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Sistemas Digitais 1

IMT 17 de Dezembro

Programa da Cadeira
Esta cadeira tem seis capítulos, dois para cada trimestre para a 11ª classe.

Iº Trimestre

✓ Capítulo 1. Sistemas de numeração e códigos binários.


✓ Capítulo 2. Álgebra de Boole.

IIº Trimestre

✓ Capítulo 3. Métodos tabelares de simplificação de funções.


✓ Capítulo 4. Implementação de funções Booleanas.

IIº Trimestre

✓ Capítulo 5. Circuitos combinacionais.


✓ Capítulo 6. Circuitos sequências.

Distribuição temática por capítulos.

Para a 12ª e 13ª classe teremos:

Iº Trimestre

✓ Capítulo 1. Sinais analógicos e digitais


✓ Capítulo 2. Conversores analógico-digital (AD) e digital-analógico (DA)
✓ Capítulo 3. Memórias

IIº Trimestre

✓ Capítulo 4. Microcontroladores (Programação)

IIIº Trimestre

✓ Projecto Tecnológico

Elaborado por: SCSA Eng.º Francisco Costa


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Capítulo 1. Sistemas de numeração e códigos binários.

1.1 Introdução
1.2 Sistema binário
1.3 Sistema octal e hexadecimal
1.4 Conversão entre o sistema binário e os sistemas decimal, octal e hexadecimal
1.5 Conversão entre os sistemas de numeração
1.6 Códigos binários

Capítulo 2. Álgebra de Boole.

2.1 Álgebra de Boole

2.2 Representação de variáveis

2.3 Operações e propriedades básicas

2.4 As principais leis e teoremas da Álgebra de Boole

2.5 Formas canónicas de uma função booleana

2.6 Obtenção de uma função lógica a partir de sua tabela de verdade

2.7 Simplificação de funções

2.8 Exercícios.

Capítulo 3. Métodos tabelares de simplificação de funções.

3.1 Métodos tabelares de simplificação

3.2 Mapas de Karnaugh

3.3 Representação de equações booleanas por mapas de Karnaugh

3.4 Simplificação de equações com mapas de Karnaugh

3.5 Exercícios.

Capítulo 4. Implementação de funções Booleanas.

4.1 Operadores lógicos

4.2 Características comerciais de uma porta lógica

4.3 Famílias lógicas

4.4 Implementação de funções lógicas

4.5 Diagramas temporais de circuitos lógicos

4.6 Desenho e circuitos digitais

4.7 Exercícios.

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Capítulo 5. Circuitos combinacionais.

5.1 Classificação dos circuitos integrados digitais

5.2 Definição e circuito digital combinacional

5.3 Classificação dos circuitos combinacionais MSI

5.4 Coder e Decoder

5.5 Mux e Demux

5.6 Exercícios.

Capítulo 6. Circuitos sequências.

6.1 Introdução

6.2 Biestáveis

6.3 Contadores

6.4 Registradores de deslocamento.

6.5 Exercícios.

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Capítulo 1. Sistemas de numeração e códigos binários.

1.1 Introdução

Existem várias formas de representação de grandezas quantitativas, a que designam-se por


Sistemas de Numeração.

Cada sistema tem uma base, que define o número de símbolos distintos usados para
representar as suas quantidades. Os sistemas que utilizamos no nosso dia-a-dia são o Sistema
Decimal, de base 10 porque se empregam dez símbolos na sua representação (0 a 9).

Neste sistema, um número pode decompor-se em potências de base 10.

Ex.1 756 = 700 + 50 + 6 = 7 10 + 5 10 + 6 1


2 1

È fácil ver que o número N10 = abcd pode decompor-se em:

N10 = a  103 + b  102 + c  101 + d  100 (1)

Se o número tem parte fraccionária teremos:

N10 = ab, cd = a  101 + b  100 + c  10−1 + d  10−2 + ... (2)

Ex.2 756,25 = 700 + 50 + 6 = 7 102 + 5 101 + 6 1 + 2 10−1 + 5 10−2

Para distinguir a base em que uma quantidade esta representada, a direita desta coloca-se um
índice que indica a sua base.

Ex.3 a) 72410 é um número expresso no sistema decimal ou base 10

b) 1012 é um número expresso no sistema binário ou base 2

c) 3568 é um número expresso no sistema octal ou base 8

d) 4AF16 é um número expresso no sistema hexadecimal ou base 16

1.2 Sistema binário

Designa-se por Sistema binário ou sistema de numeração de base 2 ao sistema de numeração


em que utiliza-se somente dois símbolos (0 e 1). Cada digito binário designa-se por bit.

Neste sistema de numeração os pesos são 1,2,4,8,16,... que são potências de


2 0 ,21 ,2 2 ,23 ,2 4 ,... . Os pesos fraccionários são 1 , 1 , 1 ... que correspondem a
2 4 8
2 −1 ,2 −2 ,2 −3... .

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A tabela 1.1 mostra a relação entre o código binário e decimal.

Código Binário
Código Decimal 16 8 4 2 1
0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 1
2 0 0 0 1 0
3 0 0 0 1 1
4 0 0 1 0 0
5 0 0 1 0 1
6 0 0 1 1 0
7 0 0 1 1 1
8 0 1 0 0 0
9 0 1 0 0 1
10 0 1 0 1 0
11 0 1 0 1 1
12 0 1 1 0 0
13 0 1 1 0 1
14 0 1 1 1 0
15 0 1 1 1 1
16 1 0 0 0 0
17 1 0 0 0 1
18 1 0 0 1 0
19 1 0 0 1 1
2 4 2 3 2 2 21 2 0
Potências de base 2

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1.3 Sistema octal e hexadecimal

Estes dois sistemas são muito práticos no tratamento da informação digital, na qual é costume
utilizarem-se números de oito ou de dezasseis elementos binários.

O sistema octal, ou de base 8, tem oito dígitos:0,1,2,3,4,5,6,7.

O sistema hexadecimal, ou de base 16, utiliza como símbolos os dez dígitos decimais e as
primeiras letras do alfabeto: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,A,B,C,D,E,F.

A tabela 1.2 ilustra a relação entre os códigos decimal, binário octal e hexadecimal.

Sistema Sistema Sistema Sistema


Decimal Binário Octal Hexadecimal
0 0 0 0
1 01 1 1
2 10 2 2
3 11 3 3
4 100 4 4
5 101 5 5
6 110 6 6
7 111 7 7
8 1000 10 8
9 1001 11 9
10 1010 12 A
11 1011 13 B
12 1100 14 C
13 1101 15 D
14 1110 16 E
15 1111 17 F
16 10000 20 10
17 10001 21 11
18 10010 22 12
19 10011 23 13
20 10100 24 14

1.4 Conversão entre o sistema binário e os sistemas decimal, octal e hexadecimal

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Para converter um número inteiro de base binária em base decimal recorre-se ao polinómio
equivalente e consideramos este no modo decimal.

Ex4. a) 10111,0112 = 1  2 4 + 0  23 + 1  2 2 + 1  21 + 1  2 0 + 0  2 −1 + 1  2 −2 + 1  2 −3

10111,0112 = 16 + 0 + 4 + 2 + 1 + 0 + 0,25 + 0,125 = 23,37510

10111,0112 = 23,37510

Para passar um número inteiro da base 10 para a base 2, divide-se o número decimal por 2, o
quociente torna a dividir por 2, e assim sucessivamente; os restos e último quociente
constituem o número no sistema binário visto da direita para a esquerda.

Ex5. 32710 = X 2

32710 = 1010001112

Se o número decimal tiver parte fraccionária, a parte inteira converte-se como anteriormente
e a parte fraccionária multiplica-se por 2; a parte inteira deste produto é o bit mais
significativo da parte fraccionária do número. Se parte fraccionária for novamente multiplicada
por 2, a nova parte inteira será o segundo bit mais significativo visto da esquerda para a direita
e assim sucessivamente.

Ex6. 327,62510 = Y2

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32710 = 101000111,1012

1.5 Conversão entre os sistemas de numeração

Para passar um número do sistema binário para o octal divide-se o número binário num grupo
de três bits (contados sempre do bit menos significativo ao mais significativo) e a sua soma
ponderada dá o número no sistema octal.

Ex.7 a) 111102

0112 = 310 = 38

1102 = 610 = 68 011 = 368


110
3 6

Cada número octal corresponde a um binário de 3 bits 8 = 2


3

Para passar um número do sistema binário para o hexadecimal divide-se o número binário
num grupo de quatro dígitos (contados sempre do menos significativo ao mais significativo) e a
soma ponderada destes dígitos formarão o número no sistema hexadecimal.

Ex.8 a) 1101100111112

11112 = 1510 = F16 10012 = 910 = 916 11012 = 1310 = D16


D 9 F

110110011111= D9F16

1101100111112 = D9 F16

Cada número hexadecimal corresponde a um binário de quatro bits 16 = 2


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Para passar um número do sistema octal ao decimal recorre-se ao polinómio equivalente ao


sistema octal.

Ex.9 a) 20,448 = X 10

Solução: 20,448 = 2  81 + 0  80 + 4  8−1 + 4  8−2 = 16,562510

Outro método para esta conversão, consiste em multiplicar o bit mais significativo por 8;ao
produto soma o digito seguinte, e o resultado torna a multiplicar por 8 e soma o digito que se
segue e assim sucessivamente até que o bit menos significativo seja somado. O resultado
obtido é o número no sistema decimal.

Ex.10 a) Considere o número 2368

Solução

2368 = (2  8 + 3)  8 + 6 = 15810

Para converter um número do sistema decimal para o octal, o método é análogo ao descrito
para o sistema binário (dividir por 8).

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1.6 Códigos binários

O sistema binário toma o nome de código Binário natural. Existem sistemas digitais, nos quais,
devidas as suas características peculiares se utilizam outros códigos diferentes do código
binário.

1.6.1 Código de Johnson

Trata-se de um código contínuo e cíclico, a sua capacidade de codificação para um código de n


bits é de 2n quantidades diferentes. Assim o código de Johnson para 5 bits será:

Código Código
Decimal Johnson
0 00000
1 00001
2 00011
3 00111
4 01111
5 11111
6 11110
7 11100
8 11000
9 10000

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1.6.2 Código de Gray

É um código contínuo porque as representações correspondentes a números decimais


consecutivos são adjacentes. Designam-se por combinações binárias adjacentes aquelas que
diferem entre si em apenas um bit. Este código na forma de quatro bits é dado por:

Código Código
Decimal Gray
0 0000
1 0001
2 0011
3 0010
4 0110
5 0111
6 0101
7 0100
8 1100
9 1101
10 1111
11 1110
12 1010
13 1011
14 1001
15 1000

1.6.3 Código de excesso de três

Obtêm-se somando 3 a qualquer das representações do código BDC natural. Exemplo:

Código Código BCD


Decimal Excesso de 3
0 0 0 1 1
1 0 1 0 0
2 0 1 0 1
3 0 1 1 0
4 0 1 1 1
5 1 0 0 0
6 1 0 0 1
7 1 0 1 0
8 1 0 1 1

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1.6.4 Códigos BDC ponderados

Os códigos BDC são pesados, a cada dígito binário é atribuído um peso, e o número decimal
equivalente a uma representação binária obtêm-se somando os pesos das posições iguais a 1.
Alguns desses códigos são:

BCD 8421 BCD Aiken BCD 5421


Código 2 3 2
2 2 2 1 0
2 3 2
2 2 2 1 0

Decimal
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1
2 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0
3 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1
4 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0
5 0 1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 0
6 0 1 1 0 1 1 0 0 1 0 0 1
7 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0
8 1 0 0 0 1 1 1 0 1 0 1 1
9 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0

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1.7 Exercícios

1.7.1 Passar para a base dez os seguintes números


a) 111001112 R/ 111001112 = 23110
b) 001010002 R/ 001010002 = 4010
c) 1101,100112 R/ 1101,100112 = 13,5937510
d) 10111,0011012 R/ 10111,0011012 = 23,20312510

1.7.2 Passar para a base dois os seguintes números


a) 76510 R/ 76510 = 10111111012
b) 43110 R/ 43110 = 1101011112
c) 356,9210 R/ 356,9210 = 101100100,11102
d) 460,1710 R/ 460,1710 = 111001100,0012

1.7.3 Converter de binário para octal


a) 10011010011112 R/ 10011010011112 = 115178
b) 11100010101102 R/ 11100010101102 = 161268
c) 110011,100111012 R/ 110011,100111012 = 63,4728
d) 1010110,1011012 R/ 1010110,1011012 = 126,558

1.7.4 Converter para hexadecimal os seguintes números binários


a) 11110111010 2 R/ 11110111010 2 = 7 BA16
b) 100110101,010111012 R/ 100110101,010111012 = 135,5D16
c) 1011000,11010102 R/ 1011000,11010102 = 58, D 416
d) 1011010101102 R/ 1011010101102 = B5616

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1.7.5 Converter para decimal os seguintes números

a) 67548 R/ 67548 = 356410


b) 75,2538 R/ 75,2538 = 61,33398443810
c) 2368 R/ 2368 = 15810
d) 300668 R/ 300668 = 12432
e) 3AC16 R/ 3 AC16 = 94010
f) 1E16 R/ 1E16 = 3010
g) 420,0116 R/ 420,0116 = 1056,003910

1.7.6 Passar para octal os seguintes números decimais


a) 2402610 R/ 2402610 = 567328
b) 432,2710 R/ 432,2710 = 660,2128

1.7.7 Passar para hexadecimal os seguintes números octal


a) 255,278 R/ 255,278 = AD,5C16
b) 30,0228 R/ 30,0228 = 18,09016
c) 3768 R/ 3768 = FE16
d) 4508 R/ 4508 = 12816

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Capítulo 2. Álgebra de Boole.

2.1 Introdução

A Álgebra de Boole é um tipo de álgebra que baseando-se na teoria dos conjuntos, se aplica a
sistemas matemáticos que só consideram dois elementos possíveis: 0 e 1.

Esta se aplica a análise e desenho de circuitos digitais usando a seguinte convenção:

o Presença de tensão = 1
o Ausência de tensão = 0

2.2 Representação de variáveis

Na Álgebra de Boole as variáveis que aparecem nas equações podem representar-se por letras
maiúsculas ou minúsculas, de preferência as primeiras letras do alfabeto.

2.3 Operações e propriedades básicas

Na Álgebra de Boole, existem apenas três operações fundamentais:

o Soma
o Multiplicação
o Complementação ou inversão

As operações na álgebra de Boole gozam as seguintes propriedades:

o Comutativa: a + b = b + a

ab = ba

o Associativa: a + b + c = a + (b + c )

a  b  c = (a  b)  c

o Distributiva: a  (b + c ) = a  b + a  c

a + (b  c) = (a + b)  (a + c)

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Tabela 2.1. Postulados da soma, produto e complementação

Operação Forma de representação Postulados


0+0 = 0 a+0 = a
0 +1 = 1 a +1 = 1
Soma F = a +b 1+1 = 1 a+a =a
____
a + a =1
00 = 0 a0 = a
0 1 = 1 a 1 = 1
Multiplicação F = ab 1 1 = 1 aa = a
____
a a = 0
___ __
F= a ____ __
Complementação ou ______ 0 =1 a =a
Inversão F = ab ____
1 =0

2.4 As Principais Leis e Teoremas da Álgebra de Boole

A demonstração dos teoremas da álgebra de Boole justifica-se pelo método de Indução


completa. Este método consiste em provar que a relação existente entre os elementos do
teorema se verifica para todos casos possíveis. Para tal empregam-se as chamadas tabelas de
verdade, que é a relação gráfica de todos os casos numa relação e os respectivos resultados.

A primeira lei da álgebra de Boole é a lei da Absorção, definida pela seguinte expressão:

a + a b = a

Sempre que verifica uma lei ou teorema na álgebra de Boole verifica-se também a sua forma
dual, que é a expressão que se obtêm a partir da anterior substituindo as operações de soma
por produto e de produto por soma.

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Tabela 2.2 Principais teoremas e leis booleanas

Nome da lei Forma básica Forma dual

Lei da Absorção a + ab = a a(a + b) = a

Teorema de Morgan ____________________ __ __ __ _____________ __ __ __


a + b + c + ... = a  b  c  ... a  b  c  ... = a + b + c + ...
 __ 
(a + b) a + c  = ac + a b
__ __ __
ab + a c = (a + c ) a + b 
Leis de transposição
   
__ __
 __
 __
  __
 __ __ __
a  b + ab =  a + b  a + b   a + b (a + b ) = a b + a b
    
 
__ __
a+ ab = a+b a a + b  = ab
 
__ __ __ __
a + ab = a + b a (a + b ) = a b
__
ab + ab c = ab + ac (a + b) a + b + c  = (a + b)(a + c )
__

 
__ __

(a + b) a + c (b + c) = (a + b) a + c 


Diversas leis ab + a c + bc = ab + a c
__ __

   
__
ab + a b = a (a + b) a + b  = a
__

 
ab + ac = a(b + c) (a + b)(a + c) = a + bc

2.5 Formas Canónicas de uma Função Booleana

As equações ou expressões Booleanas podem assumir duas estruturas ou formas típicas,


chamadas formas canónicas. Estas podem ser:

• Equação com estrutura em mintermo: esta equação apresenta-se sob a forma de soma
de produtos das diferentes variáveis que intervêm na equação.

__ __ __
Por exemplo: X = a b c + a b c + abc

• Equação com estrutura em maxntermo: apresenta-se sob a forma de produto de


somas das diferentes variáveis que intervêm na equação.

 __  __ __ __
 __

Por exemplo: Y =  a + b + c  a + b + c  a + b + c 
   

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2.6 Obtenção da Equação de uma função lógica a partir da sua tabela de verdade

A tabela de verdade representa a resposta binária de uma função lógica, existem dois métodos
que permitem obter a sua equação na forma canónica. Estes métodos estão expressos na
tabela 2.3.

Tabela 2.3 Métodos para obter uma equação lógica

Tipo de equação Método de obtenção Convenção a aplicar


Obter a soma de produtos
das variáveis cuja 0 Variável negada
Equação em mintermo combinação tornam a função
igual a 1. 1 Variável por negar

Obter a soma de produtos


das variáveis cuja 1 Variável por negar
Equação em maxtermo combinação tornam a função
igual a 0. 0 Variável negada

2.7 Simplificação de funções Booleanas

Existem dois procedimentos básicos para simplificar funções booleanas:

✓ Método de simplificação algébrico: utiliza as leis e teoremas da álgebra de Boole.


✓ Métodos tabelares e gráficos: estudaremos no capítulo 3.

2.8 Exercícios

1. Simplificar as seguintes funções:

 __ 
a) f = (0  a )(b + b)(a  a )(b + 1)(b + b) c  c  R/ f = a
 
__
b) X = a a (b + 1) + b  0 + c + a + c R/ X = a + c
 __
 __ __ __  __ 
c) Y =  a + a ab c + a b c + bc1 + c  R/ Y = b
   
__ __
d) f = ab + a b c + abc + a b R/ f = a
__
 __  __
e) f = a b c + e + d a b c + e R/ f = a b c + e
 
__ __ __ __ __ __
f) f = a b c+ a b c d + a b R/ f = a b
g) X = cd (a + b + c ) R/ X = cd
 __  ________  __

h) X =  a c + c  a + c  bc + a + a  R/ X = 0
   

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__ __ __
 _______  ______
i) X = a + b + c +  abc  R/ X = abc
 

2. Obter a equação simplificada da função definida pela tabela de verdade.

a)

c b a X
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1

b)

c b a X
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1

c)

Elaborado por: SCSA Eng.º Francisco Costa


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Capítulo 3. Métodos tabelares de simplificação de funções.

3.1 Métodos tabelares de simplificação

Existem muitos métodos de simplificação de funções booleanas, embora na prática só dois são
mais utilizados:

✓ Mapas de Karnaugh: utilizam-se para simplificar funções de duas a cinco ou seis


variáveis
✓ Tabelas de Quine-McCluskey: empregam-se na simplificação de funções com mais de
cinco ou seis variáveis.

3.2 Mapas de Karnaugh

O mapa de Karnaugh é um diagrama utilizado para simplificar funções algébricas booleanas


(circuitos lógicos), foi inventado em 1950 por Maurice Karnaugh físico e matemático nos
laboratórios Bell.

Os mapas de Karnaugh são constituídos por quadriculados, cujo número de quadriculados


depende do número de variáveis contidas na função a simplificar. Cada um dos rectângulos
representa uma célula, isto é, uma das diferentes combinações das variáveis que possa existir.
Os mapas de Karnaugh podem ter duas, três ou quatro variáveis como se pode ver abaixo.

Elaborado por: SCSA Eng.º Francisco Costa


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3.3 Representação de equações booleanas por mapas de Karnaugh

Cada célula no mapa pode representar um mintermo ou maxtermo. Quando tivermos uma
função representada em forma de mintermo, coloca-se 1 nas células correspondentes aos
termos da função, no caso contrário coloca-se 0 nas células que representam maxtermo.
Quando se obtêm uma função por mapa de Karnaugh todos os termos devem conter todas as
variáveis que intervêm na equação. As figuras abaixo representam os mapas de Karnaugh em
forma de mintermos e maxtermo.

Elaborado por: SCSA Eng.º Francisco Costa


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3.4 Simplificação de equações com mapas de Karnaugh

O princípio de simplificação por mapas de Karnaugh baseia-se nos teoremas e leis da Álgebra
__
de Boole. A principal lei que justifica a simplificação de Karnaugh é dada por: ab + a b = a .

Para que seja possível o processo de simplificação devemos formar grupos, num grupo na
transição de uma célula para outra a variável que muda de sinal desaparece e a que não muda
permanece e escreve-se como o tipo de equação (mintermo ou maxtermo).

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3.5 Exercícios.

1- Representar num mapa de Karnaugh e simplificar as seguintes funções:


__ __ __ __
a) f = a b + a b+ a b
 __ __  __ 
b) f =  a + b  a + b (a + b)
  
__ __ __ __ __
c) f = abc + a b c + ab c + a b c
 __  __ __
 __ __ __ 
d) f = (a + b + c ) a + b + c  a + b + c  a + b + c 
   
__ __
e) f = ab + ac + a b c fazer o completamento da função
 __
 __

f) f = b a + c  a + b + c  fazer o completamento da função
  
2- Considere o mapa de Karnaugh da figura abaixo e determina a função representada nas
formas de mintermo e maxtermo.

a)

b)

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3- Simplificar as seguintes funções utilizando mapas de Karnaugh.


__ __ __ __ __ __
a) f = abc + a b c + ab c + a b c + a b

 __ __
 __  __
  __ __

b) f =  a + b + c  a + b + c  a + b + c (a + b + c ) a + b + c 
     

4- Empregando mapas de Karnaugh, determinar a equação simplificada correspondente as


seguintes tabelas de verdade

a)

c b a X
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 0

b)

c b a X
0 0 0 1
0 0 1 1
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1

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Capítulo 4. Implementação de funções Booleanas.

4.1 Operadores lógicos

Os operadores lógicos são pequenos circuitos integrados digitais cujo funcionamento obedece
as operações e postulados da álgebra de Boole. Os operadores ou portas lógicas mais
importantes apresentam-se na tabela 4.1.

Estudo das portas lógicas

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4.2 Características comerciais de uma porta lógica

Nos catálogos do fabricante de portas lógicas indicam-se um elevado número de parâmetros e


características para cada porta lógica em circuito integrado, necessário para se poder construir
circuitos práticos. Os mais importantes são:

✓ Níveis lógicos de funcionamento: representam as faixas de valores de tensão


permissíveis para cada um dos estados lógicos.
Nível 1 = Nivel H (high - alto)
Nivel 0 = Nível L (low - baixo)
✓ Características de transferência: é um gráfico que mostra a relação entre a tensão de
entrada e saída de uma porta lógica.
✓ Imunidade ao ruído: define a margem ruído electrónico que uma porta é capaz de
suportar sem produzir alterações no seu funcionamento. Mede-se em volts.
✓ Tempo de propagação: é o tempo que decorre para que a informação seja transferida
da entrada para a saída de uma porta lógica.
✓ Fan-out: é um número inteiro que nos dá a quantidade de portas que se pode ligar a
saída de uma porta lógica da mesma família.

4.3 Famílias lógicas

É conveniente estabelecermos a diferença entre dois termos que podem suscitar confusão:
tecnologia de fabrico e família lógica.

Tecnologia de fabrico: é a forma de se construir um circuito integrado digital sob o ponto de


vista do seu princípio de funcionamento ou de fabrico. Exemplo de diferentes tecnologias é o
emprego do transístor bipolar (TTL) e transístor de efeito de campo (CMOS) ambos no regime
de comutação (corte e saturação).

Família lógica: é o conjunto de circuitos integrados digitais que dentro da mesma tecnologia
empregam diferentes tipos de circuitos básicos na sua estrutura.

4.4 Implementação de funções lógicas

Implementar uma função consiste em criar com portas lógicas o circuito digital que cumpre a
equação dessa função.

Há a necessidade de definir as equivalências entre as portas mais importantes.

4.5 Diagramas temporais de circuitos lógicos

As portas e circuitos lógicos, geralmente, recebem sinais digitais que variam no tempo.
Diagrama temporal não é mais do que a representação gráfica em função do tempo dos sinais
de entrada e saída de um circuito digital.

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4.6 Desenho e circuitos digitais

Para desenhar um circuito digital devemos cumprir uma serie de condições de funcionamento:

Obter a tabela de verdade que representa função lógica


Deduzir a equação da função a partir da tabela de verdade
Simplificar a equação da função obtida a partir da tabela de verdade
Implementar o circuito com portas lógicas tendo em conta os seguintes aspectos:
✓ Implementar com o menor número de portas lógicas
✓ Implementar com um único tipo de portas
✓ Implementar com o menor número de circuitos integrados
✓ Implementar com circuitos mais económicos.

4.7 Exercícios.

1- Desenhar um circuito constituído por três botões pressão, a, b, c e uma lâmpada que
funcione de forma que esta acenda, sempre que se carregue nos três botões simultaneamente
ou em apenas um deles. R/ f = a  b  c

2- Projectar com portas NOR um circuito combinacional com três entradas que detecte quando
se verifica as seguintes condições:

F1 = 1 se o número for  5 em binário

Se se o número for em binário

S se o número for em binário

F2 = 1

Universalidade das portas lógicas

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a) Implementar a porta NAND com portas NOR.

Y = AB = A + B = A + B

b) Implementar a porta NOR com portas NAND.

Y = A + B = A B = A B

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Capítulo 5. Circuitos Combinacionais.

5.1 Classificação dos circuitos integrados digitais

As técnicas de fabricação de circuitos integrados digitais têm evoluído extraordinariamente,


sendo capazes hoje em dia de introduzir numa placa de silício mais de 500000 componentes
por centímetros quadrados.

Os circuitos integrados classificam-se em função a sua densidade de integração, nos seguintes


grupos:

o Circuitos SSI (circuitos de baixa escala de integração): contêm no máximo 10 portas


lógicas ou 100 transístores.
o Circuitos MSI (circuitos de media escala de integração): contêm entre 10 e 100 portas
lógicas ou de 100 a 1000 transístores.
o Circuitos LSI (circuitos de alta escala de integração): contêm entre 100 e 1000 portas
lógicas ou 1000 a 10000 transístores.
o Circuitos VLSI (circuitos de muito alta escala de integração): contêm mais de 1000
portas lógicas ou mais 10000 transístores.

5.2 Definição e circuito digital combinacional

Designam-se por circuitos combinacionais aos circuitos que cumprem a condição de as suas
saídas serem exclusivamente função das suas entradas, sem a intervenção do último valor em
que se encontravam essas saídas.

Os circuitos combinacionais são criados implementando a respectiva equação booleana de


funcionamento com portas lógicas e cumprem múltiplas funções dentro dos circuitos digitais.

5.3 Classificação dos circuitos combinacionais MSI

Os circuitos combinacionais MSI classificam-se segundo a função que desempenham dentro


dos sistemas digitais, nos seguintes grupos:

✓ Circuitos de comunicação

Servem tanto para transmitir informação através de uma linha como para codificar,
descodificar ou alterar a estrutura dessa informação. Os mais importantes são:

o Codificador
o Descodificador
o Multiplexadores
o Demultiplexadores
o Conversor de códigos

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✓ Circuitos aritméticos

São circuitos que realizam uma série de operações aritméticas com os dados binários que
processam. Os principais são:

o Somador
o Subtrador
o Comparador

5.4 Coder e Decoder


n
Codificadores são circuitos combinacionais que possuem 2 entradas e n saídas, cuja
estrutura é tal que, quando se activa uma das entradas por selecção de um nível lógico
determinado (0 ou 1) na saída aparece a representação binária (ou seu complemento) do
número decimal atribuído a essa entrada.

Existem codificadores sem prioridade (normais) e codificadores com prioridade. Os


codificadores sem prioridade são circuitos que não admitem a activação simultânea de mais de
uma entrada, se assim acontecer aparecem códigos errados nas suas saídas. Os codificadores
com prioridade admitem a activação simultânea de várias entradas, aparecerá nas suas saídas
a entrada de maior prioridade (normalmente a entrada de maior valor).

Os codificadores são chips cuja tarefa é transformar números não binários (analógicos) em
binários correspondentes ou seus equivalentes (digital). Estes podem ser 4 ; 8 ;10 ;16 ,
2 3 4 4
etc.

Estudo do coder 74147 e 74148

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n
Descodificadores são circuitos combinacionais que possuem n entradas e 2 saídas.
Basicamente funcionam de modo que, quando aparece uma combinação binária nas suas
entradas apenas uma das suas saídas se activa.

Os descodificadores são chips cuja tarefa é de transformar a informação binária (digital) com
as quais trabalham noutro tipo de informação não binária (analógica) utilizadas noutros
2 ,3 ,4 ,4 ,
dispositivos, por exemplo visualizadores alfanuméricos. Estes podem ser 4 8 10 16
etc.

Os descodificadores mais comuns são os displays de 7 segmentos. Estes visualizadores são


constituídos por sete diodos LEDs geometricamente dispostos nas configurações ânodo
comum ou cátodo comum.

Estudo do decoder 7447 e 7448

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O decoder mais comum é o display de 7 segmentos.

DISPLAY DE 7 SEGMENTOS

Os display de 7 segmentos é a maneira mais fácil de mostrar ao mundo exterior


informações que estejam em circuitos eletrônicos. Estes displays são fornecidos de
duas maneiras: Com cátodo comum e anodo comum.
Na configuração catodo comum todos os catodos de todos os leds que formam o
display são interligados entre si e ligados ao GND. Para ligarmos um led do display
basta aplicarmos uma tensão no resistor que esta ligado ao anodo do led
correspondente.
Na configuração anodo comum todos os anodos de todos os leds que formam o
display são

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interligados entre si e ligados ao +VCC. Para ligarmos um led do display basta


aplicarmos uma tensão em nível baixo no resistor que esta ligado ao catodo do led
correspondente.
A figura abaixo mostra a configuração dos display de 7 segmentos:

O ponto P é o ponto decimal. Em anodo comum deve ficar em nível lógico alto e em
cátodo comum deve ficar em nível lógico baixo. Para interligarmos o mundo digital
com o mundo exterior utilizando os display de 7
segmentos necessitamos de um CI conversor de BCD para decimal neste caso existem
os CIs 7448(catodo comum) e o 7446(anodo comum). Para nosso exemplo utilizaremos
o 7446 juntamente com um display em anodo comum.
O conversor de binário para decimal 7446 segue abaixo:

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O CI 7446 deve ser alimentado com tensão de 5 V no pino 16 (VCC) e 0 V no pino 8


(GND). As entradas binárias são através dos pinos (1,2,6 e 7). No entanto o número
binário deve ser ligado a
partir de D,C,B,A e a ordem dos pinos ficam desta forma (7,1,2 e 6). O pino 3 é o pino
de teste dos leds. Para verificarmos se os leds estão todos funcionando basta
aplicarmos uma tensão em nível baixo neste pino e uma tensão em nível lógico alto no
pino 4 para que todas as saídas vão para baixo, ascendendo todos os leds. Para o
funcionamento normal deste CI devemos colocar os pinos 3, 4 e 5 em nível lógico alto.

5.5 Mux e Demux

5.6 Exercícios.

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Capítulo 6. Circuitos Sequências.

6.1 Flip-Flop RS

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Circuitos Sequências

Entradas Entradas Saída


Assíncrona Síncrona Operação
Pr Clr Clk J K Q
1 0 X X X 1 Preset
0 1 X X X 0 Clear
1 1  0 0 Q Hold
O

1 1  0 1 0 Reset
1 1  1 0 1 Set
1 1  1 1 __
Toggle
Q O

Circuitos Sequências
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1- Flip-Flop RS

2- Flp-Flop JK

3- D Flip-Flop

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4- T Flip-Flop

Capítulo 7. Memórias.

7.1 introdução

Os dispositivos digitais mais simples capazes de guardar informação na forma binária são os
biestáveis ou flip-flops e os registradores de deslocamento.

As memórias são dispositivos capazes de guardar grandes quantidades de informação por


serem constituídos internamente por um determinado número de registos utilizando-se
entradas e saídas comuns para se aceder a todos eles. A informação é guardada nas memórias
em forma de palavras formada, formada normalmente por um, quatro ou oito bits.

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Cada palavra é guardada numa posição que corresponde a um determinado endereço de


memória expresso numericamente no sistema hexadecimal.

7.2 Características

As características mais importantes nas memórias são:

o Tempo de escrita/leitura.
o Velocidade de transferência.
o Densidade da informação.
o Volatilidade.
o Capacidade

7.3 Capacidade de uma memória

Entende-se por capacidade de uma memória como o número de posições e de palavras que
se pode guardar. A capacidade total de uma memória expressa-se em bits, que não é mais do
que o produto do número de posições m pelo número de bits n que preenchem cada
posição:

C = m n

A operação de selecção de uma determinada posição de memória designa-se por


endereçamento. A quantidade de linhas n1 necessárias para endereçar m posições de
memória é tal que verifica a seguinte igualdade:

2 n1 = m
As memórias identificam-se pelo número de posições e pelo número de bits de cada uma
delas. Os dispositivos de grande capacidade medem-se em K' s (kiló), Kbyte , Mbyte ,
Gbyte . Um K equivale a 1024 posições. Um byte corresponde a uma palavra de 8 bits.

A capacidade de uma memória que utiliza n1 variáveis binárias para endereçar todas as

posições expressa em K' s é dada por:

C1 = 2 n1 −1
7.4 Tipos de memórias

As memórias classificam-se pelo modo de acesso, forma de endereçamento e pela tecnologia


de fabrico, como se pode ver na figura xx. Estudaremos as memórias de acesso aleatório, tanto
de leitura como de escrita designadas por: ROM (Read Only Memory) e RAM (Random Access
Memory).

Quanto ao modo de acesso teremos:

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✓ Aleatório: são memórias nas quais qualquer locação (posição) pode ser lida
directamente sem a necessidade de leitura das demais locações. Exemplo ROM e RAM.
✓ Sequencial: uma locação não pode ser lida directamente. Neste caso, varias locações
da memória são acessadas até a informação desejada. Exemplo fitas magnéticas,
registradores de deslocamento. O tempo de leitura de uma informação na memória
sequencial depende da posição de armazenamento.

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Capítulos 8.Sinais analógicos e digitais.

8.1 Introdução

A informação transportada nos modernos sistemas de telecomunicações pode ser


classificada em sinais de áudio, de vídeo e de dados. Esta informação entra no sistema
receptor através de um transdutor, gerando uma diferença de potencial, que é designada por
sinal de informação e pode ser de tipo analógico ou digital.

Um sinal analógico varia no tempo de um modo análogo ao da propriedade física que esteve
na sua origem. Estes sinais são contínuos e podem assumir qualquer valor entre dois limites.
Um exemplo de sinal analógico é a voltagem gerada por um microfone, já que é
proporcional ao gráfico do deslocamento em função do tempo, das moléculas do ar que se
encontra à sua frente.

Um sinal digital não varia continuamente ao longo do tempo, apenas pode assumir dois
valores, digamos 0 ou 1; é essencialmente uma representação codificada da informação
original. Um exemplo de sinal digital é a sequência de altas e baixas voltagens produzida
durante uma chamada telefónica digital.

Dizemos que uma informação é Analógica (Fig. 1-2) quando há uma variação contínua
das suas grandezas (brilho, som, cor, luminosidade, etc.).

Tudo o que vemos, tudo o que ouvimos, tudo o que sentimos são grandezas analógicas.
Um relógio em que o ponteiro dos segundos roda continuamente, podendo tomar qualquer
posição dá uma informação analógica. Da mesma forma, a fotografia, onde as cores e a
luminosidade podem tomar qualquer valor é também uma informação analógica. Na transmissão
analógica, os sinais eléctricos variam continuamente entre todos os valores possíveis, permitidos
pelo meio físico de transmissão.
Um relógio em que o ponteiro dos segundos salta de segundo em segundo, em vez de rodar
continuamente, é um relógio digital porque, ao contrário da informação analógica, a Informação
Digital, varia por níveis bem distintos.

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A lista de “zeros” e “uns” que se indica na Fig. 1-3, é uma Informação Digital em Código
Binário. Nos circuitos electrónicos, estes “zeros e “uns” são representados por níveis de tensão
diferentes e bem definidos.

A pergunta é inevitável, então... porquê digital se tudo ao nosso redor é analógico? Existem
várias e poderosas razões:
PREÇO: com a tecnologia actual, os sistemas digitais, são regra geral, muito mais baratos que
os seus antepassados analógicos. Por exemplo, no mesmo emissor onde antes se emitia um só
programa de TV analógico, podem agora transmitir-se até 10 programas de TV digital, ou seja,
os custos de emissão por programa foram reduzidos em 1/10).

QUALIDADE: o sinal digital é extremamente fiável porque mesmo que se degrade no percurso
da transmissão, é possível incluir códigos de erros e utilizar técnicas que permitem reconstituir o
sinal original. Em termos de gravação, o sinal digital não se degrada por cópias sucessivas ao
contrário do que ocorre com as gravações analógicas.
FUNCIONALIDADE: os sinais digitais permitem a inclusão de uma variada gama de
serviços ou de opções adicionais que seriam difíceis ou mesmo impossíveis de obter com sinais
analógicos (encriptação, multiplexagem, interactividade, pay-per-view, etc.)
MODULARIDADE: possibilidade de construção de grandes sistemas por meio de módulos
independentes, com fácil comunicação entre eles, e com possibilidade de serem controlados e
configurados à distância. É claro que também há desvantagens … mas a tecnologia tem
descoberto novos caminhos para as minorar e disso falaremos mais adiante neste manual.

8.2 agshgshgdjhas

Mapas de Karnaugh

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