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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

DEPARTAMENTO DE LIMNOLOGIA E OCEANOGRAFIA – DEOLI


DISCENTE: ESTERPHANE TEIXEIRA PIRES
DOCENTE: LARISSA NASCIMENTO
ECOLOGIA GERAL

RESUMO DOS CAPÍTULOS 1, 2 E 3 DO LIVRO ECOLOGIA DOS INDIVÍDUOS A


ECOSSISTEMAS – BEGON

INTRODUÇÃO

A palavra “ecologia” foi usada pela primeira vez em 1869 por Ernest Haeckel, onde se
pôde definir a mesma como uma interação entre organismos e o ambiente. Ecologia é
uma palavra que deriva do grego, onde “oikos” significa casa e “logos” significa estudo.
Logo depois, Krebs em 1972 definiu a ecologia como o estudo científico das interações
determinando a distribuição e abundância dos organismos, sem incluir o ambiente. O
ambiente então consiste em um conjunto de influências que são exercidas sobre o
organismo, seja física ou química.
O estudo da ecologia é de extrema importância, pois os resultados de seus estudos
fornecem dados que revelam se os animais e os ecossistemas estão em perfeita
harmonia. Numa época em que o desmatamento e a extinção de várias espécies estão
em andamento, o trabalho dos ecologistas é de extrema importância. Através das
informações geradas pelos estudos da Ecologia, o homem consegue planejar ações que
evitem a destruição da natureza, possibilitando um futuro melhor para a humanidade.

CAPÍTULO 1

A teoria da evolução de Darwin se baseia em várias proposições, ou seja, os indivíduos


pertencentes a uma população de espécies não são idênticos e parte dessa variação é
hereditária e todas as populações possuem um potencial de povoar a terra, e elas o
fariam se cada indivíduo sobrevivesse e produzisse seu número máximo de
descendentes, ancestrais distintos que deixariam então números diferentes de
descendentes e esse número dependeria, não inteiramente, mas de uma maneira
decisiva, nas interações entre características do indivíduo e o seu ambiente.
A eficácia biológica (fitness) é uma expressão relativa, e não absoluta. Em que os
indivíduos mais aptos em uma população são aqueles que deixam um número elevado de
descendentes relativamente ao número de descendentes que são deixados por outros
indivíduos na população.
O ecótipo foi inicialmente empregado em populações vegetais, descrevendo as diferenças
geneticamente determinadas pelas populações de uma espécie que refletem nos ajustes
entre organismos e seus ambientes. A evolução força as características de populações a
divergirem umas das outras somente se existir suficiente variabilidade hereditária sobre a
qual a seleção pode atuar e se as forças que favorecem a divergência forem fortes o
bastante para se oporem ao cruzamento e a hibridação de indivíduos de diferentes locais.
As populações não iram divergir de maneira completa se seus membros se mantiverem
em um contato contínuo e misturarem seus genes.
Os organismos móveis possuem uma ampla margem de controle sobre o ambiente que
vivem, podendo ter a liberdade de sair de um ambiente letal ou desfavorável e procurar
outro melhor, diferente dos sésseis. A mobilidade desses organismos favorece o ajuste de
seus ambientes a si próprios, já os organismos imóveis acabam por se ajustar ao seu
ambiente.
Quando as adaptações locais de determinado indivíduo são pronunciadas, a reintrodução
ruim. A observação de plantas em seus habitats e a verificação de diferenças entre elas
não nos mostraram se houve alguma adaptação local no sentido evolutivo, essas
diferenças podem resultar em respostas rápidas a ambientes contrastantes,
desenvolvidas por plantas que são essencialmente as mesmas. Em uma escala mais
específica com o ecótipo é possível encontrar níveis de variações dentro das populações,
e essas variações são denominadas de polimorfismo.
O polimorfismo genético é uma ocorrência simultânea no mesmo habitat de duas ou mais
formas descontínua de determinada espécie, de uma forma que a mais rara não pode
continuar meramente por mutação recorrente ou imigração. Essa variação nem sempre
representa ajustes entre organismos e ambiente, parte dela pode apresentar um falso
desajuste, se as condições mudam em determinado habitat. Esse tipo de polimorfismo é
denominado de transitórios.
Existem dois tipos de especiação ecológica, a alopátrica e a simpátrica. Em dois tipos
existem diferenças ocorrendo entre populações de uma mesma espécie, formando duas
espécies novas. Na alopátrica as populações são separadas por uma barreira geográfica,
já na simpátrica não existe essa separação geográfica. A especiação ecológica ortodoxa
proporciona um reencontro de duas espécies incapazes de se reproduzir e gerar uma
prole fértil.
Em estruturas análogas, funções semelhantes desempenham estruturas com origem
diversificadas, já nas estruturas homólogas essas estruturas são derivadas de uma
equivalente, por meio de um ancestral comum. Um exemplo da evolução paralela é a
radiação presente entre mamíferos placentários e marsupiais.
As plantas crescem pelo desenvolvimento dos novos ramos, e por meio das gemas que
se encontram nas extremidades de caules e nas axilas das folhas. No interior das gemas
as células merismáticas são a parte mais sensível do caule inteiro. Raunkiaer botânico e
ecólogo dinamarquês sustentou que as formas que as gemas são protegidas em
diferentes plantas são indicadores de riscos que estão no ambiente, podendo ser usado
para definir várias formas de vegetais.
No caso das fanerófitas que possuem gemas em partes altas, as camélias formam
especies de almofadas para que as gemas cresçam em acima do nível do solo, as
hemicriptófitas tem gemas protegidas no solo, as criptófitas e geófitas possuem gemas
em órgãos dormentes e enterrados e as terófitas são dependentes de sementes
dormentes para se manter através das estações frias e secas.

CAPÍTULO 2

O nicho ecológico possui várias dimensões, como a temperatura, umidade, insolação,


salinidade, disponibilidade de alimento e ph. A partir desse conceito surgiu o termo
hipervolume n - dimensional que significa o espaço que é ocupado por uma espécie
considerando um certo número de fatores em que se analisa em um nicho.
Quando a relação entre crescimento e desenvolvimento é linear, as temperaturas sofridas
por algum organismo podem conter o mesmo valor, que é o número de graus - dias.
Outras características validas para a maioria das espécies é que com o aumento da
temperatura ocasiona a redução do tamanho corporal e em temperaturas bem altas o
tamanho corporal no final do desenvolvimento fica menor, conceito conhecido como a
regra da temperatura – tamanho.
Ventos e marés são perigos constantes na vida de vários organismos, a estrutura e
comportamento dos organismos mostram a frequência e intensidade dos perigos
decorrentes da história evolutiva de cada espécie. Um exemplo são as árvores, que
resistem grandes tempestades sem cair ou perder seus grandes ramos vivos, outros
organismos marinhos, como cracas, lapas e algas se fixam em rochas resistindo as forças
das marés e ondas que passam diariamente. É possível observar uma escala de forças
causadoras de danos intensos que ocorrem ocasionalmente, mais com uma frequência
significativa para contribuir com as forças da seleção natural, ao contrário das condições
denominadas de perigos e desastres, existem ocorrências naturais que causam danos
bem maiores apesar de serem raras a ponto de não deixar um efeito seletivo sobre a
evolução das espécies, eventos como estes são denominados de catástrofes.
A acidificação dos lagos por muitas vezes fica registrada na sucessão das espécies de
diatomáceas acumuladas nos sedimentos. A diversidade de diatomáceas reflete a flora
presente em diferente épocas no passado e como a tolerância das diatomáceas em ph é
conhecida é possível saber o ph de um lago no passado a partir delas.

CAPÍTULO 3

Os animais que consomem recursos são divididos em generalistas e especialistas, onde


os generalistas consomem uma grande variedade de espécies presas, enquanto os
especialistas consomem partes das suas presas, mesmo explorando muitas espécies que
são comuns entre os herbívoros. Existem outros tipos de especialistas que podem se
alimentar de apenas uma faixa pequena de espécies relacionadas ou até mesmo de uma
só espécie.
Espécies que possuem uma vida longa, no caso dos generalistas possuem capacidade de
se adaptar apenas com um tipo de recurso alimentar em toda sua vida. O consumidor tem
um tempo de vida curto, elevando a probabilidade de especiação, um dos custos dessa
especiação é que o consumidor gasta muito mais tempo na procura de um ou poucos
recursos.
Em relação a teoria da aparência as plantas efêmeras que possuem uma vida curta são
protegidas de consumidores pelo seu caráter imprevisível do se aparecimento no espaço
e tempo. Então, elas necessitam investir em compostos para reduzirem a sua
digestibilidade, que apesar de onerosos, acabam dando uma proteção bem melhor e mais
longa. As plantas não aparentes são protegidas por compostos tóxicos, já as plantas
aparentes por compostos que realizam a diminuição de sua digestibilidade.
As defesas constitutivas se fazem presente nos órgãos das plantas, pois elas necessitam
de defesa, como sementes, partes reprodutivas e as defesas induzidas ativas em
respostas a ataques anteriores e presentes mais em órgãos com uma importância menor,
no caso da reprodução, como folhas e talos.
Dois recursos são considerados longos quando um não pode substituir o outro, dessa
maneira o crescimento que pode ser proporcionado pelo recurso 1 fica dependente da
quantidade disponível do recuso 2 e vice- versa. Portanto os dois recursos são
considerados substituíveis. Esses recursos substituíveis são definidos como
complementares, ou seja, quando uma determinada espécie precisa de uma quantidade
menor dos dois recursos consumidos juntos do que quando consumidos separadamente.
Nos antagônicos e espécie precisa de uma quantidade proporcionalmente maior de
recursos, quando estão juntos, invés de separados. Os inibidores são importantes
recursos, mas que se tornam prejudiciais quando são consumidos de forma exagerada.

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