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Questão-aula Palavra-chave, Português, 7.

° ano

Oralidade

Texto descritivo (Compreensão do oral)


Lê, atentamente, as questões que te são colocadas. Para responderes aos itens que se seguem, irás
ouvir o texto “Vida de caracol” duas vezes.

1. Para cada item (1.1. a 1.5.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o sentido do texto.

1.1. Uma colónia de caracóis estava convencida de que vivia


(A) na Floresta Negra.
(B) num sítio aprazível.
(C) no melhor lugar possível.
(D) na casa do narrador do texto.

1.2. Nenhum caracol dessa colónia havia chegado


(A) aos limites do prado ou até à estrada de asfalto.
(B) fosse ao país dos gnomos, fosse ao país dos elfos.
(C) à estrada de asfalto que atravessava o prado onde viviam.
(D) a um prado onde crescessem dentes-de-leão.

1.3. Viviam os caracóis em feliz ignorância, já que no lugar onde habitavam


(A) subsistia um inverno permanente.
(B) cresciam saborosos dentes-de-leão, graças às chuvas.
(C) cresciam ervas e pequenas flores silvestres, na primavera.
(D) dominava a letargia que os fazia viver continuamente sob a concha.

1.4. Quem chamava ao prado País do Dente-de-Leão e à frondosa planta de calicanto Casa eram
(A) alguns dos caracóis mais velhos.
(B) todos os caracóis.
(C) as abelhas.
(D) os esquilos.

1.5. No final do texto, deduzimos que os principais predadores dos caracóis são
(A) os esquilos.
(B) os pássaros.
(C) os seres humanos.
(D) as formigas.

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Questão-aula Palavra-chave, Português, 7.° ano

Oralidade

Questão-aula – Oralidade

Texto descritivo

Cotações (20 x 5)
1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5.
20 40 60 80 100
1.1. (C); 1.2. (A); 1.3. (B); 1.4. (A); 1.5. (B)

Transcrição do texto gravado:

Vida de caracol

Num prado próximo da tua casa ou da minha vivia uma


colónia de caracóis, convencidos de que estavam no
melhor lugar possível. Nenhum deles tinha viajado até aos
limites do prado ou, menos ainda, até à estrada de asfalto
que começava justamente onde cresciam as últimas ervas.
Como não tinham viajado não podiam comparar, e assim
ignoravam que, para os esquilos, o melhor lugar ficava na
parte mais alta das faias ou que, para as abelhas, não
havia sítio mais aprazível do que as colmeias de madeira
alinhadas na outra extremidade do prado. Não podiam
comparar e nem se importavam com isso pois, para eles,
aquele prado onde, alimentados pelas chuvas, cresciam
com abundância os dentes-de-leão era o melhor lugar para
se viver.
Quando chegavam os primeiros dias de primavera e o
sol espalhava suavemente a sua carícia morna, acordavam
de uma letargia invernosa, um ligeiro esforço muscular
permitia-lhes levantar a concha o suficiente para porem a
cabeça de fora e imediatamente esticavam os corninhos
que lhes suportavam os olhos. Nessa altura descobriam
com alegria que o prado estava coberto de ervas, de
pequenas flores silvestres e, sobretudo, de saborosos
dentes-de-leão.
Alguns caracóis, os mais velhos, chamavam ao prado
País do Dente-de-Leão e também chamavam Casa à
frondosa planta de calicanto que surgia todas as
primaveras, com renovado vigor, dos restos das suas folhas
castigadas pelas geadas do inverno. Era debaixo destas
folhas que passavam grande parte do tempo, escondidos
do olhar ávido dos pássaros.
Luis Sepúlveda, História de um Caracol que Descobriu a Importância da
Lentidão. Porto Editora, 2014 (pp. 10-11)

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