Universidade de Araraquara – UNIARA

Curso de Engenharia Agronômica

Forragicultura I

Introdução
Manejo de Pastagens

Prof. Laura Costa

Maio 2022
A forragem como um produto Fotoassimilado
a) fase de expansão foliar, na qual a folha caracteriza-se pela
importação líquida (dreno) de compostos orgânicos;
b) fase de folha madura (folha expandida), a capacidade
fotossintética é totalmente desenvolvida e ocorre a exportação
líquida (fonte) de material orgânico;
c) fase de senescência, na qual produz uma forte mobilização dos
componentes da folha em direção a outras partes da planta,
principalmente em termos de conteúdo de proteína.
 Introdução
Até pouco tempo, o objetivo no manejo de pastagens era
apenas permitir que a planta tivesse rebrota vigorosa e elevada
produção. Contudo, observou-se que isso nem sempre resultava
em elevada produção animal. Atualmente, considera-se que um
pasto bem manejado é aquele no qual se consegue colher elevada
quantidade de forragem de boa qualidade.
 Princípios básicos do Manejo das Pastagens

Independentemente do tipo de animal que utilizará a

pastagem, os princípios básicos de manejo são os mesmos e valem
para qualquer pastagem, em qualquer lugar do mundo.
Esses princípios básicos giram em torno da administração
de dois processos aparentemente conflitantes:

As plantas necessitam de folhas para crescer, e os

animais necessitam das folhas para se alimentarem.
- O manejo de pastagens pode ser caracterizado como o controle
das relações do sistema solo-planta-animal visando a maior
produção e melhor utilização e persistência das pastagens.

- Manejar uma pastagem de forma adequada significa

produzir alimentos em grandes quantidades, além de procurar
o máximo valor nutritivo da forragem.
 OBJETIVO DO MANEJO

Manter população e produtividade das plantas desejáveis;

Compromisso entre produção e qualidade das pastagens;
Compromisso entre produção por animal e por área.
 Conservar o solo.

???
 Manejo

Planta Animal

Produção de tecidos Consumo adequado

Fotossíntetizantes

Crescimento Desenvolvimento Aumento na produtividade

Alimento
 Manejo???

 Aplicações

Sem manejo não há sucesso de produção.

 O manejo da pastagem implica um grau de controle
tanto sobre o animal como sobre o pasto. Reconhecidamente
temos dois tipos de manejo de pastagens adotados:
“lotação contínua e a lotação rotativa”.

Ambos representam os dois extremos em termos de

métodos de pastejo, que seria a forma como o rebanho é
alocado na pastagem.

Como é alocado e como ele se comporta no pastejo.

 Características de Pastejo

Intensidade de pastejo: Percentual da forragem presente na

pastagem que é removido durante um pastejo.
Frequência de pastejo: Intervalo de tempo entre dois
pastejos sucessivos num perfilho ou numa área de pasto.
Seletividade do animal em pastejo: Habilidade do
animal colher uma dieta diferente ou aquela que é ofertada,
normalmente de melhor qualidade.

Seleção é a remoção de algumas partes da planta em

detrimento de outras. É função da preferência animal,
modificada pela oportunidade de seleção, ou seja, quanto
maior for a oferta de forragem, tanto maior será a seletividade
pelo animal no pasto.
Intensidade de Pastejo

Intensidade de pastejo: como que a

planta é desfolhada. Pode ser
quantificada por meio do resíduo pós
pastejo.
A- folhas expandidas B- Folhas que estão emergindo e que ainda não atingiram a
capacidade fotossintética, C- folhas que emergiram e que dependem de fotoassimilados
produzidos por folhas mais velhas D- Meristema Apical (gemas axilares, base do colmo e
sistema radicular).
 Seletividade do Animal em Pastejo

Influência da idade da folha sobre a chance de ser desfolhada. As folhas estão

numeradas sequencialmente da folha mais jovem (1) para a mais velha (6)
 Seletividade: Rebrota

Velocidade de crescimento após pastejo ou corte:

- Índice de área foliar (IAF)
IAF → fotossíntese
Glicídios de reserva
Localização dos pontos meristemáticos
Características morfológicas
– Hábitos de crescimento
– Dominância apical
Após pastejo Dias depois
Pressão de pastejo: é a relação entre unidade de peso vivo
animal e unidade de massa de forragem (oferta).
A oferta de forragem influencia o desempenho animal no
pasto e pode auxiliar no cálculo do número de animais que
deve ser colocado numa área de pastagem.
Eficiência de pastejo: é a quantidade de forragem consumida,
expressa como proporção da forragem disponível. A eficiência
de pastejo diminui com o aumento de perdas por pisoteio e por
envelhecimento e morte de partes da planta forrageira.
Baixa pressão de Pastejo

Alta pressão de Pastejo

 “Um sistema de pastejo ideal é aquele que permite
maximizar a produção animal sem afetar a persistência das plantas
forrageiras”. Deste modo, a utilização de plantas forrageiras sob
condições de pastejo é um fator de grande importância a ser
considerado na exploração de pastagens, (Rodrigues e Reis,1997).