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Apostila de Direito Administrativo - Prof Flavio
Apostila de Direito Administrativo - Prof Flavio
SUMÁRIO
1 - ESTADO
Pessoa Jurídica de Direito Público, capaz de adquirir direitos e obrigações. O conceito de
Estado não é fixo no tempo ou no espaço. A figura do Estado só se faz presente a partir da
constituição, nessa ordem, por um POVO, por um TERRITÓRIO e por um GOVERNO
SOBERANO.
POVO
ELEMENTOS TERRITÓRIO
DO ESTADO
GOVERNO
SOBERANO
OBS: alguns autores incluem a FINALIDADE (produzir o bem comum) como sendo elemento
do Estado, porém, nem todos possuem essa posição.
EXECUTIVO
DESCONCENTRAÇÃO
LEGISLATIVO
POLÍTICA
JUDICIÁRIO
ESTADO
UNIÃO
DESCENTRALIZAÇÃO ESTADOS
POLÍTICA DF
MUNICÍPIOS
CONFEDERAÇÃO: é a reunião de
Estados Soberanos. Ex. EUA
OBS: todos os entes federativos são AUTÔNOMOS, ou seja, podem criar suas próprias
normas (legislar), mas não são SOBERANOS ou INDEPENDENTES.
UNIÃO
ESTADOS AUTOGOVERNO (eleger os seus
DISTRITO FEDERAL dirigentes)
MUNICÍPIOS
AUTOADMINISTRAÇÃO (organizar
os seus serviços)
2 – GOVERNO
REPÚBLICA
- elegibilidade dos governantes
- temporariedade do mandato
FORMAS DE - prestação de contas
GOVERNO
FO GO - RE MO MONARQUIA
- hereditariedade dos governantes
- vitaliciedade do mandato
- não prestação de contas
PRESIDENCIALISMO
SISTEMA DE
GOVERNO
SI GO - PRE PAR
PARLAMENTARISMO
3 - ESTADO DE DIREITO
O Estado cria as leis (sentido amplo – normas) para que a todos sejam impostas, inclusive a
si mesmo.
OBS: a presunção de legitimidade, aplicável a todo e qualquer ato praticado pelo Estado,
deriva do Estado de Direito. De fato, se o Estado é de Direito e, assim, pressupõem-se que
cumpra a lei, todo e qualquer ato proveniente do Estado é produzido, presumidamente, de
acordo com a ordem jurídica e, portanto, é legítimo.
4 - ESTADO DEMOCRÁTICO
O Poder de um Estado é UNO, indivisível. No entanto, o Poder pode ser exercido por outros
órgãos, com o objetivo de possibilitar um controle recíproco, constituindo o que chamamos na
doutrina constitucionalista como sistema de “FREIOS E CONTRAPESOS”.
OBS: apenas o Poder Executivo não possui função jurisdicional (não julga com definitividade),
julga apenas administrativamente. Ex. PAD.
OBS: a Jurisdição é quase totalmente monopolizada pelo Poder Judiciário e apenas em casos
excepcionais pode ser exercida pelo Legislativo. Ex. Julgar o Presidente da República nos
crimes de responsabilidade.
OBS: O Ministério Público não é considerado um novo Poder, para fins de prova.
6 - RAMOS DO DIREITO
DIREITO
PRIVADO PÚBLICO
A característica marcante do direito privado é a igualdade nas relações jurídicas, eis que se
ocupa de situações nas quais os interesses da coletividade não estão em jogo, tutelando
apenas interesses particulares.
7 – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Em sentido estrito, o conceito de administração pública envolve todo o aparelhamento
estatal voltado à execução das políticas públicas. Contrapõe-se, portanto, ao conceito de
Governo: enquanto este estabelece, aquela executa as políticas públicas. Nas palavras de
Hely Lopes Meireles, “a Administração não pratica atos de governo; pratica tão-somente,
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SENTIDO
AMPLO RESTRITO
Serviço público: toda atividade executada diretamente pela Administração Pública formal ou
por particulares delegatários que tenham por fim satisfazer as necessidades coletivas, sob
regime predominantemente público. Exemplos: serviço postal, serviços de telecomunicações,
transporte ferroviário, rodoviário e aéreo etc.
8 – DIREITO ADMINISTRATIVO
É o ramo do Direito Público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas
administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa
que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública.
LEI – A lei é fonte primária e principal do direito administrativo. Deve ser considerada em
sentido amplo (vai desde a constituição até os atos administrativos inferiores)
PRIMÁRIA E
PRINCIPAL
LEI PRIMORDIAL
S
C
R
I
T
DOUTRINA S A
E
FONTES C
U
LE DO JU CO N NÃO
JURISPRUDÊNCIA D E
Á S
R C
I R
A I
COSTUMES S T
A
11 – SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
Forma adotada pelo Estado para solucionar os litígios decorrentes da sua atuação.
- dualidade de jurisdição;
- o Poder Judiciário não pode intervir nas funções administrativas;
- todos os litígios podem ser levados ao Judiciário, que é o único competente para proferir
decisões com autoridade final e conclusiva, com força de coisa julgada.
- habeas data
- mandado de segurança, caso seja possível interpor recurso administrativo com efeito
suspensivo.
12 – QUESTÕES
I. lei.
II. razoabilidade.
III. moralidade.
IV. jurisprudência.
V. proporcionalidade.
c) I e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
GABARITO: LETRA C
COMENTÁRIO:
Questão bem tranquila. São fontes do direito administrativo a lei, a doutrina, os costumes
e a jurisprudência (LE DO JU CO).
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02 (2011/FCC/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Judiciária) No que concerne às fontes
do Direito Administrativo, é correto afirmar que:
COMENTÁRIO:
Letra d) a lei como fonte do direito administrativo deve ser vista de forma ampla, ou seja,
desde a Constituição até as normas inferiores. Assim, é correto quando a alternativa afirma
que a lei em sentido estrito e a Constituição constituem fontes primárias do direito
administrativo.
Letra e) Via de regra, a jurisprudência não obriga a administração pública. No entanto, as
Súmulas Vinculantes editadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) obrigam (vinculam) o
próprio Poder Judiciário e também toda a administração pública.
Cuidado com as palavras que restringem ou extrapolam o sentido do texto (sempre, nunca,
jamais, exclusivamente, privativamente). Essas palavras normalmente tornam a assertiva
ou a alternativa incorreta.
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COMENTÁRIO:
Como veremos abaixo, temos como exemplo da incidência da inafastabilidade do controle
jurisdicional sobre os atos administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é correto citar a
vigência do sistema inglês ou de jurisdição única.
- dualidade de jurisdição;
- todos os litígios podem ser levados ao Judiciário, que é o único competente para proferir
decisões com autoridade final e conclusiva, com força de coisa julgada.
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d) o papel integrativo da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito, mesmo em
caráter praeter legem ou contra legem.
e) a prevalência de normas de caráter administrativo, como decretos, portarias e resoluções,
ainda que em face da aplicação da lei formal.
GABARITO: LETRA C
COMENTÁRIO:
Letra d) a analogia e os princípios gerais do direito não são consideradas fontes do direito
administrativo. Os costumes são fontes do direito administrativo, no entanto, desde que não
contrariem as disposições de leis.
Letra e) completamente errada a alternativa. As normas de caráter administrativo jamais
irão prevalecer em face de lei formal (lei formal é a lei que passou pelo processo legislativo
constitucional, ou seja, foi discutida e aprovada pelo Poder Legislativo)
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a) jurisprudência.
b) doutrina.
c) prática costumeira.
d) analogia.
e) lei.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
Sem dificuldade para acertar essa questão. Sempre que falar em reiteradas decisões de
tribunais em um mesmo sentido a questão está se referindo à jurisprudência.
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Gabarito: Errada
Comentário:
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07 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Acerca do
direito administrativo, julgue o item que se segue.
A regulação das relações jurídicas entre agentes públicos, entidades e órgãos estatais cabe ao
direito administrativo, ao passo que a regulação das relações entre Estado e sociedade
compete aos ramos do direito privado, que regulam, por exemplo, as ações judiciais de
responsabilização civil do Estado.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIO:
A primeira parte da assertiva realmente está correta, porquanto cabe ao direito
administrativo a relação das relações jurídicas entre os agentes públicos, entidades e órgãos
do Estado. No entanto, também cabe ao direito público as relações entre o Estado e a
sociedade (o direito administrativo é um dos ramos do direito público).
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COMENTÁRIO:
Assertiva incorreta, pois os costumes são considerados fontes do direito administrativo. Basta
lembrar no mnemônico LE DO JU CO.
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09 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) O direito
administrativo é
a) um ramo estanque do direito, formado e consolidado cientificamente.
d) um conjunto esparso de normas que, por possuir características próprias, deve ser
considerado de maneira dissociada das demais regras e princípios.
e) um sistema de regras e princípios restritos à regulação interna das relações jurídicas entre
agentes públicos e órgãos do Estado.
GABARITO: Letra B
COMENTÁRIO:
Letra a) o direito administrativo não é ramo estanque, é mutável e continua em constante
evolução (não está formado e nem consolidado cientificamente).
Letra b) alternativa correta, o direito administrativo realmente é um ramo do direito público
e está muito próximo do direito constitucional (por exemplo, existe um capítulo na
constituição “todinho” destinado ao trato da Administração Pública). Também está correto
afirmar que o direito administrativo possui interfaces com outros ramos do direito, inclusive
direito privado.
Letra e) o direito administrativo não regula apenas as relações jurídicas entre agentes
públicos e órgãos do Estado, mas também relações que os particulares pactuam com o
Estado, como ocorre no exercício do poder de polícia administrativa.
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GABARITO: Letra E
COMENTÁRIO:
Letra c) é o Poder Disciplinar que possui a faculdade de punir as infrações funcionais dos
servidores.
REPÚBLICA
- elegibilidade dos governantes
- temporariedade do mandato
FORMAS DE - prestação de contas
GOVERNO
FO GO - RE MO
MONARQUIA
- hereditariedade dos governantes
- vitaliciedade do mandato
- não prestação de contas
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11 (2016/CESPE/PC-PE/Agente de Polícia) Considerando as fontes do direito
administrativo como sendo aquelas regras ou aqueles comportamentos que provocam o
surgimento de uma norma posta, assinale a opção correta.
a) A lei é uma fonte primária e deve ser considerada em seu sentido amplo para abranger
inclusive os regulamentos administrativos.
b) O acordo é uma importante fonte do direito administrativo por ser forma de regulamentar
a convivência mediante a harmonização de pensamentos.
c) Os costumes, pela falta de norma escrita, não podem ser considerados como fonte do
direito administrativo.
d) A jurisprudência é compreendida como sendo aquela emanada por estudiosos ao
publicarem suas pesquisas acerca de determinada questão jurídica.
e) Uma doutrina se consolida com reiteradas decisões judiciais sobre o mesmo tema.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
Letra a) é o nosso gabarito. Realmente a lei, como fonte do direito administrativo, deve ser
vista em seu sentido amplo, não apenas a lei formal, mas todas as espécies de normas, da
constituição até os regulamentos inferiores.
Letra b) acordo não é fonte do direito administrativo. São fontes, a lei, a doutrina, a
jurisprudência e os costumes (LE DO JU CO)
Letra c) os costumes podem sim ser fontes do direito administrativo, quando não há norma
escrita sobre determinado tema.
A doutrina é compreendida como sendo aquela emanada por estudiosos ao publicarem suas
pesquisas acerca de determinada questão jurídica.
Uma jurisprudência se consolida com reiteradas decisões judiciais sobre o mesmo tema.
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GABARITO: Letra C
COMENTÁRIO:
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COMENTÁRIO:
Letra a) é o gabarito da questão. Povo, território e governo soberano (PTG) são elementos
indissociáveis do Estado.
Letra b) o Estado, nesse caso, é Pessoa Jurídica de Direito Público. Entes despersonalizados
são apenas os órgãos públicos.
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GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
O Poder de um Estado é UNO, indivisível. No entanto, o Poder pode ser exercido por outros
órgãos, com o objetivo de possibilitar um controle recíproco, constituindo o que chamamos na
doutrina constitucionalista como sistema de “FREIOS E CONTRAPESOS”.
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A função administrativa é exclusiva do Poder Executivo, não sendo possível seu exercício
pelos outros poderes da República.
GABARITO: Errada
COMENTÁRIO:
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GABARITO: Errado
COMENTÁRIO:
A aplicação da lei pelo Poder Executivo, no exercício da função administrativa, pode ser tanto
por provocação do interessado como de ofício.
No entanto, a aplicação da lei pelo Poder Judiciário, no exercício da função jurisdicional,
depende de provocação do interessado, sendo vedada a aplicação de ofício.
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17 (2015/CESPE/TRE-MT/Analista) Com relação ao direito administrativo e à
administração pública, assinale a opção correta.
a) A administração pública em sentido estrito abrange os órgãos governamentais,
encarregados de traçar políticas públicas, bem como os órgãos administrativos, aos quais
cabe executar os planos governamentais.
d) As principais fontes do direito administrativo brasileiro, que não foi codificado, são o
costume e a jurisprudência.
e) A administração pública em sentido subjetivo não se faz presente nos Poderes Legislativo e
Judiciário.
GABARITO: Letra B
COMENTÁRIO:
Letra c) o critério das relações jurídicas é o conjunto de normas que regem as relações entre
a administração e os administrados.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SENTIDO
AMPLO RESTRITO
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GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
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GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
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d) De acordo com o critério das relações jurídicas, o direito administrativo pode ser visto
como o sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o
cumprimento de seus fins.
GABARITO: Letra E
COMENTÁRIO:
Letra a) não há nenhum fundamento sobre o assunto no STF. Errada a alternativa.
Letra c) o princípio do interesse público está previsto no art. 2º da Lei n. 9.784/99, sendo,
portanto, explícito para a administração pública.
Letra d) De acordo com o critério teleológico, o direito administrativo pode ser visto como o
sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de
seus fins.
Letra e) trouxe o conceito adotado pela doutrinadora Di Pietro para o critério da distinção
entre atividade jurídica e social do Estado.
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a) O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado pela forte intervenção na
sociedade e na economia.
COMENTÁRIO:
Letra a) pelo contrário, o Estado liberal, é marcado pela abstenção do Estado na sociedade e
na economia. Quase tudo era deixado na mão da iniciativa privada. O liberalismo preocupava-
se em assegurar os direitos fundamentais dos cidadãos, ou seja, os direitos de primeira
geração (vida, liberdade e igualdade).
Letra b) no Brasil, adotamos o sistema presidencialista de governo, em que uma das suas
características é o acúmulo das funções de chefe de Estado e de Governo pelo Presidente da
República.
Letra d) exato, a existência do Estado pode ser mensurada pela forma organizada com que
são exercidas as atividades executivas, legislativas e judiciais.
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22 (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Administrativa) Com relação ao
conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo, assinale a opção correta.
a) Consoante o critério negativo, o direito administrativo compreende as atividades
desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, incluindo as atividades jurisdicionais,
porém excluindo as atividades legislativas.
c) Para a escola exegética, o direito administrativo tinha por objeto a compilação das leis
existentes e a sua interpretação com base principalmente na jurisprudência dos tribunais
administrativos.
d) São considerados fontes primárias do direito administrativo os atos legislativos, os atos
infralegais e os costumes.
e) De acordo com o critério do Poder Executivo, o direito administrativo é conceituado como o
conjunto de normas que regem as relações entre a administração e os administrados.
GABARITO: Letra C
COMENTÁRIO:
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a) A criação de órgão público deve ser feita, necessariamente, por lei; a extinção de órgão,
entretanto, dado não implicar aumento de despesa, pode ser realizada mediante decreto.
b) A autotutela administrativa compreende tanto o controle de legalidade ou legitimidade
quanto o controle de mérito.
c) A motivação deve ser apresentada concomitantemente à prática do ato administrativo.
e) No Brasil, ao contrário do que ocorre nos países de origem anglo-saxã, o costume não é
fonte do direito administrativo.
GABARITO: Letra B
COMENTÁRIO:
Letra a) segundo o art. 84, VI, da CF/88, tanto a criação como a extinção de órgãos públicos
deve ser feita por meio de lei.
Letra d) somente os atos que visem a produção de efeitos externos ou que onerem o
patrimônio público devem ser publicados em diário oficial.
Letra e) o costume é fonte secundária do direito administrativo.
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GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
GABARITO: Errada
COMENTÁRIO:
As leis formais (aquelas que passaram pelo processo legislativo constitucional) não
encontram sua aplicabilidade restrita à esfera político-administrativa, elas também podem
atingir a esfera dos administrados, criando obrigações ou restrições aos particulares.
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26 (2018/CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência) Julgue o item que se segue, a
respeito de aspectos diversos relacionados ao direito administrativo.
A jurisprudência administrativa constitui fonte direta do direito administrativo, razão por que
sua aplicação é procedimento corrente na administração e obrigatória para o agente
administrativo, cabendo ao particular sua observância no cotidiano.
GABARITO: Errada
COMENTÁRIO:
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GABARITO: Correta
COMENTÁRIO:
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Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, princípio “é por definição, mandamento nuclear
de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre
diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata
compreensão e inteligência exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema
normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico.”
instrumentais à cura do interesse público, tais como a autotutela e o poder de polícia, dentre
outras tantas, que lhe permitem assegurar a supremacia do interesse público sobre o privado.
Interesse público secundário: diz respeito aos interesses do próprio Estado, internos,
introversos, portanto inconfundíveis com os primários. Ex. locação de imóvel para guardar
livros enquanto a biblioteca seja reformada.
Assim, a autoridade não pode renunciar ao exercício das competências que lhe são
outorgadas por lei; não pode deixar de punir quando constate a prática de ilícito
administrativo; não pode deixar de exercer o poder de polícia para coibir o exercício dos
direitos individuais em conflito com o bem-estar coletivo; não pode deixar de exercer os
poderes decorrentes da hierarquia; não pode fazer liberalidade com o dinheiro público. Cada
vez que ela se omite no exercício dos seus poderes, é o interesse público que está sendo
prejudicado.
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OBS: A lei 9.784/99, art. 2º, traz expressamente o princípio da razoabilidade, porém,
essa lei é de caráter geral apenas para a Administração Pública Federal, e não para toda a
Administração Pública brasileira, por isso esse princípio é considerado implícito.
- Eficiência - Continuidade
OBS:o princípio da EFICIÊNCIA, foi - etc
incluído na CF/88 pela EC 19/98, tornando-
se princípio expresso.
- Art. 5°, II, CF/88 = Ninguém será obrigado - A Administração Pública só poderá fazer o
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa que a lei permitir (vontade legal)
senão em virtude de lei.
- o particular só deixará de agir quando a lei
proibir.
- o particular poderá fazer tudo o que a lei
não proíbe (autonomia de vontade)
OBS: A atividade administrativa não pode ser exercida contra legem nem praeter legem,
mas apenas secundum legem.
Consoante a lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a Administração não pode atuar com
vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse
público que tem que nortear o seu comportamento.
Nesse primeiro aspecto, o princípio da impessoalidade é corolário da isonomia ou
igualdade.
O princípio da impessoalidade, para fins de concurso público, pode ser confundido com o
princípio da isonomia, ou seja, eles se confundem. A realização e concurso público é
consequência da aplicação do princípio da impessoalidade/isonomia.
3 – imputação dos atos praticados pelos agentes públicos à pessoa jurídica em que
atuam.
Art. 37 § 1° - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.
OBS: o princípio que justifica a manutenção dos efeitos dos atos praticados por um
funcionário de fato é o princípio da impessoalidade. É o caso do servidor que ingressou no
serviço público para um cargo de nível superior e depois de algum tempo foi descoberto que
ele apresentou um diploma falso no ato da posse. Os atos praticados por esse servidor
continuam valendo, pois, apesar de não ser um servidor de direito, ele era um servidor de
fato, agindo em nome do Estado.
a) licitação
b) concurso público
c) precatório
Impõe que os agentes públicos atuem com honestidade, boa-fé e lealdade, respeitando a
isonomia e demais preceitos éticos, sempre perseguindo a boa administração.
Art. 5°, XXXIII - todos têm direito de receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei,
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado.
OBS: Em regra os atos da Administração Pública devem ser divulgados pelo Diário Oficial. Se
o município não tiver DO, deve publicar em quadro de avisos. Caso o ato do município seja de
A ênfase se dá nos resultados alcançados pela Administração Pública e não nos meios para
alcançar os resultados.
CESPE: O princípio da razoabilidade se evidencia nos limites do que pode, ou não, ser
considerado aceitável, e sua inobservância resulta em vício do ato administrativo.
Um ato razoável deve ser um ato adequado, necessário e proporcional, ocorrendo dessa
forma que alguns autores dizem que o princípio da proporcionalidade deriva do princípio da
razoabilidade.
CESPE/TER-RJ/2012 - No âmbito da administração pública, a correlação entre meios e fins
é uma expressão cujos sentido e alcance costumam ser diretamente associados ao princípio
da eficiência. (FALSO – AO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE)
SÚMULA 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de
vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.
SÚMULA 346 STF – A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios
atos.
O Poder Judiciário não pode revogar atos administrativos editados pela Administração
Pública, mas poderá revogar os seus próprios atos quando editados no exercício da função
administrativa, quando inconvenientes ou inoportunos.
sobre o princípio da legalidade por opção do próprio legislador que estabelece prazo para a
anulação de atos ilegais.
OBS: a teoria do fato consumado não se aplica em matéria de concurso público. Assim,
não se aplica a teoria do fato consumado na hipótese em que o candidato toma posse em
virtude de decisão liminar, salvo situações fáticas excepcionais.
A motivação é a apresentação dos motivos por escrito. Motivo e Motivação não são
expressões sinônimas. A motivação faz parte da forma do ato, isto é, ela integra o elemento
forma e não o elemento motivo. Se o ato deve ser motivado para ser válido, e a motivação
não é feita, o ato é nulo por vício de forma (vício insanável) e não por vício de motivo.
Não é um princípio de caráter absoluto, existem exceções ao princípio da motivação:
Lei 9.784/99 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos
e dos fundamentos jurídicos, quando:
MOTIVAÇÃO ALIUNDE (em outro lugar): Art. 50 § 1o A motivação deve ser explícita,
clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte
integrante do ato.
CESPE/2008 – Pelo princípio da motivação, é possível a chamada motivação aliunde, ou
seja, a mera referência, no ato, à sua concordância com anteriores pareceres, informações,
decisões ou propostas, como forma de suprimento da motivação do ato.
4 - QUESTÕES:
b) devem restringi-la com base na relação objetiva e direta entre tatuagem e conduta
atentatória à moral e aos bons costumes.
c) estão impedidos de restringi-la, para garantir o pleno e livre exercício da função pública.
d) devem restringi-la, quando se tratar de cargo efetivo da polícia militar.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
Informativo 835/STF:
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d) Os atos punitivos são os atos por meio dos quais o Poder Público aplica sanções por
infrações administrativas pelos servidores públicos. Trata-se de exercício de Poder de Polícia
com base na hierarquia.
e) A licença não é classificada como ato negocial, pois se trata de ato vinculado, concedida
desde que cumpridos os requisitos objetivamente definidos em lei.
GABARITO: Letra C
COMENTÁRIO:
Letra d) a aplicação de sanções pela administração pública aos seus servidores (atos
punitivos internos) decorre imediatamente do exercício do poder disciplinar e
mediatamente do poder hierárquico.
Letra e) a licença é sim ato negocial e trata-se de ato vinculado, concedida sempre que
cumpridos os requisitos objetivamente definidos em lei.
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03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Acerca do
direito administrativo, julgue o item que se segue.
Considerando os princípios constitucionais explícitos da administração pública, o STF estendeu
a vedação da prática do nepotismo às sociedades de economia mista, embora elas sejam
pessoas jurídicas de direito privado.
GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
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a) presunção de legitimidade.
b) autotutela.
c) segurança jurídica.
COMENTÁRIO:
O princípio da segurança jurídica tem a finalidade de evitar alterações supervenientes que
possam causar instabilidade social e diminuir os efeitos traumáticos de novas disposições,
protegendo sempre a estabilidade jurídica.
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05 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Em importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, foi considerada
inconstitucional lei que destinava verbas públicas para o custeio de evento cultural
tipicamente privado, sem amparo jurídico-administrativo. Assim, entendeu a Corte Suprema
tratar-se de favorecimento a seguimento social determinado, incompatível com o interesse
público e com princípios que norteiam a atuação administrativa, especificamente, o princípio
da
a) presunção de legitimidade restrita.
b) motivação.
c) impessoalidade.
e) publicidade.
GABARITO: Letra C
COMENTÁRIO:
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06 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Técnico Judiciário - Área Administrativa) Em
importante julgamento proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, reconheceu a Corte
Superior a impossibilidade de acumulação de cargos públicos de profissionais da área da
saúde quando a jornada de trabalho superar sessenta horas semanais. Assim, foi considerada
a legalidade da limitação da jornada de trabalho do profissional de saúde para sessenta horas
semanais, na medida em que o profissional da área da saúde precisa estar em boas condições
físicas e mentais para bem exercer as suas atribuições, o que certamente depende de
adequado descanso no intervalo entre o final de uma jornada de trabalho e o início da outra,
o que é impossível em condições de sobrecarga de trabalho. Tal entendimento está em
consonância com um dos princípios básicos que regem a atuação administrativa, qual seja, o
princípio da
a) publicidade.
b) motivação.
c) eficiência.
d) moralidade.
e) impessoalidade.
GABARITO: Letra C
COMENTÁRIO:
No caso, para que o servidor possa exercer suas atribuições com eficiência, ele precisa de
um adequado intervalo de descanso entre uma jornada e outra.
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GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
Letra a) Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, enuncia-se com esse princípio
(razoabilidade) que a Administração, ao atuar no exercício de discrição, terá de obedecer a
critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de
pessoas equilibradas e respeitosa das finalidades que presidiram a outorga da competência
exercida. Segundo o mesmo autor, os atos que violem o princípio da razoabilidade devem ser
invalidados, autorizando o controle judicial desses atos.
Letra d) Totalmente errada. A razoabilidade não comporta significado unívoco, o que pode
ser razoável para uns, pode não ser para outros. Assim, sua observação não é algo simples
para o administrador público.
Letra e) o judiciário não analisa o mérito administrativo quando atua. Assim, quando um ato
possui vício de razoabilidade ele é, na verdade, um ato ilegal.
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c) ambas são exercidas pela própria Administração, sendo a tutela expressão do poder
disciplinar e a autotutela do poder hierárquico.
d) a tutela decorre do poder hierárquico e a autotutela é expressão da supremacia do
interesse público fundamentando o poder de polícia.
e) é através da tutela que a Administração direta exerce o controle finalístico sobre entidades
da Administração indireta, enquanto pela autotutela exerce controle sobre seus próprios atos.
GABARITO: Letra E
COMENTÁRIO:
A letra a está errada porque tanto a autotutela como a tutela administrativa podem ser
operadas de ofício quanto por provocação de terceiros interessados.
A letra b está errada pois tanto a autotutela como a tutela são realizadas pela própria
administração pública, e não pelo Judiciário.
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b) legalidade, que determina à Administração sempre atuar de acordo com o que estiver
expressamente previsto na lei, em sentido estrito, admitindo-se mitigação do cumprimento
em prol do princípio da eficiência.
d) supremacia do interesse público, que se coloca com primazia sobre os demais princípios e
interesses, uma vez que atinente à finalidade da função executiva.
e) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administração pública devem ser de
conhecimento dos administrados, para que possam exercer o devido controle.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
Letra b) pelo princípio da legalidade, a administração pública deve sempre atuar de acordo
com o previsto em lei, em sentido amplo e estrito, não se admitindo a mitigação do
cumprimento da lei em prol do princípio da eficiência.
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COMENTÁRIO:
---------------------------------------------------------------------------------------------------
COMENTÁRIO:
---------------------------------------------------------------------------------------------------
GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
Realmente todos os atos podem ser submetidos à apreciação judicial. Além disso, o Poder
Judiciário efetua controle de legalidade tanto em atos vinculados como em atos
discricionários.
SÚMULA 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de
vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
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O administrador, quando gere a coisa pública conforme o que na lei estiver determinado,
ciente de que desempenha o papel de mero gestor de coisa que não é sua, observa o
princípio da indisponibilidade do interesse público.
GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
O princípio da indisponibilidade do interesse público faz com que a Administração, por
intermédio de seus agentes, não tenha vontade própria, por estar investida no papel de
satisfazer a vontade de terceiros, quais sejam, o coletivo, a sociedade. Assim, diz-se que a
Administração Pública sofre restrições em sua atuação. Ex. Licitação, concurso público, etc.
---------------------------------------------------------------------------------------------------
COMENTÁRIO:
Realmente houve violação dos princípios da legalidade (edição de portaria sem ser o sujeito
competente) e impessoalidade (beneficiar amigos ao invés de buscar a isonomia).
Para complementar, nos termos da lei n. 9.784/99, os atos de caráter normativo não podem
ser delegados. Com efeito, houve mais uma ilegalidade na edição da referida portaria.
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GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
CF/88, art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Assim, correta a assertiva.
---------------------------------------------------------------------------------------------------
GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
Essa é uma daquelas questões do CESPE complicadíssimas. Conforme o aluno vai acumulando
experiência em questões de concursos, ele observa que as expressões do tipo “sem
exceções”, “sempre”, “nunca”, etc quase sempre estão erradas, principalmente quando se
tratar de questão do CESPE.
No entanto, essa é uma daquelas regras que realmente não comporta exceções.
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17 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca dos princípios
fundamentais que regem a administração pública brasileira, julgue o item a seguir.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO:
Os princípios que regem a administração pública federal estão estabelecidos no Título III –
Da Organização do Estado, Capítulo VII – Da Administração Pública, Seção I – Disposições
Gerais, no Art. 37.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
---------------------------------------------------------------------------------------------------
Entre esses princípios inclui-se aquele que autoriza que o administrador público federal, em
determinadas situações, delegue competência para a prática de atos administrativos.
GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
O princípio em comento é o princípio da hierarquia. Segundo esse princípio, os órgãos da
administração pública devem ser estruturados de forma tal que haja uma relação de
coordenação e subordinação entre eles, cada um titular de atribuições definidas na lei.
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19 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) No que diz respeito aos
poderes e deveres dos administradores públicos, julgue o item que se segue.
O dever do administrador público de agir de forma ética e com boa-fé se refere ao seu dever
de eficiência.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO:
O dever de o administrador público agir de forma ética e com boa-fé se refere ao seu dever
de moralidade.
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GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
---------------------------------------------------------------------------------------------------
GABARITO: Letra D
COMENTÁRIO:
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22 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador) Os atos e provimentos
administrativos são imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao órgão ou entidade
administrativa em nome do qual age o funcionário. Este é um mero agente da Administração
Pública, de sorte que não é ele o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão que
formalmente manifesta a vontade estatal. (José Afonso da Silva em Comentário Contextual à
Constituição)
a) impessoalidade.
b) legalidade.
c) moralidade.
d) eficiência.
e) publicidade.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
O princípio que justifica a manutenção dos efeitos dos atos praticados por um funcionário de
fato é o princípio da impessoalidade.
É o caso do servidor que ingressou no serviço público para um cargo de nível superior e
depois de algum tempo foi descoberto que ele apresentou um diploma falso no ato da posse.
Os atos praticados por esse servidor continuam válidos, pois, apesar de não ser um servidor
de direito, ele era um servidor de fato, agindo em nome do Estado.
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23 (2018/CESPE/CGM de João Pessoa – PB/Técnico de Controle Interno) Acerca da
administração pública e da organização dos poderes, julgue o item subsequente à luz da CF.
O princípio da eficiência determina que a administração pública direta e indireta adote critérios
necessários para a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando desperdícios e
garantindo a maior rentabilidade social.
GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
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24 (2018/CESPE/CGM de João Pessoa – PB/Auditor de Controle Interno) Com relação
ao controle no âmbito da administração pública, julgue o item seguinte.
O controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a administração pública tem
sobre seus próprios atos e agentes.
GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
Exato, o controle administrativo deriva do princípio da autotutela da administração pública.
---------------------------------------------------------------------------------------------------
a) publicidade.
b) proporcionalidade restrita.
c) supremacia do interesse privado.
d) presunção de legitimidade.
e) motivação.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
---------------------------------------------------------------------------------------------------
c) eficiência.
d) publicidade.
e) indisponibilidade.
GABARITO: Letra B
COMENTÁRIO:
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c) privilégios em face do particular, que podem ser exercidos de forma ampla e irrestrita, em
razão de sua posição vertical face aos mesmos.
d) restrições e prerrogativas necessárias à consecução dos seus fins, que são igualmente
identificáveis nas relações entre os privados em razão do princípio da isonomia.
e) amplo poder em face do particular, que se sujeita aos seus comandos independentemente
do fim objetivado, uma vez que o agir administrativo é presumidamente de acordo com a lei.
GABARITO: Letra B
COMENTÁRIO:
Letra a) o regime jurídico administrativo é dividido em dois supra princípios: o da
supremacia do interesse público sobre o privado (privilégios) e o da
indisponibilidade do interesse público (restrições). Assim, erra a alternativa ao afirmar
que não há restrições para a administração pública. Podemos citar como restrições, o
concurso público, a licitação, o dever de agir, o dever de prestar contas, etc.
Letra c) os privilégios não podem ser exercidos de modo amplo e irrestrito. Pelo contrário,
esses privilégios só poderão ser exercidos nos estritos limites definidos em lei. Por fim, vale
ressaltar que a supremacia do interesse público sobre o privado é princípio não absoluto (já
falamos que não existem princípios de natureza absoluta no direito administrativo).
Letra d) as prerrogativas e restrições não são identificáveis nas relações entre os privados.
Letra e) independente do fim objetivado não, o fim objetivado pela administração pública é
sempre o interesse da coletividade.
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28 (2016/FCC/AL-MS/Assistente Legislativo) A Administração pública está sujeita a
regime jurídico administrativo, quea) não se aplica às hipóteses de desconcentração do
serviço público, método de gestão administrativa utilizado para flexibilização do regime
jurídico aplicável à atuação da Administração.
COMENTÁRIO:
Dica de prova: nessa questão temos duas alternativas completamente opostas
(contraditórias), as letras c e d. Quando isso acontece, a resposta geralmente é uma delas.
Assim, o primeiro passo é avaliarmos nas outras alternativas que sobraram se alguma delas
tem o mesmo conceito que as contraditórias. Vejam a letra b e a letra c. Em outras palavras
elas dizem a mesma coisa, ou seja, elas não podem ser a nossa resposta. Assim, só nos resta
a letra d. Por fim, mesmo que essa técnica não fosse possível, se tivéssemos que chutar essa
questão e soubéssemos que as letras c e d eram contraditórias, o eventual chute resumir-se-
ia a apenas duas opções, e não cinco.
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IV. eficiência, prefeito que contrata a filha para ser assessora lotada em seu gabinete.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e III.
e) II e IV.
GABARITO: Letra B
COMENTÁRIO:
I – errado – atuar conforme o direito não é infração ao princípio da legalidade, pelo
contrário, atuar conforme o direito é obediência ao princípio da legalidade.
IV – errado - quando uma autoridade pública nomeia parentes para sua assessoria, ele está
praticando nepotismo, conduta vedada pela Súmula Vinculante n. 13/STF. A prática do
nepotismo viola os princípios da moralidade e da impessoalidade de forma direta.
Afirmar que o nepotismo viola a eficiência administrativa não é sempre verdadeiro, depende
do caso concreto, por isso o erro da questão. Assim, a prática do nepotismo poderá violar o
princípio da eficiência, caso fique comprovado que o nomeado não era competente para o
cargo.
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30 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Quando a União firma um convênio com
um estado da Federação, a relação jurídica envolve a União e o ente federado e não a União e
determinado governador ou outro agente. O governo se alterna periodicamente nos termos
da soberania popular, mas o estado federado é permanente. A mudança de comando político
não exonera o estado das obrigações assumidas. Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal
(STF) tem entendido que a inscrição do nome de estado-membro em cadastro federal de
inadimplentes devido a ações e(ou) omissões de gestões anteriores não configura ofensa ao
princípio da administração pública denominado princípio do(a)
a) intranscendência.
e) moralidade.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
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31 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) O princípio da proteção à confiança da
administração pública
GABARITO: Letra C
COMENTÁRIO:
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GABARITO: Errada.
COMENTÁRIO:
Esse princípio – indisponibilidade do interesse público - faz com que a Administração,
por intermédio de seus agentes, não tenha vontade própria, por estar investida no papel de
satisfazer a vontade de terceiros, quais sejam, o coletivo, a sociedade. Assim, diz-se que a
Administração Pública sofre restrições em sua atuação. Ex. Licitação, concurso público, etc.
Ademais, o Estado exercerá sua função administrativa predominantemente sob o regime
de direito público, no entanto, em alguns casos poderá ser regido por regras de direito
privado, cito como exemplo um contrato de locação de imóvel de propriedade de particular.
Nesse caso o Estado fará esse contrato de locação regido pelas regras do direito civil.
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33 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) No que se refere aos
princípios da administração pública, julgue o item subsequente.
O princípio da publicidade viabiliza o controle social da conduta dos agentes administrativos.
GABARITO: Correto.
COMENTÁRIO:
Segundo Matheus Carvalho, a publicidade sempre foi vista como forma de controle da
administração pelos seus cidadãos. A sociedade só poderá controlar os atos
administrativos se estes forem devidamente publicizados, sendo impossível efetivar essa
garantia em relação a atos praticados de forma alheia ao conhecimento popular.
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GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
Segundo ensina José dos Santos Carvalho Filho, esse postulado teve origem no âmbito do
direito ambiental, efetivamente foro próprio para seu estudo e aprofundamento. Significa
que, em caso de risco de danos graves e degradação ambientais, medidas preventivas devem
ser adotadas de imediato, ainda que não haja certeza científica absoluta, fator este que não
pode justificar eventual procrastinação das providências protetivas. Autorizada doutrina, a
propósito, já deixou consignado que, existindo dúvida sobre a possibilidade de dano, a
solução deve ser favorável ao ambiente e não ao lucro imediato.
De acordo com o autor atualmente, o axioma tem sido invocado também para a tutela
do interesse público, em ordem a considerar que, se determinada ação acarreta
risco para a coletividade, deve a Administração adotar a postura de precaução para
evitar que eventuais danos acabem por concretizar-se. Semelhante cautela é de todo
conveniente na medida em que se sabe que alguns tipos de dano, por sua gravidade e
extensão, são irreversíveis ou, no mínimo, de dificílima reparação.
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COMENTÁRIO:
---------------------------------------------------------------------------------------------------
GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
Basta lembrarmos que não existe hierarquia entre os princípios, todos eles possuem a mesma
força, independente se explícitos ou implícitos na CF/88.
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37 (2018/CESPE/CGM de João Pessoa – PB/Auditor de Controle Interno) Com relação
aos princípios aplicáveis à administração pública e ao enriquecimento ilícito por agente público,
julgue o item a seguir.
GABARITO: Correto.
COMENTÁRIO:
O princípio da autotutela é a possibilidade de a administração pública rever os seus próprios
atos, seja para anulá-los (ilegais) ou revogá-los (inconvenientes ou inoportunos), de ofício
ou mediante provocação de terceiros interessados.
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a) publicidade.
b) impessoalidade.
c) proporcionalidade.
d) especialidade.
GABARITO: Letra B
COMENTÁRIO:
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39 (2016/FCC/Copergás – PE/Auxiliar administrativo) Um dos princípios do Direito
Administrativo denomina-se especialidade. Referido princípio
b) tem aplicabilidade no âmbito dos órgãos públicos, haja vista a relação de coordenação e
subordinação que existe dentro dos referidos órgãos.
c) aplica-se somente no âmbito da Administração direta.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
Letra a) o princípio da especialidade nos remete à ideia de descentralização administrativa.
Esse princípio significa que as entidades da administração indireta devem atender às
finalidades previstas em sua lei de criação ou autorização (princípio da legalidade) e assim
como toda a administração pública, as entidades criadas com base no princípio da
especialidade (administração indireta) devem buscar sempre o interesse da coletividade
(indisponibilidade do interesse público).
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40 (2018/CESPE/PC-MA/Escrivão de Polícia Civil) O preenchimento de cargos públicos
mediante concurso público, por privilegiar a isonomia entre os concorrentes, constitui
expressão do princípio constitucional fundamental
a) federativo.
b) da eficiência.
c) da separação de poderes.
GABARITO: Letra E
COMENTÁRIO:
Isso porque em uma república todas as pessoas são iguais, não há nobres e plebeus, há, sim,
cidadãos.
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GABARITO: Letra C
COMENTÁRIO:
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b) especialidade.
c) autotutela.
e) publicidade.
GABARITO: Letra C
COMENTÁRIO:
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43 (2018/CESPE/PC-MA/Escrivão de Polícia Civil) A conduta do agente público que
busca o melhor desempenho possível, com a finalidade de obter o melhor resultado, atende ao
princípio da
a) eficiência.
b) legalidade.
c) impessoalidade.
d) moralidade.
e) publicidade.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
Somente foi incorporado na CF/88 pela EC-19/98, tornando o princípio da eficiência expresso
para toda a Administração Pública brasileira.
Impõe à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas atribuições com
rapidez, perfeição e rendimento.
A ênfase se dá nos resultados alcançados pela Administração Pública e não nos meios para
alcançar os resultados.
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44 (2018/CESPE/STM/Técnico Judiciário - Área Administrativa) A respeito dos
princípios da administração pública, de noções de organização administrativa e da
administração direta e indireta, julgue o item que se segue.
GABARITO: Correto
COMENTÁRIO:
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45 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor de Controle Externo – Direito) Em relação aos
consórcios públicos, aos princípios do direito administrativo e à organização da administração
pública, julgue o item a seguir.
GABARITO: Errado
COMENTÁRIO:
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46 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social) Julgue o item que se segue, acerca
da administração pública.
GABARITO: Errado.
COMENTÁRIO:
Segundo a doutrina de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, "A doutrina enfatiza que a
moralidade administrativa independe da concepção subjetiva (pessoal) de conduta
moral, ética, que o agente público tenha; importa, sim, a noção objetiva, embora
indeterminada, passível de ser extraída do conjunto de normas concernentes à conduta de
agentes públicos, existentes no ordenamento jurídico. O vocábulo 'objetivo', aqui, significa
que não se toma como referência um conceito pessoal, subjetivo - referente ao sujeito - de
moral, mas um conceito impessoal, geral, anônimo de moral, que pode ser obtido a partir da
análise das normas de conduta dos agentes públicos presentes no ordenamento jurídico."
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COMENTÁRIO:
Consoante a lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a Administração não pode atuar com
vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse
público que tem que nortear o seu comportamento.
O princípio da impessoalidade, para fins de concurso público, pode ser confundido com o
princípio da isonomia, ou seja, eles se confundem. A realização e concurso público é
consequência da aplicação do princípio da impessoalidade/isonomia.
O administrador público deve sempre buscar a satisfação do interesse público, isto é, deve
seguir a finalidade de todas a leis. O princípio da impessoalidade é sinônimo do princípio da
finalidade.
3 – imputação dos atos praticados pelos agentes públicos à pessoa jurídica em que
atuam.
Art. 37 § 1° - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.
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47 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social) Julgue o item que se segue, acerca
da administração pública.
COMENTÁRIO:
Erra a assertiva ao afirmar que não há limites para o poder da administração de regovar seus
próprios atos. Como já vimos, o princípio da autotutela não é absoluto.
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I. Pessoalidade
II. Legalidade
III. Formalidade
IV. Eficiência
a) I e III, apenas.
b) II e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) II e III, apenas.
GABARITO: Letra B.
COMENTÁRIO:
São princípios previstos no art. 37, caput, da CF/88 o famoso LIMPE (legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência).
Assim, apenas os itens II e IV são corretos.
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c) O princípio do controle ou tutela autoriza a administração a realizar controle dos seus atos,
podendo anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de
decisão do Poder Judiciário.
d) Dado o princípio da autotutela, a administração exerce controle sobre pessoa jurídica por
ela instituída, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais.
GABARITO: Letra B.
COMENTÁRIO:
Letra a) não se aplica o princípio da hierarquia às funções legislativas e jurisdicionais. Assim,
podemos afirmar que não há hierarquia no exercício das funções legislativas e jurisdicionais.
Letra b) segundo Di Pietro, por esse princípio entende-se que o serviço público, sendo a
forma pela qual o Estado desempenha funções essenciais ou necessárias à coletividade, não
pode parar. Afirma ainda a referida autora que decorrem consequências como a
necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a substituição para
preencher as funções públicas temporariamente vagas.
Letra d) pelo princípio da tutela a administração exerce controle sobre pessoa jurídica por
ela instituída, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais.
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GABARITO: Letra C
COMENTÁRIO:
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GABARITO: Errado
COMENTÁRIO:
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a) impessoalidade.
b) eficiência.
c) motivação.
d) publicidade.
e) presunção de veracidade.
GABARITO: Letra A
COMENTÁRIO:
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GABARITO: Correto.
COMENTÁRIO:
Questão retirada do Livro "Manual de Direito Administrativo" de Carvalho Filho:
---------------------------------------------------------------------------------------------------
b) moralidade.
c) segurança jurídica.
d) legalidade.
e) especialidade.
GABARITO: Letra C
COMENTÁRIO:
O Cespe adora a professora Di Pietro, veja o que a doutrinadora dispõe sobre cada um dos
princípios:
Letra d) Legalidade: Isto porque a lei, ao mesmo tempo em que os define, estabelece
também os limites da atuação administrativa que tenha por objeto a restrição ao exercício de
tais direitos em benefício da coletividade. É aqui que melhor se enquadra aquela ideia de que,
na relação administrativa, a vontade da Administração Pública é a que decorre da lei.
Segundo o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite.
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COMENTÁRIO:
O Regime Jurídico-administrativo é um conjunto de prerrogativas e sujeições concedido à
Administração Pública, para melhor cumprimento dos interesses públicos.
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COMENTÁRIO:
A grande maioria dos doutrinadores considera que a base do regime jurídico administrativo é
formada pelos princípios da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado e
Indisponibilidade do Interesse Público.
Porém, Di Pietro considera que a base da atividade administrativa é formada pelos princípios
da legalidade e da supremacia do interesse público sobre o privado. No caso, o Cespe adotou
o entendimento da referida professora.
Por fim, é correto afirmar que o princípio da legalidade está mencionado na Constituição
vigente (art. 37, caput) e o segundo é implícito e fundamentado nas próprias ideias do Estado
em favor da defesa, da segurança e do desenvolvimento da sociedade.
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GABARITO: Letra C
COMENTÁRIO:
---------------------------------------------------------------------------------------------------
GABARITO: Errado.
COMENTÁRIO:
---------------------------------------------------------------------------------------------------
GABARITO: Correto.
COMENTÁRIO:
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61 (2018/CESPE/STJ/Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) Acerca dos
princípios e dos poderes da administração pública, da organização administrativa, dos atos e
do controle administrativo, julgue o item a seguir, considerando a legislação, a doutrina e a
jurisprudência dos tribunais superiores.
Situação hipotética: O prefeito de determinado município promoveu campanha publicitária
para combate ao mosquito da dengue. Nos panfletos, constava sua imagem, além do símbolo
da sua campanha eleitoral.
COMENTÁRIO:
No caso, o ato do prefeito afrontou claramente o princípio da impessoalidade, que proíbe
a utilização de símbolos e imagens pessoais nos atos administrativos como forma de promover
o agente público.
“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos.”
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62 (2018/CESPE/STJ/Analista Judiciário - Área Administrativa) Em relação aos
princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item.
GABARITO: Errado.
COMENTÁRIO:
A lei 9.784/99, em seu art. 2° Parágrafo único assevera que nos processos administrativos
serão observados, entre outros, os critérios de: XIII - interpretação da norma administrativa
da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada
aplicação retroativa de nova interpretação.
Perceba que a lei não traz a exceção disposta na asservita. Assim, é proibido que nova
interpretação de norma administrativa tenha efeitos retroativos, mesmo quando isso se der
para atender o interesse público.
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COMENTÁRIO:
Mais uma vez o Cespe trouxe uma questão tratando da Lei n. 9.784/99 (lei do processo
administrativo federal):
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
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1 ORGÃOS PÚBLICOS
São centros de competência despersonalizados cuja atuação é imputada a pessoa que
integram.
Para Di Pietro, essa teoria (teoria da imputação) é utilizada, também, para justificar a
validade dos atos praticados por “funcionário de fato”, porque se considera que o ato
praticado por ele é ato do órgão, imputável, portanto, à administração pública.
Teoria do Mandato – por essa teoria, a relação entre o Estado e seus agentes públicos teria
por base o contrato de mandato (procuração). Assim, por meio de uma procuração, o
Estado outorgaria poderes aos seus agentes para atuarem em nome do próprio Estado
Essa teoria foi criticada pela doutrina, pois o Estado não possui vontade própria, não podendo
outorgar o mandato. Ainda não ficava claro, por essa teoria, quem seria responsabilizado
quando o mandatário exorbitasse dos poderes conferidos no mandato.
Teoria da Representação – de acordo com essa teoria, o agente seria uma espécie de tutor
ou curador do Estado, ou seja, o agente seria equiparado aos representantes das pessoas
incapazes no direito civil.
Essa teoria também foi muito criticada pela doutrina, já que comparava uma pessoa jurídica
(o Estado) ao incapaz. Outro aspecto criticado foi a possibilidade de o próprio Estado conferir
representante a si mesmo.
CARGOS
CRIAÇÃO EMPREGOS
ATRAVÉS DE LEI
COMPETÊNCIA:
EXTINÇÃO FUNÇÕES PÚBLICAS
DE INICIATIVA
CONGRESSO
NACIONAL
DO PRESIDENTE
TRANSFORMAÇÃO ÓRGÃOS
DA REPÚBLICA
MINISTÉRIOS
EXCEÇÕES:
2) a criação e a extinção dos cargos do Poder Judiciário serão efetuadas por meio de LEI
de iniciativa do STF, Tribunais Superiores e dos Tribunais de Justiça, conforme o caso.
1.2 CARACTERÍSTICAS:
OBS: o Ministério Público é um órgão que possui capacidade processual ativa, podendo
ajuizar as ações previstas no art. 129 da CF/88.
ORGÃOS ENTIDADES
SIMPLES
Formado por um só centro de competência, não
possuindo divisões internas. Ex. escolas
QUANTO A SUA
ESTRUTURA
COMPOSTO
Possui mais de um centro de competência, com divisões
internas. Ex. Ministérios.
SINGULAR
As decisões são tomadas por um único agente. Ex.
Presidência da república
QUANTO A SUA
ATUAÇÃO ESTATAL
COLEGIADO
As decisões são tomadas por mais de um agente. Ex.
CLASSIFICAÇÃO DOS Senado, tribunais, etc.
ÓRGÃOS
INDEPENDENTE
Previsto diretamente na CF/88, não sendo
subordinado a nenhum outro órgão. Ex. Presidência
da república, câmara, senado, tribunais, TCU, MP
AUTÔNOMO
é subordinado ao independente, possuindo ampla
autonomia administrativa, financeira e orçamentária.
Ex. AGU, ministérios, casa civil.
QUANTO A SUA
POSIÇÃO ESTATAL
SUPERIOR
Possui poder de decisão, direção e controle, porém,
sem autonomia financeira ou orçamentária. Ex. PF,
RFB
SUBALTERNO
órgão de mera execução, sempre subordinado a
vários níveis hierárquicos superiors. Ex. Delegacias,
escolas.
CENTRALIZAÇÃO: o Estado executa suas tarefas diretamente, por meio dos órgãos e
agentes integrantes da administração direta.
DESCENTRALIZAÇÃO: ocorre quando a entidade política transfere para outra pessoa parte
de suas atribuições. Pressupõe a existência de duas pessoas distintas: o ente descentralizador
e a pessoa que recebeu a atribuição. Entre elas não há subordinação, mas apenas
vinculação, existindo o chamado controle finalístico. A descentralização pode ser
implementada por OUTORGA ou DELEGAÇÃO.
EXECUTIVO
DESCONCENTRAÇÃO
LEGISLATIVO
POLÍTICA
JUDICIÁRIO
ESTADO
UNIÃO
DESCENTRALIZAÇÃO ESTADOS
POLÍTICA DF
MUNICÍPIOS
DIRETA
(centralização ÓRGÃOS PÚBLICOS
administrativa)
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
AUTARQUIA
INDIRETA
FUNDAÇÃO
(descentralização
EP
administrativa) SEM
TERRITORIAL OU GEOGRÁFICA
Criação de um ente, dentro de certa localidade,
ou território, com capacidade de auto-
organização. Ex. Territórios federais
DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
1- AUTARQUIAS
1- UNIÃO
2- FUNDAÇÕES PÚBLICAS
2- ESTADOS
3 – EMPRESAS PÚBLICAS (EP)
3 – DISTRITO FEDERAL
4 – SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA (SEM)
4 – MUNICÍPIOS
AO LADO DO ESTADO
ENTIDADES PARAESTATAIS
OBS: as entidades paraestatais são entes privados que não integram a administração direta
ou indireta, mas que exercem atividades de interesse público sem finalidade lucrativa.
Integram o chamado TERCEIRO SETOR.
OBS: apesar de não estar previsto de forma literal no texto da constituição, a doutrina e o
STF entendem que as fundações públicas podem ser criadas com personalidade jurídica de
direito público, diretamente por lei, caso em que elas serão uma espécie do gênero
autarquias. Caso na prova vier apenas Fundação Pública, sem especificar se de direito público
ou privado, considere fundação pública de direito privado, conforme o texto constitucional.
OBS: segundo a CF/88, lei complementar vai definir as áreas de atuação de todas as
fundações públicas.
OBS: para instituir uma EP ou SEM deverá existir uma lei específica autorizativa. Para
instituir uma subsidiária deve ter autorização legislativa (não precisa de lei específica).
Segundo o STF, é constitucional a lei específica que autoriza uma EP ou SEM e desde
já permite a instituição de subsidiárias.
OBS: legislar significa editar lei em sentido estrito, podendo inovar na ordem jurídica e criar
obrigações. Apenas os entes políticos podem legislar. Os atos de caráter normativo
apenas complementam/regulamentam uma lei, não podendo inovar a ordem jurídica nem
criar obrigações não previstas em lei.
OBS: o único ato de caráter normativo que pode inovar a ordem jurídica é o decreto
autônomo, previsto no art. 84, VI, da CF/88.
3.3.1 AUTARQUIAS
São entidades administrativas autônomas, criadas por lei específica, com personalidade
jurídica de direito público, para o desempenho de atividades típicas do Estado. Ter
personalidade jurídica de direito público significa possuir as mesmas prerrogativas do Estado.
Assim, as autarquias podem prestar serviços públicos, exercer poder de polícia, fiscalizar,
regular, bem como qualquer atividade que exija supremacia.
PATRIMÔNIO: possuem patrimônio próprio e seus bens são públicos. Os bens públicos das
autarquias possuem as seguintes características:
REGIME DE PESSOAL: as autarquias estão submetidas ao regime jurídico único e por isso
só podem adotar o vínculo estatutário.
IMUNIDADE DE IMPOSTOS: tal como o Estado, as autarquias não pagam impostos sobre
seus serviços, renda e patrimônio. Tal imunidade não abrange as taxas e as contribuições.
OBS: os conselhos de classe, apesar de serem classificados como autarquias, adotam vínculo
celetista.
OBS: O STF decidiu que a OAB não se enquadra como um conselho de classe, não precisa de
concurso, licitação, e nem de prestar contas. Assim, o STF entende que a OAB não possui
classificação no direito brasileiro, não integra a administração pública brasileira, sendo
considerada uma instituição “SUI GENERIS”.
OBS: os territórios são criados por lei complementar. Cada território elegerá 4 deputados
federais. O território pode ser dividido em municípios.
- autarquia comum
Não se trata de uma nova espécie de Não se trata de uma nova espécie de
entidade integrante da administração entidade integrante da administração pública
pública indireta indireta
É possível uma agência reguladora ser Uma autarquia qualificada como agência
1
Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. E atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 50 e 51.
qualificada como agência executiva, caso executiva pode, ou não, ser uma agência
preencha os requisitos legais e requeira a reguladora.
qualificação.
O objeto das fundações deve ser uma atividade de interesse social, exercida sem o intuito
de lucro, como educação, saúde, assistência social, pesquisa científica, proteção ao meio
ambiente, etc.
De acordo com a parte final do inciso XIX do art. 37, da Constituição, Lei Complementar
estabelecerá as áreas em que poderão atuar as fundações públicas (tanto as de direito
público como as de direito privado). Essa lei ainda não foi editada.
OBS: a diferença entre uma autarquia e uma fundação autárquica é meramente conceitual. A
autarquia é um serviço público personificado, em regra, típico de Estado, enquanto a
fundação autárquica é um patrimônio personalizado destinado a uma finalidade
determinada – de interesse social. O regime jurídico de ambas é idêntico, em tudo.
Criação e extinção: diretamente por lei (se de dir. público); autorizada por lei, mais registro
(se de dir. privado).
OBS: quando a fundação pública for criada diretamente por lei, ela será considerada uma
espécie do gênero autarquia (fundação autárquica ou autarquia fundacional) e, quando a
fundação pública tiver a sua criação autorizada em uma lei, ela será considerada fundação
pública de direito privado e será uma das 4 entidades da administração indireta.
Prerrogativas: mesmas que as autarquias (se de dir. público); imunidade tributária (dir.
público ou privado).
Patrimônio: bens públicos (se de dir. público); bens privados, sendo que os bens
empregados na prestação de serviços públicos possuem prerrogativas de bens públicos (se de
dir. privado).
Pessoal: regime jurídico único (se de dir. público); regime jurídico único ou celetista
divergência doutrinária (se de dir. privado).
Foro judicial: igual às autarquias (se de dir. público); p/ doutrina, Justiça Estadual (se de
dir. privado); p/ jurisprudência, Justiça Federal (se de dir. privado federal).
MINISTÉRIO PÚBLICO: no que toca às fundações públicas, o MP nada mais faz do que
exercer o mesmo controle a que está submetida toda a administração pública, direta e
indireta, deflagrado quando se verificam indícios de irregularidades. As fundações públicas
não estão sujeitas ao controle pelo MP previsto no art. 66 do Código Civil (o MP velará pelas
fundações privadas)
Outras: contratos das fundações de dir. privado são regidos pela Lei de Licitações.
Criação e extinção: autorizada por lei, mais registro. Na esfera federal, no poder executivo,
a iniciativa da lei autorizadora é privativa do Presidente da República, tanto para a criação
como para a extinção.
OBS: Subsidiárias: depende de autorização legislativa; pode ser genérica, na lei que
autorizou a criação da matriz.
Pode ser:
(i) intervenção direta no domínio econômico (só nos casos de segurança nacional ou
relevante interesse coletivo; ou monopólio) ou
(ii) prestação de serviços públicos.
Sujeições ao direito público: controle pelo Tribunal de Contas; concurso público; licitação
na atividade-meio.
Forma jurídica:
SEM = sociedades anônimas;
Composição do capital:
Foro judicial:
SEM federal = Justiça Estadual, regra; ou, se a União atuar como assistente ou oponente =
Justiça Federal.
Criação autorizada em lei específica (CF, Criação autorizada em lei específica (CF, art.
art. 37, XIX) 37, XIX)
Sujeição ao controle finalístico (tutela) pela Sujeição ao controle finalístico (tutela) pela
administração direta administração direta
Remuneração do pessoal não sujeita ao teto Remuneração do pessoal não sujeita ao teto
constitucional, exceto se a entidade receber constitucional, exceto se a entidade receber
recursos públicos para o pagamento de recursos públicos para o pagamento de
despesas de pessoal ou de custeio em geral despesas de pessoal ou de custeio em geral
(CF, art. 37, XI, e § 9°) (CF, art. 37, XI, e § 9°)
2
Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. E atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 63 e 64.
prévia do Poder Legislativo como condição prévia do Poder Legislativo como condição
para o Chefe do Poder Executivo nomear ou para o Chefe do Poder Executivo nomear ou
exonerar os dirigentes da entidade (STF) exonerar os dirigentes da entidade (STF)
Sujeitas a controle pleno pelo Poder Sujeitas a controle pleno pelo Poder
Legislativo (CF, art. 49, X) Legislativo (CF, art. 49, X)
Todos os seus atos estão sujeitos a controle Todos os seus atos estão sujeitos a controle
de legalidade ou legitimidade pelo Poder de legalidade ou legitimidade pelo Poder
Judiciário, desde que provocado (CF, art. Judiciário, desde que provocado (CF, art. 5°,
5°, XXXV) XXXV)
Não sujeitas a falência (Lei 11.101/2005, Não sujeitas a falência (Lei 11.101/2005, art.
art. § 2°, I) § 2°, I)
FUNCAÇÃO
SOCIEDADE DE
PÚBLICA DE FUNDAÇÃ
AUTARQUIA EMPRESA PÚBLICA – EP ECONOMIA MISTA -
DIREITO O PÚBLICA
SEM
PÚBLICO
PESSOA
PESSOA JURÍCIA PESSOA JURÍCIA
NATUREZA JURÍCIA DE PESSOA JURÍCIA DE PESSOA JURÍCIA DE
DE DIREITO DE DIREITO
JURÍDICA DIREITO DIREITO PRIVADO DIREITO PRIVADO
PÚBLICO PÚBLICO
PRIVADO
CONCURSO
SIM SIM SIM SIM SIM
PÚBLICO
REGIME DE
ESTATUTÁRIO ESTATUTÁRIO CLT CLT CLT
PESSOAL
RECUPERAÇÃ
O JUCICIAL NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
(FALÊNCIA)
COMPOSIÇÃO MAJORITARIAMENTE
100% PÚBLICO
DO CAPITAL PÚBLICO
4 - QUESTÕES:
b) possui capacidade processual para ingressar com ação para a defesa de suas funções
institucionais por expressa previsão legal, embora não seja pessoa jurídica de direito público.
c) é pessoa jurídica de direito público e possui capacidade processual, podendo, caso haja
expressa previsão legal, integrar a pessoa jurídica “Estado do Paraná” por ser instituição
autônoma com sede constitucional.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
02 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público) Sobre Agentes Públicos e Princípios e Regime
Jurídico Administrativo, é correto afirmar:
d) Os atos punitivos são os atos por meio dos quais o Poder Público aplica sanções por
infrações administrativas pelos servidores públicos. Trata-se de exercício de Poder de Polícia
com base na hierarquia.
e) A licença não é classificada como ato negocial, pois se trata de ato vinculado, concedida
desde que cumpridos os requisitos objetivamente definidos em lei.
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Ao instituir programa para a reforma de presídios federais, o governo federal determinou que
fosse criada uma entidade para fiscalizar e controlar a prestação dos serviços de reforma.
Nessa situação, tal entidade, devido à sua finalidade e desde que criada mediante lei
específica, constituirá uma agência executiva.
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b) I e II.
c) II e III.
d) IV.
e) I.
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IV. Os bens e rendas das autarquias, não apenas quando vinculados a suas finalidades
essenciais, mas em toda e qualquer circunstância, possuem imunidade tributária.
a) I, II e IV.
b) III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) I e III.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
d) empresas públicas.
e) sociedades de economia mista.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
b) têm sua criação e sua extinção submetidas a reserva legal, podendo ter sua organização
regulada por decreto.
c) têm sua criação submetida a reserva legal, mas podem ser extintas por decreto, podendo
ter sua organização regulada por atos administrativos.
d) são criadas e organizadas por decreto e podem ser extintas por essa mesma via
administrativa.
e) são criadas e extintas por decreto, podendo ter sua organização regulada por atos
administrativos.
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--------------------------------------------------------------------------------------------------
b) III.
c) I, II e III.
d) I e II.
e) II e IV.
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b) podem ter natureza jurídica de direito privado ou público, mas não estão habilitadas a
desempenhar os poderes típicos da Administração direta.
e) terão natureza jurídica de direito privado quando se tratar de empresas estatais, mas seus
bens estão sujeitos a regime jurídico de direito público, o que também se aplica no que
concerne aos poderes da Administração, que desempenham integralmente, especialmente
poder de polícia.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
a) poder de tutela e permite a substituição de atos praticados pelos entes que integram a
Administração indireta que não estejam condizentes com o ordenamento jurídico.
b) poder de revisão dos atos, decorrente da análise de mérito do resultado, bem como em
relação aos estatutos ou legislação que criaram os entes que integram a Administração
indireta.
d) poder de tutela, que não pressupõe hierarquia, mas apenas controle finalístico, que analisa
a aderência da atuação dos entes que integram a Administração indireta aos atos ou leis que
os constituíram.
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a) II.
b) I e II.
c) I.
d) I e III.
e) II e III.
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Uma autarquia é entidade administrativa personalizada distinta do ente federado que a criou
e se sujeita a regime jurídico de direito público no que diz respeito a sua criação e extinção,
bem como aos seus poderes, prerrogativas e restrições.
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14 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) A respeito dos princípios da
administração pública e da organização administrativa, julgue o item a seguir.
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--------------------------------------------------------------------------------------------------
16 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Acerca de administração
pública, organização do Estado e agentes públicos, julgue o item a seguir.
Somente as pessoas administrativas, seja qual for seu nível federativo ou sua natureza
jurídica, podem participar do capital das empresas públicas.
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17 (2017/CESPE/SEDF/Tecnologia da Informação) João, servidor público ocupante do
cargo de motorista de determinada autarquia do DF, estava conduzindo o veículo oficial
durante o expediente quando avistou sua esposa no carro de um homem. Imediatamente,
João dolosamente acelerou em direção ao veículo do homem, provocando uma batida e, por
consequência, dano aos veículos. O homem, então, ingressou com ação judicial contra a
autarquia requerendo a reparação dos danos materiais sofridos. A autarquia instaurou
procedimento administrativo disciplinar contra João para apurar suposta violação de dever
funcional.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Por terem personalidade jurídica de direito privado, as sociedades de economia mista não se
subordinam hierarquicamente ao ente político que as criou. Exatamente por isso elas não
sofrem controle pelos tribunais de contas.
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19 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) Em relação aos princípios da administração pública
e à organização administrativa, julgue o item que se segue.
Quando a União cria uma nova secretaria vinculada a um de seus ministérios para repassar a
ela algumas de suas atribuições, o ente federal descentraliza uma atividade administrativa a
um ente personalizado.
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20 (2017/CESPE/SEDF/Direito) O prefeito de determinado município utilizou recursos do
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB) para pagamento de professores e para a compra de
medicamentos e insumos hospitalares destinados à assistência médico-odontológica das
crianças em idade escolar do município.
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21 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca dos princípios
fundamentais que regem a administração pública brasileira, julgue o item a seguir.
De acordo com o princípio fundamental da descentralização, é possível descentralizar
atividades da administração federal para empresas privadas.
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23 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca da estrutura da
administração federal brasileira, julgue o item seguinte.
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24 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca da estrutura da
administração federal brasileira, julgue o item seguinte.
Na administração indireta estão incluídas as fundações públicas, as empresas públicas e as
autarquias.
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25 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca da estrutura da
administração federal brasileira, julgue o item seguinte.
As entidades da administração indireta estão incluídas na estrutura administrativa da
Presidência da República e dos ministérios, sendo a eles subordinadas independentemente do
enquadramento de sua principal atividade.
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26 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Direito) O Estado do Mato Grosso deseja instituir uma
fundação. Nesse caso, a Constituição Federal exige que a autorização de sua instituição e a
definição das áreas de sua atuação, respectivamente, devem ser estabelecidas mediante
--------------------------------------------------------------------------------------------------
27 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo) Julgue o item subsequente, relativos
a organização administrativa.
Não existe hierarquia entre o Ministério da Saúde e a ANVISA.
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a) a Casa Civil.
b) o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
c) as agências executivas.
d) o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
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a) os servidores das fundações criadas pelo Poder Público sempre se vinculam ao regime
geral de previdência social.
e) estão sujeitos ao regime jurídico único os servidores da administração pública direta, das
autarquias e fundações públicas.
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c) deverá instituir por lei autarquia, que passará integrar a Administração direta do Estado.
e) deverá criar por lei geral autarquia, que passará a integrar a Administração indireta do
Estado.
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32 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) O Estado, pela técnica da descentralização, pode criar
pessoas jurídicas com personalidade própria e distinta daquele, dentre as quais figuram as
autarquias e as sociedades de economia mista
a) que se sujeitam a regime jurídico de direito privado e contratam seu pessoal pela
Consolidação da Leis do Trabalho, não podendo admitir, mesmo que por concurso público,
servidor público estatutário.
b) que, respectivamente, sujeitam-se a regime jurídico de direito público e regime jurídico de
direito privado, sendo o regime estatutário o aplicável aos empregados de ambas as
entidades.
c) criadas por lei específica sob o regime jurídico de direito privado, razão pela qual integram
a Administração pública indireta.
d) que não estão sujeitas a controle hierárquico do ente criador porque submetidas a regime
de direito privado.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
a) que detém personalidade jurídica própria, ao contrário da entidade que não é dotada de
personalidade jurídica própria e distinta do ente instituidor.
c) que com elas não se confunde, a despeito de ser uma de suas partes integrantes, não
possuindo personalidade jurídica própria, ao contrário das entidades que são dotadas de
personalidade jurídica própria.
d) representativo do fenômeno denominado descentralização por serviço, o que o distingue
da entidade que constitui unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, característica
do fenômeno da desconcentração.
e) que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos, razão pela qual com eles se
confunde para todos os fins de direito.
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34 (2016/FCC/AL-MS/Direito) Considere:
II. Possibilidade de ser contratado pela Administração direta ou indireta dos entes da
Federação consorciados, com dispensa de licitação.
a) I e III, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) II e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e IV, apenas.
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35 (2016/FCC/AL-MS/Direito) No que concerne à descentralização por serviços, também
denominada de descentralização funcional ou técnica, considere:
I. Cria-se pessoa jurídica de direito público ou privado e a ela atribui-se a titularidade e a
execução de determinado serviço público.
II. No Brasil, essa criação ou autorização de instituição somente pode dar-se por meio de lei
específica.
a) III.
b) I e III.
c) I, II e III.
d) II e IV.
e) I e IV.
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36 (2016/FCC/SEGEP-MA/Tecnologia da Informação) São exemplos de autarquias:
--------------------------------------------------------------------------------------------------
37 (2016/CESPE/TCE-PR/Auditor) Na organização administrativa do poder público, as
autarquias públicas são
a) entidades da administração indireta com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios.
b) sociedades de economia mista criadas por lei para a exploração de atividade econômica.
e) organizações sociais sem fins lucrativos com atividades dirigidas ao ensino e à pesquisa
científica.
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c) decreto quando tiverem personalidade jurídica de direito privado; e lei quando tiverem
personalidade jurídica de direito público.
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39 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual) São exemplos de
empresa pública e sociedade de economia mista, respectivamente:
a) Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
b) II e III.
c) II e IV.
d) IV e V.
e) I e V.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Organizações sociais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas
atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à
proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde.
c) Os serviços sociais autônomos, que são instituídos pelo poder público por meio de lei,
integram a administração pública.
d) Não é obrigatória a participação de agentes do poder público no conselho de administração
das organizações sociais, exigindo-se, contudo, que seja formado por membros
representantes de entidades da sociedade civil e por membros com notória capacidade
profissional e reconhecida idoneidade moral, a serem eleitos pelos integrantes do conselho.
e) A qualificação das organizações sociais será concedida pelo Ministério da Justiça por meio
de ato vinculado.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
42 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Assinale a opção correta, a respeito das
autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas.
a) A extinção das empresas públicas e das sociedades de economia mista somente pode
ocorrer por meio de lei autorizadora.
e) Tanto as sociedades de economia mista quanto as empresas públicas devem ter a forma
de sociedades anônimas.
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b) consórcio público, na modalidade de direito privado, sendo que será constituído por
contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções pelas
entidades partícipes.
c) sociedade em comandita por ações, sendo que as empresas estatais figurarão como sócios
comanditados e os eventuais acionistas privados serão os sócios comanditários.
d) agência executiva, visto que se trata de entidade com a finalidade específica de executar
tarefas de forma descentralizada.
e) sociedade subsidiária, sendo que sua criação depende de prévia autorização legislativa.
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b) autarquia.
c) fundação.
d) empresa pública.
e) autarquia especial.
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--------------------------------------------------------------------------------------------------
47 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) A respeito da
administração direta e indireta e da centralização e da descentralização administrativa, julgue
o item seguinte.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
48 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) A respeito da
administração direta e indireta e da centralização e da descentralização administrativa, julgue
o item seguinte.
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A centralização consiste na execução das tarefas administrativas pelo próprio Estado, por
meio de órgãos internos integrantes da administração direta.
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55 (2016/FCC/PGE-MT/Procurador) O Estado X pretende criar estrutura administrativa
destinada a zelar pelo patrimônio ambiental estadual e atuar no exercício de fiscalização de
atividades potencialmente causadoras de dano ao meio ambiente. Sabe-se que tal estrutura
terá personalidade jurídica própria e será dirigida por um colegiado, com mandato fixo, sendo
que suas decisões de caráter técnico não estarão sujeitas à revisão de mérito pelas
autoridades da Administração Direta. Sabe-se também que os bens a ela pertencentes serão
considerados bens públicos. Considerando-se as características acima mencionadas,
pretende-se criar uma
a) agência reguladora, pessoa de direito público, cuja criação se dará diretamente por lei.
b) agência executiva, órgão diretamente vinculado ao Poder Executivo, cuja criação se dará
diretamente por lei.
c) associação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada por lei e se
efetivará com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
a) ambas são admitidas no âmbito federal e, apesar de distintas, nenhuma delas apresenta
Assembleia Geral.
b) não se admite, no âmbito federal, a criação de empresas públicas com formas inéditas
como as citadas no enunciado.
d) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é
que na empresa pública unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na sociedade
unipessoal não.
e) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é
que na sociedade unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na empresa pública
unipessoal não.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Em decorrência do princípio da legalidade, é lícito que o poder público faça tudo o que não
estiver expressamente proibido pela lei.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
a) Os serviços sociais autônomos, por possuírem personalidade jurídica de direito público, são
mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais.
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--------------------------------------------------------------------------------------------------
O INSS integra a administração direta do governo federal, uma vez que esse instituto é uma
autarquia federal vinculada ao MPS.
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d) Tanto a administração direta quanto a indireta são compostas por órgãos e por pessoas
jurídicas administrativas, com a diferença de que todas as que integram a administração
indireta estão submetidas a regime de direito privado.
e) O aspecto mais relevante que caracteriza a administração indireta é o fato de ela ser, ao
mesmo tempo, titular e executora de serviço público.
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--------------------------------------------------------------------------------------------------
d) O protesto apresentado por empresa pública federal em execução que tramite na justiça
estadual desloca a competência para a justiça federal.
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--------------------------------------------------------------------------------------------------
a) direta federal.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
c) O mesário convocado para servir no dia das eleições é considerado servidor público
estatutário.
e) Com base no entendimento do STF, é correto afirmar que o prefeito de Parintins pode
nomear sobrinha para ocupar cargo de confiança em órgão da administração, uma vez que a
vedação à nomeação de parentes alcança apenas aqueles em linha reta ou por afinidade.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
68 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) Em relação à administração
pública direta e indireta e às funções administrativas, julgue o item a seguir.
Em regra, as sociedades de economia mista devem realizar concurso público para contratar
empregados.
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--------------------------------------------------------------------------------------------------
Se determinada atribuição administrativa for outorgada a órgão público por meio de uma
composição hierárquica da mesma pessoa jurídica, em uma relação de coordenação e
subordinação entre os entes, esse fato corresponderá a uma centralização.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------
72 (2016/CESPE/DPU/Analista Técnico – Administrativo) Uma autarquia federal,
desejando comprar um bem imóvel — não enquadrado nas hipóteses em que a licitação é
dispensada, dispensável ou inexigível — com valor de contratação estimado em R$
50.000,00, efetuou licitação na modalidade concorrência.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
73 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) Em relação à administração
pública direta e indireta e às funções administrativas, julgue o item a seguir.
A criação de autarquia federal depende de edição de lei complementar.
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Cria-se empresa pública e autoriza-se seu imediato funcionamento por meio de publicação de
lei ordinária específica.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
GABARITO:
1-B 2-C 3-E 4-E 5-D 6-C 7-B 8-A 9-C 10-D
11-D 12-C 13-C 14-C 15-E 16-C 17-C 18-E 19-E 20-C
21-C 22-E 23-E 24-C 25-E 26-A 27-C 28-A 29-E 30-E
31-A 32-E 33-C 34-B 35-C 36-E 37-A 38-A 39-D 40-C
41-B 42-A 43-E 44-D 45-A 46-E 47-C 48-E 49-C 50-C
51-E 52-C 53-E 54-C 55-A 56-E 57-D 58-C 59-C 60-E
61-C 62-A 63-A 64-B 65-C 66-A 67-A 68-C 69-E 70-E
PODERES ADMINISTRATIVOS
É o conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes
administrativos para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins.
Diferem assim, dos poderes políticos (Executivo, Legislativo e Judiciário), que são
considerados poderes estruturais, pois formam a estrutura do Estado na constituição.
ABUSO DE PODER
EXCESSO DE PODER:
é quando o agente público extrapola na
competência. VÍCIO NA COMPETÊNCIA
ABUSO DE PODER
é o gênero que
possui duas
espécies DESVIO DE PODER OU FINALIDADE:
é quando o agente público é
competente, porém, busca finalidade
diversa da prevista em lei. VÍCIO NA
FINALIDADE
OBS: pode ocorrer abuso de poder tanto em atos comissivos como omissivos.
OBS: embora nem toda ilegalidade decorra de conduta abusiva, todo abuso de poder se
reveste de ilegalidade.
OBS: o maior exemplo em provas de concurso de desvio de finalidade é a remoção como
forma d
e punição.
OBS: os atos praticados com desvio de poder (finalidade) serão sempre nulos. Já os
atos praticados com excesso de poder podem ser convalidados, quando o vício de
competência for em relação à pessoa ou quando não se trate de competência exclusiva.
1 – PODER VINCULADO
É aquele em que o agente não tem liberdade de atuação, isto é, não admite juízo de
conveniência e oportunidade por parte do administrador público, pois a lei discrimina
todos os elementos necessários à sua prática.
Alguns autores entendem que o poder vinculado não constitui propriamente uma
prerrogativa, e sim um DEVER que obriga o administrador público a se conduzir
rigorosamente em conformidade com os parâmetros legais. Ex. aplicação de multa de
trânsito.
2 – PODER DISCRICIONÁRIO
OBS: os limites do poder discricionário, além da própria lei, são os princípios implícitos da
razoabilidade e da proporcionalidade. A extrapolação de qualquer um deles configura
arbitrariedade (atuação ilegal ou ilegítima).
3 – PODER HIERÁRQUICO
É aquele que permite ao superior hierárquico exercer determinadas prerrogativas sobre os
seus subordinados, especialmente as de dar ordens, fiscalizar, controlar, aplicar
sanções e avocar competências.
OBS: no âmbito dos poderes legislativo e judiciário haverá hierarquia, desde que no exercício
da função administrativa. Quando no exercício da função típica desses poderes, não haverá
hierarquia.
OBS: importante ressaltar que o poder hierárquico não depende de lei que
expressamente o preveja ou que estabeleça o momento do seu exercício ou os aspectos a
serem controlados. Ele é inerente à organização administrativa hierárquica, possuindo caráter
irrestrito, permanente e automático. Nesse aspecto, difere da tutela administrativa,
exercida pela administração direta sobre as entidades da administração indireta, que só pode
ser exercida nos termos e limites previstos em lei.
OBS: decorre do poder hierárquico a autotutela exercida pela administração pública sobre
seus próprios atos, que inclui a possibilidade de revisão e anulação dos mesmos.
BIZU
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Um órgão e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua
competência a outros órgãos e agentes mesmo que estes não lhe sejam subordinados,
quando for conveniente e houver razões de índole técnica, jurídica, territorial, social ou
econômica. A delegação de competências é um ato discricionário.
Caso a delegação for para um subordinado, este deverá aceitá-la, caso a delegação for para
um não subordinado, este poderá rejeitá-la.
As decisões tomadas por delegação considerar-se-ão editadas pelo delegado, assim, caso o
delegado causar um dano, será ele o responsável.
Avocação de competência:
Ocorre quando o superior chama para si competência de subordinado. Somente pode
ocorrer em caráter excepcional e com motivos devidamente justificados. A avocação
desonera o subordinado de toda responsabilidade pelo ato avocado pelo superior.
4 – PODER DISCIPLINAR
Detalhe a ser observado é que não são apenas os servidores públicos que se submetem ao
poder disciplinar da Administração. Determinados particulares também estão sujeitos. É o
caso, por exemplo, dos que firmam contratos com o Poder Público, que estarão sujeitos às
sanções disciplinares pelo vínculo estabelecido por meio do instrumento contratual. Claro que,
para tanto, as sanções devem estar previstas no contrato firmado, sobretudo especificando as
infrações puníveis.
O poder disciplinar é correlato com o poder hierárquico, mas com ele não se
confunde. No uso do poder hierárquico, a Administração Pública distribui e escalona as suas
funções executivas; já no uso do poder disciplinar ela controla o desempenho dessas funções
e a conduta interna de seus servidores, responsabilizando-os pelas faltas cometidas.
Note que, quando a Administração pune infrações funcionais de seus servidores, faz uso tanto
do poder disciplinar como do poder hierárquico. Ao contrário, quando pune infrações
administrativas cometidas por particulares, por exemplo, quando descumprem um contrato
administrativo firmado com o Poder Público, incide apenas o poder disciplinar, pois não existe
relação de hierarquia.
A doutrina enfatiza que o poder disciplinar da Administração Pública não se confunde com o
poder punitivo do Estado, o qual é exercido pelo Poder Judiciário com o objetivo de
reprimir crimes, contravenções e demais infrações de natureza cível e penal previstos em lei.
Com efeito, o poder punitivo do Estado incide sobre qualquer pessoa que pratique algum ato
infrator tipificado em lei, enquanto o poder disciplinar alcança somente pessoas que possuam
algum vínculo jurídico específico com a Administração Pública, seja vínculo funcional (ex:
BIZU:
- punir infrações funcionais a servidores
- punir particulares com vínculo específico com a administração
pública
- nos casos de sanções à servidores, o poder disciplinar
deriva do poder hierárquico
- poder disciplinar é diferente de poder punitivo do Estado.
- o dever de punir é VINCULADO, mas a gradação da punição, EM
REGRA, é discricionária.
- o ato de aplicação da punição deve ser sempre motivado.
5 – PODER REGULAMENTAR
De modo geral, não são instrumentos que devam trazer novidades para o Direito. No entanto,
alguns autores o consideram espécie do gênero poder normativo.
Possuem natureza derivada (atos secundários) uma vez que deverão estar adstritos aos
limites impostos pelas leis.
Sofre controle de legalidade a cargo do Poder Judiciário e controle político, exercido, na esfera
federal, exclusivamente pelo Congresso Nacional (sustação do ato).
6 – PODER DE POLÍCIA
ORIGINÁRIO: exercido pelas pessoas políticas que integram o Estado (U, E, DF e M).
7 - QUESTÕES
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04 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Com relação a
processo administrativo, poderes da administração e serviços públicos, julgue o item
subsecutivo.
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05 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) Considerando que
os poderes administrativos são prerrogativas que se outorgam aos agentes do Estado com
vistas a viabilizar a consecução do interesse público, assinale a opção correta.
a) Abuso de poder e desvio de poder são espécies do gênero excesso de poder que, presentes
quando da prática de um ato administrativo, ensejam sua nulidade.
b) Os poderes administrativos são facultados ao administrador, que pode ou não lhes fazer
uso, conforme critério subjetivo e as peculiaridades do caso concreto.
d) O agente público que, motivadamente, não necessitar dos poderes administrativos para o
desempenho de suas atribuições pode a eles renunciar.
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a) de polícia.
b) regulamentar.
c) discricionário.
d) disciplinar.
e) hierárquico.
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07 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa) O poder de polícia
a) é indelegável.
b) é delegável no âmbito da própria administração pública, em todas as suas dimensões, a
pessoas jurídicas de direito privado e, também, a particulares.
c) é suscetível de delegação no âmbito da própria administração pública, desde que o
delegatário não seja pessoa jurídica de direito privado.
d) pode ser delegado em sua dimensão fiscalizatória a pessoa jurídica de direito privado
integrante da administração pública.
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a) Decorre do poder hierárquico o poder de revisão, por superior, dos atos praticados por
subordinado.
b) A disciplina funcional guarda relação com o poder disciplinar, não se ligando ao poder
hierárquico.
c) A avocação é regra ampla e geral cuja difusão deve ser estimulada em prol da eficiência.
d) A hierarquia administrativa é restrita ao Poder Executivo.
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09 (2018/CESPE/CGM de João Pessoa – PB/Auditor de Controle Interno) A respeito
da organização e dos poderes da administração pública, julgue o próximo item.
Define-se poder vinculado da administração pública como a faculdade do gestor público de
determinar condutas vinculadas à sua conveniência e oportunidade, observada a legalidade.
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11 (2018/CESPE/PC-MA/Escrivão de Polícia Civil) A administração pública detém
determinados poderes, a partir dos quais busca satisfazer o interesse público, que se sobrepõe
ao interesse privado. Nesse sentido, o poder de cada ente administrativo de apurar infrações e
aplicar penalidades a servidores públicos consiste no poder
a) disciplinar.
b) vinculado.
c) discricionário.
d) hierárquico.
e) regulamentar.
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b) é poder de natureza vinculada, uma vez que o administrador não pode valorar a
oportunidade e conveniência de sua prática, estabelecer o motivo e escolher seu conteúdo.
c) pode ser exercido por órgão que também exerça o poder de polícia judiciária.
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a) A lei não pode criar instrumentos de fiscalização das finanças públicas, pois tais
instrumentos são taxativamente listados na CF.
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15 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) No que se refere aos poderes
administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item
seguinte.
O poder de polícia administrativo é uma atividade que se manifesta por meio de atos
concretos em benefício do interesse público. Por conta disso, a administração pode delegar
esse poder a pessoas da iniciativa privada não integrantes da administração pública.
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A administração, ao editar atos normativos, como resoluções e portarias, que criam normas
estabelecedoras de limitações administrativas gerais, exerce o denominado poder
regulamentar.
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O abuso de poder pelos agentes públicos pode ocorrer tanto nos atos comissivos quanto nos
omissivos.
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Acerca dessa situação hipotética e de aspectos legais e doutrinários a ela relacionados, julgue
o item a seguir.
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O fato de a administração pública internamente aplicar uma sanção a um servidor público que
tenha praticado uma infração funcional caracteriza o exercício do poder de polícia
administrativo.
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a) tomar duas ou mais decisões, sendo todas elas válidas perante o Direito.
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a) dar ordens aos gestores que lhe estejam hierarquicamente subordinados, desde que
compatíveis com o Direito.
b) dar ordens aos gestores públicos, inclusive àqueles que pertençam à Administração pública
indireta.
d) dar ordens aos gestores que lhe estejam hierarquicamente subordinados, ainda que
contrárias ao Direito.
e) demitir, a seu exclusivo critério, gestores que lhe sejam subordinados, inclusive os
estáveis.
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b) disciplinar.
c) de polícia.
d) regulamentar.
e) hierárquico.
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Embora o poder de polícia da administração seja coercitivo, o uso da força para o cumprimento
de seus atos demanda decisão judicial.
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c) poder regulamentar, uma vez que a punição se caracteriza como ato geral e abstrato,
exceto no que concerne ao interessado sancionado.
e) disciplinar, que não decorre da hierarquia, mas do fato de o particular estar sujeito à
disciplina administrativa.
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d) agiu dentro da lei, exercendo o poder normativo exteriorizado pela cassação do alvará de
funcionamento do estabelecimento comercial.
e) exerceu irregularmente o poder de polícia, porquanto este se caracteriza por ser uma
atividade negativa, o que implica reconhecer que era vedado, na hipótese, o exercício de
atividade material pela Administração.
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Por ser vinculado, o poder disciplinar da administração determina que seja aplicada pena de
demissão ao servidor que praticar falta grave.
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e) Embora nem toda ilegalidade decorra de conduta abusiva, todo abuso de poder se reveste
de ilegalidade.
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a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) II e IV.
e) I e III.
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a) hierárquico e disciplinar.
b) regulamentar e de polícia.
c) disciplinar e de polícia.
d) de polícia e hierárquico.
e) hierárquico e regulamentar.
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36 (2018/CESPE/STM/Analista Judiciário - Área Administrativa) A respeito dos
poderes administrativos, da contratação com a administração pública e do processo
administrativo — Lei n.º 9.784/1999 —, julgue o item seguinte.
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39 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista – Administrador) Os poderes da
Administração pública lhe foram atribuídos para possibilitar o exercício de suas funções, que
sempre devem ser norteadas em benefício da coletividade. Conferem, portanto, prerrogativas
à Administração pública, que não são ilimitadas. É exemplo disso
b) o poder hierárquico, que atribui dever de subordinação dos servidores aos seus superiores,
cabendo a estes a apuração de infrações e aplicação de penalidades disciplinares.
c) o exercício do poder disciplinar, que se estende aos particulares e empresas contratados
pelo poder público para prestação de serviços em repartições públicas.
d) o exercício do poder de polícia, que pode limitar os direitos individuais com algum grau de
discricionariedade, mas sempre deve ter previsão legal.
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40 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) Com relação
à improbidade administrativa, julgue o próximo item.
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41 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) A respeito dos agentes públicos
e dos poderes da administração pública, julgue o item que se segue.
Quando um servidor detentor de cargo de chefia assina expediente em concordância com o
conteúdo de ato elaborado por servidor subordinado, está caracterizada uma expressão do
poder hierárquico.
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45 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito) O Congresso Nacional
aprovou uma reforma administrativa proposta pelo presidente da República que reduziu o
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47 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito) Acerca dos servidores
públicos, dos poderes da administração pública e do regime jurídico-administrativo, julgue o
item que se segue.
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53 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa) Assinale a opção correta, a respeito dos poderes da administração.
a) A autoexecutoriedade inclui-se entre os poderes da administração
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b) O poder de polícia, quanto aos fins, pode ser exercido para atender a interesse público ou
particular.
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55 (2018/CESPE/STJ/Analista Judiciário - Área Administrativa) No que se refere aos
poderes administrativos, julgue o item que se segue.
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56 (2018/CESPE/STJ/Analista Judiciário - Área Administrativa) No que se refere aos
poderes administrativos, julgue o item que se segue.
O poder de polícia consiste na atividade da administração pública de limitar ou condicionar, por
meio de atos normativos ou concretos, a liberdade e a propriedade dos indivíduos conforme o
interesse público.
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58 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Considere:
II. O objeto da medida de polícia, isto é, o meio de ação, sofre limitações, mesmo quando a
lei lhe dá várias alternativas possíveis.
III. A impossibilidade de licenciamento de veículo enquanto não pagas as multas de trânsito
corresponde a exemplo da utilização de meios indiretos de coação, absolutamente válido no
exercício do poder de polícia.
a) I, II e III.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, apenas.
e) II, apenas.
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62 (2016/CESPE/DPU/Nível Superior) Tendo como referência as normas do direito
administrativo, julgue o próximo item.
A interdição de restaurante por autoridade administrativa de vigilância sanitária constitui
exemplo de manifestação do exercício do poder de polícia.
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Configura-se desvio de poder ou de finalidade quando o agente atua fora dos limites de suas
atribuições, ou seja, no caso de realizar ato administrativo não incluído no âmbito de sua
competência.
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64 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) No que se refere aos
poderes da administração pública e aos serviços públicos, julgue o item subsecutivo.
O poder de polícia, decorrente da supremacia geral do interesse público, permite que a
administração pública condicione ou restrinja o exercício de atividades, o uso e gozo de bens
e direitos pelos particulares, em nome do interesse público.
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b) poder de disciplinar
c) poder de polícia
d) poder regulamentar
e) poder discricionário
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68 (2018/FCC/SEGEP-MA/Agente Estadual Agropecuário) Entre os poderes
administrativos, pode-se citar o poder regulamentar, que apresenta, como sua principal
expressão,
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69 (2018/CESPE/STJ/Técnico Judiciário) Julgue o item a seguir, relativos aos poderes da
administração pública.
O desvio de poder ocorre quando o ato é realizado por agente público sem competência para a
sua prática.
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GABARITO
1-E 2-C 3-C 4-E 5-C 6-B 7-D 8-A 9-E 10-C
11-A 12-C 13-C 14-C 15-E 16-E 17-C 18-E 19-C 20-C
21-E 22-E 23-E 24-A 25-A 26-E 27-C 28-E 29-E 30-B
31-C 32-E 33-E 34-D 35-A 36-C 37-E 38-C 39-D 40-E
41-C 42-C 43-C 44-E 45-E 46-E 47-C 48-C 49-E 50-C
51-C 52-E 53-D 54-E 55-C 56-C 57-E 58-B 59-E 60-C
61-C 62-C 63-E 64-C 65-C 66-C 67-C 68-D 69-E 70-C
ATOS ADMINISTRATIVOS
Ato administrativo é uma espécie de ato jurídico de direito público, ou seja, suas
características distinguem-no do ato jurídico de direito privado. Ex. atributos dos atos
administrativos
Segundo Di Pietro, é uma declaração unilateral do Estado ou de quem o represente que
produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de Direito
Público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.
DECLARAÇÃO UNILATERAL
1 ATOS DA ADMINISTRAÇÃO
São todos os atos editados pela Administração Pública, independentemente se forem regidos
predominantemente pelo direito privado ou pelo direito público. Podemos dizer que os atos da
administração incluem os atos administrativos (regidos pelo direito público).
b) atos materiais (atos que envolvem apenas a execução de uma atividade – demolição)
c) atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor (atestados e certidões)
d) atos políticos
e) atos normativos
OBS: por fim, os eventos naturais e que produzam efeitos jurídicos no âmbito da
administração, também serão considerados fatos administrativos. Ex. morte de um servidor,
nascimento de filho de servidora, raio que incendiou a repartição pública.
2.1 COMPETÊNCIA
Caso o agente público atue fora dos limites da sua competência, temos presente o abuso de
poder, na modalidade excesso de poder.
Nem sempre o ato com vício de competência deve, obrigatoriamente, ser anulado. Exceto
quanto tratar-se de competência exclusiva ou competência em razão da matéria, o ato
poderá ser CONVALIDADO.
CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA:
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Os artigos 11 ao 14, da lei 9.784/99, trazem algumas condições e características acerca da
delegação de competência:
- a regra geral é a possibilidade de delegação de competência, a qual somente não é
admitida se houver impedimento legal;
- a delegação pode ser feita para órgãos ou agentes subordinados, mas ela também é
possível mesmo que não exista subordinação hierárquica;
- a delegação deve ser de apenas parte da competência do órgão ou agente, não de todas as
suas atribuições;
- o ato praticado por delegação deve mencionar expressamente esse fato e é considerado
adotado pelo delegado, ou seja, a responsabilidade recai sobre ele.
AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA
É o ato em que o superior hierárquico traz para si o exercício temporário de determinada
competência atribuída por lei a subordinado.
OBS: não é possível a avocação de competência quando se tratar de competência
exclusiva do subordinado.
2.2 FINALIDADE
A finalidade é requisito essencial de validade dos atos administrativos, que constitui o
seu necessário direcionamento a um fim de interesse público, indicado expressa ou
implicitamente na norma legal, embasadora de sua realização.
2.3 FORMA
Via de regra, o vício de forma pode ser convalidado. No entanto, sempre que a lei
expressamente exigir determinada forma para que um ato administrativo seja considerado
válido, a inobservância dessa exigência acarretará a nulidade do ato.
OBS: a motivação – declaração escrita dos motivos que ensejaram a prática do ato –
integra o elemento forma do ato administrativo. A ausência de motivação, quando
obrigatória, acarreta a nulidade do ato, por vício de forma.
2.4 MOTIVO
O motivo é o pressuposto de fato e de direito que determina a prática do ato. É a causa
imediata do ato administrativo. Ex. a lei diz que o servidor tem direito a 5 dias de licença
paternidade. Se um servidor requerer a licença e provar o nascimento do filho (pressuposto
de fato), a administração, verificando que a situação fática se encaixa na hipótese prevista na
lei (pressuposto de direito), pratica o ato.
MOTIVAÇÃO
Como já visto, a motivação faz parte do elemento FORMA dos atos administrativos.
ATOS QUE OBRIGATORIAMENTE DEVEM SER MOTIVADOS (art. 50, Lei 9.784/99)
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses
Segundo essa teoria, o motivo alegado pelo agente público, no momento da edição do ato,
deve corresponder à realidade, tem que ser verdadeiro.
Caso se comprove que não ocorreu a situação declarada, ou a inadequação entre a situação
ocorrida (pressuposto de fato) e o motivo descrito na lei (pressuposto de direito), o ato será
nulo.
A teoria dos motivos determinantes só se aplica aos atos em que houve motivação, sejam os
atos discricionários ou vinculados.
ESAF: de acordo com a teoria dos motivos determinantes, a situação fática que determinou e
justificou a prática de ato administrativo passa a integrar a sua validade.
CESPE: de acordo com a teoria dos motivos determinantes, o agente que pratica um ato
discricionário, embora não havendo obrigatoriedade, opta por indicar os fatos e fundamentos
jurídicos da sua realização, passando estes a integrá-lo e a vincular, obrigatoriamente, a
administração, aos motivos ali expostos.
Pode-se dizer que o objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz. EX. o objeto
de uma licença paternidade é a própria concessão da licença.
De acordo com a doutrina em geral, nos atos vinculados o motivo e o objeto serão sempre
vinculados e nos atos discricionários, o motivo e o objeto são discricionários. Desse modo, o
que nos permite verificar se o ato é vinculado ou discricionário é o motivo e o objeto.0068
MÉRITO ADMINISTRATIVO
3.2 IMPERATIVIDADE
Não está presente em todos os atos administrativos. Está presente apenas nos atos
que impõem obrigações ou restrições. Não está presente nos atos enunciativos (ex:
certidão, parecer) e nos atos que conferem direitos (ex: licença ou autorização de bem
público).
3.3 AUTOEXECUTORIEDADE
São os atos que podem ser implementados, diretamente, inclusive mediante o uso da força,
se necessária, sem que a administração precise obter autorização judicial prévia.
3.4 TIPICIDADE
Segundo Di Pietro, “é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras
definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados.”
Cada espécie de ato administrativo requer a devida previsão legal.
4.1 ANULAÇÃO
Ocorre a anulação quando há algum tipo de vício no ato, relativo à legalidade ou legitimidade.
Na anulação sempre ocorre um controle de legalidade, nunca um controle de mérito.
A anulação pode ser realizada pela própria administração, de ofício ou mediante
provocação, ou pelo Poder Judiciário, quando provocado.
Os vícios de legalidade podem ser sanáveis ou não. Quando forem insanáveis, o ato
deve ser obrigatoriamente anulado. Caso os vícios forem sanáveis, o ato pode tanto ser
anulado como convalidado. A convalidação é ato discricionário, privativo da
administração.
lembrar que o ato nulo não gera direitos adquiridos, o que ocorre, é que os efeitos já
produzidos até a data da sua anulação, perante terceiros de boa-fé, não serão desfeitos.
STF: qualquer ato da administração pública que tiver o condão de repercutir sobre a esfera
de interesses do cidadão deverá ser precedido de procedimento em que se assegure ao
interessado o efetivo exercício do direito ao contraditório e à ampla defesa (RE 594.296/MG).
Vale destacar, ainda, que essa decisão vale para todas as formas de desfazimento dos atos
administrativos (revogação, anulação, cassação, etc) e não só para os casos de anulação.
De acordo com o art. 54 da Lei 9784/99, é de 5 anos o prazo para a anulação de atos
administrativos ilegais, quando os efeitos do ato forem favoráveis ao administrado,
salvo comprovada a má-fé (o ônus da prova, nesse caso, é da administração).
4.2 REVOGAÇÃO
- os atos vinculados
Súmula n. 473/STF: a administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
havia revogado o ato Y, não gera o retorno do ato Y ao ordenamento jurídico, salvo
disposição expressa no ato que determinou a revogação do ato X." (CARVALHO, Matheus.
Manual de Direito Administrativo. 3ª ed. p. 288-289).
GABRITO: INCORRETO
4.3 CASSAÇÃO
É a extinção de um ato administrativo quando o beneficiário deixa de cumprir os
requisitos que deveria estar cumprindo.
Na maioria das vezes, a cassação é uma forma de sanção para o particular que deixou
de cumprir as condições exigidas para a manutenção de um determinado ato. Ex. licença para
construir e licença para o exercício de uma profissão.
Como já vimos, os atos com vícios de legalidade ou legitimidade devem ser anulados, ou pela
própria administração (de ofício ou quando provocada) ou pelo Poder Judiciário (quando
provocado). No entanto, em alguns poucos casos, os vícios de legalidade dão origem a atos
meramente anuláveis, ou seja, atos que, a critério da administração pública, poderão ser
anulados ou convalidados (corrigidos).
O art. 55 da Lei 9.784/99, aponta três condições para que o ato possa ser convalidado:
I- Defeito sanável
II- O ato não acarretar lesão ao interesse público
III- O ato não acarretar prejuízo a terceiros
a) Vícios relativos à competência quanto à pessoa (não quanto à matéria), desde que
não se trate de competência exclusiva;
b) Vício de forma, desde que a lei não considere a forma elemento essencial à validade
daquele ato.
OBS: O Poder Judiciário não pode convalidar atos administrativos de outros poderes (só
poderá convalidar os seus próprios atos quando exercendo a sua função atípica de
administrar).
OBS: a convalidação pode recair tanto sobre atos discricionários ou vinculados, porquanto o
controle é de legalidade (vício na competência ou forma) e não de mérito administrativo.
3
Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. e atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 181.
Atos vinculados: a lei fixa os requisitos e condições de sua realização, não deixando
liberdade de ação para a Administração.
Atos internos: atingem apenas o órgão que os editou. Ex: portaria de remoção de servidor.
Atos externos: também atingem terceiros. Ex: multas a empresas contratadas, editais de
licitação, atos normativos etc.
Atos de império: Atos administrativos de império são aqueles praticados de ofício pelos
agentes públicos e impostos de maneira coercitiva aos administrados, os quais estão
obrigados a obedecer-lhes. Ex: desapropriação.
Atos de gestão: Atos administrativos de gestão são atos praticados pela administração
pública como se fosse pessoa privada, o que afasta a supremacia que lhe é peculiar em
relação aos administrados. Ex: alienação de bens, aluguéis de imóveis.
Atos de expediente: se destinam a dar andamento aos processos e papeis administrativos,
sem qualquer conteúdo decisório. Ex: protocolo de documentos.
Ato válido: é aquele praticado em conformidade com a lei, sem nenhum vício.
Ato nulo: é aquele que nasce com vício insanável. Ex: ato com motivo inexistente, ato com
objeto não previsto em lei e ato praticado com desvio de finalidade.
Ato anulável: é o que apresenta vício sanável. Ex: vícios de competência e de forma
(regra).
Ato inexistente: apenas tem aparência de ato administrativo, mas, em verdade, não chega
a entrar no mundo jurídico, por falta de um elemento essencial. Ex: usurpador de função.
64811190068
Ato eficaz: é o ato perfeito que já está apto a produzir efeitos, não dependendo de nenhum
evento posterior, como termo, condição, aprovação, autorização etc.
Ato pendente: é o ato perfeito que ainda depende de algum evento posterior para produzir
efeitos.
Ato consumado: é o que já produziu todos os efeitos que estava apto a produzir.
Atos normativos são leis em sentido material (e não em sentido formal), pois possuem
conteúdo de leis, porém não passaram pelo procedimento legislativo constitucional.
Não podem ser objeto de impugnação direta por meio de recursos administrativos ou
ação judicial ordinária; devem ser impugnados por ação direta de
inconstitucionalidade. Exemplos: regulamentos, portarias, circulares, instruções
normativas.
Licença:
Ato administrativo vinculado e definitivo. Permite ao particular exercer direitos
subjetivos.
Não pode, em regra, ser revogada (exceto licença para construir). Admite apenas
cassação (vício na execução) ou anulação (vício na origem). Pode gerar direito a
indenização ao particular, caso ele não tenha dado causa à invalidação da licença.
Autorização:
Permissão:
64811190068
São aqueles que atestam ou certificam uma situação preexistente (ex: certidões e
atestados) ou que emitem uma opinião para preparar outro ato de caráter decisório
(pareceres).
A rigor, não constituem uma manifestação de vontade da Administração; por isso, são
considerados meros atos da Administração (são atos administrativos apenas em sentido
formal, mas não material).
Exemplos:
parecer (pode ser obrigatório ou facultativo e, em alguns casos, pode ter efeito vinculante);
apostila (averbação para corrigir ou atualizar dados).
OBS: caso um parecer seja adotado como fundamento para uma decisão, o referido parecer
passará a integrar o ato administrativo decisório.
8 QUESTÕES
II a revogação de ato complexo, ou seja, ato formado pela manifestação de dois ou mais
órgãos, demanda a edição de ato igualmente complexo; vale dizer, formado pela
manifestação dos mesmos órgãos subscritores do ato a ser revogado.
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02 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público) Sobre atos administrativos, é correto afirmar:
b) a renúncia é instituto afeto tanto aos atos restritivos quanto aos ampliativos.
c) as deliberações e os despachos são espécies da mesma categoria de atos administrativos
normativos.
d) é ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo;
salvo quando se tratar de recurso hierárquico impróprio.
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03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Em cada um do
item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada,
a respeito da organização administrativa e dos atos administrativos.
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05 (2017/CESPE/TJ-PR/Juiz de Direito) Com base na Lei n.º 9.784/1999, assinale a
opção correta acerca da revogação e dos elementos dos atos administrativos.
a) A revogação de um ato administrativo deve apresentar os seus motivos devidamente
externados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos.
b) O ato de delegação pode ser revogado a qualquer tempo pela autoridade delegante ou pela
autoridade delegada.
c) O ato de delegação deve ser publicado no meio oficial, mas não o de sua revogação.
d) Caso um ato administrativo esteja eivado de vício de legalidade, o Poder Judiciário terá de
revogá-lo.
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b) não pode ser feita por quem não pertença aos quadros da Administração pública.
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d) é passível de revogação.
e) não está sujeito a controle judicial.
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a) incorreta, pois somente caberia tal instituto se feito pela autoridade máxima do órgão ou
entidade a que pertence Manoel.
b) incorreta, pois somente caberia tal instituto se houvesse a concordância do servidor Pedro.
c) correta.
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No que concerne aos atributos dos atos administrativos, está correto o que se afirma APENAS
em
a) I, II e IV.
b) III e IV.
c) II e III.
d) I e III.
e) II.
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a) objeto.
b) motivo.
c) forma.
d) sujeito.
e) finalidade.
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11 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Judiciária) Fabio,
servidor público federal e chefe de determinada repartição, concedeu licença a seu
subordinado Gilmar, pelo período de um mês, para tratar de interesses particulares. No
último dia da licença em curso, Fabio decide revogá-la por razões de conveniência e
oportunidade. A propósito dos fatos, é correto afirmar que a revogação
a) não é possível, pois o ato já exauriu seus efeitos.
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a) quanto à forma de exteriorização, como parecer, sendo possível sua revogação judicial.
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14 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Judiciária) Um servidor público
praticou um ato administrativo para cuja prática ele é incompetente. Tal ato não era de
competência exclusiva.
a) inexistente.
b) irregular.
c) válido.
d) nulo.
e) anulável.
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16 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa) O atributo que
consiste na possibilidade de certos atos administrativos serem decididos e executados
diretamente pela própria administração, independentemente de ordem judicial, denomina-se
a) presunção de legitimidade.
b) autoexecutoriedade.
c) motivação.
d) tipicidade.
e) imperatividade.
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18 (2017/FCC/Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa) Rodrigo é servidor público federal e chefe de determinada repartição
pública. Rodrigo indeferiu as férias pleiteadas por um de seus subordinados, o servidor José,
alegando escassez de pessoal na repartição. No entanto, José comprovou, que há excesso de
servidores na repartição pública. No caso narrado,
d) o ato praticado por Rodrigo encontra-se viciado, no entanto, não admite anulação, haja
vista a discricionariedade administrativa na hipótese.
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a) não comporta convalidação, pois o vício narrado não admite tal instituto.
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a) mantido incólume no mundo jurídico, haja vista que a nova circunstância fática não gera
consequências ao ato já praticado.
b) anulado pela Administração pública ou pelo Judiciário, com efeitos ex tunc.
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21 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa) A publicação de
edital para realização de concurso público de provas e títulos para provimento de cargos em
órgão público municipal motivou número de inscritos muito superior ao dimensionado pela
Administração pública. Considerando a ausência de planejamento da Administração para
aplicação das provas para número tão grande de candidatos, bem como que a recente
divulgação da arrecadação municipal mostrou sensível decréscimo diante da estimativa de
receitas, colocando em dúvida a concretude das nomeações dos eventuais aprovados, a
Administração municipal
b) deve republicar o edital do concurso público para reduzir os cargos disponíveis, sob pena
de nulidade do certame.
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d) admitem somente controle judicial posterior, ou seja, após a execução da decisão pela
Administração pública, mas a análise abrange todos os aspectos do ato administrativo.
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23 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Judiciária) Pedro, servidor público de
um órgão municipal encarregado da fiscalização de obras civis, emitiu autorização para Saulo
construir um muro de arrimo e também demolir uma pequena edícula, comprometendo-se a
providenciar, junto a seu superior, a formalização do correspondente alvará. Ocorre que Jair,
morador de imóvel vizinho, sentiu-se prejudicado pelas obras, que causaram abalo em seu
imóvel e denunciou a situação à autoridade competente, requerendo a nulidade do ato, face a
incompetência de Pedro para emissão da autorização. Diante desse cenário,
a) não há que se falar em convalidação, haja vista que o ato é discricionário, cabendo,
exclusivamente, à autoridade competente a sua edição.
c) a autorização dada por Pedro pode ser revogada pela autoridade competente, se
verificadas razões de ordem técnica ou anulada judicialmente.
e) o ato praticado por Pedro é nulo, não passível de convalidação, haja vista que esta
somente é cabível quando presentes vícios de forma e de motivação.
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24 (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia) Após o término de estágio probatório, a
administração reprovou servidor público e editou ato de exoneração, no qual declarou que
está se dera por inassiduidade. Posteriormente, o servidor demonstrou que nunca havia
faltado ao serviço ou se atrasado para nele chegar.
Nessa situação hipotética, o ato administrativo de exoneração é
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27 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Com relação aos poderes e atos
administrativos, julgue o próximo item.
A construção irregular de um prédio pode ser o motivo para a prática de um ato
administrativo com o objetivo de paralisar a atividade de construir.
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28 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Com relação aos poderes e atos
administrativos, julgue o próximo item.
Ato administrativo declaratório é aquele que implanta uma nova situação jurídica ou modifica
ou extingue uma situação existente.
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Situação hipotética: Antônio, servidor que ingressou no serviço público mediante um ato nulo,
emitiu uma certidão negativa de tributos para João. Na semana seguinte, Antônio foi
exonerado em função da nulidade do ato que o vinculou à administração.
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32 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) No que se refere aos poderes administrativos, aos
atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item seguinte.
Situação hipotética: A autoridade administrativa Y, no exercício de competência que lhe foi
delegada pela autoridade X e que lhe conferia poder decisório para a prática de determinado
ato de autoridade, praticou determinado ato administrativo que o administrado Z entendeu
ser-lhe prejudicial. Nessa situação, caso queira obstar os efeitos do referido ato mediante
mandado de segurança, o administrado Z deverá dirigir sua peça contra a autoridade
delegada, e não contra a autoridade delegante.
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33 (2017/CESPE/SEDF/Direito) Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no
serviço público que beneficiaram, diretamente, amigos seus. A competência para a edição do
referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os servidores que se
sentiram prejudicados com o resultado do concurso de remoção apresentaram recurso quinze
dias após a data da publicação do resultado.
Nessa situação hipotética, a portaria editada por Mauro contém vício nos elementos
competência e objeto.
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34 (2017/CESPE/SEDF/Administrador) À luz da legislação que rege os atos
administrativos, a requisição dos servidores distritais e a ética no serviço público, julgue o
seguinte item.
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36 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador) A respeito do atributo da presunção
de validade dos atos administrativos, considere:
I. Trata-se de presunção absoluta, que inadmite prova em contrário.
IV. Trata-se de atributo que não exime a Administração pública de decidir mediante
procedimentos administrativos.
V. Trata-se de atributo por força do qual a validade dos atos administrativos é insuscetível de
impugnação por eventuais interessados, exceto pela via judicial.
b) I, III e IV.
c) IV e V.
d) II, III e V.
e) I, II e V.
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37 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Psicologia) Agente público produziu ato
administrativo com vício de legalidade. O ato deve ser
a) revogado pela Administração pública, produzindo a revogação efeitos para o futuro, isto é,
a partir da data em que publicado o ato de revogação.
e) anulado pela Administração pública, produzindo a anulação efeitos apenas para o futuro, a
partir da data de publicação do ato de anulação.
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b) pode ser feita por Nelson, que emitirá sua manifestação de vontade posteriormente,
convalidando o ato.
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39 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Marcos, servidor público federal, praticou ato administrativo com vício de forma, não
observando formalidade indispensável à existência do ato. O servidor, ao constatar o vício,
revogou o ato administrativo e proferiu novo ato observando a formalidade exigida por lei. No
caso narrado,
d) Marcos deveria ter se utilizado do instituto da convalidação, sempre possível para ato com
vício de forma.
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a) motivo.
b) finalidade.
c) objeto.
d) forma.
e) competência.
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42 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Técnico Judiciário – Administrativo) Sergio,
servidor público federal e chefe de determinada repartição pública, demitiu Antônio sob o
fundamento de que o mesmo havia cometido falta grave. Cumpre salientar que Antônio não
era servidor concursado, mas sim ocupante de cargo em comissão. Transcorridos quinze dias
após a demissão, descobriu-se que Antônio não havia praticado falta grave e que Sergio
pretendia colocar um colega seu no cargo anteriormente ocupado por Antônio. Neste caso, é
correto afirmar:
c) Não incide a teoria dos motivos determinantes, haja vista que o vício é na forma e na
finalidade do ato administrativo de demissão.
e) O ato é válido porque a finalidade pública foi mantida, sendo admissível a substituição de
um servidor por outro, desde que o cargo seja adequadamente preenchido, de modo a não
trazer prejuízo ao interesse público.
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a) simples.
b) discricionário.
c) composto.
d) declaratório.
e) complexo.
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a) Atos administrativos, por serem discricionários, somente podem ser anulados pela própria
administração pública.
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por força da isonomia, aquele que detiver situação jurídica idêntica à de Lúcio terá direito à
extensão dos mesmos efeitos jurídicos produzidos pelo ato anulado.
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d) sujeito do ato é seu destinatário; assim, o solicitante de uma licença é o sujeito desse ato
administrativo.
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48 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) Considere o seguinte trecho destacado da obra de
Regis Fernandes de Oliveira (Ato Administrativo, São Paulo: Revista dos Tribunais, 5º ed.
2007, p.50): O que distingue, in princípio, o ato administrativo dos demais praticados pela
Administração e dos atos privados é a desnecessidade de ir a juízo para impor-se. O autor se
refere ao atributo do ato administrativo denominado
a) presunção de legitimidade.
b) exigibilidade.
c) executividade.
d) imperatividade.
e) autoexecutoriedade.
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e) ambos prescindem, para validade, de fundamento último em lei, desde que respeitem os
princípios da fundamentação e da publicidade.
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II. Isabela, servidora pública estadual, sofreu remoção ex officio. Referida remoção, de
acordo com a lei, só pode dar-se para atender à conveniência do serviço. No entanto, no caso
de Isabela, foi feita para puni-la.
b) há discricionariedade quanto ao objeto do ato administrativo, no caso I, vez que a lei prevê
dois objetos possíveis para atingir o mesmo fim.
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a) IV, apenas.
d) III, apenas.
e) I e II, apenas.
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Acerca dessa situação hipotética, do poder de polícia e da disciplina dos atos administrativos,
assinale a opção correta.
b) Se, na situação hipotética em questão, o administrador público tivesse agido motivado por
vingança pessoal contra o proprietário do estabelecimento comercial, estaria configurada a
nulidade do ato por abuso de poder na modalidade excesso de poder.
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Tendo as considerações apresentadas como referência inicial, assinale a opção que apresenta
ato suscetível de revogação.
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a) A convalidação por ratificação somente pode ser realizada pelo superior hierárquico do
agente que praticou o ato anterior.
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56 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Quanto às espécies de atos
administrativos, assinale a opção correta.
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e) A licença é ato unilateral e vinculado, cuja revogação somente é possível mediante prévia
notificação do interessado.
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61 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Acerca de função administrativa
e atos administrativos, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Um diretor de tribunal de contas editou ato administrativo com desvio de
finalidade. Após correição, o vício foi detectado e comunicado ao presidente do tribunal.
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Situação hipotética: O TCE/PA alugou várias salas de aula de uma escola privada para a
realização do curso de formação de seus novos servidores.
Assertiva: Nessa situação, o ato de locação, ainda que seja regido pelo direito privado, é
considerado um ato administrativo.
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64 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Considerando que servidor
público de determinada autarquia federal tenha solicitado ao setor técnico daquela entidade a
emissão de parecer para subsidiar sua tomada de decisão, julgue o item a seguir, acerca dos
atos administrativos.
Caso seja adotado como fundamento para a decisão, o referido parecer passará a integrar o
ato administrativo decisório.
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Quanto aos seus efeitos, tal parecer classifica-se como ato administrativo enunciativo.
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66 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Julgue o item subsecutivo,
a respeito dos atributos dos atos administrativos.
Em decorrência do atributo da tipicidade, quando da prática de ato administrativo, devem-se
observar figuras definidas previamente pela lei, o que garante aos administrados maior
segurança jurídica.
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67 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Julgue o item subsecutivo,
a respeito dos atributos dos atos administrativos.
A presunção de legitimidade dos atos administrativos está relacionada à sujeição da
administração ao princípio da legalidade.
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São três os requisitos para que um ato administrativo seja dito perfeito: competência,
finalidade e objeto.
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71 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) Acerca dos
atos administrativos, julgue o item subsequente.
O ato administrativo somente poderá ser realizado de forma válida se o agente responsável
pela sua elaboração tiver poder legal para praticá-lo.
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73 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) Acerca dos
atos administrativos, julgue o item subsequente.
O conceito de ato administrativo é praticamente o mesmo de ato jurídico, diferindo o primeiro
do segundo por ser aquele uma categoria informada pela administração de áreas meio.
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Atos administrativos de gestão são atos praticados pela administração pública como se fosse
pessoa privada, o que afasta a supremacia que lhe é peculiar em relação aos administrados.
Atos administrativos de império, por sua vez, são aqueles praticados de ofício pelos agentes
públicos e impostos de maneira coercitiva aos administrados, os quais estão obrigados a
obedecer-lhes.
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78 (2016/FCC/Copergás – PE/Analista – Administrador) Antônio, servidor público
estadual, praticou ato administrativo com vício em um de seus elementos, pois o resultado do
ato administrativo praticado importou em violação da lei. Em razão do vício narrado, decidiu
anular o citado ato. De acordo com os fatos narrados, trata-se de vício de
---------------------------------------------------------------------------------------------------
c) nem sempre é possível a convalidação do ato administrativo; depende do tipo de vício que
atinge o ato.
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e) é ato discricionário, ou seja, movido por razões de conveniência e oportunidade, razão pela
qual, não comporta anulação.
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I. vinculado.
III. negocial.
IV. ordinatório.
a) II e III.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II.
e) II e IV.
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84 (2016/CESPE/PC-PE/Delegado de Polícia) Acerca dos atos do poder público, assinale
a opção correta.
b) A teoria dos motivos determinantes não se aplica aos atos vinculados, mesmo que o gestor
tenha adotado como fundamento um fato inexistente.
d) Atos gerais de caráter normativo não são passíveis de revogação, eles podem ser somente
anulados.
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d) A possibilidade que tem a administração pública de, nos termos da lei, constituir terceiros
em obrigações mediante atos unilaterais constitui aplicação do princípio da supremacia do
interesse público.
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a) a retroação dos efeitos à data da emissão do ato viciado, como nos casos de revogação por
motivo de conveniência e oportunidade, demonstrado fato superveniente e de interesse
público a justificar a extinção do ato.
c) análise pelo Judiciário, para correção de vícios de legalidade, motivo e forma, bem como
exame de custo benefício entre a opção do administrador e a finalidade pretendida,
autorizada a substituição do ato pela decisão jurisdicional.
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90 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social) Julgue o próximo item, a respeito dos
atos administrativos.
A autoexecutoriedade é atributo restrito aos atos administrativos praticados no exercício do
poder de polícia.
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O ato praticado por agente não competente para fazê-lo poderá ser convalidado
discricionariamente pela autoridade competente para sua prática, caso em que ficará sanado
o vício de incompetência.
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93 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador) Acerca dos atos administrativos e do processo administrativo, assinale a opção
correta conforme a Lei n.º 9.784/1999.
c) O direito da administração de anular os seus próprios atos decai em cinco anos, ainda que
constatada a má-fé do destinatário do ato.
d) A convalidação dos atos administrativos que apresentem defeitos sanáveis pode ser feita
pela administração, desde que esses atos não acarretem lesão ao interesse público ou
prejuízo a terceiros.
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c) Aprovação é ato unilateral e vinculado por meio do qual a administração pública reconhece
a legalidade de um ato jurídico apenas a posteriori.
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a) A finalidade reflete o fim mediato dos atos administrativos, enquanto o objeto, o fim
imediato, ou seja, o resultado prático que deve ser alcançado.
b) O silêncio administrativo consubstancia ato administrativo, ainda que não expresse uma
manifestação formal de vontade.
c) Autorização é o ato pelo qual a administração concorda com um ato jurídico já praticado
por particular em interesse próprio.
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a) III, apenas.
b) I, II e III.
c) I e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II, apenas.
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IV. A anulação do ato administrativo, quando feita pela Administração pública, independe de
provocação do interessado.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e IV, apenas.
d) III, apenas.
e) II, apenas.
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100 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Marcilio, servidor público federal e chefe de determinada repartição pública, convalidou ato
administrativo ilegal, haja vista conter nulidade relativa, suprindo, assim, vício existente no
mencionado ato. Já Ana, também servidora pública federal, revogou ato administrativo com
vício de motivo. A propósito do ocorrido nas duas hipóteses,
a) a convalidação não se destina a atos administrativos ilegais, sendo seu efeito sempre ex
nunc.
c) no primeiro caso, a convalidação ocorrerá com efeitos retroativos à data em que o ato
administrativo foi praticado.
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a) IV.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) I e IV.
e) I, II e IV.
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c) O ato não possui vícios, razão por que não há providências a serem tomadas.
d) O ato deve ser anulado com efeitos ex-nunc, por vício insanável de forma.
e) Caso não seja verificada lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, o ato deverá
ser convalidado.
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GABARITO
1-C 2-A 3-E 4-E 5-A 6-D 7-D 8-E 9-C 10-A
11-A 12-B 13-C 14-E 15-D 16-B 17-B 18-A 19-C 20-E
21-C 22-E 23-B 24-E 25-E 26-C 27-C 28-E 29-E 30-C
31-C 32-C 33-C 34-C 35-E 36-A 37-D 38-B 39-B 40-E
41-B 42-A 43-D 44-E 45-B 46-B 47-C 48-E 49-C 50-E
51-B 52-C 53-D 54-D 55-B 56-C 57-A 58-E 59-C 60-C
61-E 62-E 63-E 64-C 65-C 66-C 67-C 68-E 69-C 70-E
71-C 72-C 73-E 74-C 75-C 76-E 77-C 78-E 79-C 80-D
81-C 82-B 83-C 84-E 85-B 86-B 87-A 88-D 89-E 90-E
91-E 92-C 93-D 94-A 95-A 96-A 97-A 98-A 99-A 100-C
1 CONCEITO E ABRANGÊNCIA
É o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos por meio dos quais se exerce o poder
de fiscalização e de revisão da atividade administrativa em qualquer das esferas de poder
(executivo, legislativo e judiciário).
Esse poder de fiscalizar e corrigir incide sobre toda a Administração Pública, ou seja, sobre
todos os atos produzidos pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário quando estiverem
atuando no exercício da atividade administrativa.
2 CLASSIFICAÇÃO
3 CONTROLE ADMINISTRATIVO
O controle exercido pela Administração direta sobre a Administração indireta denomina -se
poder de tutela, que não pressupõe hierarquia, mas apenas controle finalístico, que
analisa a aderência da atuação dos entes que integram a Administração indireta aos atos ou
leis que os constituíram.
4
Síntese da obra Manual de direito Administrativo, 24. Ed., do autor José dos Santos Carvalho Filho.
Previsto no art. 5°, XXXIV, a, da CF/88, que diz que são a todos assegurados,
independentemente de taxas, o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos
ou contra ilegalidade ou abuso de poder.
Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode dirigir-se formalmente a uma autoridade do Poder
Público com o intuito de fazer uma reivindicação, queixa, solicitar esclarecimentos ou
simplesmente manifestar a sua opinião sobre algo de seja de seu próprio interesse ou de
interesse da coletividade.
A única exigência formal é que a petição deverá ser escrita e o peticionário deverá ser
devidamente identificado. Não se faz necessário advogado para exercer o direito de pedir na
administração pública.
b) Pedido de Reconsideração
Trata-se de um pedido escrito, dirigido pelo interessado à autoridade responsável pela edição
do ato, pleiteando a extinção ou a alteração do ato em conformidade com as suas pretensões.
O pedido de reconsideração não é um recurso propriamente dito, pois é destinado à mesma
autoridade que praticou o ato e não para uma autoridade superior, como acontece nos
recursos.
c) reclamação administrativa
De acordo com a professora Di Pietro, é o ato pelo qual o administrado, seja particular ou
servidor público, deduz uma pretensão perante a Administração Pública, visando obter
reconhecimento de um direito ou a correção de um ato que lhe cause lesão ou ameaça de
lesão.
Devem ser interpostos através de petição escrita à autoridade superior àquela que proferiu a
decisão administrativa. Assim, a reapreciação de um recurso administrativo sempre será
dentro de um mesmo Poder, não havendo hipótese de reexame de recursos administrativos
por um outro poder ou outra esfera.
Via de regra, os recursos administrativos possuem apenas efeito devolutivo, contudo o art. 61
da lei 9.784/99 estabelece que, se houver disposição legal em contrário ou havendo justo
receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade
recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao
recurso.
De acordo com José dos Santos Carvalho Filho, o controle divide-se em controle de ofício e
controle provocado. O primeiro é realizado pela própria Administração, no regular exercício de
suas funções, independentemente de provocação de terceiros. Por outro lado, o controle
provocado é aquele deflagrado por terceiros, tendo como principal exemplo os recursos
administrativos.
OBS: os recursos hierárquicos impróprios podem ser interpostos apenas se houver previsão
legal que expressamente os preveja, designando a autoridade ou o órgão competente com
competência para apreciar e decidir o recurso.
4 CONTROLE LEGISLATIVO
O controle legislativo ou controle parlamentar é exercido pelos órgãos do Poder Legislativo
em relação a determinados atos praticados pela Administração Pública.
Caracteriza-se por ser um controle externo, exercido nos exatos termos e limites previstos
no texto constitucional.
No entanto, o controle que o Poder Legislativo efetua sobre sua própria atuação
administrativa não se distingue do controle fundado no poder de autotutela.
5
Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. E atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 348 e 349.
Art. 49, V, CF/88 – compete ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. (ver
art. 84, IV e 68, §, 2°).
Art. 49, IX, CF/88 - é competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as
contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução
dos planos de governo.
Art. 71, caput – é competência do Congresso Nacional, auxiliado pelo Tribunal de contas da
União, exercer a fiscalização contábil, financeira e orçamentária federal.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Apesar de o STF não considerar os Tribunais de contas entre os órgãos do Poder Legislativo,
alguns doutrinadores, dentre eles José dos Santos Carvalho Filho, considera que as Cortes de
Contas são órgãos financeiros integrantes do Poder Legislativo das diversas esferas da
Federação.
Os tribunais de contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo. Não existe hierarquia entre
os tribunais de contas e o Poder Legislativo.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como
a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas,
ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções
realizadas;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
5 CONTROLE JUDICIAL
No exercício do controle jurisdicional dos atos administrativos, somente poderá ser decretada
a anulação dos atos administrativos, porquanto a revogação decorre de controle
administrativo de mérito.
Segundo o STF, o controle jurisdicional dos atos administrativos não viola o princípio
constitucional da separação dos poderes (RE 804690).
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é órgão interno de controle administrativo,
financeiro e disciplinar do Poder Judiciário.
b) ação popular
c) ação de improbidade administrativa
e) mandado de injunção
f) habeas corpus
g) habeas data
6 QUESTÕES COMENTADAS:
Comentários:
Letra a: Errada. De acordo com o art. 74 da CF/88, os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, manterão, de forma integrada, sistema de controle interno. Assim, a alternativa
erra ao afirmar que o Poder Executivo poderia renunciar, pontualmente, o exercício do
controle interno. Por fim, vale ressaltar que não é possível qualquer tipo de renúncia ao
controle interno em nenhum dos Poderes.
Letra d: Errada. Quanto a natureza ou o aspecto controlado, o controle pode ser de mérito
ou de legalidade. Assim, errada a alternativa ao afirmar que o único aspecto controlado seria
o mérito dos atos administrativos, há também controle de legalidade dos atos.
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Gabarito: Errado
Comentários:
A Controladoria Geral da União (CGU) é órgão pertencente ao Poder Executivo, assim como o
Ministério dos Transportes também o é. Quando um órgão exerce controle administrativo
sobre outro órgão de um mesmo Poder, o controle é INTERNO, e não externo como afirma a
questão. Já vimos que o controle externo é aquele exercido por um Poder sobre os atos
administrativos praticados por outro Poder.
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a) O controle por vinculação possui caráter externo, pois é atribuído a uma pessoa e se
exerce sobre os atos praticados por pessoa diversa.
e) O controle que a União exerce sobre a FUNAI caracteriza-se como controle por
subordinação, uma vez que esta é uma fundação pública federal.
Gabarito: A
Comentários:
Letra a: Correta Controle por vinculação é quando não há relação de subordinação entre as
pessoas controladas, ocorre entre a administração direta sobre os atos das entidades da
administração indireta. Assim, acerta a alternativa ao afirmar que o controle possui caráter
externo, pois, no caso, há duas pessoas jurídicas diferentes e não há subordinação entre elas,
apenas vinculação. Fique atento se a sua prova afirmar que o controle realizado dentro de um
mesmo Poder será interno. Nem sempre, veja que nesse caso, ainda que o controlador e o
controlado pertencessem ao Poder Executivo, o controle é externo.
Letra b: Errada. O controle Interno é o controle que cada um dos Poderes exerce sobre seus
próprios atos e agentes. É o poder de autotutela que cada Poder exerce sobre os seus
próprios atos. Desse modo, o controle pode ser pela verificação da conveniência e
oportunidade como também poderá ser verificada a legalidade dos atos praticados pela
administração.
Letra c: Errada. O controle de legalidade pode ser interno ou externo. Será interno quando
exercido no poder de autotutela da administração. Será externo quando, por exemplo, o
Poder Judiciário avaliar aspectos de legalidade de atos praticados por outro Poder. Perceba
que o controle de legalidade não é necessariamente processado por um órgão jurisdicional.
Letra d: Errada. Realmente o controle administrativo é a prerrogativa que a administração
pública possui de fiscalizar e corrigir a sua própria atuação. No entanto, pode-se verificar
critérios de mérito ou de legalidade dos seus atos. Mais uma vez a banca cobra o
conhecimento da Súmula n. 473/STF, muitíssimo importante para a sua prova, o poder de
autotutela da administração.
Letra e: Errada O controle que a União exerce sobre a FUNAI caracteriza-se como controle
por vinculação (e não subordinação como afirma a alternativa). Observe que, mesmo não
sabendo se a FUNAI é realmente uma fundação pública federal, você poderia acertar a
alternativa sabendo que o controle da administração direta sobre os atos da administração
indireta é controle por vinculação, finalístico ou supervisão ministerial.
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b) Na medida em que o controle de legalidade dos atos dos Poderes Executivo e Legislativo é
exercido apenas pelo Poder Judiciário, ele se caracteriza como um controle externo, e não
interno.
c) Denomina-se controle por vinculação, e não por subordinação, o controle exercido por um
ministério sobre uma autarquia cujas atribuições lhe são afetas.
d) O controle exercido pelo Poder Legislativo sobre a administração pública é de caráter
exclusivamente político.
e) Segundo a CF, o controle externo da administração pública federal é exercido pelo Tribunal
de Contas da União, tanto sob os aspectos de legalidade e legitimidade quanto sob os de
economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas.
Gabarito: C
Comentários:
Letra b: Errada. O controle de legalidade dos atos dos Poderes Legislativo e Executivo não é
exercido apenas pelo Judiciário. No exercício da autotutela dos atos, qualquer um dos Poderes
pode exercer o controle de legalidade dos seus atos, sendo um controle interno. Quando o
Poder Judiciário exerce o controle dos atos dos outros Poderes, aí sim, será externo.
Letra d: Errado. O controle realizado pelo Poder Legislativo não é exclusivamente político
(direto), também pode ser técnico-financeiro (indireto), realizado com o auxílio dos tribunais
de contas. Cuidado com os termos que restringem ou extrapolam demais nas provas de
concursos, normalmente elas tornam as questões ou alternativas falsas, porquanto no direito
a grande maioria das regras possuem exceções.
Letra e: Errado. Segundo o art. 71 da CF, o controle externo será exercido pelo Congresso
Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
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II. o Congresso Nacional anulou ato normativo do Poder Executivo que exorbitou do poder
regulamentar.
c) está correta apenas a primeira hipótese; no item II, cabe ao Congresso tão somente sustar
atos normativos do Executivo que exorbitem do poder regulamentar.
Comentários:
A primeira realmente está correta e possui fundamento no art. 49, X, da CF/88, que assim
dispõe: X – fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do
Poder Executivo, incluídos os da administração indireta.
A segunda está incorreta, porquanto, de acordo com o art. 49, V, da CF/88, cabe ao
Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
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a) As ações judiciais que tenham por objeto atos administrativos praticados por órgãos do
Poder Judiciário constituem exemplos de controle externo.
b) Dada a presunção de legitimidade dos atos administrativos, não se pode falar em controle
preventivo desses atos.
c) Por força do princípio da eficiência, não cabe falar em controle concomitante de um ato
administrativo, sob risco de entraves desnecessários à consecução do interesse público.
Gabarito: D
Letra b: Errado. O controle dos atos pode sim ser preventivo. Como exemplo, temos o
mandado de segurança preventivo, que tem por objetivo evitar que uma autoridade pública
cometa um abuso de poder.
Letra c: Errado. O controle dos atos administrativos pode ser prévio, concomitante e
posterior. Em regra, o controle é posterior, ou seja, é realizado após a prática de um ato,
como ocorre na realização de uma auditoria de uma obra já concluída. No entanto, em
determinados casos, o controle poderá ser prévio ou concomitante, sobretudo quando os
valores envolvidos forem elevados. Imagine, por exemplo, a realização da auditoria
simultaneamente com a realização de uma licitação para uma obra de valor elevadíssimo.
Letra d: Correto. De acordo com José dos Santos Carvalho Filho, o controle divide-se em
controle de ofício e controle provocado. O primeiro é realizado pela própria Administração, no
regular exercício de suas funções, independentemente de provocação de terceiros. Por outro
lado, o controle provocado é aquele deflagrado por terceiros, tendo como principal exemplo
os recursos administrativos.
Letra e: Errado. O controle de legalidade é realizado tanto pela Administração como pelo
Poder Judiciário. Assim, na ideia do avaliador, o quesito é errado, pois passaria a ideia de que
o controle de legalidade seria realizado apenas por meio do controle judicial, o que é
incorreto, já que ele pode ser feito também no controle administrativo. Ocorre que dizer que
é uma "prerrogativa" não significa que é "exclusivo" do Poder Judiciário. De fato, o controle
de legalidade é uma prerrogativa do controle judicial, o que não exclui o fato de ele também
ser uma prerrogativa do controle administrativo. Para ser considerado incorreto, deveria
constar que seria uma "prerrogativa exclusiva", mas isso não consta na questão. Logo, o item
também está certo, o que leva à anulação da questão – para o Cespe ERRADA, mas o item
pode ser considerado como CORRETO.
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a) dá-se sobre atos e contratos firmados pela Administração pública, não sendo exercido,
contudo, antes da celebração dos referidos instrumentos.
d) possibilita a sustação de atos pelo Tribunal de Contas, quando a Administração pública não
sanar os vícios indicados pelo mesmo.
e) permite a sindicância das licitações realizadas pela Administração direta e indireta, com a
anulação de editais e contratos deles decorrentes sempre que houver vício de legalidade
insanável.
Gabarito: D
Comentários:
Letra a: Errado. Realmente o controle legislativo exercido com o auxílio dos Tribunais de
Contas dá-se sobre atos e contratos firmados com a administração pública, podendo,
contudo, esse controle ser efetuado antes, durante ou depois da celebração dos referidos
instrumentos. Assim, podemos afirmar que o controle dos TCs pode ser prévio, concomitante
ou posterior sobre os atos e contratos firmados com a administração pública.
Letra b: Errado. Não há previsão constitucional para autorizar os Tribunais de Contas alterar
a redação de editais, mesmo no que se refere à fase de habilitação.
Letra c: Errado. As Cortes de Contas, amparadas no art. 71, X, da CF/88, podem apenas
sustar os atos administrativos praticados em desacordo pela administração pública. No caso
dos contratos, apenas o Congresso Nacional tem competência para suspender. Por fim, vale
ressaltar que as Cortes de Contas não podem instar a revogação dos atos administrativos
praticados pela administração pública, pois a revogação é avaliação do mérito do ato, calcado
no poder de autotutela da administração pública.
Letra d: Correto. É o que preceitua o art. 71, X da CF/88: X – sustar, se não atendido, a
execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado
Federal.
Letra e: Errado. Não é permitida a anulação de contratos administrativos pelas Cortes de
Contas, não há previsão constitucional para revogação ou anulação de contratos celebrados
pela administração pública.
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d) poder de tutela, que não pressupõe hierarquia, mas apenas controle finalístico, que analisa
a aderência da atuação dos entes que integram a Administração indireta aos atos ou leis que
os constituíram.
Gabarito: D
Letra b: Errado. Conforme já vimos, não há, em regra, poder de revisão dos atos da
Administração indireta pela Administração direta. A revisão pressupõe a existência de
hierarquia, que não ocorre nessa relação.
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9 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) No que se refere aos poderes
administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item
seguinte.
Gabarito: Errado
Comentários:
O poder de fiscalização que uma Secretaria exerce sobre uma entidade da administração
indireta configura controle administrativo por vinculação. Não há qualquer forma de
subordinação entre órgãos da administração direta com as entidades da administração
indireta. Além disso, podemos afirmar que esse controle é administrativo, por
vinculação e externo.
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Gabarito: Errado
Comentários:
O Poder Judiciário, na sua função judicante, não pode avaliar aspectos de mérito dos atos
administrativos praticados pela administração pública, sob pena de violação do princípio da
separação dos poderes. Cabe ao Poder Judiciário avaliar apenas a legalidade dos atos.
Por fim, a assertiva afirma que a lesão ou ameaça a direito não podem ser excluídas da
apreciação do juiz. O princípio da inafastabilidade da jurisdição realmente está previsto no
texto constitucional, porém, a referida lesão ou ameaça deve estar vinculada a ilegalidades e
não ao mérito dos atos administrativos.
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Uma ação ou omissão que, submetida a controle administrativo quanto à legalidade, seja
considerada correta não poderá ser submetida a nenhuma outra medida de controle
administrativo.
Gabarito: Errado
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12 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo) Acerca do regime jurídico-
administrativo e do controle da administração pública, julgue o próximo item.
Exato! O controle judicial poderá incidir sobre todas atividades administrativas, de todos os
Poderes, em virtude do princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional (CF, art. 5º,
XXXV). Assim, até mesmo os atos administrativos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário
poderão ser objeto de controle judicial, quando o Judiciário for provocado.
Por exemplo: imagine que um órgão administrativo do Poder Judiciário inabilitou uma
empresa em um processo licitatório e a empresa, insatisfeita com a medida, interpôs um
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13 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado) Acerca do controle administrativo
interno e externo, julgue o item a seguir.
Gabarito: Correto
Comentários:
As CPIs são, de fato, instrumentos por meio dos quais o Poder Legislativo exerce sua função
fiscalizatória, de controle externo. Conforme afirma o enunciado, as CPIs (Comissões
Parlamentares de Inquérito) não possuem poder condenatório. A Carta Magna prevê, em seu
art. 58, § 3o, que suas conclusões, se for o caso, deverão ser encaminhadas ao Ministério
Público, para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
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14 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado) Acerca do controle administrativo
interno e externo, julgue o item a seguir.
A CF atribui ao TCU a competência para a apreciação dos atos de concessão e renovação de
concessão de emissoras de rádio e televisão.
Gabarito: Errado
Comentários:
Segundo o art. 49, XII, CF/88, é competência exclusiva do Congresso Nacional “apreciar
os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão”. Assim,
percebemos que não é uma das competências dadas ao TCU pela Constituição Federal.
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15 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado) Acerca do controle administrativo
interno e externo, julgue o item a seguir.
O controle administrativo interno é cabível apenas em relação a atividades de natureza
administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Gabarito: Correto
Comentários:
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16 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado) Acerca do controle administrativo
interno e externo, julgue o item a seguir.
O CNJ é órgão externo de controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário.
Gabarito: Errado
Comentários:
O CNJ é órgão de controle interno do Poder Judiciário, uma vez que integra a estrutura
desse Poder (art. 92, I-A, CF). Tem como missão o controle da atuação administrativa e
financeira do Poder Judiciário, bem como busca assegurar o cumprimento dos deveres
funcionais pelos juízes.
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17 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Analista - Controle Interno) A respeito do controle
na administração pública, julgue o próximo item.
Na administração pública, uma forma de controle é o sistema de freios e contrapesos, cuja
principal característica é a divisão e a independência dos poderes da União.
Gabarito: Correto
No mais, está correto dizer que há divisão de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário),
bem como que os três são independentes, conforme preconiza nossa Constituição (CF/88,
art. art. 2º).
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Gabarito: D
Comentários:
Vejamos o que dispõe o art. 71, II, da CF/88:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
Perceba que a Constituição não restringiu o controle a apenas algumas entidades da Adm.
Indireta, mas sim a todas elas (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista).
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19 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil) A respeito do controle dos atos e
contratos administrativos, assinale a opção correta.
b) É vedado ao Poder Judiciário realizar o controle de mérito de atos discricionários que não
contrariarem qualquer princípio administrativo.
e) No controle administrativo, a administração pode anular seus próprios atos, mas não
revogá-los.
Gabarito: B
Comentários:
Letra a: Errado. O erro da alternativa está em afirmar que o controle efetuado pelos TCs é
prévio. Na verdade, via de regra, o controle é realizado a posteriori para a maioria dos atos
e contratos. Em alguns casos o controle também pode ser concomitante, como é o caso das
inspeções e auditorias. Raramente o controle poderá ser previamente, ou seja, poderá
ocorrer, mas não é a regra.
Letra b: Correto. O Poder Judiciário não analisa o mérito dos atos administrativo, isso já
está mais do que claro. Mas cuidado, o Judiciário poderá anular atos discricionários se ilegais
ou ilegítimos.
Letra c: Errado. O controle de legalidade compete tanto ao Poder Judiciário como ao Poder
que editou o ato (princípio da autotutela).
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Gabarito: D
Comentários:
- é controle externo
- visa analisar aspectos de legalidade e legitimidade dos atos da administração.
- via de regra é realizado posteriormente à edição dos atos (mas pode ser prévio
também. Ex. mandado de segurança preventivo).
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21 (2016/CESPE/TCE-PR/Todos os Cargos) A respeito do controle judicial dos atos
administrativos, assinale a opção correta.
Letra d: Errado. Existem dois sistemas de controle que costumam ser adotados em um país.
O sistema francês (ou do contencioso administrativo, ou da dualidade de jurisdição), e
os sistema inglês (ou de jurisdição única). No primeiro caso, as causas administrativas
encerram-se no próprio âmbito administrativo; ao passo que, no segundo sistema, somente o
Judiciário terá capacidade de decidir com força de coisa julgada. O sistema adotado no Brasil
é o sistema inglês (jurisdição única) e não o contencioso administrativo. Logo, as causas
julgadas na última instância administrativa, podem ser reapreciadas no Poder Judiciário.
Judiciário não adentra no mérito, isto é, nos critérios de conveniência e oportunidade, cuja
análise é prerrogativa da Administração.
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22 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual) São finalidades do
controle interno da Administração pública, EXCETO:
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União.
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União.
e) apreciar as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Executivo, mediante parecer prévio
que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar do seu recebimento.
Gabarito: E
Comentários:
Podemos observar que a alternativa “e” é uma das atribuições do Tribunal de Contas da
União, conforme previsto no art. 71, I, da CF/88.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
23 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista - Gestão Pública) Concernentes
ao controle judicial, considere:
I. Alguns atos da Administração pública não podem ser examinados pelo Poder Judiciário,
como, por exemplo, os gerais e os unilaterais.
II. Haverá invasão do mérito do ato administrativo, quando o Poder Judiciário apreciar os
motivos de tal ato, isto é, os fatos que precederam a elaboração do ato.
III. Os Regimentos dos órgãos públicos, em regra, não são apreciados pelo Poder Judiciário,
exceto se ferirem direitos individuais e coletivos.
a) II, apenas.
b) I, II e III.
c) I, apenas.
d) III, apenas.
e) II e III, apenas.
Gabarito: D
Comentários do professor Rafael Pereira do QConcursos:
I- Errado: Atos gerais são aqueles que não apresentam destinatários certos. São atos dotados
de generalidade e abstração, isto é, atos de caráter normativo. Unilaterais, por outro lado,
são aqueles que dependem unicamente da manifestação de vontade da Administração
Pública.
Tanto os gerais quanto os unilaterais são plenamente passíveis de controle judicial, bastando,
para tanto, que causem lesão ou ameaça a direitos, nos termos do art. 5º, XXXV, CF/88.
II- Errado: Nada impede que o Poder Judiciário examine os motivos do ato administrativo,
desde que se atenha à realização de controle de legalidade, e não para substituir os critérios
utilizados pelo Administrador por outros. Aí sim, estará exercendo controle de mérito, o que
lhe é vedado.
III- Certo: Como regra geral, de fato, há uma tendência do Poder Judiciário de entender que
os Regimentos Internos dos órgãos públicos constituem o que se denomina como atos interna
corporis, razão pela qual, uma vez mais, em regra, não são examinados pelo Judiciário.
Todavia, se houver violação a direitos, ou mesmo ameaças fundadas, como decorrência da
aplicação de tais Regimentos, podem, sim, ser objeto de controle judicial. Correta, portanto,
a presente assertiva.
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Gabarito: Correto
Comentários:
Essa é uma daquelas questões que, de tão óbvias, a maioria dos candidatos fica procurando
algum erro. Porém, é isso mesmo, o controle interno foi instituído para ser mais uma forma
de garantir a legalidade dos atos da administração pública. Veja o que dispõe o inciso II do
art. 74 da CF/88:
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
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25 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Julgue o item a seguir, acerca
de controle da administração pública.
O órgão de controle administrativo que decidir pelo cancelamento de ato válido, em virtude
de considerações de natureza administrativa, deverá realizá-lo por meio de ato de anulação.
Gabarito: Errado
Comentários:
Nessa questão, a banca misturou os assuntos de controle da administração pública e formas
de extinção dos atos administrativos. Vamos por partes para que fique bem claro.
Primeiramente devemos descobrir qual o tipo de controle que está sendo realizado (o órgão
de controle administrativo...). Assim, já sabemos que é controle interno e esse controle
poderá ser de mérito (conveniência e oportunidade) ou de legalidade.
Cancelar um ato válido, em outras palavras, é o mesmo que dizer revogar um ato por
motivos de conveniência e oportunidade. Vimos que, se um ato é válido, ele só poderá ser
revogado, nunca podemos anular um ato válido. Anulação somente para atos inválidos.
Com efeito, a questão erra justamente por afirmar que o ato deveria ser anulado, quando na
verdade o ato deveria ser revogado.
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Comentários:
Exato. Existem duas formas adotadas pelos Estados para solucionar os litígios decorrentes
da sua atuação.
1 Sistema francês ou do contencioso administrativo:
- dualidade de jurisdição;
- todos os litígios podem ser levados ao Judiciário, que é o único competente para proferir
decisões com autoridade final e conclusiva, com força de coisa julgada.
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Comentários:
Devem ser interpostos através de petição escrita à autoridade superior àquela que proferiu a
decisão administrativa. Desse modo, a assertiva erra ao afirmar que a reexame será realizado
por outro Poder ou esfera. O reexame de um recurso sempre será dentro de um
mesmo Poder.
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Gabarito: Correto
Comentários:
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29 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) A respeito dos conceitos
doutrinários relativos ao controle da administração pública, julgue o item a seguir.
Gabarito: Errado
Comentários:
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Gabarito: Errado
Comentários:
Vejamos o que dispõe o art 70 da CF/88:
Perceba que também abrange a fiscalização operacional e patrimonial, além da aplicação das
subvenções e renúncia de receitas.
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31 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Com fundamento nos conceitos
e na legislação a respeito de controle na administração pública, julgue o item a seguir.
O controle interno situa-se no âmbito do controle administrativo e é exercido, em cada Poder,
sobre seus próprios órgãos e entidades. Qualquer irregularidade que seja detectada e não
comunicada ao respectivo tribunal de contas acarreta pena de responsabilidade solidária.
Gabarito: Correto
Comentários:
A primeira parte da assertiva é bem tranquila, já que realmente o controle interno situa-se no
âmbito do controle administrativo e é exercido pelos três Poderes da República. A dúvida
poderia surgir sobre a parte final que afirma que trata da responsabilidade solidária. No
entanto, vejamos o que dispõe o parágrafo primeiro do art. 74 da CF/88:
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32 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Com fundamento nos conceitos
e na legislação a respeito de controle na administração pública, julgue o item a seguir.
O Poder Legislativo, por exercer, nos limites da Constituição Federal de 1988, controle sobre
os demais Poderes, inclusive sobre o Poder Judiciário, quando este executa função
administrativa, tem a prerrogativa de sustar atos normativos do Executivo e do Judiciário,
quando exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa.
Gabarito: Errado
Comentários:
Vejamos o que dispõe o art. 49, V, da CF/88:
Perceba que a prerrogativa dada ao Poder Legislativo é para sustar os atos do Poder
Executivo apenas. Não há essa prerrogativa de sustar os atos do Poder Judiciário no
exercício do poder regulamentar.
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Gabarito: Correto
Comentários:
Exato. A função fiscalizatória (controle externo) será exercida pelo Poder Legislativo
(Congresso Nacional na esfera federal) com o auxílio do Tribunal de Contas, nos termos do
art. 71 da CF/88.
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Exercerá controle do tipo legislativo determinada casa legislativa que anular ato executado
por uma de suas unidades gestoras.
Gabarito: Errado
Comentários:
Nesse caso, o Poder Legislativo estará atuando na sua função atípica de administrar,
exercendo o seu poder de autotutela administrativa, revogando ou anulando os seus próprios
atos. Assim, o controle não é do tipo legislativo, mas sim, controle administrativo dos seus
próprios atos.
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Gabarito: Errado
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Gabarito: Errado
Comentários:
A assertiva afirma que o controle exercido pelos tribunais de contas sobre as casas
legislativas é considerado interno. Isso é errado, pois não há relação de subordinação entre
--------------------------------------------------------------------------------------------------
Gabarito: Correto
Comentários:
a) mandado de segurança
b) ação popular
e) mandado de injunção
f) habeas corpus
g) habeas data
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Gabarito: Errado
Comentários:
No exercício do controle judicial, o Poder Judiciário não poderá revogar atos administrativos,
apenas anulá-los. Eis o erro da assertiva.
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1 CONCEITO E EVOLUÇÃO
A responsabilidade civil decorre de condutas omissivas ou comissivas que causem
dano patrimonial, dano moral ou ambos. Também é chamada de responsabilidade
extracontratual do Estado. A responsabilidade civil sempre se esgota com a indenização do
dano.
1) Nem toda a administração pública responde objetivamente pelos danos causados aos
particulares, pois, as empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras
de atividades econômica (art. 173, CF/88) fazem parte da administração indireta e
não estão inclusas.
2) Algumas pessoas jurídicas não pertencentes à administração pública podem
responder objetivamente pelos danos causados aos particulares. São exemplos, as
concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços públicos.
STF (RE 591.874/MS): há responsabilidade civil objetiva das pessoas jurídicas prestadoras
de serviço público inclusive pelos danos que sua atuação cause a terceiros não usuários do
serviço público.
OBS: o dispositivo estudado tem incidência nas hipóteses causadas pela ATUAÇÃO de
agentes do Estado ou entidades prestadoras de serviços públicos. A OMISSÃO, em regra não
está englobada por esse dispositivo.
Via de regra, nos casos de omissão da administração, o Estado irá responder com
base na teoria da culpa administrativa. Trata-se, portanto, de responsabilidade
subjetiva. Nesses casos, o ônus da prova cabe à pessoa que sofreu o dano pela falta da
prestação do serviço.
Regra geral: o Estado é objetivamente responsável pela morte de detento. Isso porque
houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da
CF/88.
Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a morte
do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade entre o
resultado morte e a omissão estatal.
Nas exatas palavras do Min. Luiz Fux: "(...) sendo inviável a atuação estatal para evitar a
morte do preso, é imperioso reconhecer que se rompe o nexo de causalidade entre essa
omissão e o dano. Entendimento em sentido contrário implicaria a adoção da teoria do risco
integral, não acolhida pelo texto constitucional (...)".
(STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854)).
A regra geral para a prescrição da ação de reparação dos danos causados aos
particulares é de 5 anos (Decreto nº 20.910/1932).
Essa regra geral de prescrição em cinco anos possui uma exceção. O STJ entende
que, nos casos de danos sofridos na época da ditadura militar, a ação de
reparação de danos é imprescritível. Vejamos:
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DANOS DECORRENTES DE PERSEGUIÇÃO
POLÍTICA NA ÉPOCA DA DITADURA MILITAR. IMPRESCRITIBILIDADE.
PRECEDENTES.
Por fim, o STF decidiu que a pessoa que sofreu o dano não pode ajuizar ação
diretamente, contra o agente público. O agente público só responderá, se for o caso, à pessoa
jurídica a cujos quadros pertença, em ação regressiva.
OBS: para que a administração pública ingresse com a ação regressiva, é necessário o
trânsito em julgado da ação condenatória de indenização, ou seja, o direito de regresso
nasce quando a administração for condenada a indenizar.
OBS: Não existe prescrição na ação regressiva promovida pelo Estado contra o agente
público causador do dano:
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.
Como já vimos, um mesmo fato pode ocasionar responsabilização nas três esferas
(administrativa, civil e penal). Ex. acidente de trânsito entre um agente e um particular em
que houve morte do particular.
No exemplo acima, caso o agente público seja condenado na esfera criminal, esta
condenação, uma vez transitada em julgado, influenciará nas esferas administrativa e
cível, implicando o reconhecimento automático da responsabilidade do servidor
nessas duas esferas.
Por fim, caso o agente público tenha sido absolvido na esfera penal por ausência de
tipicidade ou de culpabilidade penal, por insuficiência de provas, ou por qualquer
outro motivo, a absolvição na esfera penal não irá repercutir nas outras esferas, ou
seja, o agente público poderá ser condenado nas esferas administrativa e civil. Nesse caso, as
esferas são independentes.
1) admite-se a responsabilidade civil por atos legislativos exclusivamente nos casos de:
a) lei inconstitucional (danos decorrentes da aplicação de leis que venham a ser
declaradas inconstitucionais): a pessoa que sofreu a aplicação da lei terá que
ajuizar uma ação específica pleiteando a indenização pelo dano decorrente da
aplicação da lei que foi declarada inconstitucional;
b) leis de efeitos concretos, porque são materialmente equivalentes aos atos
administrativos e, assim, podem acarretar danos diretos a indivíduos
determinados, destinatários dessas leis;
2) admite-se a responsabilidade civil do Estado por ato jurisdicional no caso de erro
judiciário, exclusivamente na esfera penal (CF, art. 5°, LXXV); é hipótese de
responsabilidade civil objetiva, ou seja, a obrigação de indenizar do Estado independe
de culpa ou dolo do magistrado, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal (RE
505.393/PE).
O primeiro ponto a ser ressaltado é que os notários e registradores respondem pelos danos,
que nessa qualidade, causarem a terceiros.
O outro aspecto é se o Estado também responde em caso de danos causados pelos
serviços notariais e registrais?
SIM, o Estado também responde, mas apenas subsidiariamente.
O titular da serventia responde de forma principal e, caso não seja possível indenizar a
vítima, o Estado responde de modo subsidiário. Nesse sentido: STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp
1377074/RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 16/02/2016.
Atenção: a responsabilidade do Estado, neste caso, não é pura nem solidária. Trata-se de
responsabilidade subsidiária (REsp 1087862/AM, Rel. Ministro Herman Benjamin, julgado em
02/02/2010).
Qual é o tipo de responsabilidade civil dos notários e registradores?
6
Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. e atual. – Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 337.
9 QUESTÕES
a) na hipótese de dano causado a particular por agente público no exercício de sua função, os
tribunais superiores assentaram a possibilidade de ajuizamento pelo lesado de ação de
reparação de danos diretamente contra o autor do fato, devendo nesse caso, ser perquirida
apenas a conduta, nexo causal e os prejuízos.
Gabarito: Letra E.
Comentários Professor Rafael Pereira QConcursos:
Letra b: Errado. O STF também enfrentou a matéria versada na presente alternativa, tendo
se posicionado no seguinte sentido:
" ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. INVESTIDURA EM CARGO
PÚBLICO POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL. 1. Tese afirmada em repercussão geral: na
hipótese de posse em cargo público determinada por decisão judicial, o servidor não
faz jus a indenização, sob fundamento de que deveria ter sido investido em
momento anterior, salvo situação de arbitrariedade flagrante.
Como se vê, à luz da tese firmada por nossa Suprema Corte, o servidor não faz jus a
perceber os vencimentos referentes ao período em que teria trabalhado, acaso tivesse
tomado posse corretamente, mas também não é merecedor, em regra, de qualquer
indenização, salvo se houver flagrante arbitrariedade. Assim sendo, esta assertiva equivoca-
se ao aduzir que o servidor faria jus a uma indenização, o que não é verdade, de acordo com
o entendimento assentado pelo STF.
Letra c: Errado. O STF analisou a questão relativa à morte de detentos, inclusive sob o
ângulo de possível suicídio, não tendo reconhecido haver, neste caso, culpa concorrente,
conforme aduzido nesta opção "c", equivocadamente. O tema foi objeto de exame nos autos
do RE 841.526, noticiado no Informativo 819, assim redigido: "Em caso de inobservância do
seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, XLIX, da CF, o Estado é responsável pela
Letra e: Correto. De fato, a linha jurisprudencial adotada pelo STJ, através de sua 1ª Seção,
ao analisar o EREsp 1.081.885/RR, rel. Ministro Hamilton Carvalhido, foi no sentido de que se
aplica, no âmbito das ações indenizatórias movidas contra o Estado, o prazo prescricional de
cinco anos, previsto no art. 1º do Decreto 20.910/32, recepcionado pela CF/88 com status de
lei ordinária, e que seria norma especial em relação ao Código Civil, por isso que não poderia
ser derrogado, nesse particular.
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Gabarito: Correto
Comentários:
Perceba que as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público podem ser:
1) as empresas públicas e sociedades de economia mista pertencentes a administração
indireta, criadas com fundamento no art. 175 da CF/88. Nesse caso houve a
descentralização por outorga; e
2) as pessoas jurídicas de direito privado não pertencentes à administração indireta,
como as concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços públicos. Nesse
caso houve descentralização por delegação.
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Comentários:
Exato. Quando a culpa for concorrente, como no caso hipotético, pode haver atenuação
proporcional da obrigação de indenizar do Estado. Assim, o Estado assume apenas parte da
responsabilidade.
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4 (2017/CESPE/TJ-PR/Juiz de Direito) Em recente decisão, o STF entendeu que, quando
o poder público comprovar causa impeditiva da sua atuação protetiva e não for possível ao
Estado agir para evitar a morte de detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em
liberdade),
a) haverá responsabilidade civil do Estado, aplicando-se à situação a responsabilidade
subjetiva por haver omissão estatal.
b) haverá responsabilidade civil do Estado, aplicando-se ao caso a responsabilidade objetiva
por haver omissão estatal.
c) não haverá responsabilidade civil do Estado, pois o nexo causal da sua omissão com o
resultado danoso terá sido rompido.
d) haverá responsabilidade civil do Estado, aplicando-se ao caso a teoria do risco integral.
Gabarito: C
Regra geral: o Estado é objetivamente responsável pela morte de detento. Isso porque
houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da
CF/88.
Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a morte
do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade entre o
resultado morte e a omissão estatal.
Nas exatas palavras do Min. Luiz Fux: "(...) sendo inviável a atuação estatal para evitar a
morte do preso, é imperioso reconhecer que se rompe o nexo de causalidade entre essa
omissão e o dano. Entendimento em sentido contrário implicaria a adoção da teoria do risco
integral, não acolhida pelo texto constitucional (...)".
Uma pessoa que está presa em uma unidade prisional que apresenta péssimas condições,
como superlotação e falta de condições mínimas de saúde e de higiene possui o direito de ser
indenizada pelo Estado diante desta violação de seus direitos?
SIM. Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus
presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua
STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854).
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e) é descabida.
Gabarito: D
Comentários:
A responsabilidade do Estado por omissão, via de regra, é subjetiva com fundamento na
teoria da culpa administrativa.
Não há consenso na doutrina e na jurisprudência sobre a responsabilidade do Estado nos
casos de omissão.
Vimos que a responsabilidade do Estado por suas condutas, ou seja, por suas ações, há a
necessidade de ter ficado comprovado o dano e o nexo de causalidade para que o Estado seja
responsabilizado. Assim, nas ações, não há necessidade de demonstrar a culpa em sentido
amplo.
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c) o Estado arcará integralmente com os danos causados, haja vista tratar-se de hipótese de
responsabilidade subjetiva.
d) o Estado responderá pelos danos, haja vista sua conduta omissiva culposa, no entanto, a
indenização será proporcional à participação omissiva do Estado no resultado danoso.
Comentários:
A presente questão foi retirada do livro de José dos Santos Carvalho Filho, cujo trecho abaixo
reproduzo:
"Ocorre, porém, que, em certas situações, se torna notória a omissão do Poder Público,
porque teria ele a possibilidade de garantir o patrimônio das pessoas e evitar os danos
provocados pela multidão. Nesse caso, é claro que existe uma conduta omissiva do Estado,
assim como é indiscutível o reconhecimento do nexo de causalidade entre a conduta e o
dano, configurando-se, então, a responsabilidade civil do Estado. Trata-se, pois, de situação
em que fica cumpridamente provada a omissão culposa do Poder Público. Essa é a orientação
que tem norteado a jurisprudência a respeito do assunto.
Perceba que a FCC utiliza reiteradamente a obra desse autor e também da professora Di
Pietro para elaboração das questões de suas provas.
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7 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Administrativa) Durante um evento
cultural, realizado por determinada municipalidade, o palco onde estava sendo encenada uma
peça de teatro cedeu, atingindo algumas pessoas que estavam na plateia, para as quais foi
prestado atendimento médico. Algum tempo depois, a municipalidade foi acionada por um
cidadão, pleiteando indenização por danos experimentados em decorrência de lesões sofridas
no dia do acidente narrado, que o teriam impedido de trabalhar. Dentre os possíveis aspectos
a serem analisados a partir dessa narrativa, está a possibilidade
a) do autor da ação demonstrar a culpa dos agentes públicos pelos danos que alega ter
sofrido, em razão do tempo decorrido, que impediram a alegação de responsabilidade
objetiva.
b) da municipalidade demonstrar que seus agentes não agiram com culpa, tratando-se de
caso fortuito, imprevisível, portanto, razão pela qual caberia ao autor comprovar suas
alegações.
c) do autor demonstrar o nexo causal entre o incidente ocorrido no dia do evento, que era
realizado sob responsabilidade da municipalidade, e os danos que alega ter sofrido, para que
seja configurada a responsabilidade objetiva do ente público.
d) da municipalidade comprovar a ocorrência de uma das excludentes de responsabilidade
que, em verdade, afastam a culpa do ente público pelo acidente em todos os casos de
responsabilidade extracontratual objetiva.
Ao ente público, por sua vez, é possível eximir-se de responsabilidade, acaso comprove a
ocorrência de uma das excludentes admitidas pela doutrina e jurisprudência, quais sejam, o
caso fortuito, a força maior, a culpa exclusiva da vítima ou o fato de terceiro, hipóteses estas
em que afirma-se operar-se um rompimento do nexo causal, descaracterizando o dever
indenizatória do Estado.
b) Errado: O item se equivoca ao afirmar ser relevante que a municipalidade comprove que
seus agentes não agiram com culpa. Ora, ainda que isto fique demonstrado, persiste o dever
indenizatório estatal, à luz da regra da responsabilidade objetiva, versada no art. 37, §6º,
CF/88. Ademais, quanto à possibilidade de caracterização de caso fortuito, o ônus de tal
prova pertence ao ente público, e não ao particular, como equivocadamente consta da parte
final da assertiva.
c) Certo: Trata-se de afirmativa em perfeita sintonia com as premissas teóricas
anteriormente estabelecidas.
d) Errado: A comprovação das excludentes não afasta a culpa do ente público. De novo, a
discussão sobre culpa não se afigura relevante, porquanto a regra vigente é a da
responsabilidade objetiva do Estado, que prescinde do exame do elemento culpa. A rigor,
entende-se que tais excludentes implicam o rompimento do nexo causal, isto sim.
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8 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa) O Estado, tal qual os
particulares, pode responder pelos danos causados a terceiros. A responsabilidade
extracontratual para pessoas jurídicas de direito público, prevista na Constituição Federal, no
entanto,
e) somente tem lugar com a comprovação de danos concretos pelo demandante, o que
obriga, necessariamente, a incidência da modalidade subjetiva.
Gabarito: D
Comentários:
O primeiro aspecto a ser analisado é quem responde pela responsabilidade objetiva prevista
no artigo 37:
3) Todas as pessoas jurídicas de direito público (União, autarquias e fundações públicas
de direito público)
4) Pessoas Jurídicas de Direito Privado PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS (art.
175, CF/88)
OBS: diante do exposto, conclui-se o seguinte:
3) Nem toda a administração pública responde objetivamente pelos danos causados aos
particulares, pois, as empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras
de atividades econômica (art. 173, CF/88) fazem parte da administração indireta e
não estão inclusas.
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a) será responsável pelos danos sofridos pelos moradores desde que comprovada culpa dos
agentes encarregados pela operação ou falha na prestação do serviço.
c) não poderá ser responsabilizada pelos prejuízos causados, eis que, em se tratando de
responsabilidade subjetiva, o caso fortuito seria excludente da responsabilidade.
Comentários:
b) Errado: sujeita-se, sendo pública ou privada (e se privada, deve ser prestadora de serviço
público) à responsabilização objetiva, baseado na teoria do risco administrativo.
c) Errado: já vimos que não é caso de responsabilidade subjetiva, e sim, objetiva, com base
na teoria do risco administrativo. Alguma dúvida poderia surgir se o aluno achasse que o
rompimento se deu porque houve omissão da prestadora de serviço de saneamento. Veja que
a questão deveria detalhar essa omissão para você concursando. Então, não extrapole o que
está no texto da questão, o que não está escrito não vale para a prova. Assim, nesse caso,
temos que pensar na responsabilidade objetiva da empresa.
d) Correto. exatamente. Como a referida empresa é prestadora de serviço público, sujeita-
se à responsabilização objetiva, mesmo que essa empresa seja concessionária de serviço de
saneamento. É verdade também que em certas hipóteses a responsabilidade poderá ser
afastada, como acontece nos casos fortuitos ou de força maior, culpa exclusiva da vítima e
culpa exclusiva de terceiros.
e) Errado. A banca FCC gosta de pedir quem responde objetivamente pelos danos causados
aos particulares. Resumindo:
1 – todas as pessoas jurídicas de direito público;
2 – as pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviço público (elas podem ser
integrantes da administração indireta ou delegatárias de serviços públicos)
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Gabarito: Correto.
Comentários:
Exato, se um agente público, atuando na qualidade de agente público, causar dano a terceiro,
haverá responsabilidade objetiva do Estado de acordo com a teoria do risco administrativo.
Vejamos o que dispõe o texto constitucional:
Art. 37, § 6°: as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
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11 (2017/CESPE/SEDF/Tecnologia da Informação) João, servidor público ocupante do
cargo de motorista de determinada autarquia do DF, estava conduzindo o veículo oficial
durante o expediente quando avistou sua esposa no carro de um homem. Imediatamente,
João dolosamente acelerou em direção ao veículo do homem, provocando uma batida e, por
consequência, dano aos veículos. O homem, então, ingressou com ação judicial contra a
autarquia requerendo a reparação dos danos materiais sofridos. A autarquia instaurou
procedimento administrativo disciplinar contra João para apurar suposta violação de dever
funcional.
No que se refere à situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
Mais uma questão que o CESPE aborda o texto constitucional referente à responsabilização do
Estado nos casos e atuação Estado que causarem danos a terceiros.
AÇÃO REGRESSIVA: é o Estado cobrando o agente pela indenização que foi paga ao
particular por culpa do agente:
Características:
O estado deve comprovar a culpa ou o dolo do agente para promover a ação regressiva,
e conseguir o ressarcimento do valor que foi pago ao particular.
Prescrição:
A prescrição é de 05 anos referente as ações dos particulares contra o Estado.
OBS =Não existe prescrição na ação regressiva promovida pelo Estado contra o agente
público causador do dano:
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12 (2017/CESPE/SEDF/Direito) A exploração e operação de determinado aeroporto foi
transferida pelo governo federal para um consórcio de empresas pelo prazo de vinte anos. Em
determinado dia, durante a vigência da execução desse serviço público pelo consórcio, uma
passageira sofreu um acidente grave em esteira rolante do aeroporto, a qual se encontrava
em manutenção devidamente sinalizada. A passageira, por estar enviando mensagem no
aparelho celular, não observou a sinalização relativa à manutenção da esteira.
Comentários:
A assertiva nos traz o caso de culpa exclusiva da vítima, que é causa de exclusão da
responsabilidade do estado, porém, não podemos confundir com as causas atenuantes de
responsabilidade, vejamos:
Causa Atenuante: Dizemos que uma causa é atenuante quando o estado não é
responsabilizado integralmente pelo dano, ou seja, sua responsabilização será diminuída
quando se verificar que sua culpa não foi totalmente integral para a causa do dano.
Culpa concorrente da vítima: Neste caso, a responsabilidade pelo dano é tanto do estado
quanto da vítima;
Estas condutas afastam o nexo causal;
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13 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo) Julgue o item que se segue,
relativos aos fundamentos da responsabilidade civil do Estado atualmente adotados pelo
direito brasileiro.
Gabarito: Errado
Contudo, se a culpa for concorrente, a responsabilidade será atenuada, mas não excluída.
Imagine que a pessoa se atirou contra o veículo intencionalmente, mas o veículo estava
acima do limite de velocidade. Nesse caso, o dano poderia ter sido menor se não fosse o fato
de o veículo estar acima da velocidade permitida. Logo, a culpa será concorrente, e a
responsabilidade estatal não será excluída, mas amenizada.
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Um ato, ainda que lícito, praticado por agente público e que gere ônus exorbitante a um
cidadão pode resultar em responsabilidade civil do Estado.
Gabarito: Correto
A responsabilidade civil do Estado não decorre da ilicitude da conduta estatal, mas sim do
nexo de causalidade entre o dano e a conduta do Estado, que venha a atingir um bem jurídico
tutelado.
Logo, é possível que um ato de um agente público, mesmo que lícito, cause danos a um
particular, ensejando a responsabilidade civil do Estado.
Por exemplo: se um policial, agindo no estrito cumprimento de seu dever, realizar um disparo
contra um bandido, com o objetivo de salvar a vida de outra pessoa, mas acabar atingindo
um terceiro, teremos o caso de um dano, causado por agente estatal, mas que atuava
licitamente.
Logo, em virtude do risco que a atividade estatal possui, o dever de indenizar poderá surgir
até mesmo em virtude de condutas estatais lícitas.
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Gabarito: Errado
Comentários:
Essa questão gerou muitas dúvidas e, por consequência, muitos candidatos tentaram anular a
questão com recursos.
Particularmente entendo que a assertiva está mesmo errada. Não basta a comprovação da
qualidade de agente público, ele precisa estar no exercício de suas funções ou agindo nessa
qualidade.
Imaginem um policial de férias, na praia, tomando uma gelada. Imaginem que ele presencie
um roubo e intervém para socorrer a vítima, causando um grave dano ao assaltante. Nesse
caso teremos duas situações: a) se ele atuou como cidadão, sem usar arma da corporação,
sem que as pessoas soubessem da sua condição de policial, o Estado não será
responsabilizado, pois, apesar de ser policial, não agiu no exercício das suas funções e nem
em razão dela. b) imaginem agora que ele, ao abordar o assaltante, identificou-se como
policial e deu voz de prisão. Nesse caso, ele está agindo em razão de sua função pública, em
nome do Estado. Isso é razão para a responsabilidade objetiva do Estado com fundamento na
teoria do risco administrativo.
Resumindo: para o CESPE não basta apenas a qualidade de agente público, ele deve estar
no exercício das suas funções ou agindo em decorrência delas.
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16 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado) Um motorista alcoolizado abalroou
por trás viatura da polícia militar que estava regularmente estacionada. Do acidente
resultaram lesões em cidadão que estava retido dentro do compartimento traseiro do veículo.
Esse cidadão então ajuizou ação de indenização por danos materiais contra o Estado,
alegando responsabilidade objetiva. O procurador responsável pela contestação deixou de
alegar culpa exclusiva de terceiro e não solicitou denunciação da lide. O corregedor
determinou a apuração da responsabilidade do procurador, por entender que houve
negligência na elaboração da defesa, por acreditar que seria útil à defesa do poder público
alegar culpa exclusiva de terceiro na geração do acidente.
Foi correto o corregedor quanto ao entendimento de que seria útil à defesa do poder público
alegar culpa exclusiva de terceiro na geração do acidente, uma vez que, provada, ela pode
excluir ou atenuar o valor da indenização.
Gabarito: Correto
Vamos parar aqui. Há vários colegas confundindo "culpa exclusiva da vítima" com "culpa
exclusiva de terceiro". A questão trata de culpa exclusiva de terceiro - um motorista
alcoolizado (terceiro) que causa uma colisão com uma viatura da polícia militar.
Di Pietro ensina que as hipóteses excludentes acima citadas não são imputáveis à
Administração Pública. Logo, não há NEXO DE CAUSALIDADE entre a conduta e o dano
gerado.
Mas é possível, p ex, que a força maior e a culpa de terceiro gerem responsabilidade do poder
público, SE aliadas à OMISSÃO ESTATAL. Vejamos:
"No entanto, mesmo ocorrendo motivo de força maior, a responsabilidade do Estado poderá
ocorrer se, ALIADA à força maior, OCORRER OMISSÃO do Poder Público na realização de um
serviço".
(...)
A mesma regra se aplica quando se trata de atos de terceiros (...); o Estado responderá SE
ficar caracterizada a sua OMISSÃO, (...), a falha na prestação do serviço público"
Em suma:
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A teoria da responsabilidade civil objetiva aplica-se a atos ilícitos praticados por agentes de
autarquias estaduais.
Gabarito: Correto
Comentários:
Para que o Estado seja responsabilizado objetivamente pelos danos que seus agentes
causarem a terceiros, basta que haja uma conduta, um dano e o nexo de causalidade entre a
conduta e o dano. Assim, torna-se irrelevante se o ato praticado é lícito ou ilícito, ou seja,
para fins de responsabilização objetiva do Estado, o particular que sofreu o dano não precisa
demonstrar a licitude ou ilicitude da conduta do agente público.
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18 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Secretário Executivo) Em relação à organização
administrativa e às concessões e permissões do serviço público, julgue o item a seguir.
As fundações públicas de direito público devem responder objetivamente pelos danos que
seus agentes causarem a terceiros. Sendo condenadas a indenizar pelo prejuízo que seu
agente culposamente tenha cometido, assegura-se a elas o direito de propor ação regressiva
contra o agente causador do dano.
Gabarito: Correto
Comentários:
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visando ajuizar ação indenizatória em face do Estado, para pleitear os danos materiais e
morais decorrentes do episódio, que lhe causou sequelas físicas e psicológicas. Em vista de
tal situação, é correto concluir que a pretensão em tela
a) não está prescrita, mas há litisconsórcio necessário, devendo ser ajuizada também em
relação aos agentes públicos causadores do dano, haja vista a necessidade de garantir-se o
direito de regresso do Estado.
Gabarito: Letra B
Comentários:
A regra geral para a prescrição da ação de reparação de danos contra a fazenda pública é
de 5 anos. Porém, o STJ entende que, nos casos de danos sofridos na época da ditadura
militar, a ação de reparação de danos é imprescritível. Vejamos:
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. DANOS DECORRENTES DE PERSEGUIÇÃO
POLÍTICA NA ÉPOCA DA DITADURA MILITAR. IMPRESCRITIBILIDADE.
PRECEDENTES.
Vamos às alternativas:
a) Errada: Realmente não está prescrita. Porém, a jurisprudência em vigor hoje é de que
não há litisconsórcio necessário na ação de reparação de danos promovida pelo particular.
b) Correta: está de acordo com o julgado do STJ acima mencionado.
e) Errada: a alternativa traz a regra geral, no caso específico da questão (danos sofridos
em decorrência da ditadura militar) é imprescritível.
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d) objetiva, mas apenas acessória, uma vez que quem praticou o ato foi a concessionária.
e) subjetiva, sendo assegurado o direito de regresso contra o responsável pelos danos.
Gabarito: Letra C
Comentários:
A responsabilidade nesse caso, é objetiva, em conformidade com o que dispõe o art. 37, § 6º,
da Constituição Federal.
STF - RE 591874/MS
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d) Por se tratar de atividade exercida em caráter privado, por delegação do poder público, o
Estado não responde por danos causados a terceiros por notários (tabeliães) e oficiais de
registro.
Gabarito: Letra B
Comentários:
Letra a: Errado. Realmente a Constituição Federal de 1988 adota como regra a teoria do
risco administrativo, segundo a qual o Estado deve arcar com o risco inerente às numerosas
atividades que desempenha. No entanto, em alguns casos o Estado pode eximir-se da
responsabilidade, como nos casos de culpa exclusiva da vítima, força maior ou caso fortuito e
culpa exclusiva de terceiro.
Letra c: Errado. Com base no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, a responsabilidade civil
será objetiva para as entidades de direito público e para as de direito privado, desde que
estas últimas sejam prestadoras de serviços públicos. Ademais, o STF já decidiu que a
responsabilidade civil objetiva aplica-se em relação aos usuários e não usuários do serviço
(RE 591.874/MS)
Letra d: Errado. A responsabilidade dos notários é subjetiva e a responsabilidade do Estado
é apenas subsidiária, ou seja, caso o notário não consiga arcar com o dano sofrido pelo
particular, aí sim o Estado deve ser responsabilizado.
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Gabarito: Letra D
Comentários:
Nesse caso estamos diante de um caso de responsabilidade objetiva do Estado, calcada na
teoria do risco integral.
A teoria do risco integral não admite excludentes e é aplicada basicamente em três casos: 1 –
Danos ambientais; 2 – acidentes nucleares; e 3 – atentados terroristas.
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b) fica excluída a responsabilidade da União, haja vista que somente fatos ocorridos no
território nacional são capazes de justificar a aplicação da responsabilidade objetiva nos
serviços públicos.
c) somente deve haver responsabilização da União em favor dos passageiros que
embarcaram em solo brasileiro, caracterizada, no caso, a responsabilidade subjetiva por culpa
do serviço, em razão da falha na prestação do serviço de segurança aeroportuária.
e) aplica-se a teoria do risco integral, devendo a União indenizar os passageiros que tenham
sofrido danos corporais, doenças, morte ou invalidez sofridos em decorrência do atentado.
Gabarito: Letra E
Comentários:
A responsabilidade civil da União por danos provocados por atentados terroristas constitui
exemplo clássico da aplicação da teoria do risco integral. Nesse sentido, a Lei 10.744/2003
autorizou a União, na forma e critérios estabelecidos pelo Poder Executivo, a assumir
despesas de responsabilidades civis perante terceiros na hipótese da ocorrência de
danos a bens e pessoas, passageiros ou não, provocados por atentados terroristas,
atos de guerra ou eventos correlatos, ocorridos no Brasil ou no exterior, contra
aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas brasileiras de transporte
aéreo público, excluídas as empresas de táxi aéreo. A referida lei não prevê qualquer
excludente de responsabilidade. Logo, a responsabilidade se estende inclusive aos
passageiros embarcados em solo estrangeiro. O que importa para caracterizar a
responsabilidade integral da União é o atentado ter ocorrido em aeronave com matrícula
brasileira.
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a) subjetiva, cabendo ao autor demonstrar a culpa do agente público que deu causa ou
deixou acontecer o falecimento, demandando-o em litisconsórcio com o poder público.
b) objetiva, pois fica demonstrado o nexo de causalidade entre o dever legal do Estado
preservar a incolumidade física do detento e o falecimento ocorrido.
Gabarito: Letra B
Comentários:
Regra geral: o Estado é objetivamente responsável pela morte de detento. Isso porque
houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da
CF/88.
Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a morte
do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade entre o
resultado morte e a omissão estatal.
Nas exatas palavras do Min. Luiz Fux: "(...) sendo inviável a atuação estatal para evitar a
morte do preso, é imperioso reconhecer que se rompe o nexo de causalidade entre essa
omissão e o dano. Entendimento em sentido contrário implicaria a adoção da teoria do risco
integral, não acolhida pelo texto constitucional (...)".
Outra decisão importante pelo STF é sobre a possibilidade de indenização ao
detento pelo Estado, quando o detento estiver exposto a situação degradante.
Uma pessoa que está presa em uma unidade prisional que apresenta péssimas condições,
como superlotação e falta de condições mínimas de saúde e de higiene possui o direito de ser
indenizada pelo Estado diante desta violação de seus direitos?
SIM. Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus
presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua
responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os
danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou
insuficiência das condições legais de encarceramento.
(STF. Plenário. RE 580252/MS, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 16/2/2017 (repercussão geral) (Info 854)).
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Nos termos da lei, a obrigação de reparação de dano praticado por servidor público não é
extensível aos seus sucessores.
Gabarito: Errado
Comentários:
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,
que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
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Assertiva: Nessa situação, o valor da indenização a ser paga pelo Estado será atenuado ante
a existência de culpa concorrente, já que o Brasil adota a teoria da responsabilidade objetiva
do tipo risco administrativo.
Gabarito: Correto
Comentários:
Realmente, como regra o Brasil adota a teoria da responsabilidade objetiva do tipo risco
administrativo para os danos que o Estado cause aos particulares. Nas situações em que o
particular e o Estado possuem culpa concorrente, a indenização paga pelo Estado será
atenuada, ou seja, o Estado não será responsabilizado sozinho pelo dano causado.
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Em nenhuma circunstância será o Estado responsabilizado por danos decorrentes dos efeitos
produzidos por lei, uma vez que a atividade legislativa é fundamentada na soberania e
limitada somente pela Constituição Federal de 1988.
Gabarito: Errado
Comentários:
Via de regra, o Estado não é responsabilizado por atos legislativos e atos jurisdicionais
que causem danos aos particulares.
3) admite-se a responsabilidade civil por atos legislativos exclusivamente nos casos de:
c) lei inconstitucional (danos decorrentes da aplicação de leis que venham a ser
declaradas inconstitucionais): a pessoa que sofreu a aplicação da lei terá que
ajuizar uma ação específica pleiteando a indenização pelo dano decorrente da
aplicação da lei que foi declarada inconstitucional;
d) leis de efeitos concretos, porque são materialmente equivalentes aos atos
administrativos e, assim, podem acarretar danos diretos a indivíduos
determinados, destinatários dessas leis;
4) admite-se a responsabilidade civil do Estado por ato jurisdicional no caso de erro
judiciário, exclusivamente na esfera penal (CF, art. 5°, LXXV); é hipótese de
responsabilidade civil objetiva, ou seja, a obrigação de indenizar do Estado independe
de culpa ou dolo do magistrado, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal (RE
505.393/PE).
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O município que for condenado a indenizar particular por dano causado por servidor público
municipal poderá cobrar regressivamente do servidor o valor da condenação, desde que ele
tenha agido com dolo ou culpa e na qualidade de servidor público municipal.
Gabarito: Correto.
Comentários:
OBS: para que a administração pública ingresse com a ação regressiva, é necessário o
trânsito em julgado da ação condenatória de indenização, ou seja, o direito de regresso
nasce quando a administração for condenada a indenizar.
OBS: Não existe prescrição na ação regressiva promovida pelo Estado contra o agente
público causador do dano
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Gabarito: Errada
Com efeito, são, sim, admitidas hipóteses de exclusão do dever indenizatório do Estado,
notadamente a culpa exclusiva da vítima (se for culpa concorrente, opera-se redução
proporcional da indenização devida), o caso fortuito, a força maior e o fato de terceiro.
Com essas considerações, pode-se afirmar que está incorreta a afirmativa ora analisada.
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30 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor) Com base na doutrina e nas normas de direito
administrativo, julgue o item que se segue.
A concessionária de serviço público responde objetivamente pelos prejuízos causados aos
usuários ou terceiros e subjetivamente pelos prejuízos causados ao poder concedente.
Gabarito: Errado.
Comentários:
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a) pela sociedade empresária concessionária, que tem responsabilidade civil subjetiva, sendo
imprescindível a comprovação da culpa ou dolo de seus funcionários;
b) pela sociedade empresária concessionária, que tem responsabilidade civil objetiva, sendo
prescindível a comprovação da culpa ou dolo de seus funcionários;
d) pelo Município e pela sociedade empresária concessionária, de forma solidária, que têm
responsabilidade civil objetiva, sendo imprescindível a comprovação da culpa ou dolo dos
funcionários da concessionária;
e) pelos funcionários responsáveis pelo dano, diretamente, que têm responsabilidade civil
objetiva, sendo prescindível a comprovação de terem atuado com culpa ou dolo.
Gabarito: Letra B
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32 (2016/FGV/MPE-RJ/Técnico do Ministério Público - Área Notificação e Atos
Intimatórios) Ernesto, servidor público estadual, ao atender um cidadão em sua repartição,
ficou aborrecido com o comentário de que o atendimento era muito ruim. Ato contínuo,
desferiu socos e chutes no referido cidadão. Este último procurou um advogado e solicitou
esclarecimentos a respeito de quem seria o responsável pela reparação dos danos sofridos,
bem como sobre a natureza dessa espécie de responsabilização. À luz da sistemática
constitucional, nesse caso, a responsabilidade:
Gabarito: Letra E
Comentários:
No caso descrito acima em que um funcionário público provoque danos a um particular, a
responsabilidade será da administração pública e objetiva. Ernesto poderá responder
regressivamente pelos seus atos desde que comprovado o dolo ou a culpa dele.
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foi abalroado por um motociclista que conduzia sua moto na contramão da direção e em
velocidade acima do permitido para a via. O motociclista sofreu lesões corporais graves em
razão do acidente, mas felizmente Mariano saiu ileso do episódio. No caso em tela, em
matéria de indenização em favor do motociclista:
a) afasta-se a responsabilidade civil administrativa da fundação pública, eis que não ficou
comprovado dolo ou culpa de seu agente Mariano;
b) afasta-se a responsabilidade civil objetiva da fundação pública, eis que ficou comprovada a
culpa exclusiva da vítima (motociclista), fato que rompe o nexo causal;
Gabarito: Letra B
Comentários:
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Gabarito: Letra C
Comentários:
Em se tratando de empresas estatais (SEM e EP), é necessário definir qual o tipo de atividade
que exercem. Com efeito, as estatais que prestam serviço público responderão objetivamente
pelos danos que causarem aos terceiros e a estatais que exploram atividades econômicas
responderão subjetivamente pelos danos que causarem aos terceiros.
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e) Para que seja ressarcido dos danos experimentados, o particular deverá provar a culpa de
João pelo acidente.
Gabarito: Letra A
Comentários:
Letra a: Correto. Nas palavras da doutrina de José dos Santos Carvalho Filho (Manual de
Direito Administrativo. 22ª edição., Rio de Janeiro, 2009, p. 531-532): “Para configurar-se
esse tipo de responsabilidade, bastam três pressupostos. O primeiro deles é a ocorrência do
fato administrativo, assim considerado como qualquer forma de conduta, comissiva ou
omissiva, legítima ou ilegítima, singular ou coletiva, atribuída ao Poder Público. Ainda que o
agente estatal atue fora de suas funções, mas a pretexto de exercê-las, o fato é tido
como administrativo, no mínimo pela má escolha do agente (culpa in eligendo) ou pela má
fiscalização de sua conduta (culpa in vigilando).”
Letra c: Errado. A pessoa jurídica irá responder pelo dano de João, sendo cabível a ação
regressiva para o ressarcimento.
Letra d: Errado. No caso de culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior, existe o
rompimento do nexo de causalidade entre a ação e o dano, nesse caso, não haverá
responsabilidade civil do Estado.
Letra e: Errado. Para que seja ressarcido dos danos experimentados, o particular deverá
comprovar a ação, dano e o nexo de causalidade, dispensado da culpabilidade, uma vez
que a responsabilidade objetiva do estado o exime disso.
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36 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área
Administrativa) A respeito da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta.
Gabarito: Letra B
Comentários:
Letra a: Errado. A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras
de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço,
segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal (STF RE 591874 / MS)
Letra e: Errado. A responsabilidade da administração pública será objetiva quando o ato for
comissivo, ao passo que será subjetiva quando o ato for omissivo.
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Gabarito: Correto
Comentários:
Exato. Caso a empresa indenizar o usuário que sofreu o dano, ela terá direito de regresso
contra o empregado, ainda que esse empregado não tenha agido com dolo (intencional),
bastando uma das modalidades da culpa para que haja o direito de regresso.
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e) incorreta, haja vista que o Estado somente responde objetivamente, e, no caso narrado,
não se aplica tal modalidade de responsabilidade.
Gabarito: Letra C
Comentários:
Veja que a questão afirmou que se o Estado não tivesse sido omisso, evitaria os
deslizamentos. Dessa forma, devemos adotar a teoria da culpa administrativa.
TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA
- é responsabilidade do tipo subjetiva, no entanto, não exige que seja provada a culpa de
um agente público individualizado.
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Comentários:
Letra a: Errado. A concessionária responderá objetivamente, de acordo com a teoria do
risco ADMINISTRATIVO, caso fiquem comprovados o dano causado ao particular, a conduta
do agente e o nexo de causalidade entre o dano e a conduta.
Letra b: Correto. A concessionária de serviço público poderá responder pelo dano causado
ao particular, independentemente da comprovação de culpa ou dolo do agente.
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Comentários:
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Situação hipotética: Considere que uma pessoa jurídica de direito público tenha sido
responsabilizada pelo dano causado a terceiros por um dos seus servidores públicos.
Assertiva: Nessa situação, o direito de regresso poderá ser exercido contra esse servidor
ainda que não seja comprovada a ocorrência de dolo ou culpa.
Gabarito: Errado
Comentários:
O direito de regresso poderá ser exercido contra esse servidor somente se for comprovada a
ocorrência de dolo ou culpa. Já vimos que a responsabilidade do servidor é subjetiva, ou
seja, ele deve ter agido com dolo ou culpa para ser responsabilizado.
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42 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) A respeito da
responsabilidade civil do Estado e das licitações, julgue o item subsequente.
Comentários:
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Comentários:
Segundo Alexandre Mazza, para a configuração da responsabilidade estatal é irrelevante a
licitude ou ilicitude do ato lesivo, bastando que haja um prejuízo decorrente de ação ou
omissão de agente público para que surja o dever de indenizar.
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44 (2016/CESPE/TJ-DFT/Juiz de Direito) Acerca da responsabilidade do Estado na
doutrina pátria e na jurisprudência do STF, assinale a opção correta.
a) A responsabilidade civil do Estado por atos legislativos incide nos mesmos termos da
responsabilidade da administração pública, bastando que o ato legislativo produza danos ao
lesado para que surja o dever de indenizar.
b) O servidor público responderá por atos dolosos e culposos que causem danos ao
administrado, e essa responsabilidade será apurada regressivamente em litígio que envolva o
servidor e o ente público ao qual está vinculado, em caso de obrigação do Estado de ressarcir
o dano causado ao lesado.
c) O Estado responde, pelos atos jurisdicionais, nos casos de condenação errônea do
jurisdicionado em processo criminal, prisão por prazo superior ao previsto no título
condenatório, prisão preventiva seguida de posterior absolvição em processo criminal e dolo
do magistrado na prática de ato jurisdicional danoso à parte.
d) A responsabilidade objetiva do Estado, pela teoria do risco administrativo, indica ser
suficiente a concorrência da conduta do agente público, do dano ao terceiro e do nexo de
causalidade, não havendo causas excludentes da responsabilidade estatal.
Gabarito: Letra B
Comentários:
Letra a: Errado. A responsabilidade estatal por danos causados por leis inconstitucionais foi
admitida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 153.464, desde que a vítima
demonstre especial e anormal prejuízo decorrente da norma inválida. Exige-se, ainda, como
pressuposto da condenação a declaração formal de inconstitucionalidade da lei pelo próprio
Supremo Tribunal Federal. (Alexandre Mazza)
Letra b: Correto. O Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União – Lei n. 8.112/90 –
determina que o servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular
de suas atribuições. Essa tríplice responsabilidade decorre de ato omissivo ou comissivo,
doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Importante destacar que
o art. 122, § 2º, do Estatuto prescreve que, em se tratando de dano causado a terceiros, o
servidor responderá perante a Fazenda Pública, em
ação regressiva. Assim, a Lei n. 8.112/90 não admite propositura de ação indenizatória
diretamente contra a pessoa do servidor público, pois vincula sua responsabilização à ação
regressiva. (Alexandre Mazza)
A questão controversa diz respeito à responsabilidade civil estatal por prisão preventiva,
seguida de posterior absolvição. A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que a prisão
processual e posterior absolvição no processo criminal não enseja, por si só, direito à
indenização.
Letra d: Errado. A Constituição de 1988 optou pela adoção de uma variante moderada da
responsabilidade estatal: a teoria do risco administrativo. Tal teoria reconhece excludentes do
dever de indenizar, como culpa exclusiva da vítima, força maior e culpa de terceiros.
(Alexandre Mazza)
Letra e: Errado: A legitimidade passiva é da pessoa jurídica de direito público para arcar
com a sucumbência de ação promovida pelo Ministério Público na defesa de interesse do ente
estatal.
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- ressarcimento ao erário
Observe a parte final do § 4º do art. 37, que assevera “sem prejuízo da ação penal
cabível”. Essa informação é muito importante, porquanto a LIA não possui natureza penal,
e sim, NATUREZA CIVIL.
- multa civil
OBS: a LIA NÃO PREVÊ SANÇÕES PENAIS (exceto àquele que apresenta denúncia
sabidamente infundada – art. 19).
2 SUJEITOS ATIVOS
1) Agentes públicos, no seu sentido mais amplo possível, inclusive os agentes políticos.
Vale ressaltar que não importa se o agente for efetivo, comissionado, temporário ou se
estiver exercendo as suas atividades remunerada ou gratuitamente.
3 SUJEITOS PASSIVOS
3) Entidade privada:
a) da qual o erário participe com mais de 50% do patrimônio ou da receita
anual.
b) da qual o erário participe com menos de 50% do patrimônio ou da receita
anual (sanção limita-se à contribuição do poder público).
c) que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão
público (sanção limita-se à contribuição do poder público).
Observe que nas hipóteses 1, 2 e 3a, a sanção é aquela prevista em lei, no entanto, nas
hipóteses de danos causados às entidades privadas 3b e 3c, a sanção limita-se à
contribuição do poder público naquela empresa.
- rol exemplificativo
- conceder
CONCESSÃO
ENRIQUECIMENTO DANO/LESÃO AO AFRONTA A
INDEVIDA
ILÍCITO ERÁRIO PRINCÍPIO
BENEF. ISS
RESSARCIMENTO AO APLICÁVEL
APLICÁVEL NÃO NADA NA LEI
ERÁRIO (se houver dano)
PERDA DA FUNÇÃO
PÚBLICA APLICÁVEL APLICÁVEL APLICÁVEL APLICÁVEL
SUSPENSÃO DOS
DE 8 A 10 ANOS DE 5 A 8 ANOS DE 3 A 5 ANOS DE 5 A 8 ANOS
DIREITOS POLÍTICOS
PROIBIÇÃO DE
CONTRATAR COM O PODER POR 10 ANOS POR 5 ANOS POR 3 ANOS NÃO
PÚBLICO
- prazo prescricional previsto na lei específica para faltas disciplinares puníveis com
demissão a bem do serviço público. (no âmbito federal – 5 anos)
7 AÇÃO DE RESSARCIMENTO
DANO
DOLO -
IMPRESCRITÍVEL
IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA
CULPA - 5 ANOS
- enriquecimento ilícito
STJ: O Juiz poderá decretar a indisponibilidade dos bens sem ouvir o indiciado
- se não entregar ou for falsa – demissão a bem do serviço público, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis.
11 PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
12 PROCEDIMENTO JUDICIAL
- o MP, se não intervir como parte no processo, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei,
sob pena de nulidade
13 DISPOSIÇÕES PENAIS
DISPOSIÇÕES
PENAIS DA EFETIVA OCORRÊNCIA DE DANO AO
PATRIMÔNIO PÚBLICO, SALVO QUANTO
À PENA DE RESSARCIMENTO
A APLICAÇÃO DAS SANÇÕES
PREVISTAS NA LIA INDEPENDE
A ausência da notificação do réu para a defesa prévia, prevista no art. 17, § 7º, da Lei de
Improbidade Administrativa, só acarreta nulidade processual se houver comprovado prejuízo
(pas de nullité sans grief).
A eventual prescrição das sanções decorrentes dos atos de improbidade administrativa não
obsta o prosseguimento da demanda quanto ao pleito de ressarcimento dos danos causados
ao erário, que é imprescritível (art. 37, § 5º, da CF).
No caso de agentes políticos reeleitos, o termo inicial do prazo prescricional nas ações de
improbidade administrativa deve ser contado a partir do término do último mandato.
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não,
contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos
na forma desta lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo,
fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário
haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita
anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a
contribuição dos cofres públicos.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades mencionadas no artigo anterior.
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo
agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie
sob qualquer forma direta ou indireta.
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita
observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato
dos assuntos que lhe são afetos.
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do
agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os
bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar
enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito
representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens
que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante
do enriquecimento ilícito.
CAPÍTULO II
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função
pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio
ou à renda do agente público;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para
pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação
ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.
Seção II
Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação
ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta
lei, e notadamente:
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins
educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e
regulamentares aplicáveis à espécie;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços
públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação
orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação, ao patrimônio particular
de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela
administração pública a entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,
verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a entidade privada
mediante celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública com entidades
privadas sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para
a sua aplicação irregular.
Seção II-A
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) (Produção de efeito)
Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação
Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para
conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o
caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído
pela Lei Complementar nº 157, de 2016) (Produção de efeito)
Seção III
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na
regra de competência;
CAPÍTULO III
Das Penas
IV - na hipótese prevista no art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos
políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício
financeiro ou tributário concedido.
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão
do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
CAPÍTULO IV
Da Declaração de Bens
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de
declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada
no serviço de pessoal competente.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do
prazo determinado, ou que a prestar falsa.
CAPÍTULO V
Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para
que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação
do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que
tenha conhecimento.
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou
pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.
§ 3oNo caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que
couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965.
§ 5oA propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente
intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
§ 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios
suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da
impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente,
inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil.
§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei
o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal.
§ 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica interessada o ente
tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º do art. 3º e
o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a
perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens,
conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
CAPÍTULO VI
Das Disposições Penais
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou
terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado
pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o
trânsito em julgado da sentença condenatória.
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou
Conselho de Contas.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a
requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo
com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou
procedimento administrativo.
CAPÍTULO VII
Da Prescrição
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser
propostas:
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis
com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas
final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei.
CAPÍTULO VIII
Das Disposições Finais
QUESTÕES
a) não configurou ato de improbidade administrativa, que se caracteriza como ato imoral com
feição de corrupção de natureza econômica, conduta inexistente no tipo penal de tortura.
d) não configurou ato de improbidade administrativa, que pressupõe lesão direta à própria
administração, e não a terceiros.
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Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente tendo como
fundamento o controle da administração pública e as disposições da Lei de Improbidade
Administrativa e da Lei Municipal n.º 6.794/1990, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores
do Município de Fortaleza.
Mesmo que o servidor mencionado colabore com as investigações e ressarça o erário, não
poderá haver acordo ou transação judicial em sede de ação de improbidade administrativa.
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03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Um servidor da
Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza, ocupante exclusivamente de cargo em
comissão, foi preso em flagrante, em operação da Polícia Federal, por fraudar licitação para
favorecer determinada empresa.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente tendo como
fundamento o controle da administração pública e as disposições da Lei de Improbidade
Administrativa e da Lei Municipal n.º 6.794/1990, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores
do Município de Fortaleza.
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Se, após um inquérito civil público, o MP ajuizar ação de improbidade contra agente público
por ofensa ao princípio constitucional da publicidade, o agente público responderá
objetivamente pelos atos praticados, conforme o entendimento do STJ.
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d) Para o STJ, nos atos de improbidade administrativa que causem lesão ao erário, a
responsabilidade entre os agentes ímprobos é subsidiária.
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a) é considerada agente público para fins de incidência das sanções previstas na Lei de
Improbidade Administrativa.
e) está sujeita a todas as normas aplicáveis aos servidores públicos das autarquias, sem
qualquer exceção.
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07 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Joaquim, diretor de autarquia estadual, contratou, sem concurso público, três pessoas para
integrarem o quadro de servidores da mencionada entidade. Alguns meses após a
contratação, o Ministério Público ajuizou ação de improbidade administrativa contra Joaquim,
sob o fundamento de que foi frustrada a licitude de concurso púbico, pleiteando sua
condenação pela prática de ato ímprobo que atenta contra os princípios da Administração
pública. Ao longo do citado processo, restou demonstrado que Joaquim, de fato, frustrou a
licitude de concurso público. Nos termos da Lei nº 8.429/1992,
c) está incorreto o enquadramento feito pelo Ministério Público, pois a conduta de Joaquim
enquadra-se em outra modalidade de ato ímprobo, qual seja, ato ímprobo causador de
prejuízo ao erário.
d) está correto o enquadramento feito pelo Ministério Público, e, caso seja condenado,
Joaquim estará sujeito, dentre outras cominações, à proibição de receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.
e) está correto o enquadramento feito pelo Ministério Público, e, caso seja condenado,
Joaquim estará sujeito, dentre outras cominações, à suspensão dos direitos políticos de três a
cinco anos.
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a) não poderá ser enfrentado pelo magistrado em outro momento processual, haja vista que
já foi analisado por ocasião da análise da defesa preliminar.
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d) que importa enriquecimento ilícito, sendo necessário, dentre outros elementos, a conduta
dolosa para a configuração do ato ímprobo.
e) que importa enriquecimento ilícito, sendo necessário, dentre outros elementos, conduta
meramente culposa para a configuração do ato ímprobo.
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11 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador) Considere a seguinte situação hipotética: João é servidor público de determinado
Tribunal de Justiça e, por diversas vezes, utilizou-se dos serviços do motorista do Tribunal
para fins particulares. Assim, utilizou-se do veículo oficial do Tribunal e do motorista para
realizar viagens aos finais de semana, mudanças de residência, levar e buscar seus filhos à
escola, fazer pagamentos em bancos, etc. Em razão dos fatos narrados, João foi processado
por improbidade administrativa. Na hipótese de condenação, João estará sujeito, dentre
outras, à cominação de
a) proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo máximo de três anos.
d) proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo máximo de cinco anos.
e) suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos.
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c) a conduta de José não caracteriza ato ímprobo, em quaisquer de suas modalidades, sem
prejuízo de ser sancionado na via administrativa própria.
d) ainda que preenchidos os requisitos legais para a caracterização do ato ímprobo, o mesmo
não ensejará a medida de indisponibilidade de bens.
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c) Caso o referido ato cause lesão ao erário, Sérgio poderá ter os direitos políticos suspensos
de oito a dez anos.
d) Sérgio somente sofrerá as sanções previstas em lei se houver efetiva ocorrência de dano
ao patrimônio público.
e) A ação de improbidade contra Sérgio somente poderá ser proposta pela pessoa jurídica
lesada, ou seja, a autarquia X.
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14 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário) Um empresário, proprietário de
determinada empresa que firmou contrato com o poder público, contribuiu para a prática de
ato de improbidade administrativa levado a efeito por servidor público de determinado órgão
estatal.
Nessa situação hipotética,
e) o empresário, por não ser agente público, não estará sujeito ao disposto na Lei de
Improbidade Administrativa.
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16 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área
Administrativa) Vinicius é empresário, proprietário de gráfica e papelaria situada no
Município de Boa Vista. O Ministério Público do Estado de Roraima ingressou com ação de
improbidade administrativa contra Vinicius argumentando que, embora não seja agente
público, beneficiou-se, indiretamente, de ato de improbidade administrativa. As disposições
da Lei de Improbidade Administrativa
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a) conduta comissiva.
b) prejuízo ao erário.
c) dolo.
d) beneficiamento de terceiros.
e) enriquecimento ilícito.
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19 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador) Joaquim é advogado e foi convidado por um Juiz de determinado Tribunal para
ocupar cargo em comissão no citado Tribunal, sendo sua contratação efetivada em novembro
de 2015. Ocorre que Joaquim, no exercício de suas atribuições, negou publicidade a atos
oficiais, o que acarretou a sua exoneração, ocorrida em outubro de 2016. O fato também
chegou ao conhecimento do Ministério Público, que pretende, após a devida investigação,
ingressar com ação de improbidade administrativa contra Joaquim. Nos termos da Lei no
8.429/1992, a ação de improbidade pretendida pelo Ministério Público pode ser proposta até
a) novembro de 2025.
b) novembro de 2020.
c) outubro de 2020.
d) outubro de 2021.
e) novembro de 2018.
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20 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Administrativa) Considere a seguinte
situação hipotética: Beatriz, servidora pública do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo,
está sendo processada pela prática de ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito.
Cumpre salientar que o Ministério Público Federal, na petição inicial da ação de improbidade,
afastou a ocorrência de prejuízo ao erário. Nos termos da Lei n° 8.429/1992,
a) a medida de indisponibilidade de bens não é cabível, tendo em vista a modalidade de ato
ímprobo praticado e a inexistência de prejuízo ao erário.
b) na hipótese de falecimento de Beatriz, seu sucessor estará sujeito às cominações da Lei de
Improbidade Administrativa, que, excepcionalmente, poderá ultrapassar o valor da herança.
c) a medida de indisponibilidade de bens é cabível, no entanto, recairá somente sobre o
acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.
d) Beatriz é parte ilegítima para figurar no pólo passivo da ação de improbidade, por não
figurar no rol de agentes públicos sujeitos às sanções da Lei de Improbidade Administrativa.
e) na hipótese de falecimento de Beatriz, seu sucessor não responderá por qualquer sanção,
tendo em vista a modalidade de ato ímprobo praticado.
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21 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico de enfermagem) Em uma situação hipotética, Fausto é
servidor público do TRE-SP e, no exercício de suas atribuições, concorreu para que
determinada empresa privada se enriquecesse ilicitamente. Nos termos da Lei nº 8.429/1992,
para que reste configurado o ato ímprobo, é necessário, dentre outros requisitos,
a) conduta culposa.
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a) dolo.
b) prejuízo ao erário.
c) enriquecimento ilícito.
d) culpa.
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24 (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia) Se uma pessoa, maior e capaz,
representar contra um delegado de polícia por ato de improbidade sabendo que ele é
inocente, a sua conduta poderá ser considerada, conforme o disposto na Lei n.º 8.429/1992,
c) contravenção penal.
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b) Se servidor público estável for condenado em ação de improbidade administrativa por uso
de maquinário da administração em seu sítio particular, poderá ser-lhe aplicada pena de
suspensão dos direitos políticos por período de cinco a oito anos.
c) O particular que praticar ato que enseje desvio de verbas públicas, sozinho ou em conluio
com agente público, responderá, nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, desde
que tenha obtido alguma vantagem pessoal.
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O herdeiro do agente que causar lesão ao patrimônio público não estará sujeito às
cominações da referida lei, isto é, a responsabilização encerra-se com o falecimento do
acusado.
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Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o seguinte item com fundamento na
Lei n.º 8.666/1993 — Lei de Licitações e Contratos — e na Lei n.º 8.429/1992, que trata da
ação de improbidade.
O Ministério Público agiu corretamente ao propor a ação de improbidade contra Ana, pois não
é necessária a comprovação de dano ao erário, dolo ou má-fé na situação narrada.
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O administrador público que cometer ato de improbidade administrativa poderá ser punido
com a suspensão de seus direitos políticos.
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37 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Direito) A respeito do regime jurídico da improbidade
administrativa, é INCORRETO afirmar:
a) Improbidade administrativa não se confunde com mera ilegalidade, improbidade
administrativa pode ser considerada, resumidamente, como a ilegalidade qualificada pela
desonestidade.
d) A aplicação das sanções por improbidade administrativa deve atentar aos ditames da
razoabilidade e da proporcionalidade, bem como às garantias do contraditório e da ampla
defesa.
e) Aquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática de ato de
improbidade administrativa ou dele se beneficie sob qualquer forma, também pode ser
considerado ímprobo e sofrer as sanções cabíveis.
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b) o juiz não poderia ter julgado o mérito nessa fase preliminar, pois a constatação de
eventual inexistência de ato ímprobo é própria de uma análise apurada, típica da fase de
instrução da demanda.
c) o prazo para o juiz apreciar a defesa preliminar e decidir sobre o recebimento ou não da
petição inicial é de trinta dias.
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a) não está correta, tendo em vista a ilegitimidade de Fernando para figurar no pólo passivo
ação de improbidade.
b) não está correta, pois há previsão específica de tal conduta como caracterizadora de outra
modalidade de ato ímprobo.
e) não está correta, pois para caracterizar o ato ímprobo descrito pelo Ministério Público,
exige-se prejuízo ao erário.
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d) importa enriquecimento ilícito, sendo indispensável o dolo e o dano ao erário nesse caso.
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41 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo) Carlos, formado em medicina, foi
contratado temporariamente pela União para atuar na rede de saúde do Rio de Janeiro, de
modo a apoiar eventual crescimento da demanda em decorrência dos Jogos Olímpicos Rio
2016. Durante o expediente, ao atender um paciente que fazia uma consulta de rotina, não
emergencial, Carlos, sem conhecimento técnico nem capacitação prévia, resolveu operar,
sozinho, um aparelho de ressonância magnética, danificando-o e gerando um prejuízo de
mais de um milhão de reais ao hospital. A comissão de ética, ao analisar a conduta de Carlos,
concluiu que ela seria passível de punição com a penalidade de censura, mas deixou de
aplicá-la por se tratar de servidor temporário.
A conduta praticada por Carlos não constituiu ato de improbidade administrativa, por não ter
havido dolo.
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d) o prejuízo ao erário.
e) a conduta obrigatoriamente culposa.
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a) lesão ao erário.
b) conduta obrigatoriamente dolosa.
c) conduta culposa.
d) lesão ao erário e enriquecimento ilícito, cumulativamente.
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d) está sujeita a todas as cominações da Lei de Improbidade que tenham sido impostas a
Marília, sem qualquer limitação de valor.
e) está sujeita às cominações da Lei de Improbidade até o limite de 20% do valor da herança.
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45 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado) Por ter realizado contratação direta
sem suporte legal, determinado agente público é réu em ação civil pública por improbidade
administrativa, sob o argumento de violação ao princípio de obrigatoriedade de licitação,
tendo-lhe sido imputado ato de improbidade previsto no art. 11 da Lei de Improbidade
Administrativa (violação aos princípios da administração pública).
Para que haja condenação, deverá ser comprovado o elemento subjetivo de dolo, mas não há
necessidade de que seja dolo específico, bastando para tal o dolo genérico de atentar contra
os princípios da administração pública.
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46 (2016/CESPE/PGE-AM/Procurador do Estado) Por ter realizado contratação direta
sem suporte legal, determinado agente público é réu em ação civil pública por improbidade
administrativa, sob o argumento de violação ao princípio de obrigatoriedade de licitação,
tendo-lhe sido imputado ato de improbidade previsto no art. 11 da Lei de Improbidade
Administrativa (violação aos princípios da administração pública).
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Assim como a administração direta e indireta, os órgãos do Poder Judiciário podem ser
sujeitos passivos de atos de improbidade administrativa.
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Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei de
Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992.
Por não possuir vínculo efetivo com a administração, o agente público ocupante
exclusivamente de cargo em comissão não estará sujeito às sanções decorrentes da Lei de
Improbidade Administrativa.
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49 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Nível Superior) Dois agentes públicos de um tribunal
de justiça — um ocupante exclusivamente de cargo em comissão e o outro em cargo de
caráter efetivo — foram presos em flagrante em uma operação da Polícia Federal, por terem
cometido desvio de verba pública em um processo licitatório do tribunal.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei de
Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992.
Caso o réu condenado a ressarcir o erário faleça antes do trânsito em julgado, a ação de
improbidade será imediatamente extinta, haja vista o caráter personalíssimo das sanções.
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Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei de
Improbidade Administrativa — Lei n.º 8.429/1992.
Em razão de o desvio de verba ter causado lesão ao erário, o ato ímprobo está configurado e
o agente público ocupante de cargo efetivo deverá ser condenado a ressarcir o ente público,
ainda que a ação ou omissão tenha ocorrido de forma culposa.
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52 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Analista – Direito) Julgue o item a seguir, a respeito
de improbidade administrativa.
O entendimento do STF de que é prescritível a ação de reparação de danos à fazenda pública
decorrente de ilícito civil não alcança prejuízos que decorram de ato de improbidade
administrativa, devido ao fato de estar previsto, na CF, que são imprescritíveis as ações de
ressarcimento por ilícitos que forem praticados por agentes públicos e que causem prejuízos
ao erário.
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53 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Analista – Direito) Julgue o item a seguir, a respeito
de improbidade administrativa.
De acordo com o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o foro especial por prerrogativa de
função não se estende ao processamento das ações de improbidade administrativa.
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54 (2016/FCC/AL-MS/Assistente social) Carlos é servidor público, integrante do quadro
de servidores de autarquia municipal, responsável pelo serviço de limpeza urbana. Em
diversos dias do mês de dezembro de 2015, porém fora do horário de expediente, Carlos
utilizou-se de trator pertencente à autarquia, empregando-o em obra de sua fazenda, situada
próxima ao endereço da autarquia. O Ministério Público Estadual, após a respectiva
investigação, ajuizou ação de improbidade administrativa contra Carlos. Desde que
preenchidos os requisitos legais, o ato ímprobo praticado por Carlos
a) está sujeito à medida de indisponibilidade de bens.
b) está sujeito, dentre outras sanções, à suspensão dos direitos políticos por cinco a oito
anos.
d) não exige conduta dolosa para sua configuração, podendo ser meramente culposa.
e) está sujeito, dentre outras sanções, à proibição de contratar com o Poder Público pelo
prazo de três anos.
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b) não responde pela prática de ato de improbidade, porque não pode ser equiparado a
servidor público para os fins da referida Lei, em razão de seu vínculo precário com a
Administração.
c) responde pela prática de ato de improbidade, que, no entanto, não permite que seus bens
sejam postos em indisponibilidade, mas apenas que seja afastado do exercício de suas
funções, enquanto tramitar o processo judicial.
d) não responde pela prática de ato de improbidade, mas pela prática de crime de
responsabilidade, em razão da natureza de seu vínculo com a Administração estadual.
e) responde pela prática de ato de improbidade, podendo ter seus bens postos em
indisponibilidade, para suportarem os eventuais prejuízos causados à Administração.
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56 (2016/FCC/AL-MS/Direito) Sobre improbidade administrativa, é correto afirmar que
d) as sanções por improbidade administrativa não são aplicáveis a quem não seja agente
público ou que haja exercido a função de maneira transitória.
e) a ação por improbidade administrativa tramita pelo rito sumário e admite transação para
ressarcimento do erário.
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d) não caracteriza ato ímprobo, vez que a conduta praticada, ainda que culposa, não se
enquadra em quaisquer das modalidades de ato ímprobo previstas em lei.
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b) A tortura praticada por policial contra preso custodiado em delegacia pode configurar ato
de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública.
c) O fato de o agente ter sido condenado pela justiça eleitoral ao pagamento de multa por
infringência às disposições contidas na Lei das Eleições impede sua condenação em quaisquer
das sanções de improbidade administrativa, inclusive da multa civil, sob pena de bis in idem.
d) Ensejará o reconhecimento de ato de improbidade administrativa o abuso perpetrado por
agente público durante abordagem policial, mesmo que o ofendido pela conduta do policial
seja particular que não esteja no exercício de função pública.
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b) ao pagamento de multa civil de até duzentas vezes o valor da remuneração percebida por
José.
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a) tipifica ato de improbidade, caso não seja punível como infração disciplinar mais grave,
passível de demissão.
b) pode ser considerada dolosa e como tal, tipificada como ato de improbidade na modalidade
que gera enriquecimento ilícito.
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a) tem, como uma de suas sanções, a suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos.
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O cidadão que ajuizar representação por ato de improbidade administrativa contra agente
público que ele sabe ser inocente incorrerá em crime e estará sujeito a indenizar o
denunciado pelos danos materiais ou morais que houver provocado.
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64 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Com base na Lei de
Improbidade Administrativa, julgue o item seguinte.
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65 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Com base na Lei de
Improbidade Administrativa, julgue o item seguinte.
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Agente público que se recusar a prestar a declaração de bens dentro do prazo determinado
em lei deverá ser punido com a pena de demissão a bem do serviço público.
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67 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito) Em relação às formas
de anulação de atos ou contratos administrativos e à perda de função pública, julgue o item a
seguir.
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68 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) Com relação
à improbidade administrativa, julgue o próximo item.
A utilização de veículo da administração pública para fins particulares pode ser considerada
ação de enriquecimento ilícito.
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69 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) Com relação
à improbidade administrativa, julgue o próximo item.
Suspensão dos direitos políticos de três a seis anos e pagamento de multa civil no valor de
até dez vezes a remuneração percebida pelo agente são sanções que podem ser aplicadas ao
servidor no caso de ato de improbidade.
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71 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) Com relação
à improbidade administrativa, julgue o próximo item.
O dano ao erário, enriquecimento ilícito e a violação de princípio administrativo, se praticados
por agente público, são considerados atos de improbidade administrativa.
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criminalmente à detenção de doze meses e multa. A propósito dos fatos e, nos termos da Lei
nº 8.429/1992, é correto afirmar que
a) a pena de detenção não está correta, pois fixada em prazo equivocado; do mesmo modo,
incorreta a multa, que é incabível na hipótese narrada.
b) Josefina não deveria ter sido condenada por crime, mas sim, por improbidade
administrativa.
c) a pena de detenção está incorreta, pois não pode superar dez meses.
e) não cabe pena de detenção na hipótese narrada, mas sim, reclusão e multa.
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73 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil) Assinale a opção correta com
referência a improbidade administrativa e à Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.°
8.429/1992).
b) Os atos de improbidade descritos no art. 11 da Lei n.° 8.429/1992 não exigem a presença
do dolo para sua configuração.
c) Os atos de improbidade descritos no art. 11 da Lei n.° 8.429/1992, para sua configuração,
exigem a demonstração da ocorrência de dano para a administração pública ou
enriquecimento ilícito do agente.
d) A punição administrativa do servidor faltoso impede a aplicação das penas previstas na Lei
de Improbidade Administrativa (Lei n.° 8.429/1992).
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c) advertência.
d) repreensão.
e) demissão.
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75 (2016/CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Médico legista) De acordo com a Lei n.°
8.429/1992, o agente público que, sem justo motivo, se recusar a prestar declaração dos
bens que possui dentro do prazo determinado, além de outras sanções cabíveis, estará
sujeito à pena de
a) repreensão.
b) demissão.
c) suspensão por até trinta dias.
e) advertência.
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76 (2016/CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Perito Papiloscopista) Sílvio, funcionário
público ocupante do cargo de perito papiloscopista, lotado em delegacia de município do
estado de Pernambuco, está sendo processado por supostamente ter cometido ato de
improbidade administrativa.
Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei n.° 8.429/1992, que versa sobre a punição
aos atos de improbidade administrativa praticados por agentes públicos,
a) eventual suspensão dos direitos políticos dependerá da rejeição das contas de Sílvio pelo
tribunal de contas do estado.
b) Sílvio estará sujeito à perda dos seus direitos políticos e(ou) do seu cargo — a depender da
extensão dos danos causados por seu ato —, após o trânsito em julgado da sentença
condenatória.
c) Sílvio poderá ser afastado do exercício da função pública pela autoridade judicial
competente, com prejuízo da remuneração, se isso for necessário à instrução processual.
e) Sílvio estará sujeito à perda da função pública, se houver decisão por órgão judicial
colegiado, ainda que tal decisão não transite em julgado.
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77 (2016/CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Perito Papiloscopista) Mauro, funcionário
público ocupante do cargo de perito papiloscopista, lotado em delegacia de município do
estado de Pernambuco, devido à natureza de suas atividades, que envolviam a aplicação de
recursos financeiros repassados à sua repartição pela Secretaria de Defesa Social do referido
estado, estava obrigado a prestar contas da aplicação desses recursos, mas deixou de fazê-
lo.
a) causou prejuízo ao erário, desde que Mauro tenha agido com dolo.
b) atentou contra os princípios da administração pública, se Mauro tiver agido com dolo.
c) importou enriquecimento ilícito, desde que Mauro tenha agido com dolo.
d) importou enriquecimento ilícito, ainda que Mauro tenha agido culposamente.
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78 (2016/CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/Perito Papiloscopista) De acordo com a
Lei n.° 8.429/1992, o agente público que, sem justo motivo, se recusar a prestar declaração
dos bens que possui dentro do prazo determinado, além de outras sanções cabíveis, estará
sujeito à pena de
a) advertência.
b) repreensão.
c) demissão.
d) suspensão por até trinta dias.
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79 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor de Controle Externo – Direito) A respeito do
mandado de segurança, da ação popular e da ação de improbidade administrativa, julgue o
item subsequente.
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80 (2016/FCC/Prefeitura de Campinas – SP/Procurador) Nas palavras de MARIA
SYLVIA ZANELLA DI PIETRO “... também é possível falar em legalidade em sentido amplo,
para abranger não só a obediência à lei, mas também a observância dos princípios e valores
que estão na base do ordenamento jurídico” (Direito administrativo, São Paulo: Atlas, 28ª
edição, p. 971), tanto que a legislação vigente tipifica “...qualquer ação ou omissão que viole
os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições” como
d) ato de improbidade, desde que cause prejuízo ao erário, tendo em vista que não se trata
de conduta específica, mas sim de tipo aberto.
e) ato de improbidade, desde que aliado àquelas condutas haja o enriquecimento ilícito por
parte de seu agente, o que prescinde da configuração de dolo.
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b) Os sucessores do agente público que causar lesão dolosa ao erário da União serão sempre
responsáveis pelo ressarcimento integral do prejuízo causado.
c) Considera-se ato de improbidade administrativa aquele praticado pelo agente público que,
por qualquer forma, incorpora indevidamente ao seu patrimônio bens pertencentes à
Fundação Pública.
d) O agente público que recebe promessa de vantagem econômica para que tolere a
exploração ou prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando ou de
usura comete ato de improbidade administrativa.
e) Presume-se a prática de ato de improbidade administrativa o agente público que, até 180
dias após o término do exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, adquire,
para si ou para outrem, bens de qualquer natureza que seja desproporcional à evolução de
seu patrimônio ou renda.
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82 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área
Administrativa) Com base nas disposições legais e no entendimento jurisprudencial sobre a
ação de improbidade administrativa, assinale a opção correta.
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Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta com base na Lei n.º
8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa).
d) A eventual condenação de Maria por ato de improbidade administrativa não impede nova
investidura em cargo público estadual ou municipal, dentro do prazo de suspensão dos
direitos políticos.
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84 (2016/FCC/Prefeitura de São Luiz – MA/Procurador Municipal) Diante de uma
hipótese de configuração de ato de improbidade praticado por servidor público, o terceiro
beneficiado em razão daquela atuação,
a) não figura como litisconsorte necessário do servidor público, devendo ser analisada sua
conduta para demonstrar sua participação para atingimento do resultado.
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85 (2016/CESPE/FUNPRESP-EXE/Nível Superior) Com base no disposto na Lei n.
8.429/1992 e na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir, a respeito da
improbidade administrativa.
Os herdeiros daquele que causar lesão ao patrimônio público estarão sujeitos às cominações
legais até o limite do valor da herança.
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a) incorreta, pois responde por todas as sanções previstas na Lei para os agentes públicos.
c) incorreta, pois responde às sanções previstas na Lei de Improbidade, de acordo com o que
é cabível aplicar aos particulares.
d) incorreta, pois responde por todas as sanções, exceto ressarcimento ao erário que deverá
ser pleiteado através de ação própria.
e) incorreta, pois responderá por uma única sanção prevista na Lei de Improbidade, qual
seja, a suspensão dos direitos políticos.
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91 (2016/FCC/TRT - 14ª Região (RO e AC)/Analista Judiciário) Carlos é Diretor de
autarquia federal desde o ano de 2014, sendo que, para tomar posse e entrar em exercício no
respectivo cargo, apresentou a declaração de seus bens, bem como dos valores que
compõem o seu patrimônio, que foi devidamente arquivada no serviço pessoal competente.
Nos termos da Lei n° 8.429/1992, a declaração de bens é atualizada
b) apenas na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego
ou função, pois a lei exige a apresentação da declaração no ingresso e sua atualização no
momento da saída do agente público.
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objetivando, assim, um procedimento mais célere. A propósito do ocorrido nas duas ações e
nos termos da Lei n° 8.429/1992, a postura dos juízes
b) está incorreta em ambos os casos: no primeiro, porque caso o Ministério Público não seja
parte Autora, deverá obrigatoriamente intervir no feito; no segundo, porque a ação de
improbidade terá sempre o rito ordinário.
e) está incorreta em ambos os casos: no primeiro, porque a Fazenda Pública Estadual não é
legitimada a propor ação de improbidade; no segundo, porque o rito processual decorre da
lei, isto é, não pode ser adotado por escolha do magistrado.
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93 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área Administrativa)
Maristela, Diretora de órgão público federal, frustrou a licitude de concurso público e, em
outra oportunidade, frustrou a licitude de procedimento licitatório. Em razão do exposto, foi
processada por improbidade administrativa pelo Ministério Público Federal. A propósito dos
fatos narrados e desde que preenchidos os demais requisitos legais previstos na Lei n°
8.429/1992,
a) o dolo é indispensável para a configuração do ato ímprobo apenas na primeira conduta.
c) tratam-se de atos ímprobos de mesma natureza, qual seja, atos atentatórios aos princípios
da Administração pública.
d) tratam-se de atos ímprobos de mesma natureza, qual seja, atos que causam prejuízo ao
erário.
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95 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Técnico de Administração) Henrique, servidor
público do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, adquiriu, no exercício de seu cargo,
bens de valor desproporcional à evolução do seu patrimônio. Em razão disso, foi processado
por improbidade administrativa, sendo condenado às respectivas sanções, dentre elas, uma
de natureza pecuniária. Assim, foi condenado à perda do valor acrescido ilicitamente ao seu
patrimônio, no montante de quinhentos mil reais. No entanto, após a sentença condenatória,
Henrique faleceu e o único imóvel deixado foi um apartamento avaliado em um milhão de
reais. Henrique deixou um único herdeiro, seu filho Gael. Nesse caso, Gael
b) não responderá pela sanção pecuniária, haja vista a natureza do ato ímprobo praticado
(ato que importa enriquecimento ilícito), respondendo, no entanto, pelas demais sanções
impostas a Henrique.
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GABARITO
1-B 2-C 3-E 4-E 5-C 6-A 7-E 8-B 9-D 10-D
11-C 12-E 13-B 14-D 15-B 16-A 17-C 18-B 19-D 20-C
21-A 22-A 23-B 24-A 25-E 26-E 27-C 28-C 29-E 30-C
31-E 32-E 33-E 34-C 35-C 36-C 37-C 38-C 39-D 40-C
41-E 42-D 43-B 44-C 45-C 46-E 47-C 48-E 49-E 50-C
51-D 52-C 53-C 54-A 55-E 56-C 57-C 58-B 59-E 60-C
61-B 62-A 63-C 64-C 65-C 66-C 67-E 68-C 69-E 70-E
71-C 72-C 73-E 74-E 75-B 76-D 77-B 78-C 79-C 80-B
81-C 82-B 83-C 84-A 85-C 86-E 87-E 88-E 89-C 90-C