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Série construção Civil

SISTEMAS E
PROCESSOS
CONSTRUTIVOS
volume 2
SÉRIE CONSTRUÇÃO CIVIL

SISTEMAS E
PROCESSOS
CONSTRUTIVOS
VOLUME 2
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA - DIRET

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Conselho Nacional

Robson Braga de Andrade


Presidente

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor Geral

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações
SÉRIE CONSTRUÇÃO CIVIL

SISTEMAS E
PROCESSOS
CONSTRUTIVOS
VOLUME 2
© 2014. SENAI – Departamento Nacional

© 2014. SENAI – Departamento Regional da Bahia

A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.

Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os
Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.

SENAI Departamento Nacional


Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP

SENAI Departamento Regional da Bahia


Núcleo de Educação a Distância - NEAD

FICHA CATALOGRÁFICA

S491s

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.


Sistemas e processos construtivos: módulo específico. Departamento Nacional,
Departamento Regional da Bahia. – Brasília : SENAI/DN, 2014.
2v 154 p.: il. (Construção Civil, v.2)

ISBN 978-85-7519-695-3

1. Processos construtivos. 2. Construção em edificações. I. Serviço Nacional


de Aprendizagem Industrial. II. Departamento Nacional. III. Departamento Regional
da Bahia. IV. Sistemas e Processos Construtivos: módulo específico. IV. Série
Construção Civil, v.2.

CDU 504

SENAI Sede
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Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 – Vedação vertical externa.............................................................................................................................16
Figura 2 – Vedações internas..........................................................................................................................................16
Figura 3 – Vedação pneumática....................................................................................................................................17
Figura 4 – Vedação pesada com painéis de concreto...........................................................................................18
Figura 5 – Divisórias baixas.............................................................................................................................................19
Figura 6 – Alvenaria de bloco de concreto vazado................................................................................................20
Figura 7 – Parede de alvenaria de bloco cerâmico.................................................................................................20
Figura 8 – Alvenaria de bloco de concreto celular.................................................................................................22
Figura 9 – Alvenaria de tijolo comum cerâmico......................................................................................................23
Figura 10 – Parede estrutural.........................................................................................................................................24
Figura 11 – Divisórias leves moduladas.....................................................................................................................25
Figura 12 – Divisórias em drywall.................................................................................................................................25
Figura 13 – Vedação leve de fachada..........................................................................................................................26
Figura 14 – Fornecimento monofásico.......................................................................................................................31
Figura 15 – Fornecimento bifásico...............................................................................................................................31
Figura 16 – Fornecimento trifásico..............................................................................................................................32
Figura 17 – Disjuntores.....................................................................................................................................................32
Figura 18 – Tomadas e interruptores...........................................................................................................................33
Figura 19 – Eletroduto de PVC rígido..........................................................................................................................34
Figura 20 – Cabo redondo normal...............................................................................................................................35
Figura 21 – Instalação elétrica em laje pré-moldada............................................................................................36
Figura 22 – Instalação elétrica em laje de concreto armado..............................................................................36
Figura 23 – Instalações elétricas em alvenaria.........................................................................................................37
Figura 24 – Instalação elétrica embutida em drywall............................................................................................38
Figura 25 – Instalação elétrica aparente....................................................................................................................38
Figura 26 – Instalação elétrica enterrada...................................................................................................................39
Figura 27 – Captação de água da rede pública.......................................................................................................40
Figura 28 – Captação e distribuição de água em uma residência....................................................................41
Figura 29 – Tubos e Conexões em PVC para água fria..........................................................................................42
Figura 30 – Tubos, conexões e caixas para esgoto.................................................................................................42
Figura 31 – Sistema de esgoto em uma residência................................................................................................44
Figura 32 – Fixação do batente.....................................................................................................................................48
Figura 33 – Folha de porta com almofadas...............................................................................................................49
Figura 34 – Kit porta pronta...........................................................................................................................................50
Figura 35 – Porta de abrir................................................................................................................................................51
Figura 36 – Porta de correr..............................................................................................................................................52
Figura 37 – Janela tipo guilhotina................................................................................................................................52
Figura 38 – Basculantes....................................................................................................................................................53
Figura 39 – Maxim-Ar........................................................................................................................................................53
Figura 40 – Porta camarão em vidro e madeira......................................................................................................54
Figura 41 – Janela de alumínio......................................................................................................................................54
Figura 42 – Esquadria de madeira................................................................................................................................55
Figura 43 – Porta sanfonada de PVC...........................................................................................................................55
Figura 44 – Porta de ferro................................................................................................................................................56
Figura 45 – Esquadria de vidro......................................................................................................................................57
Figura 46 – Ferragens usadas em esquadrias..........................................................................................................59
Figura 47 – Revestimento com chapisco peneirado.............................................................................................64
Figura 48 – Taliscas.............................................................................................................................................................65
Figura 49 – Sarrafeamento de argamassa entre duas mestras..........................................................................66
Figura 50 – Argamassa fina industrializada..............................................................................................................67
Figura 51 – Chapisco, emboço e reboco....................................................................................................................69
Figura 52 – Tipos de juntas em assentamento cerâmico.....................................................................................71
Figura 53 – Revestimento cerâmico............................................................................................................................72
Figura 54 – Revestimento em pastilha.......................................................................................................................74
Figura 55 – Revestimento com pedras naturais......................................................................................................75
Figura 56 – Revestimento em madeira.......................................................................................................................75
Figura 57 – Revestimento sintético..............................................................................................................................76
Figura 58 – Revestimento em papel de parede......................................................................................................76
Figura 59 – Revestimento em fibras............................................................................................................................77
Figura 60 – Assentamento de revestimento cerâmico.........................................................................................79
Figura 61 – Domo...............................................................................................................................................................82
Figura 62 – Tesoura de uma cobertura.......................................................................................................................82
Figura 63 – Elementos de um telhado........................................................................................................................83
Figura 64 – Nomenclatura dos planos do telhado.................................................................................................84
Figura 65 – Coberturas.....................................................................................................................................................85
Figura 66 – Cobertura em ardósia................................................................................................................................85
Figura 67 – Cobertura com material fibroso.............................................................................................................86
Figura 68 – Cobertura com material metálico.........................................................................................................87
Figura 69 – Cobertura com material cerâmico........................................................................................................87
Figura 70 – Cobertura em policarbonato de duas águas....................................................................................89
Figura 71 – Cobertura em policarbonato em churrasqueira..............................................................................90
Figura 72 – Cobertura com telha de concreto.........................................................................................................90
Figura 73 – Cobertura com telhas plásticas..............................................................................................................91
Figura 74 – Equipamentos de proteção coletivo....................................................................................................94
Figura 75 – Equipamentos de proteção Individual................................................................................................94
Figura 76 – Umidade na parede....................................................................................................................................98
Figura 77 – Sistema rígido............................................................................................................................................ 100
Figura 78 – Impermeabilização de piscina............................................................................................................. 102
Figura 79 – Impermeabilização com emulsões.................................................................................................... 103
Figura 80 – Impermeabilização de laje com manta asfáltica........................................................................... 104
Figura 81 – Utilização de maçarico........................................................................................................................... 106
Figura 82 – Piso revestido com tacos....................................................................................................................... 110
Figura 83 – Formas de assentamento...................................................................................................................... 111
Figura 84 – Revestimento de piso em parquê...................................................................................................... 111
Figura 85 – Revestimento de piso em assoalho de madeira........................................................................... 112
Figura 86 – Assentamento de carpete..................................................................................................................... 113
Figura 87 – Piso laminado............................................................................................................................................ 114
Figura 88 – Revestimento vinílico............................................................................................................................. 115
Figura 89 – Junta de assentamento com espaçadores...................................................................................... 117
Figura 90 – Piso com revestimento cerâmico....................................................................................................... 118
Figura 91 – Revestimento de piso em granito...................................................................................................... 119
Figura 92 – Revestimento de piso em mármore.................................................................................................. 120
Figura 93 – Revestimento de piso em arenito...................................................................................................... 120
Figura 94 – Revestimento de piso em granilite.................................................................................................... 121
Figura 95 – Revestimento de piso em ladrilho hidráulico................................................................................ 121
Figura 96 – Revestimento de piso em borracha................................................................................................... 122
Figura 97 – Calafetagem com espuma sensível a pressão............................................................................... 128
Figura 98 – Calafetagem de metal flexível............................................................................................................. 129
Figura 99 – Calafetagem em embarcação.............................................................................................................. 130
Figura 100 – Calafetagem com feltro....................................................................................................................... 130
Figura 101 – Calafetagem de metal encaixado.................................................................................................... 131
Figura 102 – Limpeza de revestimentos cerâmicos............................................................................................ 134
Figura 103 – Polimento de piso de granito............................................................................................................ 134
Figura 104 – Raspagem de tacos de madeira....................................................................................................... 135
Figura 105 – Limpeza de metais................................................................................................................................ 135
Figura 106 – Limpeza de aparelho sanitário.......................................................................................................... 136
Figura 107 – Limpeza de aparelhos de iluminação............................................................................................. 136
Figura 108 – Limpeza em alguns materiais............................................................................................................ 137

Quadro 1 – Normas técnicas da ABNT........................................................................................................................40


Quadro 2 – Normas técnicas pertinentes..................................................................................................................92
Quadro 3 – Projeto de Impermeabilização...............................................................................................................99
Quadro 4 – Status de algumas normas.................................................................................................................... 105
Quadro 5 – Normas técnicas aplicáveis à pavimentação.................................................................................. 123

Tabela 1 – Relação de cerâmica e espessuras....................................................................................................... 117


Sumário
1 Introdução.........................................................................................................................................................................11

2 Vedações............................................................................................................................................................................15

3 Instalações.........................................................................................................................................................................29
3.1 Instalações elétricas.....................................................................................................................................29
3.2 Instalações hidráulicas...............................................................................................................................40
3.3 Instalações sanitárias - esgotos...............................................................................................................43

4 Esquadrias e ferragens..................................................................................................................................................47
4.1 Tipos de esquadrias quanto ao movimento de abertura..............................................................51
4.2 Tipos de esquadrias quanto ao material empregado na fabricação.........................................54
4.3 Tipos de esquadrias quanto à função ..................................................................................................58
4.4 Ferragens.........................................................................................................................................................58
4.5 Equipamentos, ferramentas e acessórios utilizados........................................................................59

5 Revestimentos.................................................................................................................................................................63

6 Coberturas.........................................................................................................................................................................81

7 Impermeabilização.........................................................................................................................................................97
7.1 Sistemas rígidos......................................................................................................................................... 100
7.2 Sistemas semiflexíveis............................................................................................................................. 101

8 Pavimentação................................................................................................................................................................ 109

9 Calafetagem................................................................................................................................................................... 127

10 Limpeza para entrega da obra............................................................................................................................. 133

Referências

Minicurrículo do Autor

Índice
Introdução

Prezado (a) aluno (a)


É com grande satisfação que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, pro-
move o Curso Técnico em Edificações.
A unidade curricular Sistemas e Processos Construtivos tem como objetivo geral desen-
volver competências para a supervisão técnica do processo de construção de edificações, aten-
dendo aos critérios estabelecidos nas normas. Neste segundo volume do livro, iremos estudar
outros tipos de sistemas construtivos, veremos assuntos como: vedações e suas características,
instalações elétricas, hidráulicas, alinhadas às normas técnicas, utilização e equipamentos. Ve-
remos também alguns serviços vinculados ao acabamento, como: esquadrias, ferragens, reves-
timento, cobertura e outros. E para finalizar o volume dois, falaremos da impermeabilização.
Durante nosso estudo, abordaremos assuntos que lhe permitirão desenvolver as seguintes
capacidades:

CAPACIDADES SOCIAIS, ORGANIZATIVAS E METODOLÓGICAS:

a) gerenciar equipes de trabalho;


b) liderar equipes e ter bom relacionamento interpessoal;
c) projetar e analisar resultados;
d) aplicar princípios de qualidade, saúde, segurança do trabalho e ambientais.

CAPACIDADES TÉCNICAS:

a) identificar os órgãos específicos à aprovação de projetos;


b) interpretar normas e legislações específicas à aprovação de projetos;
c) planejar a aprovação de projetos;
d) monitorar possíveis modificações de projeto no decorrer da construção.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
12

e) selecionar documentos necessários à aprovação de projetos nos órgãos es-


pecíficos;
f) cumprir as exigências apresentadas pelos órgãos específicos para obtenção
de licenças.

Lembre-se de que você é o principal responsável por sua formação, e isso in-
clui atitude e disciplina quanto a:
a) consultar seu professor/tutor sempre que tiver dúvida;
b) não deixar as dúvidas para depois;
c) estabelecer e realmente cumprir um cronograma de estudo;
d) separar um tempo para descansar, principalmente quando o estudo se pro-
longue.
Aproveite o conteúdo deste livro didático.

Sucesso e bons estudos!


1 INTRODUÇÃO
13

Anotações:
Vedações

Neste capítulo, faremos uma abordagem sobre a vedação vertical, suas propriedades, fun-
ções e principais normas técnicas aplicáveis. Veremos ainda os tipos de equipamentos e ferra-
mentas, seus riscos e medidas preventivas.
Dizemos que a Vedação é um subsistema da edificação formado por elementos que dividem
e definem o imóvel e os seus espaços interiores, e é constituído pelos seguintes elementos:
a) vedo: elemento que assegura a vedação vertical (paredes, divisórias);
b) esquadria: permite ou não o acesso aos ambientes;
c) revestimento: elemento decorativo e de proteção à vedação.
A vedação vertical tem inúmeras funções na edificação, conforme veremos a seguir:
a) define verticalmente os ambientes, criando compartimentos internos;
b) protege a edificação da ação dos agentes atuantes como calor, frio, chuva, umidade, ru-
ídos, intrusos;
c) proteção contra a ação do incêndio;
d) possibilita condições favoráveis à habitação - conforto, higiene;
e) atua como elemento de suporte e proteção para as instalações embutidas (elétrica, hi-
dráulica etc.)
Este subsistema tem por elementos constituintes, além do vedo, as esquadrias e os revesti-
mentos, gerando estes dois últimos consideráveis gastos financeiros, fazendo com que a veda-
ção vertical represente de 10% a 20% do custo do edifício.
Destacaremos abaixo algumas das propriedades características das vedações:
a) controle da passagem de ar;
b) resistência mecânica;
c) deformabilidade1;
d) controle da iluminação;
e) durabilidade;
f) isolação térmica;
g) isolação acústica;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
16

1
DEFORMABILIDADE: Podemos classificar as vedações verticais de acordo com diferentes aspectos:

Alteração da forma. a) quanto à posição no edifício as vedações dividem-se em:


- externas: refere-se à fachada do edifício em que as faces desta estrutura
estão em contato com o meio ambiente;

Figura 1 – Vedação vertical externa


Fonte: GOOGLE IMAGES, 2013.

- internas: correspondem às divisórias, divididas em compartimentação


(divisão interna) e separação, ou seja, divisórias entre unidades, e entre
estas e a área comum da edificação.

Figura 2 – Vedações internas


Fonte: GOOGLE IMAGES, 2013.

b) quanto à técnica de execução, as vedações dividem-se em:


- vedações por conformação: são executadas a partir de moldagem a úmi-
do no local, ou seja, utilização de materiais que necessitam de água para
obter plasticidade. São chamadas de Wet Constructions ou construção
úmida.
2 VEDAÇÕES
17

Citamos como exemplo a alvenaria de bloco de concreto comum e de blo-


cos cerâmicos.
- vedações por acoplamento a seco: utiliza a técnica de execução de veda-
ções através de materiais sem a utilização de água, também conhecida
internacionalmente como Dry Construction ou construção seca, como
por exemplo Drywall;
- por acoplamento úmido: vedações verticais montadas com pré-molda-
dos de concreto, exemplo: os painéis de placa de concreto.
c) quanto à estruturação: refere-se às características de sustentação na edi-
ficação.
- autossuporte: este tipo de vedação não necessita de estruturas comple-
mentares para a sua sustentação, são também conhecidas como auto-
portantes. Temos como exemplo deste tipo de vedação as alvenarias
convencionais;
- estruturada: é o tipo de vedação que necessita de uma estrutura auxiliar
suporte para lhe dar suporte. Exemplo: divisórias de madeira e paredes
de gesso em drywall, composta por placas de gesso acartonado, que ne-
cessitam de uma estrutura em aço galvanizado para dar suporte a esse
sistema;
- pneumáticas: ainda pouco utilizada, este tipo de vedação é sustentada a
partir da injeção de ar comprimido. Citamos como exemplo os galpões
em lona, conforme ilustra a Figura 3.

Figura 3 – Vedação pneumática


Fonte: GOOGLE IMAGES, 2013.

d) quanto à densidade superficial: nesta classificação considera-se a relação


entre sua massa e a área que ocupa, podendo ser:
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
18

2
AUTOPORTANTE: - leve: apresentam baixa densidade com limite variando entre 60 kg/m² e
100 kg/m². Não tem função estrutural, como por exemplo, a fachada de
Diz-se de qualquer
estrutura cuja estabilidade é esquadrias de vidro;
assegurada com o apoio em
uma única extremidade. - pesada: vedação que tem densidade superficial acima do limite convencio-
nado. Podem ter ou não função estrutural, como, por exemplo, painéis de
concreto.

3
PEDRISCOS:

Pedra britada, miúda, para


construção.

Figura 4 – Vedação pesada com painéis de concreto


Fonte: SHUETTERSTOCK, 2013.

FIQUE Ao instalar painéis de concretos ou de quaisquer outros


materiais pesados, é necessário que seja feito o isolamen-
ALERTA to da área para evitar acidentes no canteiro de obras.

e) quanto à mobilidade: esta classificação refere-se à possibilidade de remo-


ção e/ou remontagem da vedação vertical do local originalmente construí-
da. Está dividida em:
- fixas: vedações que não apresentam condições de serem removidas sem
destruição, uma vez que o material constituinte dificilmente será recu-
perado, como, por exemplo, as alvenarias de bloco de concreto ou alve-
narias de blocos cerâmicos;
- desmontáveis: vedações que apresentam condições de serem removi-
das, gerando alguns danos em seus elementos. Caso aconteça a remon-
tagem, será necessário substituir algumas peças, como por exemplo: pa-
redes constituídas através das estruturas em aço de Steel Framing, cujas
peças em aço podem ser removidas e reutilizadas;
2 VEDAÇÕES
19

- removíveis: são vedações em que a montagem e desmontagem podem


ser feitas sem prejuízo da integridade dos seus elementos componentes,
também conhecidos como modulares, como, por exemplo, paredes di-
visórias retráteis ou ainda paredes divisórias de compensado;
- móveis: são divisórias usadas apenas na compartimentação dos ambien-
tes (divisórias baixas), conforme ilustrado na Figura 5.

Figura 5 – Divisórias baixas


Fonte: SHUETTERSTOCK, 2013.

f) quanto à continuidade do pano de vedação: leva-se em consideração a re-


lação entre a continuidade do pano e a distribuição dos esforços no mesmo.
- monolíticas: todo o conjunto da vedação absorve solidariamente os es-
forços que lhe são distribuídos, como acontece, por exemplo, com as
alvenarias;
- modulares: a absorção dos esforços não é distribuída por todo o con-
junto, e, sim, individualmente pelos seus componentes, considerando a
presença de juntas. Citamos, como exemplo, divisórias leves moduladas.
Depois de definirmos vedação vertical e classificá-la em variados aspectos, va-
mos agora indicar os principais tipos de vedos verticais, que são:
a) paredes: é o tipo mais comum de vedação vertical, pois são autoportantes2,
fixas, monolíticas, contínuas, moldadas no local e pesadas. As paredes são
classificadas em alvenarias e maciças;
- alvenarias: denominamos alvenaria o conjunto construído pela união entre
blocos ou tijolos ou pedras e o elemento de fixação entre eles, formando um
sistema construtivo monolítico e estável. As paredes de alvenaria são utili-
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
20

4
FIADA DE BLOCO: zadas em larga escala devido aos seus inúmeros benefícios. Citamos alguns
deles: simplicidade de execução, facilidade e baixo custo de produção dos
Fileira de bloco.
seus componentes, durabilidade, além da melhor relação custo-benefício.
Segundo o material componente indicado, a parede de alvenaria pode ser
de:
5
PRUMO:
- bloco de concreto: são produzidos através da composição de cimento,
Alinhamento vertical da pedriscos3 e areia e fornecidos no mercado no formato do tipo canaleta
peça.
para a confecção de vergas e vigas, e em tamanho reduzido (meio blo-
co), com o intuito de diminuir os desperdícios destes blocos vazados na
operação de corte do bloco inteiro;
6
PLANEZA:

Característica de uma
superfície plana.

Figura 6 – Alvenaria de bloco de concreto vazado


Fonte: SENAI, 2013.

- bloco cerâmico: produzidos a partir da argila, possuem furos no senti-


do longitudinal, que variam de acordo com a sua dimensão, como, por
exemplo, o bloco 9cmx19cmx19cm com oito furos. Estes blocos são for-
necidos também em formato canaleta para a confecção de vergas de
concreto e na versão meio bloco, com a intenção de reduzir desperdício,
produzido na hora do corte;
2 VEDAÇÕES
21

Figura 7 – Parede de alvenaria de bloco cerâmico


Fonte: SENAI, 2013.

CASOS E RELATOS

A construção de Celeste
Celeste, técnica em edificações, está construindo uma casa para a sua mo-
radia. Já executou os serviços preliminares, a etapa de infraestrutura e su-
perestrutura e atualmente está iniciando os serviços de vedação vertical
através da construção de alvenaria de blocos cerâmicos. Celeste fez esta
escolha pela rapidez de execução, custo e durabilidade deste subsistema.
Deu prioridade de compra dos blocos cerâmicos ao fabricante lhe apresen-
tou um produto de qualidade, bem moldado e bem queimado.
Sabendo que este material precisa ter um bom armazenamento para evitar
quebras e desperdícios, recomendou ao seu mestre de obras, Sr. Cardoso,
que estocasse os blocos em área plana, em pilhas de bloco sobrepostas e
inferiores a dois metros.
Chamou a atenção do mestre para que tivesse todo o cuidado com a loca-
ção e assentamento das primeiras fiadas de blocos4 e com todo o assenta-
mento da alvenaria para que não levantasse paredes desniveladas, fora de
prumo5 e sem planeza6.
O mestre de obras seguiu exatamente as recomendações de Celeste, que
ao fim do trabalho pôde verificar que a alvenaria construída atendia plena-
mente às suas expectativas.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
22

- bloco sílico-calcário: são produzidos através da composição de cimento,


areia e cal, apresentam alta resistência e são bastante usadas em alvenaria
estrutural;
- bloco de concreto celular: produzido a partir da composição de cimen-
to, cal, areia e alumínio em pó. Estes blocos são usados nas alvenarias
estruturais não armadas, são fornecidos no mercado nas medidas de
60cmx30cmx10cm (ou ainda 12,5cm e 15cm de espessura). Tem como
propriedades principais a leveza, a boa resistência e a facilidade no ma-
nejo;

Figura 8 – Alvenaria de bloco de concreto celular


Fonte: SHUETTERSTOCK, 2013.

- bloco de solo-cimento: este produto é obtido através da composição de


cimento, de solo e um pouco de água. É obtido através do processo de
prensagem, sem queimar em fornos, gerando um material consistente,
resistente, durável, estanque, e de ótimo aspecto. Apresenta facilidade
na aquisição dos seus insumos e ainda baixo custo de produção, pois o
traço utilizado é de uma parte de cimento para 12 partes de solo, é bas-
tante usado em obras residenciais de baixa renda;

SAIBA Para saber mais sobre bloco de solo cimento, Consulte a


ABNT NBR 10834:2013, bloco de solo-cimento, sem função
MAIS estrutural - Requisitos

- tijolo comum cerâmico: produzido a partir da argila, inicialmente ex-


posto ao sol, e em seguida pelo processo de queima em fornos. São for-
necidos em diferentes dimensões, porém as mais usuais são de 5,7cmx-
9cmx19cm. A alvenaria de tijolos tem um efeito estético muito positivo
2 VEDAÇÕES
23

quando estão à vista, ou seja; quando não o revestimos com outro ma-
terial;

Figura 9 – Alvenaria de tijolo comum cerâmico


Fonte: GOOGLE IMAGE, 2013.

- pedra: as alvenarias feitas com este material são também chamadas de


alvenarias ciclópicas, formadas por pedras de diâmetros variados e fixa-
das com o emprego de argamassa, de cimento, cal e areia.
b) paredes maciças: se dividem em moldadas no local e pré-moldadas.
- as paredes maciças moldadas no local são produzidas por moldes atra-
vés das formas. Pode-se utilizar diferentes materiais como componente
desta parede maciça, tais como: concreto, solo-cimento, taipa, concreto
celular;
- as paredes maciças pré-moldadas são constituídas por painéis pré-mol-
dados que se acoplam entre si.
De acordo com a função que a parede venha a desempenhar na edificação,
podemos sub-classificá-las em:
a) parede estrutural: é parte integrante do elemento estrutural. Se forem rea-
lizados cálculos racionais de suas dimensões. é denominada parede estru-
tural. Se não tem as suas dimensões obtidas através de cálculo racional, é
chamada de parede resistente;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
24

7
CONTRAVENTAMENTO:

Um sistema de proteção de
edificações contra a ação do
vento.

Figura 10 – Parede estrutural


Fonte: SHUETTERSTOCK, 2013.

b) parede de contraventamento: tem função estrutural de contraventamento7


de uma estrutura reticulada; aumenta de forma considerável o grau de rigi-
dez da estrutura;
c) parede de vedação: não tem função estrutural, é dimensionada apenas para
suportar o próprio peso e ações atuantes sobre ela;

VOCÊ A vedação vertical influencia de 10% a 40% o custo do


SABIA? edifício?

d) divisórias leves: são elementos utilizados no interior do imóvel, pelo proces-


so de acoplamento a seco, através de placas desmontáveis ou removíveis.
São estruturadas, têm a função de dividir o ambiente, são leves, descontínu-
as, monolítica ou modular. Quanto à fabricação podem ser:
- moduladas: são possíveis de serem removidas; compostas de painéis de
placas de madeira reconstituída são normalmente utilizadas para exer-
cerem a função de vedação de compartimentação;
É regida pela NBR 11685:1990 que tem como título: divisórias leves internas
moduladas.
2 VEDAÇÕES
25

Figura 11 – Divisórias leves moduladas


Fonte: SENAI, 2013.

- de gesso acartonado: são usualmente empregadas como vedação de


compartimentação e de separação, popularmente conhecida como
Drywall, pode ser fixa ou removível e em geral é monolítica;

Figura 12 – Divisórias em drywall


Fonte: GOOGLE IMAGE, 2013.

- de placas cimentícias: utiliza placas aglomeradas com cimento, fixa ou


removível, em geral monolítica, com espessura menor que 2,5cm.
e) painéis pesados: são modulares, autossuporte , muito pesadas, são obtidos
por acoplamento a seco ou úmido de placas pré-moldadas ou pré-fabrica-
das. Os painéis pesados podem ou não ser estruturais.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
26

f) leves de fachada: são vedações exteriores leves, moduladas, estruturadas, ob-


tidas por acoplamento a seco de placas, telhas, painéis sanduíche. Podem ser
desmontáveis ou removíveis. São transportadas com equipamento manual.
As vedações em fachada são sustentadas por estrutura própria e são compos-
tas de placas metálicas, placas cerâmicas, placas de pedra, placas sintéticas, pla-
cas de vidro, entre outras.

Figura 13 – Vedação leve de fachada


Fonte: SHUETTERSTOCK, 2013.

RECAPITULANDO

Neste capítulo, abordamos especificamente as vedações verticais, inician-


do pela sua definição e constituição, para em seguida falarmos sobre as
suas funções, propriedades e classificações quanto a diferentes aspectos.
Citamos também os principais tipos de vedos verticais: paredes, divisórias
leves, painéis pesados e leves de fachada.
Definimos paredes, e tratamos da sua classificação em alvenarias e pare-
des maciças, detalhando os tipos de alvenarias de acordo com o seu mate-
rial constituinte, classificamos as paredes maciças em moldadas no local e
pré-moldadas.
Vimos ainda a definição de divisória, bem como a sua classificação, e, em se-
guida, falamos também sobre painéis fechados e vedações leves de fachadas.
2 VEDAÇÕES
27

Anotações:
Instalações

As instalações fazem parte das etapas de uma obra através dos seus condutores nas tare-
fas de suprimento e coleta. Destacaremos, neste capítulo, as instalações elétricas e hidráulicas
(com ênfase para instalações de água fria e esgoto).

3.1 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A execução de uma instalação elétrica deverá ser orientada por um projeto específico, evi-
tando-se, desta forma, prejuízos futuros por fuga de energia ou até pela possibilidade de subdi-
mensionamento dos seus componentes, gerando curto- circuitos que podem provocar incêndio.
Trataremos aqui das instalações de baixa tensão de luz e força, responsáveis pelo supri-
mento de residências, e que tem as suas ações prescritas pela norma NBR 5410:2008, que fixa
o a tensão de 1000 volts(v) como sendo o limite adotado para a baixa tensão em corrente al-
ternada e de 1500 v para a corrente contínua. As tensões mais usadas no Brasil são 220/127V,
230/115V e 380/220V.
Já que falamos em instalações de baixa tensão de luz e força, vamos conceituar o que seja
cada um deles. Identificamos como “luz” todo circuito que tenha por função a iluminação ou
alimentação de motores monofásicos, como, por exemplo, o de equipamentos eletrodomésti-
cos, geladeiras, máquinas de lavar etc.

Os projetos de instalações elétricas são apresentados através de plantas


(diagramas) com a utilização de símbolos gráficos que irão representar
SAIBA graficamente a instalação parcial ou total.
MAIS Para aprofundar seus conhecimentos neste assunto, pesquise no livro, O
Edifício e Seu Acabamento, escrito por Hélio Alves Azeredo, editora:
Edgard Blucher.

Por “força”, trataremos de todo circuito relacionado à força motriz, solda e outras finali-
dades industriais. Nos imóveis residenciais, a “força” é empregada em equipamentos como
elevadores, bombas, piscina, sauna, etc.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
30

O suprimento de energia elétrica se dá através da captação na rede pública


(do poste) por um ramal de ligação até o quadro de medição de consumo e, a
partir disso, o fluxo de energia, através de condutores, segue até o quadro geral
de distribuição na residência, que, através dos circuitos de distribuição, irão fazer
a “alimentação” da energia em toda a unidade residencial.

CASOS E RELATOS

O barato saiu mais caro.


Jorge, após alguns anos de economia, conseguiu comprar um terreno e
construir uma casa de dois andares para ser a sua residência. Ao chegar à
etapa de instalação elétrica foi alertado pelo seu vizinho, Antonio, que é
técnico em edificações, que deveria entregar estes serviços a um profissio-
nal ou a uma empresa que tivesse habilidade na execução destas ativida-
des específicas, pois seria necessário a elaboração de um projeto executivo
para esta instalação elétrica residencial.
Jorge, no entanto, pensando apenas na redução de custos, contratou os
serviços de um profissional de elétrica, de nome Orlando, de quem não ob-
teve referências seguras e que lhe garantiu verbalmente que poderia dei-
xar tudo com ele.
Foram adquiridos os materiais solicitados, e, após a conclusão das obras,
Jorge mudou-se imediatamente para a nova residência e em pouco tempo
de ocupação viu que a instalação elétrica não estava adequada, gerando
curto-circuito, em razão dos condutores estarem subdimensionados em
relação à demanda requerida de energia.
O proprietário teve retrabalho e gastos maiores do que aqueles que teriam
se tivesse utilizado os serviços de um profissional habilitado.

De acordo com a quantidade de consumo, a tensão fornecida pela concessio-


nária poderá ser: monofásica, bifásica ou trifásica. Veja:
a) monofásica: é alimentada por dois condutores, uma fase e um neutro, que
liberam uma tensão de 127 V;
3 INSTALAÇÕES
31

Potência ativa total for:


Até 12000 W

Fornecimento monofásico
- feito a dois fios:
uma fase e um neutro
- tensão de 127 V

Figura 14 – Fornecimento monofásico


Fonte: SENAI, 2013.

b) bifásico: a instalação é alimentada por três condutores, duas fases e um


neutro, que liberam uma tensão de 220 V (ligação envolvendo duas fases) e
uma tensão de 127 V (ligação envolvendo uma fase e um neutro).

Potência ativa total for:


Acima de 12000 W até 25000 W

Fornecimento bifásico
- feito a três fios:
duas fases e um neutro
- tensão de 127 V e 220 V

Figura 15 – Fornecimento bifásico


Fonte: SENAI, 2013.

c) trifásico: alimentada por quatro condutores, constituída de três fases e um


neutro, que liberam uma tensão de 380 V (ligação envolvendo três fases) e
uma tensão de 220 V (ligação envolvendo duas fases) e 127 V (ligação envol-
vendo uma fase e um neutro).
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
32

Potência ativa total for:


Acima de 25000 W até 75000 W

Fornecimento trifásico
- feito a quatro fios:
três fases e um neutro
- tensão de 127 V e 220 V

Figura 16 – Fornecimento trifásico


Fonte: SENAI, 2013.

Em uma instalação elétrica residencial, encontraremos diversos dispositivos


e materiais que constituem o sistema e garantem o seu perfeito funcionamento.

3.1.1 DISPOSITIVOS ELÉTRICOS

a) disjuntores: são acessórios indispensáveis, que asseguram a manobra e


proteção contra as correntes de sobrecarga e correntes de curto circuito.

O-OFF O-OFF O-OFF O-OFF O-OFF O-OFF

Figura 17 – Disjuntores
Fonte: SENAI, 2013.

b) correntes de sobrecarga: atuam no circuito com correntes acima da cor-


rente nominal, exigindo dos equipamentos solicitações superiores às suas
capacidades nominais e cargas de potência nominal acima dos valores pre-
vistos em projetos.
c) correntes de curto-circuito: se originam de falhas ou defeitos graves da
instalação, através de falha ou rompimento da isolação entre fase e terra, ou
3 INSTALAÇÕES
33

entre fase e neutro, ou entre fases distintas. As correntes de curto-circuito


podem por estas razões produzirem correntes com variação de 1000% a
10.000% do valor da corrente nominal do circuito.
d) interruptores: comandam a operação da lâmpada, liga/desliga podem ser:
- interruptores simples: comandam uma lâmpada ou mais, por um único
local ou ponto de comando;
- interruptores paralelos: comandam uma lâmpada ou mais, por dois
pontos diferentes. Possibilita maior controle ao usuário. Geralmente, é
utilizado em escadas, através de um interruptor no início e outro no final;
- interruptores intermediários: comandam uma lâmpada ou grupo de-
las, por três ou mais pontos diferentes. São empregados em escadas
com vários andares, corredores que dão acesso a vários compartimen-
tos, e salões com variados acessos;
- interruptor de minuteria: a luz é acesa pela ação do homem, sendo des-
ligada automaticamente depois de um tempo determinado. São usadas
em escadas de edifícios, hall social de apartamentos, corredores, etc.;
- interruptor horário ou temporizador: programa liga e desliga de forma
automática circuitos elétricos em tempos pré- estabelecidos;
- eletrônico por presença: tem um sensor infravermelho que capta a pre-
sença de pessoas, animais, acionando o acendimento das lâmpadas para
apagá-las em seguida, quando não for captada radiação de calor. São
utilizadas nas residências em área externas, hall social, escadas, banhei-
ros.
e) tomadas: com a criação do Padrão Brasileiro de Tomadas, passa a serem en-
contrados em nosso mercado apenas dois modelos de tomadas. As tomadas
com três orifícios de quatro mm ou 4,8 mm. As tomadas de 4,0mm são usadas
para aparelhos que operam com amperagem de até 10 ampéres e as tomadas
de 4,8mm para aparelhos que operam com amperagem entre 10 e 20 ampéres.

Figura 18 – Tomadas e interruptores


Fonte: SENAI, 2013.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
34

1
VIGOTA: f) caixa de passagem (2x4 e 4x4, em polegadas) e caixa de passagem octogo-
nal (3x3 e 4x4, em polegadas): são utilizados em todos os pontos que sejam
São materiais pré-fabricados
de betão pré-esforçado, com necessárias emendas ou derivação dos condutores e em todos os pontos de
armadura constituída por
fios de aço aderentes.
entrada ou saída dos condutores na tubulação.
g) eletrodutos: são tubos que têm a função de proteger os condutores das
ações mecânicas e da corrosão, e exerce também a proteção do meio contra
a possibilidade de incêndio provocado por superaquecimento dos condu-
tores. Quanto aos materiais constituintes, podem ser de metal ou de PVC,
podem ainda ser rígidos ou flexíveis.
- os eletrodutos de PVC rígidos: são comercializados em barras de 3,0m,
com roscas, o que permite a sua emenda através de luvas, ou soldáveis
no sistema ponta e bolsa onde a ponta de outro tubo é encaixado na
bolsa daquele que se quer executar a emenda. São bons isolantes térmi-
cos, não sofrem corrosão, nem são afetados por ácidos.

Figura 19 – Eletroduto de PVC rígido


Fonte: SENAI, 2013.

- os eletrodutos de PVC flexíveis ou corrugados: os de coloração amarela


são usados em instalações que exigem pouco esforço mecânico, são ins-
talados normalmente embutidos em alvenaria. Já os de coloração cinza
ou azul tem uma resistência superior, podendo ser usados embutidos
em pisos e lajes.
h) os condutores ou fios: são os responsáveis pela transmissão de energia
elétrica que irão alimentar equipamentos e permitir a iluminação. São apre-
sentados em diversas cores com a intenção de facilitar a identificação dos
circuitos. Destacaremos os fios nas cores:
- preto e vermelho: identifica os condutores fase;
- azul: identifica a ligação terra;
3 INSTALAÇÕES
35

- verde: identifica os condutores.


Os cabos são condutores formados por vários fios justapostos isolados ou não
entre si. A depender do seu emprego eles podem classificar-se em:
a) redondo normal: pode ser de sete fios, dez e nove fios, trinta e sete fios,
sessenta e um fios e noventa e um fios. É utilizado em instalações que deter-
minem seções acima de 10 mm²;

Figura 20 – Cabo redondo normal


Fonte: GOOGLE IMAGE, 2013.

b) redondo compacto: tem a disposição interna semelhante ao do cabo re-


dondo normal, porém os fios internamente são mais compactados, mais jus-
tapostos, o que termina por diminuir a sua flexibilidade. São empregados
em baixas e médias tensões, obedecendo a uma variação em sua seção de
10 a 500mm²;
• setorial compactado: empregado em instalações industriais;
• flexível e extra flexível: tem o processo de fabricação semelhante ao redon-
do, tendo como característica a presença de numerosos fios de pequeno di-
âmetro. Muito usado na alimentação de pequenos aparelhos, como eletro-
domésticos, é também muito utilizado em iluminação.

3.1.2 TIPOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Faremos uma abordagem sobre algumas situações de instalações elétricas,


como, por exemplo, em lajes pré-moldadas, em lajes de concreto armado mol-
dadas no local, embutidas em alvenarias, em Drywall, aparentes, ao ar livre, em
calha, enterradas e aéreas.
a) instalações elétricas em lajes pré-moldadas: o duto passará sobre as vigotas1
e serão recobertas posteriormente pelo concreto ou por um cimentado. Nos
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
36

pontos de iluminação, retira-se um bloco cerâmico que fica entre as vigo-


tas, colocando-se um anteparo sob a laje para apoiar a caixa de passagem
(octogonal) que será devidamente preenchido este espaço com o concreto
utilizado para a laje;

Figura 21 – Instalação elétrica em laje pré-moldada


Fonte: SENAI, 2013.

b) instalações elétricas em lajes de concreto armado moldadas no local: após


a colocação e montagem das formas, são colocadas as caixas de passagem,
posicionadas de acordo com as indicações de projeto. Os eletrodutos tam-
bém são distribuídos e fixados ás caixas de passagem. Todo o espaço interior
das caixas de passagem deverá ser ocupado por papel ou pó de serragem
para que não se deforme nem tão pouco seja invadido pelo concreto.
A instalação de caixas de passagem e eletrodutos em estruturas que recebe-
rão concretos requer todo cuidado para que não sejam danificadas as suas
peças e tampouco as suas ligações pela movimentação de equipamentos,
de pessoas, do lançamento de concreto e do adensamento deste material.
Os eletrodutos rígidos são os mais indicados;

Figura 22 – Instalação elétrica em laje de concreto armado


Fonte: SENAI, 2013.
3 INSTALAÇÕES
37

c) instalações elétricas embutidas em alvenarias: vamos abordar alguns proce-


dimentos a serem seguidos neste tipo de instalação, inicialmente deve ser
feita a marcação, definindo as posições de assentamento dos eletrodutos de
acordo com o projeto; no local em que serão colocados os eletrodutos deve-se
evitar a quebra dos blocos, optando-se por incluir rasgos nos panos, com
auxílio da serra de corte manual, tendo-se o cuidado de deixar pelo menos
um metro de eletroduto acima do respaldo para a emenda com a tubulação
da laje. Em relação às caixas de passagem, faz-se a marcação e colocação na
posição estabelecida em projeto. As caixas de passagem, quando embutidas
em alvenaria, devem obedecer a alguns procedimentos: as caixas devem es-
tar no prumo e ter-se cuidado para que não haja diminuição da sua seção.
Importante observar a compatibilização da caixa com o revestimento para
que fiquem alinhadas;

Figura 23 – Instalações elétricas em alvenaria


Fonte: SENAI, 2013.

VOCÊ O passafio é uma guia rígida que conduz a fiação dentro


dos conduítes ou eletrodutos, permitindo a sua passa-
SABIA? gem de um ponto a outro.

d) instalações elétricas embutidas em Drywall: verificam-se os eletrodutos em


relação ao seu estado e se estão desobstruídos, fazendo-se a identificação
para posteriormente fixá-los à caixa de passagem. São definidos os pontos
de marcação das caixas de passagem no Drywall, fazendo-se então os cortes
nas placas de gesso acartonado para a fixação das caixas de passagem. Faz-se
então a verificação, antes de completar-se a vedação, se os eletrodutos estão
bem assentados e interligados às caixas de passagem;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
38

ELETRODUTO
DE ELÉTRICA

TUBULAÇÃO
DE ÁGUA

Figura 24 – Instalação elétrica embutida em drywall


Fonte: SENAI, 2013.

e) instalações elétricas aparentes: são visíveis, diferentemente do que aconte-


ce nas instalações embutidas na alvenaria e no concreto. As caixas de passa-
gem e eletrodutos são fixados por meio de parafusos, buchas e abraçadeiras;

Figura 25 – Instalação elétrica aparente


Fonte: SENAI, 2013.

f) instalações elétricas enterradas: alguns procedimentos e cuidados devem


ser seguidos neste tipo de instalação:
- as caixas de passagem em alvenaria ou de outro material não devem per-
mitir a passagem de água;
- a profundidade dependerá da intensidade de tráfego no local;
- antes de fazer-se o aterro das valas, é conveniente cobrir-se a tubulação
com uma camada de areia;
- utilizar terra para preenchimento das valas sem a presença de pedras e
restos de materiais;
3 INSTALAÇÕES
39

- a compactação deste material de aterro deve ser feito com critério, a fim
de não criar danos ao material assentado.

Figura 26 – Instalação elétrica enterrada


Fonte: SENAI, 2013.

Listamos, a seguir, algumas das normas técnicas da ABNT que fixam diretrizes
para execução e controle de instalações elétricas:

CÓDIGO TÍTULO DATA STATUS

Sistemas de eletrodutos plásticos para ins-


ABNT NBR 15465:2008 talações elétricas de baixa tensão - Requisi- 04/08/2008 Em Vigor
tos de desempenho
Caixas e invólucros para acessórios elétricos
ABNT NBR 5431:2008 para instalações elétricas fixas domésticas e 21/04/2008 Em Vigor
análogas - Dimensões
Errata 1: 2008 - Instalações elétricas de baixa
ABNT NBR 5410:2004 17/03/2008 Em Vigor
tensão
Caixas e invólucros para acessórios elétricos
ABNT NBR IEC 60670-
para instalações elétricas fixas domésticas e 29/04/2005 Em Vigor
1:2005
análogas - Parte 1: Requisitos gerais
Versão Corrigida: 2008 - Instalações elétricas
ABNT NBR 5410:2004 30/09/2004 Em Vigor
de baixa tensão
Símbolos gráficos para instalações elétricas
ABNT NBR 5444:1989 28/02/1989 Em Vigor
prediais
Dispositivos de manobra e controle de
ABNT NBR IEC 60947-7- baixa tensão - Parte 7: Dispositivos auxi-
30/11/2004 Em Vigor
1:2004 liares - Seção 1: Conectores elétricos para
condutores elétricos de cobre
Interruptores para instalação elétricas fixas
ABNT NBR NM 60669-
domésticas e análogas - Parte 1: Requisitos 29/10/2004 Em Vigor
1:2004
gerais (IEC 60669-1:2000, MOD)
Haste de aterramento açocobreada e aces-
ABNT NBR 13571:1996 28/02/1996 Em Vigor
sórios - Especificação
ABNT NBR 12483:1992 Chuveiros elétricos - Padronização 30/04/1992 Em Vigor
Quadro 1 – Normas técnicas da ABNT
Fonte: SENAI, 2013.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
40

3.2 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Para elaborar um projeto de instalações hidráulicas, é preciso que se tenha


uma série de informações necessárias ao seu dimensionamento e, para isto, é im-
prescindível conhecer: tipos de pontos de consumo - torneiras; vasos sanitários;
lavatórios; chuveiros; tipo, comprimento e diâmetro das tubulações; quantidade
e tipos de conexões; registros de comando e cálculo estimativo de consumos di-
ário de água em l/d (litros por dia) por pessoa.

3.2.1 INSTALAÇÃO HIDRÁULICA DE ÁGUA FRIA

É um sistema formado de tubulações e demais acessórios com a função de


captar a água da rede pública, conduzi-la até o interior da residência, fazendo a
sua distribuição até os pontos de utilização e de consumo.

Limite de propriedade
Máximo 1,50m Ramal interno ou
Ramal externo ou predial alimentador predial
Registro de
Derivação Registro de pressão de passagem
Caixa de passeio de macho ou de gaveta
ou de fecho Filtro
Muro Hidrômetro
Registro Registro de pressão
de fecho de passagem
ou de ou de gaveta
passeio

Rua Passeio 0,40

Chumbo reforçado União


PVC
Cobre
Ferro fundido acima de 2”
Distribuidor ( encanador da rede pública )

Figura 27 – Captação de água da rede pública


Fonte: SENAI, 2013.

Os sistemas podem ser: direto, indireto e misto.


a) direto: a água é captada, conduzida e distribuída diretamente da rede pú-
blica. Este tipo de sistema apresenta algumas desvantagens, como a varia-
ção de pressões que acontece na rede pública e que pode vir a danificar a
tubulação interna. Além disso, como não há reserva de água, a falta de água
na rede causará um desabastecimento;
b) indireto: a água vinda da rede pública abastece um reservatório superior, e en-
tão é distribuída por toda a residência. Quando não há pressão suficiente para
3 INSTALAÇÕES
41

a água chegar até aquele reservatório, abastece-se um reservatório inferior e,


através de bombeamento, faz-se esta água chegar até o reservatório superior;
c) misto: quando acontecem as duas situações descritas nos sistema anterio-
res, ou seja, parte da alimentação é distribuída diretamente da rede pública
e parte pelo reservatório superior.
A distribuição de água do reservatório até o ponto de consumo ou de utiliza-
ção se dá através dos seguintes componentes da instalação:
a) ramal predial: tubulação condutora da água da rede pública para o imóvel;
b) colar ou barrilete: tubulação horizontal interligada ao reservatório que ali-
menta as colunas de distribuição;
c) colunas de distribuição: tubulação vertical interligada ao barrilete e que
alimenta os ramais;
d) ramais: tubulação interligada à coluna de distribuição e que alimenta os
sub-ramais;
e) sub-ramais: tubulação que interliga o ramal à peça de utilização.

Caixa d’água

25 32

50 Banho 50
Medidor
(Cavalete)
Rede 32
Pública Lavabo
Cozinha
25
25 Vai para quintal
25

Figura 28 – Captação e distribuição de água em uma residência


Fonte: SENAI, 2013.

Em uma instalação hidráulica residencial, manuseia-se uma quantidade muito


grande de tubos, conexões, registros de gaveta, registros de pressão, torneiras,
válvulas de fluxo e torneiras de boia.
Nas instalações residenciais, é comum o uso dos produtos em PVC com diâmetros
diversos, com pontas e bolsas soldáveis, com adesivos apropriados ou rosqueados.
A utilização de tubos PVC tem apresentado vantagens que validam a preferência
do seu uso em instalações residenciais: simples instalação, fácil manuseio e transpor-
te, resistente à pressão, grande durabilidade, menor perda de carga e baixo custo.
As tubulações PVC são facilmente encontradas no mercado e em variados ti-
pos. Para as instalações prediais, há duas linhas que se destacam:
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
42

a) linha hidráulica: condutora de água fria, está submetida à pressão, sendo usual
o emprego de adesivo específico; nos terminais de consumo, utiliza-se conexão
soldável e com rosca interligando os elementos de condução e de consumo;

Figura 29 – Tubos e conexões em PVC para água fria


Fonte: SENAI, 2013.

b) linha sanitária: para condução de esgoto, ventilação e captação de água


pluvial, está submetida à pressão atmosférica, não sendo obrigatório o uso
de adesivos. São utilizadas nas ligações anéis de vedação.

Figura 30 – Tubos, conexões e caixas para esgoto


Fonte: SENAI, 2013.

3.3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS - ESGOTOS

Sistema formado por tubulações, aparelhos e demais acessórios com a função


de captar e conduzir os despejos (águas residuárias) de um imóvel.
3 INSTALAÇÕES
43

Estes despejos são chamados de água imunda quando, além de água, contém
ainda material fecal e urina. São chamados de águas servidas quando são origi-
nários de processos de lavagem e limpeza.

Durante as instalações hidrossanitárias, deve-se preservar


a segurança do trabalhador. Acidentes, como queda de
FIQUE pessoas ou de objetos, podem provocar fraturas, ferimen-
ALERTA tos, contusões, cortes. O uso de Epi’s, como calçado de
segurança, capacete, cinto de segurança - paraquedista e
óculos de proteção, minimizarão os riscos de acidentes.

Este sistema tem como componentes:


a) tubulação primária: tem a presença dos gases vindos da rede pública ou dos
dispositivos de tratamento;
b) tubulação secundária: tem um desconector que protege dos gases;
c) ramal de descarga: tubulação que recebe diretamente os despejos dos apa-
relhos sanitários;
d) ramal de esgoto: recebe os despejos dos ramais de descarga;
e) tubo de queda (TQ): usado em edifícios, tubulação vertical que recebe os
despejos dos ramais de esgoto;
f) caixa de gordura (CG): caixa receptora de gorduras;
g) ralo seco (Rs): caixa dotada de grelha na parte superior, tem a função de
captar as águas de lavagem de pisos ou de chuveiros;
h) ralo sifonado ou caixa sifonada (cs): tem a função de captar as águas de lavagens
de pisos e despejos de aparelhos sanitários, com exceção dos vasos sanitários;
i) caixa de passagem (CP) ou caixa de inspeção (CI): possibilita a inspeção e
desobstrução de canalizações;
j) coluna de ventilação (CV): tubulação com a finalidade de conduzir os gases
até a atmosfera, acima da cobertura do imóvel.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
44

TQ
tubo de queda

desconector
RV
ramal de ventilação

RE
ramal de esgoto
CV
coluna de ventilação

RD
ramal de descarga ESGOTO PRIMÁRIO
ESGOTO SECUNDÁRIO

Figura 31 – Sistema de esgoto em uma residência


Fonte: SENAI, 2013.

RECAPITULANDO

Abordamos neste capítulo as instalações elétricas residenciais e as instala-


ções hidráulicas, enfatizando as instalações de água fria e esgoto. Inicialmen-
te, tratando das instalações elétricas, chamando a atenção da necessidade de
um projeto executivo específico. Fez - se referência à norma NBR 5410:2008
da ABNT, que fixa regras para instalações de baixa tensão de luz e força; em
seguida, discorremos de como se processa o suprimento de energia elétrica
da rede pública desde a captação no poste até a chegada a residência.
Vimos ainda as tensões monofásicas, bifásicas e trifásicas fornecidas pelas
concessionárias e dos diversos dispositivos utilizados em uma instalação
elétrica. A seguir, falamos sobre as instalações realizadas em lajes pré-mol-
dadas e moldadas no local, bem como das instalações embutidas em alve-
narias e em vedações do tipo Drywall.
Em relação às instalações hidráulicas, iniciamos tratando de instalações de
água fria, no que diz respeito à captação de água da rede pública e à sua
distribuição até a residência. Abordou-se os tipos de sistema de captação:
direto, indireto e misto, tecendo-se comentários sobre cada um deles.
Falamos também da distribuição da água do reservatório superior para os
pontos de consumo e utilização, através dos seus condutores. Chamamos
a atenção sobre a consolidação do uso de tubos PVC e das vantagens com-
provadas pelo uso.
Para concluir, falamos das instalações sanitárias, seus componentes e funções.
3 INSTALAÇÕES
45

Anotações:
Esquadrias e ferragens

Neste capitulo, vamos conhecer sobre as esquadrias e ferragens, bem como sua aplicabili-
dade na Construção Civil. Veremos a classificação das esquadrias e os tipos de esquadria. Gene-
ricamente, chamam-se de esquadrias as vedações de vãos através de portas, janelas, persianas
e venezianas. Quando estes elementos da esquadria são constituídos de materiais metálicos,
recebem o nome específico de caixilhos. Os elementos utilizados para vedação na abertura das
alvenarias das edificações chamam-se esquadrias. Nesta fase da obra, acontece a fixação dos
batentes (guarnições) de portas, portões, janelas, venezianas, etc.
Na fase de projeto, é fundamental o estudo da localização da porta, bem como o sentido de
abertura da mesma, buscando oferecer ao imóvel mais segurança, conforto e funcionalidade.
Esta etapa construtiva referente às esquadrias é uma das mais importantes por ter a função
de comunicação entre o interior e o exterior da residência, tendo um custo significativo nas
obras, podendo variar de 9 a 18% do total gasto em uma edificação.
As esquadrias classificam-se basicamente em: portas, janelas e persianas.
Iniciaremos abordando os componentes de uma porta:
a) contrabatente : elemento de madeira que é fixado na alvenaria, tem por função servir de
base para a fixação do batente. É formado por uma peça colocada na horizontal, chamada
“travessa”, e duas na vertical aonde se apoia a travessa, chamada de “montante”. Na co-
locação do contrabatente, deve-se ter atenção para a compatibilização desta peça, para
que a mesma fique faceando com o revestimento final;
b) batente: elemento de madeira, também formado por uma travessa e dois montantes,
porém com uma cavidade ou rebaixo para receber a folha da porta. Tanto no caso do
contrabatente , como no batente, devem ser fixados à alvenaria antes de se aplicar o re-
vestimento.
O batente recebe a designação de marco quando cobre a espessura da parede de ½ tijolo
e de caixão quando cobre a espessura da parede de 1 tijolo;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
48

Figura 32 – Fixação do batente


Fonte: SENAI, 2013.

c) aduela: elemento de madeira que serve para dar acabamento a vãos de por-
ta sem folhas. Seu processo de fixação é semelhante ao do batente;
d) guarnição: elemento de madeira, tem a função de cobrir a abertura que fica
entre o batente ou contrabatente e a alvenaria. A sua espessura varia de 1 a
1,5 cm e as suas larguras variam de 5, 7 e 9cm;
e) batedeira ou mata-junta: peça de madeira usada em portas de duas folhas,
tem a função de cobrir a fresta deixada entre as duas folhas da porta;
f) folha da porta: é a parte móvel desta esquadria, tem a função de abrir e fe-
char o vão. Tem espessura variando entre 3,5cm e 4,5cm, as larguras padro-
nizadas das folhas são de 62cm, 72cm, 82cm, ou ainda 92cm, a altura padrão
adotada é de 2,11m.
4 ESQUADRIAS E FERRAGENS
49

Figura 33 – Folha de porta com almofadas


Fonte: SENAI, 2013.

Devem-se verificar estes materiais quanto a possíveis defeitos nas suas dimen-
sões ou formato das folhas, no que diz respeito a esquadro e planeza, bem como
observar visualmente o seu aspecto para ver se apresenta nós, bolsas de resina,
manchas, irregularidades de superfície, entre outros. Divide-se em almofada,
compensada ou lisa, maciça e calha.
Existem no mercado diversos tipos de esquadrias atendendo aos mais varia-
dos gostos estéticos e disponibilidades financeiras. Basicamente dividem-se em
dois grandes tipos: as esquadrias prontas e as feitas sob medida de acordo com
o projeto.
Como exemplo de esquadrias prontas, citaremos o kit porta – pronta: como
o nome indica já vem pronta com os acessórios de guarnições, batentes, dobra-
diças e fechaduras. No entanto, na sua montagem, alguns cuidados devem ser
seguidos: o assentamento deverá ser realizado na fase final da obra com o piso e
o teto já acabados e as paredes com pelo menos uma demão de pintura. O vão
aonde será fixado o sistema deverá estar com as suas dimensões verificadas para
que haja o perfeito acoplamento.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
50

Figura 34 – Kit porta pronta


Fonte: SENAI, 2013.

O vão deverá estar então chapiscado, emboçado e limpo. Na fixação da porta,


usa-se espuma expansiva de poliuretano, evitando-se movimentação no kit até
que a espuma conclua todo o seu trabalho de expansão. O processo de assen-
tamento deste kit é simples e prático, utiliza-se como ferramentas e acessórios:
prumo, nível, cunhas de madeira, martelo de borracha, lápis de carpinteiro, metro
ou trena, esquadro, cola branca.
Para a colocação do kit porta pronta, procede-se da seguinte maneira:
a) coloca-se a caixa no vão;
b) com auxílio das cunhas de madeira e do martelo de borracha, busca-se fixar
a porta, tendo-se o cuidado de verificar-se o alinhamento da porta com a
parede;
c) com o auxílio do prumo de pedreiro verifica-se o alinhamento vertical do
batente;
d) o pequeno espaço compreendido entre o batente e a parede deverá ter
aproximadamente até1,5 cm e será preenchido pela espuma expansiva;
e) para aplicação da espuma, colocar o bico aplicador, fazendo com que o produ-
to penetre no espaço previamente deixado entre o batente e a parede. Nesta
operação, é indispensável que o trabalhador responsável pela aplicação faça
uso dos EPI’S adequados para este serviço, como luvas e óculos de proteção;
4 ESQUADRIAS E FERRAGENS
51

f) após trinta minutos da aplicação, as cunhas poderão ser retiradas, mas a es-
puma só estará completamente seca após seis horas;
g) retiram-se os travamentos e com o auxílio de um estilete corta-se todo o
excesso de espuma que haja extrapolado;
h) finalmente, unta-se com cola as peças de encaixe das guarnições no batente.

4.1 TIPOS DE ESQUADRIAS QUANTO AO MOVIMENTO DE ABERTURA

Os tipos de esquadrias são também resultantes do tipo de aberturas adotadas, e


dos seus materiais constituintes. Registramos, a seguir, alguns tipos de esquadrias:
a) de abrir: portas e janelas abrem-se para dentro ou para fora, com movimen-
tos liberados através de dobradiças ou de pivôs;

Figura 35 – Porta de abrir


Fonte: SENAI, 2013.

Ao instalar portas de madeira, esta operação pode pro-


vocar danos nos profissionais envolvidos nesta atividade,
FIQUE destacamos aqui fadiga, lesões nos membros superiores,
ALERTA lesões da coluna, provocados por posturas inadequadas e
levantamentos de materiais e transporte de carga de for-
ma inadequada.

b) de correr: as portas e janelas deslizam as suas folhas sobre trilhos, onde se


movimentam apoiadas ou penduradas (no chão ou no teto);
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
52

Figura 36 – Porta de correr


Fonte: Shutterstock, 2013.

c) de guilhotina: neste tipo de janela, o movimento ocorre por deslocamento


vertical das folhas móveis, podendo escolher-se que uma das folhas perma-
neça fixa em cima ou em baixo;

Figura 37 – Janela tipo guilhotina


Fonte: Shutterstock, 2013.

d) basculante: apresenta uma ou mais folhas móveis através de rotação em


torno de um eixo horizontal, pode ser janela basculante ou portão basculan-
te, muito usado em garagens;
4 ESQUADRIAS E FERRAGENS
53

Figura 38 – Basculantes
Fonte: SENAI, 2013.

e) maxim-Ar: tem o movimento de abertura semelhante à basculante, no en-


tanto, neste caso toda a sua folha se projeta para fora do ambiente e não
parcialmente como no caso anterior. É muito comum a sua fabricação utili-
zando-se o alumínio;

Figura 39 – Maxim-Ar
Fonte: SENAI, 2013.

f) camarão: também conhecidas como sanfonadas, apresentam movimento


em que as suas folhas vão simultaneamente correndo e dobrando, permitin-
do que o vão fique praticamente todo aberto;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
54

Figura 40 – Porta camarão em vidro e madeira


Fonte: SENAI, 2013.

g) de tombar: Assemelha-se ao maxim-ar invertido.

4.2 TIPOS DE ESQUADRIAS QUANTO AO MATERIAL EMPREGADO NA


FABRICAÇÃO

a) alumínio: as esquadrias de alumínio são recomendadas para regiões lito-


râneas devido a sua resistência ao salitre marinho. São bastante utilizadas
em diversos tipos de edificações. Podem ser encontradas prontas em casas
comerciais ou feitas sob encomenda;

Figura 41 – Janela de alumínio


Fonte: SENAI, 2013.
4 ESQUADRIAS E FERRAGENS
55

b) madeira: as esquadrias de madeira são ainda bastante utilizadas. Alguns cui-


dados devem ser tomados na escolha deste material, dando-se preferência às
madeiras de lei. As esquadrias de madeira devem ser tratadas com produtos
contra fungos e pintadas para aumentar a sua proteção contra as intempéries;

Figura 42 – Esquadria de madeira


Fonte: Shutterstock, 2013.

c) PVC: Vem ganhando espaço no nosso mercado em razão de ser de simples


montagem, duráveis e de fácil limpeza. Dispensam a aplicação de pinturas;

Figura 43 – Porta sanfonada de PVC


Fonte: SENAI, 2013.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
56

d) ferro: as esquadrias que apresentam este material na sua fabricação transmi-


tem uma maior tranquilidade em relação à segurança. No entanto, cuidados
com a sua manutenção devem ser tomados principalmente em regiões lito-
râneas devido à ação agressiva da salinidade, levando à oxidação (ferrugem).
As esquadrias de ferro devem ser convenientemente tratadas antes da apli-
cação de pintura protetora anticorrosiva;

Figura 44 – Porta de ferro


Fonte: Shutterstock, 2013.

O vidro temperado tem este nome porque passa por um


VOCÊ processo chamado de têmpera que o torna até cinco
vezes mais resistentes que o vidro comum. Ao quebrar,
SABIA? ele se parte em pequenos pedaços evitando a formação
de pedaços pontiagudos e cortantes.

e) vidro: este tipo de esquadria é bastante utilizado tanto nas edificações re-
sidenciais quanto comerciais, pela sua beleza, transparência e por facilitar a
passagem da iluminação. Utiliza-se normalmente o vidro “temperado”, que
é fabricado atendendo às propriedades que fazem com que, durante uma
quebra, este material se fragmente em pequenos pedaços sem apresentar
formas pontiagudas que poderiam transformar-se em elementos de alta pe-
riculosidade à integridade física das pessoas.
4 ESQUADRIAS E FERRAGENS
57

Figura 45 – Esquadria de vidro


Fonte: SENAI, 2013.

CASOS E RELATOS

Escolha de esquadrias no casamento.


O casal Pedro e Cristina está muito feliz e planeja, como todo casal, construir
a sua casa. Após discutirem com o projetista, definiram entre diversos itens
o tipo de esquadrias para as diferentes áreas da casa. Para a entrada, foi prio-
rizada porta de madeira (de lei) de uma folha com almofadas de abrir e para
os vãos internos a escolha foi por portas de uma folha, lisas, também de abrir.
Para as janelas, como a casa está situada em local próximo ao mar, optou-
-se por janelas de correr, de alumínio com vidro. Para os sanitários, o casal
escolheu a esquadria tipo maxim-ar também em alumínio, e, para a pequena
dependência que funcionará como um escritório, definiu-se pela colocação
de uma porta sanfonada de PVC para melhor aproveitamento do espaço.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
58

4.3 TIPOS DE ESQUADRIAS QUANTO À FUNÇÃO

a) acesso: controla o trânsito de pessoas e veículos. Sendo um elemento de


segurança da edificação evitando ou dificultando a entrada de intrusos;
b) isolamento: as esquadrias permitem o isolamento tanto térmico, prote-
gendo contra as incidências solares, bem como permite o isolamento acús-
tico, uma vez que possibilita o controle com efeito de minimizar os ruídos e
barulhos externos;
c) iluminação: permite a entrada da iluminação natural, tornando o ambiente
interno mais salubre, além de reduzir custos e recursos com a redução do
uso da iluminação artificial;
d) ventilação: permite a passagem e circulação do ar externo, contribuindo
para a renovação do ar no ambiente interno da edificação.

A porta corta-fogo tem a função de resistir ao fogo, impe-


SAIBA dindo ou buscando dificultar a propagação das chamas e da
passagem do calor e dos gases de um ambiente para outro.
MAIS Saiba mais a respeito desta esquadria, pesquisando no livro
“A Técnica de Edificar” de autoria de WalidYazigi. Ed. Pini.

Normas Técnicas Aplicáveis - A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)


fixa orientações e procedimentos para as coberturas em relação às suas terminolo-
gias, requisitos e classificações, especificações, métodos de ensaios, através da:
a) ABNT NBR 10821-1:2011, Esquadrias Externas para Edificações, Parte 1- Ter-
minologia;
b) ABNT NBR 10821-2:2011, Esquadrias Externas para edificações, Parte 2 - Re-
quisitos e Classificação;
c) ABNT NBR 10821-3:2011. Esquadrias externas para edificações. Parte 3 - Mé-
todo de Ensaio;
d) ABNT NBR 13756:1996, Esquadrias de alumínio – Guarnição elastomérica
em EPDM para vedação - Especificação.

4.4 FERRAGENS

As ferragens são os diversos acessórios que compõem as esquadrias para au-


xiliar na sua funcionalidade. Exemplo: fechaduras, dobradiças, puxadores, trincos,
maçanetas, etc.
4 ESQUADRIAS E FERRAGENS
59

Figura 46 – Ferragens usadas em esquadrias


Fonte: SENAI, 2013.

4.5 EQUIPAMENTOS, FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS UTILIZADOS

a) colher de pedreiro de 8”;


b) linha de náilon;
c) lápis de carpinteiro;
d) trenas de aço de 5 e 30m;
e) régua de alumínio de 1” x 2” com 2m;
f) mangueira de nível;
g) nível de bolha com 35cm;
h) prumo de face;
i) talhadeira de 12”;
j) marreta de 1k;
k) martelo tipo unha;
l) serrote;
m) jogo de chave de fenda;
n) furadeira elétrica portátil com brocas.
Analisaremos, nesta etapa de execução de esquadrias, os fatores de riscos e
perigos inerentes a estes serviços. Por outro lado, apontaremos medidas preven-
tivas que devem ser adotadas para fazer frente à estas ameaças aos trabalhadores.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
60

a) riscos de acidentes – projeção de partículas nos olhos, queda de pessoas,


queda de objetos, golpes no manuseio a ferramentas manuais, prensagem
de mãos e dedos;
b) riscos à saúde – contato com cola, levantamento e transporte de cargas;
c) danos gerados pelos riscos de acidentes– fraturas, ferimentos, contusões;
d) danos gerados pelos riscos à saúde– dermatoses, queimaduras químicas,
intoxicações, lesões nos membros superiores, lesões de coluna.
Medidas preventivas a serem adotadas no canteiro de obras – manter o local
de trabalho organizado, circulação livre e desimpedida, utilização de sinalização
de segurança, adequada utilização de ferramentas diversas, guarda de ferramen-
tas no cinto porta-ferramentas, uso de equipamentos de proteção contra quedas,
manutenção de ordem e limpeza no canteiro de obras, utilização de profissionais
conhecedores das atividades a serem desenvolvidas.
Evitar-se a presença ou circulação de pessoas não vinculadas ao serviço em
áreas com muito ruído, realizar manutenção preventiva de máquinas e equipa-
mentos, realizar exames audiométricos, ter cuidado com o asseio corporal e com
a limpeza da roupa utilizada no trabalho. Após o término da jornada, fazer o as-
seio corporal com água em abundância.
Na implantação de medidas preventivas, é imprescindível o uso de Equipa-
mentos de Proteção individual - EPI’s. EPI: calçado de segurança, capacete, óculos
de segurança contra impacto, luva de PVC, máscara descartável para vapores.
A verificação e aceitação dos serviços acontecem através do acompanhamen-
to destes trabalhos, buscando-se identificar não conformidades nos materiais
envolvidos e/ou na execução dos serviços para a sua correção se necessário. Ob-
serva-se a qualidade do assentamento das peças e o seu perfeito funcionamento.
Uma vez que esta etapa construtiva tenha atendido às diretrizes do projeto espe-
cífico em consonância com as normas da ABNT, pode-se então dar como conclu-
ído e aceito estes serviços.
4 ESQUADRIAS E FERRAGENS
61

RECAPITULANDO

Iniciamos conceituando esquadrias e caixilhos, para em seguida citarmos a


classificação básica: porta, janela e persiana. Abordamos diferentes aspec-
tos sobre o elemento “porta” no que diz respeito aos seus componentes e
da inspeção necessária nas peças, quando da sua aquisição. Falou-se das
portas feitas sobre medidas e do kit porta pronta e dos procedimentos ne-
cessários ao seu assentamento.
Fizemos também referência à classificação de esquadrias, portas e janelas,
de acordo com o movimento de abertura de suas peças e também de acor-
do com o material empregado na fabricação. Abordamos a função das es-
quadrias quanto ao acesso, ao isolamento, a iluminação, a ventilação, para
em seguida citarmos algumas normas técnicas aplicáveis às esquadrias.
Tratamos de ferragens, da sua conceituação e também de equipamentos,
ferramentas e acessórios, utilizados nos assentamentos de esquadrias. Abor-
damos, por fim, os fatores de riscos e perigos que envolvem estes serviços,
os riscos de acidentes à saúde, os danos gerados pelos riscos de acidentes e
pelos riscos à saúde, abordando, por fim, medidas preventivas que devem
ser implementadas para oferecer condições de segurança ao trabalhador.
Revestimentos

Dando seguimento ao nosso processo construtivo de conhecimento aprenderemos sobre


os tipos de revestimento, seu processo executivo e armazenamento. Fique atento às infor-
mações contidas neste módulo. Revestimentos são formados por camadas que recobrem as
vedações e estruturas com o objetivo de exercer proteção contra os agentes agressivos e dos
seus efeitos danosos, ao mesmo tempo tendo as funções de valorização estética e econômica
no ambiente construído.
Os revestimentos têm também por função criar a condição de estanqueidade do ar e da
água, bem como de proteção térmica e acústica, no que se refere ao controle da temperatura
e do ruído.
Existem diversos tipos de revestimentos, alguns bem específicos usados em determinados
ambientes que exigem tratamentos e aplicações especiais, como em áreas industriais, comer-
ciais, químicas, hospitalares, navais.
Vamos, durante as nossas abordagens, nos concentrar mais nos revestimentos utilizados
em residências. Quanto ao tipo de elemento de vedação a ser revestido, nós podemos des-
tacar: revestimentos de piso - estaremos tratando no capítulo 2.12 -, revestimento de forro,
revestimento de fachada e de paredes, que estaremos tratando neste capítulo.

VOCÊ O gesso, o cimento e a cal são três aglomerantes da construção civil e


mesmo depois do início das suas pegas, continuam a endurecer, ga-
SABIA? nhando resistência, em um processo que pode durar semanas.

Os revestimentos quanto ao material constituinte podem ser de vários tipos: com argamas-
sa, cerâmicos, de pedra, de madeira, sintéticos, de papel, de fibra.
No entanto, os tipos de revestimentos mais comuns, os mais utilizados na construção civil,
são os que empregam a argamassa, a cerâmica e pedras. Vamos, então, comentar um pouco
sobre cada um deles.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
64

Os forros são revestimentos das faces inferiores de lajes ou


SAIBA dos telhados de maneira a formar uma superfície plana, su-
MAIS perior. Para saber mais sobre o assunto, pesquise em: “A Téc-
nica de Edificar”, de WalidYazigi, editora: PINI.’’

a) revestimentos com argamassas: são os revestimentos mais utilizados em


obras tanto nas áreas internas quanto externas. Têm a função de regularizar
e proteger as paredes, servindo também de respaldo para outros revestimen-
tos. Antes de se revestir a parede, deve-se testar a instalação hidráulica para se
verificar se há vazamentos, fazendo-se caso necessário as correções devidas.
Deve-se também fazer a limpeza da superfície e molhar a área a ser revestida.
Os revestimentos com argamassa podem ser empregados em três etapas:
- chapisco: aplicado diretamente na alvenaria e em superfícies lisas de
concreto, com uma espessura variável de 5 a 7mm, tem a função de criar
aderência para receber e reter a próxima camada. Utiliza na sua prepa-
ração o cimento e a areia média como componentes no traço de 1:3, ou
seja, uma parte de cimento e três partes de areia.
É também utilizado como camada impermeabilizante em paredes exter-
nas de blocos cerâmicos e de cimento, usado como proteção contra a
infiltração de água, evitando- se desta forma o aspecto desagradável de
manchas na parede.
Tem uso comum em algumas regiões, a sua aplicação como revestimento
de acabamento ou final. Neste caso, sua aplicação acontece com o auxílio
de uma peneira, conseguindo-se desta forma um bom efeito decorativo.

Figura 47 – Revestimento com chapisco peneirado


Fonte: SENAI, 2013.
5 REVESTIMENTOS
65

- emboço: aplicação seguinte a do chapisco, com uma espessura variável


de 2 a 2,5 cm, tem a função de regularizar a superfície, tornando-a plana.
Utiliza na sua preparação o cimento, a cal ou arenoso e a areia. Em geral,
usam-se os seguintes traços em volumes:
- 1:2:6 (cimento, cal hidratada ou arenoso e areia média) para revesti-
mentos externos;
- 1:2:8 (cimento, cal hidratada ou arenoso e areia média) para revesti-
mentos internos.
Abordaremos agora os principais procedimentos para a aplicação do emboço:
- na parede já chapiscada, coloca-se taliscas (pedaços de cerâmica) na
alvenaria para servir de preparação para as mestras que definirão a es-
pessuras estabelecidas do emboço, permitindo o seu perfeito prumo e
alinhamento;
- com o auxílio de uma brocha, umedece-se o local aonde serão fixadas as
taliscas;
- aplica-se neste local argamassa para fixar as taliscas;
- depois de fixadas as taliscas, procedem-se da mesma forma, colocando-se
outras, com distância horizontal não superior a 2,0m;

Figura 48 – Taliscas
Fonte: SENAI, 2013.

- depois de molhar o trecho onde estarão as mestras, lança-se a argamassa


entre as taliscas superiores e inferiores;
- espera-se então aproximadamente quinze minutos e com o auxílio de
uma régua de alumínio apoiada nas taliscas inferior e superior, faz-se o
serviço de sarrafeamento retirando-se o excesso de argamassa, materia-
lizando-se a mestra;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
66

- alisa-se a mestra com o auxílio de desempenadeira, com movimentos


circulares de baixo para cima;
- completa-se com argamassa o espaço entre as mestras comprimindo
com a colher de pedreiro a argamassa de encontro a alvenaria;
- inicia-se então o sarrafeamento da argamassa aplicada entre as duas
mestras, através de uma régua de alumínio que deverá através de movi-
mentos de baixo para cima retirar o excesso de argamassa;

Figura 49 – Sarrafeamento de argamassa entre duas mestras


Fonte: SENAI, 2013.

- se tiver na superfície sarrafeada alguma área necessitando complemen-


tação de argamassa, esta operação deverá ser feita, sarrafeando-se no-
vamente no trecho desta nova aplicação.
c) reboco: última camada deste tipo de revestimento, com uma espessura de
até 5mm. Também chamado de revestimento fino, tem a função de dar o
acabamento ao emboço preliminarmente executado. Sua aplicação deverá
acontecer com pelo menos vinte e quatro horas após decorrida a pega do
emboço, e posterior aos serviços de assentamento dos peitoris e marcos. Por
ser uma camada de acabamento, todo cuidado deve-se ter para que a sua
superfície apresente-se totalmente plana.
Utiliza-se cada vez mais nas edificações a argamassa fina industrializada tanto
para interiores quanto para exteriores. Para interiores, estes produtos vêm em
embalagens de sacos de 20 kg e 50kg; têm como elementos constituintes cal
hidratada e areia classificada, bastando apenas adição de água na quantidade
indicada para a sua aplicação. Espera-se que esta argamassa fina industrializada
produzida sob controle e ensaios tecnológicos, possa ter: capacidade de absorver
deformações, trabalhabilidade, e assim restringir o surgimento de fissuras, ade-
rência, resistência mecânica e, por fim, durabilidade.
5 REVESTIMENTOS
67

Figura 50 – Argamassa fina industrializada


Fonte: SENAI, 2013.

Na sua aplicação, deverão se observar os seguintes procedimentos:


- a superfície de aplicação precisa estar limpa, isenta de pó, manchas, gor-
duras ou de qualquer elemento que venha a prejudicar a aderência en-
tre as camadas (do emboço e do reboco);
- antes da aplicação da argamassa fina, deve-se molhar fartamente a su-
perfície de aplicação;
- aplica-se a argamassa fina com o auxílio de uma desempenadeira de ma-
deira, obedecendo-se a espessura indicada;
- após a aplicação e ainda com argamassa úmida, utiliza-se para o seu aca-
bamento a desempenadeira de espuma de borracha;
- o processo de estocagem deste material se dará através de pilhas de até
15 sacos, tendo como base estrados de madeira, este material tem prazo
de validade de até um ano a partir da data de fabricação. O local de de-
pósito deste material deverá ser fechado e coberto.
A argamassa fina industrializada para exteriores vem em embalagens de 50
kg; tem como elementos constituintes cal hidratada, areia classificada, cimento
portland e aditivo impermeabilizante, conferindo ao material propriedade imper-
meabilizadora (hidrófugas), protegendo as fachadas das edificações contra a in-
filtração das águas de chuvas. Deve-se obedecer a um espaço de trinta dias entre
a aplicação da argamassa fina e a pintura da superfície com tinta PVA ou acrílica.
Quanto às suas propriedades, são as mesmas já citadas para a argamassa fina
industrializada para interiores. Para sua aplicação, recomenda-se adotar os se-
guintes procedimentos:
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
68

- a superfície de aplicação precisa estar limpa, isenta de pó, manchas, gor-


duras ou de qualquer elemento que venha a prejudicar a aderência en-
tre as camadas (do emboço e do reboco);
- antes da aplicação da argamassa fina, deve-se molhar fartamente a su-
perfície de aplicação;
- aplica-se a argamassa fina com o auxílio de uma desempenadeira de ma-
deira, obedecendo-se a espessura indicada (de 3mm a 5mm);
- proceder ao acabamento acamurçado, com o auxílio de uma desempe-
nadeira de espuma de borracha;
- ao fim de uma aplicação parcial, a área seguinte a ser revestida deverá
ser alvo dos procedimentos preliminares de limpeza, para se garantir a
desejável aderência;
- os mesmos cuidados observados para estocagem de argamassas finas
industrializadas para interiores, deverão acontecer também para a de
exteriores, sendo que, neste caso, a estocagem se dará por até 45 dias a
partir da data de fabricação.
A argamassa para exteriores do tipo comum não deve ser utilizada como base
para massa corrida acrílica.
Os revestimentos com argamassa nem sempre se constituem das três etapas.
Têm-se utilizado frequentemente a primeira camada através de chapisco, para
garantir uma boa aderência do revestimento na alvenaria. Quando o revestimen-
to final se dá através de pintura, executa-se a terceira camada que é o reboco; já
quando o revestimento final se dá através de, por exemplo, placas cerâmicas, a
base é composta de chapisco e, posteriormente, a camada de emboço para, em
seguida, vir o revestimento final. É cada vez mais frequente o uso da argamassa
industrializada tanto para assentamento como para ser aplicada como revesti-
mento. Alguns fatores têm determinado a crescente aceitação deste produto pré-
-fabricado, um deles é o controle de qualidade a que é submetido esta argamassa
com a inclusão de aditivos na sua composição, conferindo-lhe como vimos ade-
rência, redução do aparecimento de fissuras, trabalhabilidade, resistência mecâ-
nica e durabilidade.
5 REVESTIMENTOS
69

Chapisco

Emboço
(massa grossa)

Reboco
(massa fina)

Figura 51 – Chapisco, emboço e reboco


Fonte: SENAI, 2013.

A argamassa industrializada pode com apenas uma camada substituir o emboço.


Equipamentos e ferramentas e acessórios utilizados em assentamento de ar-
gamassa industrializada:
a) brocha;
b) desempenadeira de madeira;
c) desempenadeira dentada;
d) lápis de carpinteiro;
e) régua de alumínio de1”x 2” com 2m;
f) esquadro de alumínio;
g) mangueira de nível ou aparelho nível a laser;
h) prumo de face de cordel;
i) caixote para argamassa;
j) vassoura de piaçava;
k) escova de aço;
l) cavaletes para andaimes;
m) carrinho de mão;
n) guincho;
o) cantoneiras de alumínio para cantos vivos;
p) desempenadeiras de canto V de quina;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
70

q) padiola;
r) argamassadeira ou betoneira;
s) silo.

Na execução de revestimentos utilizando argamassa, al-


guns fatores de risco tornam-se ameaças para os trabalha-
FIQUE dores e pessoas que estejam nas proximidades, a poeira
ALERTA pode provocar problemas respiratórios por inalação de
poeiras, o contato com o cimento pode provocar dermato-
ses, queimaduras químicas.

Revestimentos com cerâmicas: são usados em ambientes que recebem


água, também chamadas comumente de áreas molhadas, como cozinhas, áreas
de serviços e banheiros; sendo também utilizados em outros locais, como em fa-
chadas, por exemplo.
Existe uma variedade muito grande de cerâmicas ofertadas no mercado em vá-
rios padrões, cores e dimensões, desde as pastilhas de 2x2 cm até as peças maiores.
Revestimento com azulejo: os azulejos são placas cerâmicas fabricadas em
diversas cores, em tons brilhantes e acetinadas, apresentando padrões lisos e de-
corativos. A face visível é vidrada, enquanto o lado que fica em contato com a
argamassa de assentamento é chamado de tardoz. O assentamento destas peças
cerâmicas se dá com o auxílio de argamassas produzidas com cimento portland
e cal ou com argamassa industrializada colante. Este assentamento requer muita
atenção com as juntas entre as placas que funcionam como elementos de absor-
ção de movimentações térmicas e estruturais.
As argamassas industrializadas colantes são comercializadas em sacos de 5kg,
15kg, 20kg e 30kg. Este produto deve estar armazenado em locais cobertos e fe-
chados, dispostos sobre estrados de madeira, em pilhas de até vinte sacos.
Veremos a seguir os procedimentos que devem ser observados para assenta-
mento de azulejos, usando-se argamassa industrializada colante:
a) o emboço deve estar pronto há pelo menos dez dias, com os batentes das
portas e contramarcos das janelas já fixados;
b) fazer a limpeza da base, removendo-se poeira e qualquer tipo de resíduo
que possa interferir negativamente na aderência;
c) a fiada mestra deve ser definida a cerca de uma fiada de altura do piso;
d) após ser definida a linha da primeira fiada, inicia-se então o assentamento
das cerâmicas acima da sua marcação. A fiada abaixo da linha de marcação
da primeira fiada só será colocada após a conclusão do revestimento do piso;
5 REVESTIMENTOS
71

e) através da marcação de uma linha vertical, define-se a faixa de vertical de


peças a serem assentadas e que servirá de referência;
f) espalha-se então a argamassa colante com o auxílio de desempenadeira,
utilizando-se o seu lado liso em uma área de aproximadamente de 1m²;
g) passa-se o lado dentado da desempenadeira formando sulcos para facilitar
o assentamento e garantia da aderência;
h) fixar os elementos cerâmicos, exercendo pequena pressão contra eles, se-
guindo o alinhamento da fiada inferior;
i) com o auxílio dos espaçadores “+”, busca-se a uniformidade das espessu-
ras das juntas entre as peças cerâmicas;
j) com o cabo da colher de pedreiro ou com um martelo de borracha, vai-se
fazendo pequenas percussões nas peças a fim de uniformizar a distribuição
da argamassa colante em todo o tardoz;
k) proteger as quinas com cantoneiras de alumínio.
Chamamos a atenção que após preparada a argamassa colante, o seu tempo
limite de utilização é de duas horas.
De acordo com a disposição das juntas, podemos distingui-las em azulejos
com: juntas amarradas, juntas a prumo ou alinhadas, juntas dama, juntas escama
de peixe, juntas em diagonal.

Amarrada Dama Escama de peixe

Prumo ou alinhada Diagonal


Figura 52 – Tipos de juntas em assentamento cerâmico
Fonte: SENAI, 2013.

As espessuras das juntas variam de acordo com a dimensão das peças cerâmi-
cas: para peças de 15 cm x 15 cm, recomenda-se a espessura da junta de 1,5 mm
e para peças de 15 cm x 20 cm ou de 20 cm x 20 cm, é indicada a espessura da
junta com 2,0 mm.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
72

Figura 53 – Revestimento cerâmico


Fonte: Shutterstock, 2013.

CASOS E RELATOS

Pesquisar, comprar e armazenar corretamente.


Pedro e Cristina são recém-casados , e após pesquisarem em diversas casas
comerciais as peças cerâmicas que pretendiam usar nos revestimentos de
paredes dos sanitários e cozinha, finalmente encontraram os azulejos que
atendiam às suas exigências quanto à estética, qualidade e preço.
Tinham chegado à conclusão que era melhor fazer a opção de compra por um
produto que tivesse uma boa relação custo/benefício. Não queriam ter pre-
juízos com escolhas mal feitas nem tão pouco com desperdício de materiais.
Recomendaram, portanto, à equipe executora da obra que estocassem
bem aquele material seguindo as recomendações do fabricante - colocar o
material em local plano, nivelado, firme,
coberto, para que se protegessem as embalagens que contêm as placas, man-
tendo-as intactas. As pilhas de estocagem não poderiam ter mais de 2,0 m².
No dia seguinte, fizeram uma visita a sua obra e verificaram que as condi-
ções de armazenamento correspondiam às suas expectativas, o que signifi-
cava redução de desperdícios.
5 REVESTIMENTOS
73

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) fixa orientações e procedi-


mentos na execução de revestimentos. Citam-se, a seguir, alguns exemplos.
a) Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com
utilização de argamassa colante - Procedimento NBR13755 - Data 12/1996.
b) Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização
de argamassa colante - Procedimento NBR13754 - Data 12/1996.
c) Execução de piso com revestimento cerâmico NBR 9817 - NB1069 - Data
05/1987.
Dicas para melhorar a produtividade
Planos grandes de revestimento, sem interferências, favorecem a produtividade.

a) uma paginação que leve em conta princípios modulares di-


minui o número de peças cortadas;
b) uma base regular minimiza a necessidade de acerto geomé-
trico pela camada de assentamento;
c) é improdutivo ter de voltar para fazer pequenas áreas não
inicialmente liberadas ou ter de trabalhar fazendo pequenas
quantidades de cada vez;
d) os materiais (placas e argamassa colante) devem estar dis-
poníveis no local do trabalho, no momento e quantidade corretos;
e) devem ser previstos equipamentos adequados para o trans-
porte dos materiais;
f ) os cortes de placas devem ser feitos com ferramentas ad-
equadas e por operário treinado nesse tipo de operação;
g) cuidado para não danificar as caixas com placas;
h) o treinamento prévio dos operários, incluindo a discussão
sobre a paginação adotada, é fundamental para o bom anda-
mento do trabalho;
i) a verificação, correção e liberação de frentes de trabalho por
um encarregado evita a paralisação do serviço ou a necessi-
dade de retrabalho em área não adequada;
j) em particular, devem-se analisar, com cuidado, as interferên-
cias com os sistemas hidráulicos e elétricos e com a impermea-
bilização de ambientes internos.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
74

1
GRAFIATOS: Revestimento em pastilhas: as pastilhas são comercializadas em mosaicos,
coladas a uma folha de papel, para auxiliar na sua aplicação; podem ser de por-
É um tipo de pintura
texturizada acrílica. celana, de faiança, vidradas. São usadas em revestimentos internos e externos de
paredes, sobre emboço sarrafeado. As caixas contendo as pastilhas deverão ser
armazenadas em locais cobertos, secos, sobre estrados de madeira.
É cada vez mais comum o uso do assentamento das pastilhas utilizando-se a
argamassa industrializada através da argamassa adesiva mineral em pó, este ma-
terial é produzido com aditivos especiais, fabricado sob controle de qualidade, o
que traz inúmeros benefícios em relação à resistência, aderência e acabamento.
Depois de preparada a argamassa pré-fabricada, ela só poderá ser usada até o
prazo limite de três horas.

Figura 54 – Revestimento em pastilha


Fonte: Shutterstock, 2013.

Revestimento com pedras: revestimento bastante usado pelo seu aspecto


estético. Apresentado em placas de várias dimensões, em cores e texturas diver-
sas, garante ao ambiente requinte decorativo, alinhando beleza, durabilidade e
qualidade, além de economia pelo fato deste revestimento não necessitar de pin-
turas, texturas ou grafiatos1.
Os revestimentos de pedras naturais mais usados em paredes são os de: areni-
to, granito, ardósia, pedra mineira.
5 REVESTIMENTOS
75

Figura 55 – Revestimento com pedras naturais


Fonte: Shutterstock, 2013.

Revestimento em madeira: podem ser feitos com madeira maciça, placa de


compensado e aglomerado ou polpa de madeira prensada. Estes revestimentos
são usados em ambientes internos e externos, sendo que neste caso a madeira
deverá ter um tratamento hidrófugo para protegê-la da umidade. Os revestimen-
tos de madeira são muito estéticos e transmitem a sensação de aconchego e de
maior contato com a natureza. No entanto, pensando na preservação ecológica,
devemos estar sempre atentos para a aquisição de produtos de madeira retira-
das de áreas preservadas e autorizadas em áreas reflorestadas. As madeiras mais
utilizadas para serem usadas em revestimentos são: cumaru, ipê, freijó e itaúba.

Figura 56 – Revestimento em madeira


Fonte: SENAI, 2013.

Revestimento sintético: revestimento de material plástico ou vinílico apre-


senta algumas vantagens que são apreciadas na sua utilização:
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
76

a) apresenta satisfatório grau de dureza;


b) resiste bem à ação dos efeitos provocados pela atmosfera;
c) não é facilmente riscável, nem apresenta ocorrências de manchas;
d) são encontrados no mercado em variadas opções de modelos;
e) tem a sua fixação à sua superfície de forma simplificada através de colagem.
Tem como desvantagem a necessidade de se remover uma ou algumas placas
quando de um reparo elétrico ou hidráulico.

Figura 57 – Revestimento sintético


Fonte: Shutterstock, 2013.

Revestimento de papel: tem larga utilização por ser de baixo custo, de fácil
aplicação e bastante decorativo. São fornecidos pelo mercado em rolos de 50 cm
de largura x 20 m de comprimento. Sua aplicação é feita fixando-se este material
à superfície através de cola.

Figura 58 – Revestimento em papel de parede


Fonte: Shutterstock, 2013.
5 REVESTIMENTOS
77

Revestimento em fibras: são revestimentos naturais, bastante decorativos,


criam também um ambiente acolhedor. Apresentam uma grande variedade de
texturas, cores e padronagens. Deve ser aplicado em locais em que não haja umi-
dade. Sua aplicação é bem simples e se dá com auxílio de cola.

Figura 59 – Revestimento em fibras


Fonte: SENAI, 2013.

Funções: Os revestimentos conferem aos elementos estruturais (pilares, vigas,


lajes, etc.) ou de vedação proteção contra os efeitos nocivos do intemperismo,
provocados pelo sol, chuva, vento, variações de umidade, maresia, além de con-
ferir estanqueidade às superfícies onde foram aplicados.
Assim como nas demais etapas construtivas, também na execução de revestimen-
tosexistem fatores de riscos e perigos que podem levar o trabalhador a se acidentar.
Medidas preventivas podem e devem ser tomadas a fim de minimizar estas
possibilidades prejudiciais à integridade física do trabalhador.
Riscos de Acidentes: projeção de partículas nos olhos, queda de pessoas, ex-
posição à energia elétrica, queda de objetos, contato com materiais e ferramentas
perfurocortante .
Riscos à Saúde: ruído proveniente da esmerilhadeira.
Danos gerados pelos riscos de acidentes: lesão ocular, politraumatismos,
ferimentos, contusões, choque elétrico, queimaduras, parada cardiorrespiratória,
morte, cortes, amputações.
Danos gerados pelos riscos à saúde: perda auditiva, problemas respiratórios.
Medidas preventivas a serem adotadas no canteiro de obras: utilização de
sinalização de segurança, adequada utilização de ferramentas diversas, uso de
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
78

equipamentos de proteção contra quedas, manutenção de ordem e limpeza no


canteiro de obras, utilização de profissionais conhecedores das atividades a se-
rem desenvolvidas.
É importante evitar a presença ou circulação de pessoas não vinculadas ao ser-
viço em áreas com muito ruído, realizar manutenção preventiva de máquinas e
equipamentos, realizar exames audiométricos, ter cuidado com o asseio corporal
e com a limpeza da roupa utilizada no trabalho.
Na implantação de medidas preventivas, é sempre válido enfatizar a necessi-
dade de levar aos trabalhadores a conscientização dos cuidados que devem to-
mar durante as suas atividades laborais, com o emprego de Equipamentos de
Proteção coletiva - EPI’s, . É de se esperar que as empresas construtoras esgotem
todos os recursos preventivos através do uso sistemático dos Equipamentos de
Proteção Coletivos - EPC´S .
EPC: guarda-corpo rígido, proteção de aberturas internas, dutos de descarga;
EPI: calçado de segurança, capacete, óculos de segurança contra impacto,
luva de raspa, protetor auricular.
EPC’s e EPI’s (capacete, óculos de proteção, luvas de borracha, botas de couro)
Riscos Inerentes ao Serviço e Medidas Preventivas.
Na execução das etapas construtivas, alguns procedimentos são recomendá-
veis para que se consiga a qualidade desejada. Vamos tomar como exemplo algu-
mas indicações para assentamento de revestimentos cerâmicos:
a) verificar a limpeza do local de assentamento e a necessidade ou não de re-
gularização;
b) proceder ao umedecimento da superfície de assentamento antes da aplica-
ção da camada de argamassa colante;
c) controlar para que a peça cerâmica tenha contato total com a argamassa e
a superfície de assentamento;
d) para que a peça ao ser assentada tenha um contato perfeito com a argamas-
sa colante, é necessário que, através de uma ferramenta semelhante a um
martelo de borracha, sejam dados pequenos golpes para garantir a perfeita
aderência da peça;
e) considerar a espessura da camada de assentamento não superior a 5,0 mm;
f) utilizar uma desempenadeira de dentes a fim de criar sulcos na superfície
de assentamento.
5 REVESTIMENTOS
79

Figura 60 – Assentamento de revestimento cerâmico


Fonte: SENAI, 2013.

A verificação e aceitação dos serviços acontecem através do acompanhamen-


to destes trabalhos, buscando-se identificar não conformidades nos materiais en-
volvidos e/ou na execução dos serviços para a sua correção se necessário. Verifi-
ca-se se as juntas estão de acordo com o especificado, se as peças cerâmicas estão
bem aderentes à superfície de fixação, se as peças formam no seu conjunto uma
superfície plana e regular. Uma vez que esta etapa construtiva tenha atendido às
diretrizes do projeto específico em consonância com as normas da ABNT, pode-se
então dar como concluído e aceito estes serviço.

RECAPITULANDO

Neste capítulo, tratamos sobre os revestimentos, sua conceituação, funções


e classificações. Deu-se ênfase aos revestimentos de fachadas e paredes em
construções residenciais, no entanto não deixou de citar a ocorrência de
revestimentos específicos em ambientes especiais, como: áreas industriais,
comerciais, químicas, hospitalares e navais. Em seguida, abordamos os ti-
pos de revestimentos quanto ao material constituinte: argamassa, cerâmi-
cos, pedra, madeira, sintéticos, de papel, de fibra.
Em seguida, falamos então das suas propriedades, funções, técnicas de
aplicação, equipamentos, ferramentas e acessórios utilizados para o assen-
tamento, espessura de juntas, dimensões das peças, elementos de fixação,
vantagens de utilização.
Abordamos ainda aspectos relativos a riscos de acidentes e danos gerados
pelos acidentes e as medidas preventivas possíveis de serem implementadas.
Coberturas

Desde os tempos mais remotos, ou seja, nos primórdios da civilização, o homem busca se
abrigar das intempéries, como: o frio, a chuva, o sol, a neve, o vento, os raios, etc. Para bem
atender as suas finalidades, as coberturas têm a função de proteger as edificações e os seus
usuários das ações dos agentes agressivos da natureza e, através das suas propriedades isolan-
tes, possibilitar o conforto térmico e acústico.
A cobertura selecionada para atender aos usuários, deverá apresentar:
a) resistência mecânica do seu conjunto;
b) impermeabilidade;
c) durabilidade;
d) praticidade de colocação;
e) plasticidade suficiente para suportar as dilatações e contrações;
f) secagem rápida;
g) facilidade de manutenção;
h) bom escoamento.
A cobertura de uma obra divide-se em dois aspectos principais: uma constituída de vigas e
peças diversas metálicas ou de madeira (tesoura) que chamamos de estrutura, que tem a fun-
ção de suportar as cargas da cobertura e de outros esforços que agem sobre ela.
O outro aspecto a ser ressaltado é a cobertura, apoiada sobre a estrutura e cujas funções já
citamos acima.

Domos são peças de fiberglass, policarbonato ou acrílicos em forma


VOCÊ de abóboda, redonda, quadrada ou retangular, transparentes, têm
SABIA? por função permitir a passagem de luz e ventilação naturais através
da cobertura.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
82

Figura 61 – Domo
Fonte: SENAI, 2013.

Tesoura – esta estrutura é formada por diversas peças formando um conjunto


treliçado, com a função de sustentar a cobertura. Estaremos a seguir abordando
cada uma destas peças, com a sua função específica dentro do conjunto:
a) linha – peça de alinhamento que recebe a transferência de todas as cargas
recebidas pelas demais peças da tesoura;
b) perna ou empena – peça colocada em diagonal dá a inclinação da estrutura,
apoia as terças do telhado;
c) pendural – elemento vertical da tesoura, apoia a cumeeira do telhado;
d) montante – elemento vertical, apoia as pernas da tesoura;
e) diagonal ou escora – elemento em diagonal, também responsável pela dis-
tribuição de cargas do telhado.

Pendural

Empena

Diagonal

Apoio Linha

Figura 62 – Tesoura de uma cobertura


Fonte: SENAI, 2013.
6 COBERTURAS
83

As Sambladuras são os diferentes tipos de ligações ou fi-


SAIBA xações entre as diversas peças de uma tesoura. Saiba mais
MAIS sobre este assunto pesquisando no livro Técnicas e Práticas
Construtivas de Julio Salgado, Editora: Erica.

Em um telhado completo de madeira encontraremos diversos elementos que


fazem parte deste conjunto e que estaremos tratando individualmente a seguir:
a) ripas – elementos de madeira fixados perpendicularmente sobre os caibros
e paralelamente às terças, têm a função de apoiar as telhas cerâmicas;
b) terças – peças de madeira, posicionadas horizontalmente, se apoiam sobre
as pernas da tesoura, ou sobre pontaletes, ou ainda em alvenarias, servindo
de apoio para os caibros em coberturas com telhas cerâmicas;
c) caibros – peças de madeira acompanham a inclinação do telhado, são fixa-
dos nas terças, apoiando as ripas;
d) terça de cumeeira – terça fixada no encontro das empenas (pernas) com o
pendural central, localizado na parte superior do telhado;
e) frechal – viga de madeira que acompanha todo o respaldo das paredes ao
longo do telhado, tem a função de distribuir as cargas transferidas pela te-
soura ou por outros elementos de sustentação. É também denominado de
frechal a terça do extremo inferior do telhado;
f) chapuz – peça de madeira usada como calço para dar apoio na fixação da terça;

12.Cumeeira 9.Ripa
8.Caibro
11.Telha

10.Beiral 7.Terça

5.Diagonal 6.Chafuz

2.Linha 3.Pendural
1.Apoio 4.Empena

Figura 63 – Elementos de um telhado


Fonte: SENAI, 2013.

g) água – cada uma das superfícies planas e inclinadas que definem a inclina-
ção de um telhado. Os telhados podem ser de uma água, duas águas, três
águas ou diversas águas;
h) mão francesa – peça inclinada com a função de sustentar (travar) uma estru-
tura ou parte dela;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
84

1
ACHAS: i) cumeeira – linha delimitada pelo encontro entre os dois planos inclinados ou
águas, na parte mais alta do telhado;
S.f. Pedaço de madeira tosca
para o lume, tora de lenha, j) beiral – elemento do telhado que ultrapassa o alinhamento das paredes;
cavaca: as achas de uma
fogueira. k) rincão – aresta gerada pelo encontro formado entre duas “águas”, produzin-
do um ângulo reentrante, sendo, portanto, um captador de águas;
l) espigão – aresta gerada pelo encontro entre duas “águas”, produzindo um
ângulo saliente, sendo, portanto, um divisor de águas;
m) rufo - peça de madeira, metal, concreto, etc., que protege a área de encon-
tro do telhado com a parede evitando infiltração de água;
n) fiada – linha de telhas na posição horizontal.

Água

ral
Bei Beiral

eira o
e Ruf
Esp Cum Águ
a
igã
o
Be da
ira Fia Rinc
ão
l

Figura 64 – Nomenclatura dos planos do telhado


Fonte: SENAI, 2013.

Ao se executar uma estrutura de telhado, que servirá de


FIQUE suporte para a cobertura, alguns riscos acompanharão es-
tas atividades com possibilidades de causar danos. Como
ALERTA por exemplo, o ruído decorrente da utilização de máqui-
nas e equipamentos que pode levar a perda auditiva.

Diferentes são os tipos de coberturas usadas nas edificações. Elas podem ser
usadas em prédios comerciais, residenciais, industriais, hospitalares etc., e o tipo
escolhido fica a critério do construtor. Abaixo, citam-se alguns deles.
6 COBERTURAS
85

Quanto ao Material Empregado


Madeira: muito utilizada em regiões ricas de florestas. Pode ser aplicada sob a
forma de lâminas e de achas1.

Figura 65 – Coberturas
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Ardósia: apresenta-se, geralmente, em forma de lâminas. Tem a propriedade


de ser incombustível, má condutora de calor e bastante durável. Quanto à estéti-
ca, o seu conjunto é harmonioso e de rara beleza.

Figura 66 – Cobertura em ardósia


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Material fibroso: telhas produzidas com cimento e amianto. Apresentam-se


sob a forma de chapas onduladas, tem como principais propriedades a durabili-
dade, a resistência mecânica, a incombustibilidade, a impermeabilidade.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
86

Na sua estrutura de sustentação, não será necessário o ripamento (utilização


de ripas), pois as telhas são fixadas em terças (elemento de sustentação do telha-
do) nas suas extremidades.
São comercializadas apresentando diversas opções em relação às suas dimen-
sões, o que lhe permite com relativa facilidade e rapidez a execução de cobertu-
ras de diferentes tamanhos.
Na execução desta cobertura, alguns cuidados devem ser observados:
a) a fixação de telhas de pouca espessura deve ser reforçada. Quando utilizada
em áreas maiores como galpões, podem sofrer danos pela ação dos ventos;
b) durante a furação das telhas para introdução dos elementos de fixação, es-
tes locais podem ser agentes de infiltração de água de chuva, sendo reco-
mendável que se faça a calafetagem destes furos;
c) verificar periodicamente a integridade da cobertura, que podem ser preju-
dicadas pela movimentação da estrutura e pela ação dos ventos.

Figura 67 – Cobertura com material fibroso


Fonte: SENAI, 2013.

Material metálico: telhas produzidas utilizando o zinco, o aço e, principal-


mente, alumínio. Tem a possibilidade devido as grandes dimensões de suas te-
lhas vencerem grandes vãos. Apresentam-se sob a forma de chapas onduladas ou
trapezoidais, tendo como principais propriedades a leveza, diminuindo o custo
da sua estrutura de sustentação e a condução do calor.
Cuidados a serem observados na execução de estrutura metálica de uma co-
bertura:
a) a fim de aumentar a sua durabilidade, aplicar tratamento anticorrosivo e
pintura de acabamento;
b) fazer tratamento adequado ao primeiro aparecimento de ferrugem na es-
trutura;
6 COBERTURAS
87

c) as soldas devem estar perfeitas, não apresentando sinais de desgaste.

Figura 68 – Cobertura com material metálico


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Material cerâmico: telhas produzidas a partir da argila e depois cozidas a altas


temperaturas. São encontradas no mercado sob variadas formas e cores, apresen-
tam como propriedades resistência aos efeitos da intempérie, impermeabilidade,
pouca condução de calor. A sua estrutura de sustentação requer a utilização de
ripas, ripões e terças.
A cobertura realizada com telhas cerâmicas tem como procedimento de exe-
cução a colocação destas peças no telhado, de baixo para cima, a partir do beiral.
Na última fiada, na interseção entre dois planos do telhado, é feito o “acabamen-
to” deste encontro com uma fiada de telhas (cumeeira), assentada com argamas-
sa de cimento, cal, areia.

Figura 69 – Cobertura com material cerâmico


Fonte: DREAMSTIME, 2013.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
88

CASOS E RELATOS

Bom senso prevalece.


O casal Pedro e Cristina vem acompanhando todas as etapas construtivas
da edificação da sua casa. Tem, junto com a equipe executora da obra e
com a projetista, participado das discussões e amadurecido decisões que
dependam deles.
Nesta etapa de cobertura, vem acontecendo um impasse, enquanto Pedro
deseja que a cobertura seja executada com telhas cerâmicas apoiadas em
estrutura de madeira, Cristina prefere que a cobertura seja feita com telhas
de cimento amianto. Como os dois estavam irredutíveis nas suas escolhas,
resolveram então através de uma reunião, com exposição individual de
motivos, chegarem a um consenso que satisfizesse a ambos.
O bom senso prevaleceu e optaram então pela cobertura com telhas cerâmi-
cas, em razão de apresentar maior conforto térmico para regiões litorâneas,
além de esteticamente valorizarem bastante o aspecto visual do imóvel.

Policarbonato: esta cobertura utilizando este tipo de material vem sendo


bastante utilizado pela sua praticidade, transparência à luminosidade, leveza – é
80% mais leve que o vidro e cerca de duzentas vezes mais resistente.
A sua versatilidade permite que a cobertura seja adequada à estética do am-
biente, e dessa maneira podemos ter as coberturas de policarbonato em:
a) arco;
b) duas águas;
c) quatro águas;
d) tipo túnel;
e) formas retas;
f) formas curvas;
g) formas semicurvas ;
h) tipo pirâmide;
i) tipo toldo;
j) vidro laminado;
6 COBERTURAS
89

Figura 70 – Cobertura em policarbonato de duas águas


Fonte: SENAI, 2013.

As estruturas suportes das placas de policarbonato são confeccionadas uti-


lizando-se aço galvanizado a fogo ou alumínio. São inúmeros os locais em que
se usam as coberturas de policarbonato. Citaremos a seguir algumas das várias
aplicações desta cobertura:
a) para jardins de inverno;
b) para piscinas;
c) tipo túneis para passarelas, condomínios, hotéis;
d) tipo semicurva para frente de lojas, corredores;
e) para garagem;
f) para áreas de serviços;
g) para galpões industriais;
h) para estacionamentos;
i) para entrada de condomínios;
j) para churrasqueiras.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
90

Figura 71 – Cobertura em policarbonato em churrasqueira


Fonte: SENAI, 2013.

Concreto: neste tipo de cobertura, as telhas são fabricadas com traço especial
de concreto leve, o que possibilita que tenhamos um peso de 50 kg/m² e uma área
de cobertura de aproximadamente onze telhas por metro quadrado. Estas peças
são fornecidas em várias cores e apresentam alta resistência, acima de 300 kg.

Figura 72 – Cobertura com telha de concreto


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Material plástico: as coberturas que utilizam telhas plásticas têm como carac-
terística a leveza destas peças de aproximadamente 6 kg/m², o que termina por
reduzir o peso e, consequentemente, o custo da sua estrutura de suporte. A sua
fixação se dá através de abraçadeiras especiais de nylon, o que evita o seu des-
locamento durante ocorrências de vento forte. A inclusão de aditivos antirraios
ultravioleta auxilia no combate da radiação solar.
6 COBERTURAS
91

Figura 73 – Cobertura com telhas plásticas


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT fixa regras e diretrizes para


controle dos materiais envolvidos na cobertura, bem como na execução dos te-
lhados.
Citam-se, a seguir, algumas normas voltadas especificamente para o estudo e
desenvolvimento desta etapa construtiva:
- ABNT NBR 15575:2013 apresentam disposições aplicáveis às edificações resi-
denciais de até cinco pavimentos, abrangendo o sistema de coberturas.
- ABNT NBR 7581-2:2012, Telha de Fibrocimento – Verificação de Permeabili-
dade.
- ABNT NBR 5643:2012, Telha de Fibrocimento - Verificação de Resistência à
Cargas Uniformemente Distribuídas.
- ABNT NBR 13.858-1:2009 – Telhas de Concreto – Parte 1: Projeto e Execução
de Telhados.
- ABNT NBR 13.858-2:2009 - Telhas de Concreto – Parte 2: Requisitos e métodos
de ensaio.
NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES
ÚLTIMA
NORMA CÓDIGO
ATUALIZAÇÃO
Alumínio e suas ligas - Chapas corrugadas (telhas) NBR14331 06/1999
NBR5720
Coberturas 02/1982
NB344
NBR5639
Emprego de chapas estruturais de cimento - amianto 12/1997
NB554
NBR7196
Folha de telha ondulada de fibrocimento 06/1983
NB94
Membrana acrílica com armadura para impermeabilização NBR13321 03/1995
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
92

NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES


ÚLTIMA
NORMA CÓDIGO
ATUALIZAÇÃO
Parafusos, ganchos e pinos usados para fixação de telhas de fibro- NBR8055
09/1985
cimento - Dimensões e tipos PB994
Peças complementares para telhas onduladas de fibrocimento - NBR9066
09/1985
Funções, tipos e dimensões PB1169
NBR7190
Projeto de estruturas de madeira 08/1997
NB11
NBR8039
Projeto e execução de telhados com telhas cerâmicas tipo francesa 06/1983
NB792
NBR8947
Telha cerâmica - Determinação da massa e da absorção de água 07/1985
MB2132
NBR8948
Telha cerâmica - Verificação da impermeabilidade 07/1985
MB2133
NBR9601
Telha cerâmica de capa e canal 09/1986
EB1701
NBR9600
Telha cerâmica de capa e canal tipo colonial - Dimensões 09/1986
PB1247
NBR9568
Telha cerâmica de capa e canal tipo paulista - Dimensões 09/1986
PB1245
NBR9599
Telha cerâmica de capa e canal tipo plan - Dimensões 09/1986
PB1246
NBR7172
Telha cerâmica, tipo francesa 03/1997
EB21
Telha cerâmica, tipo francesa - Determinação da carga de ruptura NBR6462
03/1997
à flexão MB54
NBR8038
Telha cerâmica, tipo francesa - Forma e dimensões 03/1997
PB1013
Telha cerâmica, tipo romana NBR13582 02/1996
NBR6470
Telha de fibrocimento - Determinação da absorção de água 09/1993
NB236
NBR6468
Telha de fibrocimento - Determinação da carga de ruptura à flexão 09/1993
MB234
NBR5642
Telha de fibrocimento - Verificação da impermeabilidade 11/1993
MB1089
Telha de fibrocimento - Verificação da resistência a cargas unifor- MBR5643
03/1983
memente distribuídas MB1090
Telha de fibrocimento, tipo canal NBR12825 04/1983
Telha de fibrocimento, tipo pequenas ondas NBR12800 01/1993
NBR5640
Telha estrutural de fibrocimento 031995
EB305
NBR7581
Telha ondulada de fibrocimento 02/1993
EB93
Telhas de concreto - Parte 1: Projeto e execução de telhados NBR13858-1 04/1997
Telhas de concreto - Parte 2: Requisitos e métodos de ensaio NBR13858-2 04/1997
6 COBERTURAS
93

Quadro 2 – Normas técnicas pertinentes


Fonte: SENAI, 2013.

Ferramentas e acessórios utilizados (no assentamento de uma cobertura):


a) trenas de aço de 5m e 30m;
b) lápis de carpinteiro;
c) martelo;
d) serrote;
e) linha de náilon;
f) nível de bolha de 30 cm;
g) mangueira de nível ou aparelho nível a laser;
h) guincho;
i) esquadro metálico de carpinteiro;
j) serra elétrica portátil.
Como é do nosso conhecimento, um canteiro de obras é um local onde acon-
tecem diversos tipos de acidentes pelo fato de existirem inúmeros fatores de ris-
cos inerentes aos serviços ali desenvolvidos. Para minimizar estas ocorrências, é
necessário que medidas preventivas sejam adotadas. Citamos, a seguir, perigos e
fatores de riscos inerentes à etapa cobertura.
Riscos
Queda de pessoas, queda de objetos, golpes no manuseio e utilização de fer-
ramentas.
Danos gerados por estes riscos
Politraumatismos, ferimentos, contusões e mortes.
Medidas preventivas
Utilização de sinalização de segurança, adequada utilização de ferramentas
diversas, uso de equipamentos de proteção contra quedas, manutenção de or-
dem e limpeza no canteiro de obras, utilização de profissionais conhecedores das
atividades a serem desenvolvidas.
Na implantação de medidas preventivas, é sempre válido enfatizar a neces-
sidade de levar aos trabalhadores a conscientização dos cuidados que devem
tomar durante as suas atividades laborais. É imprescindível o emprego de Equi-
pamentos de Proteção coletiva - EPC’s e o uso de Equipamentos de Proteção In-
dividual - EPI’s .
EPC: Guarda-corpo rígido, cabo guia trava-quedas, sistema de combate a in-
cêndios, barreiras de proteção, duto de descarga.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
94

Figura 74 – Equipamentos de proteção coletivo


Fonte: SENAI, 2013.

EPI: calçado de segurança, capacete, cinto de segurança paraquedista, óculos


de segurança contra impacto, luva de raspa, protetor auricular.

Figura 75 – Equipamentos de proteção Individual


Fonte: SENAI, 2013.

A verificação e aceitação dos serviços acontecem através do acompanhamen-


to destes trabalhos buscando-se identificar não conformidades nos materiais en-
volvidos e/ou na execução dos serviços para a sua correção, se necessário. Uma
vez que esta etapa construtiva tenha atendido às diretrizes do projeto específico
em consonância com as normas da ABNT, pode-se então dar como concluído e
aceito estes serviços.
6 COBERTURAS
95

RECAPITULANDO

Neste capítulo, abordamos as funções das coberturas, suas propriedades,


os critérios determinantes para sua escolha. Tratamos da divisão da cober-
tura em sua estrutura de apoio e a parte superior que se apoia na estrutura,
chamada de cobertura.
Em seguida, falamos sobre a estrutura chamada de tesoura, definindo cada
uma das peças que fazem parte da sua composição: linha perna ou empe-
na, pendural, montante, diagonal ou escora; falamos do telhado de madei-
ra e das suas peças: ripas, terças, caibros, terça de cumeeira, frechal, chapuz
ou calço, água, mão francesa, cumeeira, beiral, rincão, espigão, rufo, fiada,
definindo cada um destes elementos.
Citamos ainda os diversos tipos de cobertura quanto ao material emprega-
do: madeira, ardósia, material fibroso, material metálico, material cerâmico,
policarbonato, concreto, material plástico.
Fizemos referência à várias normas da ABNT que são aplicáveis ao sistema
de cobertura, citamos também ferramentas e acessórios utilizados no as-
sentamento de uma cobertura e aos riscos e danos gerados pelas ativida-
des desempenhadas na execução de uma cobertura, bem como medidas
preventivas para minimizar ocorrências de acidentes.
Impermeabilização

A impermeabilização é um processo que se executa há muito tempo. Os romanos e os incas


já empregavam a técnica da impermeabilização em saunas e aquedutos através da aplicação
da albumina (clara de ovo, sangue, óleos, etc.).
A impermeabilização é o procedimento adotado para se evitar a ação danosa da água na
construção, através de infiltrações, utilizando-se para isto da proteção de um sistema de reves-
timento que permita a estanqueidade dos elementos fluídicos.
Entende-se por estanqueidade a propriedade que confere a impermeabilização, que impe-
de a passagem de elementos fluídos.
O ideal é que durante a obra seja feita a impermeabilização em locais sabidamente mais atin-
gíveis e que já deverão ser alvo de projeto, já com os materiais a serem aplicados especificados.
Ao fazer-se a impermeabilização, evita-se as consequências resultantes da infiltração dos
efluentes líquidos, como: eflorescências, manchas, bolores, oxidação das armaduras. Podemos
dizer que a impermeabilização é aliada da saúde pública, uma vez que ao evitar que ocorra a
infiltração mantém os ambientes saudáveis.
Eflorescências são deteriorações que surgem quando os sais solúveis existentes nas estru-
turas são alcançados pela água infiltrada oriunda das paredes, fazendo surgir manchas, bolhas,
descolamento ou perda da cor da pintura. Nas paredes, têm o aspecto de uma mistura branca,
nas estruturas, por diversas vezes, chegam a formar estalactites.

VOCÊ Você sabia que as primeiras notícias da utilização de materiais imper-


SABIA? meabilizantes foram utilizados em terraços desde 3.000 a.C?

Existem algumas situações recorrentes de infiltração de água nas construções e que devem
ser tratadas com a impermeabilização adequada ao caso, evitando-se comprometimentos fu-
turos, tanto em relação à estética quanto à deterioração dos elementos constituintes das estru-
turas edificadas. As ocorrências mais comuns decorrentes da falta de impermeabilização são:
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
98

a) concentração de umidade nas estruturas em contato com o terreno;


b) umidade nas paredes, nas áreas próximas ao piso;

Figura 76 – Umidade na parede


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

c) penetração de água na laje;


d) fuga de água em piscinas;
e) fuga de água em caixas d’água;
f) presença de umidade em piso.
A executante de uma impermeabilização deve estar munida de todas as infor-
mações possíveis para auxiliar esta atividade tão importante, garantindo assim
que os serviços sigam o que prevê as normas técnicas específicas. Desta forma,
deverão fazer parte do acervo informativo:
a) desenhos com detalhes relevantes;
b) memorial descritivo;
c) especificação de materiais empregados;
d) descrição dos serviços a realizar.
7 IMPERMEABILIZAÇÃO
99

Projeto de Impermeabilização - NBR 9575:2010

Projeto Básico Projeto Executivo


Plantas de localização e
Desenhos das soluções
identificação das
adotadas
impermeabilizações

Desenhos dos detalhes Textos descritivos dos


construtivos do projeto procedimentos de execução e
arquitetônico de segurança no trabalho

planilhas com descrição dos


Memorial descritivo de todos os
ensaios dos materiais e de
tipos de impermeabilização
quantitativos de materiais e
escolhidos
serviços

Quadro 3 – Projeto de impermeabilização


Fonte: SENAI, 2013.

Na execução da impermeabilização, cuidados preliminares devem ser toma-


dos na superfície de aplicação. Alguns cuidados estão descritos abaixo.
a) Preenchimento com argamassa de cimento e areia no traço de 1:3, nas de-
pressões encontradas na superfície;
b) recuperação de trincas e fissuras;
c) manter a superfície convenientemente seca;
d) arredondar cantos e arestas vivos;
e) manter a superfície livre de poeira, óleos ou graxas;
f) manter a superfície livre de restos de materiais como pontas de ferro, ma-
deiras, etc.;
g) assegurar caimento mínimo de 1% das águas a serem escoadas em direção
ao ralo;
h) proibição de trânsito de pessoas, matérias que nada tenham a ver com os
serviços de impermeabilização.
Após a execução da impermeabilização é recomendável fazer um teste com
lâmina de água durante 72 horas, para verificar-se a estanqueidade das superfí-
cies impermeabilizadas.
Existem diversos sistemas de impermeabilização, a escolha adequada deverá
levar em conta fatores como dimensões da obra, interferências no local, forma da
estrutura, vida útil, custo envolvido.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
100

Listamos, a seguir, alguns dos sistemas impermeabilizantes mais usados, com


suas características, propriedades, aplicações:

7.1 SISTEMAS RÍGIDOS

São aditivos que são adicionados aos concretos e às argamassas utilizadas


para revestimento e assentamento dos elementos constituintes da alvenaria; têm
a função de agir no sistema capilar, anulando a percolação de água. O seu con-
sumo varia segundo seja misturado ao concreto ou argamassa; nas argamassas,
geralmente, utilizam-se 2 litros de aditivo por 50 kg de aglomerantes, misturados
em argamassa 1:3 de cimento e areia, em volume.
Quando a adição do impermeabilizante é feita no concreto, toma-se por refe-
rência 1% de volume de aditivo em relação ao peso do cimento, com a condição
do consumo não ser menor que 300 kg/m³. Este tipo de impermeabilização atra-
vés do acréscimo de aditivos é geralmente mais usado em argamassas, concretos,
revestimentos, vigas baldrames, revestimentos de reservatórios de água e pisci-
nas, além de ser usado também na impermeabilização de túneis e subsolos.
60 cm

pintura com Lastro impermeabilizado


Neutral ou ou argamassa
similar
10 a 15 cm

Figura 77 – Sistema rígido


Fonte: SENAI, 2013.
7 IMPERMEABILIZAÇÃO
101

CASOS E RELATOS

A importância da impermeabilização.
Seu João é um comerciante, proprietário de dois supermercados de bairro.
Depois de muita luta e economias, ele construiu a sua casa própria. Contra-
tou os serviços de uma equipe de obras liderados por um mestre de obras.
A fundação adotada foi a sapata corrida de concreto armado. Após a sua
execução e antes de levantar a alvenaria de blocos, o mestre de obras lhe
alertou que o impermeabilizante solicitado para aplicar na estrutura e nos
primeiras fiadas da alvenaria não havia chegado.
Seu João, alegando já estar com muitos gastos, não admitiu comprar este
material, apesar da insistência do mestre de obras. O técnico em edifica-
ções consultado por seu João lhe alertou que ele poderia vir a ter sérios
problemas de umidade na estrutura e nas paredes.
As previsões do mestre de obras e do técnico em edificações se confirma-
ram e o seu João teve que fazer uma impermeabilização para combater a
infiltração nas paredes. Teve mais gastos e aborrecimentos do que se tives-
se feito no momento adequado. Aprendeu que em uma obra a imperme-
abilização protege estruturas e alvenarias de infiltrações que são bastante
danosas à sua conservação.

7.2 SISTEMAS SEMIFLEXÍVEIS

São impermeabilizantes formados por produtos bicomponentes com proprie-


dades que lhes conferem flexibilidade e possuem a condição de dilatar-se, per-
mitindo, dessa forma, que possam trabalhar com a estrutura, sendo capazes de
absorver movimentações de pequena monta e acomodações. Resistem bem às
pressões hidrostáticas positivas – pressões atuantes no sentido do interior para o
exterior da estrutura,e negativas – pressões atuantes no sentido do exterior para
o interior da estrutura.
Na aplicação de um sistema de impermeabilização, o executante deverá se-
guir o projeto específico desta etapa construtiva e as instruções passo a passo
para a realização com qualidade destes serviços. De maneira geral, com poucas
variações, listamos, a seguir, procedimentos básicos:
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
102

a) cantos e arestas devem ter acabamentos arredondados;


b) a superfície de aplicação não deve conter graxa, pó, óleo, nata de cimento
ou quaisquer restos de partículas, ou seja, o substrato deve estar limpo, para
facilitar o processo de aderência;
c) durante a aplicação do produto impermeabilizante em superfícies horizon-
tais, devem-se usar vassouras de pelo, e nas verticais recomenda-se a utiliza-
ção de brocha ou trincha de náilon;
d) a aplicação do produto na primeira demão deve acontecer em superfície
úmida. Já em relação à segunda demão e posteriores só devem acontecer
quando a superfície estiver seca.
Este sistema é mais usualmente aplicado na impermeabilização de fundações,
vigas baldrames, pisos e paredes de banheiros, argamassa, pequenas lajes e ter-
raços, reservatórios de água potável e piscinas.

Figura 78 – Impermeabilização de piscina


Fonte: SENAI, 2013.

A vida útil dos sistemas de impermeabilização depende de


SAIBA vários fatores, como local da sua aplicação, do tipo da obra,
da presença ou não de proteção mecânica e térmica. Saiba
MAIS mais sobre este assunto pesquisando no livro A técnica de
Edificar, de WalidYazigi, editora: PINI.

Sistemas Flexíveis
Tem na sua constituição a adição de polímeros e elastômeros, entre outros
materiais, conferindo ao produto propriedades elásticas que lhe permitem tra-
balhar com a estrutura uma vez que tem a capacidade de absorver significativas
movimentações. Fazem parte deste sistema as emulsões e as mantas.
7 IMPERMEABILIZAÇÃO
103

As emulsões são constituídas de elastômeros sintéticos e betumes emulsiona-


dos ou de base acrílica. Durante a sua aplicação, seja através de processo a quente
ou a frio, desenvolvem uma película impermeabilizante, com propriedades elásti-
cas, com alto grau de aderência ao substrato. No entanto, este produto tem uma
restrição a ser considerada: por apresentar betume na sua constituição, não pode
ficar exposto ao tempo pelo fato de ter baixa resistência aos raios ultravioleta.
Faz-se necessária uma proteção mecânica através de uma argamassa de cimen-
to: areia no traço 1:3, para revestir a emulsão aplicada. Listamos, a seguir, alguns cui-
dados e procedimentos básicos na execução de impermeabilização com emulsões:
a) acabamentos arredondados para cantos e arestas;
b) retirada da superfície de aplicação de graxa, pó, óleo, nata de cimento ou
quaisquer restos de partículas. O substrato deve estar limpo para facilitar o
processo de aderência;
c) utiliza-se na sua aplicação: brocha, trincha, rolo ou vassourão;
d) alguns produtos oferecidos pelo mercado já possibilitam o uso imediato,
enquanto outros precisam ser aquecidos antes da sua aplicação.

Figura 79 – Impermeabilização com emulsões


Fonte: SENAI, 2013.

As mantas, devido ao seu eficiente desempenho, principalmente no tratamento


impermeabilizante de lajes e coberturas, têm sido cada vez mais utilizadas. As mantas
asfálticas têm a sua comercialização através de rolos com variáveis espessuras, sele-
cionadas de acordo com a finalidade específica. Na atividade impermeabilizante com
este produto, é importante considerar-se os seguintes cuidados e procedimentos:
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
104

a) manter regularizada a superfície de aplicação;


b) cantos e arestas devem ser arredondados;
c) eliminar todo resíduo de graxa, pó, óleo, nata de cimento ou quaisquer res-
tos de partículas;
d) a superfície que receberá a imprimação ou pintura de aderência deverá es-
tar seca;
e) cuidados especiais devem ser tomados com a impermeabilização dos locais
onde ficam os ralos e passagens de tubulações. Atenção também nas emen-
das das mantas, pois estes três agentes costumam gerar problemas na im-
permeabilização;
f) assim como as emulsões, as mantas têm baixa resistência à ação dos raios
ultravioleta, sendo, por isto, necessária uma proteção mecânica através de
uma argamassa de cimento: areia no traço 1:3 para revestir a manta aplicada.
g) este sistema é mais usualmente aplicado na impermeabilização de banhei-
ros, nas lajes e terraços, reservatórios de água potável, piscinas, caixasd’água.

Figura 80 – Impermeabilização de laje com manta asfáltica


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.
7 IMPERMEABILIZAÇÃO
105

Os projetos, memoriais descritivos e especificações de materiais para a exe-


cução de impermeabilização deverão estar de acordo com o que prescrevem as
normas técnicas. Citaremos a seguir algumas delas:

CÓDIGO TÍTULO DATA STATUS

ABNT NBR
Impermeabilização - Seleção e projeto 17/09/2010 Em Vigor
9575:2010
ABNT NBR
Asfalto elastomérico para impermeabilização 18/05/2009 Em Vigor
13121:2009
ABNT NBR
Execução de impermeabilização - procedimento 01/12/2008 Em Vigor
9574:2008
ABNT NBR Impermeabilização - mantas de cloreto de polivilina
10/12/2007 Em Vigor
9690:2007 (PVC)

ABNT NBR Membrana elastomérica de policloropreno e polietileno


21/05/2007 Em Vigor
9396:2007 clorossulfonado em solução para impermeabilização
ABNT NBR Manta asfáltica para impermeabilização – requisitos e
09/04/2007 Em Vigor
9952:2007 métodos de ensaio

ABNT NBR Solução e emulsão asfálticas empregadas como mate-


18/09/2006 Em Vigor
9686:2006 rial de imprimação na impermeabilização

ABNT NBR Asfaltos modificados para impermeabilização sem


30/10/2002 Em Vigor
9910:2002 adição de polímeros - Características de desempenho

ABNT NBR
11905:1992 Sistema de impermeabilização composto por cimento
30/04/1992 Em Vigor
Versão Corrigi- impermeabilizante e polímeros - Especificação
da:1995
ABNT NBR
9229:1986 Versão Mantas de butil para impermeabilização - Especificação 30/01/1986 Em Vigor
Corrigida:1988
Quadro 4 – Status de algumas normas
Fonte: SENAI,2013.

Durante o processo de execução de impermeabilização,


em alguns casos, como, por exemplo, na aplicação de
FIQUE mantas asfálticas, é necessário o emprego de maçaricos
(alimentados por botijão de gás) para execução das emen-
ALERTA das ou trespasse entre as mantas, o que gera consideráveis
fatores de risco, exigindo que sejam obedecidos todos os
procedimentos de segurança.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
106

Figura 81 – Utilização de maçarico


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Existem, durante a execução dos serviços de impermeabilização, fatores de


riscos e perigos que podem provocar acidentes e ameaças à saúde do trabalha-
dor. Medidas preventivas podem e devem ser tomadas a fim de minimizar estas
ocorrências. Analisemos, por exemplo, os fatores de riscos, perigos e medidas
preventivas a serem tomadas utilizando-se mantas asfálticas em lajes expostas.
Riscos de Acidentes – queda de pessoas, queda de objetos, golpes no manu-
seio com ferramentas manuais, incêndio.
Riscos à Saúde – contato com temperatura extrema, manuseio de impermea-
bilizantes, posturas inadequadas.
Danos gerados pelos riscos de acidentes – politraumatismos, ferimentos,
contusões, fraturas, queimaduras, asfixia, morte.
Danos gerados pelos riscos à saúde – queimaduras, dermatoses, problemas
respiratórios, intoxicações, fadiga, lesões nos membros superiores, lesões da coluna.
Medidas preventivas a serem adotadas no canteiro de obras – utilização
de sinalização de segurança, adequada utilização de ferramentas diversas, ma-
nutenção de ordem e limpeza no canteiro de obras, utilização de profissionais
conhecedores das atividades a serem desenvolvidas, treinamento para manuseio
de material de acordo com as normas de segurança.
Na implantação de medidas preventivas, é sempre válido enfatizar a necessi-
dade de levar aos trabalhadores a conscientização dos cuidados que devem to-
mar durante as suas atividades laborais, como o emprego de Equipamentos de
Proteção coletiva - EPI’s. É de se esperar que as empresas construtoras esgotem
todos os recursos preventivos através do uso sistemático dos Equipamentos de
Proteção Coletivos - EPC´S .
7 IMPERMEABILIZAÇÃO
107

EPC: cabo guia e sistema de combate a incêndio.


EPI: calçado de segurança, capacete, cinto de segurança paraquedista, óculos
de ampla visão, trava-quedas, luvas de PVC, máscara semifacial com filtro para
vapores orgânicos.
A verificação e aceitação dos serviços acontecem através do acompanhamen-
to destes trabalhos, buscando-se identificar não conformidades nos materiais en-
volvidos e/ou na execução dos serviços para a sua correção, se necessário. Uma
vez que esta etapa construtiva tenha atendido às diretrizes do projeto específico
em consonância com as normas da ABNT, pode-se então dar como concluído e
aceito este serviço.

RECAPITULANDO

Iniciamos este capítulo definindo impermeabilização e estanqueidade.


Referenciamos as ocorrências decorrentes da falta de impermeabilização;
chamando a atenção dos elementos que devem fazer parte do acervo in-
formativo para quem irá executar uma impermeabilização: plantas, deta-
lhes, memorial descritivo, planilhas.
Abordamos também os procedimentos preliminares que devem ser adota-
dos na superfície de aplicação, dos testes de estanqueidade nos ambientes
já impermeabilizados e na escolha dos sistemas de impermeabilização.
Descrevemos os principais sistemas impermeabilizantes: sistema rígido,
sistema semi-flexíveis, sistema flexível, posteriormente vimos várias nor-
mas relacionadas à impermeabilização e, finalmente, tratamos de aspectos
relativos à segurança e saúde dos trabalhadores.
Pavimentação

É toda superfície construída com a função de permitir o trânsito leve ou pesado de pessoas
e/ou de veículos. O revestimento de piso será aqui tratado como pavimentação. É a camada
superior, a que fica em mais exposição do piso, sendo, portanto, formada pelas camadas de fi-
xação (liga a base à camada de acabamento) e a camada de acabamento ou acabamento final.
Podemos então dizer que o piso é constituído do contrapiso e do seu revestimento.
O revestimento de piso recebe os mais diferentes tipos de solicitações, inclusive os gerados
pelo contato direto com o usuário.Tem como principais funções garantir o fluxo com seguran-
ça do usuário e proteger e valorizar esteticamente o piso.
Durante a etapa de projetos, alguns aspectos têm que ser observados e servirão como re-
ferência para a escolha do piso a ser adotado: o piso selecionado deve estar compatível com
o porte ou padrão da obra; o tipo de revestimento deve ser adequado ao ambiente em que
está aplicado, não sendo viável, por exemplo, colocar um piso de madeira em áreas que estão
constantemente em contato com água, como uma cozinha.
Há de se considerar também o aspecto econômico no que diz respeito à manutenção e
resistência; em um ambiente que tenha grande movimentação de pessoas deverá ser adotado
um piso de alta resistência para evitar o desgaste deste revestimento.
Em todas as etapas de uma construção, deve-se buscar a qualidade para ir ao encontro da
satisfação pretendida pelo usuário. Para que isto aconteça, é necessário que a pavimentação
atenda às seguintes condições:
a) apresentar resistência ao desgaste provocado por trânsito intenso de pessoas;
b) utilizar material que favoreça segurança contra escorregões. Peças por demais lisas dimi-
nuem o atrito provocando acidentes;
c) ser de fácil manutenção, facilitando a sua limpeza e conservação;
d) ser agradável esteticamente, compondo decorativamente o local;
e) oferecer conforto acústico;
f) ter durabilidade.
A pavimentação pode ser classificada de acordo com o material constituinte, pelas suas
propriedades físicas ou em relação às juntas.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
110

Devemos ter cuidado ao comprar madeira para os fins de


FIQUE construção civil, a empresa deve apresentar o selo Forest
Stewardship Council - FSC-BR , ou Conselho de Manejo Flores-
ALERTA tal, em português. Essas empresas garantem que provêm de
florestas reflorestadas conforme critérios rigorosos da FSC.

Classificação Segundo o Material Constituinte


Madeira – tacos, parquê, assoalho.
Tacos – pedaços de madeira de lei, com formato retangular, espessura variável
de 10 mm a 20 mm, mais encontrado nas medidas de 100 mm x 400 mm x 20 mm.

Figura 82 – Piso revestido com tacos


Fonte: SENAI, 2013.

Para assentamento dos tacos, é necessário que algumas condições prelimina-


res sejam atendidas:
a) o contrapiso já deve estar pronto há pelo menos vinte e cinco dias;
b) já devem estar concluídos os revestimentos de paredes, as soleiras e forros;
c) os vidros já devem estar instalados;
d) a estanqueidade das instalações hidráulicas já deve ter sido testada.
Quanto aos tipos de padronização de assentamentos dos tacos:
8 PAVIMENTAÇÃO
111

Amarração Diagonal Dama Espinha Escam

Dama Espinha Escama


Figura 83 – Formas de assentamento
Fonte: SENAI, 2013.

Parquê – peças de pequena dimensão e espessura variando entre 0,8 e 1,0 cm,
são apresentados em placas ou em taliscas de madeira, formando mosaicos, fixa-
dos em papel. São ofertadas no mercado no sistema de encaixe macho – fêmea
e na sua aplicação para compor o piso é usado cola PVAc. É muito apreciado pelo
seu aspecto decorativo.

Figura 84 – Revestimento de piso em parquê


Fonte: SENAI, 2013.

Assoalho – outro tipo de revestimento de piso, formado por tábuas de madei-


ra de lei, com espessura variando de 2,0 cm a 3,0 cm, larguras de 10 cm a 20 cm e
comprimento variando de 2,5m a 5,0m, podendo ser de encaixe ou não, largura
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
112

de 100 a 300 mm e comprimento variável. Este tipo de revestimento apresenta


conforto térmico, conforto visual e durabilidade.

Figura 85 – Revestimento de piso em assoalho de madeira


Fonte: SENAI, 2013.

Carpete de madeira – Este é um tipo de revestimento formado por placas de


MDF( madeira processada), compensados ou aglomerados, revestido por lamina-
dos de madeira natural, bem fina. O carpete de madeira tem a espessura mais fina
que os pisos de madeira maciça, variando de cinco a sete milímetros.
O carpete de madeira tem a sua aplicação bastante simplificada, colocado so-
bre o contrapiso. No seu processo de fixação, não é empregado parafuso ou pino,
nem tão pouco cola; ele é colocado sobre uma manta de separação e preso os
seus elementos através do sistema de encaixes tipo macho-fêmea. O seu acaba-
mento nas laterais se dá através de um rodapé, compatibilizando os encontros do
revestimento com a parede.
O carpete de madeira apresenta como vantagens a agilidade na execução do
assentamento e o preço, e como desvantagens a pouca durabilidade e a baixa
resistência à presença da água. Para o assentamento deste tipo de revestimento,
são utilizados os seguintes acessórios, materiais e ferramentas: esquadro, lápis,
martelo, serrote, metro, calço, pano, cola de PVA, cola de silicone.
8 PAVIMENTAÇÃO
113

Figura 86 – Assentamento de carpete


Fonte: SENAI, 2013.

Pisos Laminados – Este tipo de revestimento de piso tem muitas similarida-


des com o carpete de madeira, no que se refere ao processo de aplicação e a
sua base; a diferença fundamental está na sua superfície final ou de acabamento,
enquanto que no carpete de madeira emprega-se como revestimento de piso
lâminas de madeira, nos pisos laminados utilizam-se laminados melamínicos (ou
fenólicos) também conhecidos por fórmicas. São encontrados no mercado com
diferentes efeitos decorativos, imitando madeira, ou liso em diferentes cores, ou
ainda, em diversas estamparias. As vantagens quando se faz a opção por este tipo
de revestimento de piso são:
a) rapidez de execução do seu assentamento;
b) preço;
c) eficiência de fixação das peças entre si através de encaixes;
d) resultado estético apresentando uma boa aparência;
e) antialérgico, não é poroso, nem absorvente;
f) durabilidade maior que a do carpete de madeira;
g) simples manutenção.
Apresenta propriedades antiestáticas, não retendo poeiras, nem interferindo em
equipamentos eletrônicos. Como desvantagem, apresentam também questões de
ruído, porém inferiores às que acontecem no revestimento citado anteriormente.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
114

Figura 87 – Piso Laminado


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Revestimentos vinílicos: este tipo de revestimento é constituído por fibra vi-


nil, uma liga termoplástica que tem na sua composição resina vinílica, fibras de
amianto, plastificantes, pigmentos. Encontram-se no mercado em placas ou em
rolos, em dimensões variadas e espessuras que vão de 1mm a 3 mm.
Tem a sua aplicação consolidada em locais diversos, em residências, em am-
bientes esportivos, hospitalares, clínicas, laboratórios, casas de repouso, acade-
mias, restaurantes. Oferecem como vantagens na sua utilização:
a) simplicidade de instalação;
b) facilidade de limpeza e manutenção;
c) conforto térmico e acústico;
d) antialérgico;
e) resistência ao escorregamento;
f) decorativos;
g) durabilidade.
Como desvantagem, alguns tipos deste revestimento têm o preço mais alto se
comparados com outros revestimentos.
De uma forma resumida, podemos dizer que o seu procedimento de aplicação
deverá seguir a diretriz abaixo:
a) limpeza do contrapiso.
b) massa de regularização ou de preparação com cola PVA e cimento.
c) camada de adesivo à base de água.
d) colocação do revestimento vinílico.
e) soldagem a quente.
8 PAVIMENTAÇÃO
115

Existem situações que ao invés de se retirar o revestimento


antigo para colocação do novo, faz-se a opção de executar o
SAIBA assentamento sobre o já existente, visando dessa forma ob-
MAIS ter redução de custos e de prazos. Para saber mais sobre esta
técnica, pesquise no livro Técnicas e Práticas Construtivas
Edificações, de Julio Salgado, editora: Erica.

Figura 88 – Revestimento vinílico


Fonte: SENAI, 2013.

Cerâmico – placa extrudada ou prensada, produzida com material argílico e


inorgânico; pode ter a face externa vidrada ou não. Tem variados formatos: retan-
gular, quadrado, sextavados, etc.
Na execução de uma pavimentação em piso cerâmico, faz-se uso dos se-
guintes acessórios, ferramentas e equipamentos:
a) colher de pedreiro;
b) linha de Náilon;
c) lápis de Carpinteiro;
d) desempenadeira dentada de aço;
e) trena metálica;
f) régua de alumínio de 1” x 12” com 2m;
g) nível de Mangueira;
h) nível de bolha;
i) escova de piaçaba;
j) vassoura de piaçaba;
k) lixa;
l) carrinho de mão;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
116

m) guincho;
n) espaçadores plásticos em “+”;
o) riscador manual com broca de vídea;
p) rodo de borracha;
q) martelo de borracha;
r) serra elétrica portátil com disco adiamantado.
Na execução de uma pavimentação em piso cerâmico, devem-se adotar os
seguintes procedimentos:
a) preparar a superfície fazendo a limpeza, eliminando-se poeira, graxas, de-
tritos;
b) marcar os níveis do piso nas paredes com auxílio de mangueira de nível e
trena de aço;
c) espalhar a argamassa colante com uma espessura de 3 a 4 mm de espessu-
ra, fazendo pressão contra a superfície de aplicação, utilizando uma desem-
penadeira de aço;
d) formar sulcos na argamassa colante com o lado dentado da desempenadei-
ra e assentar as peças cerâmicas secas;
e) após 72h do assentamento das peças cerâmicas, iniciar o rejuntamento do
conjunto;
f) depois de aproximadamente 15 minutos, faz-se a limpeza com pano úmido
e, decorridos mais 15 minutos, completa-se a limpeza, agora com a utiliza-
ção de um pano seco.
No assentamento de revestimentos de pisos cerâmicos, são observadas a exe-
cução de juntas de assentamento ou rejunte, que são os espaçamentos regulares
deixados entre as peças cerâmicas, preenchidas com material flexível, chamadas
de argamassa de rejuntamento. As juntas de assentamentos têm por função:
a) corrigir a irregularidade nas dimensões das peças cerâmicas, mantendo o
alinhamento entre elas;
b) possibilitar a substituição de alguma placa cerâmica quando necessária;
c) possibilitar a absorção do movimento ou trabalho da base e das placas cerâ-
micas sem prejuízo ao piso.
8 PAVIMENTAÇÃO
117

Figura 89 – Junta de assentamento com espaçadores


Fonte: SENAI, 2013.

Mostramos a seguir uma tabela relacionando a espessura da junta de dilata-


ção com as dimensões das peças cerâmicas:

PEÇAS CERÂMICAS (cm) ESPESSURA DAS JUNTAS (mm)


7,5 x 15,0 2,0

15,0 x 15,0 2,0

15,0 x 20,0 2,0

15,0 x 30,0 3,0

20,0 x 20,0 2,0

20,0 x 30,0 3,0 a 5,0

30,0 x 30,0 3,0 a 5,0

40,0 x 40,0 5,0 a 10,0

Tabela 1 – Relação de cerâmica e espessuras


Fonte: SENAI, 2013.

Nos revestimentos de piso, faz-se uso também das juntas de expansão ou con-
tração. Estarão distanciadas entre si em um intervalo no piso variando de cinco a
dez metros, obedecendo uma espessura de três milímetros com profundidade a
alcançar a laje ou o contrapiso. Emprega-se sempre estas juntas nas intercessões
com paredes, pisos, pilares; os materiais utilizados nestes espaços são os selantes
ou calafetadores.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
118

Figura 90 – Piso com revestimento cerâmico


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

CASOS E RELATOS

Prevenir a execução do assentamento de piso, mais que importante.


João resolveu trocar o piso de sua casa que era de taco de madeira, por um
revestimento com placas cerâmicas. Adquiriu o material que queria utilizar
e contratou os serviços de um pedreiro que coincidentemente havia co-
nhecido na loja de materiais de construção. Lá também estava o filho de
um amigo seu, técnico em edificações, que presenciou a sua proposta de
execução de serviços da troca do piso.
Ele lhe sugeriu que não fizesse este tipo de serviço com qualquer profissio-
nal, dando prioridade àqueles que fossem indicados pelo reconhecimento
da sua habilidade na realização destas atividades.
Adiantou-lhe que para a execução desta atividade seria necessário a re-
gularização da base, para depois ser aplicada a argamassa industrializada
colante, aplicando-se as peças, sem descuidar-se do nivelamento da super-
fície dos alinhamentos das placas das juntas de espaçamento, do encontro
com as paredes, da suave pressão nas peças para garantir a sua fixação.
João preferiu não arriscar e deu prioridade a fazer o assentamento do novo
piso com o pedreiro indicado pelo técnico em edificações. O serviço foi re-
alizado e aprovado por João.
8 PAVIMENTAÇÃO
119

Pedras
Naturais: granitos, mármores, arenitos. Devem ser executadas por empresas
especializadas.
Granito – podem ser polidos ou não; têm o seu processo de assentamento se-
melhante ao do mármore, porém apresentam maior resistência à abrasão. Os tipos
que não são polidos, são mais empregados em escadas. Têm como componentes
na sua constituição quartzo, feldspato, alcalino e mica, o que lhe confere proprieda-
des de dureza, resistência, pouca porosidade, não mancha com facilidade.

Figura 91 – Revestimento de piso em granito


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

O granito tem índices de dureza e abrasão bem maiores


VOCÊ que os mármores, porcelanatos e as placas cerâmicas,
SABIA? podendo ser polido repetidas vezes, o que aumenta
mais ainda a sua vida prática.

Mármore – são empregados neste revestimento placas de mármores em ta-


manhos diversos, sendo as mais usadas as de 50,0 cm x 50,0 cm, com espessura
de 4,0 cm. Por sofrer a ação de agentes agressivos, deve ser mais utilizado em
áreas internas, sendo mais recomendado para revestimento de paredes que o
granito por ser mais leve.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
120

Figura 92 – Revestimento de piso em mármore


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Arenitos - compostos por quartzos, pode também ter feldspato, micas e/ou
impurezas, são encontrados nas cores vermelha, rosadas, brancas e amareladas.
São usados tanto em pisos de áreas internas quanto externas.

Figura 93 – Revestimento de piso em arenito


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Artificiais: granilite – também conhecido por marmorite, é produzido com ci-


mento, agregado de mármore triturado e areia.
8 PAVIMENTAÇÃO
121

Figura 94 – Revestimento de piso em granilite


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Ladrilhos hidráulicos - têm dimensões em geral de 20 cm x 20 cm ou 15 x 15


cm com uma espessura mínima de 2 cm. São produzidos com cimento e areia sem
presença de cal. São planos, sem umidade, podem ser usados em áreas protegi-
das, e, neste caso, empregam-se peças de superfície lisa; ou em áreas externas,
utilizando-se, neste caso, placas com superfície áspera ou em relevo. Possuem
grande resistência à abrasão; tem como base o concreto regularizado e áspero
para facilitar a aderência.

Figura 95 – Revestimento de piso em ladrilho hidráulico


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
122

Borracha sintética - são revestimentos de piso produzidos com borracha vul-


canizada, com o formato de placas quadradas, com os lados variando de 30 a
50cm e espessura variando de 2 a10 mm. Tem a parte superior de acabamento
lisa ou com pequenos gomos, o que lhe confere propriedades antiderrapantes.
São características deste piso:
a) serem próprios para tráfego intenso;
b) permitir conforto ao pisar;
c) redução do barulho;
d) rapidez e simplicidade na manutenção;
e) alta resistência de uso.

Figura 96 – Revestimento de piso em borracha


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Apresentamos, a seguir, uma relação de normas técnicas aplicáveis à pavi-


mentação – pisos.

CÓDIGO TÍTULO DATA STATUS


ABNT NBR Edificações habitacionais - Desempenho
19/02/2013 Em Vigor
15575:2013 Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos
ABNT NBR Execução de piso com argamassa de alta resistência
11/12/2012 Em Vigor
12260:2012 mecânica - Procedimento
ABNT NBR Argamassa de alta resistência mecânica para pisos -
10/12/2012 Em Vigor
11801:2012 Requisitos
ABNT NBR Placa de concreto para piso - Requisitos e métodos de
16/11/2010 Em Vigor
15805:2010 Ed 2 ensaios
Qualificação de pessoas para a construção civil - Perfil
ABNT NBR
profissional do instalador de pisos laminados melamí- 08/06/2010 Em Vigor
15843:2010
nicos de alta resistência
8 PAVIMENTAÇÃO
123

CÓDIGO TÍTULO DATA STATUS


Revestimento de pisos laminados melamínicos de alta
ABNT NBR
resistência - Parte 2: Procedimentos para aplicação e 05/03/2009 Em Vigor
14833-2:2009
manutenção
Revestimento de pisos laminados melamínicos de alta
ABNT NBR
resistência - Parte 1: Requisitos, características, classes e 27/02/2009 Em Vigor
14833-1:2009
métodos de ensaio
Revestimento de piso interno ou externo com placas
ABNT NBR
cerâmicas e com utilização de argamassa colante - 30/12/1996 Em Vigor
13753:1996
Procedimento
Revestimentos têxteis de piso - Determinação do nú-
ABNT NBR
mero de tufos ou bucles por unidade de comprimento 30/12/1988 Em Vigor
10595:1988
- Método de ensaio
ABNT NBR Execução de piso com revestimento cerâmico - Proce-
30/05/1987 Em Vigor
9817:1987 dimento
ABNT NBR Revestimentos têxteis de piso - Determinação da
30/03/1985 Em Vigor
8810:1985 resistência à abrasão - Método de ensaio
ABNT NBR
Placas de mármore natural para revestimento de pisos 28/02/1982 Em Vigor
7206:1982
ABNT NBR
Pisos para revestimento de pavimentos 30/11/1980 Em Vigor
6137:1980
Argamassa colante industrializada para assentamento
ABNT NBR
de placas cerâmicas - Parte 3: Determinação do tempo 10/04/2012 Em Vigor
14081-3:2012
em aberto
Argamassa colante industrializada para assentamento
ABNT NBR
de placas cerâmicas - Parte 4: Determinação da resis- 10/04/2012 Em Vigor
14081-4:2012
tência de aderência à tração
Quadro 5 – Normas técnicas aplicáveis à pavimentação
Fonte: SENAI, 2013.

Na execução de uma pavimentação, temos que observar duas situações, que


são o solo e as lajes de concreto armado, tomados como bases.
Quando o solo é a base, não se pode prescindir da impermeabilização, tam-
pouco de compactar-se convenientemente o aterro interno, executando-se, em
seguida, o contrapiso em concreto simples, que tem como função a regularização
da superfície.
Se, no entanto, a base for uma estrutura de concreto armado, não é necessária
a execução de contrapiso, lançando-se aí a argamassa colante que terá a função
de regularização e de ser o elemento fixador do material de revestimento do piso
a esta base.
Existem, durante a execução dos serviços de pavimentação, fatores de riscos
e perigos específicos a esta atividade que podem provocar acidentes e ameaças
à saúde do trabalhador. Medidas preventivas podem e devem ser tomadas a fim
de minimizar estas ocorrências. Analisemos, por exemplo, os fatores de riscos, pe-
rigos e medidas preventivas a serem tomadas na execução de pisos cerâmicos:
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
124

a) Riscos de acidentes: queda de pessoas, projeção de partículas nos olhos,


utilização de máquinas e ferramentas, exposição à energia elétrica, queda de
objetos.
b) Riscos à saúde: poeira, contato com cimento, posturas inadequadas.
c) Danos gerados pelos riscos de acidentes: fraturas, ferimentos, contusões,
lesão ocular, cortes, lacerações, amputações, choque elétrico, queimaduras,
alterações do ritmo do coração, parada cardiorrespiratória, morte.
d) Danos gerados pelos riscos à saúde: queimaduras químicas, dermatoses,
problemas respiratórios por inalação de poeiras, fadiga, lesões nos membros
superiores, lesões da coluna.
e) Medidas preventivas a serem adotadas no canteiro de obras: utilização
de sinalização de segurança, adequada utilização de ferramentas elétricas e
diversas, manutenção de ordem e limpeza no canteiro de obras, utilização
de profissionais conhecedores das atividades a serem desenvolvidas, treina-
mento para manuseio de material de acordo com as normas de segurança.
Na implantação de medidas preventivas, é sempre válido enfatizar a necessi-
dade de levar aos trabalhadores a conscientização dos cuidados que devem to-
mar durante as suas atividades laborais, com o emprego de Equipamentos de
Proteção coletiva - EPI’s . É de se esperar que as empresas construtoras esgotem
todos os recursos preventivos através do uso sistemático dos Equipamentos de
Proteção Coletivos - EPC´S .
EPC: aterramento.
EPI: calçado de segurança, capacete, óculos de segurança contra impacto, lu-
vas de PVC, máscara contra pó.
A verificação e aceitação dos serviços acontecem através do acompanhamen-
to destes trabalhos buscando-se identificar não conformidades nos materiais en-
volvidos e/ou na execução dos serviços para a sua correção se necessário. Verifi-
ca-se se as juntas estão de acordo com o especificado, observa-se também se as
peças estão bem aderentes à superfície de fixação e se as peças formam no seu
conjunto uma superfície plana e regular. Uma vez que esta etapa construtiva te-
nha atendido às diretrizes do projeto específico em consonância com as normas
da ABNT, pode-se então dar como concluído e aceito este serviço.
8 PAVIMENTAÇÃO
125

RECAPITULANDO

Iniciamos este capítulo definindo pavimentação e piso, fazendo uma re-


lação entre os dois. Passamos então a citar os componentes do piso, suas
funções e dos critérios a serem verificados na escolha de um piso.
Abordamos então a classificação do piso de acordo com o material consti-
tuinte do seu revestimento: madeira – taco, parquês, assoalhos; carpete de
madeira; pisos laminados; revestimentos vinílicos; cerâmicos; pedras; gra-
nitos; mármores; ladrilhos hidráulicos; borracha sintética.
Falou-se sobre cada um deles e, de forma geral e específica, tratou-se das
suas dimensões, propriedades, padrão e processos de assentamentos,
características, vantagens de utilização, acessórios, ferramentas e equipa-
mentos necessários ao assentamento. Tratou-se ainda de fatores de riscos e
perigos presentes no assentamento de um piso, mas, também das medidas
preventivas recomendadas.
Calafetagem

É um sistema de vedação usado para solucionar vazamentos próximos a portas e janelas,


utilizando-se panos, estopas e espumas. A calafetagem controla o fluxo de ar e, através da
vedação que atua nas frestas, impede a fuga do ar gerado pelo ar- condicionado, reduzindo o
consumo de energia elétrica.

SAIBA Consulte a NBR 10.821:2011 para saber mais sobre as necessidades de re-
MAIS sistência ação do vento e vazamentos próximo à portas e janelas.

Existem diversos tipos de calafetagem, e os materiais empregados para este fim podem ser
encontrados no mercado e nas lojas de materiais de construção. Veremos, a seguir, diversos
tipos de aplicação e onde é mais indicado seu uso.

CASOS E RELATOS

Importância da calafetagem
D. Norma vinha há algum tempo se queixando de bastante calor, não conseguia dormir
bem, apesar de ter o seu quarto climatizado. Achou que o problema estivesse com o
aparelho de ar- condicionado que estivesse subdimensionado; trocou então o equipa-
mento por outro mais potente. A conta de consumo de energia elétrica estava vindo
muito alta, acima do que pagavam as pessoas amigas de quem ela buscava informações.
Seu vizinho, que é técnico em edificações, sugeriu-lhe que verificasse se não estava ha-
vendo fuga de ar no ambiente em que o aparelho se encontrava. Após uma inspeção no
local eles verificaram que estava havendo fuga de ar pelas esquadrias; fazia-se, portanto,
a necessidade de realizar-se uma calafetagem.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
128

D. Norma providenciou a execução deste serviço de calafetagem, nos locais


selecionados, e passou a ter de imediato conforto térmico, e o que foi tam-
bém muito bom, a sua conta de consumo de energia diminuiu significati-
vamente, reduzindo os seus custos.

Espuma sensível à pressão


É de fácil aplicação e tem o preço acessível. As espumas adesivas vêm em rolos
com variados comprimentos e espessuras. É aplicada em locais livres de pressão,
em janelas de madeira, no caixilho inferior e na parte de cima do caixilho superior.
Nesta aplicação, serão necessários os seguintes materiais: panos limpos, vase-
lina, tesoura e detergente.
No processo de execução, adotam-se os seguintes procedimentos:
a) limpeza da superfície a ser vedada com água e detergente, eliminando-se
todo resíduo de óleo, graxas, etc.;
b) eliminar os resíduos através da vaselina; cortar a espuma no tamanho adequado;
c) assentar a espuma, colando a parte adesiva na superfície a ser vedada;
d) pressionar com cuidado a espuma para garantir que fique esticada e alinhada.

É muito importante a limpeza da superfície com água e


FIQUE detergente, pois a presença de resíduos como óleos e gra-
ALERTA xas podem interferir na aderência da espuma, prejudican-
do a vedação bem sucedida.

Figura 97 – Calafetagem com espuma sensível a pressão


Fonte: SENAI, 2013.
9 CALAFETAGEM
129

Calafetagem de metal flexível


Usa-se este tipo de calafetagem em trilhos que permitem a locomoção de portas
e janelas. Os frisos avançam para fora do caixilho da janela aproximadamente 5 cm.
Para instalar esta calafetagem, serão necessários os seguintes materiais: mar-
telos, pregos, alinhador de pregos, alicate e chave de fenda.
Os procedimentos para a sua instalação são os seguintes:
a) colocação dos frisos verticais e horizontais. O friso central é colocado no cai-
xilho superior;
b) corte dos frisos;
c) controle da fixação dos frisos sem impedir o fechamento das janelas.

Figura 98 – Calafetagem de metal flexível


Fonte: SENAI, 2013.

Metal flexível autocolante


Semelhantes aos frisos de metal flexível, sendo, porém, mais fáceis de serem
instalados. É o tipo de calafetagem mais indicado para estruturas de madeira.

Que a calafetagem também se faz nas embarcações


VOCÊ náuticas, e que desde o século IV se empregava o breu
SABIA? e o alcatrão como matérias- primas para evitar a infiltra-
ção de água.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
130

Figura 99 – Calafetagem em embarcação


Fonte: SENAI, 2013.

Feltro
Tem a sua apresentação nas cores marrom, verde e preto, em variadas larguras
e espessuras. O feltro apresenta baixo custo e é bastante usado nas esquadrias.

Figura 100 – Calafetagem com feltro


Fonte: SENAI, 2013.

Metal Dentado
Os frisos de metal têm a sua apresentação em rolos e integram a rigidez do
metal com a simplicidade de aplicação do feltro. São usados, geralmente, nas es-
quadrias.
Calafetagem de Metal Encaixado
Composta de duas peças separadas uma da outra, mas que se encaixam fazen-
do a vedação.
9 CALAFETAGEM
131

Figura 101 – Calafetagem de metal encaixado


Fonte: SENAI, 2013.

RECAPITULANDO

Iniciamos este capítulo abordando as funções e benefícios com o emprego


da calafetagem. Em seguida, falamos dos diversos tipos de aplicação: espu-
ma sensível a pressão, calafetagem de metal flexível, metal flexível autoco-
lante , feltro, metal dentado, calafetagem de metal encaixado.
De uma forma geral, fez-se considerações sobre estes tipos de vedações,
destacando-se: benefícios de utilização, apresentação comercial do pro-
duto, materiais e acessórios necessários para aplicação, procedimentos de
execução, locais indicados para aplicação.
Limpeza para entrega da obra

10

Quando as diversas etapas construtivas são executadas, é chegado o momento de


fazer-se a limpeza da edificação para a entrega do imóvel aos seus proprietários.
Faz parte desta etapa a eliminação de manchas e outras sujeiras nos revestimentos das pa-
redes e dos pisos, das esquadrias, dos vidros, dos forros, das ferragens de cozinha e banheiro,
das louças sanitárias. Deve-se fazer uma varrição detalhada afastando detritos, lixos, poeira,
complementando-a com a lavagem destes ambientes. Nas áreas externas, devem ser retirados
todos os resíduos (restos de madeiras, de cerâmicas, de tubos, de vegetação, etc.) que ainda
estejam no canteiro de obras.

Que a limpeza é muito importante para dar uma impressão de obra


VOCÊ bem executada? Desse jeito os proprietários sentem maior segurança
SABIA? com a construtora, pois empreendimento limpo e higienizado é sinal
de empreendimento bem cuidado.

Listamos, a seguir, procedimentos de execução de limpeza em alguns materiais:


Materiais cerâmicos: limpeza dos resíduos de tinta através da extração utilizando palha de
aço fina, espátulas, removedor. Faz-se em seguida abundante lavagem com água e sabão nas
superfícies revestidas em paredes ou pisos, com o auxílio de vassouras ou escovas de piaçava.
Podem-se utilizar outros produtos de limpeza desde que não haja nenhuma restrição dos fa-
bricantes dos materiais cerâmicos.

FIQUE Não devem ser utilizados elementos pontiagudos durante a limpeza de


materiais cerâmicos, pois isso pode causar arranhões, fissuras e quebras
ALERTA desnecessárias nos revestimentos.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
134

Figura 102 – Limpeza de revestimentos cerâmicos


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Mármore, Granito, Marmorite (granilite): os resíduos de tintas são extraídos


com o uso de palha de aço fina, para não danificar o revestimento. As superfícies
são lavadas, enxutas e enceradas com cera apropriada, são então polidas até al-
cançar o brilho desejado. Não são utilizados agentes químicos.

O efeito lustrado dos mármores e granitos pode ser atingido


SAIBA com uso de cera virgem. Para saber mais, consulte junto ao
MAIS site da ABNT a norma NBR 7205:1982 Placas de mármore na-
tural para revestimentos superficiais verticais externos.

Figura 103 – Polimento de piso de granito


Fonte: SENAI, 2013.
10 LIMPEZA PARA ENTREGA DA OBRA
135

Tacos de Madeira, Parquês: raspagem, calafetagem, enceramento.

Figura 104 – Raspagem de tacos de madeira


Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013.

Cimentados: limpeza da superfície com lavagem, empregando-se água e sa-


bão. Não é recomendável a utilização de ácido na limpeza destas superfícies.
Metais e Ferragens: utilizam-se removedores e/ou polidores para assegurar a
limpeza, completando-se com o uso de flanelas.

Figura 105 – Limpeza de metais


Fonte: SENAI, 2013.

Vidros: utiliza-se na limpeza deste material removedores e palha de aço fina.


SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
136

Aparelhos sanitários: utilizam-se apenas água e sabão.

Figura 106 – Limpeza de aparelho sanitário


Fonte: SENAI, 2013.

Aparelhos de iluminação: através da utilização de solução fraca de soda


cáustica, palha de aço fina e água e sabão.

Figura 107 – Limpeza de aparelhos de iluminação


Fonte: SENAI, 2013.

Caixilhos e Ferragens de Esquadrias: deverão ter todas as suas partes limpas,


livres de resíduos de tintas, gorduras através de removedores, água, sabão e flanelas.
10 LIMPEZA PARA ENTREGA DA OBRA
137

Figura 108 – Limpeza em alguns materiais


Fonte: SENAI, 2013.

CASOS E RELATOS

Limpando a Obra
Fernando é um servente recém-contratado para trabalhar na empresa Lim-
peza Veloz, que oferece serviço terceirizado de limpeza para entrega de
obra. Ele ficou responsável por deixar as cerâmicas dos cômodos de ba-
nheiro e cozinha impecáveis. Como o empreendimento possui cinco pré-
dios de quatro pavimentos, sendo que cada pavimento tem quatro aparta-
mentos, Fernando deve ser realmente veloz, já que o prazo da obra é curto.
Para limpar os resíduos de tinta impregnados na cerâmica, Fernando levou
palhas de aço finas, espátulas e removedor. Ele passava o material no chão
e na parede com bastante cuidado, para não danificar as peças cerâmicas.
Ao concluir a etapa de extração da tinta, ele lavou o piso e a parede com
água e sabão abundantes, sempre evitando desperdício, já que ele fechava
bastante as torneiras assim que saía de cada cômodo limpo.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
138

Quando a sujeira era simples e não estava grudada no chão, Fernando uti-
lizava vassouras e escovas de piaçava para retirar ciscos e sujeira leve. No
final de cada limpeza dos azulejos nos sanitários, ele fazia questão de jogar
aromatizador de ambientes, pois sabia que quando os clientes entrassem
no local, sentiriam um cheiro agradável e ficariam contentes com o seu
novo empreendimento.

RECAPITULANDO

Neste capítulo, abordamos a respeito das atividades de limpeza para entre-


ga da obra. Citamos as diversas etapas que foram tratadas, recomendando
o tipo de tratamento específico para cada caso.
Abordamos sobre os cuidados com a limpeza de materiais cerâmicos, már-
more, granito, marmorite, tacos de madeira, cimentados. Metais e ferra-
gens, vidros, aparelhos sanitários, aparelhos de iluminação, caixilhos e fer-
ragens de esquadrias.
Em suma, ficamos por dentro dos métodos e ações que deixam os ambien-
tes do empreendimento mais limpo e aconchegante.
10 LIMPEZA PARA ENTREGA DA OBRA
139

Anotações:
REFERÊNCIAS
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YAZIGI, Walid. A Técnica de Edificar. 7 ed. São Paulo: PINI. 2006.
MINICURRÍCULO DO AUTOR
RUI DA SILVA RAMOS
Rui da Silva Ramos é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Pós-graduado em MBA de Gestão da Qualidade, na Construção Civil e em Metodologia do Ensino
Superior pela Universidade Salvador (UNIFACS).
Atuou em diversas obras nas áreas de tecnologia dos materiais, topografia, pavimentação, urbani-
zação e edificações. Professor da disciplina Gestão de Suprimentos e Logística no Canteiro de Obras
e na Pós-graduação Gerenciamento e Tecnologia de Obras com a disciplina Controle da Qualidade
e Produtividade no SENAI.
ÍNDICE
A
Achas 84
Autoportante 18

C
Contraventamento 24

D
Deformabilidade 16

F
Fiada de Bloco 20

G
Grafiatos 74

P
Pedriscos 18
Planeza 20
Prumo 20

V
Vigota 34
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP

Rolando Vargas Vallejos


Gerente Executivo

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo Adjunto

Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros

SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DA BAHIA

Ricardo Santos Lima


Coordenador do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional da Bahia

Rui da Silva Ramos


Elaboração

Sergio Brito Rolemberg


Revisão Técnica

Carla Carvalho Simões


Coordenação Técnica

Marcelle Minho
Coordenação Educacional

André Costa
Coordenação de Produção

Paula Fernanda Lopes Guimarães


Coordenação de Projeto

FabriCo
Design Educacional

Joseane Maytê Sousa Santos Sousa


Revisão Ortográfica e Gramatical
Fabio dos Santos Passos
Leonardo Silveira
FabriCo
Revisão de Arte e Fechamento de Arquivo

Monique Ramos Quintanilha


Pollyanna De Carvalho Farias
Ticianna Talitha Fontes Castelhano
Revisão de Diagramação e Padronização

FabriCo
Ilustrações

FabriCo
Diagramação

Verbatim
Débora Sampaio Leitão
Normalização

i-Comunicação
Projeto Gráfico

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