos e método da pesquisa para que tenham capacidade de instruir a
população da dança sobre a importância e benefícios do mapeamento e desfazer
dúvidas. Também serão orientadas a seguir estratégias de busca dos profissionais
da dança, contribuindo para a estruturação da rede de difusão.
Além da rede de contatos por regiões geográficas, formadas pelas antenas,
há a preocupação de complementação da base de contatos a partir de diferentes
gêneros de dança, para garantir que a pesquisa atinja a diversidade da população
que compõe a cadeia produtiva da dança. Assim, algumas parcerias também estão
sendo realizadas com: organizadores de festivais, a associação nacional dos
instrutores de danças gaúchas, Organização Internacional de Folclore e Artes
Populares (IOV), Conselho Internacional de Festivais Folclóricos e de Arte (CIOFF),
entre outros.
Nesse caso, a pesquisa também se utiliza da metodologia conhecida como
bola de neve (snowball sampling). De acordo com Vinuto (2014, p. 201) “a
amostragem em bola de neve pode ser útil para pesquisar grupos difíceis de serem
acessados ou estudados, bem como quando não há precisão sobre sua
quantidade”. Sua aplicação é construída a partir da identificação de documentos e
informações relevantes denominados “sementes, a fim de localizar algumas
pessoas com o perfil necessário para a pesquisa, dentro da população geral”
(VINUTO, 2014, p. 203, grifo da autora).
Assim, por meio de indicações dos próprios profissionais da dança (de uma
sequência progressiva de indicações), pretendemos alcançar o maior número de
15

espaços e profissionais da área da dança.

COMITÊ DIVULGAÇÃO (Ilza do Canto, Luciana Ibarra Sperb, Diego Machado,


Cláudia Dutra)
Trabalha em conjunto com o Comitê Articulação para que a pesquisa tenha
êxito no alcance da população investigada.
O Comitê Divulgação utiliza-se do conhecimento de seus integrantes a partir
de suas experiências em assessoria de imprensa e em divulgação de obras
artísticas. Assim, a pesquisa utiliza-se do background da produção artística em
dança, do próprio modo de operar do setor, para estruturar a sua metodologia.
Será tarefa desse grupo desenvolver os instrumentos e estratégias de
divulgação: criação do site eletrônico do mapeamento; criação de texto de
apresentação da pesquisa; criação de logotipo e definição de imagens para
divulgação; criação de release e elaboração de conteúdo para disponibilizar para a
rede de articulação; assessoria de imprensa.

COMITÊ ANÁLISE (Luciana Paludo, Neila Baldi, Kátia Salib, Sabrina Marques
Manske, Magda Bellini, Carmen Anita Hoffmann, Maria Falkembach, Samanta
Bueno, Ilza do Canto, Carini Pereira da Silva, Luciana Ibarra Sperb, Sandra Goulart
dos Santos)
Na etapa de Coleta dos Dados, o Comitê Análise, trabalhará como suporte ao
Comitê Articulação, informando às parabólicas o quantitativo de agentes atingidos
até aquele momento em cada região ou gênero de dança. Para tanto, realizará
análise semanal da eficácia da coleta dos dados e alcance nas diferentes regiões. A
partir dessa análise, o Comitê Articulação poderá avaliar a eficiência das estratégias
e ação da rede e reelaboração de estratégias, caso necessário, de modo garantir a
diversidade e abrangência da população-alvo.
Também é função deste Comitê a identificação dos respondentes que
autorizaram a publicação dos oito dados especificados no termo de consentimento,
bem como a criação do cadastro da dos agentes da cadeia produtiva da dança no
RS.

4.5 Equipe de execução da pesquisa

O GT do Mapeamento conta com a participação de trinta e duas pessoas. A


função de cada uma delas está indicada nos comitês dos quais participam.
Estão inscritos/as Plataforma Brasil os/as pesquisadores/as que compõem o
Comitê de Análise e aqueles/as que são vinculados à academia.
Abaixo, apresentamos a tabela com todos/as os/as integrantes do Grupo de
Trabalho do Mapeamento e as instituições que representam. Como os/as
pesquisadores/as assumem mais de uma função, portanto, integram mais de um
Comitê, assinalamos em verde os nomes que se repetem para que não sejam
computados mais de uma vez.

PESQUISADOR/A INSTITUIÇÃO
Coordenação Maria Fonseca Falkembach UFPel
16

PESQUISADOR/A INSTITUIÇÃO
Comitê Análise Neila Baldi UFSM
Kátia Salib UERGS
Luciana Paludo UFRGS
Magda Bellini UCS
Sabrina Marques Manske UCS
Carmen Anita Hoffmann UFPel
Maria Fonseca Falkembach UFPel
Samanta Bueno ASGADAN
Ilza do Canto Centro Municipal de Dança-SMC-
PMPA
Luciana Ibarra Sperb Colegiado Setorial de Dança RS
Sandra Goulart dos Santos Colegiado Setorial de Dança RS
Carini Pereira da Silva SATED RS

PESQUISADOR/A INSTITUIÇÃO
Comitê Plataforma Ilza do Canto Centro Municipal de Dança-SMC-
PMPA
Maria Fonseca Falkembach UFPel
Luciano Fernandes SATED RS / Colegiado Setorial de
Circo RS
Fernanda Boff Colegiado Setorial de Dança RS

PESQUISADOR/A INSTITUIÇÃO
Comitê Questionário Consuelo Vallandro Barbo Associação de Circo RS
Luciana Paludo UFSM
Marlise Machado Conselho Estadual de Cultura RS
Carolina Portela Fórum Permanente de Cultura de
Pelotas
Maria Fonseca Falkembach UFPel
Neila Baldi UFSM
Tarson Nuñez SEPLAG RS
Tom Nunes Colegiado Setorial de Dança RS

PESQUISADOR/A INSTITUIÇÃO
Comitê Articulação Samanta Bueno ASGADAN
Carolina Portela Fórum Permanente de Cultura de
Pelotas
Sabrina Marques Manske UCS
17

Cristina Nora Calcagnotto UCS


Paulo Guimarães Articula Dança RS
Thuani Ceroni Silveira Articula Dança RS
Clóvis Rocha Colegiado Setorial de Dança RS
Renata Lampert Caggiani Articula Dança RS
Carini Pereira da Silva SATED RS / ATAC

PESQUISADOR/A INSTITUIÇÃO
Comitê Divulgação Ilza do Canto Centro Municipal de Dança-SMC-
PMPA
Luciana Ibarra Sperb Colegiado Setorial de Dança RS /
Fórum de Ação Permanente pela
Cultura
Diego Machado Colegiado Setorial de Dança RS
Cláudia Dutra Articula Dança RS

PESQUISADOR/A INSTITUIÇÃO
Participantes do GT Airton Tomazzoni Centro Municipal de Dança-SMC-
PMPA
Ana Fagundes SEDAC RS
Daniele Torres SEDAC RS
Marcio Pizarro Noronha UFRGS
Sílvia da Silva Lopes UERGS
Vinícius Brito FAMURS

PESQUISADOR/A INSTITUIÇÃO
Discentes de iniciação Bruno Blois Nunes UFPel
científica
Claudilene Castro de Lima UFPel
Helena Acosta Dias UFPel
Janete Rodrigues da Silva UFPel
Paloma Alves Goveia UFPel

Conforme a tabela acima, além das pessoas listadas como integrantes dos
comitês, o GT também conta com a participação de Airton Tomazzoni, Ana
Fagundes, Danielle Torres, Marcio Pizarro Noronha, Sílvia da Silva Lopes e Vinícius
Brito, os quais participam das reuniões coletivas.
Ainda integram a pesquisa, no papel de alunos de iniciação científica,
discentes do curso de Dança - Licenciatura da UFPEL: Bruno Blois Nunes,
Claudilene Castro de Lima, Helena Acosta Dias, Janete Rodrigues da Silva, Paloma
18

Alves Goveia.

4.6 Política de divulgação e acesso aos resultados

O mapeamento será realizado com a aplicação de um único questionário,


porém os dados serão organizados para análise e divulgação de três formas:

1) Modalidade Pesquisa de Dados: divulgação de análise dos dados em artigos e


comunicações da pesquisa, garantindo o anonimato dos respondentes;
2) Modalidade Divulgação de Dados Tratados: fornecimento de dados através do
Comitê de Análise, preservando a identificação dos respondentes;
3) Modalidade Cadastro Público: divulgação pública de oito dados específicos,
mediante a autorização expressa do respondente. Esses dados serão divulgados
em um cadastro público, no site da pesquisa, que tem como objetivo ampliar o
contato dos agentes da dança entre si.
Apenas terá acesso à senha do endereço eletrônico que abrigará o formulário
eletrônico da plataforma GoogleForm e, portanto, o banco de dados, os/as
pesquisadores/as que compõem o Comitê Análise, os quais assinaram o Termo de
Sigilo e Confidencialidade da pesquisa. Nesse documento, os/as pesquisadores/as
se comprometem: 1) a não utilizar as informações confidenciais em benefício
próprio ou para uso de terceiros; 2) a não efetuar nenhuma gravação ou cópia da
documentação confidencial a que tiver acesso; 3) a não apropriar-se de material
confidencial e/ou sigiloso que venha a ser disponível; 4) a não apropriar-se de
material confidencial e/ou sigiloso que venha a ser disponível; 5) a não publicar, em
cadastro público, a não ser que expressamente autorizado pelo participante no
preenchimento do questionário, os oito dados específicos, a partir dos quais o
cadastro será criado.
19

5 CRONOGRAMA E ORÇAMENTO

Período Ação

julho 2020 - apresentação do projeto ao


comitê de ética
- finalização da rede de difusão do
mapeamento

última semana de julho 2020 - lançamento do mapeamento


- lançamento do site da pesquisa

agosto e setembro 2020 - coleta dos dados


- elaboração do cadastro

outubro 2020 - divulgação do cadastro dos


trabalhadore/as da dança
- divulgação de dados
quantitativos sobre a presença
de agentes da dança nas
diferentes regiões do estado

novembro 2020 a novembro de 2021 - análises dos dados

agosto de 2020 a maio de 2021 - publicação das análises


20

6 REFERÊNCIAS

CANEDO, Daniele (Coord.) Impactos da Covid-19 na economia criativa: boletim


resultados preliminares. Edição 4 - 22/05/2020. Observatório da Economia Criativa.
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Disponível em:
https://ufrb.edu.br/proext/economiacriativa-covid19. Acesso em: 07 jul. 2020.

CORRÊA, Josiane Franken; NASCIMENTO, Flávia Marchi. Ensino de dança no Rio


Grande do Sul: um breve panorama. Conceição, Campinas, v.2, n.2, p. 53-68,
2013. Disponível em: https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/ppgac/article/
view/154/162. Acesso em: 07 jul. 2020.

CUNHA, André Moreira; PERUFFO, Luiza; CAUZZI, Camila; MÖLLER, Gustavo


(Org.). Artes Cênicas: estudos setoriais. Porto Alegre: UFRGS, 2020.

GÜNTHER, Hartmut. Como elaborar um questionário. Brasília: UNB, 2003.


(Planejamento de Pesquisa nas Ciências Sociais, n. 1).

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de


Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MATOS, Lúcia; NUSSBAUMER, Gisele (Coord.). Mapeamento da dança:


diagnóstico da dança em oito capitais de cinco regiões do Brasil. Salvador: UFBA,
2016.

PERUFFO, Luiza; COUTO, Larissa; BATISTELLA, Patrícia; ALONSO, Luana.


Evolução, Características e Marco Regulatório. In: CUNHA, André Moreira;
PERUFFO, Luiza; CAUZZI, Camila; MÖLLER, Gustavo (Org.). Artes Cênicas:
estudos setoriais. Porto Alegre: UFRGS, 2020. p. 12-60.

RIO GRANDE DO SUL. Portaria SEDAC n o 29 de 1o de julho de 2014. Publica o


Plano Setorial de Dança do Rio Grande do Sul. Diário Oficial do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, p. 100, 03 jul. 2014. Disponível em: https://ieacen.wordpress.com/
colegiados/danca/plano-setorial-de-danca/. Acesso em: 07 maio 2020.

RIO GRANDE DO SUL. Lei no 14.778 de 4 de dezembro de 2015. Institui o Plano


Estadual de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul. Diário Oficial do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre, v.73, n.232, 07 dez. 2015. Disponível em:
https://cultura.rs.gov.br/upload/arquivos/carga20191058/31165846-lei-do-plano-
estadual-de-cultura.pdf. Acesso em: 07 maio 2020.

VINUTO, Juliana. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um


debate em aberto. Temáticas, Campinas, v.22, n.44, p.203-20, ago./dez. 2014. doi:
10.20396/temáticas.v22i44.10977.
21

7 ANEXOS

Termo de Confidencialidade e Sigilo

Eu, ………. com CPF número ……., (servidora da ……...), assino este Termo em
relação ao banco de dados do Mapeamento da Dança no RS.

Por este termo de confidencialidade e sigilo comprometo-me:

1. A não utilizar as informações confidenciais a que tiver acesso, para gerar


benefício próprio exclusivo e/ou unilateral, presente ou futuro, ou para uso de
terceiros;
2. A não efetuar nenhuma gravação ou cópia da documentação confidencial a que
tiver acesso;
3. A não apropriar-me de material confidencial e/ou sigiloso que venha a ser
disponível;
4. A não repassar o conhecimento das informações confidenciais,
responsabilizando-me por todas as pessoas que vierem a ter acesso às
informações, por meu intermédio, bem como qualquer dano e/ou prejuízo oriundo de
uma eventual quebra de sigilo das informações fornecidas.
5. A não publicar, em cadastro público, a não ser que expressamente autorizado
pelo participante no preenchimento do questionário, os oito dados específicos, a
partir dos quais o cadastro será criado:1) endereço de e-mail; 2) nome artístico
(questão 2); 3) cidade onde mora (questão 10); 4) segmentos da dança que trabalha
(questão 27); 5) setor em que trabalha (questão 32); 6) atuação profissional
(questão 35); 7) nome da escola e/ou espaço cultura, se o respondente se identifica
como gestor dessa (questão 36); 8) nome do grupo e/ou coletivo, se o respondente
se identifica como gestor desse (questão 42).

Pelo não cumprimento do presente Termo de Confidencialidade e Sigilo, fica o


abaixo assinado, ciente de todas as sanções judiciais que poderão advir.

Data

Assinatura
Nome completo
22

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Mapeamento da Dança no RS

Número do CAAE:(inserir após aprovação pelo CEP)

Você, agente da cadeia produtiva da dança, está sendo convidado a participar da


pesquisa Mapeamento da Dança no RS. Este documento, chamado Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, visa assegurar seus direitos como participante da
pesquisa.
O Mapeamento da Dança no RS vem sendo construído sob responsabilidade da
Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), com colaboração de dezoito instituições
representativas do setor da dança no Rio Grande do Sul. Essa pesquisa é uma demanda da
comunidade da dança do Estado e foi indicada como necessidade no Plano Setorial de
Dança, de 2014 e no Plano Estadual de de Cultura, de 2015.
O estudo tem a finalidade de realizar um levantamento de dados para análise da
cadeia produtiva da Dança no Rio Grande do Sul, buscando traçar um perfil do setor no
estado.
Sua participação na pesquisa consistirá em responder este questionário eletrônico, o
qual irá demandar sua atenção por cerca de 20 minutos.
As informações obtidas por meio dessa pesquisa são confidenciais e asseguramos o
sigilo sobre sua participação. Seu nome será omitido da análise e divulgação dos dados,
portanto, não há risco de sua identificação. O acesso e a análise dos dados coletados se
farão apenas pela coordenação e por pesquisadores que tenham assinado o Termo de
Sigilo e Confidencialidade relativo aos dados dessa pesquisa. O banco de dados ficará sob
guarda e responsabilidade desse grupo de pesquisadores, que manterá guardado por dez
anos e após, providenciará a destruição.
Você pode escolher autorizar ou não autorizar a publicação de oito dados
específicos para a criação de um cadastro público dos(as) trabalhadores(as) da dança no
RS: 1) endereço de e-mail; 2) nome artístico (questão 2); 3) cidade onde mora (questão 10);
4) segmentos da dança que trabalha (questão 27); 5) setor em que trabalha (questão 32); 6)
atuação profissional (questão 35); 7) nome da escola e/ou espaço cultura, se o respondente
se identifica como gestor dessa (questão 36); 8) nome do grupo e/ou coletivo, se o
respondente se identifica como gestor desse (questão 42). Sem sua autorização esses
dados não serão divulgados. Consta no Termo de Sigilo e Confidencialidade (TSC) desta
pesquisa, assinado por todos(as) pesquisadores(as) o comprometimento em não divulgar
esses dados, a não ser quando expressamente autorizado.
Os riscos de participação da pesquisa estão relacionados ao seu constrangimento
em responder algumas questões ou despender seu tempo para tal. Esses riscos são
mínimos, pois sua participação é voluntária e a qualquer momento você poderá interromper
sua participação. Também há a possibilidade, ainda que remota, de quebra de
confidencialidade em relação aos dados. Entretanto, esse risco também é mínimo, sendo o
TSC a garantia de que os pesquisadores se responsabilizam pela guarda e sigilo dos dados
brutos.
Os benefícios da pesquisa relacionam-se com o conhecimento sobre os agentes da
cadeia produtiva da dança no Rio Grande do Sul e seu papel na economia criativa do
estado. A partir das informações coletadas no Mapeamento será possível visualizar um
panorama artístico, socioeconômico e geográfico da dança no estado, possibilitando a
orientação de implementação de políticas públicas, assim como de medidas emergenciais
23

para enfrentamento da vulnerabilidade do setor. Os dados servirão ainda para fortalecer as


relações e a comunicação entre os diversos agentes e segmentos da Dança no RS. Além
disso, o Mapeamento beneficia diretamente os sujeitos da pesquisa, pois a compreensão
sobre necessidades específicas do setor e regiões os contribuirão com a criação de
estratégias individuais e coletivas dos próprios agentes pesquisados.
A sua participação na pesquisa é voluntária, não gerando nenhum tipo de
pagamento, bem como não haverá nenhum tipo de despesa para participar desta. Você terá
plena liberdade para se recusar a participar, retirar o seu consentimento ou interromper a
sua participação.
Você poderá contatar a coordenação da pesquisa a qualquer momento que julgar
necessário, para qualquer esclarecimento, através do e-mail
maria.falkembach@ufpel.edu.br.

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Após ter recebido esclarecimentos sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos,


métodos, benefícios previstos, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar,
assinale se você concorda ou discorda em participar da pesquisa. A continuação do
preenchimento do questionário necessita de sua concordância. Caso queira continuar o
preenchimento, solicitamos que marque o campo “concordo em participar da pesquisa”.
Caso contrário, agradecemos pelo seu interesse e esperamos contar com sua participação
em outro momento.

a) concordo em participar da pesquisa.


b) não concordo em participar da pesquisa.

Após compreender que será realizado um cadastro público com oito dados do
questionário: 1) endereço de e-mail; 2) nome artístico (questão 2); 3) cidade onde mora
(questão 10); 4) segmentos da dança que trabalha (questão 27); 5) setor em que trabalha
(questão 32); 6) atuação profissional (questão 35); 7) nome da escola e/ou espaço cultura,
se o respondente se identifica como gestor dessa (questão 36); 8) nome do grupo e/ou
coletivo, se o respondente se identifica como gestor desse (questão 42). Assinale abaixo se
você autoriza que esses dados sejam divulgados. Caso você não autorize, sua vontade
será respeitada. Se após o preenchimento do questionário você desejar alterar sua opção,
poderá fazê-lo. OBS. Ressaltamos que a continuação do preenchimento do questionário
não necessita que você autorize a divulgação dos dados citados acima.

a) Sim, eu autorizo a divulgação dos dados citados acima


b) Não autorizo a divulgação dos dados citados acima

Agradecemos enormemente a sua colaboração para construir o Mapa da Dança no Rio


Grande do Sul!

Maria Fonseca Falkembach


aqui, representando o Grupo de Trabalho do Mapeamento
Coordenadora do Mapeamento da Dança no RS
Professora do Curso de Dança – Licenciatura – UFPel
24

ENTIDADES PARTICIPANTES:

ASGADAN/ Articula Dança RS/ Associação de Circo RS/ ATAC/ Centro Municipal de
Dança-SMC-PMPA/ Colegiado Setorial de Circo RS/ Colegiado Setorial de Dança RS/
Conselho Estadual de Cultura RS/ FAMURS/ Fórum de Ação Permanente pela Cultura/
Fórum Permanente de Cultura de Pelotas/ SATED RS/ SEDAC RS/ SEPLAG RS/UCS/
UERGS/ UFPEL/ UFRGS/ UFSM.

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