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MATRIZES: DETERMINANTES

Matrizes: Determinantes

Propriedades dos Determinantes

Existem várias técnicas utilizadas para calcular o determinante de uma matriz, entre elas estão: Regra
de Sarrus, Teorema de Laplace, Teorema de Jacobi, Teorema de Binet e a Regra de Chió. Mas todas
essas técnicas podem ser facilitadas se aplicarmos as propriedades dos determinantes. Vale lembrar
que os determinantes, bem como suas propriedades, são aplicados apenas em matrizes quadradas.
Vejamos cada uma dessas propriedades:

1ª) Se uma matriz possuir uma linha ou uma coluna nula, seu determinante será zero.

Essa propriedade é válida porque cada termo no cálculo do determinante será multiplicado por zero,
resultando em um determinante nulo. Vejamos um exemplo para uma matriz de ordem 3:

Matriz de ordem 3 com a segunda coluna composta por zeros.

Calculando o determinante dessa matriz pela Regra de Sarrus, temos:

Det = A11·0·A33 + 0·A23·A31 + A13·A21·0 – A31·0·A13 – 0·A23·A11 – A33·A21·0 = 0

Podemos ainda verificar essa propriedade através de qualquer matriz que apresente uma linha ou co-
luna formada por zeros.

2ª) O determinante de uma matriz será sempre igual ao determinante de sua transposta.

É fácil verificar essa propriedade, pois, ao calcular o determinante de uma matriz A ou de sua trans-
posta At, estaremos sempre realizando as mesmas multiplicações e as mesmas adições. Vejamos o
cálculo do determinante das matrizes A e At de ordem 2:

Matriz de ordem 2 e sua transposta.

Vamos calcular o determinante das duas matrizes:

Det A = A11·A22 – A21·A12

Det At = A11·A22 – A12·A21

Det A = Det At

3ª) Se trocarmos as duas linhas ou as duas colunas da matriz, trocaremos o sinal do determinante.

Essa propriedade recebe também o nome de Teorema de Bézout e pode ser facilmente comprovada
através de exemplos. Veja:

Matrizes A e A', ambas de ordem 2.

Observe que a Matriz A' é uma cópia da A, mas as linhas 1 e 2 foram trocadas. Vejamos o cálculo de
seus determinantes:

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Det A = A11·A22 – A21·A12

Det A' = A21·A12 – A11·A22

Det A = – Det A'

4ª) Se multiplicarmos os elementos de uma linha ou de uma coluna da matriz por um valor n qualquer,
o determinante também será multiplicado por n.

A 4ª propriedade é válida porque, no cálculo do determinante, cada produto é multiplicado por n, o que,
colocando em evidência, corresponde a multiplicar o próprio determinante por n. Vejamos um exemplo
para uma matriz de ordem 3:

Matrizes A e A', ambas de ordem 3.

Vamos calcular o determinante dessa matriz pela Regra de Sarrus:

5ª) Se uma matriz possui duas linhas ou colunas iguais ou múltiplas uma da outra, o determinante é
nulo.

Vamos verificar essa propriedade através de exemplos:

Matrizes de ordem 2: A e B.

Veja que a matriz A apresenta duas linhas iguais. Vamos calcular seu determinante:

Det A = A11·A12 – A11·A12

Det A = 0

Podemos ver ainda que a segunda coluna da matriz B é múltipla da primeira coluna. Calcularemos seu
determinante:

Det B = B11·nB21 – B21·nB11

Det B = n(B11·B21 – B21·B11)

Det B = n·0

Det B = 0

6ª) Se somarmos uma linha ou coluna à outra que foi multiplicada por um número, o determinante não
será alterado.

Para demonstração dessa propriedade, é mais indicado o uso de exemplo numérico. Observe que a
matriz A' (mostrada a seguir) é decorrente da matriz A. Mas para chegar à terceira coluna da matriz A',
nós somamos o tripo da 2ª coluna de A à 3ª coluna de A, obtendo:

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Matrizes de ordem 2: A e B.

Vamos calcular o determinante de A e de A':

Det A = 1·3·2 + 2·1·4 + 0·2·0 – 4·3·0 – 0·1·1 – 2·2·2 = 6

Det A' = 1·3·2 + 2·10·4 + 6·2·0 – 4·3·6 – 0·10·1 – 2·2·2 = 6

Det A = Det A'

7ª) O determinante do produto de duas matrizes é igual ao produto de seus determinantes.

Vejamos a demonstração dessa propriedade através de um exemplo:

Matrizes A e B e matriz A.B.

Vamos calcular o determinante de A e de B:

Det A = A11·A22 – A21·A12

Det B = B11·B22 – B21·B12

Det A·Det B= A11·A22·B11·B22 – A21·A12·B11·B22 – A11·A22·B21·B12 + A21·A12·B21·B12

Calculando o determinante da matriz A·B, temos:

Det (A·B) = A11·A22·B11·B22 – A21·A12·B11·B22 – A11·A22·B21·B12 + A21·A12·B21·B12

Portanto, Det A · Det B = Det (A·B).

Matriz Inversa

A matriz inversa ou matriz invertível é um tipo de matriz quadrada, ou seja, que possui o mesmo número
de linhas (m) e colunas (n).

Ela ocorre quando o produto de duas matrizes resulta numa matriz identidade de mesma ordem
(mesmo número de linhas e colunas).

Assim, para encontrar a inversa de uma matriz, utiliza-se a multiplicação.

A . B = B . A = In (quando a matriz B é inversa da matriz A)

Mas o que é Matriz Identidade?

A Matriz Identidade é definida quando os elementos da diagonal principal são todos iguais a 1 e os
outros elementos são iguais a 0 (zero). Ela é indicada por In:

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Propriedades da Matriz Inversa

• Existe somente uma inversa para cada matriz

• Nem todas as matrizes possuem uma matriz inversa. Ela é invertível somente quando os produtos de
matrizes quadradas resultam numa matriz identidade (In)

• A matriz inversa de uma inversa corresponde à própria matriz: A = (A-1)-1

• A matriz transposta de uma matriz inversa também é inversa: (At) -1 = (A-1)t

• A matriz inversa de uma matriz transposta corresponde à transposta da inversa: (A-1 At)-1

• A matriz inversa de uma matriz identidade é igual à matriz identidade: I-1 = I

Exemplos de Matriz Inversa

Matriz Inversa 2x2

Matriz Inversa 3x3

Passo a Passo: Como Calcular a Matriz Inversa?

Sabemos que se o produto de duas matrizes é igual a matriz identidade, essa matriz possui uma in-
versa.

Observe que se a matriz A for inversa da matriz B, utiliza-se a notação: A-1.

Exemplo: Encontre a inversa da matriz abaixo de ordem 3x3.

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Antes de mais nada, devemos lembrar que A . A-1 = I (A matriz multiplicada por sua inversa resultará
na matriz identidade In).

Multiplica-se cada elemento da primeira linha da primeira matriz por cada coluna da segunda matriz.

Por conseguinte, multiplica-se os elementos da segunda linha da primeira matriz pelas colunas da se-
gunda.

E por fim, a terceira linha da primeira com as colunas da segunda:

Fazendo a equivalência dos elementos com a matriz identidade, podemos descobrir os valores de:

a=1
b=0
c=0

Sabendo esses valores, podemos calcular as outras incógnitas da matriz. Na terceira linha e primeira
coluna da primeira matriz temos que a + 2d = 0. Portanto, vamos começar por encontrar o valor de d,
pela substituição dos valores encontrados:

1 + 2d = 0
2d = -1
d = -1/2

Da mesma maneira, na terceira linha e segunda coluna podemos encontrar o valor de e:

b + 2e = 0
0 + 2e = 0
2e = 0
e = 0/2
e=0

Continuando, temos na terceira linha da terceira coluna: c + 2f. Note que segunda a matriz identidade
dessa equação não é igual a zero, mas igual a 1.

c + 2f = 1
0 + 2f = 1
2f = 1
f=½

Passando para a segunda linha e a primeira coluna vamos encontrar o valor de g:

a + 3d + g = 0
1 + 3. (-1/2) + g = 0
1 – 3/2 + g = 0

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g = -1 + 3/2
g=½

Na segunda linha e segunda coluna, podemos encontrar o valor de h:

b + 3e + h = 1
0+3.0+h=1
h=1

Por fim, vamos encontrar o valor de i pela equação da segunda linha e terceira coluna:

c + 3f + i = 0
0 + 3 (1/2) + i = 0
3/2 + i = 0
i = 3/2

Depois de descobertos todos os valores das incógnitas, podemos encontrar todos os elementos que
compõem a matriz inversa de A:

Propriedades dos Determinantes

As propriedades envolvendo determinantes facilitam o cálculo de seu valor em matrizes que se enqua-
dram nessas condições. Observe as propriedades:

1ª propriedade

Ao observar uma matriz e verificar que os elementos de uma linha ou uma coluna são iguais a zero, o
valor do seu determinante também será zero.

2ª propriedade

Caso ocorra igualdade de elementos entre duas linhas ou duas colunas, o determinante dessa matriz
será nulo.

3ª propriedade

Verificadas em uma matriz duas linhas ou duas colunas com elementos de valores proporcionais, o
determinante terá valor igual à zero. Observe a propriedade entre a 1ª e a 2ª linha.

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4ª propriedade

Ao multiplicarmos todos os elementos de uma linha ou coluna de uma matriz por um número K, o seu
determinante fica multiplicado por K.

Os elementos da 1ª linha de P foram multiplicados por 2, então: det P’ = 2 * det P

5ª propriedade

Caso uma matriz quadrada A seja multiplicada por um número real k, seu determinante passa a ser
multiplicado por kn.

det (k*A) = kn * det A

6ª propriedade

O valor do determinante de uma matriz R é igual ao determinante da matriz da transposta de R, det R


= det (Rt).

det R = ps -- qr

det Rt = ps – rq

7ª propriedade

Ao trocarmos duas linhas ou duas colunas de posição de uma matriz, o valor do seu determinante
passa a ser oposto ao determinante da anterior.

8ª propriedade

O determinante de uma matriz triangular é igual à multiplicação dos elementos da diagonal principal.
Lembre-se que em uma matriz triangular, os elementos acima ou abaixo da diagonal principal são iguais
a zero.

9ª propriedade

Considerando duas matrizes quadradas de ordem iguais e AB matriz produto, temos que: det (AB) =
(det A) * (det B), conforme teorema de Binet.

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10ª propriedade

Ao multiplicarmos todos os elementos de uma linha ou de uma coluna pelo mesmo número e adicio-
narmos os resultados aos elementos correspondentes de outra linha ou coluna, formamos a matriz B,
onde ocorre a seguinte igualdade: det A = det B. Esse teorema é atribuído a Jacobi.

Determinantes

Como já vimos, matriz quadrada é a que tem o mesmo número de linhas e de colunas (ou seja, é do
tipo n x n). A toda matriz quadrada está associado um número ao qual damos o nome de determinante.

Dentre as várias aplicações dos determinantes na Matemática, temos:

• resolução de alguns tipos de sistemas de equações lineares;

• cálculo da área de um triângulo situado no plano cartesiano, quando são conhecidas as coordenadas
dos seus vértices;

Determinante de 1ª ordem

Dada uma matriz quadrada de 1ª ordem M=[a11], o seu determinante é o número real a11:

det M =Ia11I = a11

Observação: representamos o determinante de uma matriz entre duas barras verticais, que não têm o
significado de módulo. Por exemplo:

M= [5] det M = 5 ou |5| = 5

M = [-3] det M = -3 ou |-3| = 3

Determinante de 2ª ordem

Dada a matriz , de ordem 2, por definição o determinante associado a M, de 2ª ordem,


é dado por:

Portanto, o determinante de uma matriz de ordem 2 é dado pela diferença entre o produto dos elemen-
tos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária. Veja o exemplo a seguir.

Questão 1 (PM AC 2012 – Funcab). Sabendo que A é uma matriz quadrada de ordem 3 e que o deter-
minante de A é -2, calcule o valor do determinante da matriz 3A.

A) – 8

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B) – 54

C) 27

D) 18

E) – 2

Resolução:

Para resolvermos a questão, vamos utilizar uma das propriedades das determinantes:

Onde n é a ordem da matriz quadrada.

Desta propriedade temos que:

Resposta: B

Questão 2 (PM AC – Funcab). Considerando a matriz quadrada A abaixo, e det(A) seu determinante,
calcule o valor de 5.det(A).

A) 10

B) -140

C) 270

D) 130

E) -35

Resolução:

Calculando o determinante de uma matriz 2×2:

DetA = 7.4 – 2.(-13) = 28 + 26 = 54

Logo,

5.DetA = 5.54 = 270

Resposta: C

Questão 3 (PM PR 2010 – Cops). Considere uma colisão de dois veículos. Num sistema de coordena-
das cartesianas, as posições finais destes veículos após a colisão são dadas nos pontos A = (2,2) e B
= (4, 1). Para compreender como ocorreu a colisão é importante determinar a trajetória retilínea que
passa pelos pontos A e B.

Essa trajetória é dada pela equação:

a) x – y = 0

b) x + y – 5 = 0

c) x – 2y + 2 = 0

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d) 2x + 2y – 8 = 0

e) x + 2y – 6 = 0

Resolução:

A equação pode ser descoberta calculando o determinante da matriz abaixo, que relaciona os pontos
P(x,y), A(2,2) e B(4,1):

| x y 1 | x y

| 2 2 1 | 2 2

|4 1 1 | 4 1

Fazendo o produto das diagonais principais menos o produto das diagonais secundárias:

2x + 4y + 2 – 8 – x – 2y = 0

x + 2y – 6 = 0

Resposta: E

Questão 4 (RFB 2009 – Esaf). Com relação ao sistema

onde

pode-se, com certeza, afirmar que:

a) é impossível

b) é indeterminado

c) possui determinante igual a 4

d) possui apenas a solução trivial

e) é homogêneo

Resolução:

Podemos separar a segunda igualdade em duas:

2x – y = 3z + 2 => 2x – y – 3z = 2

2x + y = z + 1 => 2x + y – z = 1

Temos então três equações:

x+y+z=1

2x – y – 3z = 2

2x + y – z = 1

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Que podem ser associadas a matriz:

| 1 1 1 |

| 2 -1 -3 |

| 2 1 -1 |

Vamos calcular seu determinante:

| 1 1 1 | 1 1

| 2 -1 -3 | 2 -1

| 2 1 -1 | 2 1

Det = 1.(-1).(-1) + 1.(-3).2 + 1.2.1 – 2.(-1).1 – 1.(-3).1 – (-1).2.1

Det = 1 – 6 + 2 +2 + 3 + 2

Det = 4

Reesposta C

Questão 5 (ANAC – ESAF 2016). Dada a matriz A abaixo, o determinante da matriz 2A é igual a:

a) 40.

b) 10.

c) 18.

d) 16.

e) 36.

Resolução:

Temos duas formas de resolver a questão. Podemos calcular o determinante da matriz A e depois
utilizar a propriedade P3 que se encontra em nosso material didático, ou calcular diretamente o deter-
minante da matriz 2A. Vamos resolvê-la pelo primeiro método, utilizando a regra de Sarrus:

DetA = 2.1.4 + 1.1.0 + 3.1.1 – 0.1.3 – 1.1.2 – 4.1.1

DetA = 8 + 0 + 3 – 0 – 2 – 4

DetA = 5

Utilizando a propriedade citada:

Det2A = 2³.DetA

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Det2A = 8.5

Det2A = 40

Resposta: A

Representação Matricial de um Sistema

Um sistema de equações pode ser representado na forma de uma matriz. Os coeficientes das incógni-
tas serão os elementos da matriz que ocuparão as linhas e as colunas de acordo com o posicionamento

dos termos no sistema. O sistema terá a seguinte representação matri-

cial: .

Observe mais alguns sistemas representados por matrizes.

Exemplo 1

Sistema de equações com três equações e três incógnitas: x, y e z.

Representação matricial

Exemplo 2

Sistema de equações

Representação matricial

Essa relação entre sistemas de equações e matrizes fora estabelecida no intuito de determinar o valor
das incógnitas através de técnicas envolvendo cálculo de determinantes de matrizes. Nesses casos, o
método utilizado é a resolução de acordo com a Regra de Cramer, que consiste na relação entre a
matriz dos coeficientes das incógnitas e a matriz dos coeficientes independentes, descartando a matriz
das variáveis.

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Matriz dos coeficientes

A regra de Cramer estabelece que, se D ≠ 0 temos:

x = Dx/D
y = Dy/D
z = Dz/D

No caso desse sistema obtemos as seguintes matrizes:

Na matriz Dx, a coluna dos coeficientes de x foi substituída pelos coeficientes independentes.

Na matriz Dy, a coluna dos coeficientes de y foi substituída pelos coeficientes independentes.

Na matriz Dz, a coluna dos coeficientes de z foi substituída pelos coeficientes independentes.

x = Dx/D → –8/–8 = 1
y = Dy/D → –16/–8 = 2
z = Dz/D → 8 / –8 = –1

A solução do sistema é x = 1, y = 2 e z = –1.

Matrizes associadas a um sistema linear

A um sistema linear podemos associar as seguintes matrizes:

• matriz incompleta: a matriz A formada pelos coeficientes das incógnitas do sistema.

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Em relação ao sistema:

a matriz incompleta é:

• matriz completa: matriz B que se obtém acrescentando à matriz incompleta uma última coluna
formada pelos termos independentes das equações do sistema.

Assim, para o mesmo sistema acima, a matriz completa é:

Discussão de um Sistema Linear

Discutir um sistema de equações lineares significa examinar as possibilidades quanto às soluções. An-
tes de discutirmos os sistemas lineares, vamos analisar uma equação bem simples do 19 grau, ou seja:
a . x = b, onde a e b são números reais. Observe as três situações:

• 1a Situação: a*0. A equação tem uma única solução, pois: ax = b


• 2a Situação: a = b = O. A equação tem infinitas soluções, pois: 0.x = 0=>S = IR corresponde a uma
sentença indeterminada, ou seja, qualquer número real x a verifica.
• 3a Situação: a = O e b * O. A equação não tem solução, pois nenhum valor de x a verifica.

Vamos, nesta aula, discutir apenas sistemas lineares onde o número de equações é igual ao número
de incógnitas. É necessário observar três exemplos de sistemas lineares escalonados.

Exemplo 1:
Considere o seguinte sistema:

3x + y + z = 4
2x – y – z = 6
-4x + y – 5z = 20

Após escalonamento, resulta: x + 2y + 2z = -2 -6z = 30

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Como o número de equações, no sistema escalonado, é igual ao número de incógnitas, o sistema é


possível e determinado, ou seja, existe apenas uma solução.

Exemplo 2:
Considere o seguinte sistema:

fx – 2y + 3z = -11
-2x + 5y-7z = 27
c – 5y + 8z = -28

Após escalonamento, resulta: x – 2y + 3z = -11 y-z = 5 |0.z = 0, ou ainda: x – 2y + 3z = -11 y-z = 5.


Como o número de equações, no sistema escalonado, é menor que o número de incógnitas, o sistema
é possível e indeterminado, ou seja, existem infinitas soluções. Observe que uma equação, após o
escalonamento, foi suprimida.

Exemplo 3:
Considere o seguinte sistema:

x + 3y + 2z = 2
– 13x + 5y + 4z = 4
5x + 3y + 4z = -10

Após escalonamento resulta: fx + 3y + 2z = 2 j -4y – 2z = -2. Como a última equação é um absurdo,


pois não existe valor de z que verifique a igualdade, o sistema é impossível, ou seja, não admite solu-
ção.

Observe os exemplos, a seguir, relacionados com a discussão de sistemas.

Exemplo 1: Discutir o sistema linear nas incógnitas x e y, considerando o parâmetro m: x + 2y = 2 [2x


+ my = 5

Resolução:

• Vamos escalonar o sistema:


Jx + 2y = 2 [2x + my = 5
x + 2y = 2 (m-4)y = 1

Discussão:

(19) Se m – 4 * O, isto é, m * 4, o sistema é possível e determinado.


(2) Se m – 4 = O, isto é, m = 4 o sistema é impossível, pois a última equação seria O . y = 1, que, evi-
dentemente, é um absurdo.

Exemplo 2:

Discutir o sistema linear nas incógnitas x e y, considerando os parâmetros a e b: x + 2y = 3 [2x + ay =


b

Resolução:

Vamos escalonar o sistema:

Vamos, agora, discutir sistemas lineares cujas equações têm o que chamamos parâmetros.

Mas o que é parâmetro?

Exemplo 4:

Discutir o sistema linear nas incógnitas x, y e z, con-(1 ?) Se a – 4* O, ,isto é, a * 4, o sistema e possível


e desconsiderando o parâmetro m:

(2a) Sea-4 = 0eb-6 = 0, isto é, a = 4eb = 6, a última equação resulta O . y = O Logo, o sistema é possível
e indeterminado.

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(3a) Sea-4 = 0eb-6*0, isto é, a = 4 e b * 6, a última equação resulta O . y = k (k * 0) Logo, o sistema é


impossível.

Exemplo 3:

Discutir o sistema linear nas incógnitas x, y e z, considerando o parâmetro k:

Resolução:

• Vamos escalonar o sistema:

x + y + z = -5
2x – 3y + z = k
3x – 2y + 4z = O

x + y + z = -5 —* • (-2) 2x-3y + z = k+«— 3x – 2y + 4z = O + «—


x + y + z = -5 -5y-z = k+10 2z = 5 – k

Discussão:
Para qualquer valor de k, o sistema é possível e determinado.

• Discussão:

(1a) Se m2 + m – 2 = O, isto é, m = -2 ou m = 1, a última equação resulta. O.z = 0 Logo, o sistema é


possível e indeterminado.
(2a) Se m2 + m – 2 * O, isto é, m*-2em*1,a última equação resulta O . z = k (k * 0) Logo, o sistema é
impossível.

Observação:

Para resolvermos ou discutirmos um sistema linear, existe um método alternativo conhecido como mé-
todo de Castilho. Observe a seguir.

Considere o sistema:

Jax + by = m [cx + dy = n em que a, b, c, d, m e n são números reais quaisquer. Para eliminarmos a


variável x podemos multiplicar a primeira equação por -c, e a segunda por a. Assim obtemos: -acx –
bcy = -me acx + ady = an, somando, obtemos: (ad – bc). y = an – me.

Observe que o coeficiente de y é o valor do determinante da matriz, em que a primeira coluna são os
coeficientes de x e a segunda coluna são os coeficientes de y, enquanto o termo independente é o
valor do determinante, em que a primeira coluna são os coeficientes de x e a segunda coluna são os
termos independentes das equações dadas.

Com este método, transformamos cada duas equações dadas em uma equação equivalente, elimi-
nando a primeira variável. No caso de termos uma terceira equação, aplicamos o método com a terceira
e a primeira ou a terceira e a segunda equação, obtendo a segunda equação do novo sistema.

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