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IMT 17 de Dezembro
Programa da Cadeira
Esta cadeira tem seis capítulos, dois para cada trimestre para a 11ª classe.
Iº Trimestre
IIº Trimestre
IIº Trimestre
Iº Trimestre
IIº Trimestre
IIIº Trimestre
✓ Projecto Tecnológico
1.1 Introdução
1.2 Sistema binário
1.3 Sistema octal e hexadecimal
1.4 Conversão entre o sistema binário e os sistemas decimal, octal e hexadecimal
1.5 Conversão entre os sistemas de numeração
1.6 Códigos binários
2.8 Exercícios.
3.5 Exercícios.
4.7 Exercícios.
5.6 Exercícios.
6.1 Introdução
6.2 Biestáveis
6.3 Contadores
6.5 Exercícios.
1.1 Introdução
Cada sistema tem uma base, que define o número de símbolos distintos usados para
representar as suas quantidades. Os sistemas que utilizamos no nosso dia-a-dia são o Sistema
Decimal, de base 10 porque se empregam dez símbolos na sua representação (0 a 9).
Para distinguir a base em que uma quantidade esta representada, a direita desta coloca-se um
índice que indica a sua base.
Código Binário
Código Decimal 16 8 4 2 1
0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 1
2 0 0 0 1 0
3 0 0 0 1 1
4 0 0 1 0 0
5 0 0 1 0 1
6 0 0 1 1 0
7 0 0 1 1 1
8 0 1 0 0 0
9 0 1 0 0 1
10 0 1 0 1 0
11 0 1 0 1 1
12 0 1 1 0 0
13 0 1 1 0 1
14 0 1 1 1 0
15 0 1 1 1 1
16 1 0 0 0 0
17 1 0 0 0 1
18 1 0 0 1 0
19 1 0 0 1 1
2 4 2 3 2 2 21 2 0
Potências de base 2
Estes dois sistemas são muito práticos no tratamento da informação digital, na qual é costume
utilizarem-se números de oito ou de dezasseis elementos binários.
O sistema hexadecimal, ou de base 16, utiliza como símbolos os dez dígitos decimais e as
primeiras letras do alfabeto: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,A,B,C,D,E,F.
A tabela 1.2 ilustra a relação entre os códigos decimal, binário octal e hexadecimal.
Para converter um número inteiro de base binária em base decimal recorre-se ao polinómio
equivalente e consideramos este no modo decimal.
Ex4. a) 10111,0112 = 1 2 4 + 0 23 + 1 2 2 + 1 21 + 1 2 0 + 0 2 −1 + 1 2 −2 + 1 2 −3
10111,0112 = 23,37510
Para passar um número inteiro da base 10 para a base 2, divide-se o número decimal por 2, o
quociente torna a dividir por 2, e assim sucessivamente; os restos e último quociente
constituem o número no sistema binário visto da direita para a esquerda.
Ex5. 32710 = X 2
32710 = 1010001112
Se o número decimal tiver parte fraccionária, a parte inteira converte-se como anteriormente
e a parte fraccionária multiplica-se por 2; a parte inteira deste produto é o bit mais
significativo da parte fraccionária do número. Se parte fraccionária for novamente multiplicada
por 2, a nova parte inteira será o segundo bit mais significativo visto da esquerda para a direita
e assim sucessivamente.
Ex6. 327,62510 = Y2
32710 = 101000111,1012
Para passar um número do sistema binário para o octal divide-se o número binário num grupo
de três bits (contados sempre do bit menos significativo ao mais significativo) e a sua soma
ponderada dá o número no sistema octal.
Ex.7 a) 111102
0112 = 310 = 38
Para passar um número do sistema binário para o hexadecimal divide-se o número binário
num grupo de quatro dígitos (contados sempre do menos significativo ao mais significativo) e a
soma ponderada destes dígitos formarão o número no sistema hexadecimal.
Ex.8 a) 1101100111112
D 9 F
110110011111= D9F16
1101100111112 = D9 F16
Ex.9 a) 20,448 = X 10
Outro método para esta conversão, consiste em multiplicar o bit mais significativo por 8;ao
produto soma o digito seguinte, e o resultado torna a multiplicar por 8 e soma o digito que se
segue e assim sucessivamente até que o bit menos significativo seja somado. O resultado
obtido é o número no sistema decimal.
Solução
Para converter um número do sistema decimal para o octal, o método é análogo ao descrito
para o sistema binário (dividir por 8).
O sistema binário toma o nome de código Binário natural. Existem sistemas digitais, nos quais,
devidas as suas características peculiares se utilizam outros códigos diferentes do código
binário.
Código Código
Decimal Johnson
0 00000
1 00001
2 00011
3 00111
4 01111
5 11111
6 11110
7 11100
8 11000
9 10000
Código Código
Decimal Gray
0 0000
1 0001
2 0011
3 0010
4 0110
5 0111
6 0101
7 0100
8 1100
9 1101
10 1111
11 1110
12 1010
13 1011
14 1001
15 1000
Os códigos BDC são pesados, a cada dígito binário é atribuído um peso, e o número decimal
equivalente a uma representação binária obtêm-se somando os pesos das posições iguais a 1.
Alguns desses códigos são:
Decimal
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1
2 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0
3 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1
4 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0
5 0 1 0 1 1 0 1 1 1 0 0 0
6 0 1 1 0 1 1 0 0 1 0 0 1
7 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0
8 1 0 0 0 1 1 1 0 1 0 1 1
9 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0
1.7 Exercícios
2.1 Introdução
A Álgebra de Boole é um tipo de álgebra que baseando-se na teoria dos conjuntos, se aplica a
sistemas matemáticos que só consideram dois elementos possíveis: 0 e 1.
o Presença de tensão = 1
o Ausência de tensão = 0
Na Álgebra de Boole as variáveis que aparecem nas equações podem representar-se por letras
maiúsculas ou minúsculas, de preferência as primeiras letras do alfabeto.
o Soma
o Multiplicação
o Complementação ou inversão
o Comutativa: a + b = b + a
ab = ba
o Associativa: a + b + c = a + (b + c )
a b c = (a b) c
o Distributiva: a (b + c ) = a b + a c
a + (b c) = (a + b) (a + c)
A primeira lei da álgebra de Boole é a lei da Absorção, definida pela seguinte expressão:
a + a b = a
Sempre que verifica uma lei ou teorema na álgebra de Boole verifica-se também a sua forma
dual, que é a expressão que se obtêm a partir da anterior substituindo as operações de soma
por produto e de produto por soma.
__ __
__
ab + a b = a (a + b) a + b = a
__
ab + ac = a(b + c) (a + b)(a + c) = a + bc
• Equação com estrutura em mintermo: esta equação apresenta-se sob a forma de soma
de produtos das diferentes variáveis que intervêm na equação.
__ __ __
Por exemplo: X = a b c + a b c + abc
__ __ __ __
__
Por exemplo: Y = a + b + c a + b + c a + b + c
2.6 Obtenção da Equação de uma função lógica a partir da sua tabela de verdade
A tabela de verdade representa a resposta binária de uma função lógica, existem dois métodos
que permitem obter a sua equação na forma canónica. Estes métodos estão expressos na
tabela 2.3.
2.8 Exercícios
__
a) f = (0 a )(b + b)(a a )(b + 1)(b + b) c c R/ f = a
__
b) X = a a (b + 1) + b 0 + c + a + c R/ X = a + c
__
__ __ __ __
c) Y = a + a ab c + a b c + bc1 + c R/ Y = b
__ __
d) f = ab + a b c + abc + a b R/ f = a
__
__ __
e) f = a b c + e + d a b c + e R/ f = a b c + e
__ __ __ __ __ __
f) f = a b c+ a b c d + a b R/ f = a b
g) X = cd (a + b + c ) R/ X = cd
__ ________ __
h) X = a c + c a + c bc + a + a R/ X = 0
__ __ __
_______ ______
i) X = a + b + c + abc R/ X = abc
a)
c b a X
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1
b)
c b a X
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1
c)
Existem muitos métodos de simplificação de funções booleanas, embora na prática só dois são
mais utilizados:
Cada célula no mapa pode representar um mintermo ou maxtermo. Quando tivermos uma
função representada em forma de mintermo, coloca-se 1 nas células correspondentes aos
termos da função, no caso contrário coloca-se 0 nas células que representam maxtermo.
Quando se obtêm uma função por mapa de Karnaugh todos os termos devem conter todas as
variáveis que intervêm na equação. As figuras abaixo representam os mapas de Karnaugh em
forma de mintermos e maxtermo.
O princípio de simplificação por mapas de Karnaugh baseia-se nos teoremas e leis da Álgebra
__
de Boole. A principal lei que justifica a simplificação de Karnaugh é dada por: ab + a b = a .
Para que seja possível o processo de simplificação devemos formar grupos, num grupo na
transição de uma célula para outra a variável que muda de sinal desaparece e a que não muda
permanece e escreve-se como o tipo de equação (mintermo ou maxtermo).
3.5 Exercícios.
a)
b)
__ __
__ __
__ __
b) f = a + b + c a + b + c a + b + c (a + b + c ) a + b + c
a)
c b a X
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 0
b)
c b a X
0 0 0 1
0 0 1 1
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1
Os operadores lógicos são pequenos circuitos integrados digitais cujo funcionamento obedece
as operações e postulados da álgebra de Boole. Os operadores ou portas lógicas mais
importantes apresentam-se na tabela 4.1.
É conveniente estabelecermos a diferença entre dois termos que podem suscitar confusão:
tecnologia de fabrico e família lógica.
Família lógica: é o conjunto de circuitos integrados digitais que dentro da mesma tecnologia
empregam diferentes tipos de circuitos básicos na sua estrutura.
Implementar uma função consiste em criar com portas lógicas o circuito digital que cumpre a
equação dessa função.
As portas e circuitos lógicos, geralmente, recebem sinais digitais que variam no tempo.
Diagrama temporal não é mais do que a representação gráfica em função do tempo dos sinais
de entrada e saída de um circuito digital.
Para desenhar um circuito digital devemos cumprir uma serie de condições de funcionamento:
4.7 Exercícios.
1- Desenhar um circuito constituído por três botões pressão, a, b, c e uma lâmpada que
funcione de forma que esta acenda, sempre que se carregue nos três botões simultaneamente
ou em apenas um deles. R/ f = a b c
2- Projectar com portas NOR um circuito combinacional com três entradas que detecte quando
se verifica as seguintes condições:
F2 = 1
Y = AB = A + B = A + B
Y = A + B = A B = A B
Designam-se por circuitos combinacionais aos circuitos que cumprem a condição de as suas
saídas serem exclusivamente função das suas entradas, sem a intervenção do último valor em
que se encontravam essas saídas.
✓ Circuitos de comunicação
Servem tanto para transmitir informação através de uma linha como para codificar,
descodificar ou alterar a estrutura dessa informação. Os mais importantes são:
o Codificador
o Descodificador
o Multiplexadores
o Demultiplexadores
o Conversor de códigos
✓ Circuitos aritméticos
São circuitos que realizam uma série de operações aritméticas com os dados binários que
processam. Os principais são:
o Somador
o Subtrador
o Comparador
Os codificadores são chips cuja tarefa é transformar números não binários (analógicos) em
binários correspondentes ou seus equivalentes (digital). Estes podem ser 4 ; 8 ;10 ;16 ,
2 3 4 4
etc.
n
Descodificadores são circuitos combinacionais que possuem n entradas e 2 saídas.
Basicamente funcionam de modo que, quando aparece uma combinação binária nas suas
entradas apenas uma das suas saídas se activa.
Os descodificadores são chips cuja tarefa é de transformar a informação binária (digital) com
as quais trabalham noutro tipo de informação não binária (analógica) utilizadas noutros
2 ,3 ,4 ,4 ,
dispositivos, por exemplo visualizadores alfanuméricos. Estes podem ser 4 8 10 16
etc.
DISPLAY DE 7 SEGMENTOS
O ponto P é o ponto decimal. Em anodo comum deve ficar em nível lógico alto e em
cátodo comum deve ficar em nível lógico baixo. Para interligarmos o mundo digital
com o mundo exterior utilizando os display de 7
segmentos necessitamos de um CI conversor de BCD para decimal neste caso existem
os CIs 7448(catodo comum) e o 7446(anodo comum). Para nosso exemplo utilizaremos
o 7446 juntamente com um display em anodo comum.
O conversor de binário para decimal 7446 segue abaixo:
5.6 Exercícios.
6.1 Flip-Flop RS
Circuitos Sequências
1 1 0 1 0 Reset
1 1 1 0 1 Set
1 1 1 1 __
Toggle
Q O
Circuitos Sequências
Elaborado por: SCSA Eng.º Francisco Costa
Sistemas Digitais 41
IMT 17 de Dezembro
1- Flip-Flop RS
2- Flp-Flop JK
3- D Flip-Flop
4- T Flip-Flop
Capítulo 7. Memórias.
7.1 introdução
Os dispositivos digitais mais simples capazes de guardar informação na forma binária são os
biestáveis ou flip-flops e os registradores de deslocamento.
7.2 Características
o Tempo de escrita/leitura.
o Velocidade de transferência.
o Densidade da informação.
o Volatilidade.
o Capacidade
Entende-se por capacidade de uma memória como o número de posições e de palavras que
se pode guardar. A capacidade total de uma memória expressa-se em bits, que não é mais do
que o produto do número de posições m pelo número de bits n que preenchem cada
posição:
C = m n
2 n1 = m
As memórias identificam-se pelo número de posições e pelo número de bits de cada uma
delas. Os dispositivos de grande capacidade medem-se em K' s (kiló), Kbyte , Mbyte ,
Gbyte . Um K equivale a 1024 posições. Um byte corresponde a uma palavra de 8 bits.
A capacidade de uma memória que utiliza n1 variáveis binárias para endereçar todas as
C1 = 2 n1 −1
7.4 Tipos de memórias
✓ Aleatório: são memórias nas quais qualquer locação (posição) pode ser lida
directamente sem a necessidade de leitura das demais locações. Exemplo ROM e RAM.
✓ Sequencial: uma locação não pode ser lida directamente. Neste caso, varias locações
da memória são acessadas até a informação desejada. Exemplo fitas magnéticas,
registradores de deslocamento. O tempo de leitura de uma informação na memória
sequencial depende da posição de armazenamento.
8.1 Introdução
Um sinal analógico varia no tempo de um modo análogo ao da propriedade física que esteve
na sua origem. Estes sinais são contínuos e podem assumir qualquer valor entre dois limites.
Um exemplo de sinal analógico é a voltagem gerada por um microfone, já que é
proporcional ao gráfico do deslocamento em função do tempo, das moléculas do ar que se
encontra à sua frente.
Um sinal digital não varia continuamente ao longo do tempo, apenas pode assumir dois
valores, digamos 0 ou 1; é essencialmente uma representação codificada da informação
original. Um exemplo de sinal digital é a sequência de altas e baixas voltagens produzida
durante uma chamada telefónica digital.
Dizemos que uma informação é Analógica (Fig. 1-2) quando há uma variação contínua
das suas grandezas (brilho, som, cor, luminosidade, etc.).
Tudo o que vemos, tudo o que ouvimos, tudo o que sentimos são grandezas analógicas.
Um relógio em que o ponteiro dos segundos roda continuamente, podendo tomar qualquer
posição dá uma informação analógica. Da mesma forma, a fotografia, onde as cores e a
luminosidade podem tomar qualquer valor é também uma informação analógica. Na transmissão
analógica, os sinais eléctricos variam continuamente entre todos os valores possíveis, permitidos
pelo meio físico de transmissão.
Um relógio em que o ponteiro dos segundos salta de segundo em segundo, em vez de rodar
continuamente, é um relógio digital porque, ao contrário da informação analógica, a Informação
Digital, varia por níveis bem distintos.
A lista de “zeros” e “uns” que se indica na Fig. 1-3, é uma Informação Digital em Código
Binário. Nos circuitos electrónicos, estes “zeros e “uns” são representados por níveis de tensão
diferentes e bem definidos.
A pergunta é inevitável, então... porquê digital se tudo ao nosso redor é analógico? Existem
várias e poderosas razões:
PREÇO: com a tecnologia actual, os sistemas digitais, são regra geral, muito mais baratos que
os seus antepassados analógicos. Por exemplo, no mesmo emissor onde antes se emitia um só
programa de TV analógico, podem agora transmitir-se até 10 programas de TV digital, ou seja,
os custos de emissão por programa foram reduzidos em 1/10).
QUALIDADE: o sinal digital é extremamente fiável porque mesmo que se degrade no percurso
da transmissão, é possível incluir códigos de erros e utilizar técnicas que permitem reconstituir o
sinal original. Em termos de gravação, o sinal digital não se degrada por cópias sucessivas ao
contrário do que ocorre com as gravações analógicas.
FUNCIONALIDADE: os sinais digitais permitem a inclusão de uma variada gama de
serviços ou de opções adicionais que seriam difíceis ou mesmo impossíveis de obter com sinais
analógicos (encriptação, multiplexagem, interactividade, pay-per-view, etc.)
MODULARIDADE: possibilidade de construção de grandes sistemas por meio de módulos
independentes, com fácil comunicação entre eles, e com possibilidade de serem controlados e
configurados à distância. É claro que também há desvantagens … mas a tecnologia tem
descoberto novos caminhos para as minorar e disso falaremos mais adiante neste manual.
8.2 agshgshgdjhas
Mapas de Karnaugh