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TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO:

Foi idealizada por Henri Fayol e caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela
visão do “homem econômico” e pela busca da máxima eficiência.

14 Princípios básicos relacionados por Fayol:

DIVISÃO DO TRABALHO – Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia


até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a
produtividade.

AUTORIDADE E RESPONSAVILIDADE: Autoridade é o direito dos superiores darem


ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da
autoridade.

UNIDADE DE COMANDO – Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe,


evitando contra-ordens.

UNIDADE DE DIREÇÃO – O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano


para grupo de atividades com os mesmos objetivos.

DISCIPLINA – Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas para


todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.

PREVALÊNCIA DOS INTERESSES GERAIS – Os interesses gerais da organização


devem prevalecer sobre os interesses individuais.

REMUNERAÇÃO – Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da


própria organização.

CENTRALIZAÇÃO – As atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser


centralizadas.

HIERARQUIA – Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma


linha de autoridade fixa.

ORDEM – Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar para cada coisa e
cada coisa em seu lugar.

EQUIDADE – A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a


devoção de cada funcionário à empresa.

ESTABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS – Uma rotatividade alta tem conseqüências


negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.

INICIATIVA – Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo


ESPÍRITO DE EQUIPE – O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação
dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe,
para que defendam seus propósitos.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ORGANIZAÇÃO

DIVISÃO DO TRABALHO

Toda empresa tem como objetivo fundamental a produção de bens e/ou serviços. Para que
essa produção seja eficiente, ela deve estar baseada na divisão do trabalho, que é a maneira
pela qual qualquer processo complexo pode ser decomposto em uma série de pequenas
tarefas. Tais tarefas devem ser executadas dentro de um padrão de qualidade cada vez
maior, de maneira que possa haver um aumento na produção, preservado a qualidade.

ESPECIALIZAÇÃO

Como conseqüência do princípio da divisão do trabalho, surge a especialização, ou seja,


cada órgão ou cargo passa a ter funções e tarefas específicas e especializadas.

HIERARQUIA

Quando se fala em hierarquia, sugere-se imediatamente um conceito de chefia. A


pluralidade de funções imposta pela especialização exige o desdobramento da função de
comando, cuja missão é dirigir todas as atividades para que elas cumpram
harmoniosamente as respectivas missões. Significa que, além de uma estrutura de funções
especializadas, a organização precisa também de uma estrutura hierárquica para dirigir as
operações dos níveis que lhe estão subordinados.

AUTORIDADE

As relações de autoridade do administrador fundamentam-se na estrutura organizacional de


subordinação. Para os neoclássicos, autoridade é o direito formal e legítimo de tomar
decisões, transmitir ordens e alocar recursos para alcançar os objetivos desejados da
empresa.

RESPONSABILIDADE

Significa o dever de desempenhar a tarefa ou atividade para a qual a pessoa foi designada.
O grau de autoridade é proporcional ao grau de responsabilidade assumida pela pessoa.

DELEGAÇÃO

É o processo de transferir autoridade e responsabilidade para posições inferiores na


hierarquia.
AMPLITUDE ADMINISTRATIVA

Em decorrência da distribuição de autoridade e responsabilidade (Delegação), surge o


conceito de amplitude administrativa que significa o número de subordinados que cada
administrador pode dirigir.

PLANEJAMENTO

Nenhuma empresa deve trabalhar na base de improvisação. Tudo dever ser planejado
antecipadamente. O planejamento é a função administrativa que define quais os objetivos a
atingir e como se deve fazer para alcançá-los.

ORGANIZAÇÃO

Organização como função administrativa é parte integrante do processo administrativo, é o


ato de organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos incumbidos de sua
administração e estabelecer suas atribuições e as relações entre eles.
Consiste em:

. Determinar as atividades necessárias para se alcançar os objetivos planejados;

. Agrupar as atividades em uma estrutura lógica ou seja, Departamentalização;

. Designar as atividades às pessoas específicas (cargos e tarefas)

MODELOS COMUNS DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL


A estrutura organizacional geralmente obedece a um dos três modelos básicos seguintes:
linear, funcional ou matricial. A organização linear estará rigidamente fundamentada nos
princípios da hierarquia e unidade de comando. Nela, cada subordinado obedece a seu
chefe imediato e não há comunicação direta entre os diferentes grupos ou departamentos. A
coordenação se efetua exclusivamente por meio da escala hierárquica.
A organização funcional é aquela que se propõe a estabelecer a departamentalização por
funções em todos os níveis da empresa. Nos casos em que se combina numa mesma
estrutura a organização funcional e uma organização orientada para a realização de projetos
concretos, surge a chamada organização matricial. A característica determinante da
organização matricial é a interação dos fluxos de autoridade: um deles, vertical,
corresponde à organização funcional, o outro, horizontal, emana da autoridade técnica ou
de projeto.

Organograma de uma estrutura de organização linear

Organograma de uma estrutura de organização funcional


Organograma de uma estrutura de organização matricial
CRONOGRAMA

É a representação gráfica de tarefas de um departamento dentro da empresa.


FLUXOGRAMA

Pode ser entendido como uma representação gráfica de um processo ou dos passos
necessários para a execução de um processo qualquer.
RESPONSABILIDADE SOCIAL

O mundo empresarial vem se empenhando, nos últimos anos, em uma ampla e profunda
revisão do seu papel e da sua responsabilidade social, hoje, revestida de um novo
significado. Já foi o tempo em que bastava gerar empregos, pagar impostos e produzir
algum bem ou serviço para o mercado. Isso, na verdade, é seu propósito econômico.
Atualmente, o papel reservado à empresa , no conjunto da vida social, está em plena
expansão com a adoção de práticas e compromissos perante a sociedade. Além de gerar
resultados para remunerar o capital nela investido, por meio do atendimento das
necessidades e expectativas de seus clientes, a empresa deve ter compromissos com os seus
colaboradores e com a coletividade para se tornar socialmente responsável.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Com o que chamamos de progresso, vemos hoje a degradação total quase incontrolável do
planeta, sempre pela ganância do homem em alcançar resultados sempre financeiros e
imediatos. Destroem as florestas criando um desequilíbrio em que nem mesmo eles
próprios podem acreditar; nos rios despejam os mais variados e estranhos lixos e assim
por diante.
Diante dessa terrível e triste constatação surge a idéia do desenvolvimento sustentável, que
busca conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, e com isso
amenizar pelo menos a pobreza no mundo.
As pessoas de bem acreditam que o desenvolvimento sustentável seja possível, ou seja, os
programas de educação ambiental devem ser colocados com força, de forma a “acordar”
quem ainda não se engajou em programas dessa natureza.
O que é então o desenvolvimento sustentável se não o equilíbrio entre a tecnologia e o
ambiente, revelando-se os diversos grupos sociais de uma nação e também dos diferentes
países em busca da equidade (igualdade) e justiça social, assim definido pelos estudiosos do
assunto.

RESÍDUOS, IMPACTOS AMBIENTAIS E POLUIÇÃO

Temos que mudar urgentemente a interpretação e o modo de entendimento que temos sobre
o lixo ou resíduo. As práticas ambientalmente corretas resultam em promissoras
alternativas de geração de renda por meio da crescente comercialização dos subprodutos
originários de diversos processos industriais.
Esses subprodutos agregam valor a todos os processos da empresa e promovem a
sustentabilidade ambiental por meio da reciclagem, reuso ou reutilização desses
componentes.
ORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS

ANTES DE ENTENDER O QUE É UMA EMPRESA, SOCIEDADE SIMPLES E


SOCIEDADE EMPRESÁRIA, VAMOS VER OS CONCEITOS DE PESSOA
FÍSICA E PESSOA JURÍDICA.

PESSOA FÍSICA

É o indivíduo, pessoa natural dotada de vontade própria e capaz de direitos e obrigações

PESSOA JURÍDICA

É todo indivíduo que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a


produção ou circulação de bens ou de serviços

O QUE É EMPRESA, AUTÔNOMO, SOCIEDADE E PRODUTOR RURAL

É uma organização econômica onde são reunidos e combinados fatores de produção de


bens ou serviços, cuja atividade tem como objetivo o lucro.

EMPRESÁRIO: O novo Código Civil, trata do empresário como sendo o sujeito


individualmente considerado, o que nos permite concluir que todos aqueles que atuavam na
condição de "Firma Individual" passam, agora, a ser considerados empresários, já que, ou
atuavam na produção (indústria) ou na circulação (comércio) de produtos ou mercadorias
(bens).
Como podemos verificar no conceito trazido pelo novo Código Civil, Empresário não é
aquele que somente produz ou circula mercadorias, mas também aquele que produz ou
circula serviços. Assim, muitos dos que até então eram considerados autônomos, passam a
ser Empresários, como é o caso do representante comercial, do mecânico de automóveis, do
profissional que conserta eletrodomésticos, do encanador, do pintor, do pedreiro, etc.
Para melhor compreensão do conceito de Empresário, apresentamos abaixo a Exposição de
Motivos do novo Código Civil que traz traços característicos do empresário definidos em
três condições:

a) Exercício de atividade econômica e, por isso, destinada à criação de riqueza, pela


produção de bens ou de serviços ou pela circulação de bens ou serviços produzidos;
b) Atividade organizada, através da coordenação dos fatores da produção - trabalho,
natureza e capital - em medida e proporções variáveis, conforme a natureza e objeto da
empresa;
c) Exercício praticado de modo habitual e sistemático, ou seja, PROFISSIONALMENTE, o
que implica dizer em nome próprio e com ânimo de lucro.
O empresário deverá formalizar sua inscrição na junta comercial.
O pequeno empresário recebe tratamento favorecido, diferenciado e simplificado, quanto
à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.
Quanto à escrituração, o novo Código Civil dispensa o pequeno empresário das seguintes
exigências:
a) a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração
uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva;
b) a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
É importante ressaltar que o novo Código Civil não estabelece regras claras e precisas de
como o pequeno empresário deverá proceder em tais casos.

AUTÔNOMO: É aquele que exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária


ou artística, mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da
profissão constituir elemento de empresa.
O elemento de empresa refere-se à atividade desenvolvida pela empresa, isto é, faz parte do
seu objeto social e de sua estrutura organizacional para atuar. De modo geral, podemos
afirmar que se considera autônomo aquele que atua, por conta própria (sem sócios) como
profissional liberal, isto é, o advogado, o dentista, o médico, o engenheiro, o arquiteto, o
contador, etc., que, na verdade, vendem serviços de natureza intelectual. Além desses,
podemos citar também o escritor, o pintor (de obras de arte), o artista plástico, o escultor
etc.

SOCIEDADE SIMPLES: É aquela constituída por pessoas que reciprocamente se


obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a
partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade própria de
empresário.
São sociedades formadas por pessoas que exercem profissão intelectual (gênero,
características comuns), de natureza científica, literária ou artística (espécie, condição),
mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão
constituir elemento de empresa.
A Sociedade Simples é considerada pessoa jurídica. Ex.: Dois médicos constituem um
consultório médico.
Na administração da Sociedade Simples aparece a figura do Administrador (pode ser um
dos sócios) que pode nomear um empregado de sua confiança para exercer a função de
gerente. Esses administradores devem prestar contas detalhadas de sua administração aos
sócios, tais como, inventário anual, balanço patrimonial e de resultado econômico.

SOCIEDADE EMPRESÁRIA: Tem por objetivo o exercício de atividade própria de


empresário sujeito ao registro, inclusive a sociedade por ações, independentemente de seu
objeto, devendo inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado. É aquela que exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens
ou de serviços, constituindo elemento de empresa.
A Sociedade Empresária é considerada pessoa jurídica.
Exemplo: Duas ou mais pessoas se unem para constituir uma empresa cuja atividade será
comércio varejista de suprimentos de informática, podendo ainda, ser cumulado com a
prestação de serviços de manutenção; Dois médicos se unem para constituir um hospital.
A sociedade empresária deve constituir-se segundo a atual legislação, conforme abaixo:

A) Sociedade em Nome Coletivo


B) Sociedade em Comandita Simples
C) Sociedade Limitada
D) Sociedade Anônima
E) Sociedade em Comandita por Ações.
F)
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Sociedade de Capital e Indústria, deixam de existir.

SOCIEDADES COOPERATIVAS: Das características estabelecidas pelo novo Código


Civil, abrem-se questões que deverão ser analisadas e posteriormente confirmadas, como é
o caso da dispensa de capital social e da redução do número mínimo de associados
(concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da sociedade,
sem limitação de número máximo) para constituição de qualquer tipo de cooperativa.
Ao que tudo indica, as cooperativas continuarão a ter seus atos constitutivos, atas e
alterações registrados nas juntas comerciais, entretanto, trata-se de uma questão polêmica,
pois a cooperativa é considerada Sociedade Simples.

PRODUTOR RURAL: É a pessoa física, pessoa natural, que explora a terra visando a
produção vegetal, a criação de animais, produção animal, e também a industrialização
artesanal desses produtos primários, produção agro-industrial.
O produtor rural, cuja atividade constitua sua principal profissão, pode requerer inscrição
no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que. Depois de
inscrito, ficará equiparado, ao empresário.

COMO ABRIR UMA EMPRESA

A abertura formal de um novo empreendimento é fundamental para que a Sociedade possa


se beneficiar tanto por sua atividade fim, quanto da arrecadação de tributos que lhes serão
revertidos em benefícios através de ações da Prefeitura do município.

COMO IDENTIFICAR O TIPO E O PORTE DE UMA EMPRESA

PELA FORMA JURÍDICA:

. Empresa individual
. Sociedade simples
. Sociedade empresária
. Sociedade cooperativa
. Produtor rural
CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS QUANTO AO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS

1. MICROEMPRESAS: até 9 empregados


2. PEQUENA: de 10 a 99 empregados
3. MÉDIA: de 100 a 499 empregados
4. GRANDE: acima de 499 empregados

CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS QUANTO AO FATURAMENTO BRUTO


ANUAL (Lei 9841/99)

MICRO EMPRESA (ME): Receita bruta anual igual ou inferior a R$ 240.000,00


PEQUENO PORTE: Receita bruta anual superior a R$ 240.000,00 e igual ou
inferior a R$ 2.400.000,00
GRANDE PORTE: Receita bruta anual superior a R$ 2.400.000,00
(Valores referentes a janeiro de 2006)

PARA ABRIR UMA EMPRESA

A) É necessário verificar se o local escolhido é apropriado e se não existe impedimento


legal para sua instalação.

B) Deve-se registrar a abertura da empresa junto aos órgãos competentes, de acordo com o
seu tipo (natureza). Os órgãos públicos são:

. Junta comercial, através do Contrato Social


. Cartórios de Registros de Títulos e Documentos
. Cartório de Imóveis
. Conselhos Regionais da Categoria
. Prefeitura Municipal
. Receita Federal
. Secretaria da Fazenda (Estado)
. CETESB
GLOSSÁRIO (Vocabulário em que se dá explicação de palavras pouco usadas )

MUNICÍPIO

CERTIDÃO DE ATIVIDADE – informativo de documentos necessários para analisar a


permissão do uso do solo.

CERTIDÃO DE CONFORMIDADE – documento informativo que determina se a


empresa pode ou não se instalar no local desejado, geralmente utilizado para atividades de
prestação de serviços.

CERTIDÃO DE USO DO SOLO – informação da Prefeitura para a CETESB sobre o uso


e ocupação do solo, utilizada para atividades industriais.

CROQUI – mapa da localização das ruas com os nomes que circundam a quadra onde se
localiza o imóvel.

HABITE-SE – documento que permite a habitação (utilização) de um prédio, após sua


construção.

ALVARÁ – Alvará de Licença de Localização dos Estabelecimentos

SEPLAN – Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental

ESTADO

GARE-DR – Guia de Arrecadação Estadual – Demais Receitas

DECA – Declaração Cadastral – formulário utilizado para obter a Inscrição Estadual

DECAE – Declaração para Codificação de Atividade Econômica

CETESB – Autarquia Estadual subordinada à Secretaria Estadual do Meio Ambiente

UNIÃO – FEDERAL

DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais

C.N.P.J. – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

BUSCA – Tem a finalidade de assegurar os direitos de uso da marca dos produtos das
empresas e do nome escolhido para a empresa.

NIRC – Número de Inscrição do Registro do Comércio


ORGANIZAÇÃO

DE

ESCRITÓRIO
COMUNICAÇÃO NA EMPRESA

COMUNICAÇÃO NA RECEPÇÃO

Essa é uma função muito importante na empresa, pois é a porta de entrada e onde as
primeiras impressões de quem faz a primeira visita irá registrar. Ter grande capacidade de
comunicação é fundamental por quem atua nesse cargo.

Como recepcionar bem para que o cliente tenha uma boa impressão?

-Recepcionar o cliente com um sorriso, atitude cortês e prestativa;


-saiba antecipadamente, tudo o que puder sobre o visitante, antes de encaminha-lo para a
pessoa procurada, perguntando o seu nome, empresa e o assunta que deseja tratar;
-nunca fazer perguntas de ordem particular;
-não use hipocrisia dizendo “meu bem”, “meu amor”, ou outra;
-acompanhe o visitante até o local onde será recebido ou solicite a outro funcionário que o
faça;
-Ser sempre cordial com os colegas de trabalho. Isso os fará sentir especiais.

COMUNICAÇÃO TELEFÔNICA

Deve ser encarada como uma oportunidade de demonstrar o seu profissionalismo e sua
competência no trabalho.

-evite conversas desnecessárias;


-dê informações com muita clareza;
- ser tolerante e agir sempre com calma em situações difíceis;
- ser discreto e não passar informações sigilosas da empresa para terceiros.

ESTÉTICA E LINGUAGEM COMERCIAL

REDAÇÃO COMERCIAL

Como estética de uma carta comercial, deve-se pensar em uma distribuição coesa das
informações, pressupondo um exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever,
obedecendo a um raciocínio lógico, clareza, coerência e objetividade na exposição.

Sugestões de estética de uma carta comercial:

-MARGENS – esquerda maior que a direita;


-SUB-LINHA – somente palavras escritas em caixa alta;
-INICIAL MAIÚSCULA – no início de períodos, substantivos próprios;
-INICIAL MINÚSCULA – meses do ano, pronomes de tratamento;
-NUMERAIS – para o dia inicial de um mês, usa-se o numeral ordinal e para os demais
dias, o cardinal.
-CEPS – não usar a sigla antes do número. Ex.: 050605-001
-NÚMERO DE TELEFONE – (0xx 11) – 3736-3478
0xx – número da operadora
11 - número do DDD
- ENDEREÇOS CITADOS – Rua Caetano de Campos, 1000 (sem o ponto)
- UNIDADES DE MEDIDA – 24h, 3m, 30km, 6g, 10,5km, 25km/h
- MOEDA – usa-se o símbolo, um espaço e a importância. Ex.: R$ 2.500,00 ou US$
2.000,00.

REDAÇÃO EMPRESARIAL

Existem três estilos diferentes na apresentação de uma carta, quais sejam:

1. Estilo Blocado ou Bloco Compacto – é o mais usado, onde todas as partes da carta se
alinham na margem esquerda, e à direita, pode ou não ser perfeita.
2. Estilo Endentado ou Semi-bloco – apresenta uma abertura de parágrafo e são
deslocados da margem esquerda, data, desfecho e assinatura. As demais partes da
carta permanecem à esquerda.
3. Estilo Bloco – (em desuso) não tem abertura de parágrafo, as partes da carta são
alinhadas à esquerda com exceção da data, assinatura, nome, cargo ou função.

Estrutura e linguagem de uma carta empresarial:

1. TIMBRE – nome da empresa, endereço, telefone, etc.


2. NUMERAÇÃO – é o número de ordem que o documento recebe no ano;
3. DATA – coloca-se a cidade, dia, mês e ano;
4. DESTINATÁRIO – alguns autores dispensam o endereço na carta, alegando que já
consta no envelope. As formas de tratamento como Ilmo. Sr., à, Para, antes do nome do
destinatário é desnecessário, bastando colocar o nome da pessoa destinatária. Se a carta for
em atenção a alguém, usa-se a forma por extenso ou abreviada. Ex.: At.:
5. VOCATIVO, INVOCAÇÃO OU CHAMAMENTO – pode ser utilizado de várias
formas: Senhor, Prezados Senhores, Caro Cliente, Senhor Diretor, Senhor Gerente, Prezado
Cliente. Após a invocação usar os dois pontos.
6. REFERÊNCIA – é a síntese do conteúdo da carta, facilita o registro para quem a
recebe e é referência para arquivo. Não deve ser mencionado o termo Ref. Ex:
“Transferência de Numerário”
7. TEXTO OU CORPO DA CARTA – o assunto da carta deve ser claro e objetivo, deve
estar disposto no centro da folha. Entre os parágrafos deixe uma linha em branco.
8. FECHO OU DESFECHO – reduza ao mínimo as palavras do fecho de uma carta,
como: “Atenciosamente”.
9. ASSINATURA DO REMETENTE (SIGNATÁRIO) – a assinatura deve obedecer ao
estilo escolhido. Caso duas pessoas assinem a carta, do lado direito irá o nome do
responsável pelo assunto, do lado esquerdo o do endossante; se ambas forem responsáveis
pelo assunto, do lado direito fica a assinatura de quem tem o nível hierárquico maior; mas
se ambas tiverem o mesmo nível hierárquico, do lado esquerdo irá o nome que começa com
a primeira letra do alfabeto.
10. NOME, CARGO OU FUNÇÃO – não se usam carimbos; a assinatura é feita acima do
nome grafado.
11. ANEXOS – documentos que acompanham a carta. Ex.: “Anexo Cartão de Ponto em
branco”
12. INICIAIS – somente quando houver na mesma empresa várias digitadoras. As iniciais
do redator e digitador devem ficar no rodapé e à esquerda..

ESTRUTURA DE OUTROS DOCUMENTOS

BILHETE – recado por escrito, redigido na terceira pessoa, assunto rápido e deve conter o
nome, texto, assinatura e data.

LIVRARIA CAPRICÓRNIO

Obrigado pela recepção e exposição de meu livro.

Maurício
10/06/2007

CARTÃO – de caráter social ou comercial.

Bom dia!

Estou apresentando-lhe um amigo para


entrevista.

Grato
Maurício
VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE MENSAGEM FORMAL

CARTA COMERCIAL (estilo blocado)

KD – INFORMÁTICA LTDA

C/003-07

São Paulo, 10 de junho de 2007.

Tridente Palafitas Ltda.


A/C: Sr. Maurício Sanches

Prezado Senhor:

Ref.: Seu Contrato de Prestação de Serviços número 12/07

Estamos devolvendo-lhes o contrato de prestação de serviços acima referenciado,


devidamente revisado e assinado, para as devidas providências junto ao cartório de registro
de documentos.

Solicitamos a devolução de uma cópia logo após o registro.

Atenciosamente

Geraldo José da Silva


Diretor Administrativo

AJ/CSF

KD – Informática Ltda.
Rua Joaquim Pereira do Vale, 734 – 05539-020 – São Paulo – SP
Telefones: (0xx11) 7854-0998 – Fax: (0xx11) 4534-0934
ATA – é o resumo escrito de fatos, ocorrências, decisões de uma assembléia, sessão ou
reunião, lavrado em livro próprio ou em folhas a serem arquivadas apropriadamente, cujas
páginas devem ser rubricadas pela pessoa que redigiu os termos de abertura e de
encerramento. Deve ser assinada também por todos os presentes, evitando-se rasuras ou
emendas, mas, se houver, faz-se uma ressalva no final da ata.

Estrutura e linguagem da ATA:

1.TÍTULO – deve iniciar com os dizeres: “Ata nr. 345...” ou “Ata da Assembléia Geral
realizada dia....”
2. INSTRODUÇÃO – deve constar por extenso o dia, mês e ano, hora da reunião, local do
evento, nome da entidade reunida, nome do presidente e secretário, nomeação dos
participantes presentes, finalidade da reunião, leitura da Ata da sessão anterior;
3. PAUTA OU ORDEM DO DIA – assuntos tratados, suas decisões e de quem partiram as
colocações. Deve ser registrado a forma e resultado das pautas que exijam votação.
4. FECHO-DATA – usar as seguintes formas: “Nada mais havendo a tratar, eu, fulano de
tal, lavrei a presente ata que, depois de lida e aprovada, será assinada por mim, pelo senhor
Presidente e por todos os presentes. São Paulo, xx de xx de 2007”, ou “Nada mais havendo
a tratar, o senhor Presidente encerrou a sessão e convocou para o dia xx às xx hs, outra
reunião, quando serão votados os assuntos em pauta. E, para constar, lavrei a presente ata,
que vai assinada por mim, pelo senhor Presidente e demais presentes. São Paulo, xx de xx
de 2007.”
5. ASSINATURAS – deverá ser assinada pelo secretário que lavrou a ata, por quem
presidiu a sessão e todos os participantes da reunião.
6. As assinaturas devem ser seqüenciais e após a data.

ATESTADO – É um documento que versa sobre determinado fato que o emitente tenha
conhecimento.

Estrutura:

1. TIMBRE
2. TÍTULO
3. TEXTO
4. LOCAL E DATA
5. ASSINATURA

Estilo e estética:

1. O timbre vem no alto da folha


2. O título ATESTADO, deve ser centralizado e com todas as letras maiúsculas
3. Após o título, contar quatro linhas para iniciar o texto
4. A margem esquerda deve ser maior que a direita
5. Parágrafo de 2,5 cm
6. Local e data após o texto
7. Assinatura , quatro ou cinco linhas abaixo do texto, depois da data.
BRASIL – ESCOLA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

ATESTADO

O abaixo assinado, na qualidade de Diretor da Escola Brasil, atesta para os


devidos fins, que o senhor Maurício Sanches, lecionou neste estabelecimento de ensino no
período de 10 de maio de 2006 a 10 de junho de 2007, tendo se revelado um mestre
excepcional, pelos conhecimentos de que é possuidor, muito estimado e querido de seus
alunos, nada sabendo contra a sua pessoa que venha em desabono de sua boa conduta.
Por ser expressão da verdade, firmo o presente.

São Paulo, 20 de junho de 2007.

Geraldo José da Silva


Diretor Administrativo

Brasil – Escola de Educação Continuada


Rua Joaquim Pereira do Vale, 734 – 05539-020 – São Paulo – SP
Telefones: (0xx11) 7854-0998 – Fax: (0xx11) 4534-0934

CIRCULAR – É um meio de correspondência utilizado por um superior hierárquico,


para comunicar, ao mesmo tempo, a vários setores ou a vários funcionários a ele
subordinados.

Estrutura:

1. TIMBRE;
2. TÍTULO;
3. VOCATIVO (OPCIONAL)
4. CONTEÚDO;
5. LOCAL E DATA;
6. REMETENTE.
Estilo e estética:

1.É um documento que não possui estilo ou estética definida;


2. O título pode ou não vir com o número de registro e o texto deve ser centralizado na
folha;
3. Margem esquerda maior que a direita;
4. Local e data não tem lugar definido;
O remetente pode ou não assinar, mas deve grafar o nome, cargo, função e departamento.

KD – INFORMÁTICA LTDA

Circular número 171/2007

São Paulo 30 de maio de 2006

Prezados colaboradores:

A partir desta data, fica autorizado a utilização da sala 21 como sede da Associação dos
Funcionários desta empresa.

Geraldo José da Silva


Diretor Administrativo

KD – Informática Ltda.
Rua Joaquim Pereira do Vale, 734 – 05539-020 – São Paulo – SP
Telefones: (0xx11) 7854-0998 – Fax: (0xx11) 4534-0934

CONTRATO – É um acordo de vontades relativo a direitos e obrigações das partes


contratantes que dela participam, onde sua característica principal é a autonomia das
vontades e autoridade do vínculo formado pelas partes, mediante relação jurídica entre si.
Exemplo de contratos:

-De locação de Imóveis;


-De prestação de serviços médicos;
-De constituição de sociedade, entre outros.

MEMORANDO – É uma correspondência utilizada internamente, para os mais variados


assuntos tais como: solicitando providências diversas, tecendo comentários sobre diversos
assuntos, fazendo elogios destaques de funcionários em suas atividades, etc.

Estrutura:

1. TIMBRE;
2. NÚMERO;
3. DATA;
4. REMETENTE;
5. DESTINATÁRIO;
6. TEXTO;
7. ASSINATURA.

Estilo e estética:

1.Geralmente as empresas possuem impresso próprio, padronizado, pode ser manuscrito ou


digitado e não possui estilo e estética definida
2. O número do memorando deve ser precedido pela sigla do setor emitente
3. Data abreviada (23/05/07)
4. Remetente: DE:
5. Destinatário: PARA:
6. O conteúdo deve mencionar apenas um assunto e bem resumido e objetivo
7. Rubricar ou assinar
KD – INFORMÁTICA LTDA

CAGE/Compras - 003-07

São Paulo, 20/07/07

DE: Paulo de Faria e Silva


PARA: CEF/Contabilidade - Pedro Américo

Informo que o material referente ao seu pedido de compra número 36/07, já se encontra no
almoxarifado central.

Atenciosamente

Paulo de Faria e Silva


Gerente de Compras

KD – Informática Ltda.
Rua Joaquim Pereira do Vale, 734 – 05539-020 – São Paulo – SP
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RELATÓRIO – É uma exposição circunstanciada sobre atividade administrativa, um relato


minucioso.

Estrutura:

1. TÍTULO
2. INVOCAÇÃO
3. TEXTO
4. DATA E ASSINATURA
TÉCNICAS DE ARQUIVAMENTO

É a técnica de organizar arquivos (classificar, guardar, conservar e localizar documentos).


Arquivar corretamente e de forma organizada é fundamental para se localizar exatamente o
que se precisa a qualquer momento.

TIPOS DE ARQUIVO

Quanto à freqüência de consulta, existem três tipos:

1. ATIVO – onde são guardados documentos de uso diário ou em fase de conclusão;


2. INATIVO – onde são guardados documentos de menor freqüência de uso;
3. MORTO – onde são guardados documentos onde a freqüência de uso é quase nula.

CONSERVAÇÃO E PROTEÇÃO DE DOCUMENTOS

O tempo de vigência de um documento obedece o estabelecido em lei. Pode-se montar um


quadro ou tabela de vigência de documentos, facilitando o trabalho do arquivista.

Classificação:

1. PERMANENTES-VITAIS – devem ser conservados indefinidamente, pois têm


importância vital para a empresa. Sem eles a empresa não pode funcionar, como por
exemplo o contrato de constituição da empresa, escrituras, estatutos, livros atas, livro de
registro de ações, cartas-patentes, fórmulas químicas, procurações, etc.

2. PERMANENTES – devem ser guardados indefinidamente, mas não têm importância


vital, como por exemplo: relatórios anuais, registro de empregados, livro de registros
contábeis, recibos de impostos e taxas, etc.:

3. TEMPORÁRIOS – têm valor temporário. Deve-se fazer um quadro com anotações de


vigência dos documentos, que seguirá critérios da empresa como: Recibos, faturas, notas
fiscais, contas a pagar, contas a receber, extratos bancários, apólices de seguro,
correspondência, memorandos, etc.:

MICROFILMAGEM

É um processo de reprodução fotográfica reduzida, chegando a quase 95% do tamanho


original.
As vantagens desse tipo de arquivamento são:

-ECONOMIA – ganhos com espaço e tamanho dos arquivos;


-REDUÇÃO DE VOLUME – economiza tempo e mão de obra;
-SEGURANÇA – protegem e conservam os documentos vitais da empresa contra riscos e
eventos que possam destruir os documentos originais, e podem ser guardados facilmente
em cofres especiais;
-DURABILIDADE – até 150 anos;
-REPRODUÇÃO – é ilimitada, com fidelidade e exatidão perfeita dos documentos
reproduzidos;
-CUSTO – o custo é elevado, mas a economia compensa;
-CONSULTA – é imediata e mais fácil, agiliza o serviço.

OBSERVAÇÃO: A organização do arquivos de microfilmes é a mesma dos outros


arquivos, com índice para a localização e um aparelho próprio para leitura dos microfilmes.

EQUIPAMENTOS

Compõem-se de três tipos:

1. HORIZONTAL – Os documentos ficam uns sobre os outros, em posição horizontal


dentro do móvel. É antigo, mas usado em algumas repartições públicas e empresas.
Também são colocados em mapotecas e fichários do tipo Kardex e Securit. As vantagens
são que a iluminação é direta, as anotações são feitas no mesmo local. É reduzida a chance
de perda de documentos. As desvantagens são que ocupam muito espaço e é preciso retirar
todos os documentos para arquivar ou retirar um. A consulta é demorada.

2. VERTICAL – os documentos ficam em pastas, em posição vertical. Existem dois tipos:


Frontal – os documentos são colocados uns atrás dos outros, com a frente voltada
para o arquivista.
Lateral ou retro-lateral – os documentos são colocados uns ao lado dos outros,
com a lateral voltada para o arquivista.

A vantagem é o seu baixo custo, fácil manuseio e conservação, possibilidade de


arquivar muitos documentos em pequeno espaço, consulta rápida sem a necessidade
de deslocar outros documentos.
As desvantagens são a necessidade de retirar o documento para fazer anotações,
iluminação deficiente, pouca visibilidade dos documentos no interior do arquivo.

3. ROTATIVO – Os documentos são colocados de modo que possam girar em torno de um


eixo vertical ou horizontal. É muito empregado com índice para grande quantidade de
consultas e necessidade de informações rápidas.
As vantagens são o manuseio fácil, visibilidade ampla, iluminação perfeita, rapidez nas
consultas e ocupa pouco espaço físico.

FICHÁRIOS – São caixas de madeira, aço ou acrílico, onde são guardados fichas ou
cartões no sentido vertical, de vários tamanhos e são usadas para índices.

ACESSÓRIOS

1.Pastas suspensas – são muito usadas nos arquivos. Possuem hastes metálicas ou de
plástico e fica na altura do arquivo sobre um apoio ou suporte.
2.Pastas com projeção – na parte superior da pasta, existe uma saliência que irá receber
uma notação.

3.Guias – Retângulos de cartolina, do mesmo tamanho que as pastas ou menores com uma
saliência na parte superior, que servem para separar as divisões de um arquivo ou fichário,
facilitando a busca da informação.

4.Projeções – saliências colocadas na parte de uma guia e recebem notações, que ajuda a
localizar os assuntos do arquivo. Podem ser de papelão, plástico ou aço, fixas ou
adaptáveis.

A → projeção

5.Tiras de inserção – papeletas ou rótulos de cartolina, que recebem as anotações e são


inseridas nas projeções das pastas ou guias.

A–C

5.Notação – são os dizeres, inscrições registradas nas tiras de inserção.

MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO

O método de arquivamento é um plano previamente estabelecido para a guarda de


documentos e que facilite a pesquisa. Os métodos mais usados são:
ALFABÉTICO

É um método direto que dispensa o uso de índice. Mas, deve seguir algumas regras

POR SOBRENOME

NOME ORDEM ARQUIVAMENTO

Pedro Paulo Guimarães Guimarães, Pedro Paulo


Sonia Maria Hernandes Hernandes, Sonia Maria
João Bosco Medeiros Medeiros, João Bosco

POR TÍTULO E GRAU DE PARENTESCO

NOME ORDEM ARQUIVAMENTO

Dr. Roberto Medeiros Medeiros, Roberto (Dr.)


Pedro Miquelino Filho Miquelino, Pedro (Filho)
José Pederneiras Jr. Pederneiras, José (Jr.)
Ministro Raul Soares Soares, Raul (Ministro)

OS NÚMEROS SÃO ESCRITOS POR EXTENSO

NOME ORDEM ARQUIVAMENTO

2 Irmãos Confecções Ltda Dois Irmãos Confecções Ltda


Retífica 5 Irmãos Ltda Retífica Cinco Irmãos Ltda
3o Armazém de Frutas Secas Terceiro Armazém de Frutas Secas
QUANDO O NOME COMEÇAR COM ARTIGO (O, A, Os , As)

NOME ORDEM ARQUIVAMENTO

O Estado de São Paulo Estado de São Paulo (O)


A Lanterna Mágica S/A Lanterna Mágica S/A (A)
Os Pequenos Príncipes Ltda Pequenos Príncipes Ltda (Os)

NUMÉRICO

Constitui-se na atribuição de um número a ordem de entrada ou de registro, sem qualquer


preocupação com ordem alfabética, exigindo-se um índice alfabético a parte. É um sistema
indireto e depende de um índice para consulta. Divide-se em:

Crescente: 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...
Decrescente: 10, 9, 8, 7, 6, 5, ...

2
1
2007

3
2
1
2006

O MÉTODO NUMÉRICO SIMPLES PREVÊ TRÊS ETAPAS

Primeira etapa: Assuntos principais divididos em números de 100 em 100

100 – Administração
200 – Aluguel GÊNERO
300 – Compra
Segunda etapa: As subdivisões de cada grupo de 10 em 10

200 – Aluguel
210 – Apartamento
220 – Casa ESPÉCIE
230 – Escritório

Terceira etapa: Números de 1 em 1

200 – Aluguel
210 – Apartamento
211 – Quitinete
212 – dois quartos
212-1 – Bairro Butantã
213 – Três quartos
213-1 - Centro

REFERÊNCIAS CRUZADAS OU ÍNDICE REMISSIVO

É uma expressão muito utilizada em sistemas de arquivos. A principal finalidade é de


informar a quem consultar, que determinado assunto ou nome está arquivado em tal pasta.
Elas podem vir em pequenas fichas, principalmente colocados em índices ou escritas em
folhas de papel e colocados dentro de pastas.

Exemplo:

O fornecedor da empresa ABC tem o nome fantasia de CRIARTE e sua razão social é Casa
de Arte e Artesanato Ltda..
O arquivo terá uma chamada com o nome Casa de Arte e Artesanato Ltda. com a seguinte
observação: Veja também CRIARTE.

Exercícios de classe:

1.Escreva uma carta comercial, solicitando a troca de um material recebido com defeito.
2.Faça uma circular informando que o expediente será encerrado às 17:30 hs, de 20 de
junho a 16 de julho de 2007, para a compensação do próximo dia 08 de setembro, sexta-
feira, que será usado como ponte do feriado de 7 de setembro.
3.Faça um memorando interno solicitando o conserto de uma torneira no banheiro do
Departamento de Compras.
ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRA
NOÇÕES BÁSICAS
Conceito – A Matemática Financeira tem por objetivo estudar as diversas formas
de evolução do valor do dinheiro no tempo, bem como as formas de análise e
comparação de alternativas para aplicação, obtenção de recursos financeiros.

Capital – é qualquer valor expresso em moeda (dinheiro ou bens


comercializáveis) disponível em determinada época. Referido montante de
dinheiro também é denominado de capital inicial ou principal.

NOÇÕES DE PORCENTAGEM

A forma de porcentagem é uma maneira de se exprimir uma razão de denominador 100.

Ex.: 20% = 20 = 0,2


100

Os problemas envolvendo porcentagem podem ser solucionados utilizando-se a regra de


três ou equações.

Vejamos como fica:

45% de 200

45 . 200 = 90 ou 0,45 . 200 = 90


100

resolvendo por regra de três o seguinte problema:

Se eu vendo uma bicicleta obtendo um lucro de 20%, receberei R$ 2.400,00. Qual é o


valor da bicicleta?

O lucro foi de 20%, então vendi a bicicleta por 120% do seu valor.

120% R$ 2.400,00
100% x

x = 2.400 . 100 = 2.000

120

O valor da bicicleta é de R$ 2.000,00


Exemplo 2

Certa pessoa faz uma compra no valor de R$ 2.000,00. Tendo obtido um desconto, lhe foi
cobrado apenas R$ 1.700,00. De quanto foi o desconto?

Valor da compra: R$ 2.000,00


Valor pago: R$ 1.700,00
Desconto obtido: R$ 300,00

R$ 2.000,00 100%
R$ 300,00 x

X = 300 . 100 = 15

2.000

O desconto foi de 15%

Exercícios de classe:

1) Vendi um carro com 15% de lucro sobre o preço de custo tendo recebido R$
1.035,00. Qual foi o preço de custo?
2) No SENAI, fazendo curso de Assistente Administrativo, tem uma sala com 35% de
meninas e 20 rapazes. Quantas meninas estão fazendo esse curso nessa sala?
3) Uma mercadoria que custava R$ 2.500,00 teve um aumento de 25%. Quanto
custa atualmente essa mercadoria?

Exercício para casa:

1) Comprei um sapato com desconto de 20%, pagando apenas R$ 150,00. Quanto


custava o sapato?
2) Paguei uma dívida de R$ 5.000,00. Por ter pago antes do vencimento, tive um
desconto de 15%. De quanto foi esse desconto?
3) Paguei R$ 250,00 por um remédio que estava em promoção. O desconto da
promoção era de 10%. Quanto custava esse remédio?
4) Uma certa mercadoria que custava R$ 12,50, teve um aumento, passando a custar
R$ 13,50. Qual era o preço de custo?
5) Uma mercadoria que custava R$ 500,00 teve um aumento de 20% e logo em
seguida outro aumento de 10%. Quanto custa a mercadoria atualmente?
REGRA DE TRÊS

A regra de três pode ser simples ou composta. Poderá ser diretamente proporcional ou
inversamente proporcional. Para estudar a regra de três vamos entender o que são as
grandezas diretamente e inversamente proporcionais.

A) Grandezas diretamente proporcionais: São assim chamadas aquelas que quando a


razão entre os valores da primeira grandeza e os valores correspondentes da segunda é
sempre a mesma.
Exemplo:

IDADE DE PAULA 1 4 7 10 50
PESO DE PAULA EM KG 10 15 30 40 90

B) Grandezas inversamente proporcionais: São assim chamadas aquelas que quando o


produto entre os valores da primeira grandeza e os valores correspondentes da
segunda é a mesma.

Exemplo:

Numa caminhada de 6 km (= 6.000 metros = 600.000 cm)

Metro por minuto 60 75 80 100 120


Tempo de caminhada (min) 100 80 75 60 50

REGRA DE TRÊS SIMPLES

A) Diretamente proporcional

Exemplo:

1) Tatiana comprou 8 metros de um tecido por R$ 48,00. Quanto vai pagar por 10 metros
do mesmo tecido?

8m R$ 48,00
10 m x

8x = 48 . 10
x = 480
8

x = R$ 60,00
B) Inversamente proporcional

1) Um avião à velocidade de 800 km por hora, leva 42 minutos para ir de São Paulo a
Belo Horizonte. Se a velocidade do avião fosse de 600 km por hora, em quanto tempo iria
fazer a mesma viagem?

800 km 42 minutos

600 km x
600 x = 800 . 42

x = 800 . 42 = 56 minutos

600

Exercícios de casa:

1) Se 3,5 kg de feijão custam R$ 4,55, quanto custarão 6,5 Kg?

2) Numa certa época , 22 litros de gasolina custavam R$ 48m40. Qual o preço de 27


litros?

3)O relógio de Maurício atrasa 26 segundos a cada 48 horas. Quanto vai atrasar em 30
dias?

4)Tamiris está lendo um livro com 352 páginas. Em 3 horas ela leu 48 páginas. Quanto
tempo Tamiris vai levar para ler o livro todo?

5)Um trem, à velocidade constante de 50 km por hora, vai de São Paulo ao Rio de Janeiro
em 8 horas. Se ele desenvolver a velocidade de 80 km por hora, em quanto tempo faria o
mesmo trajeto?

6)Um navio foi abastecido com comida suficiente para alimentar 14 pessoas durante 45
dia. Se 18 pessoas embarcassem nesse navio, para quantos dias, no máximo, as
reservas de alimento serão suficientes?

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

A)Diretamente proporcional

Exemplo:

1) Um ônibus à velocidade de 80 km por hora, percorre 400 km em 5 horas. Se o


ônibus rodar a 100 km por hora durante 7 horas, que distância irá percorrer?

Velocidade distância tempo


80 400 5

100 x 7
x = 100 . 400 . 7
80 . 5

x = 700 Km

B)Inversamente proporcional

1) Para alimentar 12 porcos durante 20 dias são necessários 400 kg de farelo.


Quantos porcos podem ser alimentados com 600 kg de farelo durante 24 dias?

Porcos (IP) dias (DP) farelo


12 24 20 400

x 20 24 600

x = 12 . 20 . 400

24 . 400

x = 15 porcos

Exercícios de classe

1)Se 4 operários, trabalhando 8 horas por dia levantam um muro de 30 metros de


comprimento em 10 dias, qual o comprimento do muro (com a mesma largura e altura do
anterior) que 6 operários erguerão em 8 dias, trabalhando 9 horas por dia? R. 40,5 m

2)Para revestir uma parede de 3 metros de comprimento por 2,25 m de altura, são
necessários 300 azulejos. Quantos azulejos seriam necessários se a parede medisse 4,5
x 2m? R. 400

3)Uma loja dispõe de 20 balconistas que trabalham 8 horas por dia. Os salários mensais
desses balconistas perfazem o total de R$ 28.000,00. Quanto a loja gastará por mês, se
passar a ter 30 balconistas trabalhando 5 horas por dia? R. R 26.250,00

4)Para alimentar 50 coelhos durante 15 dias são necessários 90 kg de ração. Quantos


coelhos é possível alimentar em 20 dias com 117 kg de ração? R. 48

5)Uma montadora de automóveis demora 8 dias para produzir 200 veículos, trabalhando
9 horas por dia. Quantos veículos montará em 15 dias funcionando 12 horas por dia> R.
500

Exercícios de casa:

1)Para produzir 1000 livros de 140 páginas uma editora consome 360 g de papel.
Quantos livros de 320 páginas é possível fazer com 720 kg de papel?

2)Para abrir uma valeta de 50 metros de comprimento e 2 metros de profundidade, 10


operários levam 6 dias. Quantos dias serão necessários para abrir 80 metros de valeta
com 3 metros de profundidade, dispondo de 16 operários?
3)Se 5 homens podem arar um campo de 10 hectares em 9 dias, trabalhando 8 horas por
dia, quantos homens serão necessários para arar 20 hectares em 10 dias, trabalhando 9
horas por dia?

4)Se 12 operários trabalhando 10 horas diárias levantam um muro de 20 metros de


comprimento em 6 dias, em quanto tempo 15 operários, trabalhando 8 horas por dia,
levantarão um muro de 30 metros com a mesma altura e largura anterior?

JUROS SIMPLES

O que é juros?
É a remuneração recebida por quem dispõe de um capital (dinheiro) e o empresta durante
certo tempo a alguém.
O que é taxa?
Quando o dono de um capital (investidor) vai emprestar o dinheiro a quem necessita
(tomador do empréstimo), eles devem combinar o valor do “aluguel” do dinheiro.
Geralmente o valor é combinado fixando uma porcentagem anual ou mensal chamada de
TAXA.
Símbolos utilizados para se calcular juros:
C = capital
i = taxa
J = juros
t ou n = tempo
M = montante (montante é igual a soma do capital mais juros)
M=C+J

Fórmula do juros simples

Capital tempo juro

J = C.i.n
100

Para facilitar o cálculo, podemos simplificar essa equação da seguinte forma:

A taxa é dividida por 100 portanto fica desta forma:


Taxa de 10 por cento, então 10 = 0,1

100

J = C . 0,1 . n

Fórmula do Montante a juros simples:

M = C (1+ i.n)
Exemplo:

Quanto rende de juro um capital de R$ 8.920,00 empregada à taxa de 13% ao ano,


durante três anos?

J = R$ 8.920,00 . 13 . 3 = R$ 3.478,80
100

OU

J = R$ 8.920,00 . 0,13 . 3 = R$ 3.478,80

Exercício de classe:

1)Qual é o juro que deve ser pago no financiamento de R$ 76.125,00 à taxa de 12% ao
ano, durante 5 meses? R. 3.806,25
2)Calcule o juro produzido por um capital de R$ 1.840,00 empregado durante 1 ano, 2
meses e 18 dias à taxa de 9% ao ano.
3)Júlio empregou R$ 962,00 a juro simples, à taxa de 1% ao mês, durante 3 anos e 4
meses. No fim desse tempo que montante Júlio vai receber? R. 1.346,80
4)Qual é o juro produzido pelo capital de R$ 5.600,00 quando empregado à taxa de 12%
ao ano durante 5 anos? R. 3.360,00
5)Qual é o monante obtido pelo capital de R$ 10.000,00, aplicado à taxa de juros simples
de 25% ao ano, durante 3 anos? R. 17.500,00

Exercício de casa:

1)Um banco emprestou R$ 3.280,00 a um cliente pelo prazo de 93 dias à taxa anual de
18%. Qual o juro cobrado pelo banco? Que garantia o cliente vai devolver ao banco no fim
do prazo?

2)José fez um empréstimo de R$ 19.200,00 em um banco pelo prazo fixo de 7 meses, à


taxa de 10,25% ao ano. Quanto José vai pagar de juro? Que quantia ele vai devolver ao
banco no fim do prazo? R. J = 1.148,00 e Vr. 20.348,00

3)Qual é o juro que rende um capital de R$ 13.000,00 aplicado à taxa de 9% ao ano,


durante 1 ano, 5 meses e 15 dias? ( 1 ano = 360 dias e 1 mês = 30 dias)

4)Pedro atrasou três meses no pagamento de uma prestação de R$ 240,00 e vai ter que
pagar um juro pelo atraso, calculado à taxa de 12% ao ano. Qual será o valor do juro?

5)Quanto Pedro vai ter que pagar no total? R. 247,20

6)Vilma aplicou R$ 13.200,00 pelo prazo de 10 meses à taxa de 9,5% ao ano. Quando ela
for resgatar o empréstimo, o dinheiro será suficiente para comprar um bem no valor de R$
14.200,00?

7)Rose aplicou certo capital pelo prazo fixo de 2 anos à taxa de 1,5% ao ano e obteve um
juro de R$ 193,20. Qual foi o capital aplicado?
8) A que taxa anual deve ser aplicado um capital de R$ 5.400,00 durante 5 meses para
produzir um juro de R$ 229,50?

9)Qual é a taxa de juros simples relativa a uma aplicação de R$ 10.000,00 por um período
de 10 meses, que gera um montante de R$ 15.000,00?

JUROS COMPOSTOS

Juros compostos ou capitalizados, consistem na formação de um novo capital a cada


período.O seu produto final será o montante.

Fórmula a ser utilizada: C(1 + i)n

então

J=M-C

Vejamos a fórmula do Montante a juros compostos:

M = C (1+ i) n

Exemplo:

Qual o montante de um capital de R$ 5.000,00 emprestado a juros de 5% ao mês por um


prazo de 5 meses capitalizados?

M = 5.000 ( 1 + 0,05 )5

M = 5.000 (1,05)5

M = 5.000 ( 1,27628) = R$ 6.381,40

J=M–C

J = R$ 6.381,40 – R$ 5.000,00

J = R$ 1.381,40

Exercício de classe:

1)Qual é o capital que aplicado a 2,5% ao mês, capitalizados trimestralmente durante 15


meses, produz o montante de R$ 50.000,00? R. 34.818,94

2)Calcule a taxa anual de juros equivalente a 3,5% ao mês, capitalizados mensalmente.


R. 51,11%

2)Rapunzel aplicou R$ 5.000,00 na poupança à taxa de juro de 5% ao mês, capitalizados


mensalmente, por um período de 26 meses. Qual será o montante ao final desse
período?
3)Calcular o juro simples e composto de um capital de R$ 10.000,00 aplicado à taxa de
3% ao mês, por um período de 12 meses?

4)Qual é a taxa de empréstimo de um capital de R$ 1.200,00 capitalizados mensalmente,


e que no final de 36 meses rendeu um montante de R$ 2.100,00?

Vejamos outras fórmulas de juros também utilizadas:

JUROS DIÁRIOS EXATOS

J = C . i aa . n

365 (ano civil)


366 (ano bissexto)

JUROS DIÁRIOS COMERCIAL

ANO = 360 DIAS


MÊS = 30 DIAS

J = C . i aa . n

360
JUROS DIÁRIOS BANCÁRIOS

ANO CIVÍL = 365/366 DIAS


ANO COMERCIAL = 360 DIAS

J = C . i aa . n

360
DESCONTO
Desconto é a diferença entre o valor nominal de uma dívida na data de seu vencimento e
o seu valor atual na data em que esse valor é atualizado.
Existem dois tipos de desconto a saber:

- Desconto racional ou por dentro (simples ou composto)


- Desconto comercial ou por for a (simples ou composto)

DESCONTO RACIONAL OU POR DENTRO (SIMPLES)

É aquele em que a taxa de desconto incide sobre o valor líquido.

Fórmula:

N = valor nominal
Vars = valor atual racional simples
i – taxa
n = tempo
Drs = Desconto racional simples

Drs = N . i . n

1 + i.n

Drs = N – Vars

Vars = N

1+ i.n

Exemplo:
Qual o desconto de um título de R$ 10.000,00 a uma taxa de 4% ao mês pago 2 meses
antes de seu vencimento?

Drs = 10.000 . 0,04 . 2 = R$ 800,00 = R$ 740,74

1 + 0,04 . 2 1,08

Vars = 10.000 = R$ 9.259,26


1 + 0,04 . 2
DESCONTO COMERCIAL (OU BANCÁRIO) OU POR FOR A (SIMPLES)

É o desconto que a taxa incide sobre o valor nominal.

Fórmula:

N = valor nominal
Vacs = valor atual comercial simples
i – taxa
n = tempo
Dcs = Desconto comercial simples

Dcs = N . i . n

Vacs = N ( 1 – i.n)

Exemplo:
Qual o desconto de um título de R$ 10.000,00 a uma taxa de 4% ao mês pago 2 meses
antes de seu vencimento?

Dcs = 10.000 . 0,04 . 2

Dcs = R$ 800,00

Vacs = 10.000 ( 1 – 0,04 . 2 )

Vacs = 10.000 . 0,92 = R$ 9.200,00

DESCONTO COMERCIAL COMPOSTO

VACC = N ( 1 – i)n

Dcc = N - VACC

DESCONTO RACIONAL COMPOSTO

Varc = N

(1 + i)n

Drc = N - VACC
Contabilidade

De

Custos
´´ APRESENTAÇÃO``

Toda técnica complexa exige um certo número de instrumentos


fundamentais, sem os quais não pode alcançar, a contento, os seus
objetivos. Como técnica complexa que é , a contabilidade de custos
não poderia fugir a esta regra.
Toda contabilidade de custos deve basear – se em um criterioso
registro das quantidades físicas correspondentes aos custos
apurados. Sem tal registro é impossível que a contabilidade de
custos venha a produzir a totalidade dos resultados dela
esperados. Para que tais resultados sejam atingido,
particularmente no que se refere à fase de controle de custos, é
essencial que sejam conhecidas as quantidades físicas de insumos
utilizados na empresa. Esta é uma das características que
diferenciam a contabilidade de custos da contabilidade financeira
que, normalmente , só faz uso do registro de valores monetários.
I CONCEITO :

Contabilidade de Custos é uma técnica contábil utilizada para identificar, mensurar e


informar os custos dos produtos e/ou serviços.

Da Contabilidade Financeira à de Custos

Até a Revolução Industrial ( Séc. XVIII ), só existia a Contabilidade Financeira para servir
as empresas comerciais.

COMPRAS ⇒ VENDA

Cálculo Básico
Estoques Iniciais
( + ) Compras
( - ) Estoque Finais
( = )Custo das mercadorias

Valor dos Estoques = Valor de Compras dos Bens Vendidos.


Até Então: As empresas apenas compravam e revendiam mercadorias.
CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS ( EMPRESA
COMERCIAL)

Com a industrialização, as mercadorias (matéria prima ) passaram a serem transformadas


em produtos.
O valor da compra é substituído pelo valor de fabricação.

Valor do Estoque = ⎨ Valor das compras dos bens


Valor dos fatores de produção

COMPRA

MD
⇒ TRANSFORMA ⇒ VENDE
MOD + CIF

Calculo Básico:

Estoque Iniciais
(+) Custos dos Produtos
(- ) Estoque Finais
(=) Custo do Produto Vendido

As Empresas compram, transformam e vendem os produtos.


O fato de cada um desses dois tipos de empresa praticar atividades diferentes faz com que
suas demonstrações contábeis apresentem algumas diferenças.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

EMPRESA COMERCIAL EMPRESA INDUSTRIAL

Receita Líquida ( Vendas ) Receita Líquida ( Vendas )

* ( -) Custos das Mercadorias Vendidas * ( -) Custos dos Produtos Vendidos

= Lucro Bruto com Mercadorias = Lucro Bruto com Produtos

( -) Despesas ( -) Despesas

Administrativas Administrativas

C/ Vendas C/ Vendas

Financeiras Financeiras

Tributarias Tributarias

= Lucro Líquido Operacional = Lucro Líquido Operacional

*ATENÇÃO : Por Lei vale lembrar que p/ efeito de demonstração


contábil a expressão utilizada é CMV e não CPV.
Balanço Patrimonial ⇒ Diferença em relação aos estoques na empresa comercial e
industrial.

BALANÇO PATRIMONIAL
Empresa Comercial Empresa Industrial
Ativo Ativo
Circulante Circulante

Estoque Mercadorias Estoque Produtos Acabados

Outros Estoques Estoque Produtos Processo

Estoque Matéria – Prima

Outros Estoques

OBJETIVOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

De uma maneira geral, os custos coletados nas contas servem a três finalidades principais.

1. Fornecem dados de custos para a medição dos lucros e a avaliação dos estoques (
demonstração de lucros, perdas e balanço).
2. Fornecem informações a dirigentes para controle das operações e atividades da empresa
( relatório de controle).
3. Fornecem informações para o planejamento da direção e a tomada de decisões (
análises e estudos especiais ).

A Moderna Contabilidade de Custos em Empresas não Industriais

A contabilidade de Custos atualmente estendeu o seu aproveitamento em outros campos


que não o industrial, tais como: Instituições Financeiras, Empresas Comerciais, Firmas de
prestação de serviços, Consultoria, Auditoria, Engenharia etc....
Seus princípios iniciais para avaliação de estoque e lucros globais são atualmente utilizados
para controle e decisões gerenciais.
O conhecimento dos custos é vital para saber se, dado o preço, o produto ou serviço é
rentável; e se possível reduzir os custos incorridos.

Conceito Básico em Custos

1. Gasto : É a entrega ou promessa de entrega de recursos econômicos ( normalmente


dinheiro) para a obtenção de um produto ou serviço.
Ex : Compra de material de escritório.

2. Desembolso : É o pagamento da compra de um bem ou serviço. Pode ocorrer à vista ou


no pagamento da duplicata.
Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada.
Ex : Compra de material de escritório.
3. Investimento: Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a
futuro ( s) período ( s).
Ex : Compra de material de escritório.
Se for registrado como estoque é um investimento.
Equipamento registrado no ativo é também um investimento.

4. Custos : Gasto relativo a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens e


serviços.
Ex : Material de escritório : se for usado na área de produção da empresa é custo.
Equipamento : se for usado na produção de bens, o valor da depreciação mensal é custo.
Material e mão de obra usados na fabricação de produtos é custo.

5. Despesa : É o consumo de bens ou a utilização de serviços , objetivando a obtenção de


receita.
Ex : Material de escritório – se usados pelas áreas que não são de produção é Despesa.

6. Perda : Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária.


Ex : Um incêndio destroi o estoque ⇒ é uma perda.

As perdas normais no processo de produção como retalhos, aparos e limalhas são


considerados “Custos ” ; pois as unidades produzidas absorve essas perdas.
Outras Terminologias de Custo

Custo Primário ( Direto) : É a soma do Material Direto com a Mão de obra Direta.

CP = MD + MOD

Custo de Transformação: É a soma da mão de obra direta mais os Custos Indiretos de


Fabricação.

Ct = MOD + CIF

Custo do Produto : ( Custo de Produção )

São os elementos do Custo de Produção que não causam nenhum impacto no lucro
enquanto o produto não for vendido, pois estão ativados no estoque. Tornando – se
despesas quando da venda do produto.

CP = MD + MOD + CIF

MD = Material Direto
MOD = Mão de Obra Direta
CIF = Custos Indiretos de Fabricação

Custos do Período ( Despesas )

São as despesas do exercício que são apropriados em função do período e não do produto;
Não são usadas na apuração do Custo do Produto pois não são gastos da área de produção.
Ex: Despesas administrativas, Comerciais e Tributarias.

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICADOS À CONTABILIDADE DE CUSTOS

Como a contabilidade de Custos é uma ramificação da contabilidade x os Princípios


Contábeis geralmente aceitos aplicados na Contabilidade Financeira também são válidos
para a Contabilidade de Custos.
Dentre eles, podemos citar:
Custo histórico como base de valor

Os ativos são registrados pelo valor de entrada ( valor da nota fiscal ou custo de produção).

Realização

O lucro só é reconhecido quando da realização da receita, ou seja , quando da


entrega do produto ao cliente.

Competência e Confrontação

Esses princípios estão relacionados com o reconhecimento das despesas.


Pela competência, as despesas devem ser registradas no período em que elas foram
incorridas. Essas despesas estão bastante relacionadas com o período, são as despesas
incorridas para a manutenção da capacidade de obtenção de receitas.
Ex: As despesas administrativas comerciais e tributárias.

Pela Confrontação

São especificamente ligadas as receitas e são contabilizadas no momento da realização da


receitas.
Ex: O C.P.V., o custo da mercadorias vendidas e comissões de vendedores.

Consistência

Dentre vários conteúdos que existem para se fazer o registro contábil, a empresa
deve escolher um deles e adota – lo de forma constante , não podendo muda - lo em cada
período. A mudança de conteúdo pode ser efetuada caso haja um fato relevante que
justifique tal mudança.

Conservadorismo

Na dúvida em como proceder a um lançamento contábil, devemos ser cautelosos.


Por exemplo, na dúvida sobre tratar um gasto como ativo ou como despesa, devemos
considera –lo uma despesa.

Materialidade
Os itens considerados de pequeno valor ( irrelevante ), não devem consumir muitos
recursos da empresa para a sua apuração.
Plano de Contas na Contabilidade de Custos

Uma das fases do trabalho da contabilidade de Custos é o registro dos custos, bem como
das despesas da empresa.
A regra para diferenciar Custos de Despesas é simples: basta definir o momento em que o
produto esta pronto para a venda. Até essa fase todos os gasto são custos.

A partir daí, todos os gastos são despesas.

Obs: Há gastos que embora utilize instalações, equipamentos e mão de obra da produção
para a elaboração de bens ou execução de serviços (manutenção do prédio, reforma e
pintura de equipamentos não fabris etc...) que por não serem destinados à vendas não
devem ser considerado custos.
Acumulação de custos significa colher os dados de custo e registra – los de forma
organizada ( através da classificação contábil ), sistemática, no sentido de atender a alguma
finalidade ( ex : calcular os custos dos produtos vendidos / valor do estoques).

* Elenco de Contas
As contas são divididas em dois grupos :
• Contas comuns ou fixas;
• Contas variáveis ou específicas.

* Contas Comuns ou Fixas

Patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e obrigações da empresa.

* Bens Fixos – São os capitais aplicados em caráter permanente e destinados a constituir


os meios de produção, com os quais as industrias atingem o seu objetivo. Ex : O
imobilizado .

* Bens de Venda - São os destinados à venda. Nas indústrias são os produtos fabricados.

* Bens Numerários – São as disponibilidades da empresa, representados pelo saldo em


caixa e pelos depósitos bancários.

* Bens de Renda – são os capitais aplicados em outra atividade que não seja o objeto da
empresa. Ex : Investimentos. Por essa razão os bens de renda são eventuais , podendo não
existir em muitas empresas industriais.
São as contas patrimoniais, de balanço ou integrais.
• Exemplos :

Caixa, Contas a Receber, Estoques, Imobilizado, Conta a Pagar, Empréstimos, Capital,


Lucros Acumulados.
Na Contabilidade Industrial, usamos principalmente as contas de estoques :
• Estoques de materiais
• Estoques de produtos em elaboração;
• Estoque de produtos acabados;
• Importações de materiais em andamento.

* Estoque de Materiais

Os estoques de materiais podem ser classificados em :


• Materiais diretos – Compreendem a matéria – prima (componente físico que sofre a
transformação. Ex : tecido)
( materiais secundários ( botão de um avental, por exemplo )
e embalagem.
• Materiais Indiretos – São os materiais empregados na fabricação do produto mas,
devido à dificuldade de cálculo quanto à quantidade utilizada em cada produto
fabricado, são considerados materiais indiretos.

* Estoque de Produtos em Elaboração

O saldo da conta Estoques de produtos em Elaboração representa o valor dos produtos em


processo de fabricação. Os produtos ainda não estão acabados para serem vendidos.

* Estoque de Produtos Acabados

Esta conta representa o saldo dos produtos disponíveis para venda, em estoque no depósito
de produtos acabados da empresa.

Importações de Materiais em Andamento

Caso a indústria importe um material para uso no processo fabril, todos os gastos incorridos
na importação, tais como aquisição de moeda estrangeira, pagamento de fretes, seguros,
comissões, despesas bancárias, despesa de desembaraço alfandegário etc, deverão ser
escriturados em conta específica.
BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO

* Patrimônio Liquido

Disponibilidade

Caixa
Bancos Conta Movimento
Estoques ⇒ A indústria aplica grandes recursos nos estoques
Estoque de Matéria – prima
Estoque de Material Secundário
Estoque de Embalagem
Estoque de Materiais Indiretos
Estoque de Produtos em Elaboração
Estoque de Produtos Acabados
Importações em Andamento
Outros Estoques.

* Ativo Permanente
Ativo imobilizado
Móveis e Utensílios
Total do Ativo

Passivo

* Passivo Circulante

Obrigações a Curto Prazo


Obrigações Sociais
Obrigações Tributários
Fornecedores

* Ativo Circulante

Capital Realizado
Capital Subscrito
Reservas

Lucros e/ou Prejuízos Acumulados


Total do Passivo

* Contas Variáveis ou Específicas


São as contas de resultados Receitas e Despesas.
Como as contas de receitas e despesas não apresentam diferença com relação à empresa
comercial, dedicaremos nossa atenção à Contas de Custos de Produção.

* Contas Custos de Produção

As contas de Custo de Produção são contas transitórias pois ao final do período, os custos
registrados são transferidos para a conta . Produtos em Processo ( Sistemática contábil
mais usual ).

Custos de Produção Produtos em Processo


MD EI
MOD CUSTOS Produtos Prontos
CIF
XXX XXX EF

Custos de Produção ( Conta Sintética )

* 1º Custos Diretos ( Contas Analíticas )


• Material Direto
Matéria – prima consumida
Material secundário consumido
Embalagem aplicada no produto
Outros materiais direto.

* Mão – de – Obra - Direta

Salário e Ordenados
Prêmios de Produção
Gratificações
Feiras
13º Salário
Contribuição Providenciaria
FGTS
Aviso Prévio e Indenização
Assistência Medica e Social
Seguro de Acidentes do trabalho
Outros Encargos Trabalhista

* 2º Custos Indiretos de Fabricação (Contas Analíticas )

Mão – de – Obra Indireta ( Vide Detalhamento da MOD )


Materiais Indiretos
Aluguel
Depreciação das Máquinas
Gastos de Manutenção
Consumo de luz e água
Gastos com Transporte
Gastos com Refeitório do Pessoal
Vigilância
Ferramentas de Curta Duração
IPTU ( Imposto Predial )
Gastos com Veículos da Fábrica
Material de Escritório
Conta Telefônica
Demais gastos da fábrica

Os outros acima foram agrupados por componente de custo. A empresa poderia agrupar os
custos por departamento.
No caso acima, se a empresa adotar a departamentalização dos custos irá detalhar os
custos por departamento.

Exemplo :

* Custos de Produção
Material Direto
Departamento de Corte
Departamento de Costura
Departamento de Acabamento

* Mão de Obra Direta


Departamento de Corte
Departamento de Costura
Departamento de Acabamento

A empresa define o plano de contas de acordo com suas necessidades para a apuração de
custos, planejamento, controle e Tomada de Decisão.
Complementando o raciocínio temos o seguinte esquema da contabilidade de custos :
1º Passo : Separação entre Custos e Despesas.
2º Passo : Apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos.
3º Passo : Apropriação dos Custos Indiretos que pertencem, visivelmente, aos
departamentos agrupando à parte, os comuns.
4º Passo : Roteiro dos Custos Indiretos, comuns e da Administração geral da produção aos
diversos departamentos, quer de produção quer de serviços.
5º Passo : Escolha da seqüência de rateio dos custos acumulado nos departamentos de
serviços e sua distribuição aos demais Departamentos.
6º Passo : Atribuição dos Custos Indiretos que agora estão nos Departamentos de produção
dos produtos segundo critérios fixados.

EXERCÍCIOS DE CLASSE

1- Classificar os lançamentos abaixo em investimento, custo, despesa, perda e desembolso


:

a) D – Estoque de Matéria prima ( compra )


C - Fornecedores

b) D – Fornecedores
C - Bancos

c) D – Custo de Produção ( mão de obra )


C - Salários a Pagar

d) D – Custos dos Produtos Vendidos


C – Produtos Acabados

d) D – Perda com materiais ( conta de resultado)


C – Estoque de materiais ( baixa )

2- Os dados abaixo são referentes a uma empresa industrial em dado período :

MD = $ 400.000
MOD = $ 600.000
CIF = $ 800.000

Pede – se

a) Custo Primário
b) Custo de Transformação
c) Custo Total
3- Classificar os itens abaixo em Ativo, Custo e Despesa (no caso de custo, classifique em
diretos ou indiretos) :

a) Fornecedores------------------------------------------------------( )
b) Depreciação acumulada de máquinas industriais --------- ( )
c) Materiais de escritório consumidos na fábrica --------------( )
d) Matéria – prima em estoque -------------------------------- ( )
e) Salários das costureiras (fábrica de roupas) -------------- ( )
f) Comissão dos vendedores ----------------------------------- ( )
g) Honorários do Diretor Administrativo --------------------- ( )
h) Honorários do Diretor Industrial ---------------------------- ( )
i) Despesas com veículos da administração ---------------------( )
j) Despesa d depreciação das máquinas industriais -------------( )
k) Consumo de energia elétrica na fábrica------------------------ ( )
l) Linhas utilizadas na fabricação de roupas ( não há controle do consumo) ------------------
-----------------------------------------( )
m) Despesa de depreciação das máquinas de escritório utilizadas pela fábrica ----------------
------------------------------------------ ( )
n) Aluguel da área ocupada pela fábrica ---------------------- ( )
o) Despesa de depreciação das máquinas de escritório da administração ----------------------
------------------------------ ( )
p) Salário da secretária da gerencia da fábrica---------------- ( )
q) Matéria – prima consumida na produção------------------- ( )

r) Salários dos supervisores da fábrica ------------------------ ( )


s) Embalagem usada no produto acabado------------------------ ( )
t) Custos dos Produtos Vendidos---------------------------------- ( )
u) IPI a recuperar------------------------------------------------------( )
II CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS EM DIRETOS E
INDIRETOS

Custos Diretos

Custos que podem ser perfeita e diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma
medida de consumo ( quilogramas de material consumido, número de embalagens
utilizadas, horas de mão de obra utilizadas ) são os custos diretos com relação aos produtos.
Exemplos: Material Direto ( MD )
Mão de Obra Direta ( MOD )
Material Direto

Material direto é o custo de qualquer material diretamente identificável com o produto e


que se torne parte integrante deste.

Ex : Matéria – prima, material secundário, embalagens.


O custo do material é obtido através da seguinte fórmula:

M.D. = E.I. + C - E.F

Estoque Final

Compras Líquidas
Estoque Inicial

Materiais Diretos
Tipos de Material Direto

Matéria – prima

Matéria – prima é o principal material que entra na composição do produto final. Ela
sofre transformação no processo de fabricação . É o material que, do ponto de vista de
quantidade, é o mais empregado na produção. As matérias – primas em estoque serão
aplicadas diretamente no produto, e ao serem transferidas do estoque para o processo
produtivo se transformam em custos de produção.
Ex: O tecido na fabricação de roupas e a madeira na fabricação de mesas de madeira.

Material secundário

Material secundário é o material direto, de caráter secundário; Não é o componente


básico na composição do produto mas, é perfeitamente identificável ao produto. Ex:
parafusos ( se houver controle de consumo, se não houver, eles podem ser tratados
como Custos Indiretos) na mesa de madeira, botão nas roupas, etc...

Embalagem

Embalagens são materiais utilizados para embalagem do produto ou seu


acondicionamento para remessa. São materiais diretos devido à fácil identificação com
o produto.

Custo de Material Direto Adquirido

Todos os gastos incorridos no sentido de colocar o material Direto disponível para o uso
na produção fazem parte do seu custo. Por exemplo : se o comprador tem que retirar o
material no fornecedor e arcar com os gastos do transporte e seguro, esses gastos devem
ser incorporados aos custos do material.
Assim, como os gastos com armazenagem, recepção, vigilância, também devem ser
incorporados aos custos dos materiais.
Quando a empresa adquirir um material direto, a ser usado na fabricação de produtos,
se os impostos ( IPI e ICMS ) forem recuperáveis, na escrita fiscal, eles serão deduzidos
do Valor Total da Nota Fiscal de compra. Se não forem recuperáveis, passarão a fazer
parte do custo do material.
Exemplo :

No caso da empresa de 10.000 kg de matéria – prima os dados constantes da Nota


Fiscal são os seguintes:

Total da Nota Fiscal ( compra a prazo venc. 30 dias ).... $ 308.000


Frete e Seguros ................................................................$ 10.000
Valor do IPI .....................................................................$ 28.000
ICMS ...............................................................................$ 50.000
( Valores dos Impostos Hipotéticos ) $ 388.000

Se os impostos ( IPI e ICMS ) forem recuperáveis, o valor do material será o seguinte:


Total da Nota Fiscal ........................................................$ 308.000
(-) IPI...............................................................................$ 28.000
(-) ICMS .........................................................................$ 50.000
(+) Frete e Seguro ...........................................................$ 10.000
Custo do Material............................................................$ 240.000

Se, por exemplo, o IPI não for recuperável, o valor do material será o seguinte :
Total da Nota Fiscal ........................................................$ 308.000
(-) ICMS ..........................................................................$ 50.000
(+) Frete e Seguro ............................................................$ 10.000
Custo do Material ............................................................$ 268.000

Os mesmos procedimentos são aplicáveis à compra de material secundário e


embalagem.

Avaliação de Estoques

Como a empresa compra várias unidades em períodos diferentes com preços diferentes,
e não os consome na mesma proporção, elas acabam se misturando no Almoxarifado.
Para atribuir custos às unidades consumidos, usamos os mesmos critérios utilizados
pela Contabilidade Financeira, o Sistema de Inventário Permanente e Período e os
Métodos de Avaliação de Estoques : PEPS ( Primeiro a Entrar e, Primeiro a Sair ),
Custo Médio e UEPS ( Último a Entrar e, Primeiro a Sair ).

Inventário Periódico

A empresa não mantém um controle contínuo dos estoques através de fichas de estoque.
O consumo só pode ser obtido após contagem física dos estoques, em geral no balanço,
e posterior avaliação de acordo com os critérios legais.
O consumo é calculado pela fórmula :

Consumo de Material Direto = Estoque Inicial + Entradas Líquidas


– Estoque Final

( Formula válida também para qualquer item de estoque )


Inventário Permanente

No inventário permanente temos o controle contínuo dos estoques por meio de fichas de
estoque. Os estoques ( e o CPV – Custo dos Produtos Vendidos ) são calculados a
qualquer momento pela Contabilidade.
A contagem física é feita mais por questões de auditoria e controle interno.
O controle físico e contábil é feito pela ficha de estoque ( tanto no almoxarifado como
na Contabilidade).

Métodos de Avaliação de Estoques

Devido à grande oscilação dos preços, torna – se importante que se tenha um meio de
avaliar com precisão os valores das matérias primas, produtos ou mercadorias em
estoque e as saídas (ou baixas) nos estoques.
Os critérios de avaliação de estoques mais utilizados são os seguintes :

a) PEPS – Primeiro que Entrar é o Primeiro que sai ou FIFO ( First in – First /out ) ;
b) UESP – Último que Entra é o Primeiro que saí ou FiFo ( Last In First /out );
c) Custo Médio – Média aritmética ponderada móvel.

Método PEPS ( ou FIFO )

Neste método vamos dando baixa no estoque a partir das primeiras compras :

* EX: Estoque inicial em 01/01/00 : 300 unidades a R$ 40,00 cada uma.

Movimento do Mês :

02/01 – Compra de 100 unid. Por R$ 42,00 cada.


03/01 – Venda de 30 unid. Por R$ 50,00 cada.
04/01 – Venda de 280 unid. Por 45,00 cada.
05/01 – Compra de 50 unid. Por 41,00 cada.
Ficha de Controle de Estoque
Método PEPS ou FIFO

DATA ENTRADA SAÍDA SALDO


VALOR VALOR QTD VALOR
QTD QTD
UNIT TOTAL UNIT TOTAL UNIT TOTAL
01/1 300 40,00 12.000,00
02/2 100 42,00 4.200,00 300 40,00 12.200,00
100 42,00 4.200,00
400 16.200,00
03/1 30 40,00 1.200,00 270 40,00 10.800,00
100 42,00 4.200,00

04/1 270 40,00 10.800,00 90 42,00 3.780,00


10 42,00 420,00

Método UEPS OU LIFO


DATA ENTRADA SAÍDA SALDO
VALOR VALOR VALOR
QTD QTD QTD
Unit Total Unit Total Unit Total
01/1 300 40,00 12.000,00
02/2 100 42,00 4.200,00 300 40,00 12.200,00
100 42,00 4.200,00
400 16.200,00
03/1 30 42,00 1.260,00 40,00 1.200,00
42,00 2.940,00
04/1 70 42,00 2.940,00 90 40,00 3.600,00
210 40,00 8.400,00

Método do Custo Médio

DATA ENTRADA SAÍDA SALDO


VALOR VALOR QTD VALOR
QTD UNIT TOTAL QTD UNIT TOTAL UNIT TOTAL
01/1 300 40,00 12.000,00
02/2 100 42,00 4.200,00 400 40,50 16.200,00
03/1 30 40,50 1.215,00 370 40,50 14.985,00
04/1 280 40,50 1.1340,00 90 40,50 3.645,00
Comparação Entre os Métodos

Nos três exemplos anteriores observamos que as Vendas sempre


foram as mesmas, ou seja, só foi mudado o método de controle dos
estoques :

Tem – se :

03/1 – Venda = 30 unid x R$ 50,00 = R$ 1.500,00


04/1 – Venda = 280 unid x R$ 45,00 = R$ 12.600,00
Venda Totais R$ 14.100,00

PEPS UEPS PREÇO MÉDIO


Vendas 14.100,00 14.100,00 14.100,00
CMV 12.420,00 12.600,00 15.555,00
L. Bruto 1.680,00 1.500,00 1.545,00
Estoque Final 3.780,00 3.600,00 3.645,00

Observa – se que, dependendo do tipo de critério utilizado, o valor do CMV e do


Estoque Final são diferentes.
Como as vendas permaneceram com seus preços inalterados, conclui – se que critérios
de avaliação diferentes levam a valores de estoque e a resultados diferentes.
Nota – se também, que no critério UEPS o custo super-avaliado e o
resultado, consequentemente sub-avaliado. Por isso este critério não é permitido pelo
físico.

CONTABILIZAÇÃO DO CUSTO DE MÃO – DE - OBRA DIRETA


(MOD)

Mão – de – Obra

A Mão – de – Obra pode ser direta ou indireta. Mão – de – Obra direta é aquela
referente ao pessoal que trabalha diretamente no processo produtivo. Caso contrário,
será mão – de – obra indireta. Se não for possível identificar a mão – de obra aplicada
sobre o produto de maneira direta ( caso haja a necessidade de se recorrer a qualquer
critério de rateio ), a mão – de –obra será indireta.
Integram a mão – de –obra os salários pagos ( ou incorrido ) aos operários que
trabalham no processo produtivo, inclusive os encargos sociais decorrentes ( IAPAS,
FGTS, SEGUROS ).
A apropriação da mão – de – obra poderá ser feita por produto, por centro de custos, por
processo, etc.
A mão – de –obra geralmente e controlada por apontamento e registros, nas respectivas
contas analíticas, por natureza.
O custo de mão – de – obra não é formado só pelo salário do empregado; ele é
composto pelo salário mais encargos sociais.
Os encargos sociais se dividem em :
1º Gastos Sem Contraprestação de Serviços – são as obrigações da empresas relativas
a seus empregados sem que eles tenham ficado à disposição da empresa.
Ex : Férias, 13º salário, DRS – Descanso Semanal Remunerado, Feriados.
2º Contribuições Sociais – São os encargos dos empregados para a formação de fundos
para o desenvolvimento social.
Ex :
Previdência Social 20%
Fundo de Garantia 8%
Seguro Contra Acidente, de Trabalho 2%
Salário – educação 2,5%
SESI 1,5%
SENAI 1,0%
INCRA 0,2%
Total 35,2%

Ex : Um empregado com salário de R$ 100,00 / hora

• A jornada diária é de 7,333 h ( 44 semanais : 6 dias ).


• Há 1 feriado no mês.

Salário: 30d x 7,333h x R$ 100,00 22.000,00


Provisão p/ férias : ≅ 0,09 % ( 1 mês ÷ 11 meses ) 2.000,00
1/3 das férias ( CF ) 666,67
Provisão 13º : 8,33 % ( 1 mês ÷ 12 meses ) 1.833,33
SUB - Total 26.500,00
Contribuições Sociais : 35,2 % 9.328,00
Total 35.828,00

Apuração das Horas Trabalhadas


Dias do Mês 30
( - ) Domingos 4
( - ) Feriados 1
Dias Trabalhados 25

Horas trabalhadas = 25 d x 7,333 = 183,33 h


Custo total por hora = R$ 35.828,00 : 183,33 h = R$ 195,43
Para a empresa, o Custo de Mão – de – Obra será de R$ 195,43 por hora. Para um
empregado contratado por R$ 100,00 a empresa arcará com R$ 95,43 de encargos
sociais ou seja, 95,43% sobre o salário.
Esses cálculos são válidos para MOD e para a MOI.
O tempo não produtivo deverá também ser analisado. Por ex : se o operário está parado
o custo deverá fazer parte da mão – de – obra indireta.
III CUSTOS INDIRETOS

Os custos que não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de
alocação tem de ser feita de maneira estruturada, constituem o “ rol” dos custos
indiretos.

Rateio do CIF

• Rateio é um artifício empregado para distribuir os custos que não conseguimos


identificar diretamente com os produtos.
• Critério de rateio é a base utilizada para a distribuição dos custos ou seja, é o fator
pelo qual se divide os CIFS.
Algumas bases utilizadas:
• Unidades produzidas
• Horas de MOD
• Horas de uso direto das máquinas
• Valor ( custos ) da M.O.D
• Matéria – prima consumida
• Horas diretas de serviços prestados
• KWH – hora ( energia elétrica ) ou HP
• M3 de ar comprimido
• Nº de Funcionários
A escolha da base utilizada deve ser feita em função do recurso mais utilizado na
produção.
Ex : Distribuição no valor de R$ 5.000,00 para 2 produtos, numa empresa altamente
mecanizada.
O critério mais adequado é horas / máquinas; se for para MOD.
Voltando ao nosso exemplo, vamos supor que o produto ″ A `` consome 1.800 h / máq.,
e o produto ″ B`` 700 hs/ máq.
O rateio ficaria assim :
Taxa de Absorção dos CIFs = Valor do CIFs = R$ 5.000 = R$ 2 por hora
Critério de rateio 1800 h + 700 h

Produto ″ A`` = R$ 2x 1800 h = R$ 3.600 de CIF


Produto ″ B `` = R$ 2x 700 h = R$ 1.400 de CIF
Nem sempre o rateio é tão simples; existem empresas que fabricam vários produtos e
esses produtos passam por várias fases de processamento, sendo necessário passarem
por departamentos diferentes. Nesses casos é necessário fazer o rateio por departamento
e , depois, por produtos.

Departamentalização

Normalmente a empresa está dividida em Departamentos; que é a sua estrutura formal,


representada pelo Organograma.
Com a Departamentalização pode-se efetuar os cálculos de forma mais adequada,
levando-se em conta o tempo de cada produto em cada Departamento e o Custo por
hora máquina / atividade de cada Departamento.
Departamento é a unidade mínima administrativa na qual sempre existe um
responsável.
A fábrica é departamentalizada em dois grandes grupos:

• Departamentos Produtivos – são os departamentos que promovem algum tipo de


modificação sobre o produto. Ex : depto de corte, depto de costura; depto de
acabamento.
• Departamentos de Serviços – são os departamentos por onde não passam os
produtos, na maioria dos casos. Suas funções são basicamente prestar serviços aos
demais departamentos produtivos.

Os departamentos produtivos têm os seus custos apropriados diretamente nos produtos ,


mas os departamento de serviços não podem apropriar seus custos diretamente neles, já
que os produtos , na maioria dos casos, não passam pelos departamentos de serviços.
No entanto, como estes departamentos prestam serviços aos demais, devem ter seus
custos transferidos para os departamentos que recebem seus serviços e depois os custos
desses departamentos são apropriados nos produtos.
Exemplos de Departamentalização

GERENCIA GERAL

Depto. De Serviço Depto. Produtivo

Manutenção Almoxarifado Prensas


Usinagem

A fábrica esta dividida em 2 departamentos ( Depto de serviço e Depto produtivo) e em


4 setores ( manutenção, Almoxarifado, prensas e usinagem). Ela produz 2 produtos ″A``
e ″B`` , e nos temos os seguintes CIFs em cada setor:

Gerencia Geral ...........................................R$ 1.000


Manutenção ................................................R$ 2.400
Almoxarifado ..............................................R$ 800
Prensas ........................................................R$ 5.200
Usinagem ....................................................R$ 2.800

É necessário determinar uma ordem de distribuição de custos, na qual o departamento


que faz o rateio não recebe mais nenhum custo, em seguida é necessário determinar o
critério de rateio desses custos.
No nosso exemplo começaremos a ratear os custos da gerência geral para os outros
departamentos de forma igual, ou seja 25% para cada um.
O próximo departamento a ratear seus custos será a manutenção, e será em função das
horas trabalhadas em cada departamento.
Horas trabalhadas da manutenção em outros departamentos :

Almoxarifado .........................................................200 h
Prensas ...................................................................300 h
Usinagem ...............................................................500 h

Nesse caso se existissem horas trabalhadas para a Gerência Geral, elas seriam
ignorados, pois se rateássemos para a gerência geral ela teria que ratear novamente seus
custos para a manutenção e esta para a gerência geral e, assim sucessivamente.

O almoxarifado rateia os seus custos em função do valor da matéria consumida em


cada departamento produtivo:

Matéria – prima consumida no depto de prensa .............R$ 80.000


Matéria – prima consumida no depto de usinagem ........R$ 20.000

Os custos dos departamentos produtivos são rateados nos produtos em função das horas
trabalhadas:

Prensa Usinagem
Produto ″A`` 250 h 100 h
Produto ″ B`` 500 h 300 h
7. Vamos montar um quadro de rAteio dos CIFs aos produtos :

Ger.Geral Manutenção Almoxarifado Prensas Usinagem Total


CIF 1.000 2.400 800 5.200 2.800 12.200
1. G.Geral (1.000 ) 250 250 250 250 -
2650 1050 5450 3050 12200
2. Manut. - ( 2650 ) 530 795 1325 -
1580 6245 4375 12200
3.Almox. - - (1580 ) 1264 316 -
Total Depto - - - 7509 4691 12200
Prod.
4. Prod. ″ A`` - - - 2503 1173 3676
Prod. ″ B`` - - - 5006 3518 8524

Explicação dos cálculos feitos

1. Rateio da Gerência Geral :


R$ 1000 ÷ 4 ( 25% p/ cada depto). = R$ 250

2. Rateio da Manutenção :
R$ 2400 + R$ 250 = R$ 2,65 por hora
200h + 300h + 500h

Almoxarifado = R$ 2,65 x 200 h = R$ 530


Prensas = R$ 2,65 x 300 h = R$ 795
Usinagem = R$ 2,65 x 500 h = R$ 1325

3. Rateio de Almoxarifado
R$ 800 + R$ 250 + R$ 530 = R$ 0,0158 p/R$ de matéria prima
(R$ 80.000 + R$ 20.000 )

Prensas = 0,0158x R$ 80.000 = R$ 1264


Usinagem = 0,0158x R$ 20.000 = R$ 316

4. Rateio das Prensas :

R$ 5200 + R$ 250 + R$ 795 + R$ 1264 = R$ 10,012 p/ hora


250 h + 500 h
Produto ″A`´ = R$ 10,012 x 250h = R$ 2503
Produto ″ B`` = R$ 10,012 x 500h = R$ 5006

Usinagem :

R$ 2.800 + R$ 250 + R$ 1.325 + 316 = R$ 11,7275 p/ hora


100 h + 300 h
Produto ″ A `` = R$ 11,7275 x 100 h = R$ 1.173
Produto ″ B `` = R$ 11,7275 x 300h = R$ 3.518

A definição dos critérios de rateio é arbitrária e subjetiva. A utilização de critérios


diferentes pode levar a resultados diferentes.
É importante lembrar que os rateios são feitos apenas para os CIFs, pois não é necessário
ratear MD e MOD, pois eles são identificados diretamente com os produtos.

Centro de Custos

Centro de Custos é a unidade mínima de custos.


É um artifício usado pela Contabilidade quando ela quer acumular custos de forma
diferente da estrutura departamentalizada da empresa.
Um centro de custos pode coincidir com um departamento; pode se constituir pela soma de
dois ou mais departamentos, ou pode haver mais de um centro de custos em um
departamento.

Pré-determinação dos Custos Indiretos de Fabricação

Os custos Indiretos de Fabricação ( CIF ), são identificados por ocasião da sua classificação
contábil, e debitados em contas específicas de custos por centro de Custos.
A apropriação dos ″ CIF `` é feita com base em critérios de rateio, porém, no caso dos CIFs,
(ao contrário dos custos Diretos ) só se poderá saber o total após o fechamento da
contabilidade geral (encerramento do período).
Caso a empresa necessite de um fechamento contábil mais rápido, ou se pretende saber o
custo de cada produto à medida em que o mesmo está sendo fabricado, é preciso utilizar
uma taxa Pré – determinada de CIF.

Determinação da Taxa do CIF

A taxa pré – determinada é obtida estimando – se previamente os custos de um período.


Como os CIFs diferem em níveis de operação, é necessário estabelecer os níveis de
operação em relação ao qual os custos indiretos de fabricação devem ser determinados
Esse nível de atividades é expresso em termos de um índice (h /MOD ou h /MO).
O total estimado dos custos Indiretos de fabricação é calculado em relação a esse nível.
A Taxa Pré-determinada do CIF, que será usada para aplicar os CIFs nos produtos
elaborados, é obtida dividindo – se os custos estimados pelo nível das operações (ex.:
h/máquinas).
A medida que ocorrer a produção real, a taxa do CIF será aplicada à produção, dando
origem ao CIFA (Custos Indiretos de Fabricação Aplicadas).
CIF real > CIF aplicado sub-avaliação variação desfavorável
CIF real < CIF aplicado super-avaliação variação favorável.
Contabilização dos CIF Aplicados

CIFA
EPP
(a) xxx xxx (a) (a) xxx xxx (b)
.

EPA CIFE
(b) xxx xxx (c) (d) xxx xxx (j)
(g) xxx

Exigibilidade CPV
xxx (d) (c) xxx
(g) xxx

Variação CIF
(j) xxx xxx (e)

xxx xxx (8)


a) Os custos indiretos aplicados são contabilizados a débito de produtos em processos e a
crédito da Conta CIF aplicados.
b) Os produtos, ao serem completados, são transferidos para os estoques de produtos
acabados.
c) Os produtos acabados são vendidos e transferidos para o CPV (Custo de Produtos
Vendidos).
d) Os custos indiretos efetivos ou reais são contabilizados a debito da conta CIFE ( CIF
efetivo ou real ) e a crédito de contas de exigibilidade.
e) A conta CIF aplicada é encerrada na conta variação CIF.
f) A conta CIF é encerrada na conta variação CIF.
g) A conta variação CIF e encerrada na contas de produtos ou processo, produto acabados
e CPV.
A parcela relativa aos produtos em estoque deverá ser transferida para o ativo e a parcela
relativa aos produtos já vendidos deverá ser transferida para despesa ( Custo dos Produtos
Vendidos – CPV ).

Exemplo :

Previsão
Horas máquinas previstas: 10.000 h máq.
CIF totais Previstas R$ 2.500
Taxa de aplicação dos CIFS = R$ 2.500,00 = R$ 0,25/h máq.
10.000 h máq.

Dados Reais:
Horas Reais 9.600 h máq.
CIF Reais = R$ 3.000
Vendas 70% dos produtos acabados
Material Direto R$ 6.000
Mão – de – Obra direta = R$ 4.000

Toda a produção foi iniciada e acabada no período.

Os CIFs aplicados no período foram = 9.600 horas máquinas (reais) = 0,25h/m = 2.400 (
CIFs debitados na conta Produto em Processo.
Contabilização através de razonetes:

EPP
CIFAplicados
(1) 6.000 2.4000 (3)
(2) 4.000
(3) 2.400

12.400 12.400 (4) (7) 2.400


CIF Efetivos
Exigibilidade
(6) 3.000 6.000 (1)
4.000 (2)
3.000 (6)
3.000 (8)

Variação dos CIFs EPA

(8) 3.000 (4) 12.400


2.400 (7) 8.680 (5)
3.720
600 600 (9) ( 9) 180
_________________
3.900

CPV
(5) 8.680
(9) 420

9.100

1) Apropriação do Material Direto a Produção.


2) Apropriação da Mão – de – Obra Direta a Produção.
3) Apropriação do CIF aplicados a produção.
4) Transferência dos produtos completados para o estoque de produtos acabados.
5) Transferência dos produtos Vendidos para o CPV.
6) Contabilização dos CIFs efetivos .
7) Encerramento da conta CIF aplicada, e transferência para a conta Variação CIF.
8) Encerramento da conta CIF real, e transferência para a conta Variação CIF.
9) Transferência do saldo da conta Variação CIF para a conta EPA e CPV.

Distribuição da Variação do CIF de R$ 600.000


70% para CPV = R$ 420.000
30% para Produto Acabado R$ 180.000
(CIFs subaplicados – aplicados a menos )
IV CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

Definição

C.P.V é a soma dos custos incorridos na fabricação dos produtos que foram vendidos
num determinado período.
O C.P.V é uma despesa, pois contribui Diretamente na obtenção de receitas.

Apuração do C.P.V

O custo dos Produtos Vendidos é formado pela soma dos materiais Diretos ( MD) mais
mão – de- Obra Direta (MOD) mais os custos Indiretos de fabricação (CIF), ajustado
para mais ou para menos pela variação dos Estoques de Produtos Acabados e Produtos
em Processo.
À soma de materiais Diretos, Mão – de – Obra Direta e Custos Indiretos de Fabricação,
da-se o nome de custos de Produção.

Então :

CP = MD + MOD + CIF

Custos Ind .de fabr.

Mão de Obra Direta

Materiais Diretos

Custo de Produção
Agora podemos montar a fórmula do CPU.

CPV = CP + EIPA – EFPA + EIPP – EFPP

Estoque Final de Produtos em Processo

Estoque Inicial de Produtos em Processo

Estoque Final de Produtos Acabados

Estoque Inicial de Produtos Acabados

Custo de Produção

Custos dos Produtos Vendidos

Esta fórmula pode ser simplificada, onde :

C. P.A = EIPP + CP - EFPP

Ficando a fórmula de C.P.V reduzida para :

C P V = E I PA + C P A – EFPA

Estoque Final de Produtos Acabados

Custo de Produtos Acabados

Estoque Inicial de Produtos Acabados

Custos dos Produtos Vendidos


Etapas na Apuração do C.P.V

Para fazer Apuração do C.P.V, observa – se as seguintes etapas :

9 Separação entre Custos e Despesas.


9 Separação entre Custos Diretos e Indiretos.
9 Apropriação dos Custos Diretos aos Produtos
9 Rateio dos Custos Indiretos aos Produtos.

Contabilização :

Para contabilizar todas as etapas da apuração do CPV seguimos o esquema básico abaixo:

Custo de Produção E.P.P.


MD xxx (a) (a) xxx xxx (b)
MOD
CIF
Xx

E.P.A C.P.V
(b) xxx xxx (c) (c) xxx
V – SISTEMA DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS
Definição

Sistemas de Acumulação de Custos são formas de como os custos são acumulados e


Apropriados nos Produtos.

Tipos de Sistemas de Acumulação de Custos

Existem dois sistemas básicos de acumulação de custos. O que determina qual vai ser
usado é o processo produtivo de empresa.
Muitas Empresas combinam os dois Sistemas de Acumulação de custos, os quais serão
apresentados a seguir:

9 Produção por Ordem ou Encomenda: os custos são acumulados numa conta ( ou


folha ) específica para cada ordem ou encomenda. Essa conta só pára de receber custos
quando a ordem estiver encerrada. Se terminar um exercício e o produto estiver ainda
em processamento, não há encerramento, permanecendo os custos até serem incorridos
na forma de bens em elaboração; No ativo, quando a ordem for encerrada, será
transferida para estoque de produtos acabados ou para custo dos Produtos Vendidos
conforme a situação.
EX: Indústria Naval. Equipamentos, Aviões.

9 Produção Contínua ou em Série: os custos são acumulados em contas ou folhas


representativas das Diversas Linhas de Produção; são encerradas essas contas sempre
no fim de cada período ( mês, semana, trimestre ou ano, conforme período mínimo
contábil de custos da empresa). Não há encerramento das contas à medida que os
produtos são elaborados e estocados, mas apenas quando finda o período; na apuração
por processo não se avaliam custos unidade por unidade, e sim a base do custo médio
do período ( com a divisão do custo total pela quantidade produzida).

CT = Custo Unitário
Q. Prod.

Em ambos os custos indiretos, são acumulados nos diversos Departamentos para depois
serem alocados aos produtos ( ordem ou linha de Produção). Também são utilizados os
procedimentos relativos a taxa de aplicação de CIP por ser, esse Recurso, muito mais
útil, razão pela qual é o mais utilizado na Produção por ordem.

Ex :
Óleo vegetal
Produtos Farmacêuticos
Produtos Químicos
Contabilização dos Custos Registrados por Ordem de Produção.

M. D OPI
xxx xxx (a) (a) xxx xxx (d)
(b) xxx
( c) xxx

EPA CPV
(d) xxx xxx(f) (f)xxx

(e) xxx

MOD OP2 CIF


xxx xxx (b) (a) xxx xxx(E) xxx xxx
(c)
(b) xxx
(c) xxx
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Exemplo

Informações Contábeis

Resumo das Requisições de M.P. de Almoxarifado


Data Requisição Nº Ordem de Prod. Quantidade Custo
13 Março 6.250 1.232 30 Kg $ 2.600
13 Março 6.260 1.233 70 m $ 3.400
$ 6.000

Resumo dos Boletins de M.O. e Apropriação dos CIF


Data Ordem de Prod. Nº Horas Custo TX. Aplicação dos CIF CIF Aplicado
13 Março 1.232 300 $ 3.600 $6 $ 1.800
13 Março 1.233 700 $ 8.400 $6 $ 4.200
12.000 $ 6.000

Folhas de Custo da Ordem de Produção

Ordem de Produção Nº 1232 – Produto `` A `` Qd 80


Matéria – Prima Mão de Obra CIF Aplicados A Total
Direta CIF Aplicado
Data Requis. Nº Quant. Custo Horas Custos Taxa Custo Custo
13/03 6.250 30 Kg $2.600 300 3.600 $6 $ 1.800 8.000

Ordem de Produção Nº 1233 – Produto `` B `` Qd 120 UN


Matéria – Prima Mão de Obra CIF Aplicados A Total
Direta CIF Aplicado
Data Requis. Nº Quant. Custo Horas Custos Taxa Custo Custo
13/03 6.250 70 Kg 3400 700 8.400 $6 $ 4.200 16.000

84
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Quando a ordem de produção 1232 estiver concluída, ela será encerrada e apuraremos o custo
unitário do produto `` A ``.

Custo Unitário = 8000 = $ 100,00


Produto A 80 un
Quando a ordem de produção 1233 estiver concluída ela será encerrada e apuraremos o custo
unitário do Produto `` B``

Custo Unitário = 16000 =133,33


Produto B 120

Em ambos os casos os valores serão transferidos da conta de P.F para a conta PA

Lançamentos Contábeis

Estoque de M.P Mão – de O.D Produtos Acabados


$ xxxx 6000 (a) $xxxx 12000 (b) (d) 24.000

CIF Aplic. (CIFA) Produtos Acabados


6000 (c) (a) 6000 24000 (d)
(b) 12000
(c) 6000

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Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Contabilização dos Custos Registrados na Produção Contínua

MD Processo 1
xxx xxx (a) (a) xxx xxx (d)
(b) xxx

E. P. A MOD
(e) xxx xxx(f) xxx xxx (b)

Processo 2 C. P. V CIF

(d) xxx xxx(e) F) xxx ( a)


xxx xxx xxx ( c)
(b) xxx
(c ) xxx

Exemplo:

Informações Contábeis

Processo Produtivo

Moagem Forno Ensacamento


Matéria Prima 30.000 40.000 -
Mão de Obra Direta 40.000 16.000 30.000
CIF aplicados 24.000 20.000 36.000

86
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Supondo que não existem estoques iniciais e finais e que 5000 unidades sejam iniciadas e
completadas em cada Departamento durante um período qualquer.

Mapa de Custos

Custos Moagem Forno Ensacamento


Custo Custo Custo Custo Custo Custo
Total Unitário Total Unitário Total Unitário
Custo Depat. - - 94.000 18,80 170.000 34,00
Anterior
Custo neste
Depat.
M. Prima 30.000 6,00 40.000 8,00 - -
Mão de Obra 40.000 8,00 16.000 320 30.000 6,00
CIF aplicado 24.000 4,80 20.000 4,00 36.000 7,20

C. Total 94.000 18,80 76.000 15.20 66.000 1.320


Dept.
C.Total 94.000 18,80 170.000 34,00 236.000 47,20
acumulado
C. Tranf P.A 236.000 47,20

Lançamentos Contábeis

MP Moagem
xxx 30.000 ( A) (A) 94.000 94.000 (D)
40.000 ( B)

Produto Acabados M.OD


(F) 236.000 xxx 40.000
16.000
30.000

87
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Forno CIFA
(B) 76.000 170.000 (E) xxx 24.000 (A)
(d) 94.000 20.000 (B)
36.000 (C)

Ensacamento
(c) 66.000 236.000(f)
(e) 170.000

Unidades Equivalentes a Produção

É o quanto equivalem, em unidades acabadas, os custos acumulados nas unidades que estão em
processo.
Quando ficam produtos em processo no final do período, é preciso determinar o estágio de
fabricação ( grau de Acabamento) em que se encontram essas unidades, para poder distribuir seus
custos de produção entre as unidades concluídas e as que ficam em processo.
A avaliação da Produção Equivalente é feita pela Engenharia de Produção.
Exemplo

Custos de Produção de uma empresa em um período.


Material Direto - $ 20.000
Mão de Obra Direta - $ 16.000
Custo Indireto de Fabricação - $ 12.000
48.000

9 Não havia Estoque Inicial no Período.


9 A empresa iniciou a Produção de 1000 unidades.
9 800 unidades foram concluídas e transferida p/ o Depto. Seguinte.
9 As unidades em Processo, estão 80% acabadas em média.

Determinação das Unidades Equivalentes a Produção

200 unidades x 0,80 % = 160 Unidades


800 unidades acabadas + 160 unidades equivalentes = 960
Produção Equivalente

Custo Unitário = Custo Produção = 48000 = $ 50,00


Produção Equivalente 960u

88
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Custo de Produção Transferida para o Depto seguinte :


800u x $50 = 40.000
Valor das Unidades em Processo ( Estoque em Processo )
160 u x $ 50 = $ 8000

Custo Unitário das unidades em Processo


$ 800 ÷ 200 u = $ 40

Características da Produção

Podemos dizer que o Produto Industrial pode ser fabricado de duas formas:
Fabricação Simples – quando para a fabricação do produto é necessário apenas uma fase de
transformação. O produto é produzido num único departamento produtivo.
Fabricação Complexa – quando para fabricação do produto é necessário a execução de várias
etapas no processo Fabril.
Há vários Departamentos produtivos transformando o material em Produto Final, e a medida que
um departamento Produtivo Transfere sua Produção para outro Departamento, os custos desse
departamento são transferidos juntamente com a transferência Física da Produção.

Esquema de Fabricação Complexa

Depto. I Depto. II Depto. III Produtos Acabados


Custos Tranf. Depto
Anterior
Custos ao Depto.
Matéria Prima
M. O . D
Custos Indiretos
Custo Total Depto
C.T Acumulado

Produção Conjunta
Ocorre a produção conjunta quando mais de um Produto surge de uma mesma M. P, no Processo
de Produção que pode ser contínua ou por encomenda. Eles podem ser co – Produtos ou Sub –
Produtos.

Co-Produtos
São Produtos de importância igual para a Empresa, do ponto de vista de faturamento.
O que importa com relação ao Co – Produto e o controle do custo por operação e não o custo por
produto.

89
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Critério de Apropriação dos Custos Conjuntos Métodos do Valor de Mercado


É o método mais usado, os produtos de maior valor de venda recebem maior carga de custos.
Exemplo :
.Matéria – Prima.............................................................$ 60.000
Custos de Transformação...............................................$ 40.000
Custos Conjuntos Totais ................................................$100.000
Co – Produtos Preço – Venda Qtd. Produzida Venda Total
A $ 12 KG 60.000 KG $ 720.000
B $ 81 KG 20.000 KG $ 160.000
Totais 80.000 KG $ 880.000

Distribuição dos custos Conjuntos aos Produtos A e B

A = 720.000 x 100.000 = 81.818


880.000 + = 100.000

B = 160.000 x 100.000 = 18.182


880.000

Sub – Produtos

As características Principais dos Sub - Produtos são:

- Valor de Venda
- Vendas Normais
- Pouca relevância dentro do faturamento total
O valor de venda menos as despesas com a venda dos sub produtos são deduzidas do custos do
Produto Principal.

Sucatas
As sucatas não têm valor de venda ou mercado normal. A venda é lançada como receita em
outras receitas operacionais.

Resumo:
Produção contínua ou por processo reside na elaboração do mesmo produto de forma continuada
por um longo período. Produção por ordem consiste na Fabricação de um Produto de Forma não
Continuada. Em termos de custos, a diferença reside em se apropriar para a primeira custos por
tempo ( mês, por exemplo), para divisão pelo número de unidades feitas , chegando-se assim, ao
custo de cada unidade; enquanto que para a Segunda ( por ordem ), se alocam os custos até o
término da produção do bem.

90
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

VI MÉTODOS DE CUSTEIO

Definição

Métodos de Custeio: são utilizados para apropriação de custos.


Existem dois métodos básicos de custeio, o custeio por absorção e o custeio variável ou direto, e
eles podem ser usados com qualquer sistema de acumulação de custos.
A diferença básica entre os dois métodos esta no tratamento do custos fixos. Por isso vamos
apresentar a classificação dos custos quanto ao volume de produção.

Classificação dos Custos Quanto ao Volume de Produção-Custo Fixo

Custo fixo é aquele que não varia em função do volume de produção. Por exemplo: o aluguel do
Prédio da Fabrica será o mesmo, embora a quantidade produzida se altere.
Dessa forma, o valor do aluguel independe da quantidade que a empresa produza, se uma ou 40
unidades de um ou mais produtos em um mês, pois será o mesmo.

Aluguel

400 CF

Quantidade Produzida
50 100 200

O custo fixo existe mesmo que não haja produção.


Unitariamente, o custo fixo varia de forma inversamente proporcional a quantidade produzida,
quanto maior a quantidade produzida, menor o custo fixo por unidade produzida.

91
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Custo Variável

Custo variável é aquele que varia em função da quantidade produzida. Assim quanto maior a
quantidade produzida, maior o custo variável total.

EX: MP
90000
60000
30000
Quantidade Produzida

50 100 200

Se não houver produção, o custo variável é zero. Unitariamente o custo é variável e fixo.

Custo Semi – Fixo

Custo semi-fixo é aquele que permanece fixo até uma determinada quantidade fabricada, nesse
ponto sofre uma variação, permanecendo constante nesse novo volume de quantidade.

EX:
Máq. Xerox
6000

4000

2000
q
50 100 200

Custeio Semi-variável

Custo semi-variável é aquele que apresenta uma parcela fixa e uma parcela variável até uma
determinada quantidade , ele é constante e a partir dessa quantidade, varia de forma diretamente
proporcional a variação na quantidade. Ex: Energia Elétrica.

92
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

EX:

Graficamente Teremos : $
$
2800 2800

700 ou 700
400
400
100
100 KW/h
200 300 1000 200 300 100

Custeio por Absorção

Nesse método de custeio todos os custos de produção são apropriados aos produtos. Os custos de
produção podem ser apropriados diretamente como é o caso do material direto e mão de obra
direta, ou indiretamente como é o caso dos custos indiretos de fabricação.

93
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Exemplo :

A empresa “ BETA `` nos anos x 1 e x 2 vende 200.000 unidades a R$ 12,00 cada uma.
Os custos são os mesmos nos dois anos : R$ 6,00 de custo variável por unidade e R$ 180.000 de
custos fixos totais. Não existe estoque inicial, em x1 foram produzidas 200.000 unidades, em x 2
foram produzidas 300.000 unidades, ficando a empresa com um estoque final 100.000 unidades.

Demonstrativo Resultado do Exercício

Vendas 200.000 U x $12.000 2.400.000


( - ) C.P. V
Ct Var.200.000 unx $ 6,00 1.200.000
X Custo Fixo 180.000 1.380.000
1 Lucro 1.020.000

Vendas 200.000 u x 12,00 2.400.000


(-) C.P.V
X Ct Var. 300.000 un x $ 6,00 1.800.000
2 Custo Fixo 180.000
1.980.000
(-) EF. 100.000 un x 7,20 (720.000) 1.260.000

Lucro 1.140.000

Esse método de custeio é derivado da aplicação dos princípios contábeis geralmente aceitos, pois
está de acordo com o regime de competência e a confrontação das receitas e despesas, ou seja, é
considerado como despesa do período apenas o custo de produção referente aos produtos que
foram vendidos no período.

Custeio Variável ( Direto )

Nesse método de custeio os custos fixos têm o mesmo tratamento das despesas, pois são
considerados despesas do período independentemente de os produtos serem vendidos ou não.
Quando se tratar de custos semi-variáveis, a parte fixa da despesa do período e a parte variável,
entram na apuração do C.P.V.
Esse método de custeio é chamado também de custeio Direto e não deve ser confundido com
custo Direto, que é o nome da soma do material Direto mais Mão de obra direta. Usando os

94
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

mesmos dados do exercício anterior, vamos montar a demonstração de resultado do Custeio


Variável.

Demonstrativo do Resultado do Exercício

Vendas 200.000 u x 12,00 = 2.400.000


(-) C.P.V =
Custeio Variável 200.000 x 6,00 = 1.200.000
X1 Margem de Contribuição = 1.200.000
(-) Custos Fixos = 180.000
Lucro = 1.020.000

Vendas 200.000 x 12,00 = 2.400.000


(-) C.P.V
X2 Custeio Variável 300.000 u x 6,00 = 1.800.000
(-) CF 100.000 x 6,00 ( 600.000) 1.200.000
(-) Custos Fixos 180.000
Lucro 1.020.000

Esse método de custeio não segue os princípios contábeis do regime de competência e


confrontação, por isso não é reconhecido para efeito legais. No entanto e de grande auxilio na
tomada de decisões, sendo bastante usado para fins gerenciais.
Nos exemplos acima vimos que pelo custeio por absorção o aumento nas quantidades produzidas
aumenta o lucro ( embora a empresa não tenha aumentado suas Vendas ) enquanto que no custeio
variável o lucro permaneceu constante nos dois anos. A diferença entre os lucros apurados pelos
dois métodos em x2 é exatamente a diferença no estoque.

Lucro pelo custeio por absorção X2 $ 1.140.000


(-) Diferença no Estoque (600.000 – 720.000) $ 120.000
Lucro / custeio Variável X2 $ 1.020.000

95
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Estoque Final

Custeio por absorção custeio variável

C.V 100.000 x 6,00 = 600.000 100.000u x 6,00 = 600,000


C.F 100.000 x 0,30* 30.000
570.000

• C.F unitário $ 180.000 ÷ 600.000 = 0,30

Método de Custeio

Por Absorção

Variável ou Direto
Receita Vendas
Receita Vendas
(-) CP.V Custo Fixo
(-) ( -) C.P.V
( -) DV
Lucro Bruto
Margem de Contribuição

(-) Despesas operacionais


(-) Despesas Operacionais
(-) Custo Fixo
(-) Despesas
Variáveis
Lucro Liquido
Lucro Liquido

Margem de Contribuição

Margem de contribuição e a diferença entre a receita e o custo variável de cada produto, e o valor
que cada unidade efetivamente traz a empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato
provocou – a pode ser imputado sem erro.

96
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

MC = RV - CV

Custo Variável Total

Receita de Venda
Margem de Contribuição

Índice de Margem de Contribuição

É a relação percentual entre a margem de contribuição e a receita de venda.

IMC = MC
RV

Onde:

IMC = Índice da Margem de Contribuição


MC = Margem de Contribuição
RV = Receita de Venda

97
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Exemplo 1

Produto C.D.V C.F.V C.V.T RV MC IMC


L 700 80 780 1550 770 u 0,50%
M 1000 100 1100 2000 900 u 0,45%
N 750 90 840 1700 860 u 0,5%

Isso nos mostra que para cada unidade de L contribui com 770, não podemos dizer que isso seja
lucro já que faltam os custos fixos, trata – se de sua margem de contribuição para que
multiplicadas pela quantidades vendidas e somada a dos demais, perfaça a margem de
contribuição total. Desse montante, deduzindo os custos fixos, chegamos a resultados que pode
então ser o lucro.
O fundamental é que verificando o exemplo nº 1, notamos que o produto que mais contribui por
unidade para a empresa é o M seguido pelo N e finalmente, pelo L. Cada unidade de M provoca
de fato a sobra de $ 900, que é a diferença entre a receita e o custo variável.
Se existe um produto que deva ter uma venda incentivada é o M, que tem a maior margem de
contribuição por unidade.

Ponto de Equilíbrio – Break – Even

O ponto de equilíbrio nasce da conjugação dos custos totais com as recitas totais.
Estas numa economia de mercado, têm uma representação macroeconômica também não linear,
isto é, para um mercado como um todo – de máquinas de escrever, por exemplo – tende haver
uma inclinação para menos, já que cada unidade tenderia a ser capaz de produzir menor receita.
Para uma empresa em particular, é quase certo que isso não ocorra, por ter ela um preço fixado
para seu produto, fazendo com que sua receita total seja tal preço vezes o numero de unidades
vendidas, com isso sua representação seria de fato linear.

98
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

$ Receita do setor
ou mercado

Volume

$ Receita total
de uma empresa do setor.

Volume

As alterações de preço provocariam o mesmo impacto que sobre os custos variáveis isto é
inclinando para mais ou menos a curva.
Simplificando nossas visualizações e admitindo como absolutamente lineares as representações
tanto das receitas quanto dos custos é despesas, teremos a seguinte reprodução gráfica do ponto
de equilíbrio.

99
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

$ Ponto de Lucro
Equilíbrio
Receita
Totais
Variável
Custo e
Despesa
totais
Prejuízo
C Fixo

Volume

Ponto de Equilíbrio em quantidades : é calculado através da fórmula


abaixo

Pe (q) = CF
MC

Onde :

PE (q) = Ponto de Equilíbrio em quantidade ( unidades )


CF = Custo fixo Total
MC = Margem de Contribuição

100
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Ponto de Equilíbrio em valor monetário: é calculado através da formula.

Onde :
PE ( $ ) = CF
IMC
PE ($) = Ponto de equilíbrio
Em valor
CF = Custo Fixo Total
IMC = Índice da M. contrib.

Exemplo

Suponhamos uma Empresa com os seguintes dados :

Preço de Venda = $ 500/ u


Custos + Desp. Variáveis = 350/ u
Custos + Desp. Fixos = $ 600.000 / mês

A empresa obterá o ponto de equilíbrio quando suas receitas totais equalizarem seus custos e
despesas totais.

RT = ( C+ D ) T

Quantidade x $ 500/u = quantidade x $ 350/ u + $ 600.000/ mês


Quantidade x ($ 500/u - $350/u) = $ 600.000/ mês

Ponto de equilíbrio = $ 600.000 / mês = 4000 u/ mês


( $ 500 / u - $ 350 u )

Para sua transformação em reais de receitas totais, basta fazer :


PE = 4000 u/ mês x $ 500/ u = 2000.000 / mês

EX : Para um produto x Em mil


Preço de Venda = 4,00 – Comissão = 15% CPV= 1,00

101
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Tabela dos Custos Receitas e Resultado

Quant. Fatur. Custo de Comissão Custo Custo Custo Result


compra variável Fixo Total
1 2 3- 4 = 15% 5 = 3+4 6 7= 5+6 8
0 - - - - 36 36 (36)
5 20 5 3 8 36 44 ( 36 )
10 40 10 6 16 36 52 ( 12)
15 60 15 9 24 36 60 0 – PE
20 80 20 12 32 36 68 12
25 100 25 15 40 36 76 24

O Resultado ( Lucro ou Prejuízo ) pode ser calculado através de duas formulas, uma para
quantidades produzidas e outra para faturamento projetado.

Primeira Formula

R = Q x M C - CF

Custo Fixo

Margem de Contribuição

Quantidade Vendida

Resultado ( Lucro ou Prejuízo )

102
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Segunda Fórmula

R = F x IMC - C

Custo Fixo

Índice da margem de Contribuição

Faturamento

Resultado ( Lucro o Prejuízo )

Exemplo

Uma Empresa X
Preço de Venda Unitário = $ 100
Impostos + Comissões = 10 %
C.M.V = $ 40
Custo Fixo Total = $ 18000
Qual o ponto de equilíbrio?
Qual o ponto de equilíbrio em valor monetário ?
Qual o resultado para uma venda de 500 unidades
Qual o resultado para um faturamento de $ 70.000?

1º Passo – Calcular os custos variáveis


CV = CMV + IMP comissões 10%
CV = 40 + 10

CV = 50

103
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

2º Passo – calcular MC e IMC

MC = PV – CV 100 – 50 = 50

MC = 50
IMC = MC 50 = 0,50 %
PV 100

IMC = 0,50%

3º Passo – Calcular o P.E. Quantidade


PE (q) C F 18000 = 360 un
MC 50
PE (q) = 360 un

4º Passo – Calcular P.E. em Valor Monetário

PE ($) = C F 18000 = 36000,


IMC 0,50

PE ($) = 36000

5º Passo – Qual o resultado para uma venda de 500 unidades


R = Q x MC – CF 500x 50 – 18000 = 7000

R = 7000,00

6º Passo - Qual o resultado para um faturamento de $ 70.000

R = F x IMC – CF
R = 70000 x 0,50 – 18000
R = 35000 – 18000

R = 17000

104
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

VII ORÇAMENTO E ANÁLISE DO LUCRO BRUTO

Conceito

Orçamento é um plano administrativo que cobre todas as operações da empresa, para um


período de tempo definido, expresso em termos quantitativos.
Orçamento global é dividido em orçamentos setoriais, como orçamento de vendas, orçamento de
produção, orçamento de compras de matérias – primas, orçamento de capital, orçamento do fluxo
de caixa, etc.
O orçamento é um planejamento do lucro através da previsão de todos as atividades da empresa.
Por exemplo: previsão de quantidades a serem vendidas, previsão do preço de venda a ser
exercido, previsão de produção, previsão de custos de matéria – prima, de mão de obra e custos
indiretos de fabricação. Com a comparação entre o orçamento e os dados reais, a empresa pode
controlar o seu desempenho visando atingir o lucro planejado.

Processo Orçamentário - o orçamento deve ser elaborado por todos os setores da empresa,
cabendo ao setor de orçamentos orientar, fornecer e consolidar as informações fornecidas pelos
outros departamentos.

Exemplo de um Orçamento

O orçamento da empresa deve cobrir vários anos; normalmente as empresas fazem orçamento
por 5 anos, detalhando o primeiro ano em meses, os demais em períodos anuais ou trimestrais.
Neste exemplo vamos desenvolver um orçamento para três meses, os mesmos conceitos aqui
usados podem ser aplicados em orçamentos de prazos maiores.
O orçamento da empresa deve começar pelo orçamento de vendas, pois todas as outras atividades
dependem do nível de vendas da empresa.

Orçamento de Vendas

A empresa deve prever as quantidades a serem vendidas e os preços a serem praticados. Por
exemplo, vamos supor uma empresa que produz um único produto e que faz as seguintes
previsões de preços de venda e de quantidades a serem vendidas :
Orçamento de Vendas

Jan. Fev. Mar. Total


Quantidade 50.000 80.000 100.000 230.000
Preço $ 46 $ 55 $ 70 $ 59
R. Vendas $ 2.300.000 $ 4.400.000 $ 7.000 $ 13.700.000

105
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Após o orçamento sobre vendas, a empresa pode elaborar o orçamento dos impostos sobre
vendas, supondo que a empresa recolha apenas o ICMS a uma toxa de 18 % . Orçamento dos
impostos sobre vendas seria.

Orçamentos de Impostos S/ vendas

Jan. Fev. Mar. Total


ICMS 18% S/ vendas $ 414.000 $ 792.000 $1260.000 $ 2466.000

ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO
A empresa, sabendo as quantidades estimadas de vendas, pode estimar os estoques desejados de
produtos acabados e as quantidades necessárias a serem produzidas .

Estoques Desejados de Produtos acabados

Jan. Fev. Mar


EI 25.000 30.000 40.000
EF 30.000 40.000 30.000

Orçamento de Produção

Jan Fev Mar Total


Vendas 50.000 80.000 100.000 230.000
(-) EI (25000) (30.000) (40.000) (95.000)
(+)EF 30.000 40.000 50.000 100.000
Prod. Neces. 55.000 90.000 90.000 235.000

Orçamento de Compras de Máteria Prima

A empresa, após saber as quantidades que irá produzir tem condições de saber as quantidades
necessárias de matéria prima.

Orçamento da quantidade consumida de matéria – prima

Prod. Necessária 55000 90.000 90.000


Consumo de Matéria prima 3 3 3
Quant. Necessária 165.000 270.000 270.000

Após saber as quantidades necessárias, de matéria – prima, a empresa deverá estimar os estoques
desejados de matéria – prima, para depois estimar as quantidades que deverão ser compradas:

106
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Estoques desejados de matéria – prima

Jan. Fev. Mar.


EI 10.000 40.000 30.000
EF 40.000 30.000 20.000

Orçamento das quantidades a serem compradas

Quant. Neces. 165.000 270.000 270.000 705.000


(-) EI (10.000) (40.000) (30.000) (10.000)
(+) EF 40.000 30.000 20.000 20.000
Total Comp. 195.000 260.000 260.000 715.000

A empresa, após estimar as quantidades necessárias a serem compradas, pode estimar o preço de
compra do quilo de matéria prima e o total de compras de matéria prima.

Orçamento de Compra de Matéria – Prima

Qt. a ser comprada 195.000 260.000 260.000 715.000


Preço de compra $ 3,45 $ 4,14 $ 5,30 $ 4,37
Total de compras $ 672750 $1.076.400 $ 1378000 $ 3127150

Orçamento de Mão de Obra

Também com base no orçamento de produção a empresa pode elaborar o orçamento de mão de
obra . Supondo que para produzir uma unidade de seu produto a empresa consuma 1,5 horas de
mão de obra, podemos elaborar o orçamento de horas de mão de obra.

Orçamento de horas de Mão – de - Obra

Produção Necessária 55.000 90.000 90.000 235.000


Tempo h. gasta 1,5 1,5 1,5 1,5
Total h 82.500 h 135.000 h 135.000 h 352500 h

A empresa deve estimar a carga horária de mão de obra para poder estimar o custo de mão de
obra.

Orçamento de Mão - de –Obra

Jan. Fev. Mar. Total


Total de horas 82500 135.000 135.000 352500
Taxa MO $ 2,30 $2,76 $ 3,53 $ 2,95
Taxa hr/m.obra $ 189750 $ 372600 $ 476.550 $ 1.038900

Orçamento dos impostos a recolher supondo que a empresa tem um crédito de 1,8 % de ICMS
sobre as compras o valor dos impostos a recuperar será de :

107
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Orçamento dos Impostos sobre Compras

Jan. Fev. Mar. Total


Total de compras $ 672750 $ 1076400 $ 1378000 $ 3.127.150
Imp. s/ compras 18% $ 121095 $ 193752 $ 248040 $ 562887

A empresa tem condições de elaborar o orçamento dos impostos a recolher comparando os


impostos sobre vendas e os impostos sobre compras.

Orçamento dos Impostos a Recolher

Impostos s/ vendas $ 414000 $ 792000 $ 126.000 $ 2466000


Impostos s/ compras $(121095) $(193752) $(248040) $(562887)
Impostos a recolher $ 292905 $598.248 $1011960 $1.903.113

ORÇAMENTO DO FLUXO DE CAIXA

A empresa após fazer o orçamento de receita de Vendas e os orçamentos de Custos e Despesas,


deve fazer um orçamento de recebimento e pagamentos para avaliar a sua situação de caixa.
Supondo que a empresa receba suas vendas dentro do próprio mês e que paga a matéria prima, a
mão de obra e impostos no próprio mês, o orçamento de caixa ficaria assim :

Orçamento do Fluxo de Caixa


Jan. Fev. Mar. Total
Saldo Inicial - $1144595 $3497347 -
(+) Recebimentos
Vendas $ 2300.00 $ 4400.000 $7.000.000 $13.700.000

(-) Pagamentos
Matéria – Prima $672.750 $ 1.076.400 $ 1.378000 $ 3.127.150
Mão – de – Obra $189750 $ 372 600 $ 476.550 $ 1.038.900
Imp. a recolher $ 292.905 $ 598.248 $ 1.011.960 $ 1.903.113
Saldo Final $1.144595 $3.497.347 $ 7630837 $ 7.630.837

ORÇAMENTOS DE CAPITAL

Os aumentos de capital representam a compra de ativos fixos, cujo custo se distribui por vários
períodos sob a forma de depreciação. Em geral esses gastos exigem o comprometimento de
grande quantidade de fundos e devem ser previstos no orçamento do fluxo de caixa.
O orçamento de capital reflete os planos da alta administração referentes a ampliações, melhorias
e substituições de ativos.

108
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

ANÁLISE DA VARIAÇÃO NO LUCRO BRUTO

O Lucro Bruto é formado pela diferença entre as receitas de vendas e o C.P.V.. Ao


compararmos a variação no Lucro Bruto de dois períodos, devemos considerar as variações no
preço e nas quantidades.

Exemplo : X1 X2 Variação

R. Vendas $2.000 100% $2.400 100% 20%


( - ) CPV $800 40% $1.400 58% 75%
Lucro Bruto $1.200 60% $1.000 42% (17%)

Outras Informações :
Quantidades Vendidas .........................................800 1000
P. Venda..............................................................$ 2,5 $ 2,4
C. Unitário............................................................$ 1,0 $ 1,4

Variação na Receita :

Variações no preço = Q1 (P1 – P2) = 800 (2,5–2,4) = 80D


Variações na Qt. = P1 (Q1 – Q2) = 2,5 (800 –100) = 500 F
Var. no preço e Qt = (P1-P2) (Q1–Q2) = (2,5–2,4)(800-1000) = 20D
Variação total = 400 D

Variação no CPV :

Variações no custo = Q1 (C1-C2)= 800(1,0 – 1,4) = 320 D


Variações na Qt = C1 (Q1-Q2) =1,0 ( 800-1000 ) = 200 D
Var. no Ct Unit. = (C1-C2) (Q1 – Q2)= (1,0-1,4) (800 –1000) = 80D

Variação Total = 600 D


Demonstração da Análise do Lucro Bruto s/ Vendas

Lucro Bruto em X1 $ 1.200

Análise das Variações em Vendas :


Variação no preço $ ( 80 )
Variação na quantidade $ 500
Variação do preço e quantidade $ 20 $ 400

Análise de variações no CPV :


Variação no custo unitário $ (320)
Variação na quantidade $ (200)
Variação no Ct e Qt. $ ( 80 ) $(600)

109
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Lucro Bruto em X2 $ 1.000

VIII PROJETO DE VIABILIDADE ECONOMICA


DE UM NOVO EMPREENDIMENTO

O Projeto do Empreendimento

1. Caracterize o Empreendimento ( Quem Sou? )

Descreva o histórico da sua empresa, a experiência dos empreendedores no ramo que pretendem
atuar ou que já atuam, bem como a sua formação técnica e acadêmica, procurando fazer uma
avaliação da compatibilidade do conhecimento possuído com os necessários para se alcançar os
objetivos do futuro negócio.

2. Defina o objetivo do Projeto ( o que se Pretendo Fazer, o Porque)

Exponha ao futuro credor em que consiste exatamente o seu projeto, as condições e os prazos
para o seu desenvolvimento, quais os resultados esperados e em que premissas a suas conclusões
estão baseadas.
Posicione o empreendimento comparado aos mercados atuais, futuros concorrentes e
fornecedores. Justifique a escolha do mercado alvo, explique como atingí–lo, dimensione o
desempenho futuro de vendas, os custos inerentes e, por conseqüência, a lucratividade do
empreendimento.

3. Defina os investimentos necessários ( como quero fazer? ).

Uma boa idéia merece um projeto coerente, que contemple a totalidade dos insumos necessários
parra concretiza – lá, seja em termos de materiais ( máquinas e equipamentos), ou de recursos
humanos.
A minuciosa previsão dos insumos permitirá o adequado dimensionamento de crédito financeiro
e de crédito comercial para a implementação do empreendimento.
No caso de máquinas e equipamentos, informar o tipo / características do bem. Tratando – se de
construção, detalhar o projeto, informando as dimensões em metros quadrados. Caso refira – se
a equipamentos de informática, informar o tipo de equipamento (hardware) e programas (
software) necessários, e assim por diante.

4. Dimensione os Recursos ( Quanto Preciso para Fazer?)

O próximo passo é dimensionar a quantidades de capital necessário à implantação do projeto,


nunca esquecendo de deixar claro quais serão as fontes dos recursos financeiros. Além das

110
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

necessidades de investimento levantadas, não se esqueça de que toda atividade econômica


necessita de um capital que suporte as operações do projeto, conhecido como capital de giro.
É importante compreender, que a relação de confiança estabelecida com o seu credor vai
depender do seu próprio grau de comprometimento com o projeto, ou seja : com quanto capital
próprio o empreendedor irá participar do total do investimento que deseja realizar.

5. Defina Cronograma de Implantação ( Quanto Tempo Espero Demorar?)

A definição dos cronogramas físicos de implantação de um projeto (obras civis, mecânicas,


elétricas, hidráulicas) é de suma importância para orientar o desembolso financeiro.
Muitas fontes de financiamento somente liberam os recursos após a conclusão de cada etapa do
projeto, por isso é importante o cronograma de execução, no qual deve ter a previsão da
seqüência mais apropriada e funcional das obras, aquisições, montagem de máquinas e
equipamentos.
Os desajustes causam prejuízos. Uma máquina ou equipamento adquirido e recebido antes da
conclusão de obras no local onde será instalado, além de um gasto antecipado, poderá expor o
bem a avarias e fixar a idéia de má gestão do projeto. Ao passarmos a impressão de que não
gerenciaremos bem o nosso negócio, corremos o risco de perder a confiança da fonte de
financiamento e com isso ter dificuldades na liberação de todo o recurso pleiteado.

Resumo Passo a Passo de um Projeto de Viabilidade Econômica

Passo 1

Levantar o investimento fixo (máquinas, instalações, móveis e utensílios)


R$ 20.000,00

Passo 2
Estimar as despesas fixas mensais :
R$ 6.000,00

Passo 3
Pesquisar o percentual de impostos + comissões : 10%

Passo 4
Estimar o faturamento, as compras e o montante de impostos + comissões :
Faturamento : R$ 30.000,00
Compras : R$ 18.000,00
Imp. + comis.: R$ 3.000,00 ( 10% x 30.000,00 )

Passo 5

111
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Calcular a margem de contribuição e o índice da margem de contribuição.


Faturamento : R$ 30.000,00
(-) Compras : R$ 18.000,00
(-) Imp. + Com : R$ 3.000,00
Marg. De Cont. :R$ 9.000,00
Índice da margem de contribuição:
9.000 ÷30.000 = 0,30 ou 30%

Passo 6
Calcular o ponto de equilíbrio contábil:
PE = Despesa Fixa ÷ índice da margem de contribuição 6000 ÷ 0,30 = 20.000,00

Passo 7
Qual o lucro esperado para o faturamento estimado?
Lucro = Faturamento estimado x índice da margem de contribuição – custo fixo
Lucro = 30.000,00 x 0,30 – 6000 = 9000 – 6000 = 3.000

Passo 8
Determinar o estoque inicial ou de segurança :
R$ 8.000,00 pagamento à vista.

Passo 9
Calcular a necessidade de capital de giro.
Pagamento das compras : 30 dias da data.
Recebimento de Vendas : 30 dias da data.
Pagamento de custo fixo : R$ 2.000 à vista e R$ 4.000,00 a 30 dias da data.
Pagamento dos Impostos 30 dias da data de faturamento.

Fluxo de Caixa Previsto

1º Mês 2º Mês
Vendas 30.000,00
Compras 8.000,00 18.000,00
Custo Fixo 2.000,00 6.000,00
Impostos 3.000,00
Saldo Final - 10.000,00 3.000,00
Saldo Acumulado - 10.000,00

Passo 10

112
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Investimento Necessário
Investimento fixo + necessidade de capital de giro.
20.000,00 + 10.000,00 = 30.000,00

Passo 11
Retorno do Investimento
Lucro ÷ Investimento

3000 ÷ 30.000 = 10 %

113
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

IX CUSTEIO ABC ( ACTIVITY – BASED COSTING)

Com o avanço tecnológico constante, vem ocorrendo mudanças significativas no ambiente


competitivo, tanto nas empresas industriais, como nas de serviços.
A mudança no processo produtivo torna a empresa mais eficiente, com tecnologia mais
avançada e menos dependente da mão – de- obra.
Essa mudança vem provocando um aumento na proporção dos custos de marketing,
comercialização administração e engenharia de produto sobre os custos totais das empresas. Nas
empresas de serviços ( bancos, transportes, serviços médicos, serviços de treinamento,
engenharia etc. ) há o crescimento de uma competição, que obriga a busca constante de novos
serviços e produtos, sempre com melhor qualidade para atender às necessidades dos clientes.
Em suma, o avanço tecnológico e a diversificação de produtos vêm diminuindo o item mão – de
– obra direta no processo produtivo e em contrapartida aumentando os custos indiretos (gastos
empresariais).

Deficiências do sistema Tradicional de Custos por Absorção.

O sistema tradicional de custeio por absorção formado pelos três componentes básicos de custos,
Material direto, Mão – de – obra direta e Custos Indiretos de fabricação, mede os recursos
consumidos na produção ao nível de produto acabado. Nesse nível, os dois componentes iniciais,
Mat. Direto e Mão – de – Obra Direta, são facilmente identificados.
A complexidade surge no terceiro componente que é Custos Indiretos de Fabricação .
Para o sistema de custo por absorção, os custos indiretos são alocados com base em rateio, em
função de algum custo direto ( horas de mão – de – obra, valor da mão – de – obra, unidades
produzidas etc. ). Porém muitos recursos gastos ( custos indiretos) não se relacionam com o
volume físico de unidades produzidas e mão – de – obra direta aplicada ao produto; como por
exemplo, os gastos com controle de qualidade efetuado no recebimento de material; os gastos de
relações industriais da fábrica ( restaurante assistência médica, treinamentos etc...), bem como as
despesas de vendas, comerciais e administrativas.
O mais grave, com relação ao sistema de absorção, é que com a automatização, as bases diretas
tornam –se cada vez menos adequadas para a alocação dos crescentes Custos Indiretos de
Fabricação.
O Sistema de Custeio ABC concentra – se fundamentalmente; nos gastos indiretos; uma vez que
os custos primários ( mão - de - obra e material direto) diretamente atribuíveis aos bens e
serviços produzidos , não apresentam problemas de custeio, que não possam ser satisfatoriamente
resolvidos pelos sistemas tradicionais.
O objetivo imediato do Sistema de Custeio ABC é a atribuição mais criteriosa de gastos indiretos
ao bem ou serviço produzido na empresa.
O Sistema ABC corresponde ao “Custeio Baseado em atividades”( “Activity Based Costing”).
Fundamentalmente esse sistema parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas
pela empresa geram custos, e que diversos produtos consomem / utilizam essa atividades.
Assim, na operacionalização desse sistema procura –se estabelecer a relação atividades e
produtos, utilizando – se o conceito de “ cost drivers ” ou “direcionadores de custos” . Apura-se o
custo das diversas atividades alocando-os nos produtos via “direcionadores” específicos.

114
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

*A sua implantação nas áreas administrativas e comerciais deve começar, como nos de produção,
pela análise da estrutura dos gastos dessas áreas e com a determinação dos fatores que criaram a
demanda pelas funções desempenhadas.
* O objetivo da análise dos gastos empresariais é obter um custo unitário para o processamento
das transações por produto consumido. A sua obtenção implica na análise detalhada da função
desempenhada por cada um dos funcionários existentes nas áreas operacionais das empresas
prestadoras de serviços.
* O Custo Unitário é o resultado da divisão dos gastos apurados pelas horas disponíveis,
considerando – se, neste cálculo, os dias de férias, feriados etc.
* Para os setores automatizados, as horas disponíveis podem ser estimadas pelo número de
máquinas que podem executar a função e o tempo disponível para o processamento.
* As funções realizadas por funcionários de escritórios ou gerentes deverá ser solicitado a eles
“Controle do tempo`` utilizado no desempenho de cada uma das atividades sob a suas
responsabilidades.
Por exemplo: um gerente de um banco, pode estimar que 40% do seu tempo é gasto na visita a
clientes de empréstimos comerciais de financiamento; 20% aprovando novas poupanças; 20%
em serviços gerais e 20% no treinamento constante dos funcionários.
Com essas informações, levantadas para todos os funcionários, o banco pode calcular a
lucratividade de seus vários produtos. Se necessário, a análise pode ser estendida ao cálculo por
cliente.
O objetivo fundamental dessa atividade é determinar, de uma forma mais eficiente, a
lucratividade por produto, por linha de produto, por cliente ou região; o que ajuda a organização
a defender segmentos lucrativos e transformar segmentos não lucrativos em lucrativos, por meio
de ação sobre os preços de seus produtos, suas características e melhorias no processo de
produção ( reengenharia).

Gastos de Marketing, Vendas, Distribuição e Administração

Os gastos com marketing, vendas, distribuição e administração, podem ser analisadas de uma
forma análoga aos gastos operacionais para as empresas de serviços. A análise deve objetivar a
separação dos gastos realizados pelas atividades por produto, clientes, canais de distribuições e
regiões.
Após o levantamento dessas áreas, os custos obtidos serão adicionados aos de produção,
permitindo a elaboração de relatórios mais confiáveis de lucros e perdas, por produto, região,
cliente ou canal de distribuição.

Comparação entre o Sistema de Custeio por Absorção e o Sistema de Custeio por


Atividade ABC.

Exemplo: Um relatório convencional, orientado basicamente pela estrutura do seu organograma,


seria elaborado na forma a seguir exemplificada:
Departamento de Compras de Matérias Primas

115
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Tipo de Despesa Valor $ %


Salário 27.000 30
Encargos Sociais 13.500 15
Viagens 13.500 15
Materiais de Escritório 9.000 10
Depreciações 18.000 20
Outros 9.000 10
Total 90.000 100

Com base nos dados, o custo unitário segundo o método de custeio por absorção seria apurado
como segue :

Custeio por Absorção


Apuração do Custo Unitário por Produto

Produto A B C D Total
1. Quantidade Produzida 200 800 100 1.000 2.100
2. Custeio Material Direto 600 4.000 800 15.000 20.400
3. Custo da Mão de Obra Direta 320 1.280 400 4.000 6.000
Total 920 5.280 1.200 19.000 26.400
4. Custo Indireto de Produção
Compras
Alocação com Base p/ Rateio na Mão – 4.8000 19.200 6.000 60.000 90.000
de – Obra Direta
Unitário 24,00 24,00 60,00 60,00
5. Custo Total 5.720 24.480 7.200 79.000 116.400
Unitário 28,60 30,60 72,00 79,00

Segundo a análise por atividade ( ou de processo ), passaria a ser elaborado como segue:

116
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

1) Custeio por Atividade

Atividade Valor % Direcionador (Cost. Drivers)


1.Obter e analisar cotações de 36.000 40,0 Número de Cotações
matéria prima 1500

2.Selecionar os fornecedores 22.000 24,5 Números de Horas


de acordo com as cotações 440

3.Emetir os pedidos de 18.500 20,5 Número de Pedidos Emitidos


compras 500

4.Manter o acompanhamento 9.000 10,0 Número de Vezes de Entrega


das entregas 120

5.Outras 4.500 5,0 Mão – de Obra – Direta *

Total 90.000 100,0

*Nota: Os Custos relativos ao volume ( como por exemplo, a mão – de – obra direta ), podem
continuar a ser usados como base no custeio por atividade, desde que sejam um bom
direcionador ( cost driver).

117
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Custeio Por Atividade


2. Apuração do Custo Unitário Por Produto

Produto A B C D Total
1.Quantidade Produzida 200 800 100 1.000 2.100
2.Custeio Material Direto 600 4.000 800 15.000 20.400
3.Custo de Mão de Obra Direta 320 1.280 400 4.000 6.000
Total 920 5.280 1.200 19.000 26.400
4.Custo Indireto de Produção
Compras
A- Atividades/B Direcionador
A- Obter e Analisar Cotações
B- Numero de Cotações 80 320 100 1.000 1.500
Custo Total Alocado 1.920 7.680 2.400 24.000 36.000
Custo Unitário 9,60 9,60 24,00 24,00
A- Selecionar os Fornecedores
B- Número de Horas 44 220 44 132 440
Custo Total Alocado 2.200 11.000 2.200 6.600 22.000
Custo Unitário 11,00 13,75 22,00 6,60
A- Emitir Pedidos de Compras
B- Nº de Pedidos Emitidos 50 250 50 150 500
Custo Total Alocado 1.850 9.250 1.850 5.550 18.500
Custo Unitário 9,25 11,56 18,50 5,55
A-Manter Acomp.das Entregas
B- Nº de vezes de Entrega 16 40 16 48 120
Custo Total Alocado 1.200 3.000 1.200 3.600 9.000
Custo Unitário 6,00 3,75 12,00 3,60
A- Outras
B- Mão – de - Obra Direta
Custo Total Alocado Unitário 240 960 300 3.000 4.500
Unitário 1,20 1,20 3,00 3,00
5.Custo Total Indireto 7.410 31.890 7.950 42.750 90.000
Custo Unitário Indireto 37,05 39,86 79,50 42,75
6.Custo Total 8.330 37.170 9.150 61.750 116.400
Custo Unitário Total 41,65 46,46 91,50 61,75

118
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Campo de Aplicação

O sistema ABC deve ser adotado especialmente em empresas com as seguintes características :
a) Cujo custos indiretos representam parcela significativa dos seus custos industriais totais.
b) Que produzam produtos e/ou serviços muito diversos no que se refere aos volumes de
produção ou ao processo produtivo.
c) Que trabalham com clientela diversificada em termos de volume de encomendas, de
especificações especiais, de serviços adicionais etc.
Para isso empresas ( com alto grau de complexidade em seu processo de produção e atuação em
setor de mercado altamente competitivo), a análise de processos, através da adoção do sistema de
custeio por atividade ABC, impõe como condição de sobrevivência.

Conclusões :

A comparação entre os dois sistemas demonstra que o custeio por absorção, que por ser
relacionado com o volume de produção, apresenta custos unitários indiretos iguais; o que não
ocorre com o custeio por atividade, que utiliza bases mais lógicas, apresentando uma melhor
distribuição de custos unitários.
O sistema ABC rateia os custos fixos indiretos, não mais pelo custo de mão de obra, e sim por
outros critérios ( cost drivers); os custos do produtos assim obtido são mais exatos.
A mensuração dos custos das atividades e do produto apurado, via custo de atividades e
direcionadores de custo (cost drivers), constituem - se em informações relevantes para a gestão
empresarial, permitindo decisões gerenciais mais conscientes e uma melhor compreensão do
custo de produção.

119
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

FLUXO DE CAIXA
E
CAPITAL DE GIRO

Fluxo de Caixa é o movimento de dinheiro em decorrência das necessidades de uma empresa,


para desenvolver suas atividades. É um controle de todas as movimentações de entrada e saída de
dinheiro. Ele demonstra as origens da entrada de dinheiro, tanto interna quanto externamente, e
onde o mesmo é aplicado.
Um bom Fluxo de Caixa nos permitirá tomar decisões importantes na empresa como fazer
investimentos ou suprir o caixa, se houver ocorrência de saldos negativos.
É, portanto, um dos instrumentos de controle mais importante de uma empresa.
A partir do Fluxo de Caixa, podemos saber qual a quantidade de dinheiro que temos disponível a
qualquer momento, sendo assim, o instrumento necessário para que possamos administrar o
“Capital de Giro” da empresa.
A administração do “Capital de Giro” consiste em gerenciar o montante de recursos financeiros
necessários para que a empresa complete o seu ciclo de operações, sou seja, a compra de matéria
prima, ou produtos de estoque para venda, sua venda e o recebimento dessa venda, e o reinício
do ciclo. Este ciclo é denominado de Ciclo Operacional.

120
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

CAIXA

COMPRA DE
RECEBIMENTO MATÉRIA-PRIMA OU
PRODUTO

PRODUTOS ACABADOS
VENDAS ESTOQUE PARA VENDA

Para elaboração de um Fluxo de Caixa, devemos considerar todos os atos administrativos que
afetarem a entrada e saída de dinheiro da empresa, tais como: prazos de compra e venda, datas de
pagamentos de salários, impostos e taxas, prestações diversas, aluguéis, e outros que houverem.

Existem vários modelos de Fluxo de Caixa, cada um elaborado de acordo com as características
de cada empresa e abordagem gerencial que cada administrador deseja enfocar.

FLUXO DE CAIXA REALIZADO

Deverá conter os principais itens de entrada e saída de dinheiro, apurados diretamente das
movimentações bancárias e do caixa.
Com base nos fatos já ocorridos, podemos avaliar um determinado acontecimento em um
determinado período e as razões que levaram a tal ocorrência.

FLUXO DE CAIXA PREVISTO

A previsão do fluxo de caixa é uma tarefa de planejamento, consistindo em antever os


recebimentos e pagamentos futuros. Baseia-se em estudos das atividades e das políticas de
crédito e de pagamentos adotadas pela empresa.

121
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

EXEMPLIFICANDO:

Devemos fazer primeiramente, uma previsão de faturamento à vista e à prazo. Para tanto
podemos utilizar a experiência de períodos anteriores e expectativas de vendas para o futuro, em
função de modificações administrativas, de mídia, etc.:

Somando todos os faturamentos, teremos o total mensal de:

Faturamento à vista:

Produto Preço unitário de Quantidade vendida Faturamento por


venda À vista produto
A 20,00 50 1,000,00
B 30,00 20 1.800,00
C 40,00 40 1.600,00
Total 110 4.400,00

Faturamento à prazo:

Produto Preço unitário de Quantidade vendida Faturamento por


venda À prazo produto
A 20,00 60 1.200,00
B 30,00 80 2.400,00
C 40,00 100 4.000,00
Total 240 7.600,00

Conhecendo o Faturamento à vista e à prazo, podemos montar o Fluxo de Caixa Mensal. Ele
mostra onde estará o dinheiro em determinado mês.
Cada empresa pode planejar sua necessidade de Giro de Capital, de acordo com as características
do negócio, que pode ser diária, mensal, trimestral, semestral, anual ou outro.

Vamos fazer um planejamento para 6 messes.

ENTRADAS Jan Fev Mar Abr Mai Jun


Vendas à vista 4.400,00 4.400,00 4.400,00 4.400,00 4.400,00 4.400,00
Vendas à prazo 7.600,00 7.600,00 7.600,00 7.600,00 7.600,00 7.600,00
Outras entradas
Total entradas 12.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00

122
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

SAÍDAS

Temos que organizar agora, as saídas de dinheiro da empresa.

CUSTO MENSAL DO MATERIAL

PRODUTO A

PRODUTO A PRODUTO B PRODUTO C


Material Valor Material Valor Material Valor
Lã 7,00 Lã 12,00 Lã 16,00
Botão 0,50 Botão 0,90 Zíper 1,50
Linha 0,10 Linha 0,15 Linha 1,00
Total 7,60 13,05 18,50

Usando os valores acima, vamos calcular o Custo Mensal de Material que é o total de material
que vamos utilizar para produzir as Blusas de lã tipo A, B e C. Todos esses materiais foram
comprados à vista.

Produto Custo por produto Previsão mensal de Custo mensal de


venda material por produto
Blusa de lã tipo A 7,60 110 836,00
Blusa de lã tipo B 13,05 100 1.305,00
Blusa de lã tipo C 18,50 140 2.590,00
Custo total mensal 350 4.731,00

OUTRAS DESPESAS MENSAIS

CUSTO DE EMBALAGEM:
Papel = R$ 0,20
Barbante = 0,02

Total = R$ 0,22 por produto x 350 = R$ 77,00

MÃO DE OBRA:

Tricoteira = R$ 3,00 por produto x 350 = R$ 1.050,00

PRÓ-LABORE: Retirada mensal de R$ 1.500,00

123
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

TOTAL DE SAÍDAS

SAÍDAS Jan Fev Mar Abr Mai Jun


Material 4.731,00 4.731,00 4.731,00 4.731,00 4.731,00 4.731,00
Embalagem 77,00 77,00 77,00 77,00 77,00 77,00
Mão de obra 1.050,00 1.050,00 1.050,00 1.050,00 1.050,00 1.050,00
Pró-labore 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00
Impostos
Água
Luz
Empréstimos
TOTAL 7.358,00 7.358,00 7.358,00 7.358,00 7.358,00 7.358,00

AGORA PODEMOS CALCULAR QUANTO SERÁ O SALDO DE DINHEIRO EM CAIXA


DISPONÍVEL MÊS A MÊS.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun


Total de 12.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00 12.000,00
Entradas
Total de 7.358,00 7.358,00 7.358,00 7.358,00 7.358,00 7.358,00
Saídas
Saldo 4.642,00 4.642,00 4.642,00 4.642,00 4.642,00 4.642,00
Lucro

124
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

VEJAMOS UM EXEMPLO DE FORMULÁRIO DE FLUXO DE CIAXA MAIS


SOFISTICADO:

FLUXO DE CAIXA
ENTRADAS Jan Fev Mar
Vendas a vista
Contas a receber
Juros recebidos
Outros recebimentos

TOTAL DE ENTRADAS
SAÍDAS
Pagamento de fornecedores
Pagamento de salários
Pagamento de impostos
Pagamento de juros
Pagamento de aluguel
Outros pagamentos

TOTAL DE SAÍDAS
SUPERÁVIT (DÉFIT)
(+) Saldo Anterior
(=) Saldo Atual
(-) Aplicações efetuadas
(+) Aplicações retomadas
(+) Empréstimos obtidos
(-) Empréstimos pagos
(=) Disponibilidade Total

Saldo em Bancos
Saldo de Caixa
Aplicações Financeiras
Empréstimos em Bancos
(=) Disponibilidade Total

125
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

CONTABILIDADE
Introdução
Desde o começo da civilização, descobriram a necessidade de viverem agrupados, e
procuraram uma forma de se organizarem. Dentre as várias formas de organização uma
delas foi a economia, que se baseava apenas na troca. Eles trocavam seus produtos por
outros, com seus vizinhos. Nesse ponto ambos realizavam um fato contábil. Alguns
historiadores relatam que os antigos povos da Babilônia controlavam seus bens usando como
marcação um pedrisco. Esses fatos são de épocas que se perderam no tempo. Há alguns
vestígios encontrados por historiadores que a contabilidade já existia de forma camuflada é
claro, a mais de 8000ac, mas certamente atendia o aspecto de controle sobre o patrimônio. Ao
longo do tempo com a Revolução Industrial tanto a contabilidade como a ciência da
administração foi se desenvolvendo, sendo que na última, a idéia fundamental prevalece até os
nossos dias. Essa pequena demonstração evidencia que a contabilidade independe de leis
fiscais, pois possui origens, princípios e métodos que devem ser respeitados para um bom
desempenho, fornecendo aos interessados um retrato fiel do patrimônio.

1 - O QUE É CONTABILIDADE

Para uns uma ciência, para outros uma arte, portanto contabilidade é um instrumento de
função administrativa que, por intermédio de suas técnicas de uso predominante no país, tem
por finalidade manter o controle permanente do patrimônio da empresa, permitindo a apuração,
a qualquer tempo, de resultados que tornam transparente a sua situação patrimonial naquele
momento

2 - CAMPO DE APLICAÇÃO

Aplica-se nas entidades econômico-administrativas, também chamadas de empresas ou


aziendas. Essas entidades, para atingirem seus objetivos, sejam eles econômicos ou sociais,
utilizam-se de bens patrimoniais próprios e/ou de terceiros, reunindo e combinando fatores de
produção de bens e/ou serviços que serão vendidos com a finalidade de lucro.

126
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

3 - A QUEM INTERESSA A INFORMAÇÃO CONTÁBIL

A informação contábil interessa aos sócios, acionistas e quotistas para acompanhar o


investimento feito na empresa da qual participam. Aos administradores diretores e executivos
de diversos escalões para avaliar, acompanhar e tomar decisões para o bom andamento dos
negócios da empresa. Aos bancos, capitalistas e emprestadores de dinheiro para avaliar o
grau de risco de seu investimento ou empréstimo. Ao governo e instituições governamentais
para apuração e recolhimento de impostos, planejamento de investimentos e política
econômica. Portanto a informação contábil interessa às Pessoas Físicas e Jurídicas para
controle de seu patrimônio e investimento.

4 - FINALIDADE DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL

Controle da movimentação patrimonial, compras, vendas, cancelamentos, descontos,


transferências, depósitos, despesas, receitas, lucro, e prejuízo. Planejamento da carga de
impostos, de investimentos, implantação, orçamento e estruturação. Portanto a finalidade da
informação contábil é o controle, planejamento e a organização da gestão patrimonial.

5 - TÉCNICAS CONTÁBEIS

A atividade contábil compreende quatro funções técnico-administrativas, a saber:


a) Escrituração: Consiste no registro dos fatos patrimoniais de forma contínua e
metódica, tendo como apoio a documentação relativa a esses fatos.
Ex: Para a contabilidade, a abertura de uma empresa na fase de elaboração do contrato
social e a sua entrega para registro nos órgãos competentes, é um ato. A partir do registro
torna-se um fato, e será relatado através da escrituração para a contabilidade.

b) Demonstração: É o processo de prestação de informações úteis, oportunas e


adequadas, conforme as necessidades específicas dos usuários.
Essa demonstração classifica-se em:
1) Estática - Balanço patrimonial e inventário.
2) Dinâmica - Demonstração de resultado, demonstração do lucro ou prejuízo, fluxo de
caixa, demonstrações das origens e aplicações de recursos.

127
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

c) Auditoria: Consiste em averiguar a veracidade das informações contidas tanto na


escrituração como nas demonstrações contábeis, tornando-as verdadeiras. É muito importante
para os sócios ou acionistas, bem como para as pessoas que de alguma forma se relacionem
com a empresa.
Para as empresas de capital aberto (S.As), instituições financeiras e algumas empresas
públicas ou com incentivos do governo, a realização de auditoria anual, que deve ser efetuada
por auditores independentes, é obrigatória por lei. O parecer dos auditores independentes,
relatório da administração e demonstrações contábeis e respectivas notas explicativas, deve
ser publicado em pelo menos um jornal de grande circulação.

d) Análise de balanços: Essa técnica é realizada tomando-se por base as


demonstrações expositoras, estáticas e dinâmicas, decompondo-as, procurando interpretar a
situação financeira, desempenho operacional, condições de sobrevivência, possibilidade de
expansão e etc. Permitindo assim aos leigos em contabilidade as informações necessárias para
tomada de decisões.

6 - PRINCÍPIOS CONTÁBEIS FUNDAMENTAIS

Os princípios fundamentais de contabilidade representam a essência das doutrinas e


teorias relativas à ciência da contabilidade.
São princípios fundamentais da contabilidade:

• Da entidade
• Da continuidade
• Da oportunidade
• Do registro pelo valor original
• Da atualização monetária
• Da competência
• Da prudência

A- O princípio da entidade: Entidade é todo núcleo capaz de manipular recursos


econômicos, alterando-os de forma permutativa e/ou modificativa que, em sentido amplo, são
as sociedades mercantis e as de prestação de serviços, empresas individuais e sociedades de

128
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

direito público que exerçam atividades econômicas. O patrimônio da entidade não se confunde
com o dos seus sócios, acionistas ou proprietário individual ou seja, independe das pessoas a
ela ligadas.

B - O princípio da continuidade: O princípio da continuidade presume o funcionamento ou


a operação do empreendimento por prazo indeterminado. A esse princípio contrapõe-se o de
liquidação. Presume-se portanto que, as atividades serão exercidas continuamente e as
demonstrações contábeis devem refletir o estado do patrimônio e o resultado do
empreendimento em operações de funcionamento regular. O princípio da continuidade é
indispensável na correta aplicação do princípio de competência, por se relacionar diretamente
com a quantificação dos componentes patrimoniais, a formação do resultado e de construir
dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.

C - O princípio da oportunidade: Refere-se a tempestividade e a integridade do registro do


patrimônio e de suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão
correta, independentemente das causas que lhes deram origem.

D - O princípio do registro pelo valor original: Esse princípio determina o registro em


moeda corrente dos bens e direitos pagos e os produtos fabricados pelo seu custo de
produção. Devem portanto, serem registrados pelos valores originais das transações
expressos em documentos fiscais, os quais deverão ser mantidos arquivados por prazo
definido em legislação específica. Tais registros serão utilizados na avaliação dos resultados do
empreendimento e pela fiscalização.

E - O princípio da atualização monetária: É o ajuste formal dos valores dos componentes


patrimoniais, tomando como base a alteração do poder aquisitivo da moeda nacional.

F - O princípio da competência: Este princípio demonstra, em resumo, que as receitas e


as despesas são atribuídas aos períodos de acordo com a data dos fatos geradores e não
quando são recebidas ou pagas em dinheiro.

- As receitas - consideram-se realizadas quando do desaparecimento parcial ou total de


um passivo, qualquer que seja o motivo, e pela geração natural de novos ativos.

129
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

- Consideram-se incorridas as despesas, a diminuição ou extinção do valor econômico de


um ativo e pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

G - O princípio da prudência: É a determinação da adoção do menor valor para os


componentes do ativo e do maior valor para os do passivo, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais e que alterem a
patrimônio líquido.

130
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Plano de Contas

A base para a eficaz elaboração das demonstrações contábeis é as diversas contas


constantes no plano de contas da Empresa, portanto, deve ter uma disposição ordenada e
adequada às necessidades da Empresa, sendo que, sua organização facilita o trabalho de
classificação, registro e análise das contas. A nomenclatura deve ser clara, procurando
sempre utilizar termos comuns às características da Empresa, e as contas analíticas devem ser
uma extensão das contas sintéticas, devendo conter os seguintes elementos:

a) Elenco de Contas: conjunto de contas analíticas e sintéticas que compõem o plano;


b) Função das Contas: conjunto de regras que determinam a utilização das contas.

A rotina para a elaboração do plano de contas compreende os seguintes passos:

- Conhecimento adequado do tipo do negócio da empresa;


- Porte da empresa, volume e tipo de transações;
- Recursos materiais disponíveis na empresa ou por parte de quem vai processar o
sistema contábil
- Necessidade de informações dos usuários, internos ou externos, especialmente quanto
ao grau de detalhamento e saldos das transações mais relevantes para a gerência dos
negócios.

LEGISLAÇÃO FISCAL

As informações contidas nos balancetes deverão auxiliar o correto cumprimento das


obrigações principais e acessórias, possuindo dados que permitam um bom preenchimento da
Declaração de Rendimentos, mantendo contas diferenciadas para os impostos a compensar, a
recuperar, contas a receber, a pagar, além de contas para as despesas não dedutíveis, as
receitas não tributáveis, os resultados de exercícios futuros e as variações monetárias ativas e
passivas.

131
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

PADRONIZAÇÃO LEGAL

Na elaboração do Plano de Contas deverá ser levada em consideração a necessidade de


publicação das Demonstrações Financeiras, que deverão obedecer a padronização
determinada pela Lei n.o 6.404/76, que visa resguardar os interesses dos acionistas,
fornecedores, instituições de crédito e outros interessados.

RAMO DE ATIVIDADE

É um fator determinante na decisão sobre o que deverá ser detalhado. Se a empresa tem
grande dispêndio com transportes, pode haver a necessidade de que tais gastos venham a
merecer seus registros em um grupo de contas apropriado, onde os mesmo serão subdivididos
por tipo de transporte. Este é apenas um exemplo, existindo muitos outros que serão
característicos de cada ramo de atividade.

ESTRUTURA DO PLANO DE CONTAS

1. ATIVO

O ativo é o conjunto de bens e direitos e que demonstra onde foram aplicados os


recursos da empresa, decorrentes de transações passadas, que permitem serem
transformados em geração de caixa. Geração de caixa é a utilização de recursos disponíveis,
para obter os fins que a pessoa jurídica tem por objetivo.
Bens: São bens para empresas, todo material móvel ou imóvel que ela dispõe, e executa
suas atividades para alcançar seus objetivos. Exemplo: estoques, veículos, máquinas, imóveis
etc.
Portanto podemos afirmar que: Bens podem ser classificados em móveis e imóveis.
Bens móveis: máquinas, equipamentos, mercadorias.
Bens imóveis: edifícios, construções, árvores.

Direitos: São bens de nossa propriedade que se encontram em poder de terceiros.


Exemplo: duplicatas a receber, títulos a receber, clientes etc. Por isso são consideradas contas de
natureza devedora, assim sendo qualquer lançamento a débito, aumentará o saldo das contas e

132
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

qualquer lançamento a crédito o diminuirá. É importante ressaltar que existem no ativo algumas
contas de natureza credora, que são contas retificadoras (reduzem o seu valor) como, por
exemplo: provisão para devedores duvidosos, depreciação acumulada etc.

1.1 Ativo Circulante

No Ativo Circulante serão classificados todos os bens e direitos convertidos em dinheiro,


ou que se transformarão em tal até o término do exercício seguinte, podendo ser subdividido
em diversos subgrupos, como:

1.1.1 Disponibilidades
1.1.2 Créditos
1.1.3 Estoques
1.1.4 Despesas do Exercício Seguinte

Disponibilidades: serão classificados neste subgrupo os valores numerários disponíveis


em caixa e em estabelecimentos bancários com direito a imediata utilização.

Créditos: subgrupo destinado à classificação de direitos a receber decorrentes de vendas


a prazo e outras operações similares efetuadas pela Empresa.

Estoques: serão classificadas neste subgrupo as mercadorias adquiridas para revenda,


itens para almoxarifado, matérias-primas, produtos em elaboração e estoque de produtos
acabados.

Despesas do Exercício Seguinte: serão classificadas neste subgrupo as despesas cujo


fato gerador ainda não ocorreu, mas por terem sido pagas ou contratadas, foram apropriadas
na época do pagamento ou contratação. Ex.: Aluguéis a Apropriar, Juros Pagos
Antecipadamente, etc.

1.2 Ativo Realizável a Longo Prazo

1.2.1 Clientes a Longo Prazo

133
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

1.2.2 Investimentos a Longo Prazo


1.2.3 Despesas dos Exercícios Seguintes

No Ativo Realizável a Longo Prazo, serão classificados os bens e direitos que serão
convertidos em dinheiro após o término do exercício seguinte.

Clientes a Longo Prazo: subgrupo destinado a classificação dos direitos a receber


decorrentes de transações efetuadas, cujo vencimento ocorrerá após o término do exercício
seguinte.

Investimentos a Longo Prazo: serão classificados neste subgrupo os valores aplicados de


caráter temporário em instituições credenciadas cujos prazos de resgate sejam após o término
do exercício seguinte.

Despesas de Exercícios Seguintes: serão classificadas neste subgrupo as despesas cujo


fato gerador ainda não ocorreu e acontecerão em exercícios futuros.

1.3 Ativo Permanente


1.3.1 Investimentos
1.3.2 Imobilizado
1.3.3 Diferido
No Ativo Permanente são registrados os bens e direitos de caráter permanente na
empresa, ou seja, são bens utilizados nas suas operações ou para garantir o patrimônio da
Sociedade.

Investimentos: serão registradas neste subgrupo, as participações permanentes em


outras sociedades e outros investimentos que não se destinem à atividade principal a empresa.

Imobilizado: serão registrados os bens destinados à manutenção das atividades da


empresa, ou que exerçam essa finalidade.

Diferido: serão registradas neste subgrupo as aplicações de recursos em despesas que


contribuirão para a formação de resultados de mais de um exercício social.

134
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

2. PASSIVO

O passivo representa o conjunto das obrigações que são de responsabilidade da


empresa. Normalmente, além de seus próprios recursos a empresa necessita de recursos de
terceiros que são provenientes de compra a prazo de materiais, mercadorias e/ou serviços,
financiamentos bancários, contas a pagar, etc. Esses capitais, de terceiros tomados pela
empresa, para obtenção de seus objetivos previstos, constituem obrigações contraídas que
deverão ser quitadas em algum momento previamente determinado. Portanto podemos
afirmar que: Obrigações: são recursos de terceiros sediados na empresa através de
obrigações ou dívidas. Por conseqüência, as contas do passivo são de natureza credora,
assim sendo lançamentos a débito diminuem seu saldo, lançamentos a crédito aumentam seu
saldo.

No Passivo Circulante serão registradas todas as obrigações a pagar pela Empresa com
vencimento até o término do exercício seguinte, tais como: fornecedores, encargos fiscais e
sociais, constituição de provisões, etc.

2.1 Passivo Circulante


2.1.1.01 Fornecedores
2.1.1.06 Obrigações Fiscais
2.1.1.08 Empréstimos e Financiamentos
2.1.1.14 Debêntures
2.1.1.15 Provisões Trabalhistas
2.1.1.XX Outras Obrigações

Fornecedores: serão registradas as compras efetivadas através de notas fiscais ou


faturas de matérias-primas, mercadorias e outros materiais. Normalmente se separa a compra
em "Nacionais" e "Estrangeiras".

Obrigações Fiscais: serão registradas as obrigações da empresa, junto ao Governo


(Federal, Estadual e Municipal), relativas a impostos, taxas e contribuições.

135
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Empréstimos e Financiamentos: estas contas representam as obrigações da empresa


junto às instituições financeiras do país e do exterior, cujos recursos podem ser destinados
tanto para financiar imobilizações como para capital de giro.

Debêntures: estas contas representam títulos emitidos pela empresa com garantia de
certas propriedades, bens ou aval do emitente.

Provisões Trabalhistas: serão registradas as obrigações com provisão de férias, 13°


salário e encargos com as mesmas.

Outras Obrigações: serão registradas as obrigações da empresa com empregados e


respectivos encargos sociais, além de outras obrigações definidas com terceiros não incluídas
nos subgrupos anteriores.

2.2 Passivo Exigível a Longo Prazo: serão registradas todas as obrigações a pagar da
Empresa, cujos vencimentos só ocorrerão após o término do exercício seguinte. Integram esse
grupo, entre outras, as contas que representem as seguintes exigibilidade: financiamentos,
Debêntures, hipotecas, parcelamento de débitos fiscais, etc.

2.3 Resultado de Exercícios Futuros: deverão ser registradas as receitas de exercícios


futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes. Podemos classificar neste
grupo, o valor contratado das vendas a prazo ou a prestação de serviços, para recebimento em
período base subsequente, pelas empresas imobiliárias, e por diminuição os custos efetivos.
Também são aqui contabilizados os juros e demais receitas financeiras recebidas
antecipadamente.

2.4 Patrimônio Líquido

Ao iniciar uma sociedade, os sócios transferem à empresa recursos representados por


bens e ou direitos, sendo esses recursos agregados ao patrimônio da empresa com a finalidade
de propiciar o início das atividades. O patrimônio líquido é a diferença entre o ativo e o
passivo, é a parte dos recursos chamada próprios, que pertence verdadeiramente aos donos. O
patrimônio líquido é de natureza credora, assim sendo o saldo das contas, será aumentado por

136
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

qualquer lançamento a crédito e diminuído por lançamento a débito. Existem algumas


exceções, entre as quais podemos citar: prejuízo do exercício, prejuízo acumulado, etc.
Como verificamos, o patrimônio líquido é o resultado da diferença entre o ativo e o passivo.
- reservas

No Patrimônio Líquido, serão registrados os recursos dos sócios injetados na Empresa


como Capital Social, mais o resultado das operações, compreendendo portanto, o Capital e as
Reservas, sendo subdividido em:

2.4.1 Capital Social


2.4.3 Reserva de Capital
2.4.5 Reserva de Lucros
2.4.7 - 7Lucros ou Prejuízos Acumulados

Capital Social: será aqui descriminado o montante subscrito e por dedução a parcela
ainda não realizada do capital social da Empresa, compreendendo o valor dos recursos
investidos pelos proprietários e será modificado, quando houver alteração do contrato social.

Reservas de Capital: serão classificadas como reservas de capital:

a) contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal


b) prêmio recebido na emissão de Debêntures
c) doações e subvenções para investimentos
d) resultado da correção monetária do capital realizado enquanto não estiver
capitalizado

Reserva de Lucros: serão classificadas neste subgrupo as reservas constituídas pela


apropriação de lucros da Empresa, tais como: Reserva Legal, Reserva Estatutária, Reserva
para Contingências, Reservas de Lucros a Realizar e outras.

Lucros ou Prejuízos Acumulados: neste subgrupo estarão classificados os resultados


acumulados decorrentes das atividades da Empresa em períodos anteriores, sejam lucros ou
prejuízos, sendo também classificados neste subgrupo os resultados obtidos pelas Empresas
durante o período atual.

137
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

3. CONTAS DE RESULTADO

As contas de resultado estão ligadas diretamente com as contas patrimoniais, são


compostas de:
Despesas (natureza devedora) e
Receitas (natureza credora),tendo como contrapartida à redução ou o aumento da
situação líquida da Empresa.

Despesas: demonstra o consumo de bens e da utilização de serviços, composto por dois


subgrupos básicos:

Custos de Produção/Mercadorias/Serviços Prestados


Despesas Operacionais

138
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

PLANO DE CONTAS ( MODELO).

1. ATIVO

1.1.Circulante
1.1.1. Disponível

1.1.1.01. Bens numerários


1.1.1.01.01 . Caixa
1.1.1.01.02 . Valores em trânsito

1.1.1.02 . Bancos conta movimento


1.1.1.02.01 . Banco da Praça S/A
1.1.1.02.02 . Banco da Esquina S/A

1.1.1.03 . Bancos conta aplicações de liquidez imediata


1.1.1.03.01 . Aplicação financeira
1.1.1.03.02 . Poupança

1.1.2. Créditos

1.1.2.01. Duplicatas a receber


1.1.2.01.01 . Freios Pise Rápido Ltda.
1.1.2.01.02 . Freios Pense Bem Ltda.

1.1.2.02. Duplicatas a receber - coligadas e controladas


1.1.2.02.01 . Amortecedores Olhe Rápido Ltda.

1.1.2.03. Duplicatas descontadas ( - )


1.1.2.03.01 . Banco da Praça S/A
1.1.2.03.02. Banco da Esquina S/A

1.1.2.04. Faturamento entrega futura ( - )


1.1.2.04.01 Freios Pise Rápido Ltda.
1.1.2.04.02 Freios Pense Bem Ltda.

1.1.2.05. Clientes - mercado exterior


1.1.2.05.01 . Freios Swiss Internacional
1.1.2.05.02 . Freios Americano Internacional

1.1.2.06. Clientes - mercado exterior - coligada


1.1.2.06.01 . Firestone Pneus.
1.1.2.06.02 . Bridgestone Pneus.

1.1.2.07. Documentos de exportação descontados ( - )


1.1.2.07.01 . Bank of Boston
1.1.2.07.02 . Citibank

139
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

1.1.2.08. Cheques em cobrança


1.1.2.08.01 . Cheques em cobrança

1.1.2.09. Bancos conta vinculada


1.1.2.09.01 Banco da Praça S/A

1.1.2.10. Títulos a receber


1.1.2.10.01 Títulos a receber

1.1.2.11. Títulos descontados ( - )


1.1.2.10.01 Títulos descontados ( - )

1.1.2.12. Provisão para créditos de liquidação duvidosa


1.1.2.12.01 Duplicatas a receber ( - )
1.1.2.12.02 Clientes - mercado exterior ( - )

1.1.2.13. lucros e dividendos a receber

1.1.2.14. Juros a receber

1.1.2.15. Adiantamentos a fornecedores


1.1.2.15.01 Casa Pires Uda.
1.1.2.15.02 Pratos Fundos Uda.

1.1.2.16. Adiantamentos a terceiros

1.1.2.17. Adiantamentos a empregados


1.1.2.17.01 Adiantamentos para viagens
1.1.2.17.02 Adiantamentos para despesas
1.1.2.17.03 Adiantamentos para salários
1.1.2.17.04 Adiantamento para 13° Salário
1.1.2.17.05 Adiantamentos para férias
1.1.2.17.06 Empréstimos a empregados

1.1.2.18. Tributos a recuperar


1.1.2.18.01 IR-Fonte a compensar
1.1.2.18.02 IRPJ a compensar
1.1.2.18.03 Contribuição Social a compensar
1.1.2.18.04 IPI a recuperar
1.1.2.18.05 ICMS a recuperar
1.1.2.18.06 COFINS a compensar
1.1.2.18.07 Outros impostos a compensa

1.1.2.19. Operações em bolsas


1.1.2.19.01 Depósitos para garantia de operação a termo
1.1.2.19.02 Prêmios pagos - Mercados de ações

1.1.2.20. Depósitos vinculados ou restituíveis

1.1.2.21. Títulos e valores mobiliários

140
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

1.1.2.22. Aplicações temporárias em ouro

1.1.2.23. Provisão para perdas ( - )

1.1.2.24. Provisão para ajuste ao valor de mercado ( - )

1.1.3. Estoques

1.1.3.01. Estoques
1.1.3.01.01. Mercadorias para revenda
1.1.3.01.02. Produtos acabados
1.1.3.01.03. Produtos em elaboração
1.1.3.01.04. Matérias-primas
1.1.3.01.05. Materiais auxiliares
1.1.3.01.06. Almoxarifado

1.1.3.02. Importações em andamento

1.1.3.03. Provisão para ajuste ao valor de mercado ( - )

1.1.3.04. Provisão para perdas ( - )

1.1.4. Despesas antecipadas

1.1.4.01. Anuidades e assinatura a vencer

1.1.4.02. Prêmios de seguros a vencer

1.1.4.03. Encargos financeiros a vencer

1.1.4.04. Antecipações de comissões

1.1.4.05. Outros custos e despesas antecipadas

1.2 . Realizável a Longo Prazo

1.2.1. Realizável a longo prazo

1.2.1.01. Duplicatas a Receber

1.2.1.02. Títulos a receber

1.2.1.03. Clientes - mercado exterior

1.2.1.04. Clientes - mercado exterior - coligadas

1.2.1.05. Créditos de sócios e diretores

1.2.1.06. Créditos de coligadas e controladas

141
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

1.2.1.07. Bancos conta vinculada

1.2.1.08. Adiantamentos a fornecedores

1.2.1.09. Adiantamentos a terceiros

1.2.1.10. Empréstimos a empregados

1.2.1.11. Depósitos vinculados ou restituíeis

1.2.1.12. Títulos e valores mobiliários

1.2.1.13. Aplicações de incentivos fiscais

1.2.1.14. Participações societárias não permanentes

1.2.1.15. Empréstimos e depósitos compulsórios

1.2.1.16. Provisão para créditos de liquidação duvidosa ( - )

1.2.1.17. Provisão para perdas ( - )

1.2.1.18. Provisão para ajuste ao valor de mercado ( - )

1.2.1.19.Despesas antecipadas

1.2.1.19.01 Anuidades e assinaturas a vencer


1.2.1.19.02 Prêmios de seguros a vencer
1.2.1.19.03 Encargos financeiros a vencer
1.2.1.19.04 Outros custos e despesas antecipadas

1.3. Permanente
1.3.1. Investimentos

1.3.1.01. Participação societária


1.3.1.02. Ágio em investimentos

1.3.1.03. Deságio em investimentos (-)

1.3.1.04. Participações em fundos de investimentos

1.3.1.05. Obras de arte

1.3.1.06. Imóveis não de uso

1.3.1.07. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.1.08. Reavaliações de investimentos

142
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

1.3.1.09. Provisões para perdas ( - )

1.3.2. Imobilizado

1.3.2.01. Terrenos

1.3.2.02. Construções
1.3.2.02.01 . Construções
1.3.2.02.02 . Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.03. Instalações
1.3.2.03.01. Instalações
1.3.2.03.02. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.04. Maquinas e equipamentos


1.3.2.04.01 . Maquinas e equipamentos
1.3.2.04.02 . Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.05. Equipamentos de informática


1.3.2.05.01. Equipamentos de informática
1.3.2.05.02. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.06. Móveis e utensílios


1.3.2.06.01. Móveis e utensílios
1.3.2.06.02. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.07. Ferramentas
1.3.2.07.01. Ferramentas
1.3.2.07.02. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.08. Veículos
1.3.2.08.01. Veículos
1.3.2.08.02. Depreciações acumuladas ( - )

1.3.2.09. Benfeitorias em imóveis de terceiros


1.3.2.09.01. Benfeitorias em imóveis de terceiros
1.3.2.09.02. Depreciações acumuladas ( - )
1.3.2.10. Marcas e patentes
1.3.2.10.01. Marcas e patentes
1.3.2.10.02. Amortizações acumuladas ( - )

1.3.2.11. Construções em andamento

1.3.2.12. Importações em andamento

1.3.3. Diferido

1.3.3.01. Gastos pré-operacionais


1.3.3.01.01. Gastos pré-operacionais 1
1.3.3.01.02. Amortizações acumuladas ( - )

143
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

1.3.3.02. Gastos de implantação de sistemas


1.3.3.02.01. Gastos de implantação de sistemas
1.3.3.02.02. Amortizações acumuladas ( - )

1.3.3.03. Gastos de desenvolvimento de produtos


1.3.3.03.01. Gastos de desenvolvimento de produtos
1.3.3.03.02. Amortizações acumuladas ( - )

2. PASSIVO.

2.1. Circulante
2.1.1. Obrigações Operacionais

2.1.1.01. Fornecedores
2.1.1.01.01. Casa Pires Ltda.
2.1.1.01 .02. Pratos Fundos Ltda.

2.1.1.02. Fornecedores - coligadas e controladas


2.1.1.02.01. (uma conta para cada cliente)

2.1.1.03. Fornecedores mercado exterior


2.1.1.03.01. (uma conta para cada cliente)

2.1.1.04. Fornecedores - mercado exterior - coligados


2.1.1.04.01. (uma conta para cada cliente)

2.1.1.05. Obrigações trabalhistas


2.1.1.05.01. Salários a pagar 2115.02. Pró-Labore a pagar

2.1.1.06. Obrigações fiscais e sociais a recolher


2.1.1.06.01. ICMS a recolher
2.1.1.06.02. IPI a recolher
2.1.1.06.03. ISSON a recolher
2.1.1.06.04. COFINS a recolher
2.1.1.06.05. PIS a recolher
2.1.1.06.06. IR-Fonte a recolher
2.1.1.06.07. Imposto de renda a recolher
2.1.1.06.08. Contribuição Social a recolher
2.1.1.06.09. INSS a recolher
2.1.1.06.10. FGTS a recolher
2.1.1.06.11 . Outros tributos a recolher

2.1.1.07. Adiantamento de clientes


2.1.1.07.01. (uma conta para cada cliente)

144
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

2.1.1.08. Empréstimos e financiamentos


2.1.1.08.01. (uma conta para cada cliente)

2.1.1.09. Arrendamento mercantil a pagar

2.1.1.10. Aluguéis a pagar

2.1.1.11. Comissões a pagar

2.1.1.12. Juros a pagar

2.1.1.13. Lucros e dividendos a pagar

2.1.1.14. Debêntures
2.1.1.14.01. Conversíveis em ações
2.1.1.14.02. Não-conversíveis em ações
2.1.1.14.03. Juros e participações

2.1.1.15. Provisões trabalhistas


2.1.1.15.01. Provisão para férias e encargos
2.1.1.15.02. Provisão para 13° salário e encargos
2.1.1.15.03. Gratificações a empregados
2.1.1.15.04. Gratificações a administradores

2.2. Exigível a Longo Prazo


2.2.1. Exigível a Longo Prazo

2.2.2.01. Empréstimos e financiamentos


2.2.2.01.01 . (uma conta para cada banco)

2.2.2.02. Títulos a pagar


2.2.2.02.01 . (uma conta para cada credor)

2.2.2.03. Debêntures
2.2.2.03.01 . Conversíveis em ações
2.2.2.03.02. Não-conversíveis em ações
2.2.2.03.03. Juros e participações

2.2.2.04. Provisões para riscos fiscais

2.3. Resultados de Exercícios Futuros


2.3.1. Resultados de Exercícios Futuros

2.3.1.01. Receitas de exercícios futuros


2.3.1.01.01 . Receitas de vendas a prazo

145
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

2.3.1.02. Custos e despesas de exercícios futuras ( - )


2.3.1.02.01 . Custo e despesas de exercícios futuros ( - )

2.4. Patrimônio Líquido


2.4.1. Capital Social

2.4.1.01. Capital Social

2.4.1.02. Capital a Integralizar ( - )

2.4.2. Reservas de correção monetária do capital social

2.4.2.01. Reservas de correção monetária do capital social


2.4.3. Reservas de capital

2.4.3.01. Reserva de ágio

2.4.3.02. Doações e subvenções para investimentos

2.4.4. Reservas de reavaliação

2.4.4.01. Reavaliações de ativos próprios

2.4.4.02. Reavaliações de coligadas e controladas

2.4.5. Reservas de Lucros

2.4.5.01. Reserva Legal

2.4.5.02. Reserva Estatutária

2.4.5.03. Outras reservas de lucros

2.4.6. Ações em tesouraria ( - )

2.4.6.01. Ações em tesouraria ( - )

2.4.7. Lucros ou prejuízos acumulados

2.4.7.01. Lucros ou prejuízos acumulados

2.4.8. Lucro ou prejuízo do exercício

2.4.8.01. Lucro ou prejuízo do exercício

146
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

3. Apuração do Resultado do Exercício


3.1. Receita Operacional Líquida

3.1.1. Receita Operacional Bruta.

3.1.1.01. Receita de comercialização


3.1.1.01.01. Mercado nacional
3.1.1.01.02. Mercado exterior

3.1.1.02. Receita de vendas de serviços


3.2.1.01.01. Mercado nacional
3.2.1.01.02. Mercado exterior

3.1.2. Deduções da Receita Bruta ( - )

3.1.2.01. Vendas canceladas


3.1.2.01.01. Vendas canceladas – comércio
3.1.2.01.02. Vendas canceladas - serviço

3.1.2.02. Abatimentos
3.1.2.02.01. Abatimentos no comércio
3.1.2.02.01. Abatimento na venda de serviços

3.1.2.03. Impostos sobre vendas


3.1.2.03.01. IPI - Imposto sobre produtos industrializados
3.1.2.03.02. ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias
3.1.2.03.03. ISSQN - Imposto sobre serviços
3.1.2.03.04. PIS sobre faturamento
3.1.2.03.05. COFINS sobre faturamento

3.2. Custos Produtos Vendidos e Serviços- Prestados ( - )

3.2.1. Custos dos Produtos Vendidos

3.2.1.01. Custos dos produtos vendidos

3.2.2. Custos dos Serviços Prestados

3.2.2.01. Custos dos serviços prestados

3.2.3. Custo de Produção

3.2.3.01. Custos com matéria-prima direta

3.2.3.02. Custos com materiais auxiliares

3.2.3.03. Custos com mão-de-obra


3.2.3.03.01. Salários

147
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

3.2.3.03.02. Férias
3.2.3.03.03. 13° salários
3.2.3.03.04. Previdência social
3.2.3.03.05. FGTS
3.2.3.03.06. Aviso prévio e indenizações
3.2.3.03.07. Prêmio de seguros
3.2.3.03.08. Assistência médica
3.2.3.03.09. Vale-refeição
3.2.3.03.10. Recuperação de vale-refeição ( - )
3.2.3.03.11. Vale-transporte
3.2.3.03.12. Recuperação de vale-transporte ( - )
3.2.3.03.13. Provisões trabalhistas

3.2.3.04. Outros custos


3.2.3.04.01. Serviços de terceiros
3.2.3.04.02. Previdência social
3.2.3.04.03. Aluguéis e condomínios
3.2.3.04.04. Água
3.2.3.04.05. Energia elétrica
3.2.3.04.06. Manutenção e reparos
3.2.3.04.07. Ferramentas
3.2.3.04.08. Custos com condução
3.2.3.04.09. Custos com refeitório
3.2.3.04.10. Custos com comunicação
3.2.3.04.11. Custos com treinamento
3.2.3.04.12. Impostos e taxas diversas
3.2.3.04.13. Roupas e equipamentos de proteção
3.2.3.04.14. Depreciações
3.2.3.04.15. Amortizações
3.2.3.04.16. Custos Diversos
3.2.3.04.17. Recuperação de custos ( - )

3.2.3.05. Transferências para estoque ( - )

3.2.3.06. Compras

3.2.3.07. Deduções das compras

3.3. Despesas Operacionais

3.3.1. Despesas com Vendas

3.3.1.01. Despesas com pessoal


3.3.1.01.01. Salários
3.3.1.01.02. Férias
3.3.1.01.03. 13° salários
3.3.1.01.04. Previdência Social
3.3.1.01.05. FGTS
3.3.1.01.06. Aviso Prévio e indenizações
3.3.1.01.07. Prêmios de seguros

148
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

3.3.1.01.08. Assistência Médica


3.3.1.01.09. Vale-refeição
3.3.1.01.10. Recuperação de Vale-refeição ( - )
3.3.1.01.11. Vale-transporte
3.3.1.01.12. Recuperação de vale-transporte ( - )
3.3.1.01.13. Provisões trabalhistas

3.3.1.02. Outras despesas com vendas


3.3.1.02.01 Serviços de terceiros
3.3.1.02.02 Previdência social
3.3.1.02.03 Aluguéis e condomínios
3.3.1.02.04 Água
3.3.1.02.05 Energia elétrica
3.3.1.02.06 Manutenção e reparos
3.3.1.02.07 Despesas com viagens
3.3.1.02.08 Despesas com condução
3.3.1.02.09 Despesas com refeitório
3.3.1.02.10. Despesas com comunicação
3.3.1.02.11 Custos com treinamento
3.3.1.02.12 Impostos e taxas diversas
3.3.1.02.13 Despesas com atendimento ao cliente
3.3.1.02.14 Propaganda e publicidade
3.3.1.02.15 Pesquisa de mercado
3.3.1.02.16 Depreciações
3.3.1.02.17 Amortizações
3.3.1.02.18 Despesas diversas
3.3.1.02.19 Recuperação de despesas ( - )

3.3.1.03. Provisão para créditos de liquidação duvidosa


3.3.1.03.01 Provisão para créditos de liquidação duvidosa
3.3.1.03.02 Reversão de provisão ( - )

3.3.2. Despesas Administrativas

3.3.2.01. Despesas com pessoal


3.3.2.01.01 Salários
3.3.2.01.02 Férias
3.3.2.01.03 13° salários
3.3.2.01.04 Previdência Social
3.3.2.01 .05 FGTS
3.3.2.01.06 Aviso prévio e indenizações
3.3.2.01.07 Prêmios de seguros
3.3.2.01.08 Assistência Médica
3.3.2.01.09 Vale-refeição
3.3.2.01.10 Recuperação de vale-refeição ( - )
3.3.2.01.11 Vale-transporte
3.3.2.01.12 Recuperação de vale-transporte ( - )
3.3.2.01.13 Provisões trabalhistas

149
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

3.3.2.02. Despesas com pessoal


3.3.2.02.01 Pró-labore
3.3.2.02.02 Honorários
3.3.2.02.03 Encargos sociais

3.3.2.03. Outras despesas administrativas


3.3.2.03.01 Serviços de terceiros
3.3.2.03.02 Previdência social
3.3.2.03.03 Aluguéis e condomínios
3.3.2.03.04 Água
3.3.2.03.05 Energia elétrica
3.3.2.03.06 Manutenção e reparos
3.3.2.03.07 Despesas com viagens
3.3.2.03.08 Despesas com condução
3.3.2.03.09 Despesas com refeitório
3.3.2.03.10 Despesas com comunicação
3.3.2.03.11 Custos com treinamento
3.3.2.03.12 Revistas e publicações
3.3.2.03.13 Contribuições e doações
3.3.2.03.14 Impostos e taxas diversas
3.3.2.03.15 Depreciações
3.3.2.03.16 Amortizações
3.3.2.03.17 Despesas diversas
3.3.2.03.18 Recuperação de despesas ( - )

3.3.2.04. Despesas tributárias


3.3.2.04.01 Imposto predial e territorial
3.3.2.04.02 Imposto sobre propriedade de veículos
3.3.2.04.03 Contribuição sindical
3.3.2.04.04 COFINS sobre outras receitas
3.3.2.04.05 PIS sobre outras receitas
3.3.2.04.06 Recuperação de despesas ( - )

3.3.2.05. Despesas com provisões


3.3.2.05.01 Provisões para perdas
3.3.2.05.02 Provisões para ajustes ao valor de mercado
3.3.2.05.03 Recuperação de provisões ( - )

3.3.3 Resultado Financeiro Liquido

3.3.3.01 Despesas financeiras


3.3.3.01.01 Juros pagos
3.3.3.01.02 Descontos concedidos
3.3.3.01.03 Despesas Bancarias
3.3.3.01.04 Contribuição CPMF
3.3.3.01.05 Variação Monetária passiva
3.3.3.01.06 Variação cambial passiva

150
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

3.3.3.02 Receitas financeiras ( - )


3.3.3.02.01 Juros recebidos
3.3.3.02.02 Descontos obtidos
3.3.3.02.03 Variação monetária ativa
3.3.3.02.04 Variação cambial ativa
3.3.3.02.05 Rendimentos de aplicações financeiras

3.3.4 Resultado de Participações Societárias

3.3.4.01 Resultado de equivalência patrimonial


3.3.4.01.01 (uma conta de cada empresa)

3.3.4.02 Lucros e dividendos recebidos

3.3.4.03 Rendimentos de outros investimentos

3.3.4.04 Amortização de ágio ou deságio de investimentos

3.4 Resultado Não-Operacional

3.4.1 Resultado na alienação de investimentos

3.4.1.01 Receitas com alienações de investimentos

3.4.1.02 Custo dos investimentos alienados ( - )

3.4.2 Resultado na alienação de imobilizado

3.4.2.01 Receitas com alienações de imobilizado

3.4.2.02 Custo de imobilizados alienados ( - )

3.5 Provisões Tributárias

3.5.1 Provisão para Contribuição Social

3.5.1.01 Provisão para contribuição social

3.5.2 Provisão para imposto de renda

3.5.1.02 Provisão para imposto de renda

3.6 Participações em Resultado

3.6.1 Participações em Resultado

3.6.1.01 Participações de empregados

3.6.1.02 Participações de Administradores

151
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Patrimônio

CONCEITO

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações podendo pertencer a uma pessoa


física ou jurídica

COMPONENTES PATRIMONIAIS

É o conjunto de bens e direitos representados pelo ativo, e ao conjunto de obrigações


chama-se passivo, do confronto do ativo e do passivo surge o patrimônio líquido, e seu
respectivo valor chama-se balanço patrimonial.

A representação gráfica do patrimônio ficaria assim:

Gráfico
Patrimonial
Bens: Obrigações:
Caixa
Terrenos Duplicata a pagar
Máquinas Impostos a pagar
Direitos:
Duplicatas a receber
Contas a receber

152
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

PATRIMÔNIO E SEUS ELEMENTOS

BALANÇO PATRIMONIAL
(+) PARTE POSITIVA DO PATRIMÔNIO (-) PARTE NEGATIVA DO PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO

BENS OBRIGAÇÕES
(Capital de / ou obrigações com terceiros)
-Dinheiro
-Veículos -Contas a pagar
-Mercadorias para revenda -Títulos a pagar
-Equipamentos de informática -Salários a pagar
-Máquinas e Equipamentos -Impostos a pagar
-Móveis e Utensílios -Duplicatas a pagar
-Prédios -Financiamentos bancários
-etc. -Fornecedores
-etc.
DIREITOS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
-Contas a receber
-Títulos a receber -Capital
-Clientes -Lucro ou Prejuízo

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Representa os valores que pertencem à empresa. Se considerarmos tudo o que a empresa tem
(bens + direitos) e subtrairmos o que ela deve (obrigações), encontraremos o Patrimônio
Líquido.

(BENS + DIREITOS) – (OBRIGAÇÕES) = PATRIMÔNIO LÍQUIDO

BALANÇO (Patrimonial) Balanço porque tem que estar em equilíbrio


É a representação gráfica qualitativa e quantitativa do Patrimônio da empresa

ATIVO PASSIVO
BENS 100.000 OBRIGAÇÕES 50.000

DIREITOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO 50.000

100.000 100.000

153
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

EXEMPLO:
01 ABRIL
Abertura da empresa com integralização do capital pelos sócios em dinheiro, no valor de R$
10.000,00

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 10.000 Capital 10.000
10.000 10.000

02 DE ABRIL
Compra equipamentos eletrônicos à prazo por R$ 1.000,00

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 10.000 Contas a pagar (obrigações com terceiros)
Equipamentos Eletrônicos 1.000 1.000

Capital 10.000
11.000 11.000

03 DE ABRIL
Compra de móveis à vista, no valor de R$ 2.000,00

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 8.000 Contas a pagar (obrigações com terceiros)
Equipamentos Eletrônicos 1.000 1.000

Móveis 2.000 Capital 10.000


11.000 11.000

04 DE ABRIL
Pagamento do contas a pagar R1.000,00

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 7.000
Equipamentos Eletrônicos 1.000
Capital 10.000
Móveis 2.000
10.000 10.000

154
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

05 DE ABRIL
Prestação de serviço no valor de R$ 200,00, conserto de TV, à prazo

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 7.000
Equipamentos Eletrônicos 1.000
Móveis 2000 Capital 10.000
Contas a Receber 200 Lucro 200
10.200 10.200

17 DE ABRIL
Compra de material para conserto da TV no valor de R$ 30,00, à prazo

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Caixa 7.000 Contas a pagar 30,00
Equipamentos Eletrônicos 1.000
Móveis 2.000 Capital 10.000
Contas a Receber 200 Lucro 170
10.200 10.200

CONTAS DE RESULTADO (RECEITA E DESPESA)

Apuração de resultado para demonstração no balanço


Receita (-) Despesa = Lucro ou Prejuízo

Prestação de Serviço (Receita) 200,00


Material para conserto (Despesa) 20,00
TOTAL 170,00 (Lucro)

Como já vimos, a demonstração do patrimônio no gráfico patrimonial com o ativo,


passivo e o patrimônio líquido, chama-se balanço patrimonial.

155
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Exemplo:

Balanço
Patrimonial
Ativo Passivo
Veículos 20,00 Contas a pagar 6,00
Contas a receber 10,00 Impostos a pagar 4,00
Terrenos 12,00 Salários a pagar 8,00
Duplicatas a receber 14,00 Títulos a pagar 18,00
Dinheiro em caixa 16,00
Móveis 4,00 Patrimônio líquido 40,00

Total 76,00 Total 76,00

EQUAÇÃO PATRIMONIAL

O patrimônio por ser um conjunto de bens, direitos e obrigações, deve ser demonstrado
de forma simples a fim de transmitir as informações desejadas pelos interessados, portanto a
equação patrimonial é:

Patrimônio Líquido = ATIVO - PASSIVO

Observe que o ativo é representado pelos bens e direitos e o passivo pelas obrigações.
O patrimônio líquido é considerado como uma espécie de obrigação não exigível da
entidade para com os seus proprietários e, em se tratando de pessoa jurídica, os seus sócios ou
acionistas.

De acordo com a composição do ativo e do passivo podemos encontrar a seguintes


situações patrimoniais:

1) ATIVO> PASSIVO - patrimônio líquido positivo, favorável,superavitário.


Neste caso podemos afirmar que a entidade tem riqueza própria.

156
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Balanço
Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Dinheiro em caixa 8,00 Títulos a pagar 10,00
Máquinas 6,00 Impostos a pagar 12,00
Móveis 10,00 Subtotal 22,00

Patrimônio Líquido 2,00


Total 24,00 Total 24,00

2) ATIVO<PASSIVO - patrimônio líquido negativo, desfavorável,deficitário.


Nesse caso podemos afirmar que a entidade não tem riqueza própria, o que
caracteriza um passivo a descoberto.

Balanço
Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Dinheiro em caixa 8,00 Títulos a pagar 24,00
Máquinas 6,00 Impostos a pagar 12,00
Móveis 10,00 Subtotal 36,00

Patrimônio Líquido (12,00)


Total 24,00 Total 24,00

3) ATIVO=PASSIVO- patrimônio líquido nulo, equilibrado.


Nesse caso o ativo é exatamente igual ao passivo. Temos uma situação equilibrada.

Balanço
Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Dinheiro em caixa 8,00 Títulos a pagar 12,00
Máquinas 6,00 Impostos a pagar 12,00
Móveis 10,00 Subtotal 24,00

Patrimônio Líquido 0
Total 24,00 Total 24,00

157
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Exercícios de classe:

1 - Monte o patrimônio, das empresas abaixo, identifique a situação e a equação


patrimonial:

a) dinheiro em caixa 600,00


b) dinheiro em banco 1400,00
c) equipamentos 400,00
d) veículos 400,00
e) títulos a pagar 600,00
f) impostos a pagar 400,00

Balanço Patrimonial

ATIVO PASSIVO
Obrigações
Bens

Direitos Patrimônio Líquido

Total Total

158
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

2 - Monte o patrimônio, das empresas abaixo, identifique a situação e a equação


patrimonial:
a) contas a receber 400,00 d) canavial 200,00
b) caixa 400,00 e) fornecedores 1500,00
c) imóveis 200,00 f) impostos a recolher 700,00
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Obrigações
Bens

Direitos
Patrimônio Líquido
Total Total

3 - Monte o patrimônio, das empresas abaixo, identifique a situação e a equação


patrimonial:

a) bancos 400,00
b) contas a receber 100,00
c) estoque de mercadoria 200,00
d) máquinas 300,00
e) pomares 200,00
f) fornecedores 800,00
g) dupl. a pagar 200,00
h) contas a pagar 100,00
i) empréstimos a pagar 100,00

159
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Obrigações
Bens

Direitos Patrimônio Líquido

Total

Exercícios de casa:

Complete as colunas:
1- _______________nula, ocorre quando o ativo for _____________ao passivo.
2- Situação patrimonial ____________ocorre quando o passivo é maior que o ativo.
3- Situação patrimonial _____________ocorre quando o ativo é maior que o passivo.
4- classifique-os: em contas de resultado (R)
Contas patrimoniais (P)

( ) caixa ( ) despesas administrativas


( ) venda a vista ( ) venda a prazo
( ) bancos ( ) fomecedores
( ) móveis utensílios ( ) adiantamento de salário
( ) despesas de viagens

5- Quando surge o passivo a descoberto?


R:

6-Nos balanços patrimoniais, onde são classificadas as contas que apresentam os capitais
próprios?
R:

160
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

7 - Qual situação patrimonial representa o passivo a descoberto?


R:

8- Onde a ocorrência de despesas acarreta uma redução?


R:

9- Classifique em bens, direitos e obrigações


( ) instalações ( ) impostos a recolher
( ) duplicata a receber ( ) títulos a pagar
( ) estoques ( ) máquinas / equipamentos

10- A empresa ganha uma receita, que situação patrimonial ocorre?

a) +caixa +PL c) +passivo +PL. b) +ativo +PL d) +caixa +A

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS (Utilização de razonetes)

É o método que estabelece a necessidade de um débito de mesmo valor para cada crédito existente
e vice-versa.
É impraticável a elaboração de um Balanço Patrimonial a cada lançamento, portanto, somente o
fazemos periodicamente a cada 3, 6 ou 12 meses.
Para verificação da exatidão dos lançamentos utilizamos “RAZONETES”, que é uma figura em
forma de “T” onde lançamos do lado esquerdo o débito e do lado esquerdo o crédito.

NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITO

Não confundir a linguagem comum com a terminologia contábil.


Na linguagem comum débito significa situação negativa, estar em débito com alguém. Na
linguagem contábil, débito tem vários significados. Com o crédito acontece a mesma coisa.
Na representação gráfica, o lado esquerdo é o débito e o lado direito o crédito.

EXEMPLO:

02 DE ABRIL
Integralização do Capital no valor de R$ 50.000,00 em dinheiro

03 de abril
Compra de mercadorias no valor de 1.000,00 à vista

161
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

04 de abril
Compra de peças para concerto no valor de R$ 500,00 à vista

CAPITAL CAIXA MERCADORIA PEÇAS P/CONSERTO

50.000 50.000 1.000 1.000 500


500

CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS

CONTAS PATRIMONIAIS CONTAS DE RESULTADO

CONTAS DO ATIVO (+) CONTAS DE DESPESAS (-)


Caixa, bancos, móveis, valores a receber, etc. Salários de funcionários, energia elétrica, água,
aluguel, etc.
CONTAS DO PASSIVO (-)
Duplicatas a pagar, impostos a recolher, salários CONTAS DE RECEITAS (+)
a pagar, etc. Venda de mercadorias, prestação de serviços a
terceiros, juros recebidos, etc.

CONTAS DO ATIVO

É o conjunto de Bens e Direitos de propriedade das empresas. (elementos positivos)

As contas do ATIVO se dividem em três grupos:

-CIRCULANTE: Disponível - (caixa, bancos, créditos, mercadorias)

-REALIZÁVEL A LONGO PRAZO: (Duplicatas a receber,, aplicações financeiras)

-PERMANENTE: Imobilizado – (Instalações, Imóveis, Máquinas e Equipamentos, Veículos)

CONTAS DO PASSIVO

São as obrigações exigíveis da empresa, ou seja, as dívidas com terceiros. (Duplicatas a pagar,
impostos a recolher, salários a pagar, etc.)

162
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

As contas do PASSIVO se dividem em:

CIRCULANTE: (Fornecedores, Contas a pagar, obrigações trabalhistas, obrigações fiscais e


sociais a recolher)

EXIGÍVEL A CURTO PRAZO (pagamento até 360 dias) – Duplicatas a pagar, etc.

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (pagamentos para mais de 360 dias) – Empréstimos,


financiamentos, etc.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO: (Capital social, Lucros ou prejuízos acumulados)

CONTAS DE RESULTADO

Receitas (Vendas de mercadorias, juros sobre pagamentos em atrazo, prestação serviços a


terceiros)

Despesas (Salários de funcionários, energia elétrica, água, aluguel, etc)

MAPA DAS CONTAS

LADO ESQUERDO: composto por contas devedoras, pelo Ativo, pelas despesas e representa a
aplicação dos recursos gerados no lado direito, o Passivo

LADO DIREITO: Composto por contas credoras, pelo Passivo, pelas receitas e representa a
origem dos recursos, divididos em recursos de terceiros e recursos próprios.

OBS.: TODO RECURSO É ORIGINADO NO PASSIVO E APLICADO NO ATIVO.

ESCRITURAÇÃO:
É uma técnica que consiste em registrar em livros próprios, todos os fatos administrativos que
ocorrem na empresa por intermédio de lançamentos.
Lançamento é o registro dos fatos administrativos e o conjunto de lançamentos, chamamos de
escrituração.

LIVROS UTILIZADOS NA ESCRITURAÇÃO

LIVRO DIÁRIO: é obrigatório pela legislação comercial e está sujeito à formalidades legais.
LIVRO RAZÃO: registra o movimento de todas as contas e é obrigatório por lei desde 1991
LIVRO CAIXA: é auxiliar e é utilizado para registrar o movimento de entrada e saída de dinheiro.
LIVRO CONTAS CORRENTES: é auxiliar do livro razão e serve para controlar as contas que
representam direitos e obrigações para a empresa.

163
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

EXERCÍCIO DE CLASSE

1. Abertura da empresa com integralização do capital pelos sócios em dinheiro, no valor de


R$ 20.000,00
2. Depósito em conta corrente no Banco Pardal S/A no valor de R$ 15.000,00 em dinheiro.
3. Aquisição de um microcomputador e de uma impressora no valor total de $ 2.000,00 em
cheque do Banco Pardal S/A
4. Compra de mercadorias destinadas à revenda no valor de R$ 10.000,00 a prazo, do
fornecedor Bicudo Ltda. (10 PEÇAS )
5. Compra de mercadorias do fornecedor Tatinha Ltda., destinadas à revenda, no valor de R$
2.000,00 à vista, em cheque do Banco Pardal S/A (2 PEÇAS)
6. Pagamento de duplicata do fornecedor Bicudo Ltda., referente à compra a prazo, conforme
cheque do Banco Pardal S/A, no valor de R$ 3.000,00
7. Venda de mercadoria a prazo a diversos clientes, no valor de R$ 6.000,00 (2 PEÇAS)
8. Aquisição de instalação destinada ao depósito da empresa, à vista em dinheiro, do
fornecedor JJ Certo Ltda., no valor de R$ 3.000,00
9. Recebimento de diversos clientes, pela venda a prazo anteriormente feita, em dinheiro, no
valor de R$ 4.000,00
10. Depósito em conta corrente do Banco Pardal S/A, no valor de R$ 4.000,00.

MONTAR TUDO EM FORMA DE RAZONETES PARA MELHOR ENTENDIMENTO DOS


LANÇAMENTOS A SEREM EFETUADOS.

CAPITAL CAIXA BANCO PARDAL

20.000(1) (1) 20.000 15.000 (2) (2) 15.000 2.000 (3)


(9) 4.000 3.000 (8) (10) 4.000 2.000 (5)
4.000 (10) 3.000 (6)
20.000 24.000 22.000 19.000 7.000
2.000 12.000

164
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

MATL. INFO. MERCADORIA FORNECEDORES


(ESTOQUE) CONTAS A PAGAR

(3) 2.000 (4) 8.200 1640 (11) (6) 3.000 10.000 (4)
(5) 1.640

8.200 7.000

C/C ICMS VENDAS CUSTO MERCADORIAS


(RECEITA) VENDIDAS
(DESPESA)
(4) 1.800 1.080 (7)
(5) 360 (12) 4.920 4.920 (7)
1.640 (11) 1.640 (13)
2.160 1.080

1.080 1.080 (14)

CLIENTES INSTALAÇÕES APURAÇÃO DE RESULTADO


CONTAS A RECEBER

(7) 6.000 4.000 (3) (8) 3.000 (13) 1.640 4.920 (12)
(14) 1.080
2.000
2.200 Lucro

TRANSCRIÇÃO DOS FATOS ADMINISTRATIVOS PARA O LIVRO DIÁRIO.

DATA: CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Caixa 20.000,00 Integralização do
CRÉDITO Capital capital social em
dinheiro

DATA: CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Bancos 15.000,00 Depósito no Banco
CRÉDITO Caixa Pardal S/A

165
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

DATA: CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Equipamentos de Informática 2.000,00 Aquisição de um PC e
CRÉDITO Bancos impressora

DATA: CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Mercadorias (estoque) 8.200,00 Compra de mercadorias
DÉBITO Conta Corrente I.C.M.S (ICMS de 18%= de Bicudo Ltda.
R$ 1800,00) 10 PÇS
CRÉDITO Fornecedores 10.000.00

DATA: CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Mercadorias (estoque) 1.640,00 Compra de mercadorias
DÉBITO Conta Corrente I.C.M.S 360,00 de Tatinha Ltda.
2 PÇS
CRÉDITO Fornecedores 2.000,00

DATA: CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Fornecedores 3.000,00 Pagamento duplicata de
CRÉDITO Bancos Bicudo Ltda

DATA: CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Clientes 6.000,00 Vendas a prazo a
CRÉDITO Conta Corrente ICMS 1.080,00 diversos clientes
CRÉDITO Vendas de Mercadorias (receita) 4.920,00 2 PÇS

DATA: CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Custo de Mercadorias 1.640,00 Vendas a prazo a
CRÉDITO Vendidas(despesa) diversos clientes
Mercadorias (estoque) 2 PÇS

DATA: CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Instalações 3.000,00 Compra de instalações
CRÉDITO Caixa de JJ Certo Ltda.

DATA: CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Caixa 4.000,00 Recebimentos de
CRÉDITO Clientes diversos clientes

DATA: CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Bancos 4.000,00 Depósito no Banco
CRÉDITO Caixa Pardal S/A

166
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

CONTAS DEVEDORA CREDORA


CAPITAL 20.000
CAIXA 2.000
BANCO 12.000
INSTALAÇÕES 3.000
EQUIPAMENTOS INFORM. 2.000
MERCADORIAS (ESTOQUE) 8.200
CONTAS A PAGAR 7.000
CONTAS A RECEBER 2.000
ARE/LUCRO 2.200
TOTAL 29.200 29.200

OBS.: IMPORTANTE
As contas Patrimoniais não se encerram no final do exercício.
As contas de resultado (RECEITA e DESPESA) se encerram no final de cada exercício, apurando
o resultado que pode ser Lucro ou Prejuízo.

BALANÇO PATRIMONIAL

1 - ATIVO 2 - PASSIVO
11 - CIRCULANTE 21 - CIRCULANTE
111 - DISPONÍVEL
111-1 Caixa 2.000 212 – CONTAS A PAGAR 7.000
111-2 Bancos
111-2-1 Banco Pardal S/A 12.000

112 – CRÉDITOS
112-1 Duplicatas a Receber 2.000

113 – MERCADORIAS (Estoque) 23 – PATRIMÔNIO LÍQUIIDO 20.000


113-1 Mercadoria X 8.200 231 – Capital Social
232 – Lucro ou Prejuízo Acumulado 2.200
13 – PERMANENTE
131 – IMOBILIZADO
131-1 Instalações 3.000
131-4 Equipamentos Informática 2.000

TOTAL 29.200 TOTAL 29.200

167
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

EXERCÍCIO DE CLASSE

02 DE ABRIL
Integralização de Capital Social no valor de R$ 50.000,00. Em dinheiro 30%, 50% em imóvel e
20% veículo.

03 DE ABRIL
Compra de mercadoria à vista, no valor de R$ 1.000,00. (10 peças) – R$ 100/PEÇA
04 DE ABRIL
Compra de mercadoria à vista, no valor de R$ 2.000,00. (10 peças) – R$ 200/PEÇA

05 DE ABRIL
Venda de 10 peças de mercadoria com lucro de 10% sobre o preço de venda. (Calcular o preço de
venda com o ICMS)

COMO FORMAR O PREÇO DE VENDA:

Para calcular o Preço de Venda e o Custo das Mercadorias Vendidas, podemos utilizar os
seguintes métodos:

UEPS / LIFO - Último que Entra, Primeiro que Sai (NÃO É ACEITO PELO IMPOSTO DE
RENDA)

PREÇO DE VENDA SEM ICMS = CUSTO DA MERCADORIA : (100% - 10%)


PV = 164 : 90% ou
PV = 164 : (1 – 0,10)
PV = 182,22

SE FOSSE COM 30% DE LUCRO:

PREÇO DE VENDA = CUSTO DA MERCADORIA : (100% - 30%) ou


PV = 164,00 : (1 – 0,30)

INCLUINDO O ICMS = 18%

O cálculo é o mesmo ou seja: (100% - 18% = 82%)

182,22 : 0,82 = 222,22

168
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

PEPS / FIFO – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai

PREÇO DE VENDA SEM ICMS = CUSTO DA MERCADORIA : (100% - 10%)


PRECO 100,00 – 18% (que será recuperado) = 82,00
Queremos 10% de lucro
PV = 82 : 90% ou
PV = 82 : (1 – 0,10)
PV = 91,11

INCLUINDO O ICMS = 18%

O cálculo é o mesmo ou seja: (100% - 18% = 82%)

91,11 : 0,82 = 111,11

MPM - Média Ponderada Móvel (É o mais utilizado pelas empresas brasileiras)

PREÇO DE VENDA SEM ICMS = CUSTO DA MERCADORIA : (100% - 10%)


PV = 123 : 90% ou
PV = 123: (1 – 0,10)
PV = 150,00

INCLUINDO O ICMS = 18%

O cálculo é o mesmo ou seja: (100% - 18% = 82%)

150,00 : 0,82 = 182,93

TRANSCRIÇÃO DOS FATOS ADMINISTRATIVOS PARA O LIVRO DIÁRIO.


OBS.; Utilizaremos o sistema de MÉDIA PONDERADA MÓVEL

DATA:02/4 CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Caixa 15.000,00 Integralização do
DÉBITO Imóvel 25.000,00 capital social
DÉBITO Veículo 10.000,00
CRÉDITO Capital 50.000,00

169
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

DATA:03/4 CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Mercadorias (estoque) 820,00 Compra de mercadorias
DÉBITO Conta Corrente I.C.M.S = 18% 180,00 de Bicudo Ltda.
CRÉDITO Caixa 1.000,00 10 PÇS

CRÉDITO

DATA:04/4 CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Mercadorias (estoque) 1.640,00 Compra de mercadorias
DÉBITO Conta Corrente I.C.M.S = 18% 360,00 de Tatinha Ltda.
2 PÇS
CRÉDITO Caixa 2.000,00

DATA:05/4 CONTA VALOR R$ HISTÓRICO


DÉBITO Caixa 1.829,30 Venda de mercadorias
À vista . 10 peças
CRÉDITO Conta Corrente ICMS 329,27
CRÉDITO Vendas/Receita 1.500,03

REUNIR OS ALUNOS EM GRUPOS DE CINCO PESSOAS E DAR 5 MINUTOS PARA


MONTAR OS RAZONETES.

CAPITAL CAIXA IMÓVEL

50.000 (1) (1) 15.000,00 1.000 (2) (1) 25.000


(4) 1.829,30 2.000 (3)

16.829,30 3.000

13.829,30

VEÍCULO ESTOQUE
VENDA MERCADORIA
RECEITA

(1) 10.00 (8) 1.500,03 1.500,03(4) (2)10 PÇ 820


(3)10 PÇ 1.640

2.460 1.230 (5) 10 PÇ

1.230

170
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

C/C ICMS

(2) 180 329,27 (4)


(3) 360
540

210,73 210,73 (7)

Agora faremos a Apuração dos Resultados.


Para isso devemos montar um razonete chamado CMV – Custo de Mercadorias Vendidas e um
referente a APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO.

CMV ARE

(5) 1.230 10 PÇ 1.230,00 (6) (6) 1.230,00 1.500,03 (8)


(7) 210,73

1.440,73 1.500,03

59,30 Lucro

VAMOS CONTINUAR COM OS LANÇAMENTOS NOS RAZONETES (UTILIZAR O


SISTEMA DE MPM), MONTAR O BALANCETE DE VERIFICAÇÃO E O BALANÇO
PATRIMONIAL.

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

CONTAS DEVEDORA CREDORA


CAPITAL 50.000,00
CAIXA 13.829,30
IMÓVEL 25.000,00
VEÍCULO 10.000,00

MERCADORIAS (ESTOQUE) 2.460,00


RECEITA 1.500,03
C/C ICMS 210,73

TOTAL 51.500,03 51.500,03

171
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

BALANÇO PATRIMONIAL

1 - ATIVO 2 - PASSIVO
11 - CIRCULANTE 21 - CIRCULANTE
111 - DISPONÍVEL
111-1 Caixa 13.829,30

113 – MERCADORIAS (Estoque) 23 – PATRIMÔNIO LÍQUIIDO 50.000,00


113-1 Mercadoria X 1.230,00 231 – Capital Social
232 – Lucro Líquido 59,30
13 – PERMANENTE
131 – IMOBILIZADO
131-2 Imóveis
131-6 Veículos 25.000,00
10.000,00
TOTAL 50.059,30 TOTAL 50.059,30

PARA MELHOR ENTENDER O CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS VAMOR


ELABORAR UMA FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE UTILIZANDO O SISTEMA DE
CUSTO MÉDIO PONDERADO OU MÉDIA PONDERADA MÓVEL.

MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS

31/12/06 – Estoque Inicial – 100 peças = 1.200,00


10/01/07 – Compras 50 peças = 1.280,00
20/01/07 – Compras 40 peças = 1.300,00
15/03/07 – Vendas 20 peças =
18/03/07 – Compras 10 peças = 1.312,00
05/04/07 – Vendas 60 peças =
17/04/07 – Vendas 120 peças =

172
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

MERCADORIA: Rodinha MÉTODO: MPM


DATA HISTÓRICO ENTRADA SAÍDA SALDO
QDE PR VR QDE PR. VR QDE PR. VR
UNI UNI UNI

12/06 E.I. 100 12.00 1.200,00


10/01 Compra 50 25,60 1.280,00 150 16,53 2.480,00
20/01 Compra 40 32,50 1.300,00 190 19,89 3.780,00
15/03 Venda 20 19,89 397,80 170 19,89 3.382,20
18/03 Compra 10 131,2 1.312,00 180 26,08 4.694,20
05/04 Venda 60 26,08 1.564,80 120 26,08 3.129,40
17/04 Venda 120 26,08 3.129,40 - - -

Custo de Mercadoria Vendida = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final

CMV = E.I. + C – E.F.

IMPORTANTE:

Pequenas empresas se utilizam do método UEPS para calcular o CMV tendo em vista a sua
limitação quanto a mão de obra e é normalmente aceito pela Receita Federal.
Vejamos como é feito:

Sabemos que o Estoque Final de um exercício é o Estoque Inicial do Outro, então = R$ 3.200,00

Pelas Notas Fiscais é somado o valor de todas as compras = R$ 4.250,00

Para sabermos o Estoque Final, devemos fazer o inventário físico de nossa mercadoria = 30 peças,
verificar qual o valor unitário pago em nossa última compra = R$ 50,00 e fazer a multiplicação
que será igual a R$ 1.500,00

Agora é so aplicar a fórmula do CMV

CMV = 3.200,00 + 4.250,00 – 1.500,00

CMV = R$ 5.950,00

173
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Fatos Contábeis e Variações


Patrimoniais
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO:

Os elementos constituídos do patrimônio de uma entidade sofrem freqüentes variações em


virtude principalmente da atividade operacional:

FATOS CONTÁBEIS

São os eventos (de natureza econômica em sua maioria) que provocam tais alterações e
que são registrados pela contabilidade em função de uma planificação anterior.

Classificação dos fatos contábeis:

Os fatos contábeis conforme o efeito sobre o patrimônio podem ser classificados em:

a) Fatos permutativos
b) Fatos modificativos: aumentativos e diminutivos
c) Fatos mistos: aumentativos e diminutivos

a) Fatos contábeis permutativos São aqueles que apenas permutam os elementos


componentes do ativo e/ou do passivo sem, entretanto, interferirem na situação líquida
Exemplo:
CONTA A/ P A P D R
Compra de veículo à vista +A -A
Aquisição de mercadoria a prazo +A +P
Pagamento de uma dívida -P -A
Renegociação de financiamento -P +P

174
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

b) Fatos contábeis Modificativos São aqueles que quando ocorrem, produzem efeitos
sobre a situação líquida do patrimônio (Patrimônio Líquido). Podem ser aumentativos e
diminutivos.
b.1 - Fato contábil modificativo aumentativo: são aqueles que alteram o patrimônio
líquido da entidade, aumentando-o.
CONTA A/ P A P D R
Prescrição de dívida -P +PL
Receita recebida serviço prestado +A +PL

b.2 - Fato contábil modificativo diminutivo: são aqueles que alteram o patrimônio da
entidade, diminuindo-o.
CONTA A/ P A P D R
Pagto. Despesas transporte -A -PL
Dívida contraída por multa +P -PL
Despesa de aluguel +P -PL

c) - Fatos contábeis mistos: são aqueles que combinam fatos contábeis permutativos e
modificativos. Por isso, os fatos mistos também são classificados em aumentativos e diminutivos.
c.1 – Fato contábil misto aumentativo:
CONTA A/ P A P D R
Venda de um bem com lucro +A +PL -A
Reforma de dívida com desconto +P +PL -P
Recebimento duplicata com juros +A +PL -A

c.1 – Fato contábil misto diminutivo:


CONTA A/ P A P D R
Pagamento duplicata com juros -A -PL --P
Recebto. Duplicata com desconto +A -PL -A

175
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS:

O patrimônio das entidades passa por constantes modificações motivadas pelos fatos
contábeis ocorridos, tanto pelas decisões tomadas por sua administração, quanto por
acontecimentos imprevisíveis, fora do controle da administração, mas que refletem sobre o seu
patrimônio. Quando a administração resolve comprar um equipamento, ela está tendo uma
alteração no patrimônio. No caso de um incêndio, desfalques, etc, estes eventos também alteram
o patrimônio. Conforme vimos anteriormente qualquer alteração sobre o patrimônio é
considerada um fato administrativo ou contábil.

Exercícios de casa

1- A venda por 30.000 de uma máquina adquirida por 25.000 representa que tipo de fato
contábil?
R:

2- O recebimento de comissões sobre venda resulta em qual tipo de fato contábil?


R:

3- O que Constitui o fato administrativo composto ou misto?


R:

4- Classifique os fatos abaixo:


a) Permutativos
b) Modificativo aumentativo
c) Modificativo diminutivo
d) Misto aumentativo
e) Misto diminutivo

176
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

CONTA A/ P A P D R
Compra de mercadorias à vista
Compra de mercadorias à prazo
Pagto. de duplicata c/desconto
Recebto. Duplicata c/desconto
Pagto. Duplicatas c/juros
Recebto. Duplicata c/ juros
Pagto. Dividendo aos sócios
Pagamento de comissões
Venda de mercadorias à vista

177
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Contabilidade:
Uma abordagem básica
REGISTROS CONTÁBEIS PATRIMONIAIS
Procedimentos Contábeis Básicos

CONTAS

As contas têm por finalidade reunir os fatos contábeis de uma mesma natureza, sendo
identificadas por um título que determina um componente do patrimônio. As contas apresentam
características qualitativas (denominação), exemplo: caixa, veículos e características
quantitativas (valores). Exemplo: $ 200,00
As contas podem ser de acordo com a sua natureza,devedora ou credora, classificadas
como integrais ou patrimoniais e diferenciais ou de resultado. As contas integrais ou
patrimoniais são as que fazem parte da estática patrimonial, exemplos: caixa, bancos,
fornecedores, capital social, etc. As contas diferenciais ou de resultado, são provenientes das
operações efetuadas em determinado período de tempo e serão utilizadas para determinação
dos resultados do período, podendo ser definidas como contas de despesas e receitas, exemplo:
vendas a vista ou a prazo, despesas financeiras, administrativas, etc.

MAPA DAS CONTAS

LADO ESQUERDO: composto por contas devedoras, pelo Ativo, pelas despesas e representa a
aplicação dos recursos gerados no lado direito, o Passivo

LADO DIREITO: Composto por contas credoras, pelo Passivo, pelas receitas e representa a
origem dos recursos, divididos em recursos de terceiros e recursos próprios.

OBS.: TODO RECURSO É ORIGINADO NO PASSIVO E APLICADO NO ATIVO.

178
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

DEVEDORA CREDORA
ATIVO PASSIVO Contas Patrimoniais ou integrais

DESPESAS RECEITAS Contas de Resultado ou diferenciais

CODIFICAÇÃO

É o número da conta. Será tão extenso quanto a necessidade de detalhamentos, tal como:
filiais, sucursais ou agências e centros de custo, ou mesmo "quebra" das contas em subcontas. É
importante lembrar que quanto maior for a quantidade de dígitos maior será a dificuldade de
memorização dos números, além do aumento na margem de erros de Classificação Contábil.
Outro aspecto a ser observado por ocasião da determinação dos números das contas é com
relação ao programa de computação utilizado pela empresa, que geralmente estabelece uma
quantidade máxima de dígitos que podem ser utilizados.

ESPECIFICAÇÃO

É o "nome" da conta. Deverá representar fielmente o conteúdo das contas. Para tanto
deverá identificar claramente o fato contábil, não deixando margem de dúvidas ou interpretações
divergentes. Uma mesma conta poderá ser utilizada para o registro de mais de um tipo de
operação, bastando que tais condições fiquem bem claras no seu "nome".

CONTAS DE COMPENSAÇÃO

São contas que registram os atos administrativos que não afetam o patrimônio da empresa
no momento que ocorrem. Como não serão publicadas no Balanço Patrimonial, deixam de ser
obrigatórias. Serão bastante úteis quando da determinação das Notas Explicativas , evitando que
alguma deixe de ser publicada por motivo de esquecimento.
Exemplo: Material para Demonstração

179
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

CONTAS RETIFICADORAS

São aquelas que retificam ou alteram os saldos de outras contas, devendo, portanto,
estarem localizadas no mesmo grupo de contas onde consta a que está sendo retificada. Como
são retificadoras, apresentam saldos contrários aos das contas retificadas. Podem estar
localizadas no ativo, passivo, despesas, receita ou até em contas de custo.
Exemplo: Depreciação de Bens

CONTAS TRANSITÓRIAS

São utilizadas para "passagem" de valores. Como apresentam sempre saldos "zero",
podendo ser localizadas em quaisquer agrupamentos de contas, por não afeta-los. São muito
úteis quando os lançamentos contábeis são efetuados na primeira formula de lançamento (um
débito e um crédito).
Exemplo: Conta de Resultado
CLASSIFICAÇÃO DIRETA NOS DOCUMENTOS

Este método de Classificação Contábil consiste em se apor um carimbo no documento


onde serão indicadas as contas a serem debitadas e creditadas, ficando por conta do Operador
Contábil (ou do Digitador) a responsabilidade pelo histórico mais adequado ao lançamento. Este
método é mais indicado para a realização de lançamentos de empresas de pequeno porte, que
deixam para efetuar suas contabilizações apenas uma vez por mês.

CLASSIFICAÇÃO EM FICHAS DE LANÇAMENTOS

É o método mais utilizado. As fichas de lançamentos, com a informatização da


Contabilidade passaram também a ser conhecidas como Planilhas Contábeis, com as devidas
adaptações aos novos equipamentos. Em tópico específico sobre o assunto, que virá a seguir,
serão apresentados alguns modelos de Fichas de Lançamentos e de Planilhas Contábeis.

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CLASSIFICAÇÃO EM "LINHA DE PRODUÇÃO"

Este método de classificação só é viável quando as diversas fases de execução dos


serviços forem bem distintas. Após a identificação de cada uma das fases, será alocado um
funcionário para cada uma delas. A vantagem é muita conhecida, principalmente no que diz
respeito ao aumento na produtividade. É importante alertar que este método poderá acarretar
descontentamento entre os funcionários se não for bem implantado.

CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL PELO SISTEMA "ON LINE"

É um método bastante utilizado atualmente, como conseqüência de descentralização dos


serviços de digitação, que passaram a ser efetuados na área do próprio usuário do sistema
contábil, mediante a colocação de terminais na contabilidade. Tendo este tipo de equipamento à
disposição, é possível se efetuar lançamentos diretos no sistema, sem a necessidade de se
preencher fichas de Lançamentos ou Planilhas Contábeis. A maior preocupação passa a ser com
a identificação dos lançamentos em relação aos respectivos comprovantes, o que poderá ser
efetuado pelo digitador à medida que efetua cada um dos lançamentos.

LANÇAMENTOS CONTÁBEIS QUE SE REPETEM MENSALMENTE

Para se evitar a repetição mensal de lançamentos é possível a utilização de cópias Xerox,


onde serão planilhados os dados repetitivos, ou seja, o número das contas e seus respectivos
históricos.

Elementos Básicos dos Lançamentos Contábeis

ESCRITURAÇÃO:
É uma técnica que consiste em registrar em livros própios, todos os fatos administrativos que
ocorrem na empresa por intermédio de lançamentos.
Lançamento é o registro dos fatos administrativos e o conjunto de lançamentos chamamos de
escrituração.

LIVROS UTILIZADOS NA ESCRITURAÇÃO

LIVRO DIÁRIO: é obrigatório pela legislação comercial e está sujeito à formalidades legais.

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LIVRO RAZÃO: registra o movimento de todas as contas e é obrigatório por lei desde 1991

LIVRO CAIXA: é auxiliar e é utilizado para registrar o movimento de entrada e saída de dinheiro.

LIVRO CONTAS CORRENTES: é auxiliar do livro razão e serve para controlar as contas que
representam direitos e obrigações para a empresa.

Os Lançamentos Contábeis, que são o produto da Classificação Contábil, apresentam os


seguintes elementos básicos:

a) Data da ocorrência do fato


É a data em que ocorreu o fato

b) Número da Conta

É o número constante do Plano de Contas, que irá orientar o Operador Contábil sobre a
ficha a ser objeto do lançamento, ou o código que orientará o sistema de processamento de
dados. Para simplificar os serviços de Classificação Contábil é aconselhável a utilização do
código reduzido do número da conta, que será previsto apenas para os graus passíveis de
lançamentos, conforme será verificado no modelo de Plano de contas que será apresentado a
seguir.

c) "Nome" da Conta

Constará das Fichas de Lançamentos, sendo, porém dispensável das Planilhas de


Lançamentos. Devido ao grande número de repetições, poderá ser escrito de forma abreviada,
para se reduzir o volume da mão-de-obra. Os serviços de inclusão, alteração ou exclusão de
contas deverão ser centralizados em um único funcionário, para se evitar o surgimento de contas
com o mesmo "nome", alterações indevidas e exclusão em época indevida.

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d) Históricos

Os históricos têm como finalidade informar sobre o que ocorreu. Para tanto, não devem ser
simplificados demais e nem muito prolixos. Os sistemas contábeis por processamento de dados
fornecem a condição de se trabalhar com uma Tabela de Históricos padrões que podem ser de
três tipos distintos, a saber:

d.1. Históricos padrões sem complemento: bastando por apenas o código do mesmo
na planilha.

d.2. Históricos padrões com complemento: além do código do histórico haverá a


necessidade de se complementar com alguma informação, que poderá ser,dentre outras, o
número do documento, a data da ocorrência, o mês da ocorrência, ou o nome do devedor/credor.

d.3. Histórico aleatório: é aquele que só possui o código no sistema, sendo necessário
descreve-lo por completo. É um recurso utilizado para aqueles lançamentos que ocorrem com
pouca freqüência.
As alterações, exclusões e inclusões de novos históricos também deverão ser de
responsabilidade de um único funcionário, pêlos mesmos motivos expostos com relação às
contas.
A Tabela de Históricos poderá ser idealizada por ordem de contas, criando condições para
se efetuar uma "amarração" conta/histórico em termos de processamento, o que evitará
lançamentos em contas indevidas ou com históricos incorretos.

e. Valor

Para se evitar lançamentos a maior ou a menor, o Classificador Contábil deverá estar


atento aos pagamentos ou recebimentos com acréscimos ou descontos, ou aos valores lançados
de forma englobada. O valor do lançamento não será necessariamente o mesmo valor do
documento ou comprovante. Além dos já comentados, temos os dados de pagamentos ou
recebimentos com retenções de impostos, quando as despesas ou receitas serão em valores
superiores às importâncias pagas ou recebidas.

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FICHAS DE LANÇAMENTOS E PLANILHAS CONTÁBEIS

Os modelos de fichas de lançamentos e planilhas contábeis são os mais diversos, já que


não existe uma padronização obrigatória, por se referirem a documentos internos das empresas.
A seguir serão apresentados alguns modelos, apenas a título de exemplos.

• Ficha Tríplice (raramente utilizada)


• Ficha de Lançamento - Modelo 1
• Ficha de Lançamento - Modelo 2
• Ficha de Lançamento - Modelo 3
• Planilha Contábil - Modelo 1
• Planilha Contábil - Modelo 2

Exercícios de casa:

1. Assinale a alternativa que contempla apenas Obrigações:

A) Impostos a Pagar, Fornecedores e Duplicatas a Pagar.


B) Fornecedores, Clientes e Veículos.
C) Móveis, Bancos e Caixa.

2. Assinale a alternativa que contempla apenas Bens e Direitos:

A) Impostos a Pagar, Fornecedores e Duplicatas a Pagar.


B) Fornecedores, Clientes e Veículos.
C) Móveis, Bancos e Caixa.

3. Relacione as colunas, de forma adequada:

(A) Direitos ( ) Sócios


(B) Bens ( ) Duplicatas a Pagar
(C) Obrigações ( ) Veículos
(D) Capital Social ( ) Duplicatas a Receber

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4. Defina Conta Contábil?

5. Quais as características que compõem uma Conta Contábil?

6. Cite dois exemplos de Características Qualitativas:

7. O que significa Característica Quantitativa?

8. Como se dividem as contas de acordo com a sua natureza?

9. Cite três Contas Integrais:

10. Cite três Contas Diferenciais:

11. Quais tipos de contas compõem a Estática Patrimonial?

12. O que define as Contas de Resultado?

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Escrituração Contábil

Distinguimos, na Contabilidade, uma parte teórica e uma prática. A primeira é de


identificação de princípios e de fixação de normas, de análise e interpretação de fatos, de
estabelecimento de relações de causa e efeito e de previsão para futuros acontecimentos. É a
Contabilidade Cientifica, segundo os tratadistas. A parte prática, de execução do registro dos
fenômenos patrimoniais, é a técnica através da qual a Contabilidade atinge seu objetivo, que é
estudar e controlar o patrimônio, fornecendo informações e orientação sobre o estado patrimonial
e suas variações. Essa técnica chama-se Escrituração. Um dos meios que se utiliza na
Contabilidade é o registro dos fatos Contábeis. Ao conjunto desses registros damos o nome de
Escrituração, que pode ser definida como: o registro dos fatos contábeis, segundo os princípios e
normas técnico-contábeis, tendo em vista demonstrar a situação econômica patrimonial da
entidade e os resultados econômicos por ela obtido em um exercício. Analisando essa função da
Escrituração, encontraremos nela dois elementos básicos: o histórico e o de classificação dos
componentes patrimoniais e suas variações expressos em valores monetários.

Histórico: compreende o registro dos fatos, na ordem cronológica, o que dá à


Contabilidade, caráter de verdadeira história do patrimônio. Componentes Patrimoniais e suas
Variações Monetariamente Expressas: essa classificação é feita de acordo com a natureza de
cada um dos fatos registrados, reunindo-se em grupos de fenômenos patrimoniais que,
tecnicamente dispostos, exibem a expressão monetária de cada um dos valores do patrimônio, a
qualquer momento, e suas variações em determinado período administrativo.

Classificação da Escrituração

Ela é classificada tendo em vista o fim, a natureza e a extensão dos elementos da seguinte
forma:
- Quanto ao fim pode ser classificada em obrigatória e facultativa;

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- Quanto a natureza em cronológica e sistemática;


- Quanto a extensão, em sintética e analítica.
-
Métodos de Escrituração

Método é modo de proceder, é a maneira de fazer as coisas. Método de escrituração é a


forma de registrar os fatos contábeis. Diversas são as maneiras de escriturar os fatos
contábeis, porém todos os métodos de escrituração existentes são variantes de dois métodos
fundamentais: o método das partidas simples e o método das partidas dobradas.

Método de Partidas Simples

Não é usado atualmente, por ser deficiente e incompleto. Por esse método só se fazem
registros de operações realizadas com pessoas, omitindo-se, portanto, o registro de elementos
patrimoniais, bem como o lucro ou prejuízo. A única conta controlada é a de Caixa, o que é feito
em livro especial. Nestas circunstâncias, a única maneira de conhecermos o resultado das
operações é comparando o total dos bens, direitos e obrigações do patrimônio no início e no fim
do Exercício. Como observamos é um método deficiente e incompleto.

Método das Partidas Dobradas

Forma de escrituração criada na Itália pelo Frade Luca Paccioli ou Paciolo (assim nasceu a
Escola Italiana de Contabilidade -1494), conhecida através da idéia de que para cada débito
existe um crédito de igual valor, ou seja, não existe devedor sem credor. O método das partidas
dobradas que iniciou por volta do século XIV, é considerado um dos marcos mais importante
para o desenvolvimento da contabilidade e ainda hoje, os fatos é registrado de acordo com esse
método.

Este método tem alguns Corolários:

a) a soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos;


b) a soma dos saldos devedores é sempre igual à soma dos saldos credores;

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c) as aplicações de capital, registrados a débito das contas ativas, são sempre iguais à
soma dos capitais fornecidos ao patrimônio, creditados nas contas passivas, donde ser o ATIVO
sempre igual ao PASSIVO;
d) a diferença entre a soma dos Bens e dos direitos (parte positiva do patrimônio) e a soma
das obrigações (parte negativa) indica a substância líquida patrimonial, que representa o crédito
dos titulares, e se chama Patrimônio Líquido;
e) as despesas, sempre debitadas, contribuem para redução do patrimônio líquido;
f) as receitas,sempre creditadas, contribuem para o aumento do patrimônio líquido
g) a demonstração contábil da situação patrimonial (ativo e passivo), chamada balanço
patrimonial, apresenta sempre a forma de equação, em virtude da contraposição de débitos e
créditos, inerente a todos os registros contábeis;
h) a diferença entre as despesas e as receitas(lucro ou prejuízo) complementará a equação
patrimonial, e indica aumento ou diminuição do patrimônio líquido, como veremos a seguir.

Débito e Crédito

As contas contábeis possuem natureza devedora ou credora, ou seja, as contas que


representam entradas de aplicações no Ativo são de natureza devedora e são debitadas, em
contrapartida as contas do passivo e patrimônio líquido são de natureza credora por
representarem as origens dos recursos aplicados, devendo portanto serem creditadas. Durante
a realização do curso, veremos que existem exceções a essa regra, como por exemplo, as
contas retificadoras. Pode-se resumir, disto, o seguinte:

Devedoras Credoras
Ativo Passivo
Despesas Receitas

Patrimônio Líquido
Débito – Aumenta Débito - Diminui
Crédito – Diminui Crédito - Aumenta

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Livro Diário

O Diário é um livro de escrituração obrigatória, onde devem ser lançadas em ordem


cronológica, as operações de atividade mercantil da empresa, que modifiqca ou possa vir a
modificar a situação patrimonial da entidade. O Livro Diário pode ser elaborado em forma de
fichas soltas ou formulários contínuos.

O decreto-lei 486 de 03 de Março de 1969, estipula as seguintes normas:

a) O comerciante que empregar escrituração mecanizada poderá substituir o


Diário por fichas seguidamente numeradas, de forma mecânica ou
tipograficamente;
b) O livro Diário deverá conter os termos de Abertura e de Encerramento a
serem submetidos à autenticação do órgão competente (Junta Comercial
ou Cartório);
c) Será admitida a escrituração resumida do Diário, por totais que não
excedam o período de um mês.

O Livro Diário com duas colunas (o mais utilizado atualmente), pode conter inúmeras
informações, porém essas abaixo são de caráter imprescindível:

DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO

Livro Razão

Representa um dos mais importantes instrumentos de registro das operações da empresa,


permitindo a classificação dos fatos de acordo com a natureza dos mesmos, envolvendo contas
patrimoniais e de resultado. Pode ser escriturado em forma de livro, fichas ou formulários. As
contas devem ser agrupadas de acordo com a sua natureza em patrimoniais e de resultado e em
analíticas e sintéticas, exemplo: Bancos Conta Movimento é uma conta sintética, agora existem
contas analíticas de Bancos, exemplos: Banco Brasil, Caixa Econômica, Banespa, etc... As
informações obrigatórias para o Razão, são as seguintes:

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OBS.: Um bom razão deve ter o maior número de informações sobre a operação realizada.
D
Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo
/C

Exercícios de Classe

1. Preencher as Fichas do Razão com as seguintes operações realizadas:

A) 05.07.99: integralização Capital Social em dinheiro no valor de R$ 10.000,00


B) 05.07.99 : aquisição de mercadorias à vista no valor de R$ 6.000,00
C) 05.07.99 : abertura de conta bancária no valor de R$ 1.000,00
D) 05.07.99: aquisição material de expediente à vista no valor de R$ 500,00
E) 05.07.99 : Venda a prazo de mercadorias no valor de R$ 1.000,00
F) 05.07.99 : Venda à vista de mercadorias no valor de R$ 3.000,00

A) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Debito Credito Saldo D/C

B) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

C) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

190
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D) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

E) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

F) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

G) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

H ) Identificação da Conta:

Data Conta Histórico Débito Crédito Saldo D/C

Aproveitando as operações contempladas no exercício anterior, efetuar o Razão em


forma de T, efetuando os respectivos débitos e créditos, apresentando o saldo final das
contas envolvidas.

Caixa Capital Social Mercadorias .

Bancos C/ Movimento Material Expediente Duplicatas a Receber

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Vendas a Prazo Vendas a Vista

Saldo Final das Contas:

Conta Débito Crédito


Caixa
Capital Social
Mercadorias
Bancos
Material Expediente
Duplicatas a Receber
Vendas a Vista
Vendas a Prazo
Total

2. Monte os razonetes com a movimentação das contas abaixo:

Movimento Devedor Movimento Credor


Capital 0,00 100.000,00
Caixa 100.000,00 98000,00
Imóveis 50.000,00 0,00
Bancos 98.000,00 97000,00
Veículos 14.000,00 0,00
Máquinas 13.000,00 0,00
Mercadorias Revenda 20.000,00 0,00

Monte Balancete utilizando os razonetes

Capital
Caixa
Imóveis
Bancos
Veículos
Maq. e Equipamentos
Mercadorias para rev

Total

192
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3. Cite contas que representam Bens e Direitos:

1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.

4. Cite contas que representam Obrigações:

1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.

ATIVO PERMANENTE

Devido às particularidades que o compõem, vamos dar uma atenção especial a este
grupo do ativo.

Investimento: São as participações permanentes em outras sociedades e dos direitos de


qualquer natureza não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem a manutenção de
atividade da empresa.

O grupo de investimentos é basicamente composto pelos seguintes subgrupos:


Participações permanentes em outras sociedades
Outros investimentos permanentes.

Imobilizado: “direitos que tenham por objeto, bens destinados a manutenção das
atividades da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial
ou comercial”, conforme conceitua o artigo 179 da lei 6.404/76. Melhor exemplificado, neste

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grupo estão as contas de permanência duradoura, destinados ao funcionamento da empresa,


assim como direitos exercidos com essa finalidade.

O grupo de imobilização é basicamente composto pelos seguintes subgrupos:

Bens de operação;

1. terrenos
2. instalações
3. Maquinas e equipamentos
4. Equipamentos de processamento de dados
5. Móveis e utensílios
6. veículos
7. Ferramentas.

Imobilizado em andamento

1. Bens em uso na fase de implantação


2. Construções em andamento

Eles sofrem taxas de depreciação diversificadas:

Taxa Anual Anos de Vida útil Meses


Edificações 4% 25 300
Maquinas e Equipamentos 10% 10 120
Instalações 10% 10 120
Móveis e utensílios 10% 10 120
Veículos 20% 5 60
Sistema de Proc. de Dados 20% 5 60

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Com relação aos bens classificados no imobilizado, eles sofrem os seguintes custos:

a) Custo histórico: é o valor de aquisição dos bens no momento da sua compra, e


necessários para colocá-los em local e condições de uso no processo operacional da
companhia.

b) Custo Corrigido: é o valor do bem atualizado para que o mesmo não sofra a
desvalorização perante a moeda nacional.

c) Depreciação: é o valor registrado na contabilidade para demonstrar o desgaste natural


de bens tangíveis (palpáveis) Ex: Móveis, veículos,...

d) Amortização: é o valor registrado na contabilidade para demonstrar o desgaste natural


de bens intangíveis (abstratos). Ex. Direitos de propriedade industrial ou comercial.

e) Correção monetária: é o valor registrado na contabilidade para corrigir o valor em função


da desvalorização do poder aquisitivo da moeda nacional.Cabe observar que, a mesma não está
em prática deste 01/01/96, conforme determinação da Secretaria da Receita Federal, não
impossibilitando que a mesma volte um dia.

Diferido: registra basicamente as aplicações de recursos em despesas que contribuirão


para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou
creditados aos acionistas durante o período que anteceder o inicio das operações sociais,
composto basicamente por:

• Gastos de implantação e pré-operacionais


• Pesquisa e desenvolvimento de produtos
• Gastos de implantação de sistemas e métodos
• Gastos de reorganização.

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Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Exercício de Classe:

1. Lançamentos:

1. constituição do seu capital social composto da seguinte forma: R$ 60.0000,00 (01/09)


2. integralização do Capital Social no valor de R$ 35.000,00 (02/09)
3. pagamentos de despesas de água no valor de R$ 150,00 (03/09).
4. abertura de conta no banco de esquina no valor de R$ 30.000,00 (04/09)
5. compra de máquinas e equipamentos no valor de R$ 12.000,00 a prazo
(depreciação 10% ªª ) (07/09).
6. pagamentos de despesas com aluguel através do cheque nº 001 no valor de
R$ 2.000,00 (08/09).
7. Compra de material para revenda (15 carteiras) no valor de R$ 255,00 a prazo
(ICMS = 18%) (09/09).
8. pagamentos de despesas com luz no valor de R$ 260,00. (10/09)
9. venda de material para revenda (10 carteiras) no valor de R$ 500,00 a prazo.
(ICMS = 18%) (11/09).
10. integralização do capital social restante. (14/09)
11. devolução de compras (lançamento 07) no valor de R$ 34,00 (15/09)
12. devolução de vendas (lançamento 09) no valor de R$ 100,00 (16/09)
13. pagamento da compra nº 05 (17/09)
14. pagamento da compra nº 07 (18/09)
15. recebimento da venda nº 09 (19/09)
16. apuração do ICMS. (19/09)

Fazer:

• Lançamentos nos Razonetes


• Lançamentos nos Balancetes

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2. Efetuar os lançamentos contábeis realizados no mês de Agosto de 1999, relacionados


abaixo, montar os razonetes e efetuar o balancete de verificação.

1. integralização de capital social em dinheiro no valor de R$ 100.000,00


2. aquisição de prédio no valor de R$ 30.000,00, sendo R$ 3.000,00 a vista e o restante
para 09 parcelas
3. aquisição de maquina industrial no valor de R$ 10.000,00, sendo R$ 3.000,00 a vista e o
restante para 30 dias.
4. aquisição a vista de mesas e cadeiras por R$ 1.000,00
5. abertura de conta bancaria no banco da praça, através de depósito de R$ 500,00
6. efetuado junto ao banco, empréstimos de R$ 15.000,00, com juros de 1% e despesas
financeiras de R$ 50,00.
7. compra a vista através de cheque no banco da praça, de instalações no valor de
R$ 5.000,00.
8. compra a prazo de peças para reparos no valor de R$ 10.000,00
9. pagamento do primeiro titulo referente à aquisição do prédio, através de cheque do
banco da praça S/A.
10. compra de um computador á vista no valor de R$ 2.000,00, através de cheque do
banco da praça S/A.
11. compra de material de escritório á vista no valor de R$ 1.000,00
12. aquisição de um veiculo a vista no valor de R$ 15.000,00
13. pagamento de duplicata referente compra de maquinas industriais
14. venda de mercadorias á vista no valor de R$ 5.000,00
15. venda de mercadorias a prazo no valor de R$ 8.000,00
16. venda de mercadorias no valor de R$ 20.000,00 sendo 50% a vista, recebida através
do banco e 50% a prazo.

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Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

BALANÇO PATRIMONIAL

Balanço Patrimonial é uma das demonstrações contábeis preparadas pelas empresas e


demais organizações, que revela a posição delas numa determinada data, usualmente em 3l de
dezembro. Para efetuar o Balanço Patrimonial, devemos entender primeiramente, o que é cada
um dos itens definidos a seguir:

1. O que significa contabilidade de A.R.E ?


O resultado da atividade econômica é determinado pela diferença entre as receitas e as
despesas. Relativas a um determinado exercício social.

2. O que significa Receita?


São ingressos patrimoniais decorrentes da utilização dos recursos da entidade, sendo
estes recursos materiais, humanos ou intelectuais. Mais que exijam da entidade um certo
esforço que direta ou indiretamente acarretem gastos para entidade. As receitas aumentam a
riqueza própria do patrimônio.

3. O que é Despesa?
São gastos incorridos com a finalidade de gerar Receitas. Estes gastos correspondem ao
custo dos recursos utilizados pela entidade com seu esforço para realizar receitas.
As Despesas reduzem a riqueza própria do patrimônio.

Resultado = Receitas - Despesas - C.M.V (Custo Mercadoria Vendida)

Funcionamento das contas: A movimentação dos elementos contábil é registrada através de


lançamentos nas contas correspondentes, Débito ou Crédito.

3. O que é Razonete?

É um gráfico em forma de "T" , onde o lado esquerdo é o lado do Débito, e o lado direito é
o lado do Crédito.
Convém observar que as palavras Débito e Crédito não têm conotação negativa ou
positiva, significando simplesmente um registro do lado direito ou do lado esquerdo do razonete.

198
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Nome da conta

Débito Crédito

Devedor Credor
Saldo

Para efeito de estudos, o razonete substitui o livro razão.

5. Mecanismo de Débito e Crédito

CONTAS AUMENTA DIMINUI NATUREZA DO


SALDO

Ativo Débito Crédito Devedor


Passivo Crédito Débito Credor
Patrimônio Líquido Crédito Débito Credor
Receitas Crédito Débito Credor
Despesas Débito Crédito Devedor

6. O que é balancete de Verificação?

Depois de efetuado os lançamentos nos razonetes ( Razão ), devemos em seguida apurar


todos os saldos das contas, como já vimos obtém-se os saldos das contas pela diferença entre
Débito e Crédito.

OS PASSOS QUE DEVEMOS SEGUIR ATÉ O BALANÇO PATRIMONIAL:

1-) Fazer todos os lançamentos dos Razonetes

2-) Puxar o balancete de Verificação

3-) Apurar o Resultado do Exercício ( Período ), transferindo todas as Despesas e Receitas para
a conta de resultado do exercício.

4-) Balanço Patrimonial.

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Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Exercício de Classe:

1) No dia 01 de Abril de 1999 foi constituída a empresa Eletrônica Payssandu, com o


objetivo de prestar serviços em aparelhos eletrônicos. Os fatos contábeis ocorridos
durante o 1° mês de atividade da empresa foram:

1- Integralização do Capital social pelos sócios em dinheiro 100,00


2- Compra de mesas e cadeiras à vista 20,00
3- Compra de mesas e cadeiras à prazo aceitando uma duplicata 80,00
4- Conserto de um aparelho de rádio à vista 35,00
5- Compra de peças utilizadas no conserto do rádio à vista 8,00
6- Compra de equipamento para teste à vista 10,00
7 - Conserto de um aparelho de televisão o qual emitiu uma duplicata para 30 dias no valor de
60,00
8- Pagou aluguel do mês 7,00
9- A folha de pagto. do mês de Abril será paga no dia 05 de Maio no valor 25,00
10- Os sócios aumentaram o capital da empresa para 150,00. Integralizado no mês 50,00.
Razão e razonetes
Balancete = 395,00 (discriminando débito e crédito)
ARE = 55,00
Lucro do exercício = 55,00
Balanço Patrimonial = 310,00

2) Dados os seguintes fatos contábeis:


1- José e Maria constituíram uma sociedade entrando cada um com 150,00
2- Compraram balcões e prateleiras por 120,00
3- Compraram mercadorias a prazo aceitando uma duplicata no valor de 80,00
4- Depositaram parte do dinheiro existente no caixa 130,00, no Banco Jacaré
5- Venderam metade do estoque de mercadoria à vista 60,00
Razonetes
Balancete = 440,00 (apenas o saldo das contas)
ARE = 20,00
Lucro do exercício = 20,00
Balanço Patrimonial = 400,00

200
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3) Fatos contábeis relativos ao primeiro mês exercício social:


1- Depositaram no banco parte do dinheiro existente no caixa 100,00
2- Venderam a prazo por 18,00, mercadorias que haviam custado 10,00
3- Receberam em dinheiro por serviços prestados 27,00
4- Compraram mercadorias a prazo 57,00
5- Pagaram aluguel em dinheiro 6,00
6- Pagaram duplicata com cheque 80,00
Razonetes
Balancete = 422,00
ARE = 29,00
Lucro Acumulado = 49,00
Balanço Patrimonial = 406,00

4) Os saldos das contas da razão da empresa J.Y, em 30/11 eram:


Caixa = 5.500,00
Terreno = 4.000,00
Notas a pagar = 2.000,00
Lucro acumulado = 430,00
Capital = 5.000,00
Receita Serviços = 3950,00
Desp. c/ salários = 1.500,00
Desp. c/ publicidade = 180,00
Desp. c/ aluguel = 200,00
Durante o mês de Dezembro foram efetuadas as seguintes transações:
1- Desp. de juros do mês 10,00 a pagar em Janeiro
2- Desp. de salário do mês 1.500,00 a pagar em Janeiro
3- Pagto. De desp. com publicidade do mês 25,00
4- Receita de serviço do mês 1.200,00 a receber em Janeiro.
Razonetes
Balancete = 14.090,00
A.R.E = 1.735,00
Lucro do exercício = 2.165,00
Balanço Patrimonial = 10.675,00

201
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

5) Os saldos da conta do razão da empresa Fornélio & Cia Ltda. em Novembro era:
Caixa = 65,00
Equipamentos = 210,00
Contas a receber = 105,00
Veículos = 60,00
Moveis e Utensílios = 42,00
Fornecedores = 12,00
Contas a pagar = 50,00
Títulos a pagar = 30,00
Capital = 260,00
Desp. c/ energia = 98,00
Desp. de pessoal = 132,00
Dividendos a pagar = 50,00
Receitas de serviços = 310,00

Durante o mês de Dezembro ocorreram os seguintes fatos contábeis:

1- Recebimento de receita do mês 15,00


2- Pagto. desp. de manutenção de veículo 30,00
3- Pagto. desp. de impostos 14,00
4- Recebimento de contas a receber 50,00
5- Pagto. de dividendo aos acionistas 45,00
6- Recebimento de receita de serviços do mês 20,00
7- Compra a prazo de móveis e utensílios 100,00
8- Pagto. de desp. cI manutenção de equipamento 12,00
9- Recebimento de contas a receber 40,00
10- Pagto. de salário do mês 50,00
11- Pagto. da conta de energia do mês 10,00

Razonetes
Balancete = 802,00
ARE = 1,00
Prejuízo do exercício = - 1,00
Balanço Patrimonial = 456,00

202
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

6) Apresentamos a seguir os fatos contábeis ocorridos no mês de Janeiro da empresa


Satélite Ltda.

1- Subscrição e integralização do capital social em dinheiro 50,00


2- Compra de máquinas à vista com pagto. em dinheiro 20,00
3- Depositaram em dinheiro por serviços prestados 40,00
4- Recebimento em dinheiro por serviços prestados 40,00
5- Compra de móveis à vista com pagto. em cheque 7,00
6- Emissão de duplicata com vencimento em Fevereiro com relação a serviços
prestados 9,00
7- Pagto c/ cheque do aluguel relativo ao mês de Janeiro 6,00
8- Desp. c/ energia elétrica relativa ao mês de Janeiro a pagar em Fevereiro 5,00

Balancete = 144,00
ARE = 78,00
Lucro do exercício = 78,00
Balanço Patrimonial = 133,00

7) O Balanço Patrimonial da empresa Representações Cometa Ltda, em 31/12 apresentava


as seguintes contas com os saldos respectivos:
Caixa 10.000,00
Clientes 20.000,00
Juros a receber 650,00
Comissões a receber 1.050,00
Salários a pagar 1.400,00
Impostos a recolher 600,00
Títulos a pagar 8.000,00
Capital 30.000,00
Prejuízo acumulado 300,00
Instalações 5.000,00
Móveis 3.000,00

203
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Em Janeiro a empresa efetuou as seguintes operações:


1- Faturou serviço a prazo 12.000,00
2- Recebeu juros referentes à Dezembro 650,00
3- Recebeu juros referentes à Janeiro 600,00
4- Recolheu imposto relativo à Dezembro 600,00
5- Pagou títulos 2.000,00
6- Recebeu comissões relativas à Dezembro 1.050,00
7- Pagou salário relativo a Dezembro 1.400,00
8- Incorreu e pagou desp. de salários de 1.800,00
9- Comprou instalações a prazo 300,00
10-Aumentou o capital com integralização em dinheiro 5.000,00

Balancete = 53.900,00
A.RE = 10.800,00
Lucro Acumulado = 10.500,00
Balanço Patrimonial = 51.800,00

8) Os saldos das contas do razão da empresa J. F Ltda em novembro:

Caixa = 130,00
Equipamentos = 420,00
Contas a receber = 210,00
Veículos = 120,00
Móveis/Utensílios = 84,00
Fornecedor = 24,00
contas a pagar = 100,00
Títulos a pagar = 60,00
Capital = 520,00
Despesas com energia elétrica = 195,00
Despesas com pessoal = 264,00
Dividendos a pagar = 100,00
Receita serviço = 620,00

204
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Em dezembro a empresa teve a seguinte movimentação:


1- Comprou equipamento à vista 80,00
2- Comprou móveis e utensílios a prazo 60,00
3- Recebeu por serviços prestados 150,00
4- Pagou conta telefone 2,00
5- Pagou aluguel 15,00
6- Pagou conta de luz 3,00
7- Pagou despesas de impostos 14,00
8- Pagou dividendos acionistas 80,00
9- Recebeu receita de serviço do mês 200,00
10- Recebeu contas a receber 80,00
11- Pagou despesas de manutenção de veículo 60,00
12- Depositou no banco 100,00
13- Pagou salário do mês com cheque 20,00

Balancete = 1.754,00
A.R.E = 396,00
Lucro Acumulado = 396,00
Balanço Patrimonial = 1.180,00

9) Empresa de construção civil J. N. foi constituída em abril. A seguir estão relacionados


os fatos contábeis:

1- O capital subscrito foi de 2.000,00 integralizando da seguinte forma 50% em dinheiro, 10% em
veículo. 10% em móveis. 20% em instalações. 10% em equipamentos.
2- Foi aberta uma conta no banco, depositaram 800,00
3- Retirou 400,00 e colocou no caixa da empresa
4- Comprou equipamento à vista 90,00
5- Comprou móveis/utensílios à vista 80,00
6- Comprou 2 caminhões à prazo por 160,00
7- Recebeu por serviços prestados 200,00
8- Pagou ordenados 40,00
9- Pagou 50% da dívida das compras dos caminhões
10- Comprou um imóvel por 200,00 pagando à vista com cheque.

205
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

11- Pagou a conta de telefone 3,00


12- Depositou no banco 70,00
13- Recebeu por serviços prestados 300,00
14- Tirou um empréstimo bancário 200,00
15- Pagou aluguel 30,00
16- Pagou conta de luz 4,00
17- Pagou manutenção de veículo com cheque 10,00
18- Pagou despesas com manutenção do prédio 3,00
19- Prestou serviço à vista 50,00 recebendo em cheque
20- Pagou férias em dinheiro 5,00

Balancete = 2.830,00
A.R.E = 455,00
Lucro Acumulado = 455,00
Balanço Patrimonial = 2735,00

10) O balancete de verificação da Representação Alan Ltda em novembro mostrava os


saldos da seguinte conta:

Caixa = 30,00
Capital = 40,00
Terreno = 50,00

Despesas com:
salário = 20,00
aluguel = 19,00
impostos = 6,00
propaganda = 3,00
material de escritório = 22,00
material de limpeza = 8,00
Receita de serviço = 70,00
Instalações = 15,00
Móveis/utensílios = 10,00
Despesas com luz = 5,00

206
Formação Continuada – Auxiliar de Contabilidade

Lucro acumulado = 60,00


Adiantamento de clientes = 18,00

Em dezembro a empresa teve as seguintes transações:

1- Recebeu por serviços prestados 50,00


2- Aumentou o capital com a incorporação de lucro acumulado 50,00
3- Recebeu por serviços prestados 25,00 recebendo no ato apenas 20%
4- recebeu antecipado por serviços à executar 15,00
5- Contratou seguro no mês pagando à vista 12,00
6- pagou aluguel relativo à dezembro 14,00
7- Prestou serviço cujo valor foi antecipado em novembro 18,00

Balancete = 278,00 A.R.E = 54,00 Balanço Patrimonial = 169,00

11) A empresa terra Branca foi constituída em abril a seguir estão relacionados os fatos
contábeis ocorridos na empresa do seu primeiro ano de atividade.
1- O capital subscrito foi de 1.500,00 integralizado da seguinte forma:
50% em dinheiro, 30% em móveis/utensílios e 20% em veículo
2- Foi aberta uma conta depositando 750,00
3- Retirou 200,00
4- Comprou equipamentos à vista por 80,00
5- Comprou móveis/utensílios à vista por 60,00
6- Comprou dois fuscas à prazo por 130,00
7- Recebeu por serviços prestados 150,00
8- Pagou salário 20,00
9- Pagou parte da dívida assumida da operação 6 - 40,00
10- Comprou terreno à vista 150,00 pagando em cheque
11- Pagou conta de telefone 2,00
12- Depositou no banco 50,00
13- Recebeu por serviço prestado 80,00
14- Pagou com cheque o resto da operação 6
15- Pagou aluguel 15,00
16- Pagou conta de luz 3,00

Balancete = 1.730,00 A.R.E = 190,00 Lucro acumulado = 190,00 Balanço Patrimonial = 1.690,00

207
Operações com Mercadorias
Definem-se mercadorias como os bens que as empresas adquirem com a finalidade
de revenda sem exercer sobre ela qualquer alteração.
A mercadoria é revendida da mesma forma que foram adquiridas.

A operação com mercadorias compreende:

1°) Registros dos fatos que envolvem a conta mercadoria são:


E.I, Compras, seguro + frete , E.F e vendas

2°) Apuração do Custo da Mercadoria Vendida ( C.M.V)

3°) Resultado da conta mercadoria


Equação básica

CMV = EI + C – EF

RCM = V – CMV

RCM = Receita Com Mercadorias

Inventário - Em sentido amplo inventário é a verificação por meio do levantamento


individualizado e completo dos bens e valores, ativos e passivos de uma entidade.

Almoxarifado - O almoxarifado deve estar localizado num espaço dentro da


empresa, seguro e fechado. Pode ser controlado manualmente ou por sistema
computadorizado.

Ficha de controle e avaliação de estoque - Os principais métodos de avaliação de


estoque utilizados pelas empresas são: PEPS, UEPS e CMP
ESTOQUE/ALMOXARIFADO

O controle de estoque pode ser feito através de Fichas de Controle e Avaliação de Estoque
ou apenas Ficha de Estoque. Pode ser feito ainda por Sistemas Informatizados, que
conceitualmente usam os mesmos princípios e regras que estudaremos a seguir.
Muito importante é a manutenção em arquivo de uma cópia da Nota Fiscal de entrada das
mercadorias e/ou cópia do aviso de recebimento.

MODELO DE FICHA

MERCADORIA: MÉTODO:
DATA HISTÓRICO ENTRADA SAÍDA SALDO
QDE PR VR QDE PR. VR QDE PR. VR
UNI UNI UNI

Deve ser feita uma ficha para cada mercadoria.

Existem vários métodos para se controlar um estoque, devemos analisar com cuidado e
optar por aquele que oferecer melhores resultados à nossa empresa.

MÉTODO CMPM – Custo Médio Ponderado Móvel


É aquele em que atribuímos às mercadorias vendidas o preço médio das mercadorias em
estoque..

Exemplo:

MOVIMENTO DE MERCADORIAS

COMPRAS
VALOR TOTAL ICMS VALOR
LÍQUIDO

05/01/07 – Rodinha 6.341,46 1.141,46 5.200,00


09/01/07 – Rodinha 10.670,73 1.920,73 8.750,00
15/01/07 – Rodinha 8.033,05 1.440,25 6.562,50
TOTAL 25.014,24 4.502,44 20..512.50
VENDAS

10/01/07 – Rodinha 13.800,00 2.484,00 11.316,00


16 /01/07 – Rodinha 10.600,00 1.908,00 8.692,00
17/01/07 – Rodinha 3.000,00 540,00 2.460,00
TOTAL 27.400,00 4.932,00 22.468,00

MERCADORIA: Rodinha MÉTODO: CMPM


DAT HISTÓRIC ENTRADA SAÍDA SALDO
A O
QD PR VR QD PR. VR QD PR. VR
E UNI E UNI E UNI

05/01 1 400 13,00 5200,00 400 5.200,00


13,0
0
09/01 2 500 17,50 8.750,0 900 15,5 13.950,0
0 0 0
10/01 4 600 15,5 9.300,0 300 15,5 4.650,00
0 0 0
15/01 3 350 18,75 6.562,5 650 17,2 11.212,5
0 5 0
16/01 5 450 17,2 7.762,5 200 17,2 3.450,00
5 0 5
17/01 6 100 17,2 1.725,0 100 17,2 1.725,00
5 0 5

Vejamos como esses dados se comportam contabilmente:

MERCADORIA VENDAS CUSTO M.VENDIDAS

(1) 5.200,00 9.300,00 (4) 11.316,00 (4) (4) 9.300,00


(2) 8.750,00 7.762,50 (5) 8.692,00 (5) (5) 7.762,50
(3) 6.562,50 1.725,00 (6) 2.460,00 (6) (6) 1.725,00

1,725,00 22.468,00 18.787,50

CAIXA CONTA CORRENTE


ICMS
(4) 13.800,00 6.341,46 (1) (1) 1.141,26 2.484,00 (4)
(5) 10.600,00 10.670,33 (2) (2) 1.920,73 1.908,00 (5)
(3) 3.000,00 8.033,05 (3) (3) 1.440,55 540,00 (6)

1.985,16 429,46

LUCRO BRUTO = VENDAS LÍQUIDAS (-) C.M.V.

R$ 3.680,50 = R$ 22.468,00 (-) R$ 18.787,50

MÉTODO CMPF – Custo Médio Ponderado Fixo


Exemplo:
Vamos usar os mesmos valores do exemplo anterior para fazer a ficha de estoque.

MERCADORIA: Rodinha MÉTODO: CMPF


DATA HISTÓRICO ENTRADA SAÍDA SALDO
QD PR VR QD PR. VR QD PR. VR
E UNI E UNI E UNI

05/01 1 400 13,0 5200,00 400 5.200,00


0 13,0
0
09/01 2 500 17,5 8.750,00 900 15,5 13.950,0
0 0 0
10/01 4 600 300 15,5 4.650,00
0
15/01 3 350 18,7 6.562,50 650 17,2 11.212,5
5 5 0
16/01 5 450 200 17,2 3.450,00
5
17/01 6 100 100 17,2 1.725,00
5
TOTA 125 16,4 20.512,5 115 16,4 18.871,50 100 16,4 1.641,00
L 0 1 0 0 1 1

Vejamos como esses dados se comportam contabilmente:

MERCADORIA VENDAS CUSTO M.VENDIDAS

20.512,50 22.468,00 22.468,00 18.787,50


1.955,50
CAIXA CONTA CORRENTE
ICMS

(4) 13.800,00 6.341,46 (1) (1) 1.141,26 2.484,00 (4)


(5) 10.600,00 10.670,33 (2) (2) 1.920,73 1.908,00 (5)
(3) 3.000,00 8.033,05 (3) (3) 1.440,55 540,00 (6)

1.985,16 429,46

LUCRO BRUTO = VENDAS LÍQUIDAS (-) C.M.V.

R$ 3.596,50 = R$ 22.468,00 (-) R$ 18.871,50

MÉTODO PEPS – Primeiro que Entra Primeiro que Sai

Exemplo:
Vamos usar os mesmos valores do exemplo anterior para fazer a ficha de estoque.

MERCADORIA: Rodinha MÉTODO: PEPS


DAT HISTÓRIC ENTRADA SAÍDA SALDO
A O
QD PR VR QD PR. VR QD PR. VR
E UNI E UNI E UNI

05/01 1 400 13,00 5200,00 400 5.200,0


13,0 0
0
09/01 2 500 17,50 8.750,0 500 17,5 8.750,0
0 0 0
900
10/01 4 400 13,0 5.200,0
0 0
200 17,5 3.500,0
0 0
8.700,0 300 17,5 5.250,0
0 0 0
15/01 3 350 18,75 6.562,5 350 18,7 6.562,5
0 5 0
650
16/01 5 300 17,5 5.250,0
0 0
150 18,7 2.812,5
5 0
8.062,5 200 18,7 3.750,0
0 5 0
17/01 6 100 18,7 1.875,0 100 18,7 1.875,0
5 0 5 0

Vejamos como esses dados se comportam contabilmente:

MERCADORIA VENDAS CUSTO M.VENDIDAS

(1) 5.200,00 8.700,00 (4) 11.316,00 (4) (4) 8,700,00


(2) 8.750,00 8.062,50 (5) 8.692,00 (5) (5) 8.062,50
(3) 6.562,50 1.875,00 (6) 2.460,00 (6) (6) 1.875,00

1.875,00 22.468,00 18.637,50

CAIXA CONTA CORRENTE


ICMS

(4) 13.800,00 6.341,46 (1) (1) 1.141,26 2.484,00 (4)


(5) 10.600,00 10.670,33 (2) (2) 1.920,73 1.908,00 (5)
(3) 3.000,00 8.033,05 (3) (3) 1.440,55 540,00 (6)

1.985,16 429,46
LUCRO BRUTO = VENDAS LÍQUIDAS (-) C.M.V.

R$ 3.830,50 = R$ 22.468,00 (-) R$ 18.637,50

MÉTODO UEPS – Último que Entra Primeiro que Sai

Exemplo:
Vamos usar os mesmos valores do exemplo anterior para fazer a ficha de estoque.

MERCADORIA: Rodinha MÉTODO: UEPS


DAT HISTÓRIC ENTRADA SAÍDA SALDO
A O
QD PR VR QD PR. VR QD PR. VR
E UNI E UNI E UNI

05/01 1 400 13,00 5200,00 400 5.200,0


13,0 0
0
09/01 2 500 17,50 8.750,0 500 17,5 8.750,0
0 0 0
900
10/01 4 500 17,5 8.750,00
0
100 13,0 1.300,00
0
10.050,0 300 13,0 3.900,0
0 0 0
15/01 3 350 18,75 6.562,5 350 18,7 6.562,5
0 5 0
650
16/01 5 350 18,7 6.562,50
5
100 13,0 1.300,00
0
8.062,50 200 13,0 2.600,0
0 0
17/01 6 100 13,0 1.300,00 100 13,0 1.300,0
0 0 0

Vejamos como esses dados se comportam contabilmente:

MERCADORIA VENDAS CUSTO M.VENDIDAS

(1) 5.200,00 12.250,00 (4) 11.316,00 (4) (4)12.250,00


(2) 8.750,00 7.862,50 (5) 8.692,00 (5) (5) 7.862,50
(3) 6.562,50 1.300,00 (6) 2.460,00 (6) (6) 1.300,00
1.300,00 22.468,00 21.412,50

CAIXA CONTA CORRENTE


ICMS

(4) 13.800,00 6.341,46 (1) (1) 1.141,26 2.484,00 (4)


(5) 10.600,00 10.670,33 (2) (2) 1.920,73 1.908,00 (5)
(3) 3.000,00 8.033,05 (3) (3) 1.440,55 540,00 (6)

1.985,16 429,46

LUCRO BRUTO = VENDAS LÍQUIDAS (-) C.M.V.

R$ 1.056,50 = R$ 22.468,00 (-) R$ 21.412,50

RESUMO

1) O método PEPS sub-avalia o Custo das Mercadorias Vendidas e super-avalia o


estoque final
2) O método UEPS super-avalia o Custo das Mercadorias Vendidas e sub-avalia o
Estoque Final (não é aceito pela legislação do Imposto de Renda)
3) O método CMP mantém o Custo das Mercadorias Vendidas e o Estoque Final entre
os valores obtidos através dos demais métodos.

OBS.: Observe que as únicas alterações existentes nos três métodos estão no valor do
Estoque Final e no valor do Custo das Mercadorias Vendidas.

Exercícios de Classe:

1. Monte a ficha de controle de estoque pelo Sistema de CMP

Data Histórico Quant. Preço Unit. Valor


02/01 Compras 20 100,00 2.000,00
03/01 Vendas 10 150,00 1.500,00
04/01 Vendas 15 180,00 2.700,00
05/01 Compras 30 200,00 6.000,00
06101 Compras 10 210,00 2.100,00
07/01 Vendas 05 300,00 1.500,00
08101 Vendas 10 250,00 2.500,00
09/01 Compras 10 280,00 2.800,00
10/01 Compras 20 300,00 6.000,00
11/01 Vendas 20 400,00 8.000,00

FICHA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE ESTOQUE

ENTRADA Salda SALDO


DATA HISTORICO QTDE P.U Valor QTDE P.U Valor QTDE P.U Valor
01/01 Estoque I 30 200 6.000,00
02/01 Compras
03/01 Vendas
04/01 Vendas
05/01 Compras
06/01 Compras
07/01 Vendas
08/01 Vendas
09-01 Compras
10/01 Compras
11/01 Vendas
C.M.V
Total Compras: 18.900,00 11.319,25 E.F: 13.580,75
:

C.M.V = E.I + C - E.F


C.M.V= 6.000,00 + 18.900,00 -13.580,75 = 11.319,25

2. Monte a ficha de controle de estoque pelo Sistema de CMP

Data Histórico Quant. Preço Unit . . Valor


02/01 compras 50 100,00 5.000,00
03101 Vendas 20 200,00 4.000,00
04/01 Vendas 30 200,00 6.000,00
05/01 Compras 60 300,00 18.000,00
06/01 Compras 20 300,00 6.000,00
07/01 Vendas 10 400,00 4.000,00
08/01 Vendas 10 350,00 3.500,00
09/01 Compras 20 400.00 8.000,00
10/01 Compras 30 500,00 15.000,00
11/01 Vendas 20 400,00 8.000,00

FICHA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO DE ESTOQUE

ENTRADA Salda SALDO


DATA HISTORICO QTDE P.U Valor QTDE P.U Valor QTDE P.U Valor
01101 Estoque I
02101 Compras
03101 Vendas
04/01 Vendas
05/01 Compras
06/01 Compras
07/01 Vendas
08/01 Vendas
09-01 Compras
10/01 Compras
11/01 Vendas
C.M.V
Total Compras: 52.000,00 19.470,40 E.F: 46.110,35
:

C.M.V= E.I + C-E.F


C.M.V= 13.580,00 + 52.000,00 - 46.110,35 = 19.470,40

CONTABILIZAÇÃO DE IMPOSTOS

IMPOSTOS DIRETOS:
são aqueles cobrados sobre os rendimentos e sobre movimentação financeira. Ex.
Imposto de Renda – IR e CPMF

IMPOSTOS INDIRETOS:
São aqueles pagos pelo consumidor final. Ex. ICMS, IPI

Exemplo de imposto indireto (ICMS):


C = Custo mercadoria: R$ 100,00
PV = Preço de venda com 10% de lucro sobre preço de venda: : ?
ICMS: 18%

PV (sem ICMS) = C = 100 = 100 = 111,11


100% - 10% 90% 0,90

PV(com ICMS) = PV s/ICMS = 111,11 = 135,50


100% - 18% 0,82

ICMS = 18% s/ R$ 135,50


ICMS = 24,39

Exercício de contabilização do imposto

(1) Compra de material = R$ 100,00


(2) Venda de material = R$ 200,00
(1) Valor do IPI s/ compra (25%) = R$ 25,00
(2) Valor do IPI s/ venda (25%) = R$ 50,00
(1) Valor total da nota na compra = R$ 125,00
(2) Valor total da nota na venda = R$ 250,00
(1) Valor do ICMS na compra (18%) = R$ 22,50
(2) Valor do ICMS na venda (18%) = R$ 45,00

NA VENDA OBSERVAMOS:
Mercadoria = 200
IPI 25% s/ vr. mercadoria = 50
Vr. Da N.F. = 250
ICMS 18% s/ vr. N.F. = 45

NA COMPRA OBSERVAMOS:
Mercadoria = 100
IPI 25% s/ vr. N.F. = 25
Vr. Da N.F. = 125
ICMS 18% s/ vr. N.F. = 22,50

caixa IPI a recuperar ICM a recuperar

(2) 250 125 (1) (1) 25 45 (3c) (1) 22,50 22,50 (3d)
20

estoque mercadoria receita IPI a recolher

(1) 80 80 (4) (6) 250 250 (2) (3a) 50 50 (2)

ICMS a recolher desps.c/ impostos

(3b) 45 45 (2) (2) 85 (7) 85

IPI ICM CMV


(3c) 25 50 (3a) (3d) 22,50 35 (3b) (4) 80 80 (5)
(8) 25 25 (9) 12,50 12,50

Lucros ou Prejuizo
(5) 80 250 (6)
(7) 85
(8) 25
(9) 12,50
202,50 250,00

47,50 Lucro

Exercício de classe

Valor do material na compra = R$ 80,00


Valor do material na venda = 120,00
Valor total da N.F. =
IPI = 25% =
ICMS = 18% =

caixa IPI a recuperar ICM a recuperar

estoque mercadoria receita IPI a recolher

ICMS a recolher desps.c/ impostos

IPI ICM CMV


Lucros ou Prejuizo

COMO ENTENDER BALANÇOS

Para melhor entender e analisar balanços é necessário que saibamos primeiramente


que suas contas são ordenadas em grupos, segundo sua natureza e ordem decrescente
de liquidez. Essa liquidez está na ordem da velocidade com que os valores podem ser
transformados em dinheiro ou exigíveis. Até o prazo de 360 dias, a classificação se dá no
CIRCULANTE e, acima desse limite, no LONGO PRAZO.
BALANÇO PATRIMONIAL
Mais líquida Ativo Circulante Passivo Circulante
Menos líquida Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Sem liquidez Permanente Patrimônio Líquido

1. ATIVO

. Ativo Circulante: Compreendem as disponibilidades em dinheiro da empresa, os


direitos que serão recebidos em dinheiro, serviços ou bens e os estoques que serão
vendidos e recebidos em prazo não superior a 360 dias. É composto por contas tais como:

Disponibilidade: Caixa, banco e aplicações;


Direitos realizáveis: Clientes, duplicata a receber;
Estoque: Matéria-prima, produtos acabados;
Despesas do exercício seguinte: Seguros a vencer, aluguéis a vencer;

. Ativo realizável a longo prazo: Compreendem os bens e direitos realizáveis após


o exercício social seguinte. Também são classificados como realizável a longo prazo
independente do prazo de vencimento, ex.:

Adiantamentos a sócios e empréstimos às empresas coligadas ou controladas.

. Ativo Permanente: Compreendem os bens e os recursos aplicados de forma


permanente na manutenção das atividades produtivas das empresas, sendo composto
pelos subgrupos:

-Investimento: Imóveis p/ renda, obras de arte, participações societárias;


-Imobilizado: Terrenos, máquinas e veículos.
-Diferido: Despesas c/ organização e reorganização.

2-) PASSIVO
Convém lembrar que as contas do passivo devem obedecer a ordem decrescente de
exigibilidade.

. Passivo Circulante ou exigível a curto prazo: É composto pelas obrigações


existentes nas datas do balanço com prazo de vencimento até 360 dias.

. Passivo exigível a longo prazo: São todas as obrigações existentes na data do


balanço com prazo de vencimento que ultrapasse o exercício social seguinte

. Resultado do exercício futuro: Compreendem as receitas do exercício futuro


diminuída dos custos e despesas a elas correspondentes.

. Patrimônio Líquido: Representa as obrigações da empresa para com seus sócios,


acionistas ou titular, exemplos: Capital Social, Lucro ou Prejuízo, Reserva de Lucro;

3-) Demonstração do Resultado do Exercício

Tem como finalidade detalhar a apuração do resultado do exercício e o lucro ou


prejuízo por ação.

. Receita Operacional Bruta: Compreendem o produto da venda de mercadoria,


produto ou serviço prestado;

. Receita Operacional Líquida: Compreende o produto das receitas líquidas das


operações principais desenvolvidas pela empresa com a qual a empresa pode contar para
cobrir seus custos e despesas e gerar seu lucro;

. Despesa Operacional: São as despesas incorridas com a manutenção da


atividade principal, ex.: Despesas de vendas, despesas administrativas, despesas gerais;
. Outras Receitas Operacionais: São as receitas ocorridas com atividades
acessórias desenvolvidas pela empresa, ex.: Receita de aluguel, rendimentos em
participações societárias, vendas de sucata;

. Outras Despesas Operacionais: São as despesas incorridas com a manutenção


das atividades acessórias, ex.: Manutenção do prédio alugado;

. Receita Não Operacional: São as receitas provenientes de transações não


incluídas na atividade principal da empresa, ex.: Venda de um Bem;

. Despesas Não Operacionais: São as despesas incorridas com as transações não


incluídas nas atividades principais da empresa, ex.: Venda de um Bem;

4-) BALANÇO PATRIMONIAL

Este é um modelo de Balanço Patrimonial, e seus dados serão usados no tópico


seguinte “Análise por quocientes”.

ATIVO PASSIVO
* Circulante * Circulante
Disponível 11.010,00 Fornecedores 65.630,00
Duplicatas á receber 115.280,00 Outros 62.660,00
Estoques 106.750,00 Empréstimos Bancários 16.120,00
* Permanente * Exigível a longo prazo
Investimentos 10.070,00 Empréstimos bancários 81.410,00
Imobilizado 161.850,00 Financiamentos 38.830,00
Diferido 4.200,00
* Patrimônio Líquido
Capital realizado 87.320,00
Reservas 35.320,00
Lucros Acumulados 21.870,00
Total 409.160,00 Total 409.160,00

DEMONSTRACAO DO RESULTADO DO EXERCICIO


* Receita Operacional Bruta
Vendas de mercadorias 474.340,00
I (-) Deduções
Vendas Canceladas (32.350,00)
Impostos s/ vendas (33.170,00)
* Receita Operacional Líquida (408.820,00)
(-) C.M.V (294.880,00)
* Resultado Operacional Líquido 113.940,00
(-) Despesas Operacionais
Vendas (22.790,00)
Administrativas (18.340,00)
Financeiras (52.120,00)
Resultado Operacional 20.690,00
(+) Resultado não-operacional
Lucro na venda imobilizado 460,00
(-) Resultado da Correção Monetária -(5.300,00)
* Resultado antes I.R. 15.850,00
(-) Provisão p/Imposto de Renda (7.560,00)
* Resultado Líquido 8.290,00
Análise por quocientes*
Consiste no estabelecimento de relações entre dois valores representativos dos saldos de contas
ou de um grupo de contas, com a finalidade de evidenciar alguns aspectos da situação econômica ou
financeira da empresa. No quociente obtido do relacionamento de dois valores,obtém-se um índice,
por meio do qual, se mede um determinado aspecto que pode ser econômico ou financeiro. Os
índices econômicos medem os aspectos relacionados com a rentabilidade. Enquanto os índices
financeiros medem os aspectos relacionados com a liquidez e a estrutura de capital da empresa.

Índice de Liquidez

Ativo Circulante
Liquidez Corrente = ---------------------
Passivo Circulante

* Indica o quanto a empresa possui em disponibilidade, bens e direitos realizáveis no curso do exercício
seguinte para liquidar suas obrigações.

Disponível
Liquidez Imediata = ---------------------
Passivo Circulante

* Indica o quanto a empresa possui de recursos disponíveis para liquidar as obrigações na data do
balanço.

Ativo Circulante – Estoque - Desp. Exercício seguinte


Liquidez Seca = --------------------------------------------------------------------------
Passivo Circulante

* Indica o quanto a empresa possui de ativo liquido disponível + direitos realizáveis a curto prazo para
liquidar as obrigações de curto prazo.

Ativo Circulante + Realizável a longo prazo


Liquidez Geral = -----------------------------------------------------------
Passivo Circulante + Exigível a longo prazo

*indica o quanto a empresa possui em recurso disponível, bens e direitos realizáveis a curto prazo e
longo prazo para fazer face ao total de suas dívidas de curto a longo prazo
Índices Individuais

Ativo Total
Solvência Geral = -------------------------
Passivo Exigível

* Indica o quanto, do total de recursos aplicados em bens e direitos a empresa tem para cobrir as suas
exigibilidades totais.

Passivo Exigível
Grau de Endividamento = ------------------------
Ativo Total

* Indica o quanto do total de recursos aplicados em bens e direitos, teve origem em capitais de
terceiros.

Passivo Exigível
Garantia de Capital 3º = ------------------------
Patrimônio Liquido

* indica o percentual de capital de 3º em relação ao patrimônio liquido, indica também, a dependência


da empresa em relação ao capital externo.

Rotação de Estoques

C.M.V
Giro = --------------------- nº de vezes
Estoque médio

Período (dias)
Prazo = --------------------- nº de dias
Giro

Exemplos:
294.880,00
Giro = --------------------- 4 vezes
79.470,00

360
Prazo = --------------------- 90 dias
4

Giro: Indica quantas vezes o estoque se renovou no período considerado.


Prazo: Indica em Média quantos dias a empresa permanece com as mercadorias em estoque desde o
momento da aquisição até a sua venda..
Rotação de duplicatas a receber

Vendas
Giro = --------------------- nº de vezes
X das duplicatas a receber

Período (dias)
Prazo = --------------------- nº de dias
Giro

Exemplo:
474.340,00
Giro = --------------------- 6 vezes
93.965,00

360
Prazo = --------------------- 60 dias
6

Giro: Indica quantas vezes as duplicatas a receber se renovarão do período considerado.


Prazo: Indica em Média quantos dias a empresa permaneceu com as duplicatas desde o momento da
venda a prazo até o dia de seu recebimento.

Rotação de Duplicatas a pagar.

As compras
Giro = --------------------- nº de vezes
X duplicata a pagar

Período de dias
Prazo = --------------------- nº de dias
Giro

Exemplo:

349.440,00
Giro = --------------------- 7 vezes
57.425,00

360
Prazo = --------------------- 52 dias
7

Giro: Indicam quantas vezes as duplicatas a pagar se renovarão no período.


Prazo: Indica a quantidade média de dias que a empresa utiliza para pagar aos seus fornecedores,
desde o dia da compra até o momento das duplicatas.
Índice de Rentabilidade

Lucro líquido
Retorno do capital próprio = ---------------------
Patrimônio líquido X

8.290,00
R.C.P = --------------------- = 0,05
109.460,00

* Indica a rentabilidade dos recursos aplicados na empresa pelos sócios.

Resultado liquído
Lucro por ação = --------------------- = 1,84
Nº de Ações

8.290,00
Lucro por ação = --------------------- = 1,84
4.500,00

* Indica a parcela do lucro correspondente a cada ação emitida pela companhia.

Relação de Preço / Lucro = Preço de mercado da ação


Lucro por ações

RPL / L = 10 = 5,43 (anos)


1,84

* Indica a quantidade de anos que o investidor tem que aguardar para recuperar o capital aplicado na
empresa.
ATENDIMENTO

AO

CLIENTE
QUAIS SÃO OS CLIENTES DE UMA EMPRESA?

CLIENTE EXTERNO:
É toda pessoa que entra em contato com a empresa para solicitar um serviço, uma informação, fazer uma
reclamação ou dar sua opinião.

CLIENTE INTERNO:
São todos os funcionários de uma empresa.

CLIENTE SOCIAL:
São as pessoas com as quais nós relacionamos informalmente dentro e fora do trabalho.

CLIENTE FAMILIA:
São as pessoas com as quais convivemos

CLIENTE ETERNO:
Cada um de nós

TIPOS DE CLIENTES:

- Desagradáveis, insatisfeitos, exagerados, silenciosos, barganhadores, indecisos, nervosos, de bom senso,


dependentes, humorados, briguentos, raciocínio lento, importantes e presunçosos, desconfiados e curiosos,
confusos, sabidos e inteligentes, tímidos e calados e impulsivos, etc...

Vejamos três tipos deles:

INSATISFEITO:
Sua insatisfação pode ser em decorrência de algum problema que tenha tido no seu relacionamento com a
empresa, portanto, não leve o problema para o lado pessoal. Seja firme e objetivo, demonstrando que
entendeu o problema deixando-o falar sem interrompê-lo. Peça desculpas em nome da empresa.

EXAGERADO:
Demonstra frustração e quer extravasar com qualquer pessoa. Jamais revide a agressão e não peça para
que tenha calma. Prometa providências específicas e imediatas. Peça desculpas em nome da empresa.

CONFUSO:
Não é objetivo e sua explanação é confusa, por isso ouça com muita atenção para entender o problema.
Seja firme e oriente a conversa.

ATENDIMENTO

-O único diferencial significativo no relacionamento com o cliente, é o atendimento. Os produtos e os


serviços são os mesmos. O que vai mudar é a importância que cada empresa dará aos seus clientes.

Todo mundo é um cliente e, como tal, gosta de ser bem atendido.


Devemos falar com o cliente com uma postura positiva e sincera, fazendo com que ele tenha uma imagem
agradável do atendente.
Atender com entusiasmo, ouvir com muita atenção, não fazer pré-julgamento, fazer anotações breves
enquanto ouve, ficar alerta aos aspectos emocionais inaudíveis, não descartar nenhum tópico da discussão,
procurar definir o objetivo do cliente, colocando as perguntas de forma a incentivar o esclarecimento, são
pontos positivos para que o cliente se sinta confiante na relação de atendimento.

COMO É FEITO O ATENDIMENTO

Nem sempre o primeiro contato é feito necessariamente através do assistente de atendimento. Pode ocorrer
em diversos níveis, portanto toda organização deve estar comprometida com a qualidade do atendimento.
Assim, percebemos que grande parte do bom atendimento prestado por nossa empresa, está nas mãos de
pessoas, ou seja, em nossas mãos.

TIPOS DE ATENDIMENTO

ATENDIMENTO PESSOAL: Quando o contato é direto entre o cliente e a pessoa responsável pelo atendimento.

Dicas para a excelência no atendimento:

1ª-Atenda/Aborde o cliente com prontidão

2ª-Inicie o contato com um sorriso na voz e um cumprimento cordial.

3ª-Apresente-se utilizando uma postura correta e simpática

4ª-Demonstre interesse em ajudá-lo

5ª-Coloque-se no lugar do cliente estabelecendo empatia e confiança

6ª-Ouça o cliente atentamente, procurando compreendê-lo

7ª-Sintonize-se corretamente com as opiniões e expectativas do cliente

8ª-Descubra as reais necessidades dele

9ª-Apresente sempre a melhor solução

10ª- Seja autêntico


ATENDIMENTO TELEFÔNICO: Quando o contato é estabelecido por intermédio de um aparelho telefônico.

-Dicas para excelência no atendimento :

1ª- Atenda o telefone prontamente (máximo 2 toques)

2ª- Identifique-se corretamente

3ª- Seja cordial e atencioso

4ª- Fale com clareza e objetividade

5ª- Ouça com atenção

6ª- Personalize a conversa

7ª- Não deixe o cliente esperando

8ª- Anote tudo

9ª- Repita as informações e recados

10ª- Encerre a conversa cordialmente

O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E O PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO:

A rotina de trabalho é dinâmica e difícil de ser prevista no que se refere ao tipo de cliente que aparece.
Pelas diferenças individuais, cada atendimento é diferente, por isso é necessário desenvolver atenção e
habilidade especial.
Sabemos que as emoções influenciam nossas decisões e que nossas ações interferem nas emoções das
outras pessoas.
Portanto, entender o comportamento humano torna-se necessário para o desenvolvimento do profissional
de atendimento.

ASPECTOS RESPONSÁVEIS PELO BOM ATENDIMENTO

85% itens ligados ao relacionamento entre pessoas:

Educação, cordialidade, simpatia, aparência, postura, humor, comunicação, paciência, honestidade,


presteza, segurança etc.

15% itens ligados á estrutura técnica:

Instalação, equipamentos, sistemas etc.


O QUE OS CLIENTES ESPERAM?

- comodidade nos horários de atendimento


- rapidez na recepção
- cortesia e disponibilidade
- relacionamento transparente e digno
- envolvimento com comprometimento
- resolução dos inconvenientes apontados
- co-responsabilidade em seu sucesso

MUDANÇA DE PARADIGMAS

- É um novo e estratégico modo de pensar velhos problemas

PARADIGMA DO ATENDIMENTO
ASPECTOS ONTEM HOJE
Abordagem Padrão Personalizada
Necessidades Supunha Descobre
Apresentação do produto Características Benefícios
Objeções Só escutava Ouve e argumenta
Pós venda Obrigação Necessidade
Responsabilidade Empresa Profissional
Objetivo Convencer a qualquer preço Atender necessidades

COMUNICAÇÃO

Comunicar-se não é apenas falar, é expressar-se através de gestos e posturas, mas também é
principalmente ouvir.
Escutar é o ato de presenciar sons, enquanto ouvir é o ato de perceber, entender, compreender e assimilar
o conteúdo escutado.
O atendimento exige então, uma comunicação oral e postura bastante completas e complexas, para que o
ouvinte cliente consiga construir uma imagem positiva do colaborador, da empresa e produto que este
representa e da negociação que se estabelece.
A forma como nos comunicamos, e principalmente a voz, têm o poder de levar o ouvinte a construir uma
imagem mental de quem está falando, mesmo sem vê-lo.

DICAS EM COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL

Jeito de caminhar, contato físico, o olhar, tiques nervosos.


O QUE É POSITIVO:

Sorrir de forma sincera, expressão facial coerente ao contexto, manter o corpo ereto, sem rigidez,
movimentar-se adequadamente, usar gestos harmônicos ou coerentes.

O QUE É NEGATIVO:

Arrumar objetos enquanto fala, movimentar objetos, fazer expressões de pouco caso, interromper a fala
com tosse ou pigarra, falar com chiclete ou bala na boca.

EXPRESSÕES IMPORTANTES NO ATENDIMENTO

-Tratamento pelo nome ou formas polidas:

• Senhor/Senhora
• Senhor(a) + o nome

-Diga sempre o que está fazendo

• “Senhor, estou verificando no cadastro da nossa empresa...”

-Mantenha-se presente

• Sim/Certo/Correto
• Entendo/Compreendo
• Perfeitamente

-Use expressões de cordialidade no fechamento

• “Tenha um bom dia”

-Agradeça a ligação

• “Agradecemos sua ligação”

ATITUDES VERBAIS DESAGRADÁVEIS

• “Não sei responder”


• “Não podemos fazer isso”
• “Só um segundo”
COMO LIDAR COM AS RECLAMAÇÕES DOS CLIENTES

- não faça o cliente esperar;


- não atenda as reclamações diante de outros clientes;
-ouça o cliente atentamente, tome uma posição objetiva;
-quando houver, justifique ao cliente a necessidade de troca de peças;
-nunca, na frente do cliente, transfira a culpa para outros; ex.: fábrica, funcionários, etc;
-depois de resolvida a reclamação, agradeça ao cliente. (pessoalmente e formalmente por
carta personalizada.

PORQUE SE PERDE UM CLIENTE?

65% por indiferença do pessoal de atendimento


14% por reclamações não atendidas
10% por maiores vantagens em outras empresas
05% por mudança de endereço
05% por amizades comerciais
01% por falecimento

ATENÇÃO!

O MAU ATENDIMENTO É RESPONSÁVEL PELA PERDA DE


68% DOS CLIENTES DE UMA EMPRESA.

UM NOVO CLIENTE É IGUAL A 6 VEZES O CUSTO DE UM


JÁ CLIENTE.

OS RELACIONAMENTOS SÃO COMO PLANTAS...


PRECISAM DE CUIDADOS CONSTANTES

A FIDELIDADE DO CLIENTE É UM VALOR HISTÓRICO DA


EMPRESA E, AO MESMO TEMPO, É O PATRIMÔNIO QUE
NOS GARANTE O FUTURO.
EXERCÍCIOS:

ATENDIMENTO AO CLIENTE

CASO 1 – Fernando, Gerente Trainne, foi admitido e treinado pelo próprio Gerente Geral da loja, há
aproximadamente dois meses.
Certo dia recebeu uma cliente buscando a compra de um freezer. Após saber o preço e condições de
pagamento, quase que imediatamente fechou a venda, deixando dois cheques como quitação (um para
depósito imediato outro para 30 dias). A entrega ficou marcada para dali a dois dias úteis.
Após a saída da cliente, Fernando entrou no sistema para fazer a reserva do produto.
Resultado: não disponível. Também constatou que havia sido vendido por 30% do preço de venda,
desconto que traria prejuízo à empresa.
Entrou em contato com a cliente, solicitando seu comparecimento na loja para resolver o
problema. Fernando tentou dissuadi-la da compra, porém, foi em vão. A cliente, por sua vez, alegou que
denunciaria a empresa ao PROCON caso o freezer não fosse entregue no prazo previsto e nas condições
acordadas.

Você, enquanto Gerente Geral de Fernando, qual procedimento tomaria considerando:


a. A decisão do cliente?
b. A resolução do caso por parte de Fernando?
c. A postura adotada por Fernando?
d. Os prejuízos da empresa?
CASO 2 – Paulo é funcionário de um posto de gasolina, que usa a seguinte promoção: ao encherem os
tanques de seus carros os clientes recebem grátis uma lavagem.
Chega um cliente e Paulo atende:
“Enche o tanque?”, ele pergunta.
“Claro”, responde o cliente.
“O senhor gostaria de lavar o carro hoje?”, Paulo pergunta.
“Sim, quanto custa?”, diz o cliente.
“É grátis”.
Paulo enche o tanque, espera o homem pagar, diz:
“Obrigado” e vai para dentro do escritório do posto.
“Ei”, diz o homem, “E a minha lavagem do carro?”.
“É só dar uma parada lá”, replicou Paulo, apontando vagamente a porta de uma garagem.
Então, deu um sorriso, virou-se e entrou no escritório.
CASO 3 – Maria é caixa de banco. Hoje ela está trabalhando no guichê de cheques visados. Uma
mulher se aproxima:
“Eu queria um cheque visado, por favor”.
Maria pergunta: “A senhora que eu vise um cheque?”.
“Tenho uma conta aqui e preciso de um cheque visado – este é o guichê correto?”.
A mulher olha confusa. “Eu nunca peguei um cheque visado antes”.
“Eu posso visar seu cheque”, diz Maria. “Ou talvez a senhora prefira um cheque especial. Por favor,
preencha este formulário”. Ela empurra uma requisição de cheque especial à mulher.
“Mas”, diz a mulher: “Acho que prefiro um cheque visado. Como consigo um?”.
“A senhora está com seu talão aí?”, Maria pergunta.
“Então, preencha o cheque”.
“Bom”, a mulher perguntou, “Tudo bem, mas é a mesma coisa?”.
A mulher olha para Maria, mais confusa do que antes.
Índice

Assistente Administrativo
- Teoria Clássica da Administração
- Princípios Básicos da Organização
- Amplitude Administrativa
- Modelos Comuns da Estrutura Organizacional
- Responsabilidade Social
- Desenvolvimento Sustentável
- Resíduos, Impactos Ambientais e Poluição
- Organização das Empresas

Organização de Escritório
-Comunicação na Empresa
- Estética e Linguagem Comercial
- Técnicas de Arquivamento

Administração Financeira
-Noções de Porcentagem
- Regra de Três
- Juros
- Desconto

Contabilidade de Custos
I Conceito
- Contabilidade de Custos
- Contabilidade Financeira à de Custos
- Objetivo da Contabilidade de Custos
- A moderna contabilidade de custos em Empresas não Industriais
- Conceito Básico em Custo ( Gasto – Desembolso, Investimento, Custos, Despesas e Perda).
- Outras Terminologia de Custos ( Custo Primário, Custo de Transformação, Custo do Produto e Custo
do Período)
- Princípios Contábeis aplicados a Contabilidade de Custos ( Custo Histórico, Realização, Competência,
e Conservadorismo e Materialidade )
- Planos de Conta na Contabilidade de Custos
- Balanço Patrimonial

II Custos Diretos
- Definição
- Material Direto
- Matéria Prima
- Material Secundário
- Embalagens
- Avaliação dos Estoques
- Inventário Periódico
- Métodos de Avaliação de Estoques ( PePs UEPS e custos Médio)
III Custos Indiretos
- Definição
- Rateio do Cif
- Departamentalização
- Contabilização dos Custos Indiretos de Fabricação
- Predeterminação dos Custos Indiretos de Fabricação
- Determinação da Taxa Cif

IV Custo dos Produtos Vendidos


- Definição
- Apuração do CPV
- Contabilização

V sistemas de Acumulação de Custos


- Definição
- Tipos de Sistemas de Acumulação de Custos
- Produção Continua ou em serie
- Contabilização dos Custos registrados por ordem de Produção
- Unidades Equivalentes a Produção
- Características da Produção ( Fabricação Simples e Fabricação Complexa, produção Conjunta e co –
Produtos).
- Critério de Apropriação dos Custos conjuntos ( método do valor de Mercado, Sub Produtos e sucatas)

VI Métodos de Custeio
- Definição
- Classificação dos Custos Quanto ao Volume de Produção ( Custos Fixo, Custo Variável, Custo Semi –
Fixo e Custo Semi Variável )
- Custeio Por Absorção
- Custeio Variável (Direto)
- Margem de Contribuição
- Índice de Contribuição
- Índice da Margem de Contribuição
- Ponto de Equilíbrio

VII Orçamento e Analise do Lucro Bruto


- Conceito
- Analise da Variação do Lucro Bruto
- Exemplo de Orçamento ( Vendas, Produção, Compra MP, M.Obra, Impostos e Recolher Fluxo de
Caixa ETC.)
VIII Projeto de Viabilidade Econômica

- O Projeto do Empreendimento
- Caracterize o Empreendimento ( Quem Sou ?)
- Defina o objetivo do Projeto ( O que pretendo fazer, o porque ?)
- Defina os investimentos Necessários ( Como quero fazer?)
- Dimensione os Recursos ( quanto preciso para fazer?)
- Defina Cronograma de Implantação (quanto tempo espero demorar?)
- Resumo Passo a Passo de um Projeto de Viabilidade Econômica

IX Custo ABC ( Activity – Based Costing )

- Deficiências do Sistema Tradicional de Custos por Absorção


- Gastos de Marketing, Vendas, Distribuição e Administração
- Comparação entre o Sistema de Custeio por Absorção e o Sistema de Custeio por Atividade ABC
- 1- Custeio por Atividade
- 2- Apuração do Custo Unitário por Produto
- Campo de Aplicação

CONTABILIDADE

- Introdução
- O Que é Contabilidade
- Campo de Aplicação
- A Quem Interessa a Informação Contábil
- Finalidade da Informação Contábil
- Técnicas Contábeis
- Plano de Contas
- Estrutura do Plano de Contas
- Plano de Contas (Modelo)

Patrimônio
- Conceito
- Componentes Patrimoniais

Método das Partidas Dobradas (Utilização de Razonetes)


- Noções de Débito e Crédito
- Classificação das Contas
- Contas do Ativo
- Contas do Passivo
- Patrimônio Líquido
- Contas de Resultado

- Mapa das Contas


- Escrituração
- Livros Utilizados na Escrituração

Como Formar o Preço de Venda

Fatos Contábeis e Variações Patrimoniais

- Conceito e Classificação

Contabilidade:
Uma abordagem básica

- Registros Contábeis Patrimoniais


- Contas
- Mapa das Contas
- Codificação
- Especificação
- Contas de Compensação
- Contas Retificadoras
- Contas Transitórias
- Classificação Direta nos Documentos
- Classificação em Fichas de Lançamentos
- Classificação em “Linha de Produção”
- Classificação pelo Sistema “On Line”
- Lançamentos Contábeis que se Repetem Mensalmente

Elementos Básicos dos Lançamentos Contábeis


- Escrituração
- Livros Utilizados na Escrituração
- Fichas de Lançamentos e Planilhas Contábeis
- Escrituração Contábil

Classificação da Escrituração
- Métodos de Escrituração
- Método de Partidas Simples
- Método das Partidas Dobradas
- Débito e Crédito
- Livro Diário
- Livro Razão

Ativo Permanente
Balanço Patrimonial
Os Passos que Devemos Seguir até o Balanço Patrimonial

Operações com Mercadorias

- Estoque/Almoxarifado
- MÉTODO CMPM – Custo Médio Ponderado Móvel
- MÉTODO CMPF – Custo Médio Ponderado Fixo
- MÉTODO PEPS – Primeiro que Entra Primeiro que Sai
- MÉTODO UEPS – Último que Entra Primeiro que Sai

Contabilização de Impostos

Como Entender Balanços

Análise por quocientes*

- Índice de Liquidez
- Índices Individuais

Rotação de Estoques

Rotação de duplicatas a receber

Rotação de Duplicatas a pagar.

Índice de Rentabilidade
BIBLIOGRAFIA

Manual de Contabilidade 5ª edição - Editora Atlas.


Eliseu Martins e Sérgio de Iudícibus

Estrutura, Analise e interpretação de balanços - Editora Atlas.


Hilário Franco.

Contabilidade Comercial – Editora Atlas.


Armando Aloe e Francisco Valle

Contabilidade Geral – Editora Atlas


Hilário Franco

Como Entender Balanços – CRC do Estado de São Paulo


Antoninho Marmo Trevisam

Assistente Administrativo – Editora Érica


José Antônio M. Castiglioni

Boletim IOB

Martins, Eliseu, Contabilidade de Custos. 1999

Matz, Adolph, Curry, Custo Padrão, Atlas 1972

Lima, José Geraldo, Atlas, Custos (Cálculos, Sistemas e Analise) 1976

Leone, George S.G. Custos – Um enfoque administrativo – FGV 1974

Ribeiro, Osni Moura, Contabilidade Comercial, Saraiva, 1990

Lawrence W.B. – Contabilidade de Custos – MEC 1975

CLT-Consolidação das Leis do Trabalho


Hilton Lobo Campanhole
Ed. Atlas - 1999

CLT - Consolidação das Leis do Trabalho


Saraiva
Ed. Saraiva - 1998

Manual de Prática Trabalhista


Aristeu de Oliveira
Ed. Atlas - 24º Edição

Manual de Administração de Pessoal


Cecília Soares Iório e Percival Domingos Zacheu
Ed. SENAC

Constituição da República Federativa do Brasil


Junke de Oliveira
Ed. Saraiva

História da Administração
João Bosco Lodi
Ed. Biblioteca Pioneira de Administração e Negócios.
Formação Continuada: Departamento Pessoal

SENAI – SP, 2003

Trabalho elaborado em Fevereiro de 2004, pela Divisão de Recursos Didáticos da


Diretoria de Educação da SENAI - SP

Coordenação Geral Escola SENAI “Ary Torres”

Elaboração, Conteúdo Técnico e Escola SENAI “Ary Torres”


Leitura Técnica

Capa SENAI “Ary Torres” UFP - 112

Escola SENAI “Ary Torres”


Rua Amador Bueno, 504 – Santo Amaro
Telefone (11) 5523.2900
E-mail: senaiarytorres@sp.senai.br

SENAI – SP senai@sp.senai.br
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Sumário

• Relação de Trabalho 07
O Homem e o Trabalho 07
A Hierarquia das Leis Trabalhistas 08
A Finalidade da Administração de Pessoal 09
Ética Profissional 09
Órgãos Fiscalizadores 10
Papel do Sindicado 10
• Estrutura de Recursos Humanos 13
Recrutamento e Seleção de Pessoal 13
Departamento de Pessoal 13
Serviço Social e Benefícios 13
Cargos e Salários 14
Treinamento e Desenvolvimento 14
Segurança do Trabalho 14
Medicina do Trabalho 14
Relações Trabalhistas e Sindicais 14
• Contrato de Trabalho 15
Prazo Indeterminado 15
Prazo Determinado 15
Contrato de Experiência 16
Extinção Automática 16
Rescisão Antecipada 17
Temporário – Lei 6.091/74 18
Terceiros 20
Estagiários 21
Menores ou Aprendizes 21
• Rotinas de Admissão 23
Documentos necessários para contratação 23
Documentos preenchidos na contratação 24
Carteira de trabalho e Previdência Social (CTPS) 26
Processo de Cadastramento do PIS/PASEP 27
Livro ou Ficha de Registro de Empregado 28
Ficha de Salário Família 31
Termo de Responsabilidade Salário Família 31
Vale Transporte 31
Revisão de Matemática Básica 32
Somatória de Cálculo / Somatória de HE 35
• Marcação de Ponto 37
Forma de Registro 37
• Jornada de Trabalho 39
Duração da jornada de trabalho 39
Período de descanso 39
Prorrogação de horas 40
Acordo de compensação de horas 40
Categorias diferenciadas 41
Escala de revezamento 41
Descanso Semanal Remunerado – DSR 41
• Folha de Pagamento 47
Vencimentos 47
Descontos 48
Pagamento aos Empregados 49
Cálculo de Proventos 50
Salário 50
Horas Extras 57
Remuneração Variável 60
Adicional de Insalubridade / Periculosidade / Noturno 62
Afastamentos 68
Cálculo de Descontos 68
INSS 68
Imposto de Renda 70
Descontos para o Sindicato 77
Faltas e Atrasos 80
• Folha de Pagamento (continuação)
Repouso Semanal Remunerado 83
Vale Transporte 84
Pensão Alimentícia 87
Adiantamento de Salário 88
Seguro de vida 88
Vale Refeição / compra em supermercado / cestas 89
Recibos de Pagamentos / Envelopes / Hollerits 89
Modalidade de Cálculo de Folha de Pagamento 90
Obrigações Mensais 92
• Gratificação de Natal 99
Pagamento por ocasião de férias 99
• Férias 105
Perda de Direito 106
Remuneração de Férias 107
Adicional de 1/3 de Férias 108
Férias pagas na rescisão de contrato 109
Férias coletivas 111
Encargos Sociais 113
• Poder Disciplinar do Empregador 115
Demissão por justa causa 117
Princípios a serem observados na aplicação da penalidade 121
Falta grave do empregador 122
Aviso Prévio 123
Quadro de garantia de Emprego 129
Dispensa de empregado estável – apuração de faltas graves. 130
• Rotina de Desligamento 131
Documentos Importantes 131
Modalidade de Saques / Códigos FGTS 132
Homologação – Rescisão de Contrato 133
Exemplos de Cálculo de RCT 136
Seguro Desemprego 138
• Obrigações Anuais 141
DIRF 141
RAIS 142
Informe de Rendimentos 142
• Obrigações Anuais (continuação)
Livro de Inspeção do Trabalho 143
Sites para visita por profissionais DP 144
Siglas 145
• Bibliografia 147
Formação Continuada: Departamento Pessoal

RELAÇÕES DE TRABALHO

O HOMEM E O TRABALHO

Desde a auto-subsistência do homem primitivo, passando pela troca, pelo


mercantilismo, pela escravidão e pela industrialização, as condições de trabalho
evoluíram, e hoje encontramos a influência de uma tecnologia tão avançada que
possibilita ao homem atender não só a sobrevivência como também aos seus desejos
mais sofisticados.

O artesanato da Idade Média apresenta a primeira forma bem caracterizada de


organização do trabalho, em que eram claras as figuras do artesão, do oficial e do
aprendiz, comparadas à organização moderna do trabalho.

Na década de 30 – começou o período denominado getulismo, com o início da


normatização do trabalho, por meio de decretos que regulamentavam:

Criação do Departamento Nacional do Trabalho;


Férias;
Horários de trabalho;
Carteira Profissional;
Trabalho do menor;
Ministério do Trabalho;
Vara Federal do Trabalho;

Relação de Trabalho 7
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Na década de 40 no dia 1º de maio de 1943 é promulgado o decreto-lei n. º


5.452, em vigor até os dias de hoje, e que aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT).

Em 1988 com a promulgação da Constituição Federal, alguns direitos dos


trabalhadores foram confirmados (salário mínimo, décimo terceiro salário, etc.), outros
foram alterados (jornada de trabalho de 44 horas, um terço a mais nas férias, etc.), e
outros criados, como o salário maternidade e a licença-paternidade.

No Brasil, a legislação trabalhista é ampla e complexa e, tendo sido gerada há


mais de 50 anos, acarretou inúmeras normatizações paralelas, dificultando ainda mais a
sua interpretação, exigindo, para a sua aplicação, um amplo conhecimento de sua
extensão.

As leis trabalhistas estão inseridas em uma hierarquia em que as de nível


superior são mais abrangentes, definindo direitos e deveres mínimos para as partes, e as
de nível inferior, mais específicas, significando que uma lei maior não pode ser contrariada
por uma menor e que uma menor é aplicada a casos específicos.

A HIERARQUIA DAS NORMAS TRABALHISTAS

Constituição Federal – Norma Jurídica máxima que consubstancia uma enormidade de


direitos para os trabalhadores, fruto de reivindicações;

CLT (Complementada por leis ou decretos emanados posteriormente);


Doutrina – Conjunto de pareceres dos juristas, isto é, estudiosos do Direito;

Jurisprudência / Súmulas e Enunciados – Conjunto uniforme de sentenças proferidas


por Juízes;

Norma Coletiva de Trabalho – resultante de negociação entre empregados,


representados por sindicatos, e empregadores;

8 Relação de Trabalho
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Regulamento Interno da Empresa;

Contrato Individual de Trabalho.

A FINALIDADE DA ADMINISTRAÇÀO DE PESSOAL

Em face destes acontecimentos a ação do “Guarda-Livros” (denominação dada ao


contador da época) foi insuficiente para acompanhar e cumprir as novas determinações
que regiam as relações entre empresa e empregado. Foi aí que surgiu a figura do
“Administrador de Pessoal” exclusivamente responsável pelo cumprimento das obrigações
trabalhistas que eram impostas às empresas.

Este profissional tem um papel muito importante dentro de uma empresa, pois terá
de evitar que a empresa venha a sofrer punições dos órgãos fiscalizadores (veremos mais
adiante), assim como evitar problemas de produção uma vez que o empregado é
considerado muito importante no desenvolvimento de uma empresa.
Ainda deverá este profissional, interpretar as leis e normas divulgadas e cumpri-las, e
fornecer informações ao alto escalão das empresas.

As leis e normas que regem as relações do trabalho estão em constantes


mudanças, o que exige uma atualização permanente do profissional da área de
Administração de Pessoal.

ÉTICA PROFISSIONAL

Todo profissional deve ter ética, isto é, cuidar com zelo e sigilo as informações
do seu setor. Não poderá ser diferente, pois, o profissional de Departamento Pessoal
deve:

Relação de Trabalho 9
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Atender bem aos seus clientes internos e externos;


Não divulgar de maneira nenhuma informações confidenciais;
Garantir que todos os trabalhos sejam feitos em tempo hábil e com qualidade;
Trabalhar de acordo com a legislação trabalhista;

ORGÃOS FISCALIZADORES

As Empresas estão sujeitas as fiscalizações e conseqüentes punições (multas ou


interdições), caso se verifique pelo poder fiscalizador alguma infração as leis trabalhistas.
Cabe aos seguintes órgãos proceder às fiscalizações, e no ato requerer a apresentação
obrigatória de documentos, imediata ou através de prazos estipulados:

Ministério do Trabalho através de suas Delegacias Regionais do Trabalho


Ministério da Previdência Social
Conselho Curador do FGTS
Vigilância Sanitária (Segurança e Saúde do Trabalhador)

As fiscalizações serão efetuadas aleatoriamente, através de campanhas intensas


para apurações de sonegações ou motivadas por denúncias de irregularidade.

O PAPEL DO SINDICATO

A existência dos Sindicatos tem como objetivo principal à defesa dos interesses
dos empregados, sendo que atuam por categorias de ramos de atividades e por base
territorial:

Exemplo:
Industrias metalúrgicas de Santo André e São Bernardo do Campo
Os empregados destas empresas estarão automaticamente pertencendo à categoria
do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

10 Relação de Trabalho
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Os Sindicatos sempre representarão os empregados de suas categorias em


negociações com as empresas, não podendo exercer o poder de fiscalização, somente
podendo oferecer denúncias aos órgãos fiscalizadores.

Anualmente, em um mês pré-definido, chamado de data-base, os sindicatos se


reunirão com as empresas para a elaboração do “Acordo Coletivo”, onde definirão
reajustes salariais, abonos, participação nos lucros, pisos salariais, e até novos direitos
sociais (jornada de trabalho, remuneração das férias, etc.) desde que sejam mais
favoráveis que as leis em vigor.

Quando esta negociação chega a um impasse e não se chega a um acordo, passa


a ser submetida à Justiça do Trabalho, o que for definido terá que ser acatado por ambas
as partes será chamado de “Dissídio Coletivo”.
(Art. 511 e seguintes CLT, Art. 8º CF).

Relação de Trabalho 11
Formação Continuada: Departamento Pessoal

ESTRUTURA DE RECURSOS
HUMANOS

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL

Setor muito importante na empresa recebe a informação das áreas sobre as


vagas disponíveis e o perfil que o candidato deve ter para ser aprovado. Mediante essas
informações o setor começa o processo de busca do profissional no mercado, para
seleção. (Contratação de novos funcionários)

DEPARTAMENTO DE PESSOAL

Departamento responsável pela administração de todos procedimentos que


envolvam os empregados. Responsável ainda pelos procedimentos de folha de
pagamento. (Cumprimento das obrigações trabalhistas).

SERVIÇO SOCIAL E BENEFÍCIOS

Responsável pela assistência social e acompanhamento dos empregados e


familiares, administrando os benefícios concedidos pela empresa. (Vale transporte, vale
refeição, assistência médica, etc).

Estrutura de Recursos Humanos 13


Formação Continuada: Departamento Pessoal

CARGOS E SALÁRIOS

Setor responsável pela descrição de cargos (funções), pesquisas salariais,


elaboração de planos de carreira.

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

Setor responsável pelo desenvolvimento e treinamento de acordo com as


necessidades da empresa ou de cada empregado. (Treinamentos através de cursos
internos e externos).

SEGURANÇA DO TRABALHO

Garante a segurança e o bem estar físico dos empregados da empresa.


(Manutenção da segurança para o trabalho, evitando acidentes. Executado por
engenheiros ou técnicos de segurança do trabalho).

MEDICINA DO TRABALHO

Garante a saúde e bem estar físico dos empregados da empresa. (Exames


médicos, PCMSO). Executado por médicos do trabalho.

RELAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICAIS

Negociações com sindicatos, empregados ou na Justiça do Trabalho.

14 Estrutura de Recursos Humanos


Formação Continuada: Departamento Pessoal

CONTRATO DE TRABALHO

O contrato individual do trabalho é um acordo celebrado entre o empregador e o


empregado. A CLT define nos seus artigos 442 e 443 claramente as regras do contrato,
podendo ser:

PRAZO INDETERMINADO

Não há prazo preestabelecido. O contrato poderá inicialmente ser de prazo


determinado e esgotado o prazo preestabelecido passa automaticamente para
indeterminado. É o contrato que tem uma data para início e não tem para o término

No contrato individual de trabalho deve constar a regra da contratação de acordo


com a legislação e normas internas da empresa, caso contrário aplica-se o disposto no art.
9º da CLT, preceitua que serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
consolidação.

PRAZO DETERMINADO

É um contrato com prazo estabelecido, não podendo ser superior a dois anos e
pode ser prorrogado por uma única vez.

Contrato de Trabalho 15
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Como exceção, temos o contrato a prazo determinado, cuja celebração é válida em


determinadas situações, expressamente enumeradas na própria lei. Assim, tais contratos
somente serão válidos quando se tratarem de serviços cuja natureza ou transitoriedade
justifique a predeterminação do prazo.

CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

Contrato de experiência é uma espécie de contrato a prazo determinado, tem por


objetivo dar condições de mútuo conhecimento às partes contratantes. Durante esse
período, o empregador observará o desempenho funcional do empregado na execução de
suas atribuições, não se restringindo somente à parte técnica, mas também a outros
aspectos considerados importantes, como a integração à equipe de trabalho, conduta
moral, social, etc.

EXTINÇÃO AUTOMÁTICA

Atingindo o prazo fixado, o contrato de experiência se extingue, ou seja, termina


automaticamente pelo decurso de prazo. Assim, se até o dia após o término, nenhuma
das partes se manifestar em sentido contrário, o referido contrato passará a vigorar por
prazo indeterminado. (Art. 481 – CLT).

Portanto, caso a empresa não queira dar continuidade ao contrato, deverá


comunicar ao empregado, no último dia útil de trabalho, dentro da experiência, evitando
que o mesmo compareça ao serviço no dia seguinte.

Se houver acordo de compensação de horas de trabalho, relativa a dia que recaia


após o término, impedir que o empregado faça a compensação.

16 Contrato de Trabalho
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Exemplo:
Término do contrato na 6ª feira. O empregado não deverá trabalhar além do
horário normal para compensar a jornada do sábado.

RESCISÃO ANTECIPADA

Se qualquer das partes, empregador ou empregado, rescindir o contrato, sem justa


causa, antes do seu término, não caberá aviso prévio, mas sim indenização prevista nos
arts. 479 e 480 da CLT.

Caso a rescisão seja promovida pelo empregador, esse pagará ao empregado, a


título de indenização, metade daquilo que o empregado ganharia até o final do contrato.

Se a rescisão for de iniciativa do empregado, poderá a empresa cobrar os


prejuízos advindos da demissão, não podendo a referida indenização ser maior do que
aquela que o empregado receberia se estivesse sendo dispensado.

CONVERSÃO DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA EM CONTRATO A PRAZO


INDETERMINADO

O art. 481 da CLT dispõe que se no texto do contrato de experiência incluir-se uma
cláusula que permita a rescisão antecipada, operando-se a rescisão antes do término
previsto, o cálculo das verbas rescisórias será efetuado como se o contrato fosse por
prazo indeterminado, ou seja, com o pagamento do aviso prévio que integrará o tempo de
serviço para efeito de pagamento das demais verbas rescisórias.

O contrato de experiência pode ser prorrogado apenas uma vez e respeitado o


limite máximo de 90 (noventa) dias, conforme artigo 451 da CLT e Enunciado 188 do TST.

Contrato de Trabalho 17
Formação Continuada: Departamento Pessoal

TEMPORÁRIO – LEI 6.019/74

Contrato temporário é aquele firmado entre a empresa junto a agências de trabalho


temporário, para atender necessidade transitória / momentânea de serviços (aumento de
produção/ demanda) no qual o prazo não poderá ser superior a 90 dias para cada
trabalhador contratado nestas condições, exceto se autorizado pela delegacia regional do
trabalho.

O trabalhador temporário não tem vínculo com sua empresa e sim com a agência
pelo qual foi contratado, para tanto todos os processos legais e operacionais são de
responsabilidades da agência de empregos temporários.

18 Contrato de Trabalho
Formação Continuada: Departamento Pessoal

MODALIDADES DE CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO

MODALIDADE PRAZO PRAZO PRORRO- FINALIDADE


MÍNIMO MÁXIMO GAÇÃO

Experiência Não há 90 dias Uma única Dar condições a


Art.451-CLT vez ambas as partes de
se avaliarem
mutuamente.

Temporário Não há 90 dias 90 dias Propiciar às


Com empresas,
aprovação substituição ou
de MT aumento do quadro
(a partir de de pessoal em
09/01/98) situações de
URGENCIA /
EMERGÊNCIA
(Temporariamente).

Obra certa ou Não há Dois Uma única Contrato de trabalho


de prazo anos Vez cuja vigência
determinado dependa de termo
prefixado ou da
execução de
serviços
especificados, ou
ainda, da realização
de certo
acontecimento
suscetível de
previsão
aproximada.
Ex. Construção civil.

Prazo Não há Dois Uma única Proporcionar o


determinado anos vez aumento de
Lei nº 9.601 empregos, diminuir
de 21/01/1998 custo com os
empregados e
reduzir os encargos
sociais da empresa.

Contrato de Trabalho 19
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Importante: Os contratos por prazo determinado (Obra certa ou Lei 9.601/98), deverão
ser formalizado em convenção ou acordo coletivo de trabalho (é importante informar se
antes da celebração do contrato há convenção ou acordo coletivo firmado com o
sindicato.

TERCEIROS (TERCEIRIZAÇÃO)

A empresa poderá contratar alguns serviços terceirizados, tais como Segurança,


Limpeza, Manutenção, etc., desde que sejam observados os seguintes requisitos:

Que não se faça entre empresas do mesmo grupo econômico;


Que não seja entre empresas de prestação de serviços;
Que não ocorra aproveitamento da mão-de-obra para trabalhos estranhos ao
contratado para prestação de serviços;
Que a terceirização não atinja a atividade fim da empresa. Por exemplo, uma industria
automobilística pode terceirizar: segurança, limpeza, manutenção, restaurante, setor
de pessoal etc., menos a montagem final dos automóveis;
Impessoalidade - devendo evitar que a empresa prestadora empregue ex-
empregados dos tomadores, remunerando a menor pelo mesmo trabalho realizado;
A ausência de subordinação direta tem que manter no local um superior que seja da
empresa prestadora e não da empresa tomadora, para evitar subordinação.

ESTAGIÁRIOS

São os estudantes contratados pelas empresas, desde que observados certos pré-
requisitos legais previstos na lei 6494 07/12/77, conforme segue:

Ser estudante de escola superior, de cursos de 2º grau ou supletivo, normais ou


profissionalizante tendo que estar dentro da linha de sua formação.
Seja firmado contrato e termo de compromisso de estágio entre a empresa, instituição
de ensino e o estagiário.

20 Contrato de Trabalho
Formação Continuada: Departamento Pessoal

A remuneração pode ser dada de maneira a ser conhecida como Bolsa ou Auxilio que
é um valor fixo podendo ser também o estágio gratuito.

Caso o valor da bolsa ou Auxílio chegue na faixa para sofrer o desconto de


imposto de renda, o mesmo será recolhido conforme regra dos assalariados.

É muito importante verificar no ato da assinatura do contrato junto à entidade


(escola) a quantidade limite de horas trabalhadas no mês.

MENORES OU APRENDIZES

A legislação trabalhista atual proíbe o trabalho de menores de 16 anos, só


ressalvando a condição de aprendizes sejam eles alunos dos cursos do SENAI (Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial) ou SENAC (Serviço Nacional do Comércio). O
Contrato de aprendizagem deverá ser registrado em 4 (quatro) vias, na delegacia Regional
do Trabalho, sendo que o requerimento de registro, deverá ser acompanhado de atestado
de Matrícula no SENAI ou SENAC. Deverá ainda dar entrada no prazo máximo de 30
(trinta) dias da assinatura do contrato.

A CLT traz em seus artigos 429 e 433, todas as condições legais para ser
tratados os empregados aprendizes.

Os estabelecimentos industriais de qualquer natureza, inclusive transportes,


comunicações e pesca, são obrigados a empregar e matricular nos cursos mantidos pelo
SENAI um número de aprendizes equivalentes a 5% no mínimo e 15% no máximo dos
operários existentes em cada estabelecimento, e cujos ofícios demandem formação
profissional.

Nas localidades onde o SENAC ainda mantém aprendizagem para menores, as


empresas comerciais devem ter aprendizes em número por ele fixado, até o limite de 10%
do total dos empregados.

Contrato de Trabalho 21
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Terão preferência aos lugares de aprendizes de um estabelecimento os filhos,


inclusive órfãos, e em segundo lugar, os irmãos dos empregados.

Os candidatos à admissão de aprendizes além da idade mínima de 14 anos


deverão satisfazer algumas exigências:

Ter concluído o curso primário


Ter aptidão física e mental
Não sofrer de moléstia contagiosa e ser vacinado contra varíola

O aprendiz que faltar aos trabalhos escolares no curso de aprendizagem, sem


justificativas aceitáveis, perderá o salário dos dias em que se der a falta. São obrigados a
freqüentar e ter freqüência no curso de aprendizagem.

A todos menores aprendizes será pago salário nunca inferior a um salário


mínimo.

22 Contrato de Trabalho
Formação Continuada: Departamento Pessoal

ROTINAS DE ADMISSÃO

Art. 41 – CLT

Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos


respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico,
conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.

Sendo que através da portaria 739 do Ministério do Trabalho, autenticação do


primeiro livro ou grupo de fichas, bem como suas continuações, será efetuada pelo Fiscal
do Trabalho, quando da fiscalização no estabelecimento empregador, quando o mesmo
passar na empresa.

A solicitação de toda a documentação a seguir é necessária e de fundamental


importância na contratação dos empregados de acordo com a CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho):

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA CONTRATAÇÃO

Carteira Profissional (CTPS)


Título de eleitor (para ambos os sexos, desde que maiores de 18 anos, sendo
facultativo a partir dos 16 anos);
Certidão de reservista ou prova de alistamento no serviço militar (sexo masculino a
partir do ano em que completa 18 anos de idade);
(Registro Profissional expedido pelos órgãos de classe – OAB, CREA, CRM, M.T,
ETC.);

Rotinas de Admissão 23
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Número do CPF;
Cédula de Identidade (RG);
Certidão de casamento (se for o caso);
Declaração de concubinato (se for o caso, para fins de habilitação da companheira
como dependente) na CTPS;
Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos;
Carteira de vacinação de filhos até cinco anos;
Atestado de invalidez de filhos de qualquer idade;
Declaração de Dependentes de Imposto de Renda na Fonte;
Comprovante de residência;
Exame médico (N.R.7);
Fotos (tamanho e quantidade a critério da empresa);
C.N.H.;
Cartão do PIS (caso não seja o primeiro emprego);

Importante: Antes do início efetivo dos empregados na empresa, há também a


necessidade de que os mesmos sejam examinados por um médico do trabalho, que
constatará a capacidade de exercício da função determinada. (Este exame é chamado de
exame pré-admissional NR-7 - ASO).

DOCUMENTOS PREENCHIDOS NA CONTRATAÇÃO

CTPS;
Ficha de registro de empregado;
Contrato de trabalho (duas vias);
Declaração de dependentes de imposto de renda na fonte (duas vias);
Termo de responsabilidade do salário família (duas vias);
Ficha de salário família;
Acordo de compensação de horas (duas vias);
Acordo de prorrogação de horas (duas vias);
Opção de vale transporte;
Autorização para desconto em folha de pagamento (ex: vale refeição, seguro de vida,
assistência médica, compras particulares na empresa, grêmio, etc. duas vias).

24 Rotinas de Admissão
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CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL (CTPS)

Na admissão de empregado, é indispensável que a empresa exija a Carteira de


Trabalho e Previdência Social (CTPS), para proceder às anotações referentes ao Contrato
de Trabalho.

Nas localidades onde não haja serviço regular de expedição de carteiras, a


legislação trabalhista, excepcionalmente, permite a admissão sem este documento,
estabelecendo um prazo de 30 (trinta) dias para regularização da situação.

Neste caso a empresa estará obrigada:

a permitir o comparecimento do empregado ao posto de emissão mais próximo ao


local de trabalho;

Rotinas de Admissão 25
Formação Continuada: Departamento Pessoal

a fornecer, no ato da admissão, documento do qual constem, pelo menos, a data de


admissão, a natureza do trabalho, o salário e a forma de pagamento.

Ocorrendo dispensa do empregado, antes da obtenção da CTPS, o empregador


estará obrigado a fornecer-lhe uma declaração da relação de emprego.

Prazo para anotações na CTPS

A empresa terá prazo improrrogável de 48 horas para proceder às anotações na


CTPS. Por ocasião da admissão, serão anotadas as datas de admissão, a remuneração,
seja qual for à forma de pagamento e as circunstâncias especiais, se houverem.

As empresas deverão adotar para efeito de fiscalização o uso de recibo de


recebimento da CTPS, assim como de devolução da mesma ao empregado, onde o
empregado anotará a data que está recebendo sua CTPS de volta.

Valor das anotações

A Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS é prova fundamental do


contrato de trabalho, sendo exigida especialmente nos seguintes casos:

Justiça do Trabalho – reclamações trabalhistas;


INSS –Instituto Nacional de Seguridade Social – em casos de afastamentos pôr
doenças, acidentes de trabalho, pensão por morte, aposentadoria, declaração de
dependentes, etc.
Sindicatos, DRT – Delegacia Regional do Trabalho (homologações de rescisões
contratuais); CEF – Caixa Econômica Federal (recebimento de Seguro Desemprego,
FGTS, PIS), etc.

As anotações na CTPS devem ser feitas:

em ordem cronológica;
sem abreviaturas, rasuras, emendas, nada que possa gerar dúvidas. Caso isso ocorra,
efetuar uma ressalva.
caneta esferográfica ou etiquetas, sempre de forma legível.

26 Rotinas de Admissão
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Atualização das Anotações

A atualização das anotações da Carteira de Trabalho e Previdência Social será


efetuada nas seguintes situações:

na data-base da categoria profissional correspondente;


na época do gozo das férias;
por ocasião do afastamento por doença e/ou acidente do trabalho;
a qualquer tempo por solicitação do empregado;
na rescisão contratual;
para fins previdenciários.

PROCESSO DE CADASTRAMENTO DO PIS/PASEP

O PIS - Programa de Integração Social (criado pela Lei Complementar nº 7, de


07/09/1970) e o PASEP –Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
(criado pela Lei complementar nº 8, de 03/12/1970) foram unificado, a partir de 01/07/76,
sob a denominação PIS/PASEP, pela Lei Complementar nº 26, de 11/09/1975.

Ambos os sistemas baseavam-se na participação dos trabalhadores nos lucros das


empresas. Entretanto, diferentemente do benefício com esse nome, previsto no inc. XI do
art. 7º da Constituição Federal, o PIS/PASEP, não é um sistema de participação direta dos
trabalhadores nos lucros das empresas em que trabalham.

O PIS/PASEP é um sistema constituído por um único fundo, formado pela


contribuição mensal de todas as empresas do País, com base em um pequeno percentual
de seu lucro ou, não tendo fins lucrativos, sobre sua folha de pagamento.

Esse fundo é administrado pela Caixa Econômica Federal, gerando rendimentos.

Cada trabalhador, na ocasião de seu primeiro emprego, é cadastrado no sistema,


recebendo um número que vale por toda a sua vida profissional e identifica a sua conta
individual.

Rotinas de Admissão 27
Formação Continuada: Departamento Pessoal

A RAIS - Relação Anual de Informações Sociais, que as empresas são obrigadas a


encaminhar à Caixa Econômica Federal todos os anos, é o documento que informa ao
sistema do PIS/PASEP os dados referentes aos trabalhadores que participarão do
programa no ano.

Recebem um abono anual equivalente a um salário mínimo os trabalhadores com


salário até dois mínimos e que tenham trabalhado, no ano, para empresas participantes do
PIS/PASEP, conforme informações da RAIS.

Os empregados que já estavam cadastrados na época da promulgação da


Constituição Federal podem sacar o montante de sua conta do PIS/PASEP nos seguintes
casos:

aposentadoria;
invalidez permanente;
reforma militar ou transferência para a reserva;
câncer do titular ou de seus dependentes;
portador do vírus da AIDS;
morte do trabalhador - saque pelos dependentes.

LIVRO OU FICHA DE REGISTRO DE EMPREGADO

O empregador está obrigado a efetuar o registro de seus empregados tão logo os


mesmos iniciem a prestação de seus serviços.

Esse registro poderá ser feito em livros, fichas ou por sistemas eletrônicos,
devendo as empresas que adotar este último critério seguir as instruções fornecidas pelo
Ministério do Trabalho, as quais poderão ser obtidas na D.R.T. da localidade de sua
jurisdição. (Art. 41 da CLT).

28 Rotinas de Admissão
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Sendo que através da portaria do Ministério do Trabalho, a autenticação do


primeiro livro ou grupo de fichas, bem como suas continuações, será efetuada pelo Fiscal
do Trabalho, quando da fiscalização no estabelecimento empregador, quando o mesmo
passar na empresa. (Portaria 402/95 e Portaria 739/97 que alterou a Lei 3626/91).

O registro de empregados feitos em livro ou ficha, deverá estar sempre atualizado


e numerado seqüencialmente por estabelecimento, cabendo ao empregador ou seu
representante legal a responsabilidade pela autenticidade das informações nele contidas.

O livro ou a ficha de registro de empregados deverá conter as seguintes


informações:

identificação do empregado, com número e série da Carteira.


de Trabalho e Previdência Social;
data de admissão e demissão;
cargo ou função;
remuneração e forma de pagamento;
local e horário de trabalho;
concessão de férias;
identificação da conta vinculada do FGTS e da conta do
PIS/PASEP;
acidente do trabalho e doença profissional, quando tiverem ocorrido;
contribuição sindical.

Substituição
As empresas poderão substituir o uso de ficha por livro, ou de livro por fichas,
devendo para tanto encaminhar requerimento ao Delegado Regional do Trabalho,
solicitando referida substituição. A hipótese de substituição de fichas por livro é menos
freqüente.

Empresas - Alterações - Encerramento


As alterações ocorridas na empresa, quanto à razão social, bem como
transferência de responsáveis, mudança de endereço, encerramento de atividades, fusão,
cisão, incorporação, deverão ser comunicadas à Delegacia Regional do Trabalho, para as
devidas anotações e providências cabíveis.

Rotinas de Admissão 29
Formação Continuada: Departamento Pessoal

A comunicação será feita através de requerimento, acompanhado da prova da


alteração.

Adoção de Sistema informatizado


O empregador poderá optar pelo sistema informatizado, utilizando arquivo
magnético ou ótico, tanto para registro, como para armazenamento de informações dos
admitidos anteriormente à implantação do sistema.

Deverá observar a implantação dos dados exigidos no registro de fichas e livros,


além das cautelas mínimas para garantia de segurança, inviolabilidade e durabilidade dos
dados armazenados, segundo a Portaria MTPS nº 3626/91.

Cautelas para adoção do sistema informatizado


As seguintes cautelas devem ser observadas:
proceder ao registro individual em relação a cada empregado;
registro das informações deve ser mantido na forma originalmente feita, podendo as
retificações posteriores ser efetuadas por averbação;
indicação do responsável pela operacionalização centralizada do sistema;
identificação das pessoas autorizadas a operarem os arquivos, com as respectivas
limitações de acesso aos níveis de informação;
garantia de sinistro, mediante duplicação de arquivos em locais diferentes;
garantia de acesso, a qualquer tempo às informações sujeitas à Inspeção do Trabalho,
inclusive as relativas à segurança e saúde do trabalhador.

Fiscalização
O sistema deverá permitir à fiscalização do trabalho o acesso a todas as
informações e todos os dados dos últimos 12 (doze) meses no mínimo, ficando a critério
da empresa estabelecer o máximo, conforme a capacidade das suas instalações,
devendo, no entanto, toda e qualquer informação anterior aos 12 (doze) meses ser
apresentada via terminal de vídeo ou relatório impresso no prazo de 2 (dois) a 8 (oito)
dias, obrigatoriamente, informando a data e a hora de sua exibição ou impressão.

30 Rotinas de Admissão
Formação Continuada: Departamento Pessoal

FICHA DE SALÁRIO-FAMÍLIA

Todas as empresas deverão manter, rigorosamente em dia e com toda clareza, os


lançamentos das fichas de Salário-Família, exibindo-as à fiscalização, para a respectiva
rubrica, sempre que lhes for exigida, assim como as provas de filiação, os comprovantes
de pagamento do SF, o Termo de Responsabilidade assinado pelo empregado, os
comprovantes relativos às vacinas obrigatórias e a comprovação da freqüência escolar,
entre outros, que possam interessar à mesma fiscalização.

TERMO DE RESPONSABILIDADE - SALÁRIO-FAMÍLIA

Para efeito de concessão e manutenção do Salário-Familia, é obrigatório de o


segurado firmar o Termo de Responsabilidade, conforme determina o art. 89 do
Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048/99

Esse documento discrimina a relação dos dependentes que dão ao empregado o


direito de receber o salário família da Previdência Social.

São dependentes para esse efeito os filhos menores de 14 anos, os inválidos de qualquer
idade, os filhos adotivos e os menores que estejam sob a guarda do empregado, desde
que reconhecido como tal pela Previdência Social.

VALE TRANSPORTE

A matéria referente ao Vale-transporte é tratada na Lei nº 7.418/85 e no Decreto nº


95.247/87.

Rotinas de Admissão 31
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Quando o empregado necessita de Vale-transporte, deverá preencher o formulário


Declaração de Deslocamentos, informando o tipo e a quantidade de vales. Quando o
empregado não necessita de vale transporte, deverá ser preenchido o formulário
Declaração de Renúncia do Vale Transporte.

REVISÃO DA MATEMÁTICA BÁSICA

Tem por objetivo, como relembrar a operação de sua máquina de calcular, nas
funções básicas, porém imprescindíveis para o aprendizado e continuidade no Curso de
Auxiliar de Departamento Pessoal.

Atenção: é proibido fazer continhas na mão, de cabeça, etc. É importante realmente


utilizar a máquina de calcular.

Vamos pegar a calculadora e digitar alguns números para nos adaptar a ela.

01) 1.246
02) 90.047
03) 100.950
04) 12.345
05) 7.047

Como podemos perceber, ao escrevermos números procuramos organizar com


ponto para facilitar a leitura, porém, na calculadora não utilizamos o ponto, ou seja,
digitamos direto, a menos que façamos referência a números decimais, como os abaixo:

01) 1.248,00
02) - 90.047,20
03) - 100.950,75
04) - 12.345,59
05) - 7.047,18

32 Rotinas de Admissão
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Efetuar as seguintes somatórias:

a) 1.750,45 b) 5.950,74 c) 9.420,45


1.020,50 3.150,10 952,89
+ 7.536,90 + 5.675,34 + 3.916,75

Efetuar as seguintes subtrações:

a) 11.645,65 b) 24.440,84 c) 8.990,56


- 9.111,50 - 15.113,89 - 3.333,67

Efetuar as seguintes multiplicações:

a) 2.568,30 b) 2.467,42 c) 896,44


x 55 x 115 x 896,44

Efetuar as seguintes divisões:

a) 111.945,36 b) 150.967,45 c) 999.546,67


÷ 189,55 ÷ 150,34 ÷ 278,90

A divisão poderá ser representada pelos seguintes sinais (/ ou ·). Durante o curso
você verá muito o símbolo “/”, enquanto na maioria das calculadoras o símbolo será “÷”.

Muito bom, agora que não temos mais dúvidas de como fazer as quatro operações
com a máquina de calcular vamos adiante:

Rotinas de Admissão 33
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Vejamos como calcular % (percentual) com a máquina de calcular:

Calcular 10% de 1.500


Basta digitar 1500 x 10% = 150

Exercício de %:

a) 2.115,70 x 10% = 2.115,70 + _________ = _________


b) 3.567,89 x 15% = 3.567,89 + _________ = _________
c) 5.440,12 x 14,41% = 5.440,12 + _________ = _________
d) 3.678,45 x 85% = 3.678,45 + _________ = _________

Vejamos agora como calcular direto um acréscimo de % a um valor qualquer:

a) 2.115,70 x 1.10 = __________


b) 3.567,89 x 1.15 = __________
c) 5.440,12 x 1.1441 = __________
d) 3.678,45 x 1.85 = __________

Como podemos observar, encontramos o mesmo resultado fazendo uma única


operação.

Arredondamento

Em algumas calculadoras os resultados aparecerão já arredondados, ou seja, com


dois dígitos depois da virgula.
Porém a grande maioria nos resulta em números com vários dígitos, como por
exemplo:

10 / 3 = 3.3333333 ➙ para que possamos trabalhar sem divergências o ideal é o


arredondamento simples, ou seja, considerar apenas dois dígitos depois do ponto ou da
vírgula. Isso nos permite padronizar os resultados dos exercícios:

34 Rotinas de Admissão
Formação Continuada: Departamento Pessoal

10 / 3 = 3.3333333 ➙ o valor a ser considerado é apenas 3.33

Mesmo adotando este padrão poderá ocorrer divergência em alguns cálculos, que
podem gerar diferenças de centavos. Estas diferenças não são levadas em consideração.

TRANSFORMAÇÃO / CONVERSÃO DE HORAS

É importante efetuarmos alguns exercícios de conversão das horas, eis que há


diferença entre horas centesimais (que vão de 1 a 100 são utilizadas para efeito de
remuneração) e horas relógios (que vão de 1 a 60 e são àquelas horas efetivamente
anotadas e apuradas nos controles de marcação).

Para tanto, devemos efetuar a divisão dos minutos em referência por 60


(equivalente há 1 hora), para obtermos a parte decimal das horas devidas, conforme
exemplos abaixo:

Vamos ver na prática o porque desta transformação/conversão:


Exemplo:
Um empregado trabalhou uma hora e ganha R$ 1,00 por hora
Para sabermos quanto ele vai receber usando a calculadora é muito simples:
1 X 1 = 1, 00, OK?
(1 hora) (R$ 1,00 p/ hora)

Um empregado trabalhou 30 minutos e ganha R$ 1,00 por hora


Se utilizarmos o mesmo método de cálculo teremos:
0.30 X 1,00 = 0,30 que estará errado, pois 30 minutos é metade de uma hora e se
ele ganha 1,00 por hora logo a metade teria que ser R$ 0,50.

Para que este cálculo nos retorne um valor correto é necessária a conversão: 30
minutos / 60 = 0,5 e logo multiplicamos pelo salário hora X R$ 1,00 = 0,50

Logo, toda vez que tivermos minutos teremos que dividir-los por 60 antes de aplicar o
valor da hora.

Assim podemos entender que 30 minutos corresponde a 50% de uma hora, portanto 0,50.

Rotinas de Admissão 35
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Exemplo:

1h20 min 20 minutos corresponde a 33% de


60. Portanto 20 minutos = 0,33

N. º de horas Transformar p/centésimo N. º total (Relógio).


1h20 min. 20 minutos /60 = 0,33 1 + 0,33 = 1,33
1h35 min. 35 minutos /60 = 0,58 1 + 0,58 = 1,58
1h18 min. 18 minutos /60 = 0,30 1 + 0,30 = 1,30
1h27 min. 27 minutos /60 = 0,45 1 + 0,45 = 1,45
1h48 min. 48 minutos /60 = 0,80 1 + 0,80 = 1,80
Total............................................................................................. 7,46

Transformar/voltar o total de centésimo para hora relógio, ou seja, fazer o processo


inverso multiplicar por 0,60.

0,46 x 0,60 = 0:27 minutos


Total = 7h27 minutos

Fazer a soma de Horas Extras dos seguintes casos:

a) N. º de Horas b) N. º de Horas c) N. º de Horas


1h55 min 1h45 min 1h39 min
1h40 min 1h42 min 1h29 min
1h45 min 1h43 min 1h17 min
1h52 min 1h28 min 1h05 min
1h16 min 1h53 min 1h12 min

36 Rotinas de Admissão
Formação Continuada: Departamento Pessoal

MARCAÇÃO DE PONTO

FORMA DE REGISTRO

Obrigatoriedade
Os estabelecimentos que possuem mais de 10 (dez) empregados estão obrigados
à marcação de ponto, que poderá ser feita: com cartão manual; livro de ponto; pelo uso
do relógio de ponto; por computador.

Aconselhamos manter a marcação de ponto para todos as empresas,


independente do número de empregados.

Empregados desobrigados da marcação


Estão desobrigados da marcação do ponto aqueles que ocupam cargos de
confiança, bem como os que trabalham em serviços essencialmente externos e que não
estão sujeitos a horários.

O Art. 62 da CLT determina a referida exclusão, exigindo que a condição da


execução de cargo de confiança ou do trabalho externo seja explicitamente anotada na
CTPS e na Ficha ou Livro de registro de Empregados.

Trabalho Externo
Aqueles empregados que exercem atividades externas (fora do estabelecimento
do empregador), ex: vendedores externos, técnicos de assistência técnica,
motoristas/office-boy, etc., sujeitos a horário devem utilizar mensalmente a ficha de horário
de trabalho externo, que ficará em poder do empregado, para anotação de sua jornada de
trabalho. As empresas deverão ter afixado, em lugar visível, o quadro de horário, conforme
modelo expedido pelo Ministério do Trabalho.

Marcação do Ponto 37
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Quadro de Horário de Trabalho


O horário de trabalho constará de quadro, conforme modelo aprovado pelo
Ministério do Trabalho, e afixado em lugar bem visível. Contudo, a empresa que adotar
registros manuais, mecânicos ou eletrônicos, individualizados de controle de horário,
contendo a hora de entrada e saída, bem como a pré-assinalação do período de repouso
ou alimentação, fica dispensada do uso de quadro de horário.

Neste caso, deverá ser feito o quadro de horário apenas para aqueles funcionários
que estão desobrigados da marcação de ponto ou que exercem atividades externas.

Anotações dos Descansos

Esclareça-se que a Portaria n. º 3.626/91 permite a substituição do quadro de


horário pelo cartão de ponto, desde que conste do mesmo o horário de entrada e saída e
os intervalos para descanso.

Quanto à marcação do ponto no horário destinado às refeições (intervalos dentro


da jornada), o art. 74, 2º, da CLT, tornou facultativa tal anotação, desde que referidos
intervalos sejam pré-assinalados no próprio cartão.

38 Marcação do Ponto
Formação Continuada: Departamento Pessoal

JORNADA DE TRABALHO

DURAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO

Duração do trabalho normal não superior a 08 (oito) horas diárias e 44(quarenta e


quatro), semanais, facultada a compensação de horários e redução de jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho. (Ar. 7º, XIII da CF/88).

A jornada mensal não será superior a 220 horas para o mensalista.

PERÍODO DE DESCANSO

Em qualquer trabalho contínuo que exceda às seis horas, é obrigatória a


concessão de um intervalo para repouso ou alimentação de no mínimo 1 hora e no
máximo duas horas. Art. 71, parágrafo 1º da CLT.

Caso a jornada seja superior a 4 horas e não exceda de 6 horas haverá um


intervalo de 15 minutos. Art. 71, parágrafo 1º da CLT.

Nota: Esses intervalos não são computados na duração do trabalho, porém se não
concedidos pelo empregador serão considerados como jornada extra.

Entre duas jornadas de trabalho haverá um intervalo de no mínimo de 11 (onze)


horas consecutivas para descanso (art. 66 CLT).

Jornada de trabalho 39
Formação Continuada: Departamento Pessoal

É assegurado a todo empregado um descanso semanal remunerado de 24 (vinte


e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou
necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o Domingo, no todo ou em parte
(art.67 CLT).

PRORROGAÇÃO DE HORAS

A duração normal de trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares


(horas Extras), em número não excedente de duas, mediante acordo escrito entre
empregador e empregado, ou mediante convenção coletiva de trabalho. Ar. 59 da CLT.

Do acordo ou convenção coletiva de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, o


valor da hora extraordinária, que será no mínimo 50% superior à hora normal. Parágrafo
1º- art. 69 da CLT.

ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS

Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou


convenção coletiva o excesso de horas de um dia for compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, de maneira que não exceda o horário normal da semana (44 hs.)
nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

Como exemplo, a empresa faz um acordo de compensação com os empregados


aumentando a jornada de Segunda a Sexta, para compensação do Sábado e
eventualmente também para os dias pontes e feriados durante o ano.

Existe alguma controvérsia quanto ao acordo de compensação de trabalho –


individual ou coletivo. Nosso entendimento é que o acordo deverá ser feito coletivo e
acordado com o sindicato da categoria.

40 Jornada de trabalho
Formação Continuada: Departamento Pessoal

CATEGORIAS DIFERENCIADAS

A legislação Trabalhista (CLT ou Acordo Coletivo) prevê para algumas


“categorias diferenciadas”, uma jornada de trabalho inferior a 8 horas diárias e, portanto,
menor que 220 horas, tais como: ascensorista, digitadores, telefonista (6 horas diárias no
máximo) e médico, dentistas, advogados (4 horas diárias) em função da natureza do
trabalho.

ESCALA DE REVEZAMENTO

Estando a empresa autorizada a trabalhar permanentemente aos domingos,


deverá fazer escala de revezamento, mensalmente organizado de maneira que o
empregado descanse no Domingo, pelo menos de sete semanas em 7 semanas.

O número de folgas será de uma a cada seis dias trabalhados.

Quando o empregado, em revezamento, trabalhar em dias em que recaírem


feriado considera-se horas extras.

No caso do domingo, só é considerado como hora extra se coincidir com feriado.

Quando o empregado trabalhar no dia de sua folga, mesmo que seja durante a
semana, será considerado como hora extra.

DESCANSO SEMANAL REMUNERADO – DSR

Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de vinte e quatro horas


consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do
serviço, deverá coincidir com o Domingo, no todo ou em parte. Art. 67 da CLT.

Jornada de trabalho 41
Formação Continuada: Departamento Pessoal

O trabalho em Domingo, seja total ou parcial, será sempre subordinado à


autorização da autoridade competente em matéria de trabalho. Essa autorização será
concedida em caráter permanente para atividades cuja natureza ou pela conveniência
pública devem ser exercidas aos domingos.

No caso dos empregados mensalistas, o descanso semanal remunerado já está


incluso no pagamento mensal, pois se considera o pagamento de trinta dias (contando os
domingos e/ou feriados).

No caso dos horistas, deverá ser remunerado separadamente, ou seja, verificar a


quantidade de domingos e/ou feriados e calcular a Quantidade de horas.

Exemplo:
Mês com 4 domingos e 01 feriado:

Para cada Domingo ou feriado é adotado um padrão de 7h20 minutos ou 7,33 em


número centesimal, resultante do seguinte cálculo:

220 hs / 30 dias = 7,33 ➧ 0,33 x 0,60 = 0,20 min. + 7h = 7h20 min.

Logo temos:

5 x 7h20 min. = 36h40 min. horas ou 5 x 7,33 = 36,65 em nº centesimal

Desconto do D.S.R.
Não será devida a remuneração do descanso semanal, quando sem motivo
justificado, o empregado não tiver trabalhado toda a semana anterior, ou seja, não tenha
cumprido integralmente às 44 horas semanais.

Mensalistas e quinzenalistas - Controvérsias


Há controvérsias de entendimento sobre o desconto do Descanso Semanal
Remunerado de empregado mensalista ou quinzenalista, quando ocorre falta ao trabalho
sem justificativa legal.

42 Jornada de trabalho
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Os que defendem o não - desconto do DSR mensalista ou quinzenalista fundamentam sua


justificativa no artigo 7º, parágrafo 2º, da Lei nº 605/49, que preceitua:

"Consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do empregado


mensalista ou quinzenalista cujo cálculo de salário mensal ou quinzenal, ou cujos
descontos por falta sejam efetuados na base do número de dias do mês ou 30
(trinta) e 15 (quinze) diárias, respectivamente".

O que fica muito claro no artigo 7º, parágrafo 2º, da Lei nº 605/49, é que o
mensalista ou quinzenalista vai receber apenas 30 diárias no mês e 15 diárias na
quinzena, e não 30 dias + 4 domingos, ou 15 diárias + 2 domingos; portanto consideram-
se já remunerados, dentro das 30 diárias, os dias de repouso semanal.

Os que defendem o desconto do DSR do mensalista ou quinzenalista têm como


fundamento o artigo 6º da Lei nº 605/49 e artigo 11 do Decreto nº 27.048/49, que
preceituam:

"Artigo 6º - Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o


empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo
integralmente o seu horário de trabalho".

Segundo o artigo 11 do Decreto nº 27.048/49, que regulamenta a Lei nº 605/49,


"perderá a remuneração do dia do repouso o trabalhador que, sem motivo
justificado ou em virtude de punição disciplinar, não tiver trabalhado toda a semana,
cumprindo integralmente o seu horário de trabalho".

Tanto o artigo 6º quanto o artigo 11 do regulamento preceituam: "o empregado", ou


"o trabalhador" que não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, ou trabalhado
durante toda a semana cumprindo integralmente seu horário de trabalho. Em nosso
entender, mensalista, quinzenalista, semanalista, diarista e horista são empregados e
trabalhadores, não existindo discriminação ou privilégios.

Jornada de trabalho 43
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Entendemos ter procedimento o desconto do DSR do mensalista e quinzenalista.


Todavia, se o empregador vem usando o critério de não descontar DSR e vier a fazê-lo,
poderá ser nula essa alteração das respectivas condições do contrato individual de
trabalho desde que não resultem direta ou indiretamente prejuízos ao empregado.

JORNADA DE TRABALHO - MENSALISTAS

Sempre serão considerados 30 dias para o cálculo de dias de trabalho por mês
(art. 64, parágrafo único, da CLT), mesmo que o mês tenha o número inferior ou superior a
30.

Com a redução da jornada de trabalho para 44 horas semanais, o número de


horas por mês do mensalista também é de 220 horas.

Os empregados mensalistas são aqueles que são remunerados por mês.

Para o cálculo do salário diário sempre se usará o divisor “30”, e para calcular o
salário hora será usado o divisor “220”.

JORNADA MENSAL DE EMPREGADOS HORISTAS

Para o cálculo da jornada mensal do horista, poderão ser utilizadas duas formas:

1º) O levantamento da carga horária efetivamente trabalhada:

Exemplo:

Jornada de trabalho: de segunda a sábado das 8hs às 16h20 min. com uma 1h de
intervalo. (7h20 min. Diárias).

44 Jornada de trabalho
Formação Continuada: Departamento Pessoal

MÊS DE 30 DIAS
1ª quinzena 2ª quinzena

Dia Dia Qte Hs. (*) Dia Dia Qte Hs. (*)
Trabalhadas Trabalhadas
Mês Semana Hs. Mês Semana Hs
DSR DSR

1 Segunda 7h20 min 16 Terça 7h20 min


2 Terça 7h20 min 17 Quarta 7h20 min
3 Quarta 7h20 min 18 Quinta 7h20 min
4 Quinta 7h20 min 19 Sexta 7h20 min
5 Sexta 7h20 min 20 Sábado 7h20 min
6 Sábado 7h20 min 21 Domingo 7h20
7 Domingo 7h20 22 Segunda 7h20 min
8 Segunda 7h20 min 23 Terça 7h20 min
9 Terça 7h20 min 24 Quarta 7h20 min
10 Quarta 7h20 min 25 Quinta 7h20 min
11 Quinta 7h20 min 26 Sexta 7h20 min
12 Sexta 7h20 min 27 Sábado 7h20 min
13 Sábado 7h20min 28 Domingo 7h20
14 Domingo 7h20 29 Segunda 7h20 min
15 Segunda 7h20 min 30 Terça 7h20 min

Total de horas trabalhadas ➨ 190h40 minutos


Total de horas DSR (desc. semanal remunera ➨ 29h20 minutos (*)
Total de horas a receber................................ ➨ 220 horas

(*) – Lembrar que para os domingos ou feriados, considera-se 7h20 min. por dia.

Jornada de trabalho 45
Formação Continuada: Departamento Pessoal

2º) Uma forma mais simples é adotar o seguinte método:

a) verificar a quantidade de dias úteis no mês;


b) verificar a quantidade de domingos ou feriados (DSR, descanso semanal
remunerado) do mês;
c) somar a quantidade de dias e multiplicar por 7h20 min (horas) ou 7,33 centesimal.

Exemplo:

Mês com 25 dias úteis e 05 domingos = total 30 dias

30 dias X 7,33 = 220 horas

Assim, podemos utilizar a seguinte prática:tabela

Modalidade N.º dias no mês Carga horária mensal


Horista 28 205h20 min. ou 205,33
Horista 30 220 hs
Horista 31 227h20 min. 227,33
Mensalista 28,30 ou 31 220 hs.

46 Jornada de trabalho
Formação Continuada: Departamento Pessoal

FOLHA DE PAGAMENTO

O uso da folha de pagamento é obrigatória para o empregador, conforme preceitua


Lei nº 8.212/91, art. 3º, inciso 1, da Consolidação da Legislação Previdenciária - CLP. Ela
pode ser feita à mão (manuscrita), ou por meio de processos mecânicos ou eletrônicos.
Nela são registrados mensalmente todos os proventos e descontos dos empregados.
Deve ficar à disposição da fiscalização, da auditoria interna e externa e estar sempre
pronta para oferecer informações necessárias à continuidade da empresa.

Os lançamentos em folha de pagamento devem ser expressos do modo mais


simples e transparente possível, para facilitar a sua compreensão por parte dos
empregados. A demonstração de cada parcela deve ser isolada das demais e com o
nome determinado, não sendo recomendável expressões como “outros” ou
“diversos”.

VENCIMENTOS ( OU PROVENTOS, OU CRÉDITOS)

São valores que o empregado tem o direito de receber, dentre os quais os mais
habituais são:

• Salário;
• Abono;
• Adicional de Insalubridade;
• Adicional de Periculosidade;

Folha de Pagamento 47
Formação Continuada: Departamento Pessoal

• Prêmio/Comissão;
• Gorjeta;
• 13o salário;
• Horas Extras;
• Integração das horas extras no repouso semanal remunerado;
• Adicional noturno;
• Hora extra noturna;
• Salário família;
• Auxílio Enfermidade;
• Gratificação/ Prêmio;

DESCONTOS

São os valores que são deduzidos do recibo de pagamento do salário do


empregado, sendo que os relacionados abaixo são obrigatórios por lei e a empresa deverá
efetuá-los mesmo sem a autorização do empregado:

• INSS; • Faltas e atrasos;


• Imposto de Renda; • Repouso semanal remunerado;
• Contribuição sindical; • Pensão alimentícia;
• Desconto assistencial; • Adiantamento de salário;

Outros descontos são admitidos, mediante expressa autorização do empregado:

• Seguro de vida;
• Vales de refeição;
• Vales para condução;
• Despesas com medicamentos;
• Vales para compra em supermercados;
• Mensalidade sindical;
• Cesta básica, etc.

48 Folha de Pagamento
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PAGAMENTO AOS EMPREGADOS

Os salários somente podem ser pagos em moeda corrente do país; Caso contrário,
seu pagamento será considerado como não efetuado (art. 463 e parágrafo único da CLT).

Algumas empresas fazem o pagamento de seus empregados no último dia do mês.


Neste caso, é necessário fechar a folha de pagamento alguns dias antes, ganhando-se,
assim, tempo necessário para cálculo dos devidos proventos e descontos. Outras
empresas realizam o pagamento no limite máximo exigido por lei: o quinto dia útil do
mês subsequente ao vencimento, se o pagamento for mensal, ou o quinto dia
subsequente, quando o pagamento for semanal ou quinzenal, conforme Lei nº 01/89
e art. 459 da CLT. O apontamento é feito no próprio cartão de ponto. Somam-se as horas
trabalhadas, inclusive as horas extras e observam-se as faltas e atrasos para o não-
pagamento.

Exemplo:
Dia da semana Qua Qui Sex Sab Dom Fer Ter
Dia do mês 01 02 03 04 05 06 07
Data pagamento 1º 2º 3º 4º XXX XXX 5º

O pagamento dos valores líquidos constantes dos avisos de


pagamento pode ser efetuado por um dos seguintes modos:

Crédito em conta corrente bancária a favor do empregado, por meio de convênio com
a agência bancária na qual o empregado abre uma conta corrente. As maneiras
possíveis de se processar esse pagamento são as seguintes:
a empresa envia ao banco a relação com os depósitos a serem efetuados na conta
corrente de cada empregado;
a empresa envia ao banco disquete ou fita magnética com os dados, para que o
crédito seja efetuado eletronicamente;
através de teleprocessamento, a empresa credita direta e automaticamente os valores
a que tem direito os seus empregados.

Folha de Pagamento 49
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Nas hipóteses acima, o recibo de pagamento denominado nesse caso, aviso de


pagamento, destina-se somente à ciência do empregado quanto aos valores recebidos.

• Cheque ou dinheiro – nesse caso o original do recibo de pagamento deverá ser


assinado pelo empregado e arquivado pelo prazo de 5 anos e 6 meses, ficando uma via
em poder do empregado.

CÁLCULO DE PROVENTOS, VENCIMENTOS OU CRÉDITOS.

SALÁRIO

É a contraprestação devida e paga diretamente pelo empregador a todo empregado,


inclusive aos menores aprendizes. Ele pode ser pago mensal, quinzenal, semanal ou
diariamente, por peça ou tarefa; o salário nunca poderá ser inferior ao salário mínimo.

Para alguns profissionais, como médicos, dentistas, engenheiros, químicos,


arquitetos, agrônomos, veterinários, etc., o salário mínimo (salário profissional) é maior
que o salário mínimo. Esses valores são expressos em lei. Exemplo: o salário mínimo de
um engenheiro é seis vezes o valor do salário mínimo.

Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as


comissões, gorjetas, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagem que
excedam 50% do salário percebido pelo empregado e abonos pago pelo empregador.
O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade de trabalho, não deve ser
estipulada por período superior a um mês, salvo no que concernem a comissões,
percentagens e gratificações.

O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se


o salário mensal por 220 horas, limite máximo, ou número inferior, dependendo do
contrato.

50 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Exemplo 1

Um empregado recebe um salário mensal de 1.320,00, trabalha 7h20 min de


Segunda a Sábado, atendendo 44 horas semanais, conforme o artigo 72, inciso XIII
da Constituição Federal.

1.320,00 / 220 h = 6,00


Salário hora normal = 6,00

Se o número de dias for inferior a 30, adotar-se-á para o cálculo o número de dias
trabalhados no mês.

No caso de empregado diarista, o salário-hora normal será obtido dividindo-se o


salário diário, correspondente à duração do trabalho (7h20 min ou menos, dependendo do
contrato), pelo número de horas efetivamente trabalhadas.

Exemplo 2

Um empregado ganha 23,90 por dia

23,90 / 7,33 = 3,26

Folha de Pagamento 51
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Quadro de resumo de Salário

Categoria Menor Salário Observação


Aprendiz SENAI 240,00 Salário mínimo
Médico / Dentista / 1.440,00 Salário Profissional é
Engenheiro, etc. igual a seis vezes
mínimo.
C.L.T. 240,00 Salário mínimo
garantido inclusive para
comissionados.
Piso Salarial + ou – 410,00 a Acordo coletivo/ dissídio
520,00 de uma determinada
categoria profissional
valendo como o menor
salário para os
empregados.

SALÁRIO-FAMILIA

Instituição
Instituído pela Lei 4.266, de 3 de outubro de 1963, inicialmente para os
empregados urbanos, teve sua concessão ampliada para os trabalhadores rurais pela
Constituição Federal de 1988, em seu art. 7, "Capítulo II" e inciso XII. Posteriormente a Lei
nº 8.213/91, que "dispõe sobre os Planos de Beneficio da Previdência Social e de outras
providências” regulamentada pelo Decreto nº 611, de 21/07/92 (DOU de 22/07/92), passou
a disciplinar a forma de concessão e reembolso do salário família e Lei 9.876, de 29/11/99
(da Legislação Previdenciária), Comprovante de freqüência à escola.

Pagamento
O salário-família será pago mensalmente:

a) ao empregado, pela empresa, com o respectivo salário, e ao trabalhador avulso, pelo


sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, mediante convênio;
b) ao empregado e ao trabalhador avulso aposentado por invalidez ou em gozo de
auxílio-doênça, pelo INSS, juntamente com o benefício;

52 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

c) ao trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos, se do sexo masculino, ou 55


anos, se do sexo feminino, pelo INSS, juntamente com a aposentadoria;
d) aos demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados aos 65 anos, se do
sexo masculino, ou 60 anos, se do sexo feminino, pelo INSS, juntamente com a
aposentadoria;

Obs: O pagamento deverá ser efetuado respectivamente ao número de filhos ou


equiparados, até 14 anos de idade ou inválidos (de qualquer idade).

Direito dos filhos


Como filhos deve se entender os legítimos, os legitimados, ilegítimos e adotivos,
nos termos da legislação civil, provada essa qualidade, através da certidão de nascimento
ou demais provas previstas, no caso de filiação ilegítima.

Equiparados
Equipara-se aos filhos:

• enteado;
• menor que, por determinação jurídica, esteja sob sua guarda;
• menor que esteja sob sua tutela e não possua bens suficientes para o próprio sustento
e educação;
• filho de criação só poderá ser incluído entre os dependentes do segurado, mediante
apresentação de termo de guarda ou tutela.

Filho inválido
Tratando-se de filhos inválidos, deve ser feita a prova de invalidez, através de
atestado médico fornecido pelo órgão previdenciário, com base em exame médico pericial.

Condições para o pagamento – Documentos exigidos


O pagamento do salário-família é devido a partir da data da apresentação da
certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou inválida.

Folha de Pagamento 53
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Exemplo:
Empregado admitido em setembro apresenta as certidões de nascimento dos filhos
em outubro. Somente a partir do mês de outubro receberá o salário-família, não podendo
reclamar as cotas referentes a setembro.

Novas Regras (Lei nº 9.876/99)


O recebimento do salário-família está condicionado à apresentação de:

a. certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao


inválido;
b. quando menor de sete anos de idade, atestado de vacinação ou documento
equivalente,
c. a partir de sete anos de idade, comprovante de freqüência à escola, nos meses de
maio e novembro, a partir do ano 2000.

No caso de menor que não freqüente escola por motivo de invalidez, apresenta-se
atestado médico confirmando esse fato.

Caso o segurado não apresente o atestado de vacinação e o comprovante de


freqüência à escola nos prazos determinados, o Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) encaminhará, via sistema do processamento da DATAPREV, comunicado ao
segurado informando que o pagamento do salário-família será suspenso até que a
documentação seja apresentada.

Ressaltamos não ser devido salário-família no período entre a suspensão do


benefício motivada pela falta de comprovação da freqüência escolar ou de atestado de
vacinação, e o seu reativamento, salvo se provada a freqüência escolar regular no período
ou apresentado o atestado de vacinação obrigatória, respectivamente.

A comprovação de freqüência escolar será feita mediante apresentação de


documentos emitido pela escola, na forma da legislação própria, em nome do aluno, em
que consta o registro de freqüência regular ou de atestado do estabelecimento de ensino
comprovando a regularidade da matrícula e a freqüência escolar do aluno.

54 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

A empresa deve conservar, durante 10 anos, os comprovantes dos pagamentos e


as cópias das certidões correspondentes, para exame pela fiscalização.

Vacinas obrigatórias no 1º ano de vida


a) Antipoliomielite (3 doses);
b) anti-sarampo (1 dose);
c) antidiftérica, tétano e coqueluche (2 doses);
d) antituberculose com BCG intradérmico.

Cessação do direito - hipótese


O direito ao salário-família cessará automaticamente:

por morte do filho, a partir do mês seguinte ao do óbito, devendo, neste caso, o
empregado fazer a imediata comunicação à empresa, apresentando a respectiva
certidão ou declaração escrita;
por completar o filho ou equiparado 14 anos de idade, a partir do mês seguinte ao da
data de aniversário, salvo se inválido;
com relação à empresa respectiva, pela cessação da relação de emprego entre a
mesma e o empregado, a partir da data em que o fato se verificar;
pela cessação de invalidez do filho ou equiparado, a partir do mês seguinte ao da
recuperação da capacidade;

Valor da cota
Com a publicação da Emenda Constitucional nº 20/98, o SF passou a ser pago em
razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei.

Estabeleceu, também, a citada Emenda Constitucional nº 20/98 que, até que a lei
discipline o acesso ao salário-família para os segurados e seus dependentes, esse
benefício é concedido apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a
R$560,81 e que, será corrigido pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do Regime
Geral da Previdência Social (RGPS).

Atualmente somente uma cota: até a renda bruta mensal de R$ 560,81 = R$13,48.

Folha de Pagamento 55
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Trabalhador avulso
O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados
no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota.

Empregado afastado em gozo de benefício previdenciário


O salário-família correspondente ao mês de afastamento do empregado do
trabalho será pago integralmente pela empresa, pelo sindicado ou órgão gestor de mão-
de-obra, conforme o caso, e o do mês da cessação de benefício, pelo INSS.

Nascimento ou invalidez de filho no período do auxílio-doença


Ocorrendo nascimento de filho ou invalidez de filho maior de 14 anos de idade
durante o período de manutenção do auxílio-doença, o segurado pode apresentar
diretamente ao INSS a respectiva certidão de nascimento ou o documento de
comprovação da invalidez, conforme o caso, para se habilitar ao pagamento da cota do
salário-família a que faz jus. Poderá, ainda, habilitar-se por intermédio da empresa. Para
tanto, em qualquer dessas hipóteses, deverá utilizar-se do formulário “Requerimento de
Salário-Família”.

Não-incorporação ao salário
As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário
ou ao benefício.

Quitação
O empregado deve dar quitação à empresa, ao sindicato ou ao órgão gestor da
mão-de-obra do recebimento mensal do salário-família, na própria folha de pagamento ou
por outra forma admitida, de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada.

Reembolso
A Previdência Social reembolsa a empresa, mensalmente, dos valores das cotas
pagas a título de salário-família aos seus empregados. Esse reembolso é efetuado
deduzindo-se os respectivos valores do total devido a título de contribuições
previdenciárias mensais sobre a folha de salários e recolhido ao INSS por meio da Guia
da Previdência Social (GPS) - campo 6.

56 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Quando o valor do salário-família a deduzir na GPS for igual ou superior ao valor


das contribuições devidas (campos 6 e 9), resultando em saldo zero ou favorável ao
contribuinte, este deverá comparecer à Agência da Previdência da circunscrição do
endereço do estabelecimento centralizador para quitação ou reembolso, conforme o caso.

Pagamento indevido
O pagamento de cota de salário-família sem os comprovantes supramencionados,
ou, ainda, para criança maior de 14 anos de idade, e após a comunicação do óbito ou a
cessação da relação de emprego, importará no seu imediato cancelamento, cabendo à
fiscalização o levantamento do débito correspondente para imediato recolhimento ao
INSS.

HORAS EXTRAS

Horas extras ou excedentes às normais, como o próprio nome define, são aquelas
que excedem a jornada contratual de trabalho. Ocorrem quando o registro de presença do
funcionário for anterior ao horário de entrada ou posterior ao de saída.

A Constituição Federal estabelece que o valor da hora extra deve ser acrescido,
em relação à hora normal, de no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) do valor da hora
normal. Acordos e dissídios coletivos de trabalho podem conter cláusulas que elevem este
percentual.

Exemplo:

Horista:
Salário-hora normal = 6,00 x 50% = 3,00
6,00 + 3,00 = 9,00
Hora extra = 9,00

Folha de Pagamento 57
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Mensalista:
Salário = 1.320,00
1.320,00 / 220 = 6,00
6,00 x 50% = 3,00
6,00 + 3,00 = 9,00
Hora extra = 9,00

Se houver compensação de horário semanal, com prorrogação da jornada diária de


trabalho, é necessário saber qual é o excesso de tempo de trabalho por dia. Esse tempo
excedente não deverá ultrapassar a duas horas.

Instrução Normativa nº 01 de 12/10/88 (DOU, 21/10/88):

Os empregados maiores (homens e mulheres) poderão ter a jornada prorrogada no


máximo de 2 (duas) horas, respeitando o limite de 10 (dez) horas diárias, mediante
acordo individual, coletivo, convenção ou sentença normativa, com acréscimo de, no
mínimo, 50% (cinqüenta por cento) sobre a hora normal. Aos menores é vedada a
prorrogação da jornada de trabalho, salvo para efeito de compensação;

Na ocorrência de força maior, não há limite de jornada para os empregados maiores


(homens e mulheres) cuja remuneração será a da hora normal. Em se tratando de
menores, o limite da prorrogação será de 4(quatro) horas diárias, com adicional de, no
mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre a hora normal. Os casos de força maior
deverão ser comunicados ao órgão do Ministério do Trabalho, no prazo de 10 (dez)
dias para os empregados maiores, e 48 (quarenta e oito) horas no caso de menores;

Tratando-se de serviços inadiáveis, a jornada poderá ser aumentada em até 4 (quatro)


horas diárias, exclusivamente para os empregados maiores, com acréscimo de, no
mínimo, 50% (cinqüenta por cento) da hora normal. Os casos de serviços inadiáveis
deverão ser comunicados ao órgão local do Ministério do Trabalho, no prazo de 10
(dez) dias;

58 Folha de Pagamento
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As horas não trabalhadas, em decorrência de causa acidental ou de força maior,


poderão ser repostas, pelos empregados, na base de 2 (duas) horas por dia, no
máximo de 45 (quarenta e cinco) dias ao ano, respeitando o limite de 10 (dez) horas
diárias. As referidas horas não sofrerão acréscimo salarial ““.

O valor das horas extraordinárias habituais integra a remuneração, ou seja, a média


mensal é adicionada ao salário para o pagamento do aviso prévio indenizado, 13º salário
e férias. (Enunciado TST nº 24, 45, 94, 115 e 151).

Integração das horas extras no repouso semanal e feriado

De acordo com a lei nº 605/49, art. 72, alínea b, com redação dada pela Lei nº
7.415, de 09.12.85, computam-se no calculo do repouso semanal remunerado as horas
extraordinárias habitualmente prestadas.

Somam-se as horas extras do mês e divide-se o resultado pelo número de dias


trabalhados: tem-se então a média diária de horas e multiplica pela quantidade de DSR no
mês.

Exemplo:

Salário: R$ 1.500,00
H. Mês: 220 horas
H.E.: 44 horas
% H.E.: 70%
Mês: 26 Dias D.S.R: 05 dias

A) Salário / H. Mês = R$ 1500,00 / 220 = R$ 6,82 (por hora) ( A = R$ 6,82 )


B) Valor de ‘A’ x H.E. = R$ 6,82 x 44 = R$ 300,00 ( B = R$ 300,00 )
C) Valor de ‘B’ x %H.E. = R$ 300,00 x 70% (1,70) = R$ 210,00 ( C = R$ 210,00 )
D) Valor de ‘B’ + Valor de ‘C’ = R$ 300,00 + R$ 210,00 = R$ 510,00 ( D = R$ 510,00 )
E) Valor de ‘D’ / Mês x DSR = R$ 510,00 / 26 x 5 = R$ 98,08 D.S.R.

Folha de Pagamento 59
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REMUNERAÇÃO VARIÁVEL / COMISSÕES

São consideradas remunerações variáveis os valores não pagos de forma fixa,


como o salário mensal. Habitualmente nos contratos de trabalho de vendedores estipula-
se como remuneração um percentual sobre as vendas efetuadas pelo empregado. É
chamado de variável por ser diferente mês a mês, conforme o volume de vendas.

Garantia de Salário
Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável (artigo 7, inciso VII, Capítulo II da Constituição Federal).

Descanso Semanal e Feriado em Comissões


É devida a remuneração do descanso semanal e dos dias de feriados ao
empregado comissionista, ainda que pracista (Enunciado TST nº 27).

Exemplo:
A comissão de um vendedor no mês foi de 3.840,00. Nesse mês, houve cinco
domingos e um feriado. Como calcular a remuneração do descanso semanal e feriado?

30 dias – 6 (descanso semanal e feriado)............................................ 24 dias


3.840,00 / 24........................................................................................... 160,00
160,00 x 6 ...............................................................................................960,00
Remuneração do repouso semanal e do feriado do mês .......................960,00
Valor a receber no mês: 960,00 + 3.840,00 ........................................4.800,00

Outra forma de calcular a remuneração do descanso semanal é achar um


percentual que, multiplicado pelo valor da comissão, obtém de imediato a remuneração do
descanso semanal remunerado.

Exemplo:
No mês de 30 dias, o empregado teve uma comissão de 3.840,00, com cinco
domingos e um feriado, portanto, são 24 dias úteis e seis dias de descanso semanal.

60 Folha de Pagamento
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6 dias / 24 dias x 100 ..................................................................................25%


Comissão de 3.840,00 x 25% .................................................................960,00
Descanso semanal remunerado ............................................................ 960,00
Valor a receber no mês = 960,00 + 3.840,00 ..................................... 4.800,00

ABONO

Os abonos são importâncias pagas pelos empregadores aos seus empregados para
suprir determinadas necessidades ao serviço. Integram ao salário, segundo o art. 457,
Parágrafo 1º, da CLT, desde que pagos com habitualidade.

GRATIFICAÇÕES / PLR (PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS)

São pagamentos efetuados pelo empregador, em decorrência de determinados


trabalhos executados pelo seu empregado, e que também integram o salário (art. 457,
parágrafo 1º, da CLT). Podem ocorrer gratificações esporádicas, decorrentes de
determinadas circunstâncias especiais que, pela sua natureza de liberalidade e pelo seu
caráter de eventualidade, não integram a remuneração.

A participação no Lucro ou Resultado, conhecida como PLR, ou PR ainda não


transformada em Lei, vigorando através de sucessivas reedições da Medida Provisória,
mas apreciada na Constituição Federal de 1988 (art. 7º inciso XI), depende da formação
de uma comissão composta de empregados eleitos e designados pela empresa que
negociarão os objetivos/metas a serem atingidos mensalmente / semestralmente /
anualmente, valor da premiação, data de pagamento se o objetivo for atingido, através da
formalização de um documento a qual os componentes da comissão assinarão. Em
recente alteração da M.P., obriga-se a presença de representante do Sindicato da
Categoria predominante nas rodadas de negociação.

PRÊMIOS OU COMISSÕES

Prêmios ou comissões são vantagens salariais pagas a empregados, em


decorrência de sua colaboração ou de sua participação na consecução dos objetivos ou
lucros da empresa.

Folha de Pagamento 61
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Essa remuneração é geralmente fixada em percentuais. Prêmios e comissões


integram também o salário, na forma do Parágrafo 1º do art. 457 da CLT.

AJUDA DE CUSTOS E DIÁRIAS PARA VIAGENS

É o valor que o empregado recebe para fazer frente aos gastos de locomoção,
alimentação e hospedagem, é indenizado e não será incorporado ao salário. Neste caso o
empregado deve prestar contas das despesas realizadas. Se o empregado recebe um
valor a título de diária e não prestou contas de como gastou tal importância, tratar-se-á de
salário e deverá ser incorporado ao salário, desde que excedam a 50% do salário (art. 457
parágrafo 1º da CLT).

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua


natureza, condição ou método de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do
agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (Art. 189 da CLT) Ex: ruído, calor, poeira,
produtos químicos, radiações, agentes ergonômicos, etc. Para complementar a lei o
Ministério do Trabalho – MTB – baixa Portaria, com os limites de tolerância aos agentes
agressivos, os meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses
agentes (artigo 190, CLT).

62 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Cabe à Delegacia Regional do Trabalho exercer a fiscalização e notificar as


empresas quanto às operações insalubres, conforme o quadro do Ministério do Trabalho.
A empresa terá que providenciar para que o ambiente de trabalho, com adoção de
medidas para reduzir a insalubridade aos limites de tolerância ou com a utilização dos
equipamentos de proteção individual (Epis), para que se torne menos desfavorável ao
trabalhador - (CLT, art. 191).

O exercício do trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância


estabelecidos no quadro do Ministério do Trabalho, assegura ao trabalhador o direito ao
adicional de insalubridade, que será de 40%, 20% ou 10% do salário mínimo da região,
conforme se classifiquem, nos graus máximos, médios e mínimos, respectivamente.
Assim, o seu valor não recairá sobre o seu salário contratual. Qualquer que seja o ganho
do empregado, o mínimo regional sempre será a sua base.

A prorrogação das jornadas de trabalho nas atividades insalubres, só é permitida


mediante prévia autorização da Delegacia Regional do Trabalho.

O adicional de insalubridade, pago em caráter permanente, integra a remuneração


para cálculo de indenizações (Enunciado nº 139 do TST).

O Cálculo do valor da hora extra para o empregado que recebe adicional de


insalubridade é feito considerando-se o adicional de insalubridade. Usa - se o mesmo
critério para o cálculo de horas extras de trabalho com adicional noturno.

Primeiro calcula-se 40%, 20% ou 10% do salário mínimo, somando-se com o


salário, a hora extra (artigo 192 da CLT).

Nota: Há Convenções Coletivas de Trabalho que estabelecem, que o adicional de


insalubridade deve ser calculado sobre o salário mínimo profissional (piso da categoria),
que é sempre superior ao salário mínimo. Portanto quando houver essa cláusula, esta
deverá ser obedecida, pois a Convenção Coletiva sobrepõe a Lei, desde que favoreça o
Empregado.

Folha de Pagamento 63
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Exemplo considerando o salário mínimo:

Horas extras com adicional de insalubridade


Salário .................................................................................... 1.000,00
Insalubridade .......................................................... 20% (Grau médio)
H.E. c/DSR ............................................................................ 10 horas
Insalubridade = 240,00 x 20% ................................................... 48,00
Salário.................................................................................... 1.000,00
Adicional de Insalubridade.......................................................... 48,00
Total....................................................................................... 1.048,00
H.E. = 1.040,00 / 220 h = 4,72 x 1.50 .................... 7,14 (valor 1 H.E.).
7,14 x 10 .........................................................71,40 (valor de 10 H.E.)

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que, por sua


natureza ou métodos de trabalho impliquem o contato permanente com inflamáveis ou
explosivos, em condições de risco acentuado (art. 193, CLT). Para este fim, o Ministério
do Trabalho baixou a Portaria com o quadro das atividades que se enquadram como
perigosas. Inflamáveis e explosivos são, portanto, os agentes que dão causa à
configuração do trabalho com periculosidade. A lei 7369/85 criou o adicional de
periculosidade para os eletricitários.

O trabalho nessas condições dá ao empregado o direito ao adicional de


periculosidade, cujo valor é de 30% sobre seu salário contratual, sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa (art. 193,
parágrafo 1o, CLT).

Se o empregado trabalhar em serviço insalubre e perigoso, deverá optar pelo


adicional de um dos dois.

64 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Excetua-se da proibição os menores aprendizes maiores de 16 anos, estagiários


de cursos de aprendizagem, na forma da lei, desde que os locais de trabalho tenham sido
previamente vistoriados e aprovados pela autoridade competente em matéria de
Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), devendo os menores ser submetidos a
exame médico semestralmente.

Se a empresa não paga o adicional, o empregado pode ingressar com dissídio


individual na Justiça do Trabalho, seja pessoalmente, seja através do Sindicato, quando
se tratar de um grupo de associados. O juiz designará um perito que fará o laudo (art. 195,
parágrafo 2o, CLT). Segundo a lei (art. 196, CLT) as diferenças vencidas serão devidas,
observado o prazo de prescrição de 5 anos. No entanto, condiciona o direito à inclusão,
da atividade, no quadro do Ministério do Trabalho. Assim, só haverá o direito se a
atividade estiver contida no quadro.

É importante notar que o adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário-


base e não sobre o salário mínimo. O enunciado nº 191 preceitua: “O adicional de
periculosidade incide, apenas, sobre o salário básico, e não sobre este, acrescido de
outros adicionais”.

Exemplo:
Horas extras com adicional de periculosidade
Salário .................................................................................................1.200,00
Adicional de periculosidade ....................................................................... 30%
1.200,00 / 220hs x 230 hs. X 30% ......................................................... 376,05
Quantidade de H.E.............................................................................. 10 horas
% H.E..........................................................................................................50%
Obs: A periculosidade é paga sobre a quantidade de horas expostas ao perigo. No exemplo acima
se considera 220 horas normais acrescidas de 10 horas extras.

Cálculo das horas extras

Salário ................................................................................1.200,00 / 220 = 5,45


5,45 x 1,50.....................................................................................................8,17
8,17 x 10 horas ......................................................................................... 81,70

Nota: O calculo das horas extras se dará única e exclusivamente sobre o salário base, ou seja:

Folha de Pagamento 65
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Remuneração do mês

Salário base........................................................................................... 1.200,00


Ad. Periculosidade ................................................................................... 376,05
Horas extras ............................................................................................... 81,70
Total ...................................................................................................... 1.657,75

ADICIONAL NOTURNO

Conforme prevê o art. 73 da CLT, salvo nos casos de revezamento semanal ou


quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito,
sua remuneração terá um acréscimo de 20%, pelo menos, sobre a hora diurna. A hora do
trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos, ou seja, o
trabalho durante 7 horas noturnas eqüivale há 8 horas diurnas.

Considera –se noturno, para efeito desse artigo, o trabalho executado entre as 22
horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte.

O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que


não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito tendo
em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação

66 Folha de Pagamento
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às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento


será calculado sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando
exceder desse limite, já acrescido da percentagem.

Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e


noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus
parágrafos, bem como às prorrogações do trabalho noturno, aplica-se o disposto neste
capítulo.

O adicional noturno pago com habitualidade integra o salário para todos os efeitos
(férias, descanso remunerado, 13o salário, FGTS, etc.).

Exemplo:

Um empregado trabalhou das 23hs às 04hs do dia seguinte:


Salário: 1.000,00 por Mês;
Adicional noturno: 30%
Nº de dias que trabalhou no horário noturno = 5

Calcular:
a) nº de horas noturnas;
b) valor a receber do adicional noturno;
c) rendimento bruto do mês.

1) 5 x 60 = 300 / 52,50 = 5,71horas x 5 dias noturnos = 28,55 (centesimal)


= 28h33 min. (relógio).
2) R$ 1.000,00 /220 = R$ 4,54 x 28,55 = R$ 129,61 x 30% = R$ 38,88

Bruto a receber:
salário do mês = R$ 1.000,00
Adicional noturno = R$ 38,88
Total Bruto R$ 1.038,88

Folha de Pagamento 67
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AFASTAMENTOS

As principais causas que motivam o afastamento de um empregado, são Auxílio


doença e Acidente do trabalho. Na rotina do fechamento da folha de pagamento, deverá
ser observado se existe algum empregado nesta situação. Em havendo, caberá a
empresa arcar com os 15 (quinze) primeiros dias do afastamento, sendo que o restante se
for o caso, tornar-se-á ônus para a Previdência Social.

A partir de 29/11/99 com a Lei nº 9.876/99, o afastamento de 120 dias de licença


maternidade, concedida à gestante a partir do 8º mês de gestação será remunerada
diretamente pelo INSS, não cabendo mais a empresa efetuar o devido pagamento,
compensando na GPS, como anteriormente. A gestante deverá procurar a previdência
para requerer a remuneração devida.

Exemplo:
Data da Saída (Afastamento): 01.04.2003 (será pago pelo INSS).
Data de Retorno (Afastamento): 01.09.2003 (a partir desta competência voltará ser
pago pela empresa.

CÁLCULO DE DESCONTOS

INSS (Instituto Nacional da Previdência Social)

INSS é o Instituto Nacional da Seguridade Social, órgão do Ministério da


Previdência Social.

Tanto os empregados quanto os empregadores tem a obrigação de recolher suas


contribuições para este instituto, por iniciativa do empregador, ou seja, ao profissional do
Departamento Pessoal é incumbida a tarefa de efetuar o desconto e o recolhimento. Para
os empregados, as contribuições são descontadas em folha de pagamento e recolhidas ao
INSS pelo empregador, no momento de sua própria contribuição. O recolhimento é
efetuado mediante débito em conta comandado por meio da rede Internet ou por
aplicativos eletrônicos disponibilizados pelos bancos.

68 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

O INSS incide sobre o salário mais horas extras, adicional de insalubridade,


periculosidade, adicional noturno, diária para viagem acima de 50% do salário percebido,
13º salário e outros valores admitidos em lei pela Previdência Social.

Há um limite máximo para desconto do INSS. Quando o empregado ganhar um valor


superior ao limite máximo (teto), só se poderá descontar-lhe do salário o limite
estabelecido.

Limite máximo é apenas para o segurado empregado. A empresa recolhe a


contribuição previdênciária sobre o total da folha de pagamento de salários.

Os descontos obedecem à tabela fixada pelo Ministério da Previdência Social e


amplamente divulgada pela imprensa, abaixo:

Trabalhador Assalariado

Salário-de-Contribuição (R$) Alíquota (%) (*)


Até 720,00 7,65 %
De 720,00 até 1.200,00 9,00 %
De 1.200,01 até 2.400,00 11,00 %
(*) Alíquotas para determinar a base de cálculo do IRRF: 8%, 9%, 9% e 11%.

Lembrando que a á ultima faixa da tabela acima representa os valores máximos –


considerando o teto – pagos pela previdência.

Exemplo:

Salário = R$ 2.000,00
H.Extra = R$ 600,00
Total = R$ 2.600,00

INSS = (teto)
R$ 2.400,00 x 11% = 264,00

Folha de Pagamento 69
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IMPOSTO DE RENDA

A retenção do Imposto de Renda na Fonte, sobre os rendimentos do trabalho


assalariado, abrange todas as pessoas físicas, independentes de sexo, estado civil, idade
ou nacionalidade, domiciliadas ou residentes no Brasil, observados os limites mínimos de
isenção estabelecidos na legislação do Imposto de Renda.

Entende-se como trabalho assalariado aquele prestado por empregado, como tal
definido na Consolidação das Leis do Trabalho (art.3º).

Os rendimentos do trabalho assalariado são aqueles que decorrem de qualquer


espécie de remuneração por trabalho ou serviço prestado no exercício de empregos,
cargos ou funções, tais como:

ordenados, salários, honorários, percentagens, comissões, vencimentos, etc;


ajuda de custo, diárias e outras vantagens;
férias, gratificações, adicionais, abonos, gorjetas, prêmios, etc;
reembolso de despesas com aluguel;
verbas para representação ou despesas, necessárias ao exercício do cargo, função
ou emprego;
Quaisquer outros proventos ou vantagens pagos sob qualquer título e forma
contratual.

É considerada também como rendimento do trabalho assalariado a remuneração


paga ao empregado pela prestação de serviços além do horário normal de trabalho, nos
casos em que a atividade desempenhada seja idêntica ou diversa daquela com objeto de
trabalho (Hora extra).

Estão isentos do imposto de renda na fonte:


as indenizações pôr acidente do trabalho;
ajuda de custo destinada a atender as despesas com transporte, diárias, alimentação
do beneficiário e seus familiares, em caso de remoção de um município para outro,
sujeita à comprovação posterior pelo contribuinte.

70 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Os empregadores descontam de seus empregados o valor referente ao IR de


acordo com a tabela progressiva publicada pela Receita Federal e amplamente divulgada
pela imprensa, para posterior recolhimento aos cofres públicos, através da guia DARF -
Documento de Arrecadação da Receita a Federal através do código 0561, em duas vias.
O recolhimento é o 3º (terceiro dia útil da semana subsequente ao fato gerador (retenção),
pois o período do fato gerador conta-se de Domingo à Sábado da semana anterior à
retenção, colocando a data do final do período).

Exemplo:
Pagamento de salários efetuados no dia 28/04/2001 (sexta-feira).

Semana do pagamento Semana seguinte


Ter Qua Qui Sex Sab Dom Fer Ter Qua quin Sex
25 26 27 28 29 30 01 02 03 04 05

Assim, o fato gerador da semana 23 a 29 (Domingo à Sábado terá vencimento na


semana seguinte dia 04 (3º dia útil da semana subsequente).

Tabela da Receita Federal:

BASE DE CÁLCULO ALÍQUOTA (%) PARCELA A DEDUZIR


(R$) (R$)
Até 1.058,00 Isento -----
Até 1.058,01a 2.115,00 15% 158,70
Acima de 2.115,00 27,5% 423,08

Dispensa de IR na Fonte de valor igual ou inferior a R$ 10,00 incidente sobre rendimentos


que devam integrar a base de cálculo do imposto devido na declaração de ajuste anual do
benefício (art. 67 daLei 9.430/96).

Abatimento na renda bruta do empregado


Para o cálculo de Imposto de Renda na Fonte sobre rendimento do trabalho
assalariado são permitidas algumas deduções da renda bruta do contribuinte.

Folha de Pagamento 71
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Dependentes
Como dependentes entende-se:
o absolutamente incapaz do qual o contribuinte seja tutor ou curador;
o cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
a companheira que vive com o empregado há cinco anos, pelo menos, ou por período
menor se da união tiveram um filho;
os filhos menores de 21 anos, os maiores de até 24 anos cursando escola superior e
os inválidos de qualquer idade;
pessoa pobre, menor de 21 anos, desde que o empregado a esteja criando ou
educando e da qual detenha a guarda judicial;
irmão ascendente, desde que não aufiram rendimentos tributáveis ou não superiores
ao limite de isenção mensal;
descendentes até 21 anos ou inválidos de qualquer idade, sem recursos, sem arrimo
dos pais desde que o empregado detenha a guarda judicial;
filhos de pais separados que ficaram sobre a guarda do contribuinte, em cumprimento
de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente.

Obs: Desde que não tenham rendimento próprio

Cada cônjuge poderá deduzir seus dependentes, sendo vedada à dedução


concomitante de um mesmo dependente na determinação da base de cálculo mensal.

Para fins de desconto na fonte, os beneficiários deverão informar à fonte pagadora


os dependentes que serão utilizados na determinação da base de cálculo. No caso de
dependentes comuns, a declaração deverá ser firmada por ambos os cônjuges.

Fica vedada a dedução de dependentes que aufira rendimento tributável no curso do


mês de apuração.

Serão abatidos da renda da esposa os encargos relativos a todos os dependentes


do casal, quando a renda do marido não ultrapassar o limite de isenção do imposto.

72 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Da mesma forma, compete à esposa abater de sua renda o encargo relativo a todos
os dependentes do casal, quando considerada cabeça do casal, nos termos da Lei civil (Art.
251), quando o marido:

for declarado interdito por sentença judicial;


estiver preso há mais de 2 (dois) anos;
encontrar-se em lugar incerto ou não sabido.

Obs: Na constância da sociedade conjugal, a condição legal de cabeça-de-casal é


privativa do cônjuge varão.

Consideram-se também como dependentes, desde que vivam sob a dependência


econômica do contribuinte, os parentes afins, no mesmo grau e condições daquele aos
quais se equiparam, com: sogra, sogro (equiparados aos pais), etc.

A fim de comprovar a existência de dependentes, o empregado deve firmar,


perante a empresa, a "Declaração de Dependentes para fins de Imposto de Renda", que
deverá ser conservada pela empresa para efeito de fiscalização (os dados contidos nessa
declaração serão de inteira responsabilidade do empregado).

Antes de efetuarmos a classificação da faixa para posterior incidência, temos que


observar alguns valores que são dedutíveis da base de cálculo (rendimentos) do IR,
(inclusive I.R 13º salário e Férias), a saber:

R$ 106,00 pôr dependente;


R$1.058,00 por aposentadoria a quem já completou 65 anos de idade;
Valor integral referente à pensão alimentícia;
Contribuições para as entidades de previdência privada domiciliada no país, cujo
ônus tenha sido do contribuinte;
Valor integral da contribuição paga, no mês, à Previdência Social da União (INSS),
dos estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Folha de Pagamento 73
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I.R. no 13º SALÁRIO – Gratificação Natalina

Art. 14. A gratificação natalina (13º salário), para efeito da apuração do Imposto de
Renda na Fonte, terá o seguinte tratamento:

I – o 13º salário será integralmente tributado por ocasião de sua quitação, com base na
tabela progressiva mensal;
II – considera-se mês de quitação o mês de dezembro ou mês da rescisão do contrato
de trabalho;
III – não haverá retenção na fonte de pagamento de antecipação do 13º salário;
IV – a tributação ocorrerá exclusivamente na fonte e separadamente dos demais
rendimentos recebidos no mês pelo beneficiário, sendo permitidas as deduções no art.
19, desde que correspondentes ao 13º salário.
V – no caso de pagamento de complementação do 13º salário, posteriormente ao mês
de quitação, o imposto deverá ser recalculado tomando-se por base o total desta
gratificação, utilizando-se a tabela do mês de quitação. Do imposto assim apurado será
deduzido o valor do imposto retido anteriormente.

Parágrafo Único. Cabe ao sindicato de cada categoria profissional de trabalhador


avulso a responsabilidade pela retenção e o recolhimento do imposto incidente sobre o
13º salário, no mês de quitação. A base de cálculo do imposto será o valor total do 13º
salário pago, no ano pelo sindicato.

I.R. nas Férias

Art. 15. No caso de pagamento de férias, inclusive as em dobro, a base de cálculo


corresponde ao salário relativo ao mês de férias, acrescido, conforme o caso, de um
terço do seu valor e dos abonos previstos no parágrafo 12 do art. 78 da Lei nº 8.112, de
11/12/90, e no art. 143 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Parágrafo 1º - O cálculo do imposto deve ser efetuado em separado de qualquer outro


rendimento pago no mês.

74 Folha de Pagamento
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Parágrafo 2º - O valor da diferença de férias decorrente de reajuste salarial em mês


posterior deve ser tributado no mês do pagamento.

Parágrafo 3º - No caso de férias indenizadas, inclusive proporcionais, pagas em rescisão


de contrato de trabalho, a tributação também deve ser efetuada em separado dos
demais rendimentos do mês.

Parágrafo 4º - Na determinação da base de cálculo, poderão ser efetuadas as deduções


previstas no art. 19, correspondentes às férias.

Parágrafo 5º - Na Declaração de Ajuste Anual, as férias devem ser tributadas em


conjunto com os demais rendimentos.

Como se calcula o desconto do Imposto de Renda na Fonte IRRF

O desconto do Imposto de Renda na Fonte sobre os rendimentos do Trabalho


Assalariado deve ser feito pelas fontes pagadoras, mediante a aplicação da tabela
progressiva, atualizada periodicamente.

Para tanto, deve-se apurar a BASE DE CÁLCULO OU RENDA LÍQUIDA do


empregado, da seguinte forma:

RENDA BRUTA do mês (salário + horas extras + gratificações + comissões +


adicionais, etc.) SUBTRAINDO-SE os valores das deduções permitidas (Dependentes,
aposentadoria, pensão alimentícia, INSS).

Sobre a renda líquida apurada, aplica-se a alíquota correspondente da tabela,


deduzindo-se a parcela relativa à faixa de Renda Líquida, obtendo-se como resultado o
valor do Imposto de renda a ser descontado no ato do pagamento do salário.

Folha de Pagamento 75
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Exemplo de cálculo
1º passo – soma se os rendimentos brutos:

Salário = 1.500,00
Comissões = 400,00
Horas Extras = 500,00
Adicional noturno = 300,00

Total = 2.700,00

2º passo – apura-se as deduções:

INSS = 264,00
2 dependentes 2 x 106,00 = 212,00
Pensão alimentícia = 300,00

Total = 864,00

3º passo – subtrai-se às deduções do rendimento bruto:

rendimento bruto – deduções = base de cálculo


2.700,00 - 864,00 = 1.836,00

4º passo – verifica-se a faixa em que se enquadra a “BASE DE CÁLCULO”, aplica-se


o percentual e abate-se a parcela a deduzir:

Neste exemplo, se enquadra da faixa de 15% (acima de 1058,00), e a parcela a deduzir é


de 158,70. Logo temos:

Base de cálculo X percentual (-) parcela a deduzir = IRRF


1.836,00 X 15% (-) 158,70 = 116,70

Valor do I.R. Fonte = 116,70

76 Folha de Pagamento
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DESCONTOS PARA O SINDICATO

Sindicato é o órgão representativo de uma categoria profissional. No Brasil, todos


os empregados são vinculados a um Sindicato e esse vínculo ocorre de acordo com a
categoria profissional a qual pertence o empregado.

Geralmente, a categoria profissional é estabelecida pelo tipo de empresa para qual


o empregado presta serviços. Entretanto, existem categorias diferenciadas, que agregam os
trabalhadores que executam tarefas semelhantes, atuando em qualquer tipo de empresa.
Por exemplo: telefonistas, secretárias e ascensoristas.

1 - Contribuição Sindical

Valor
Os empregadores de acordo com o artigo 582 da CLT são obrigados a descontar,
dos empregados, a contribuição sindical, no mês de março de cada ano, no valor
correspondente à remuneração de um dia de trabalho, qualquer que seja a forma de
remuneração. Assim:

para os que ganham por hora, dia, semana, quinzena ou mês, o desconto será
equivalente a uma jornada normal de trabalho;
para os que ganham à base de tarefa, comissão, empreitada, etc. importância
equivalente a 1/30 do total percebido no mês anterior, ou seja, fevereiro.

A contribuição sindical dever ser recolhida em guias fornecidas pelo respectivo


sindicato, à agência da Caixa Econômica Federal ou da rede bancária integrante do
Sistema de Arrecadação de Tributos Federais, até 30 de Abril.

Relação de empregados - entrega


As empresas deverão remeter, dentro de 15 dias contados do recolhimento, uma
relação contendo nome, função, salário no mês a que corresponde a contribuição e o
respectivo valor desta, a todos os contribuintes, ao sindicato da categoria profissional ou,
em sua ausência, ao órgão regional do Ministério do Trabalho. Os sindicatos costumam
fornecer, juntamente com as guias, referida relação, que poderá ser substituída por cópia
da folha de pagamento.

Folha de Pagamento 77
Formação Continuada: Departamento Pessoal

A contribuição sindical deverá ser anotada na CTPS do empregado, bem como na


ficha ou folha do livro "Registro de Empregados".

Empregados admitidos em janeiro, fevereiro e março


Para os empregados admitidos nos meses de janeiro e fevereiro, o desconto é feito
no mês de março. Tratando-se de empregado admitido neste mês, a empresa deve
verificar se o mesmo já contribuiu, ao exercício, na empresa anterior.

Em caso positivo, faz-se apenas a anotação do valor e do nome do sindicato, na


ficha ou folha do livro "Registro de Empregados". Em caso negativo, o desconto será feito
no próprio mês de março.

Empregados admitidos após março


Para os admitidos nos meses seguintes, caso ainda não tenham contribuído, o
desconto será feito no mês subsequente ao da admissão para recolhimento no mês
seguinte. Assim, por exemplo, o empregado admitido no mês de maio sofrerá o desconto
no mês junho, para recolhimento em julho.

Empregados afastados no mês de março


Quando o empregado não estiver trabalhando no mês de março, seja em
decorrência de doença, acidente de trabalho etc., o desconto deve ser feito no mês
subsequente ao do retorno para recolhimento no mês seguinte. Assim, por exemplo, o
empregado que obtém alta da previdência em agosto sofrerá o desconto em Setembro,
para recolhimento em Outubro.

Profissionais Liberais
Os profissionais liberais, quando empregados, poderão optar pelo pagamento da
contribuição unicamente à entidade sindical representativa da respectiva categoria
profissional. Tal procedimento, porém, só se aplica àquelas que efetivamente exerçam a
profissão na empresa, e como tal, sejam nela registrados. Neste caso, devem apresentar
ao empregador, a declaração de opção e o comprovante da correspondente contribuição,
para que o mesmo proceda às respectivas anotações.

78 Folha de Pagamento
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Caso o profissional liberal não exerça sua profissão, contribuirá para o mesmo
sindicato em que estejam enquadrados os demais empregados da empresa.

Ex:
Engenheiro Profissional da área de engenharia
Médico Profissional da área de medicina
Psicólogo Profissional da área de psicologia

Categorias diferenciadas
Nestes casos, a contribuição é destinada ao sindicato representativo da categoria,
ainda que os demais empregados da empresa estejam enquadrados em sindicato diverso.
Assim, por exemplo, a contribuição sindical do motorista da empresa metalúrgica é
destinada ao Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários.

2 - Contribuição Assistencial / Confederativa

Esta contribuição está vinculada a conquistas auferidas pelo sindicato em


negociação coletiva e seu desconto ocorre, geralmente, nas épocas de acordos coletivos
ou sentença normativa (sentença proferida pelo Tribunal do Trabalho, em caso de não
haver acordo).

O valor desse desconto é decidido em assembléia de empregados e todos são


obrigados ao pagamento. Nos casos de sentença normativa, o tribunal fixa o valor da
contribuição.

Após o desconto em folha de pagamento, a contribuição é recolhida pela empresa


para o sindicato que com ela negociou as novas condições de trabalho conquistadas em
acordo ou dissídio coletivo.

Folha de Pagamento 79
Formação Continuada: Departamento Pessoal

3 - Mensalidade Sindical

Este desconto é mensal e devido pelos empregados associados ao sindicato – os


chamados sindicalizados – segundo critérios próprios de cada sindicato. É facultado ao
empregado associar-se ao sindicato, entretanto, o desconto só é possível mediante sua
autorização expressa.

FALTAS E ATRASOS

Ocorrendo o empregado, sem motivo justificado, faltar ou chegar atrasado ao


trabalho, o empregador poderá descontar-lhe do salário correspondente à falta; poderá
descontar inclusive o descanso semanal, quando o empregado não cumprir integralmente
seu horário de trabalho na semana anterior. Em relação aos atrasos, não há na legislação
trabalhista vigente dispositiva expresso que discipline a obrigatoriedade de qualquer
tolerância, por parte do empregador, de atrasos injustificados do empregado ao serviço.
Nesse sentido a empresa pode estabelecer critérios próprios por meio de regulamento
interno.

Faltas Legais
O artigo 473 da Consolidação das Leis do Trabalho estabelece que o empregado
poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário ou do repouso semanal:

• em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que,


declarada, em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua
dependência econômica, até dois dias consecutivos;
• em virtude de casamento, até três dias consecutivos;
em caso de nascimento de filho, por cinco dias no decorrer da primeira semana;
a cada doze meses de trabalho em caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada, por um dia;
para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei, até dois dias, consecutivos ou não;
no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas
na letra c do art. 65, da Lei nº 4.375, de 17.08.64 (Lei do Serviço Militar);

80 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Quando o empregado servir como testemunho, devidamente arrolada ou convocada;


Comparecimento à Vara do Trabalho - Enunciado 155 do TST;
Nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular,
para ingresso em estabelecimento de ensino superior (lei 9478/97).

Além dos itens do art. 473 da CLT, são consideradas faltas legais:

se sua ausência for devidamente justificada, segundo o critério da administração do


estabelecimento;
quando houver paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do
empregador, não tenha havido trabalho;
a falta ao serviço estiver fundamentada na lei sobre acidente de trabalho;
em caso de doença do empregado, devidamente comprovada.

A doença será comprovada mediante atestado fornecido por médico da instituição


da previdência social a que estiver filiado o empregado; na falta deste, será comprovada
por médico do Serviço Social do Comércio ou da Industria; por médico da empresa ou por
ela designado; por médico a serviço da repartição federal, estadual ou municipal, incubida
de assuntos de higiene ou de saúde pública; se não existir nenhuma dessas
possibilidades na localidade em que trabalhar, o atestado poderá ser de médico de sua
escolha.

Nas empresas em que vigorar regime de trabalho reduzido, a freqüência exigida


corresponderá ao número de dias em que o empregado tiver de trabalhar.

Atestado Médico
Conforme Portaria nº 3.291 de 20/02/84, do MPAS, todos os atestados médicos,
para terem sua eficácia plena deverão conter:

tempo de dispensa concedida ao segurado pôr extenso numericamente;


diagnóstico codificado, conforme o Código Internacional de Doença – CID – no
atestado médico depende da expressa concordância do paciente;
assinatura do médico ou odontólogo sobre o carimbo do qual conste nome completo e
registro do respectivo Conselho Profissional

Folha de Pagamento 81
Formação Continuada: Departamento Pessoal

O início da dispensa deverá coincidir obrigatoriamente com os registros que


determinaram a incapacidade.

Nos serviços próprios do SUS- Serviço Unificado de Saúde- (Ex. INAMPS) será
utilizado modelo padronizado para emissão dos respectivos atestados médicos. As
entidades conveniadas e ou contratadas poderão utilizar impresso próprio timbrado do
qual conste a razão social, CNPJ e o tipo de vínculo mantido com o SUS.

O afastamento por incapacidade além do 15º dia é de competência da Previdência.


Quando a empresa dispuser de serviços médicos, conveniados ou não, assumirá a
justificativa de falta por doença. Essa situação deverá ser comunicada ao SUS, para fins
administrativos.

Nota: Existem algumas controversias quanto ao desconto da falta do mensalista – se


divide o salário pelos dias trabalhados no mês (28, 30 ou 31) ou se por 30 dias.
Esclarecemos que inexiste na legislação trabalhista procedimento a ser adotado para o
cálculo da remuneração diária do salário do empregado mensalista. O mais usual é dividir
por 30 dias.

Exemplo para desconto de faltas e atrasos

Mensalista

Falta de 01 dia
Salário = 1.350,00 / Mês
Falta = 1.350,00 / 30 = 45,00
Valor de um dia de falta = 45,00

Atrasos de 3 horas
Salário = 1.350,00 / Mês
Atraso = 1.350,00 / 30 / 7,3333 x Hs. Atraso
Salário dias mês Hs. Dia

45,00 / 7,3333 = 6,13 x 3 hs = 18,39


Sal./30 Hs. Dia Vr. Hora Hs. Atraso Vr. Atraso

Valor do desconto do atraso = 18,39

82 Folha de Pagamento
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Horista
Salário = 6,13/H
Atraso de 3 horas

Valor desconto do atraso = 6,13 x 3 hs = 18,39

DESCONTO DO REPOUSO SEMANAL REMUNERADO

Refere-se ao desconto em folha de pagamento do valor equivalente ao Domingo


ou dia considerado como "descanso semanal remunerado".

Esse desconto ocorre somente em relação ao empregado que deixou de cumprir


integralmente a sua jornada de trabalho.

"Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o


empregado não tiver trabalhado durante toda a sua a semana anterior, cumprindo
integralmente o seu horário de trabalho" (Lei 605/49, art. 6º e Decreto 27.048/49
art.11).

Existem ainda sobre este assunto, controvérsias se é lícito ou não o desconto dos
empregados mensalistas, quando o mesmo falta, ou chega atrasado ao serviço sem
justificativa.

Exemplo:
Mensalista: Salário dividido por 30 = salário de um dia do DSR.
Horista : Salário hora x 7,33

Folha de Pagamento 83
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VALE TRANSPORTE

Beneficiários
São beneficiário do Vale transporte os empregados definidos no art. 3 da CLT, o
empregado doméstico, trabalhador temporário, trabalhador em domicílio, o sub-
empreiteiro, atletas profissionais e servidores públicos da União, Distrito Federal e sua
autarquias.

Benefício
Pôr força da Lei nº 7.418/85, o empregador é obrigado a adiantar na forma de
vales ao empregado, conforme dados constantes das “Declarações de Opção pelo Vale-
Transporte, o valor correspondente às despesas com transporte realizadas durante o mês.

Formas de utilização
Vale-transporte é utilizável em todas as formas de transporte coletivo público
urbano, ou ainda Intermunicipal e interestadual com características semelhantes ao
urbano, operando diretamente pelo poder público ou mediante delegação, em linhas
regulares, excluídos dos serviços seletivos e os especiais.

Empresas desobrigadas
Não estão obrigados à concessão do Vale-transporte os empregadores que
proporcionam, por meios próprios ou contratados, adequados ao transporte coletivo, o
deslocamento residência trabalho e vice-versa de seus empregados. Contudo, quando o
transporte fornecido pelo empregador não cobrir integralmente os trajetos dos
empregados, a empresa é obrigada a fornecer o Vale-transporte necessário para a
cobertura dos segmentos não abrangidos pelo referido serviço.

Substituição /Proibição
Veda-se ao empregador substituir o Vale-transporte por antecipação em dinheiro
ou qualquer outra forma de pagamento.

Ressalva-se, contudo, a hipótese da falta ou insuficiência de estoque necessário


ao atendimento da demanda e funcionamento do sistema, quando o beneficiário será

84 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

ressarcido pelo empregador, na folha de pagamento imediata, da parcela correspondente,


caso tenha efetuado, por conta própria, a despesa para o respectivo deslocamento.

Informação / Atualização
A informação será atualizada anualmente ou sempre que ocorrer alteração de
endereço residencial ou serviços e meios de transporte adequados ao deslocamento, sob
pena de suspensão do benefício até o cumprimento dessa exigência (Art. 7º , Dec. n°
95247 de 17/11/87).

Utilização / compromisso
O beneficiário firmará compromisso de utilizar o Vale-transporte exclusivamente
para efetivo deslocamento residência/trabalho e vice-versa.

Custeio
O Vale-transporte será custeado da seguinte forma:

pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico
ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens.
pelo empregador, no que exceder a parcela referida no item anterior.

Base de Cálculo
Para determinação da base de cálculo será considerado:

salário básico ou vencimento (excluídos os adicionais, vantagens, gratificações,


convênios etc.) para aqueles que recebem importância fixa;
montante percebido no período para os trabalhadores remunerados por tarefa ou
serviço feito ainda quando se tratar de remuneração constituída exclusivamente de
comissões, percentagens, gratificações, gorjetas ou equivalentes;
valor da parcela a ser suportada pelo beneficiário será descontado proporcionalmente
à quantidade de Vale-Transporte concedida para o período a que se refere o salário e
por ocasião de seu pagamento, salvo estipulação em contrário que favoreça o
beneficiário.

Folha de Pagamento 85
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Importante:

Vale transporte
Embora a legislação oriente que a parcela a ser suportada pelo trabalhador, para
fins de desconto do Vale -Transporte seja de até 6% (seis porcento) do salário contratual,
adotamos uma fórmula diferente, pois representa melhor o que as empresa vêm
praticando e além do que acreditamos que seja um procedimento mais justo para com o
empregado.

Salário Básico ou vencimento x número de dias úteis do mês


30

Exemplos de Cálculo

1) Salário = 420,00
Dias úteis = 22
Nº de conduções/dia = 4
Nº de passes no mês = 88
Custo unitário V.T. = 1,70

Cálculo de acordo com a legislação - CLT


Salário = 420,00 x6% = R$ 25,20
R$ 1,70 x 88 passes = R$ 149,60
Custo empregado = R$ 25,00 (Desconto em Fl. Pto)
Custo empregador = R$ 124,40

Cálculo Proporcional geralmente adotado em empresas de Médio e


grande porte.

Salário: 420,00 = 14,00 x 22 dias úteis = R$ 308,00


30
Salário Proporcional = 308,00 x 6% = R$ 18,48 (Desconto em Fl. Pto)
Custo Empregador = R$ 131,12

86 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

2) Salário = 1.500,00
Dias úteis = 22
Nº de conduções/dia = 2
Nº de passes no mês = 44
Custo unitário V.T. = 1,70

Cálculo de acordo com a legislação -CLT


Salário = 1.500,00 x 6% = R$ 90,00
R$ 1,50 x 44 passes = R$ 74,80
Custo empregado = R$ 74,80
Custo empregador = R$ 0,00

PENSÃO ALIMENTÍCIA

É efetuada em folha de pagamento do empregado mediante Ofício expedido pelo


Juiz. É dever de um parente para com outro. Geralmente é devida pelo ex-marido à ex-
esposa ou aos filhos.

Ela pode ter duas origens:

Amigável: aonde as partes (geralmente, marido e mulher) chegam a um consenso a


respeito da pensão, inclusive quanto ao valor e forma de pagamento.

Judicial: onde uma sentença judicial determina o valor da pensão e a forma de


pagamento.

O valor da pensão alimentícia varia de caso a caso, assim como a sua forma de
pagamento. A pensão alimentícia pode ser lançada em folha de pagamento de duas
formas:

Desconto: onde o valor descontado pelo empregador em folha de pagamento, por força
de decisão judicial ou por acordo entre as partes. Esse valor é pago diretamente ou
creditado em conta corrente informada pelo credor da pensão.

Folha de Pagamento 87
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Dedução para efeito de Imposto de Renda – Neste caso, quando há determinação de


desconto em folha, o valor da pensão é automaticamente deduzido da renda bruta.

Há casos em que o devedor da pensão paga o valor diretamente ao beneficiário e


apresenta o comprovante do pagamento, juntamente com o comprovante de acordo ou
sentença, para que a empresa opere a dedução em folha de pagamento, para efeito de IR.

ADIANTAMENTO DE SALÁRIO

O adiantamento salarial, geralmente ocorre por duas razões:

Geral: quando o empregador adianta uma parcela do salário mensal de seus empregados
antes do vencimento do pagamento, normalmente no 15º (décimo quinto) ou 20º
(vigésimo) dia do mês, em função de norma coletiva de trabalho, por liberalidade do
empregador ou em decorrência de contrato de trabalho.

Particular: quando, a pedido do empregado e por motivos particulares deste, o


empregador adianta-lhe o pagamento do salário no todo ou em parte. Esse tipo de
adiantamento não é previsto em lei, não sendo, portanto, o empregador obrigado a realizá-
lo. Fazendo-o, é por mera liberalidade.

SEGURO DE VIDA

Uma boa parte das empresas oferece aos seus empregados o benefício do seguro
de vida, em que o empregado participa com uma parte e o empregador com outra. Os
descontos da parte do empregado somente podem acontecer mediante autorização
expressa deste.

88 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

VALE - REFEIÇÃO

Em refeitório ou em convênio com empresas especializadas, muitas empresas


subsidiam as refeições de seus empregados. O desconto do valor que cabe ao
empregado somente pode ocorrer em folha de pagamento mediante autorização expressa
deste.

VALE-COMPRA EM SUPERMERCADOS OU CESTA BÁSICA

Quando a empresa oferece este benefício, deve exigir prévia autorização dos
empregados para efetuar o desconto da parte do custo que lhes cabe.

Vem crescendo muito a gama de benefícios que as empresas oferecem aos seus
empregados mediante subsídio. Pode-se citar, além dos citados acima: assistência
médica, previdência privada, empréstimos, etc.

RECIBOS DE PAGAMENTO / ENVELOPES DE PAGAMENTO / HOLERITS

Os recibos de pagamento (art. 464 da CLT) são emitidos de acordo com os dados
constantes da folha de pagamento. Devem ser entregues ao empregados com a
discriminação detalhada das verbas creditadas e debitadas.

Folha de Pagamento 89
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MODALIDADE DE CÁLCULO DE FOLHA DE PAGAMENTO

Mensalista com horas extras

1. Manoel João

• Salário = 1.056,00;
• Fez 30 horas extras durante todo o mês;
• Tem dois dependentes, sendo; esposa e um filho menor de 14 Anos
• Teve 420,00 de adiantamento por conta de salário;
• Adicional de hora extra: 50%;
• Não teve falta durante o mês;

Proventos
Salário 1.056,00
30 horas extras a 7,20.cada uma 216.00
Total de proventos 1.272,00

Descontos

INSS: 11% sobre 1.272,00 139,92


IRF 0,00
Adiantamento por conta de salário 420,00
Total de descontos 559.92

Líquido a receber 712,08

FGTS A RECOLHER = 1.056,00 (salário) + 216,00 (hora extra) = 1.272,00 x 8,5% = 108,12

90 Folha de Pagamento
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Mensalista com desconto de contribuição sindical

2. Eduardo Antônio

• Salário: R$ 2.420,00 por mês


• Foi admitido no dia 01/09/2001, e não teve registro em sua Carteira de
Trabalho de Janeiro a Agosto/2001;
• tem três dependentes, sendo: esposa e dois filhos menores de
14 anos;
• teve R$ 968,00 de adiantamento por conta de salário;
• Não teve falta durante o mês

Proventos

Salário (30 dias) 2.420,00


Total de Proventos
2.420,00

Descontos

INSS: 11% sobre 2.400,00 (Limite máximo) 264,00


Contribuição Sindical: 1/30 de 2.420,00 80,66
IRRF 117,00
Adiantamento pôr conta de salário 968,00
Total de descontos 1.429,66

Líquido a receber 990,34

FGTS a recolher: 2.420,00 (salário) x 8,5% 205,70

Folha de Pagamento 91
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Mensalista admitida no decorrer do mês

3. Silvia Regina

• Salário: R$ 210,00 por mês


• Foi admitida em 11/X/2000, tem dois filhos menores de 14 anos;
• Não teve adiantamento;
• Não teve falta;
Proventos

Salário (20 dias) 140,00


Salário Família (02 cotas) 13,74
Total de Proventos 153,74

Descontos

INSS:7,65% sobre 140,00 10,71


IRRF (Isento)
Total de descontos 10,71

Líquido a receber 143,03

FGTS a recolher: 140,00 (salário) x 8,5% 11,90

OBRIGAÇÕES MENSAIS

INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social)

INSS é o Instituto Nacional de Seguridade Social, órgão do Ministério da


Previdência Social.

Tanto os empregados quanto os empregadores têm a obrigação de recolher suas


contribuições para esse instituto, por iniciativa do empregador.

92 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Mensalmente os empregadores deverão descontar de seus empregados em folha


de pagamento e recolhida ao INSS, pelo empregador, no momento em que for efetuar sua
própria contribuição. O recolhimento é efetuado mediante débito em conta comandado por
meio da rede Internet ou por aplicativos eletrônicos disponibilizados pelos bancos, até o dia
dois (dois) do mês seguinte ao de competência, prorrogando o prazo para o primeiro dia útil
subsequente se o vencimento cair em dia em que não haja expediente bancário.

IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte)

A retenção do Imposto de Renda na Fonte, sobre os rendimentos do trabalho


assalariado, abrange todas as pessoas físicas, independentes de sexo, estado civil, idade
ou nacionalidade, domiciliadas ou residentes no Brasil, observados os limites mínimos de
isenção, estabelecidos na legislação do Imposto de Renda

O recolhimento do Imposto de Renda na Fonte sobre os rendimentos do trabalho


assalariado é feito através do DARF, com o código da receita 0561, em duas vidas.

O prazo para o recolhimento do Imposto de Renda na Fonte é o 3º (terceiro dia útil


semana subsequente ao fato gerador (retenção), pois o período do fato gerador conta-se de
Domingo à Sábado da semana anterior à retenção, colocando a data do final do período.

FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é um regime criado pela Lei nº 5.107,


de 13/09/1966, e regulamentado pelo Decreto nº 59.820, de 20/12/1966, com vigência a
partir de 01/01/1967. Atualmente, regem o FGTS a Lei nº 8.036/90 e o Decreto n. º
99.684/90.

Estabilidade - Regime anterior


Anteriormente, à criação do FGTS, todos os empregados eram protegidos pela
estabilidade - regime previsto pela CLT nos Capítulos V e VII, arts. 477, 478 e 492.

A estabilidade no emprego era adquirida após 10 anos de serviço na mesma


empresa.

Folha de Pagamento 93
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Além da estabilidade, a CLT assegurava, nos casos de dispensa sem justa causa,
o direito a uma indenização correspondente a um salário por ano de serviço, na base da
maior remuneração percebida na empresa, indenização que dobrava após o complemento
do tempo da estabilidade.

Situação dos Empregados

Antes de 5/10/1988
Com o advento do regime do FGTS, em 01/01/1967, os empregados que então pôr
ele optaram passaram a denominar-se optantes, e os que não optaram, permanecendo sob
o regime da CLT, passaram a denominar-se não-optantes, mantendo os direitos à
estabilidade da CLT.

Após 05/10/1988

Após 05/10/1988, com a promulgação da Constituição em vigor, o FGTS passou a


ser o único regime vigente. Assim, os empregados não-optantes passaram também a
condição de optantes, a partir dessa data, permanecendo, quanto ao tempo anterior, na
situação de não-optantes.

Para aqueles que passaram à condição de optantes nos termos acima, desde que
contassem com 10 anos ou mais de serviço na mesma empresa, na ocasião da
promulgação da Constituição Federal, o art. 14 da Lei nº 8.036 de 11/05/1990, assegurou a
estabilidade adquirida.

Para o empregado nessa situação é ainda hoje devida, na eventualidade de uma


rescisão de contrato por parte da empresa, uma indenização do tempo de serviço anterior a
05/10/1988.

No caso de rescisão por acordo entre ambos, a base do acordo será, no mínimo,
de 60% do valor da indenização, além do saque do saldo da conta do FGTS do período
posterior à sua passagem à condição de optante, por força da Lei n. º 8.036/90.

94 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Depósitos Mensais

Pelo regime do FGTS, as empresas são obrigadas a depositar mensalmente, em


conta bancária específica na Caixa Econômica Federal, importância correspondente a 8,5%
da remuneração paga no mês anterior ao empregado, optante ou não.

Os depósitos serão realizados inclusive quando o empregado estiver afastado pôr


motivo de acidente do trabalho e para prestação de serviço militar.

A identificação do empregador no sistema se dará pelo número do CNPJ, e a conta


do empregado é identificada pelo número do cadastramento no PIS/PASEP.

Tipos de Conta
Existem dois tipos de conta do FGTS

Conta vinculada - pertence ao optante;


Conta individualizada - pertence à empresa e refere-se aos depósitos efetuados em
conta de não optantes. Na hipótese da dispensa do não-optante, com pagamento de
indenização referente à estabilidade, a empresa levanta o valor constante da conta
individualizada.

Multa Rescisória
Na ocorrência de rescisão do contrato de trabalho por parte da empresa, sem justa
causa, é devida multa de 50% do saldo atualizado de sua conta vinculada, conforme o In. 1
do art.10 das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal.

Possibilidades de saque do FGTS


Pela Lei do FGTS e de acordo com a Circular nº 5, de 21/12/1990, expedida pelo
presidente da CEF, as possibilidades mais comuns de saque, por parte do empregado, e os
respectivos códigos são:

Folha de Pagamento 95
Formação Continuada: Departamento Pessoal

CÓDIGO MOTIVO
Despedida pelo empregador, sem justa causa, inclusive a indireta;
01 Rescisão antecipada, sem justa causa, pelo empregador, do contrato
de trabalho por prazo determinado;
Rescisão do contrato de trabalho, inclusive do contrato a termo (por
02
prazo determinado, por motivo de culpa recíproca ou força maior).
Rescisão do contrato de trabalho por extinção total da empresa,
03 fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou
agências, supressão de parte de suas atividades ou ainda falecimento
do empregador individual.
Extinção normal do contrato a termo (por prazo determinado), inclusive
04
a dos trabalhadores temporários - Lei nº 6.019/74;
Aposentadoria, inclusive por invalidez;
05 Rescisão do contrato de trabalho, a pedido do trabalhador, em razão
de novo vínculo empregatício após a aposentadoria;
Saque pelo empregador, em virtude de rescisão de contrato de
10 trabalho de empregado, com tempo de serviço anterior a 05/10/1988,
na condição de não-optante, tendo havido pagamento de
indenizações.
Saque pelos dependentes do trabalhador, em virtude de falecimento
23
deste.

CAGED - CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS (Lei 4923)

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED foi Instituída pela


Lei nº 4.923 de 1965. Ele deve conter dados relativos ao estabelecimento que movimentou
trabalhadores no mês informado, seja por admissão, transferência ou desligamento. As
informações devem estar completas e corretas. O erro tornará nulo o documento
sujeitando a empresa às multas previstas em lei.

As principais informações do CAGED estão divididas em dois grupos principais:

Entradas
Deve ser informado o número de empregados admitidos no mês informado,
registrando os números correspondentes ao 1º emprego, reemprego, entrada por
transferência ou reintegração nos espaços respectivos para cada um desses tipos de
admissão.

96 Folha de Pagamento
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Admissões = 1º emprego + reemprego + entrada por transferência + reintegração

Desligamentos
Deve ser informado o número de empregados desligados no mês informado,
indicando o número de desligamentos sem justa causa, a pedido, com justa causa, por
aposentadoria, por morte, saída por transferência ou término de contrato nos espaços
correspondentes a cada um desses tipos de desligamento.

Desligamentos = sem justa causa + com justa causa + a pedido + aposentadoria +


por morte + saída por transferência + término de contrato

Importante:
Entende-se por transferência, a entrada de empregados de outros
estabelecimentos da mesma empresa ou de um mesmo grupo de empresas ou ainda nos
casos de fusão, cisão, incorporação ou desmembramento de empresas.

Prazo de Entrega
O CAGED deverá ser entregue / remetido ao Ministério do Trabalho (Rio de
Janeiro-RJ.) até o dia 07 do mês subsequente ao fato gerador, ou seja, fato gerador
outubro, deve ser entregue até 07 de novembro.

O formulário do CAGED é apropriado para que seja entregue via correio, mas
também poderá ser entregue por meios magnéticos ou via internet.

Folha de Pagamento 97
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GRATIFICAÇÃO DE NATAL
(13º SALÁRIO)

Direito / Prazo
A Constituição Federal, Capítulo II - dos Direitos Sociais, dispõe em seu art. 72,
inciso VIII, que os trabalhadores urbanos e rurais, inclusive os domésticos, fazem jus ao
"décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria".

A gratificação de Natal (13º salário), instituída pela Lei nº 4.090/62, é devida a todo
empregado e aos trabalhadores avulsos, independente da remuneração a que fizerem jus.

Esta gratificação corresponde a 1 / 12 de remuneração devida em dezembro ao


empregado, por mês de serviço, entendido como tal à fração igual ou superior a 15 dias.

O 13º salário é pago em duas parcelas: a primeira, entre os meses de fevereiro e


novembro e a Segunda, até 20 de dezembro.

PAGAMENTO POR OCASIÃO DE FÉRIAS

A primeira parcela poderá ser paga por ocasião das férias do empregado, desde
que tenha sido requerida ao empregador, por escrito, no mês de janeiro do ano a que se
refere à gratificação.

Gratificação de Natal 99
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CÁLCULO DA 1ª PARCELA DO 13º SALÁRIO

A 1ª parcela do 13º salário eqüivale à metade do salário mensal do mês anterior,


para os empregados mensalistas, horistas (para os quais se consideram 220 horas) e
diaristas (30 dias).

Para os que recebem salário variável (comissionistas, tarefeiros, etc.), deve ser
paga a metade da média apurada até o mês de outubro.

Se o salário do comissionista for misto (fixo + comissão), na 1ª parcela também se


computa a metade da parte fixa.

Exemplo 1
Mensalista que percebe o salário de 600,00 / 2 = 300,00 (1ª parcela)

Exemplo 2
Horista com salário de 3,00 por hora
3,00 x 220 horas = 660,00 / 2 = 330,00 (1ª parcela)

Nestes casos, o cálculo da 1ª parcela do 13º salário será feito na forma do exemplo
anterior, considerando-se, porém, 1/12 do salário mensal por mês de serviço, a partir da
comissão, até o mês de outubro, sendo que as frações iguais ou superiores há 15 dias
serão tidas como mês integral.

Exemplo 3
Mensalista comissionado, admitido em 12/05, com média de comissão de 1.000,00 por
mês.

Média = 1.000,00 / 12 = 83,33 (1/12) x 6 = 500,00


13º salário (maio a outubro) = 500,00 x 50% = 250,00 = 1ª parcela

100 Gratificação de Natal


Formação Continuada: Departamento Pessoal

CÁLCULO DA 2ª PARCELA DO 13º SALÁRIO

A 2ª parcela do 13º salário corresponde a:

média mensal dos valores recebidos no período de janeiro a novembro, para os que
recebem salário variável (comissionistas, tarefeiros, etc.);

soma da parte fixa em vigor no mês de dezembro com a média da parte variável no
período de janeiro a novembro, para os que percebem, além da parte variável, uma
parte fixa.

Após a apuração do 13º salário, integral, deduz-se o valor pago por ocasião da 1ª
parcela.

Exemplos:
a) mensalista com salário de 740,00 no mês de dezembro
740,00 - 1ª parcela = 2ª parcela

b) Horista com salário de 4,00 por hora no mês de dezembro


4,00 x 220 horas = 880,00
880,00 - 1ª parcela = 2ª parcela

Salário variável / Diferenças / Ajustes


No cálculo do 13º salário integral, são considerados, nos casos de salário variável,
para apuração da média salarial, os valores recebidos até o mês de novembro. Isto se
justifica, pois nessa ocasião é impossível saber o valor devido a esse título (comissão) no
mês de dezembro. Assim, até o 5º dia útil de janeiro do ano seguinte, deve se efetuar o
ajuste da diferença que eventualmente tenha ocorrido no cálculo do 13º salário. Para
tanto, a empresa recalculará a média salarial desses empregados, computando-se, agora,
o valor recebido no mês de dezembro. Se a diferença encontrada for favorável ao
empregado, deverá ser pago até aquela data. Caso contrário, o valor será descontado.

Gratificação de Natal 101


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Observação: O acerto até o 5º dia útil decorre da Lei nº 7.855/89, muito embora o
regulamento do 13º salário mencione o dia 10 de janeiro do ano seguinte.

Empregados Admitidos no Curso do Ano


Para empregados admitidos no curso do ano, adota-se idêntico critério dos
exemplos citados atribuindo-se, porém, 1/12 por mês de serviço ou fração igual ou
superior a 15 dias dentro do mês civil, a partir da data de admissão até 31/12. Nestes
casos, tratando-se de salário variável, a média será apurada no período compreendido
entre a admissão até o mês de novembro.

Faltas / Apuração
Para efeito de pagamento de cálculo do valor da gratificação de natal é necessário
apurar, mês a mês, as faltas não justificadas pelo empregado, a fim de verificar se houve
pelo menos 15 dias de trabalho. Assim, para cada mês, restando um saldo de, no mínimo,
15 dias após o desconto das faltas injustificadas nos respectivos meses, assegura-se aos
trabalhadores o recebimento de 1/12 de 13º por mês.

Auxílio - doença previdenciário


A partir do 16º dia de afastamento do empregado, o auxílio - doença caracteriza
suspensão do contrato de trabalho e, em conseqüência, o 13º salário relativo a esse
período não deverá ser pago, isto é, a empresa pagará apenas a gratificação
correspondente aos períodos anterior e posterior ao afastamento.

Auxílio doença Acidentário


Tratando-se de acidente de trabalho, a empresa deverá pagar o 13º salário
integral, isto é, as ausências decorrentes de acidente do trabalho não reduzem o cálculo
do 13º salário.

Contudo, se o Instituto da Previdência Social pagou o abono anual, existe


entendimento no sentido de que caberá à empresa pagar tão somente a diferença entre o
abono anual recebido e o 13º salário, evitando-se, assim, a duplicidade de pagamento.

102 Gratificação de Natal


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Serviço Militar
No caso de convocação para prestação do serviço militar obrigatório, o empregado
não faz jus ao 13º salário correspondente ao período de afastamento.

Incidências de Encargos Sociais no 13º Salário


Parcela IRRF INSS FGTS
1ª Parcela Não Não Sim
2ª Parcela Sim Sim Sim (Só 2ª parcela

Multa
As infrações às disposições contidas na Lei 4.090/62, que disciplina o pagamento
da gratificação de Natal / 13º salário, acarretarão na aplicação de multa administrativa
equivalente a 160 UFIR's por trabalhador prejudicado, dobrado no caso de reincidência.

Gratificação de Natal 103


Formação Continuada: Departamento Pessoal

FÉRIAS

Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado


terá direito ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração, na seguinte
proporção, conforme Art. 130 da CLT e o seguinte quadro de faltas não justificadas:

Até 5 faltas 30 dias corridos


De 6 a 14 faltas 24 dias corridos
De 15 a 23 faltas 18 dias corridos
De 24 a 32 faltas 12 dias corridos
Acima 33 faltas Perda do direito

A lei dá ao empregador o direito de marcar a época de concessão das férias aos


seus empregados. O empregador deve informar a respectiva data com antecedência de
no mínimo 30 dias (Aviso de Férias). – Art. 135 da CLT.

A concessão das férias será participada por escrito, ao empregado, com


antecedência de no mínimo, trinta dias, cabendo a este assinar a respectiva notificação
(Art.135 da CLT).

O empregador tem um limite de 12 meses subsequente à aquisição do direito pelo


empregado para marcar as férias. Ultrapassando esse período o empregador deverá
paga-las em dobro.

Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em dois períodos, um


dos quais não poderá ser inferior a dez dias corridos.

Férias 105
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Aos menores de 18 anos e aos maiores de 50 anos de idade, às férias serão


sempre concedidas de uma só vez.

O empregado estudante, menor de 18 anos, terá o direito a fazer coincidir suas


férias com as férias escolares.

Os membros de uma família que trabalham no mesmo estabelecimento ou


empresa terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disso
não resultar prejuízo para o serviço.

O empregado não entrará em gozo de férias sem a apresentação da Carteira de


Trabalho e Previdência Social para a devida anotação.

A anotação deve ser feita também no livro ou ficha de "Registro de Empregado".

O pagamento da remuneração das férias será efetuado até dois dias antes do
início do respectivo período.

PERDA DE DIREITO DE FÉRIAS – ART. 133 - CLT

Perderá o direito as férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:

I. Deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias, subseqüentes a sua saída;
II. Permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 dias;
III. Deixar de trabalhar, com percepção de salário, por mais de 30 dias em virtude de
paralisação parcial ou total dos serviços da Empresa;
IV. Tiver recebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou auxílio-
doênça por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos (art. 133, incisos II e IV,
da CLT).

106 Férias
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Para os fins previstos no item III, a empresa comunicará ao órgão local do


Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de quinze dias, as datas de início e fim
da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa e, em igual prazo comunicará, nos
mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará
aviso nos respectivos locais de trabalho, conforme preceitua o parágrafo 3º do artigo 133
da CLT, parágrafo acrescido pela Lei nº 9.016, de 30/03/95 – DOU de 31/03/95.

REMUNERAÇÃO DE FÉRIAS

O pagamento da remuneração das férias será efetuado até dois dias antes do
início do respectivo período.

Os parágrafos do artigo 142 da CLT Dispõe:

Quando o salário for pago por hora, com jornadas variáveis, apurar-se-á a média do
período, aplicando-se o valor do salário na data da concessão de férias.

Quando o salário for pago por tarefa, tomar-se-á por base a média da produção no
período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa na
data da concessão das férias.

Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a média
percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem a concessão das
férias.

A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação na


Carteira de trabalho e Previdência Social.

Férias 107
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão


computados no salário que servirá de base da remuneração das férias. Para a
apuração da remuneração base para cálculo das férias, será feita média aritmética dos
adicionais variáveis no período aquisitivo.

Segundo a mesma Instrução Normativa, o pagamento também será obrigatório nos


casos de férias em dobro, simples ou proporcionais, observando-se o disposto nos
artigos 130, 146 e 147 da CLT.

Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adicional
do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme, será computada
a média duodécima recebida naquele período, após a atualização das importâncias
pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais
supervenientes.

ADICIONAL DE 1/3 (UM TERÇO) NAS FÉRIAS

De acordo com disposto no inciso XVII do artigo 7º da Constituição Federal (1988),


ficou instituído o pagamento de um terço a mais do que o salário normal, por ocasião do
gozo de férias anuais remuneradas.

A instrução nº 2, de 13/03/1992, DOU de 16/03/92, determina o pagamento de 1/3


a mais do que o salário normal, conforme a Constituição Federal, na rescisão do contrato
de trabalho apenas para as férias simples ou em dobro, como preceitua o artigo 15,
parágrafo único, como vemos a seguir:

O pagamento das férias simples ou em dobro será acrescido de, pelo menos, 1/3
(um terço) a mais do que o salário normal (art.15, parágrafo único, CLT).

108 Férias
Formação Continuada: Departamento Pessoal

ABONO PECUNIÁRIO DE FÉRIAS

É facultado ao funcionário converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver
direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes.

O abono de férias deve ser requerido até 15 dias antes do término do período
aquisitivo.

O pagamento do abono pecuniário de férias acrescido de um terço (1/3) deverá ser


efetuado até dois dias antes do início do respectivo período.

Exemplo:

Empregado tem direito a 30 dias de férias, referente período aquisitivo de 01/10/99 a


30/09/2000, com programação para gozo de férias a partir de 01/03/2001.
Solicitação do Abono Pecuniário de Férias, pelo empregado e por escrito, até
15/09/2000. (Quinze dias antes do término do período aquisitivo);
Período total das férias de 01 a 30/03/2001, sendo: 20 dias em descanso, de 01 a
20/03/2001 e 10 dias em abono pecuniário de 21 a 30/03/2001;
Empregado recebe o equivalente a trinta dias de férias;
Porém só irá descansar vinte dias;
Ao retornar de férias terá direito a receber mais dez dias trabalhados.

FÉRIAS PAGAS NA RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO

O empregado que já tenha direito adquirido correspondente ao período de férias,


por ocasião da cessão do contrato de trabalho, não importando sua causa, terá direito à
remuneração simples ou em dobro, conforme o caso.

Férias 109
Formação Continuada: Departamento Pessoal

O empregado que for desligado por pedido de dispensa ou por justa causa com
menos de 12 (doze) meses de serviço não terá direito a férias proporcionais, fazendo jús
ao seu recebimento apenas aqueles que forem desligados sem justa causa ou cujo
contrato de trabalho se extinguir em prazo determinado. (Art. 146, parágrafo único – CLT).

Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviços, o


empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração
relativa ao período das férias “(férias proporcionais) (art. 146, parágrafo único, da CLT).

O empregado que, espontaneamente, pede demissão antes de completar doze


meses de serviço, não tem direito a férias proporcionais.

As férias proporcionais são calculadas na base de 1/12 por mês de serviço ou


fração superior a 14 dias.

Exemplo:
Suponha-se um empregado que tenha sido admitido em 15/02/2000 e pedido
demissão em 20/09/2001;
Desligou-se, em 19/10/2001, com salário mensal de 480,00;
Gozou normalmente as férias vencidas em 14/02/2001;
No período de 15/02/2001 a 19/10/2001, teve sete faltas não justificadas. (direito há 24
dias devido às faltas);
Calcular o valor do salário correspondente às férias proporcionais. São 8/12 de 24
dias.
480,00 /30 = 16,00 por dia
16,00 x 24 = 384,00
384,00 / 12= 32,00
32,00 x 8 = 256,00

O pagamento a mais de 1/3, é também sobre 256,00.


1/3 de 256,00 = 85,33
O empregado receberá 341,33 corresponde a 8/12 de 24 dias de férias, mais 1/3 da
Constituição Federal.

110 Férias
Formação Continuada: Departamento Pessoal

FÉRIAS COLETIVAS

As férias coletivas são aquelas "concedidas a todos os empregados de uma


empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. (Art. 139 – CLT).

Podem ser gozadas em até dois períodos anuais, desde que nenhum deles seja
inferior a dez dias corridos.

A empresa pode conceder férias coletivas aos seus empregados através do


sindicato representativo dos empregados pelo acordo coletivo, ou de convenção coletiva
entre sindicatos das categorias econômicas e profissionais. (Art. 611 – CLT).

Na falta desses, cabe ao empregador determinar a época das férias dos


empregados.

Proporcionando férias coletivas adotadas através de convenção coletiva ou


adotadas livremente, o empregador deverá comunicar o fato ao órgão local do Ministério
do trabalho e enviar cópia da aludida aos sindicatos representativos da respectiva
categoria profissional, com antecedência mínima de 15 dias.

Deverá salientar as datas de início e fim das férias, precisando quais os


estabelecimentos ou setores abrangidos pela média, além de providenciar a fixação de
aviso nos locais de trabalho.

A microempresa e a empresa de pequeno porte estão dispensadas de comunicar,


ao órgão do Ministério do Trabalho e aos sindicatos das categorias profissionais de seus
empregados, as datas de início e fim de férias coletivas (art. 20 da Lei nº 8.864, de
28/03/94), porém aconselhamos que toda e qualquer empresa faça a comunicação ao
Mtb.

Entendemos que um terço a mais do salário normal, previsto no art. 7º, inciso
XXVII, da Constituição, é devido também no caso de férias coletivas.

Férias 111
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Os empregados contratados há menos de 12 meses gozarão, na oportunidade, de


férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo, que se inicia a partir do
primeiro dia de gozo.

Exemplo:

Se o período de férias coletivas é de 17/12/2001 a 31/12/2001, seu novo período


aquisitivo começa a partir de 17/12/2001.

Tabela prática para cálculo de férias proporcionais

Férias 30 dias 24 dias 18 dias 12 dias


Proporcionais
(até 5 faltas) (de 6 a 14 (de 15 a 23 (de 24 a 32
faltas) faltas) faltas)
1/12 2,5 dias 2 dias 1,5 dias 1 dia
2/12 5 dias 4 dias 3 dias 2 dias
3/12 7,5 dias 6 dias 4,5 dias 3 dias
4/12 10 dias 8 dias 6 dias 4 dias
5/12 12,5 dias 10 dias 7,5 dias 5 dias
6/12 15 dias 12 dias 9 dias 6 dias
7/12 17,5 dias 14 dias 10,5 dias 7 dias
8/12 20 dias 16 dias 12 dias 8 dias
9/12 22,5 dias 18 dias 13,5 dias 9 dias
10/12 25 dias 20 dias 15 dias 10 dias
11/12 27,5 dias 22 dias 16,5 dias 11 dias
12/12 30 dias 24 dias 18 dias 12 dias

Se as férias proporcionais forem superiores às férias coletivas, o empregado fica com


um saldo favorável, cuja concessão do período de gozo fica a critério do empregador,
observando-se sempre o período aquisitivo.

112 Férias
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Se as férias proporcionais forem inferiores às férias coletivas, o empregado não faz jús
a todo o período de férias coletivas, mas elas devem ser pagas como licença
remunerada para que não haja redução salarial do empregado.

No caso de férias coletivas, a conversão de 1/3 do período de férias a que o


empregado tem direito "deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o
sindicato representativo da respectiva categoria profissional (sindicato dos empregados),
independendo de requerimento individual a concessão do abono" (art. 143, parágrafo 2º,
da CLT).

O pagamento das férias coletivas e do abono se for o caso, deve ser feito também
até dois dias antes do correspondente gozo, ocasião em que o empregado quita o
pagamento em recibo com indicação do início e do término das férias. Deve ser anotada
na CTPS e no livro de fichas de "Registro de Empregados" a concessão das férias.

Pagamento da 1ª parcela do 13º salário por ocasião das férias


O empregado poderá receber, antecipadamente, por ocasião do gozo de suas
férias a primeira parcela do 13º salário, entre os meses de fevereiro a novembro de cada
ano. Para que o empregado faça jús ao recebimento da primeira parcela do 13º salário por
ocasião das férias, é necessário que redija um requerimento no mês de janeiro do
correspondente ano.

ENCARGOS SOCIAIS

A tributação da previdência Social e do Imposto de Renda na Fonte das verbas de


férias, abono pecuniário e 1/3 constitucional é feitas em separado de outras verbas
salariais.

As tabelas usadas são as que estiverem em vigor por ocasião da quitação das
férias, podendo ser abatidas apenas as deduções legais. O FGTS deve ser recolhido
sobre as verbas de férias: (férias normais, 1/3 constitucional) e sobre a 1ª parcela do 13º
quando pago junto das férias.

Férias 113
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Exemplo 1
Férias normais de 30 dias - mensalistas
Empresa X
João da Silva
CTPS Nº / série: 004651 / 00002 - SP
Auxiliar de Departamento de Pessoal
Período aquisitivo: 01/08/2000 a 31/07/2001
Período de Gozo das férias:
01/10/2001 a 30/10/2001
Remuneração: 1.650,00 por mês
Teve cinco faltas não abonadas no período aquisitivo.
Não tem dependente

Calculo para preenchimento do recibo de férias


30 dias de férias 1.650,00
Acréscimo (1/3 da CF) 550,00
Total da Remuneração de Férias 2.200,00
Descontos
INSS 11% SOBRE 1.430,00 242,00
IRRF 135,00
Líquido a receber 1.823,00

Exemplo 2
CTPS nº /Série 32.314/00060 – SC
Departamento de produção
Período aquisitivo: 01/10/2000 à 30/09/2001
Período de gozo das férias: 11/09/2001 à 28/09/2001
Remuneração: 720,00 por mês
Teve 15 faltas não abonadas no período aquisitivo
Não tem dependente

Cálculo para preenchimento do recibo de férias


18 dias de férias a 24,00 432,00
(+) acréscimo (1/3 da Constituição Federal) 144,00
Total da Remuneração Férias 576,00
Descontos
INSS 8,65% s/576,00 44,06
(-) IRF (576,00 – 49,82 INSS = 526,18 (Isento)
Líquido a receber 531,94

114 Férias
Formação Continuada: Departamento Pessoal

PODER DISCIPLINAR DO
EMPREGADOR

O poder disciplinar do empregador consiste na faculdade de aplicar penalidades


aos empregados que descumprirem as obrigações relativas ao contrato de trabalho.

Visa, ainda, manter a ordem e disciplina no local de trabalho, a fim de que sejam
garantidas as hierarquias instituídas na empresa além do bem comum de toda a
comunidade de trabalho, no âmbito da mesma.

Todavia, esse poder disciplinar é limitado, pois o Direito do Trabalho assegura ao


trabalhador garantias contra eventuais arbitrariedades do empregador. Assim, na aplicação
de penalidades, o empregador deverá se ater a certos princípios observando-se que as
sanções devem ser justas e razoáveis, proporcionais à falta cometida.

Espécies de penalidades

Advertência (verbal ou escrita)


Suspensão
Dispensa por Justa Causa.(Falta Grave do Empregado ou do Empregador)

Advertência

Advertência verbal

Poder Disciplinar do Empregador 115


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Resulta de conversa entre empregado e empregador (nesse caso os superiores


hierárquicos são considerados prepostos do empregador e assumem seu papel), em que
este esclarece ao empregado quanto à falta cometida e as conseqüências que podem advir
do seu ato. Solicita a melhoria do comportamento e adverte que, na repetição do ato, o
empregado poderá ser punido com maior severidade. É importante também se estabelecer
à relação entre o ato faltoso e o art. 482 da CLT.

Advertência escrita (formal)

Havendo repetição de ato a respeito do qual o empregado já tenha sido advertido


verbalmente, ou revestindo-se o ato de maior gravidade, o empregador pode advertir o
empregado por escrito.

A advertência será efetivada através de carta, que deve:

detalhar muito bem a falta cometida e relacioná-la a um dos itens do art. 482 da CLT);
advertir o empregado que na repetição do ato poderá ser punido com maior
severidade;
ser assinada pelo empregado e arquivada no prontuário, ficando cópia dela em seu
poder. Negando-se o empregado a assinar, é possível chamar duas testemunhas, que
assinarão o seguinte termo aposto na própria carta:

Atestamos que o Sr (a) XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX negou-se a assinar


a presente carta.

___________________________________________________________
(assinaturas)

_______________________________________________
(local e data)

116 Poder Disciplinar do Empregador


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Suspensão

Observando, sempre, a adequação da intensidade da punição à gravidade da falta,


o empregador pode suspender o empregado do trabalho.

A suspensão pode ser de 1 (um) a 30 (trinta) dias. Suspensão superior a 30 (trinta)


dias importa na rescisão injusta do contrato de trabalho (art. 474 da CLT).

Não são aconselháveis nem períodos muito longos nem repetições continuadas de
suspensão, pois a falta em casos como esses ou é tão grave que por si só justifica a
dispensa por justa causa ou não é tão grave, hipótese em que a dispensa sem justa causa
é mais aconselhável, caso seja insustentável a relação de emprego. As cartas de
suspensão obedecem aos mesmos requisitos da carta de advertência, anteriormente
descritos.

DEMISSÃO PÔR JUSTA CAUSA (FALTA GRAVE DO EMPREGADO)

Os atos do empregado que, pela sua gravidade, justificam a rescisão do contrato


de trabalho, por justa causa estão relacionados, no art. 482 da CLT (vide abaixo).

Antes de análise de cada um desses atos, é importante destacar que a aplicação


da pena máxima do direito do trabalho - rescisão do contrato por justa causa - devem ser
precedida da seguinte reflexão:

ato praticado pelo empregado é realmente grave? Impossibilita a continuidade


saudável da relação de emprego?
empregado cometeu a falta com plena consciência do que fazia? Houve intenção
faltosa?
empregado foi orientado pelo empregador quanto à gravidade da falta?
empregado tem antecedentes comprometedores de seu comportamento?
A aplicação da pena terá repercussões negativas interna e externamente?

Poder Disciplinar do Empregador 117


Formação Continuada: Departamento Pessoal

A punição terá interferência em programas que eventualmente existam ou estejam


sendo implantados?

Os atos tratados pelo art. 482 são os seguintes:

Ato de improbidade - significa ato desonesto, Ex. roubo.

Incontinência de conduta ou mau procedimento - neste item estão incluídos os atos


contrários à moral e aos bons costumes.

Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e


quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado,
ou for prejudicial ao serviço - a tipificação dessa falta pode ser compreendida pelo
detalhamento de seu enunciado:

negociação - negócio em que haja interesse financeiro;


habitual - a habitualidade é uma característica dessa falta;
negociações eventuais não são suficientes para a rescisão do contrato por culta do
empregado;
por conta própria ou alheia - o empregado não precisa ser o dono do negócio para
caracterizar a falta grave;
Sem permissão do empregador - para que se configure a falta é necessário que o
não consentimento do empregador seja manifesto; a permissão tácita, isto é, aquela
em que o empregador consente com o fato, caracteriza o perdão tácito, circunstância
que elimina a tipificação da falta grave;
que constitua concorrência à empresa em que o empregado trabalha ou que seja
prejudicial ao serviço - ou se trata do mesmo negócio da empresa e pode ocorrer fora
de seus limites ou é prejudicial ao serviço e acontece durante o trabalho, nos limites da
empresa.

Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido


suspensão da execução da pena - dois aspectos são importantes na análise dessa falta:

118 Poder Disciplinar do Empregador


Formação Continuada: Departamento Pessoal

condenação criminal passada em julgado é aquela que é definitiva, da qual não cabe
mais recurso por parte do réu; portanto somente pode ser aplicada quando o processo
criminal contra o empregado estiver definitivamente encerrado;
não havendo suspensão da execução da pena, somente quando o empregado cumpre
realmente a pena criminal pode ser demitido por justa causa.

Desídia no desempenho das respectivas funções - desídia significa descaso,


desinteresse, negligência. A habitualidade, ou seja, a repetição do ato, é que tipifica a
falta, caso em que a pena deve ser graduada conforme já se explicou.

Embriaguez habitual ou em serviço - nessas duas circunstâncias a embriagues constitui


falta grave, desde que assim caracterizada:

habitual - em qualquer lugar, desde que comprometa a relação de emprego. Nesse


caso, a habitualidade requer a graduação das punições;
no serviço - o mesmo sendo uma única vez e desde que a embriaguez comprometa o
trabalho, caracterizará a falta grave.
quando a embriaguez é de fundo patológico, isto é, uma doença, a justa causa não se
caracteriza, devendo o empregado ser encaminhado a tratamento médico.
uso de drogas que interferem no comportamento das pessoas equiparam-se à
embriaguez, para efeito da caracterização da justa causa.

Violação de segredo da empresa - de fácil compreensão, aplica-se aos casos em que o


empregado detenha o conhecimento de segredo da empresa e o revele, comprometendo
o desempenho comercial da empresa.

Ato de indisciplina ou de insubordinação - ato de indisciplina está relacionado com a


desobediência às normas da empresa (horário de trabalho, uso de uniforme, etc.) e ato de
insubordinação, com a desobediência de ordem do empregador ou seu preposto, desde
que seja a ordem compatível com as obrigações do contrato de trabalho.

Essa falta tem também a habitualidade como característica e, consequentemente,


exige graduação de punições.

Poder Disciplinar do Empregador 119


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Abandono de emprego - a lei não determina o tempo necessário para a caracterização


da falta grave, mas a jurisprudência tem entendido que o abandono do emprego se dá
após 30 (trinta) dias consecutivos de ausência ao trabalho, sem justificativa.

A circunstância que tipifica o abandono do emprego, contudo, é à vontade de


abandoná-lo. Assim sendo, qualquer manifestação do empregado no sentido de voltar
ao trabalho descaracteriza a falta grave. A hipótese, embora remota, de o empregado
faltar por mais de 30 dias e depois retornar comprovando que perdeu a memória no
período reverte qualquer punição no sentido dessa falta.

Ato lesivo da honra ou boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa ou
ofensas físicas nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa própria ou
de outrém - mais uma vez - é a análise do dispositivo que proporcionará a compreensão
da justa causa:

ato lesivo - ato que lesa, ofende, prejudica;


honra - dignidade pessoal (calúnia, injúria, difamação);
boa fama - conceito público;
ofensas físicas - integridade física do corpo;
praticado no serviço - ato praticado pelo empregado nas dependências da empresa,
durante o serviço;
contra qualquer pessoa - o empregador, seus prepostos, outros funcionários, clientes
ou visitantes;
salvo legítima defesa - uma defesa só é legítima se for, em grau, proporcional à
agressão que o provocou;
própria - de si próprio, do próprio empregado;
ou de outrem - qualquer outra pessoa.

Ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e
superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem - o
que diferencia essa falta da anterior é que, neste caso, ela é contra o empregador ou seus
prepostos e pode ocorrer no serviço ou fora dele.

120 Poder Disciplinar do Empregador


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Prática constante de jogos de azar - são considerados jogos de azar, para efeito deste
artigo, aqueles que implicam perda ou ganho de dinheiro.

Neste caso a habitualidade é também uma característica.

PRINCÍPIOS A SEREM OBSERVADOS NA APLICAÇÃO DA PENALIDADE

Ao punir seu empregado, o empregador deve ter em vista os seguintes aspectos:

Recuperação da relação de emprego - qualquer pena deve ser aplicada objetivando a


recuperação da relação no trabalho. Isso significa que a pena não pode ter caráter de
castigo. A intenção do empregador na recuperação da relação de trabalho deve ser
claramente expressa, a fim de que o empregado sinta-se encorajado a rever sua atitude.

Gravidade do ato - a pena aplicada ao empregado faltoso deve ser sempre equivalente
em severidade ao ato praticado. Punições severas demais em relação ao ato podem
constituir em ato faltoso do empregador.

Tipicidade da falta - a falta do empregado e a pena correspondente precisam estar muito


claras entre as partes. O elenco das faltas constantes do art. 482 da CLT, adiante
analisado, será o norteador da conceituação da falta.

Imediatidade da aplicação da pena - a pena deve ser aplicada imediatamente após a


ocorrência do ato faltoso ou sua ciência por parte do empregador. O tempo decorrente
entre a falta ou o seu conhecimento e a aplicação da pena pode ser encarado como
perdão por parte do empregador.

Comprovação do ato faltoso - provas consistentes em relação ao ato faltoso são da


maior relevância, pois sem comprovação o empregador pode ser chamado pela Justiça do
Trabalho a retratar-se da pena aplicada, arcando com os ônus financeiros decorrentes.

Poder Disciplinar do Empregador 121


Formação Continuada: Departamento Pessoal

FALTA GRAVE DO EMPREGADOR

Ocorrendo a falta grave do empregador, o empregado pode pleitear junto a Justiça


do Trabalho, através de ação própria, a rescisão do contrato de trabalho, com o
pagamento de todos os direitos decorrentes da dispensa sem justa causa.

As faltas do empregador estão elencadas no art. 483 da CLT e são as seguintes:

Exigência de serviços superiores às forças do empregado, defesos em lei,


contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato - também desta vez a análise
textual vem em auxílio da tipificação da falta:

serviços superiores às forças do empregado - força física, capacidade intelectual ou


competência técnica; defesos em lei - aqueles que a lei proíbe; contrário aos bons
costumes - condenados pela sociedade; alheios ao contrato de trabalho - não
previstos no contrato de trabalho.

Tratamento do empregado com rigor excessivo, pelo empregador ou por superiores


hierárquicos - a aplicação de punição com severidade superior à gravidade da falta é um
bom exemplo dessa justa causa.

Exposição a perigo manifesto de mal considerável - para a caracterização da falta é


necessário que o perigo seja inequívoco, evidente, e que o mal seja relevante.

Prática, pelo empregador ou seus prepostos, de ato lesivo à honra ou à boa fama do
empregado ou de pessoas de sua família - esse dispositivo legal contempla as ofensas
morais, já analisadas anteriormente, praticadas agora pelo empregador contra o
empregado ou pessoas de sua família.

Prática de ofensas físicas contra o empregado, pelo empregador ou seus prepostos,


salvo em legítima defesa - nesse dispositivo se incluem as ofensas que lesem a
integridade física do empregado, em decorrência de ato do empregador, salvo quando em
legítima defesa.

122 Poder Disciplinar do Empregador


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Redução do trabalho do empregado, sendo por peça ou tarefa, de forma a afetar


sensivelmente os salários - essa hipótese ocorre nos casos em que o empregador reduz
a quantidade de serviço solicitada do empregado que receba por peça ou tarefa, de modo
que impliquem na significativa redução salarial.

AVISO PRÉVIO

Finalidade

A relação de emprego se estabelece, em regra, mediante acordo bilateral


denominado contrato de trabalho.

Contrato de trabalho é, portanto, um acordo espontâneo firmado entre empregador


e empregado, em razão do qual este se obriga a prestar trabalho em caráter permanente e
habitual, mediante pagamento de salário e subordinação hierárquica.

Ocorrendo rescisão de contrato de trabalho por manifestação de vontade de ambas


as partes (bilateral), teremos configurado um distrato. Se a rescisão ocorrer por iniciativa
de uma das partes teremos:

despedimento (ou dispensa) - quando partir do empregador;


pedido de demissão - quando partir do empregado.

O aviso prévio é necessário nos contratos de trabalho firmados por prazo


indeterminado, inclusive os dos trabalhadores rurais. É necessário tanto para o
empregado demitido, que precisa procurar outro emprego, quanto para o empregador, que
precisa de um substituto para o lugar do empregado demissionário.

Poder Disciplinar do Empregador 123


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Prazo do Aviso Prévio

A Constituição Federal estabelece que o trabalhador urbano, doméstico e rural tem


direito a aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, no mínimo de 30 dias, nos termos
da lei. Como a lei ainda não foi promulgada, à parte que tomou a iniciativa para a rescisão
contratual imotivada deverá avisar previamente a outra em prazo não inferior a 30 dias,
igualmente, o prazo para os empregados que recebem por semana ou prazo inferior.

Observações:
aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, instituído pela Constituição Federal,
depende de Lei Complementar para sua aplicação.
Sendo o empregado despedido por justa causa, não é devido o aviso prévio.
Havendo recusa do empregado em receber o aviso, a empresa deve solicitar a duas
pessoas que assinem como testemunhas. Esse procedimento é legal e o prazo corre
normalmente.
Pode-se também enviar o aviso prévio por intermédio de telegramas com Aviso de
Recebimento ou, ainda por carta com AR (Aviso de Recebimento).

Remuneração do aviso prévio

Aviso prévio Trabalhado

Sendo o aviso prévio trabalhado, a remuneração relativa ao período


correspondente será a normal contratada - mensal, quinzenal, semanal, diária ou
equivalente a 220 h se não verificada falta injustificada, acrescida dos adicionais
porventura devidos.

O empregado comissionista receberá as comissões das vendas efetuadas no


período, acrescidas dos descansos semanais e da parte fixa (se houver).

O tarefeiro será remunerado conforme o total da produção verificada no período,


acrescida dos descansos semanais mais o valor relativo ao período de redução, o qual
será obtido mediante o seguinte cálculo: soma dos últimos 12 meses ou a partir da data de
admissão até a rescisão, conforme o caso, dividido por 12 ou número de meses inferior,

124 Poder Disciplinar do Empregador


Formação Continuada: Departamento Pessoal

respectivamente, sendo o resultado final dividido por 220h, encontrando-se, assim, a


tarefa correspondente à uma hora.

Prazo para Pagamento: Até o 1º dia útil imediato ao término do cumprimento do


aviso.prévio.

Aviso Prévio Indenizado

Recebendo o empregado remuneração fixa (mensal, quinzenal, semanal, diária,


horária), o aviso prévio indenizado deverá corresponder a 220hs, salvo se possuir o
empregado jornada reduzida (contratual ou legal).

A remuneração relativa ao aviso prévio indenizado, quando salário for pago em


comissão correspondente a:

empregado com mais de um ano de serviço: média dos últimos doze meses;
empregado com menos de um ano de serviço: média dos meses trabalhados.

Exemplo:
Empregado admitido em 12/04/2000 foi dispensado sem justa causa em
03/03/2000, tendo recebido, a título de comissão, os seguintes valores:

Abril/1999 500,00
Maio/1999 420,00
Junho/1999 580,00
Julho/1999 480,00
Agosto/1999 450,00
Setembro/1999 480,00
Outubro/1999 600,00
Novembro/1999 680,00
Dezembro/1999 540,00
Janeiro/2000 700,00
Fevereiro/2000 500,00
Março/2000 670,00
Total 6.600,00

6.600,00 / 12 = 550,00 (valor do aviso prévio).

Poder Disciplinar do Empregador 125


Formação Continuada: Departamento Pessoal

O aviso prévio indenizado do empregado que percebe salário fixa + comissão será
o fixo da época da concessão, acrescido da média das comissões.

Quando o salário for pago na base de tarefa, apurar-se-á a média mensal do


número de tarefas durante os últimos 12 meses do período de trabalho, aplicando-se ao
resultado obtido o valor da tarefa vigente à época da rescisão.

Reconsideração

É facultado a parte notificada aceitar ou não a reconsideração. Em caso afirmativo


ou continuando a prestação de serviço após o término do prazo de aviso prévio, o contrato
continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. Posteriormente, só
mediante novo aviso o contrato será rompido.

Prazo para pagamento: Até o 10º dia contado da notificação de demissão, quando da
ausência de aviso prévio ou indenização do mesmo.

Empregado com menos de um ano de serviço-salário variável

O cálculo do aviso, quando este for indenizado, será efetuado de acordo com a
média dos meses trabalhados para se chegar ao valor da diária. O cálculo também pode
ser feito tomando-se por base o valor total ganho nos meses trabalhados, divididos pelo
número de dias trabalhados. O valor da diária encontrada deverá ser multiplicado por 30
dias.

Aumentos salariais no curso do aviso prévio

A rescisão contratual só é efetiva com o término do prazo do aviso prévio, mesmo


quando pago em dinheiro. Integrando esse período, o tempo de serviço do empregado,
este fará jus aos reajustes salariais concedidos à sua categoria.

126 Poder Disciplinar do Empregador


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Redução da Jornada

Quando o aviso prévio for concedido pelo empregador, o empregado terá a


duração da jornada de trabalho reduzida, sem prejuízos do salário integral, podendo optar
por reduzir 2 horas diariamente ou faltar ao serviço, durante sete dias corridos. Não
ocorrerá redução de horário se o aviso for dado pelo empregado.

A não redução da jornada diária dá ao empregado o direito de pleitear o


pagamento dessas horas como horas extras, ou considerar sem efeito o aviso prévio, por
contrariar o dispositivo legal, que visa garantir ao empregado tempo para procurar novo
emprego.

Integração de tempo de serviço

O prazo do aviso prévio integra o tempo de serviço do empregado, ainda que


indenizado, para todos os efeitos legais.

Mesmo quando indenizado, o período do aviso prévio é computado para o


pagamento de férias e 13º salário proporcional.

Falta do aviso / conseqüências

Na falta do aviso prévio por parte do empregador, o empregado terá direito aos
salários correspondentes ao prazo do aviso que será, no mínimo, de 30 (trinta) dias.

O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de


seu cumprimento não exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo
comprovação de haver o trabalhador obtido novo emprego.

A falta do aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de


descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.

Poder Disciplinar do Empregador 127


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Doenças / Afastamento

Durante o prazo do auxílio-doença previdenciário, o empregado é considerado em


licença remunerada, ficando suspenso o contrato de trabalho enquanto durar o benefício.

Todavia, a suspensão do contrato só se efetiva a partir do 16º dia de afastamento,


quando o empregado passa a receber o auxílio-doença da Previdência Social. Os 15
primeiros dias de afastamento são remunerados integralmente pela empresa, prazo em
que o contrato vigora plenamente, sendo esse período considerado como de interrupção
do respectivo contrato de trabalho.

Assim sendo, se o empregado, durante o curso do aviso prévio, se afastar pôr


motivo de doença, os 15 primeiros dias do prazo correrão normalmente. A contagem será
suspensa somente a partir do 16º dia, quando o empregado passará a receber auxílio da
Previdência Social.

Aviso Prévio “Cumprido em Casa”

Não há previsão legal quanto a esta modalidade de aviso prévio. Importante


observar que tal hipótese é ainda matéria controvertida em nossos tribunais.

128 Poder Disciplinar do Empregador


Formação Continuada: Departamento Pessoal

QUADRO DE GARANTIA DE EMPREGO

MOTIVO PERÍODO DE GARANTIA COMENTÁRIOS


NO EMPREGO

Licença Desde a confirmação da Analisar cláusulas de


gravidez até cinco meses convenção, acordo e
Maternidade após o parto, ou seja, dissídio coletivo, que em
aproximadamente 14 sua maioria estabelecem
meses dependendo de um período de Garantia
cada caso. de Emprego ao retorno
da empregada.

Acidente de Trabalho 12 meses (1 ano) após o Para empregado que ficar


retorno ao trabalho. afastado a partir do 16º
dia pelo INSS.

CIPA – Comissão 1 ano de mandato Titulares e Suplentes


Interna de Prevenção eleitos diretamente pelos
de Acidentes - 1 ano pós-mandato empregados de uma
Titulares e Suplentes determinada empresa.
Total = 2 anos

Presidência / a partir de sua inscrição Presidente/Diretor de


Diretoria Sindical uma determinada
durante o seu mandato categoria sindical que
depois de eleitos pelos
1 ano após o seu membros da categoria
mandato. tomarão posse do
suposto sindicato.

Serviço Militar a partir do alistamento Todos os empregados,


até sua dispensa ou por motivo de
término de uma convocação para
incorporação. prestação do Serviço
Militar. Art.472 -CLT E Lei
Prazo de 30 dias após nº 4375, de 17/08/64 (Lei
o licenciamento para do Serviço Militar).
retornar ao trabalho.

Nota: Podem existir outras garantias de emprego previstos em acordos ou convenção


coletiva (Ex: tempo de aposentadoria).

Poder Disciplinar do Empregador 129


Formação Continuada: Departamento Pessoal

DISPENSA DO EMPREGADO ESTÁVEL - APURAÇÃO DE FALTAS GRAVES

O empregado estável somente pode ser dispensado por falta grave, devidamente
apurada em juízo.

Para ajuizamento do inquérito judicial, o empregador poderá suspender das


funções o empregado estável, por prazo limitado. Mas deverá, dentro de 30 dias a contar
da suspensão, propor a competente ação na justiça do trabalho. A despedida do
empregado, no entanto, só se torna efetiva após o julgamento do inquérito em que fique
comprovada a procedência da acusação.

Não usando da faculdade de suspensão, o empregador deverá ajuizar o inquérito


de imediato.

Se a Justiça do Trabalho não reconhecer a falta grave, determinará a reintegração


do empregado nas funções. Neste caso, devem ser pagos os salários do período de
afastamento. Se entender desaconselhável a reintegração, a Justiça do trabalho poderá
convertê-la em indenização em dobro.

130 Poder Disciplinar do Empregador


Formação Continuada: Departamento Pessoal

ROTINA DE DESLIGAMENTO

O desligamento do empregado pode se dar por vários motivos/ causas, por


iniciativa do empregador ou empregado, falecimento, término de contrato de trabalho,
extinção do contrato em virtude de morte do empregador em empresa individual.
Continuação da atividade empresarial por parte dos herdeiros / sucessores /
administradores, rescisão-faculdade do empregado, exercício de direito.

Para facilitar, simplificar as informações e entendimentos, no caderno de exercícios


encontra-se o quadro de modalidades de contrato de trabalho, desligamento e direito de
indenização contratual.

DOCUMENTOS IMPORTANTES

Ao desligar um empregado, é importante se ater a alguns documentos/passos


imprescindíveis no processo, como:
dar baixa na CTPS e anotar o nº CD caso seja demissão (sem justa causa);
dar baixa na Ficha ou Livro de Registro;
incluir o nome na lista de desligados;
relação de salários de contribuição (INSS);
declaração dos rendimentos pagos ou creditados, com indicação das quantias retidas
na fonte como imposto de renda;

Rotina de Desligamento 131


Formação Continuada: Departamento Pessoal

termo de rescisão de contrato de trabalho, que reúne o recibo de quitação - TRCT -


para empregado com mais de um ano de serviço, é feita a homologação (DRT ou
Sindicato da Categoria) no verso desse documento;
indicar a data da saída na GFIP do FGTS, Classificando o motivo do desligamento;
aviso prévio da empresa para o empregado ou vice-versa;
extrato do FGTS (CEF);
atestado de exame médico (NR7);
sindicância, inquérito em caso de falta grave;
seguro-desemprego; entregar e colher assinatura do empregado (parte destacável);

MODALIDADES DE SAQUES / CÓDIGOS DO FGTS

Para movimentação do FGTS por meio de saques, a empresa preenche o TRCT


no item 24, Código do Saque, coloca-se o nº do código constante da Circular CEF 5/90.
Para facilidade de localização, segue-se a correlação entre os itens do nosso quadro de
estudo e os códigos:

Principais códigos para saque do FGTS:

CÓDIGO DESCRIÇÃO

01 Demissão sem justa causa

02 Culpa recíproca ou força maior

03 Extinção da empresa

04 Término de contrato

05 Aposentadoria

00 Pedido de dispensa

132 Rotina de Desligamento


Formação Continuada: Departamento Pessoal

HOMOLOGAÇÃO - RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO

Órgãos Competentes
São competentes para assistir ao empregado na rescisão do contrato de trabalho,
cuja vigência tenha ultrapassado de 1 ano, o Sindicato da respectiva categoria profissional,
a autoridade do MTB, ou, na falta destes, o representante do Ministério Público ou defensor,
onde houver, e o Juiz de Paz, na falta ou impedimento das autoridades anteriores descritas.

Das Partes
No ato de homologação, as partes deverão estar presentes na figura do
empregador e do empregado.

Todavia, o empregador, não podendo comparecer, poderá ser representado por


um preposto credenciado, e o empregado, excepcionalmente, poderá ser representado por
um procurador com poderes especiais (procuração pública).

Na hipótese de o empregado se menor de idade será obrigatório à presença e


assinatura do pai ou da mãe ou, ainda, do responsável legal, que deverá comprovar essa
qualidade.

Documentos necessários
empregador deverá levar ao agente homologador o Instrumento de Rescisão em 4
(quatro) vias;
A CTPS e a Ficha ou Livro de Registro serão apresentados com todas as anotações
devidamente atualizadas;
Os formulários de aviso prévio ou pedido de demissão deverão ser apresentados em 3
(três) vias;
Deverá, também, ser apresentada cópia do acordo,
convenção ou sentença normativa;
As GFIPs, ou extratos da conta vinculada atualizada do FGTS
dos últimos 6 (seis) meses deverão ser apresentados;
GRFC - Guia de recolhimento rescisório do FGTS e da Contribuição Social,
devidamente autenticada pelo banco.

Rotina de Desligamento 133


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Caso o empregado tenha direito ao seguro-desemprego, a empresa deverá apresentar


o CD - Comunicação de dispensa.
último documento que deverá ser apresentado é a Procuração ou Carta de Preposto.

Prazo para Pagamento


A empresa deverá efetuar o pagamento das parcelas que constam do instrumento
de rescisão ou recibo de quitação nos seguintes prazos:

Até o 1º dia útil imediato ao término do contrato:


aviso prévio trabalhado;
extinção automática do contrato de prazo determinado

Até o 10º dia contado da notificação de demissão, quando da ausência de aviso prévio ou
indenização do mesmo.
aviso prévio indenizado;
ausência de aviso prévio;
rescisão antecipada do contrato por prazo determinado.

Observações: Na rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado, o


empregador tem 10 (dez) dias para efetuar o pagamento das verbas rescisórias. Todavia,
se faltarem menos de 10 (dez) dias para o término do contrato, o pagamento deverá ser
efetuado no 1º dia útil após o término do referido contrato.

Exemplo:

Contrato de experiência - data de admissão: 12/03


Data da rescisão: 06/05
Término normal do contrato: 10/05 (contrato de 60 dias)
Prazo para efetuar o pagamento: 11/05

134 Rotina de Desligamento


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Pagamento - Formas
Através de depósito bancário em conta corrente do empregado, ordem bancária de
pagamento, ordem bancária de crédito, cheque administrativo ou especial, desde que o
estabelecimento bancário esteja situado próximo ao local de trabalho.

Caso se trate de empregado menor ou analfabeto, o pagamento deverá ser feito,


obrigatoriamente, em moeda corrente.

Informações Adicionais
Na hipótese de a rescisão contratual ocorrer por justa causa, a homologação só
será efetivada quando o empregado expressamente reconhecer, perante o agente
homologador, a falta praticada.

Os órgãos competentes não procederão à homologação se a dispensa de


empregados ocorrer nos seguintes casos:

da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até o quinto mês após o


parto;
no caso de falecimento do trabalhador, a homologação só será efetuada caso haja
interesse das partes (empresa, dependente ou herdeiros).

Esclarecemos, ainda, que qualquer compensação no pagamento do empregado


não poderá exceder ao equivalente a um mês de sua remuneração.

É vedada a cobrança de qualquer taxa ou encargo pela prestação ou assistência


na rescisão contratual, tanto do trabalhador quanto do empregador.

Rotina de Desligamento 135


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EXEMPLO DE CÁLCULO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO

Pedido de demissão com mais de 1 ano de serviço


Admissão 02/03/2000
Pedido de emissão 05/07/2001
Salário 3.450,00
FGTS Depósito Mês Anterior 276,00
Saldo do FGTS (CEF) 5.900,00
Data Baixa da CTPS 03/08/2001
Data da Homologação 04/08/2001
Código Saque FGTS 00
AvisoPrévio Trabalhado
Tempo de Serviço 1 ano e 5 meses
Não tem dependente
Proventos
Aviso Prévio Trabalhado (03 dias) 345,00
Férias Vencidas (12/12) 3.450,00
Férias Proporcionais (05/12) 1.437,50
Adicional 1/3 férias Vencidas/Proporcionais 1.629,16
13º salário (07/12) 2.012,50
Total 8.874,16
Descontos
INSS (saldo de salário) 26,39
INSS sobre 13º salário (teto contribuição) 157,30
IR sobre rescisão (saldo de salário) (Isento)
IR sobre 13º salário 119,58
IR sobre férias = (Integral + Prop. + 1/3) 1.369,00
Total os descontos 1.672,27
Líquido a Receber 7.201,89

136 Rotina de Desligamento


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Demissão sem justa causa com mais de 1 ano de serviço.


Admissão 04/03/2000
data do aviso 08/08/2001
Salário 910,00
FGTS Depósito Mês Anterior 72,80
Saldo do FGTS (CEF) 1.150,00
Data da Baixa na CTPS __/___/___
Data da Homologação ___/___/___
Código Saque FGTS __________
Aviso Prévio Trabalhado
Não possui dependentes

Proventos
Saldo de salário = não houve 0,00
Aviso Prévio Trabalhado (07 dias) 212,33
Férias Vencidas (12/12) 910,00
Férias Proporcionais (06/12) 455,00
Adicional 1/3 férias Vencidas/Proporcionais. 455,00
13º salário (08/12) 606,66
FGTS mês rescisão (aviso + 13º sal) 65,52 PAGO
ATRAVÉS
FGTS Mês anterior 72,80 DO GRFC
FGTS depositado (multa) 515,33
_________
Total Bruto 2.638,99

Descontos
INSS (saldo de salário) 16,24
INSS sobre 13º salário) 54,59
IR sobre rescisão (saldo de salário) (Isento)
IR sobre 13º salário. (Isento)
IR sobre férias = (Integral + Prop. + 1/3) 114,30
Total dos descontos 185,13
Líquido a Receber 3.107,51

Rotina de Desligamento 137


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Demissão sem justa causa com menos de 1 ano de Serviço.

Admissão 05/04/2001
Pedido data do aviso 8/11/2001
Salário 720,00 pôr mês
FGTS Depósito Mês Anterior 57,60
Saldo do FGTS (CEF) 500,00
Data da Baixa na CTPS ___/___/___
Data da Homologação __/___/___
Código Saque FGTS __________
Não tem dependente
Aviso prévio indenizado

Proventos
Saldo de salário = 8 dias 192,00
Aviso Prévio Indenizado (30 dias) 720,00
Férias Vencidas 0,00
Férias Proporcionais (08/12) 480,00
Adicional 1/3 férias Vencidas/Proporcionais 160,00
13º salário (08/12) 480,00
FGTS mês rescisão (S. Sal. + aviso + 13º sal) 111,36 PAGO
FGTS Mês anterior 57,60 ATRAVÉS
DO GRFC
FGTS depositado (multa) 267,58
_________
Total Bruto 2.032,00

Descontos
INSS (saldo de salário) 14,68
INSS sobre 13º salário) 41,52
IR sobre rescisão (saldo de salário) (Isento)
IR sobre 13º salário (Isento)
IR sobre férias = (Integral + Prop. + 1/3) (Isento)
Total dos descontos 56,20
Líquido a Receber 2.412,34

138 Rotina de Desligamento


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SEGURO DESEMPREGO

Terá direito de receber o seguro-desemprego, regulado pelas Leis 7.998 de


11/01/1990 e nº 8.900, de 30/06/1994, o trabalhador dispensado sem justa causa que
comprove:

Ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada nos últimos
6 (seis) meses anteriores à data da dispensa;
Ter trabalhado na condição de empregado para pessoa jurídica ou pessoa física a ela
equiparada, ou ter exercido atividade autônoma menos 15 (quinze) meses
ininterruptos nos últimos 24 (vinte e quatro) meses.

Nesses termos, o programa abrange, entre outros, o empregado rural, o


empregado de empresas privadas e os profissionais liberais, ficando excluído o empregado
doméstico (a quem esse benefício não foi estendido, como se depreende do disposto no
art. 7º, inc. II, seu parágrafo único, da Constituição Federal;

não estar em gozo de qualquer benefício previdênciário (excetuando auxílio-acidente,


auxílio suplementar e abono de permanência em serviço);
não estar em gozo do auxílio-desemprego (Lei nº 4.923/65);
e, ainda, não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente para a manutenção
de si mesmo e de sua família.

Rotina de Desligamento 139


Formação Continuada: Departamento Pessoal

OBRIGAÇÕES ANUAIS

DIRF – DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES DE RENDIMENTO NA FONTE

As empresas anualmente são obrigadas a informar para a Receita Federal, os


funcionários que durante o ano anterior tiveram retenção de Imposto de Renda na Fonte
Pagadora.

Forma e local de entrega:


• Em formulário – Receita Federal;
• Em meio magnético – Receita Federal ou Internet site do SERPRO;

Prazo de entrega
Até o último dia útil do mês de fevereiro.

RAIS – RELAÇÃO ANUAL DE INFORMAÇÕES SOCIAIS

É uma obrigação anual das empresas, onde se presta inúmeras informações para
o Ministério do Trabalho.

Obrigações Anuais 141


Formação Continuada: Departamento Pessoal

Forma e local de entrega:


Em formulário – estabelecimento com menos de 10 vínculos;
Em Disquete – obtêm-se gratuitamente na C.E.F. Programa Gerador da RAIS -
GDRAIS, bastando levar dois disquetes 3 ½. O GDRAIS oferece:
GERADOR da declaração da RAIS, conforme especificação técnica;
ANALISADOR do arquivo RAIS com a finalidade de criticar as informações prestadas.
A entrega poderá ser feira nas agências do Banco do Brasil e C.E.F. ou regionais do
SERPRO.
Internet – através do site do SERPRO (http://www.serpro.gov.br);
Fita Magnética – especificação de o arquivo obter no SERPRO e entrega nas regionais
do SERPRO.

Rais Negativa

Para estabelecimentos sem funcionários, também devem preencher o formulário,


bastando apenas preencher os dados do estabelecimento e nos dados do empregado
traçar uma reta na diagonal de uma ponta a outra.

Prazo de entrega
No ano de 2004 de 04 de janeiro até 20 de fevereiro.

COMPROVANTE DE RENDIMENTOS PAGOS E DE RETENÇÃO DE IMPOSTO


DE RENDA NA FONTE (INFORME DE RENDIMENTO)

A empresa é obrigada a entregar aos empregados, até o dia 28 de fevereiro do


exercício financeiro correspondente ou, quando for o caso, por ocasião da rescisão do
contrato de trabalho, o “comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção do Imposto de
Renda na Fonte, em uma única via, para fins de Declaração Anual de Imposto de Renda.

No caso de rendimentos pagos por pessoas jurídicas, não sujeitos a retenção do


Imposto de Renda na Fonte, o comprovante de rendimentos deverá ser fornecido, no
mesmo prazo, ao beneficiário que o tenha solicitado até o dia 15 de janeiro.

142 Obrigações Anuais


Formação Continuada: Departamento Pessoal

LIVRO DE INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO TRABALHO

Ficam as empresas e empregadores sujeitos a inspeção do trabalho e obrigados a


manter um livro de “Inspeção do trabalho”, de acordo com as seguintes especificações:

livro deverá ser encadernado em cor escura, tamanho 22x33 cm, papel branco
acetinado, encorpado e pautado;
as folhas de 1 a 100 conterão, respectivamente, os termos de abertura e
encerramento, efetuados pela empresa ou empregador.

Os agentes da inspeção do Trabalho relacionados nas alíneas de “a” a “d” do inciso II do


ar. 2º do Decreto nº 55.841, de 15 de março de 1965, quando de sua visita ao
estabelecimento empregador, autenticarão o livro de Inspeção do Trabalho que ainda não
tiver sido autenticado, sendo desnecessária a autenticação pela unidade regional do
Ministério do Trabalho, conforme artigo 2º da Portaria do Mtb nº 3.158, de 18/05/71,
alterado pela Portaria do Mtb nº 402, de 28/04/95.

Obrigações Anuais 143


Formação Continuada: Departamento Pessoal

SITES PARA VISITA DE PROFISSIONAIS DE DEPARTAMENTO DE PESSOAL

INSS
www.previdenciasocial.gov.br

IMPOSTO DE RENDA
www.receita.fazenda.gov.br

FGTS
www.caixa.gov.br

CAGED
www.mtb.gov.br ou www.datamec.com.br

CONSULTA AS LEIS
www.iob.com.br

ACOMPANHAR ANDAMENTO PROC. TRABALHISTAS - SP


www.trt02.gov.br

SIMULAÇÕES DE INVESTIMENTOS E APOSENTADORIA


www.dinheironet.com.br

144 Obrigações Anuais


Formação Continuada: Departamento Pessoal

SIGLAS
AC - Acordo Coletivo
ART - Artigo
CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social
CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CF – Constituição Federal
CLPS – Consolidação das Leis da Previdência Social
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais
DC – Dissídio Coletivo
DCT – Documento de Cadastramento do Trabalhador/PIS
DIEESE – Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos.
DIRF – Declaração de informações
DL – Decreto Lei
DRT – Delegacia Regional do Trabalho
DOE – Diário Oficial do Estado
DOU – Diário Oficial da União
FGTS – Fundo de Garantia pôr Tempo de Serviço
FRE – Ficha de Registro de Empregado
GPS – Guia da Previdência Social
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social
IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte
JCJ – Junta de Conciliação e Julgamento
JRPS – [Junta de Recursos da Previdência Social]
JT – Justiça do Trabalho
MP – Medida Provisória
Mtb – Ministério do Trabalho
MTPS – Ministério do Trabalho e Previdência Social
OIT - Organização Internacional do Trabalho
PASEP – Programa de Assistência ao Servidor Público
PAT – Programa de Alimentação ao Trabalhador
PIS – Programa de Integração Social
RAIS – Relação Anual de Informações Sociais
RGPS – Regime Geral da Previdência Social
RPS – Regulamento da Previdência Social
SF – Salário Família
SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SESI – Serviço Social da Industria
SESMT – Segurança e Medicina do Trabalho
TRCT – Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho
TST – Tribunal Superior do Trabalho
VT – Vale Transporte

Obrigações Anuais 145


Formação Continuada: Departamento Pessoal

BIBLIOGRAFIA

CLT-Consolidação das Leis do Trabalho


Hilton Lobo Campanhole
Ed. Atlas - 1999

CLT - Consolidação das Leis do Trabalho


Saraiva
Ed. Saraiva - 1998

Manual de Prática Trabalhista


Aristeu de Oliveira
Ed. Atlas - 24º Edição

Manual de Administração de Pessoal


Cecília Soares Iório e Percival Domingos Zacheu
Ed. SENAC

Constituição da República Federativa do Brasil


Junke de Oliveira
Ed. Saraiva

História da Administração
João Bosco Lodi
Ed. Biblioteca Pioneira de Administração e Negócios.

Bibliografia 147
Formação Continuada: Departamento Pessoal

Recursos Humanos na Empresa


Idalberto Chiavenato
Ed.Atlas.

Apostilas
SEBRAE
SENAI
Boletins do IOB

148 Bibliografia

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