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24 DIARIO DA REPUBLICA Decreto Presidencial n.° 421 de 4 de Sane ‘Tendo em conta que as Zonas Francas representam um novo paradigma no processo de desenvolvimento socioeco- némiconoPais e,nofmbito da estratéxia de desenvolvimento nacional, constitui um imperativo para a implementagao de politicas que promovam a criago de um tecido empresarial diversificado © competitive, de grandes companhias inter- nacionais e nacionais, de modo a acelerar 0 crescimento da economia; Considerando que as Zonas Francas produzen impactos que ajudam 2 mudar significativamente a situaga0 econé- mica e social de qualquer regio, com a criagao de melhores condiges para 0 favorecimento da produgao nacional e do desenvolvimento do potencial econdmico do Pais, Havendo a necessidade de se aprovar o Regulamento da Lein® 35/20, de 12 de Outubro —Lei das Zonas Francas, por forma a estabelecer procedimentos administrativos que per- ‘mitam viabilizar apromogio da criagto de Zonas Francas no territério nacional e consequentemente acelerar o processo de transformagto do Pais num expartador liquido de produ- tos mamufacturados ¢ num importante Centro Logistico para a Regio; © Presidente da Repiblica decreta, nos termos da ali nea 1) do artigo 120.° ¢ do n° 3 do artigo 125°, ambos da Constituigdo da Republica de Angola, o sesuinte ARTIGO L* CAprovacio) F aprovado o Regulamento da Lei das Zonas Frances, anexo ao presente Diploma, de que € parte integrante. ARtig0 2° ida anno) As diividas © omissdes resultantes da interpretagio € aplicagio do presente Decreto Presdencial sto resolvidas pelo Presidente da Republica, ARTIGO 3° (Entrada em vigon presente Decreto Presidencial entra em vigor na data dda sua publicagao, Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 25 de Novembro de 2020. Publique-se. Luanda, aos 22 de Dezembro de 2020, (© Presidente da Repiblica, JoAo Mauet. Goncarves Lounenco. REGULAMENTO DA LEI DAS ZONAS FRANCAS. CAPITULO Disposicoes Gerais ARTIGO 1 Objecto) presente Diploma estabelece os procedimentos e for- ‘malidades para a constituigto, organizagao e funcionamento das Zonas Francas, enquanto mecanismo de desenvolvi- mento econdmico, social ¢ de instrumento de apoio a0 investimento. __ARTIGO2° ‘Canbito de aplieagto) © presente Diploma aplica-se aos espagos econémi- cos e geogrificos delimitados e reservados para a criag0 implementagao de Zonas Francas, bem como as entidades gestoras, a0s investidores, as pessoas fisicas e outras enti- dades privadas que desempenham actividades nas Zonas Francas, Zonas de Processamento de Exportagio, Portos Francos e Empresas Francas, ARTIGO 3° (Actividades nas Zonas Francas) 1. Podem ser autorizadas nas Zonas Francas toda a classe de actividades econémicas elegiveis na Lei das Zonas Francas, atendendo fundamentalmente ao impacto econé- ico resultante do empreendimento, 2. Ficam sujeitas & regulamentagto especifica as activi- dades de exploragio de inertes ¢ fabrico de material bélico ‘em Zonas Francas, CAPITULO II Criagao de Zonas Francas ARTIGO 4 (Cinco de Zanas Francas) 1. Para a criago de Zonas Francas, nos tenmos do artigo 6° da Lei n® 35/20, de 12 de Outubro, as entidades publicas € privadas proponentes devem remeter as seguintes propostas: 4) Denominagao da Zona Franca; +b) Delimitagao geosrifica; ©) Duragao, ) Estudo do impacto ambiental; ¢) Avaliagao de impacto social e viabilidade econé- ‘A Plano estratégico e de ordenamento, 2. A criagio de Empresas Francas esta sujeita & autoriza- ‘¢h0 do Titular do Poder Executivo, devendo os proponentes remeter as seguintes propostas: a) Plano estratégico que demonstre que o seu objecto ‘esti maioritariamente relacionado com activi- dade de exportagao; 1b) Avaliagao de impacto social e viabilidade econs- I SERIE — N° 1 —DE 4 DE JANEIRO DE 2021 28 3, OTitular do Poder Executivo solicita parecer das auto- ridades autarquicas ou do Governo Provincial, do local onde 1 Zona Franca é proposta e/ou de outras entidades piblicas, que intervém directamente nos sectores de actividade que a Zona Franca propde-se desenvolver. ARTIGO 5° (Pundamentaga) 1. © Diploma que cria a Zona Franca deve estar funda- ‘mentado por um plano estratégico e de ordenamento, bem como identificar a Entidade Gestora, 2. O plano estratégico e de ordenamento referido no -nimero anterior deve conter 0 seguinte a) Designagao da respectiva Zona Franca; 'b) Identificagtio dos projectos socioeconémicos a serem desenvolvidos, c) Estabelecimento do sistema de gestio; ) Definigao dos procedimentos € mecanismos para atracgao de investidores, €) Determinagio dos servigos da Administragao Pablica que devem estar disponiveis na Zona Franca; f Blaboragio de um projecto de arranjo urbanistico € arquitecténico, de saneamento basico, no qual se identfiquem as areas apropriadas para a instala- 40 do parque industrial e respectivos servigos baisicos de apoio; 1) Criagao de zonas verdes e de lazer de forma a pro- orcionar um ambiente laboral apropriado; hi) Previsio de solugdes para a implementagao, ‘melhoria € manutengao das vias de communica 0, sistemas de acessibilidades e mobilidade, rede eléctrica e de telecomunicagdes, sistema de caplagao ¢ tratamento de agua ¢ demas infia- -estruturas necessérias para a implementago da Zona Franca. CAPITULO I Supervisio, Gestao e Exploracao das Zonas Francas SECCAOT Supervisto ARTIGO 6° (Entidade de Supersisao) 1. O exercicio da actividade de Entidade de Supervistio das Zonas Francas compete a0 Departamento Ministerial responsivel pela Economia. 72 Para o exercicio da alribuigao prevista no niimero anterior do presente artigo, o Departamento Ministerial res- ponsivel pela Economia contrata empresas de fiscalizagao especializadas nos diferentes dominios da Zona Franca. ARTIGO 7° (Atribuicoes da Entidade de Supervisto) ‘A Entidade de Supervisio tem as seguintes atribuigdes: 4) Elaborar 0 cademo de encargos de acordo com 0 plano estratéaico; +) Fiscalizar 0 cumprimento das atribuigdes assuni- das pela Entidade Gestora; 6) Conduzr 0 concurso piblico de concessa0 da Enti- dade Gestora @ Monitorar os niveis de servigos prestados, actividades industriais © © cumprimento dos procedimentos definidos nas Zonas Francas; ¢) Amecadar a receita de supervisio da Zona Franca; J) Aplicar as multas e penalizagées resultantes de transaressbes, &) Analisar as reclamages que lhe forem submetidas, nos termos do n* 2 do artigo 17.° do presente Diploma aRrIGos* celta de Supervisi) Para suportar os encargos relatives a supervisto da Zona Franca, a Entidade de Supervisio beneficia de 1% da receita bruta da facturagao da Entidade Gestora, seccAo mt Gest e Exploracio ARTIGO9° (Geta eexploracto das Zonas Prana) 1. A Entidade Gestora das Zonas Francas, bem como 0 seu modelo de gestio sao determinados no Despacho que tia a respectiva Zona Franca, podendo ser uma entidade piiblca, privada ou mista, mediante contrato de concessao. 2. A escolha do concessionsrio para a gestio de una Zona Franca rege-se pelas regras previstas na Lei dos Contratos Piblicos ARTIGO 10° (Contato de cn © contrato de concessio para a gestto e exploragiio da Zona Franca deve conter os seguintes elementos essenciais: a) Identificago das partes e dos respectivos repre- sentantes, bem como a qualidade em que netes intervem; 1) Indicagao do acto de adjudicagao; 6) Objecto, a Prazo, ¢) Direitos ¢obrigagbes das partes; J) Limites 20 poder de gestdo da Zona Franca decor- rentes das regras aplicaveis a administraga0 do patriménio do Estado, &) Periodo de cedéncia dos direitos de superficie pelo Estado Entidade Gestora, para a exploraglo da Zona Franca, Wy Diteitos sobre os pagamentos efectuados pelas ‘empresas devido a cedéncia de lotes nas Zonas Francas; {) Outras contrapartidas financeiras que possam ‘correr entre as partes, referentes a0 contrato de sestio das Zonas Franc sto) 26 DIARIO DA REPUBLICA aRTiGo 11° ‘Atrbulges da Entdade Gestra) Sem prejuizo das responsabilidades decorentes de diploma especial ou do contrato de concessao de gestio, a Entidade Gestora da Zona Franca tem as seauintesatribuigbes: 4 Gerir a Zona Franca; 1b) Celebrar contratos de investimento dos espagos com terceiros para a realizagio de actividades nna Zona Franca; 6) Elaborar regulamentos tecnicos; 4 Instituir procedimentos operacionais erotinas para assegurar a disponibilidade de ingfa-estruturas de qualidade; ¢) Explorar, conservar efectuar a manutengao pre- ventiva ecorrectiva das infra-estruturas, J Garantr a celebragio de contrato de responsabili- dade civil sobre as infra-estraturas pertencentes 4 Zona Franca, 8) Defnir a politica de pregos pela cedéncia de lotes 20s investdores, 1h) Bfectuar 6 loteamento dos terrenos para a imple- ‘mentagio de unidades, 1 Zelar pela seguranga da area de delimitagio da Zona Franca, J) Criar condigdes para o funcionamento do Guiché do Investidor; B Proceder a destntiplo dos produtos que nao apresentam qualidade minima exigida para a comercializagao; 1) Designar o responsive pelo Guiché do Investidor, 1m) Exerceras demaisresponsablidades estabelecidas em diploma especial ou fisadas no contrato de concessao de gestio, ARTIGO 12° (Cessagtoe esta do contrat de concessto) 1. 0 contrato de concessio cessa nos seguintes casos i Caducidade, 'b) Extingao da Zona Franca 2.0 contrato de concessio pode ser reseindindo, uni- lateralmente, pela Entidade Publica Contratante, por facto nputvel a Entidade Gestora da Zona Franca, nos seguin- tes casos Por incumprimento reiterado das obriaagies esti- puladas no contrato, 1 Falta de pazamentos devidos ao Estado, no periodo de 6 (seis) meses, ©) Por incumprimento do dever de prestar infor imagGes exigidas no ambito das inspeeses da Enlidade de Supervisio, Ser a Entidade Gestora da Zona Franca declarada jjuicialmente em situagao de falencia ou insol- ¢) Por inobservaneia total ou parcial no exercicio dos seus poderes de controo. 3. Antes da cessagio ou rescisao do contrato, a Entidade de Supervisio notifica o concessionario para se pronunciar, ‘num prazo de até 30 (trinta) dias, SECCAO II Tnvestnento ARTIGO 13° (vestimento nas unidades da Zona Franca) © investimento nas unidades das Zonas Francas esta sujeito a celebragaio de um contrato entre 0 Investidor © a Entidade Gestora da Zona Franca, o qual regula os termos © condigdes de execugao da proposta empresarial aprovada pela Entidade de Supervisio. ARTIGO 4 (Contrate de investimento) © contrato de investimento deve conter, de entre outros, ‘os seguintes elementos essenciais: 4) Cronograma de implementaglo e previsdo do ini- cio do investimento na unidade, 'b) Metas definidas quanto a0: 4 Valor minimo de produgtio destinada @ exportagaio, ii, Grau de contetido nacional da produgao, iii, Numero de empregos directos criados para cidadios nacionais; ‘x, Namero total de horas de formacao profissio- nal especializada recebidas por empregados nacionais € o nivel de reinvestimento dos Iueros obtidos pelo investidor, ¢) Direitos e obrigagdes do investidor, @) Formas de pagamento, pelo investidor, de una renda mensal em contrapartida pela utilizaga0 das infra-estruturas e servigos disponibilizados pela Entidade Gestora; ¢) Obrigacao por parte do investidor de contratar um. seguro de responsabilidade civil ¢ um seguro ulti-riscos relativos a actividade das respecti- vvas unidades; P Compromisso de nao utilizagao das unidades para fins diversos dos contratualmente previstos, bem. ‘como nao permitir a sua exploragao por parte de terceiros, g) Mecanismos de resolugo de confltos. CAPITULO IV Acesso a Zona Franca ARTIGO 18° (Apresentagto do project) 1. O investidor interessado a desenvolver actividade na Zona Franca deve submeter 0 projecto de investimento Entidade Gestora da respectiva Zona Franca 2. 0 pedido de acesso a Zona Franca deve ser instruido ‘com os seguintes elementos: 4a) Pacto social e registo comercial do investidor, I SERIE — N° 1 —DE 4 DE JANEIRO DE 2021 27 +b) Procuragio conferindo poderes para a pritica do acto, se aplicavel;, ©) Descrigio do projecto; ) Estudo de viabilidade técnica, econdmica e finan- ¢) Cronograma de implementagao da unidade; P Bstudo de impacto ambiental; 8) Plano de formagao de quadros nacionais, de suces- so. de substituigao demao-de-obra expatriada, se aplicével. 3. Para efeitos do disposto no nimero anterior, os inves- tidores tém acesso aos servigos disponiveis do Guiché do Investidor. 4. 0 projecto de investimento s6 é admitido para a apre- ciaglo se reunir os elementos necessiios. ARTIGO 16° (inter vengio da entidade sestora) 1, Compete a Entidade Gestora proceder a avaliagao do projecto de investimento que reiine os elementos previstos no artigo anterior. 2. A Entidade Gestora pode solicitar elementos adicio- nais que considere necessario para a apreciagao do projecto de investimento. ARTIGO 17° (Pros para aallagioda proposta) 1. A Entidade Gestora dispde de um prazo miximo de 15 (quinze) dias iteis, para decidir sobre a aprovagao da roposta, a partir da data da sua admiss¥o para a apreciago, 2. Caso a Entidade Gestora no aprecie © projecto de investimento no prazo previsto no mimero anterior, 0 propo nente pode submeter o projecto a apreciagao da Entidade de Supervisio, instruida nos termos do artigo 15°, anexando 0 comprovativo de submisso para a apreciagao pela Entidade Gestora, ARTIGO 18° CAperteigoamente da proposts) 1. Se 0 projecto de investimento incluir insuficiencias saniveis, a Entidade Gestora devenstificar 0 investidor para que, no prazo maximo de 15 (quinze) dias uteis, proceda 0 seu aperfeigoamento. 2. Se 0 investidor nao aperfeigoar o projecto de inves- timento, no prazo previsto no mimero anterior, a Entidade Gestora deve decidir pela sua rejeiga0, ARTIGO 19° ‘ntervengio da Entdade de Supervisio) 1. Feita a reclamagao nos termos do n° 2 do artigo 17.°, a Entidade de Supervisto notifica a Entidade Gestora, que deve decidir sobre 0 primeiro pedido no prazo maximo de 30 trinta) dias dteis, contados a partir da data da notificagao, 2. Caso a Entidade Gestora nfo decida no prazo esta- belecido no niimero anterior do presente artigo, o projecto considera-se tacitamente aceite. ARTIGO 20° @ecisio) 1. Aavaliagao negativa do projecto de investimento pela Entidade Gestora € acompanhada por uma decisio funda- mentada de recusa, 2. Toda a decisto sobre o projecto de admissao para inves- timento na Zona Franca deve ser comunicada Entidade de Supervisio. CAPITULO V Actividades e Prestagio de Servicos nas Zonas Francas ARTIGO 21° (Guede do tnvestider) 1. 0 Guiché do Investidor € um servigo piblico especial de atendimento personalizado, onde devem funcionar os ser- vvigos publicos indispensaveis para o normal funcionamento das empresas da Zona Franca 2. Todas as Zonas Francas devem ter um Guiché do Investidor. 3. O Guiché do Investidor ¢ dirigido por um coordena- dor, designado pela Entidade Gestora, ARTIGO 22° (Servic dsponivels no Gulehé) 1, 0 Guiché do Investidor congrega necessariamente os seguintes servigos de atendimento: @) Reaisto Comercial e Notarial; b) Servigos de Licenciamento das Actividades Comerciais ¢ Indust ©) Servigos de Transporte ¢ Losistica; ) Servigos de Licenciamento das Actividades Ambien- tas e de Turismo, €) Servigo de Licenciamento das Actividades de Loteamento, Urbanismo e Constructo; A Servigos de Seauranga Social; g) Servigo de Migracao ¢ Estrangeiros; I) Servigo da Administragio Geral Tributiri. 2. Sempre que for necessirio, a Entidade Gestora da Zona Franca pode requerer & disponibilizagao de outros ser- vvigos pablicos relevantes. 3. Quando a Zona Franca nio possua servigos especiais de atendimento identificados no n° 1 do presente artigo, as centidades associadas aos respectivos servigos devem indi- ‘car 0s locais responsiveis pelo tratamento de processos dos investidores, gozando de prioridade para o efeito. ARTIGO 23° (Bxehsividade) s servigos de atendimento da Zona Franca sao destina- dos exclusivamente aos investidores e Entidade Gestora dda respectiva Zona Franca ¢ pode, em situagGes de excep- ‘80, atender processos de investidores sedeados em outras Zonas Francas, 28 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 24° avegragao) As entidades responsiveis pelos servigos acima referi- dos e demais entidades piblicas necessarias, devem garantir a intearagao da base de dados das Zonas Francas com os respectivos sistemas de informagio para assegurar a uni- formizagao das informagdes, com particular realce para os beneficios fiscais ¢ aduaneiros, nos termos da lei ARTIGO 25° (Actividades em gerady Sem prejuizo do estabelecido no artigo 3.° do presente Diploma, o Despacho que criar qualquer Zona Franca deve fixar especificadamente as actividades predominantes a serem desenvolvidas na respectiva Zona Franca, ARTIGO 26° (Actividades camercias) 1. As empresas instaladas nas Zonas Francas nao devem realizar comércio a retalho, 2. Excepcionalmente, no ambito do ntimero anterior, podem ser admitidas as seguintes actividades: 4) Fomecimento de bens e servigos entre usuarios ou centre usuarios ¢ investidores da Zona Franca; ) Actividades comerciais ou de servigos destinadas a satisfazer 0 consumo final de bens € servigos. 3. As Entidades Gestoras das Zonas Francas devem criar condigdes para a instalago de supermercados ¢ lojas para a venda de produtos a retalho. 4. As actividades descritas na alinea b) devem ser for- necidas exclusivamente por terceiros, autorizados pela Entidade Gestora da Zona Franca e desde que sejam neces- sarios para a realizagao das actividades na mesma zona CAPITULO VI Controlo de Mereadorias ARTIGo 27° (Operagses autorizadas) 1. A mercadoria admitida na Zona Franca pode ser objecto de operagdes necessirias & sua conservagao e mani- pulagao usual, para efeitos de melhoria da sua apresentagao ou qualidade comercial ou deacondicionamento para o trans- Porte, tais como a divisio ou 0 agrupamento em volumes, a separagdo e classificagio das mercadorias © a mudanga de embalagem. 2 Sempre que sejam autorizadas as operagdes de aper- feigoamento ou de transformagao dentro da Zona Franca, devem ser igualmente indicadas expressamente no diploma de criagao a que operagoes as mercadorias podem ser sub- ‘metidas, quer em termos gerais, quer em forma detalhada, através de rearas especificas em toda a Zona Franca ou atra- vvés de uma autorizagio concedida empresa que efectuar tais operagées. ARTIGO 28° (ais de mereadera) 1. A admissio de mercadorias em uma Zona Franca carece de autorizaglo, tanto para as mercadorias vindas directamente do exterior, como das provenientes do territs- rio aduaneiro correspondent, subordinando-se a lesistagao sobre as rearas de origem. 2. A condugio das mereadorias & Zona Franca deve ‘carrer no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data da autorizagio € canclusio dos procedimentos exigiveis, sob pena de incorrer em transgressao. 3. Sem prejuizo do disposto no nimmero anterior, a admis- so de mercadoria na Zona Franca esta sujeita as sesuintes fermalidades: 4) Reaisto prévio de declaragio de origem; +) Confirmagio da entrada da mercadoria; ©) Vistoia da mereadoria; ) Formalizagio do amazenamento da mercadoria. 4. Os procedimentos para realizago das formalida- des previstas no presente artigo devem ser estabelecidos pelo Departamento Ministerial responsivel pelas Finangas Piblicas ARTIGO 29° (aida das mercadaras 1, Toda ou parte das mereadorias admitidas ou produzi- das em Zona Franca podem ser retiradas etransferidas para ‘outa Zona Franca ou colocadas sob outro regime aduaneiro, desde que satisfeitas as condigoes e formalidades aplicaveis «em cada caso 2. Para saida de uma Zona Franca para outra ¢ exi- sida « declarago aduaneira de mercadorias idéntica & da sua admiss0 na mesma, ou sob o procedimento aduaneiro respective 3. Asaida das mereadorias das Zonas Francas para intro-

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