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O objetivo da FIFA é chamar a atenção das gerações mais jovens para o

futebol. Por isso a preferência por personagens em desenho animado. A


recomendação da Federação é que a mascote represente algo típico do país sede:
um animal, uma planta, uma cor etc. O Blog do Curioso reuniu todas as mascotes da
história da Copa do Mundo neste post. Seis das 13 mascotes já criadas são bichos:
dois leões, um leopardo, um galo, um cachorro e um tatu-bola.

Quando o evento foi sediado na Inglaterra, o país adotou a figura de um leão


jogando futebol para representá-lo, e fez o maior sucesso. Até uma música foi
composta para ele, pelo artista escocês Lonnie Sonegam. O leão é um símbolo
típico do Reino Unido. Para reforçar o patriotismo, o bichinho veste uma camisa com
a bandeira do país. A Copa do Mundo foi um dos primeiros eventos esportivos a
adotar uma mascote. Para se ter uma ideia do pioneirismo do torneio, as tradicionais
mascotes olímpicas só estrearam em 1972, nos Jogos de Munique. A adoção de
uma mascote permitiu à FIFA um ganho extra de 2 milhões de dólares em
publicidade e propaganda.
Contrariando o modelo inglês, em 1970 o México apresentou ao público a
primeira figura humana a ser uma mascote de Copa do Mundo. Juanito Maravilla era
um garotinho que vestia roupas com as cores do uniforme da seleção mexicana e
usava um chapéu (sombrero) típico do país. Seu nome, diminutivo de Juan, é muito
comum nos países de língua espanhola. Por ter aparecido ao público na primeira
Copa do Mundo globalmente televisionada, Juanito fez ainda mais sucesso do que
seu antecessor Willie. A inocência infantil estampada no rosto do garoto funcionou
como um incentivador do fairplay: durante todo o torneio, nenhum jogador levou
cartão vermelho na primeira Copa em que ele foi implementado.

Na sua vez de sediar a Copa do Mundo, a Alemanha seguiu o modelo


mexicano de usar uma figura humana. Mas, dessa vez, foram escolhidas duas
mascotes: O Tip e o Tap são dois garotos felizes, que provavelmente representam o
fair-play
mascotes: O Tip e o Tap são dois garotos felizes, que provavelmente
representam o fairplay
Na Copa da Argentina, a mascote escolhida também foi um garotinho. O
nome é uma abreviação do termo “gaucho”, usado para designar o homem do
campo nos países latino-americanos de língua espanhola. Não é coincidência: foi
essa denominação que deu origem aos gaúchos brasileiros – todas as pessoas
nascidas no Rio Grande do Sul. Assim como os nossos, os gauchos argentinos
usam um chapéu característico, carregam um facão e exibem um lenço amarrado ao
pescoço. A mascote, desenhada por Néstor Córdoba, foi bem aceita pelas crianças
argentinas, mas virou alvo de críticas da população adulta, devido à semelhança à
mascote mexicana de 1970 (ambos usam chapéus característicos de seus países e
pisam em uma bola de futebol). O Gauchito logo ganhou um apelido pejorativo:
“Playmobil dos Pampas”.
A Espanha inovou na escolha de sua mascote, obra dos artistas espanhóis
María Dolores Salto e José Maria Martín Pacheco. Foi a primeira vez que uma
comida – a laranja – foi escolhida para representar o evento. A fruta típica do país
usa um uniforme da seleção. O nome é o diminutivo masculino de “naranja”, a
palavra espanhola para laranja. Assim como as anteriores mascotes mexicana e
argentina, Naranjito carrega uma bola de futebol. A carismática frutinha acabou se
tornando uma das mais populares mascotes das Copas do Mundo. Ganhou até o
próprio programa de TV, transmitido na Espanha em rede nacional. “Fútbol en
Acción” contava com a participação de outros dois personagens animados.

, o México seguiu a onda da Espanha, desvinculando-se totalmente de sua


primeira mascote, Juanito. Colocou uma comida típica – a pimenta chili jalapeño –
para representar o país. Pique veste um uniforme vermelho e branco, que, junto a
seu corpo verde, contribui para formar as cores da bandeira do México. Para
complementar o look mexicano, a pimenta usa bigode e veste um sombrero. O nome
vem da palavra “picante”, que em espanhol tem o mesmo significado do português.
na Copa de 1990, quebrou o padrão “fofinho” usado desde o início da
tradição. A figura ficou mais modernosa que suas antecessoras, parecendo um
boneco feito de Lego, cuja cabeça era uma bola de futebol, pintado com as três
cores da bandeira italiana. O nome Ciao é a palavra italiana usada para dar “oi” e
“tchau”. Por seu design simples e marcante, trata-se de uma das mascotes mais
icônicas das Copas do Mundo.

1994: Striker (Estados Unidos)

Os Estados Unidos escolheram uma mascote que não abriu margem para
polêmicas: um cãozinho sorridente. O animal, que veste roupas com as cores da
bandeira norte-americana, foi escolhido por ser o bicho de estimação mais comum
no país. O objetivo era atrair um público maior ao esporte, que não é tão popular no
país. Não deu certo: o cachorrinho pouco icônico não chamou a atenção da
criançada, deixando os souvenires da Copa do Mundo encalhados nas prateleiras.
Striker foi desenhado pelos estúdios Warner Brothers.
1998: Footix (França)

A França escolheu um galo, um de seus mais marcantes símbolos nacionais, para


representar a Copa que sediou. Seu corpo é predominantemente azul, cor do
uniforme francês. O nome é criativo: uma mistura de “football” com “Asterix”, o mais
famoso personagem de desenho animado francês. O personagem, criado por
Fabrice Pialot, foi o vencedor de um concurso promovido pela Federação Francesa
de Futebol.

2002: Kaz, Ato e Nik (Coreia do Sul e Japão)

Os organizadores inovaram também na mascote: pela primeira vez, foram usados


três personagens. As criaturinhas futurísticas representaram a competição, realizada
nos maiores polos tecnológicos do mundo, mas não foram bem aceitas pelo público.
Isso devido à falta de identidade das mascotes, que não usavam nenhum assessório
que as remetessem ao seu país de origem. Os nomes foram escolhidos por meio de
uma votação pela internet, método que se repetiu em 2012, na escolha da mascote
brasileira para o torneio de 2014.
2006: Goleo VI (Alemanha)

, a Alemanha voltou às origens ao escolher uma mascote pra lá de tradicional. Assim


como os ingleses fizeram em 1966, os alemães, 40 anos depois, elegeram um leão
para representar seu país. A diferença é que a mascote alemã é um bicho de
pelúcia, não um desenho animado. O nome Goleo vem da junção de “gol” com “leo”,
latim para leão. Goleo era acompanhado por uma bola falante, apelidada de “Pille”,
palavra coloquial para “bola de futebol” em alemão. O fato de o leão não usar calças
desagradou à parcela conservadora da população alemã. Mas, apesar da polêmica,
Goleo, desenvolvido pela Companhia Jin Henson, foi eleito a mascote preferida da
história das Copas pelos usuários do site oficial da FIFA.

2010: Zakumi (África do Sul)


. O personagem tingiu os pelos de verde para se camuflar melhor no campo de
futebol. Zakumi nasceu em 16 de junho de 1994, data em que a África do Sul se
tornou uma república democrática. Simbolicamente, Zakumi representa a ainda
adolescente democracia sul-africana, cheia de energia, mas que ainda tem muito a
amadurecer. O nome também não é aleatório: ZA é a sigla oficial para África do Sul
e KUMI é a palavra que designa o número 10 (ano em que o evento foi realizado) na
maioria das línguas locais do país. O lucro obtido com estratégias de merchandising
utilizando-se a mascote chegou aos 3 bilhões de dólares. A quantia é 1.500 vezes
maior do que a arrecadada 44 anos antes, quando foi adotada a primeira mascote
de Copa de Mundo.

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