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Ap Ciências 6 Série Ef
Ap Ciências 6 Série Ef
AUTOR
Ciências / Iris Stern. - Curitiba : IESDE, 2004
000 p. : il. ; 00 cm
CDD (1oed.)
000.0000
Direção Geral
Luís do Amaral
Coordenação e Revisão Pedagógica
Robson Santos da Silva
Coordenação Editorial
Vani Maria Casarim
Assessor de Conteúdo
Sônia Rita Martí da Silva
Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica
ICONE Audiovisual LTDA
Ilustrações
Michelle Candido da Silva
Produção Intelectual
UNIDADE 1
Superfície de Marte
CAPÍTULO 1
Da Infinita
Variedade à
Origem da vida
Seu objetivo, ao final deste capítulo, será identificar
as principais correntes de pensamentos que procuram
explicar a origem da vida.
Em nosso planeta, diferente do que ocorre no restante do sistema solar, a vida é abundan-
te e está em quase todos os lugares que você possa imaginar. A Terra, até onde os cientistas
sabem, é única em sua capacidade de abrigar os seres vivos. Aqui, eles encontram todos os
fatores necessários à sobrevivência, se multiplicam e evoluem (vamos estudar a evolução
logo adiante). Ao longo de bilhões de anos, os seres vivos foram
tendo selecionadas características que lhes permitissem ocu-
par os mais diversos ambientes, o que resultou em uma
variedade extraordinária que os cientistas denominam
biodiversidade.
Ninguém sabe ao certo quantas espécies existem,
os pesquisadores já conhecem mais de um milhão
e meio, porém, diariamente, novos organismos são
analisados e descritos. Certamente, muitos outros
permanecem desconhecidos da ciência, ocultos no
fundo dos mares, dentro das cavernas ou nas áreas
mais fechadas das florestas onde “esperam” ser “desco-
bertos” e estudados.
O que você acha dessa “experiência”, os camundongos teriam sido gerados pela reação
entre o suor e o trigo?
Certamente, não!
Então, será que van Helmont era um ingênuo que acreditava em coisas impossíveis?
Também não, ele era um grande pesquisador e fez muitas descobertas importantes em
seus estudos sobre plantas e gases.
O problema é que naquela época não havia regras para a realização de experimentos e
faltou a van Helmont acompanhar o desenvolvimento daquilo que estava propondo. Você
mesmo, que não é um cientista, já percebeu que a camisa servia como um excelente ninho
e o milho sobre ela atraiu uma fêmea àquele local. Aquecida e alimentada, ali ela teve seus
filhotes. Se van Helmont tivesse mantido o lugar sob observação, teria visto a fêmea chegar.
Em 1668, ainda se acreditava que carne em decomposição poderia gerar vermes. Nessa
ocasião um pesquisador italiano de nome Francesco Redi, demonstrou o equívoco dessa
crença, para isso ele fez uma experiência bem simples, veja:
A observação dos vidros revelou que, diferente daquilo que se acreditava, as larvas só apa-
receram nos frascos abertos, nos quais as moscas haviam
podido entrar. A seqüência da observação demonstrou
também que as larvas sofriam transformações e davam
origem a novas moscas. Assim, a hipótese de que a carne
era a geradora de larvas foi descartada e a teoria da gera-
ção espontânea sofreu um forte abalo.
No entanto, com a criação dos microscópios e a des-
coberta dos microorganismos, os defensores da abiogê-
nese passaram a defender a idéia de que a matéria bruta
poderia gerar todo tipo de micróbios.
Essa nova tese foi objeto de discussão até o século
XIX, quando uma série de experiências muito engenhosas
foram organizadas por um dos mais importantes micro-
biologistas, o francês Louis Pasteur.
Louis Pasteur
Experiência de Pasteur
Aqueles que defendiam a abiogênese passaram a argumentar que o calor havia destruído
o princípio vital e por isso a solução se mantinha estéril. Então, Pasteur quebrou o gargalo do
frasco e poucos dias depois o líquido se mostrava turvo, repleto de micróbios.
Finalmente, a teoria da geração espontânea foi derrubada. Não havia mais argumentos
que a sustentassem.
Pois é, parece que nossas perguntas iniciais ainda estão sem resposta. Os
cientistas tentam responder essa questão com a explicação a seguir:
A intensa atividade vulcânica deve ter produzido grandes volumes de vapor de água,
que, ao chegarem à atmosfera, condensaram e voltaram à superfície como chuvas torrenciais.
Na crosta ainda quente, essa água logo evaporava e formava novas nuvens, as quais produ-
ziam mais chuva. Esse ciclo deve ter se repetido por milhares de anos até que a superfície foi
esfriando e a água começou a formar imensos mares. Foi nesses mares que a vida deve ter
surgido.
Quando as tempestades aconteciam, muitos raios eram produzidos e eles eram capazes
de “desmanchar” as moléculas dos gases atmosféricos. Separados, esses átomos poderiam
se reunir de novo, formando as mais diferentes combinações. Entre elas têm importância os
aminoácidos, moléculas orgânicas que ao se reunir em maior número podem dar origem a
proteínas. Estas podem formar aglomerados um pouco mais complexos, os coacervados.
Molécula protéica
acumula água
surge um coacervado
Um coacervado não é um ser vivo, mas acredita-se
que eles poderiam ir se tornando sempre mais complexos
até dar origem às primeiras células.
Parte dessa teoria já foi comprovada experimental-
mente. Em 1953, um estudante americano, Stanley Miller,
montou um aparelho como no esquema ao lado.
Nele foram colocados todos os elementos que se
acredita existiam na atmosfera primitiva. Esses gases fo-
ram bombardeados com descargas elétricas. Após uma
semana de funcionamento, a água do reservatório inferior
foi analisada e nela foi encontrada grande quantidade de
aminoácidos.
Então, os cientistas acreditam que, de modo parecido,
nos mares do passado formaram-se compostos que deram origem aos primeiros seres vivos
– ainda muito simples em sua estrutura, mas capazes de se reproduzir.
Amasse a banana e coloque um pouco no fundo de cada copo. Cubra com a gaze um
dos copos(amarre-a com o barbante ou linha), deixe o outro aberto. Observe que tipo de
animal é atraído pela banana e o que acontece ao copo aberto. Espere alguns dias e veja
se há “bichinhos” dentro de algum dos copos.
7. Se um ser vivo só surge a partir de outro, em qual dos dois copos deverão aparecer bichi-
nhos?
8. Você observou algum animal pousando no interior do copo? Que animal era esse?
9. Como você poderia provar que os bichinhos surgidos sobre a banana são formas diferentes
desse animal que você viu entrar no copo?
10. Desenhe as diversas etapas de seu experimento. Escreva as conclusões a que você che-
gou após realizá-lo.
sugestão de leitura
STERN, Íris. Sobrevivendo à Grande Extinção - Dinossauros. São Paulo: Saraiva, 2003.
sugestão de sites
http://www1.uol.com.br/criancas/historia/ult978u11.shl
CAPÍTULO 2
O Planeta se
Torna Habitado
Após o estudo deste capítulo, você deverá ser capaz de reconhecer que os
seres vivos sofrem mudanças, evoluem ao longo do tempo, e que os fósseis
são vestígios desse processo evolutivo.
Também deverá reconhecer o papel das alterações ambientais durante o
processo evolutivo.
No capítulo anterior você viu como os cientistas procuram explicar a origem da vida. Pois
bem, agora que já imaginamos organismos muito simples se desenvolvendo nos mares do
passado, fica a pergunta:
Como, a partir de seres tão simples, sugiram todas as formas de vida que conhecemos?
A resposta não é fácil e vem intrigando os pesquisadores há muito tempo. Para tentar
entender essa questão devemos voltar à Terra primitiva.
Saiba que...
Se mar com cheiro de ovo podre lhe parece estranho, saiba que ainda
hoje existem lugares assim. Há fontes termais em que a água tem forte cheiro
de gás sulfídrico. È o que acontece no deserto de Atacama, no Chile.
O motivo é que tudo o que nós explicamos são hipóteses, ou seja, algo que os cientistas
acreditam que possa ter acontecido, mas que ninguém presenciou. É possível que alguns fatos
não tenham acontecido exatamente como a Ciência supõe e venham a ser repensados no
futuro, porém, atualmente, para a maioria dos cientistas, essa é a explicação sobre a origem
da vida.
É certo também que, apesar de ser hipótese, há dados concretos que permitiram aos pes-
quisadores montar essa teoria. Uma das fontes mais importantes são os estudos das rochas
mais antigas e dos fósseis que muitas delas contém.
Você lembra o que são fósseis e como eles se formam?
Fósseis
Um fóssil é o vestígio de um ser vivo que habitou a Terra no passado. Muitos fósseis são
ossos que, soterrados, sofreram lentos processos de mineralização. Veja:
Fósseis desse tipo são formados quando o animal morre e é rapidamente soterrado. Co-
berto por muitas camadas de sedimento, o corpo vai decompondo lentamente e os ossos
recebem minerais, tornando-se mais duros e preservados.
Processos de fossilização são relativamente raros, porque geralmente o animal morto é
devorado pelos que se alimentam de “carniça”.
Os fósseis são encontrados em rochas sedimentares.
Os mais antigos fósseis são os estromatólitos, datam de 3 bilhões de anos e foram cons-
truídos por colônias primitivas de cianobactérias (vamos estudar estes organismos no capítulo
__) e outros microorganismos. Na Austrália, há uma região em que ainda se formam estruturas
desse tipo. Ali, na baía de Shark há um recanto muito salgado, devido à grande evaporação
e pouca circulação de água no local. Essa água extremamente salgada impede a fixação de
muitos organismos, porém é o local preferido para o crescimento de certas cianobactérias.
Elas segregam uma substância calcária que vai se acumulando e formando grandes “almo-
fadões” junto ao litoral. Veja:
Esses seres do passado, ao longo dos bilhões de anos, sofreram transformações – evoluí-
ram – foram tendo selecionadas características que levaram a um aumento de complexidade
e permitiram a ocupação dos mais diversos ambientes.
São Pedro do Sul, no Rio Grande do Sul, possui a maior reserva de fósseis vegetais
do mundo. É um fenômeno único, que ocorreu entre 206 a 248 milhões de anos atrás, no
período Triássico na era Mesozóica por uma combinação de vários fatores. Naquela época
remota, a paisagem são-pedrense era composta por uma enorme floresta de araucárias
que foram soterradas por um desastre natural, talvez um vulcão ou uma enchente.
A fossilização só ocorreu devido à grande quantidade de sílica e umidade existentes no
solo de São Pedro do Sul. Os troncos soterrados absorviam água e, junto com ela, a sílica,
que foi revestindo as paredes das células e transformando a árvore em uma verdadeira
pedra.
9. Pesquise que tipo de árvores são as araucárias. Ainda existem árvores desse tipo?
sugestão de leitura
STERN, Íris. Sobrevivendo à Grande Extinção - Dinossauros. São Paulo: Saraiva, 2003.
GEWANDSZNADJER, Fernando; CAPOZAOLLI, Ulisses. Origem e História da Vida . São Paulo:
Ática, 1992
sugestão de sites
http://www.canalkids.com.br/especial/dino/tipos.htm
CAPÍTULO 3
Evolução e Meio
Ambiente
Após o estudo deste capítulo, você deverá ser capaz de
diferenciar as explicações de Lamarck e Darwin sobre o processo
evolutivo. Deverá também reconhecer o papel dos fatores
ambientais no processo evolutivo.
Observe o desenho acima. Você consegue identificar todos os organismos que aparecem?
Provavelmente não.
E sabe por quê?
Após o aparecimento dos primeiros organismos e durante milhões de anos, muitos outros
surgiram e desapareceram do cenário terrestre. Era como se a Terra fosse um imenso laboratório
onde a natureza “testava” as mais estranhas formas de vida. Esse fenômeno do aparecimento
e desaparecimento de espécies constitui aquilo que conhecemos como evolução.
Assim, o desenho procura representar o fundo dos mares há 550 milhões de anos e as
espécies que você vê na figura já desapareceram. Algumas, sem deixar descendentes, outras,
deram origem a linhagens que existem até hoje, como é o caso das águas-vivas (1) e das es-
ponjas (2).
Dos estranhos animais (3) Opabinia e (4) Hallucigenia, só se conhecem fósseis.
A descoberta sempre crescente de fósseis revelando animais e plantas desconhecidos,
entre outros fatores, fez os cientistas buscarem explicações sobre o modo pelo qual a evolução
aconteceu e ainda acontece.
Nos estudos sobre evolução podemos destacar dois pesquisadores: Lamarck e Darwin.
O que lhe parece uma afirmação desse tipo? Será possível que ao acontecer uma mudan-
ça no corpo de um animal, pelo uso ou pela falta de uso, essa mudança seja transmitida aos
seus descendentes?
A resposta é, não. Veja dois exemplos bem exagerados:
Quando um homem faz musculação, aumenta o volume de seus músculos, porém, o filho
que ele vier a ter, não nascerá com a musculatura volumosa. Da mesma forma, alguém que
tenha tido um acidente e perdido uma perna, não terá descendentes sem perna.
A Lamarck faltavam conhecimentos sobre hereditariedade, e, apesar de muitas vezes
acharmos certa ingenuidade em suas propostas, freqüentemente falamos ou pensamos
como ele. Veja:
Muitas vezes, as pessoas percebem que um inseticida que matava muitas pragas deixa de
fazer o mesmo efeito e dizem: “as baratas se acostumaram com o veneno”. Mas como? Como
elas poderiam se “acostumar” e transmitir isso a sua descendência?
Para Lamarck, seria a proximidade que levaria a esse “acostumar”. No entanto, sabemos
que não pode ser assim, então, como explicar a resistência, que é real, surgida entre esses
insetos?
Essa explicação nos será dada pela teoria desenvolvida por Darwin.
Observando algumas aves que vivem nas diversas ilhas, Darwin percebeu pequenas dife-
renças entre elas. No entanto, parecia que todas vinham de um ancestral comum. Vinte anos
depois de retornar à Inglaterra, ele escreveu as bases da Teoria da Seleção Natural.
Sua hipótese era que as aves, ao nascer, apresentavam pequenas diferenças (diferenças
individuais) e que essas diferenças poderiam trazer vantagens ou não. As características
vantajosas seriam selecionadas e, como elas eram hereditárias (o indivíduo nascia com elas),
seriam transmitidas à descendência.
Voltemos ao exemplo do pescoço das girafas. Darwin diria que nasciam girafas com pes-
coço de diferentes tamanhos, aquelas que conseguiam alcançar as folhas do alto das árvores
tinham um estoque de alimentos muito maior, portanto, deviam sobreviver quando a comida
faltasse. Seus longos pescoços seriam transmitidos à descendência, ao passo que aquelas de
pescoço curto morreriam de fome e não deixariam descendentes.
A teoria de Darwin revela um importantíssimo papel das condições do ambiente na seleção
e evolução dos seres vivos. Teria sido desse modo, com a seleção dos mais capazes, que o
processo evolutivo produziu tantas e tão variadas formas de vida, e também levou a extinção
de muitas delas, “vencidas” na luta pela sobrevivência.
1. Na lista abaixo, há algumas afirmações que poderíamos atribuir a Lamarck, em seu modo
de explicar a evolução, e outras que poderíamos atribuir a Darwin. Assinale L para as
afirmações lamarckistas e D para as afirmações darwinistas:
( ) as membranas existentes entre os dedos das aves aquáticas surgiram devido à
necessidade de nadar.
( ) de tanto comer vegetais, o intestino dos herbívoros foi ficando longo.
( ) ao fazermos uso de inseticida, matamos as baratas mais frágeis e deixamos vivas
as mais resistentes.
( ) os peixes de caverna são cegos porque lá não há luz e, portanto, olhos são dispensáveis.
( ) o uso incorreto de antibióticos leva à seleção de linhagens bacterianas cada vez
mais resistentes.
2. As baleias são mamíferos que evoluíram a partir de animais terrestres. Como você explicaria
essa evolução usando argumentos lamarckistas?
3. Por suas conclusões sobre a evolução dos seres, o texto de Darwin teve imensa repercussão
em sua época. Muito se escreveu sobre ele e até hoje muitas pessoas acreditam que Dar-
win afirmou que o homem se originou dos macacos. Ele nunca disse isso, mas percebeu
que homens e macacos devem ter tido um ancestral comum. Pergunte a duas ou três
pessoas de suas relações o que elas sabem sobre Darwin. Anote e compare com o que
você aprendeu neste capítulo.
4. Imagine uma população de animais na qual todos sejam absolutamente iguais, tanto em
aspecto, quanto no funcionamento de seu organismo e características metabólicas. Imagine
ainda que esses animais tenham uma pequena tolerância a variações de temperatura
ambientais, preferindo valores próximos de 28-30 ºC. Então, repentinamente, algo muda
no clima e as temperaturas abaixam, ficando em torno de 4o.C. O que aconteceria a essa
população imaginária? E se houvessem indivíduos diferentes em sua tolerância ao frio?
Qual a vantagem da diversidade?
5. De que maneira o estudo dos fósseis pode ajudar a história evolutiva das espécies?
6. ”Em cavernas escuras, ocorre maior número de peixes cegos do que fora delas.”
Explique essa frase usando conceitos lamarckistas.
7. O parágrafo abaixo foi retirado do livro A Origem das Espécies, escrito por Charles Darwin,
onde ele descreve sua teoria da seleção natural.
“Podemos comparar o registro geológico de que dispomos a uma história do mundo elaborada
de maneira imperfeita e escrita num dialeto em extinção, e da qual possuímos apenas o último
volume, relativo a somente dois ou três países. Deste volume, apenas se preservaram alguns
capítulos soltos, e, de cada página, apenas umas poucas linhas.”
(Darwin, 1985, p. 251)
Darwin faz referência ao registro geológico de que dispomos, por que ele afirma que esse
registro é imperfeito, incompleto?
sugestão de leitura
BIZZO, Nélio. A Evolução dos seres vivos. São Paulo: Ática, 1994.
CUNHA, Paulo. MONTANARI, Valdir. Evolução do Bicho-Homem. São Paulo:
Moderna, 1995.
MARTHO, Gilberto. A Evolução dos Seres Vivos. São Paulo: Scipione, 1991.
SNEDDEN, Robert. Vida. São Paulo:Moderna, 1997.
STERN, Íris. Sobrevivendo à Grande Extinção – Dinossauros. São Paulo:
Saraiva, 2003.
sugestão de sites
http://www.biomania.com.br/biografias/charlesdarwin
http://www.biomania.com.br/biografias/jeanblamarck.php
CAPÍTULO 4
Organização
Celular
Após o estudo deste capítulo, você deverá identificar a célula como a
unidade de forma e função de todos os seres vivos e ser capaz de descrever as
funções de membrana, do citoplasma e do núcleo. Deverá ainda diferenciar
células eucariontes e procariontes, seres unicelulares e pluricelulares, bem
como seres autótrofos e heterótrofos.
A Célula
A descoberta das pequenas unidades individuais que constituem todos os seres vivos foi
feita por Robert Hooke, em 1665, quando ele observava cortes de cortiça com o microscópio.
Em suas anotações, escreveu que esse material era formado por um conjunto de orifícios, “pa-
recidos com uma colméia (...) esses poros ou células formando um grande número de caixinhas”.
Posteriormente, verificou-se que a cortiça é material formado por células mortas, das quais
As células, em sua maioria, são muito pequenas e podem ter formas muito variadas. Apesar
da grande diversidade, podemos dizer que, em geral, uma célula é formada por três estruturas:
a membrana, o citoplasma e o núcleo.
Membrana Plasmática
É uma fina película que envolve o con-
teúdo celular. A membrana permite a entra-
núcleo
da de substâncias para o meio interno e a
saída de compostos para o exterior. Manter
citoplasma a forma e proteger o conteúdo também são
funções da membrana.
membrana plasmática
Citoplasma
Preenche o espaço entre a membrana plasmática e a membrana do núcleo. É um material
de aspecto gelatinoso no qual estão mergulhadas as organelas celulares - estruturas que
desempenham diferentes funções dentro da célula.
Núcleo
Na maioria das células há um núcleo único, no interior do qual estão as estruturas res-
ponsáveis pelas características hereditárias dos organismos. O núcleo também é a estrutura
responsável pela divisão da célula.
Dissemos que a maioria das células possui essas estruturas. Você já viu que a diversidade
de organismos na natureza é muito grande. Com as células observamos o mesmo. Elas podem
ser bem diversificadas em sua forma e estrutura, algumas, inclusive, não têm núcleo.
Essas células sem núcleo definido, isto é, sem membrana envolvendo o material genéti-
co, são encontradas nos organismos mais simples. Os cientistas acreditam que as primeiras
células surgidas nos oceanos primitivos tinham esse tipo de organização – denominado pro-
carionte.
Na foto você observa a imagem de uma bactéria em divisão. A grande ampliação é pos-
sível pelo uso de um equipamento especial, o microscópio eletrônico, inventado em 1931,
com ele os cientistas conseguem aumentos de até 500.000 vezes. Observe bem a fotografia
e veja a membrana que envolve a célula externamente, é a parede celular. Junto a ela vemos
também uma segunda membrana, a membrana celular, envolvendo o citoplasma, no interior
do qual há ribossomos e onde o material hereditário (DNA), se acha espalhado. Perceba que
esse citoplasma não contém compartimentos limitados por membrana, como os que veremos
em uma célula eucarionte.
Parede celular
Citoplasma com
ribossomos
Membrana
celular
DNA
Quando estudamos a teoria de origem da vida, vimos que os primeiros seres provavelmente
se alimentavam dos nutrientes disponíveis na água, ou seja, eles obtinham seu alimento no
meio ambiente que os cercava. Esse tipo de nutrição é denominado heterotrófica e dizemos
que os organismos que conseguem seu alimento dessa maneira são heterótrofos. Todos os
animais são assim, eles precisam caçar ou pastar para sobreviver. Se você tem um animal de
estimação sabe que ele precisa sempre ser alimentado.
E você sabe também que com as plantas é diferente, elas precisam apenas de luz e água.
Esse tipo de organismo é capaz de produzir seu próprio alimento, então, dizemos que as
plantas são organismos autótrofos.
( ) A palavra autótrofo foi usada pela primeira vez, em 1665, por Robert Hooke.
________________________________________________
( ) Um gato é um organismo autótrofo e unicelular.
_________________________________________________
2. No desenho abaixo foi representada, de maneira bem simples, uma célula animal. Identi-
fique as regiões assinaladas pelas setas:
Responda:
3. O que você entende por Teoria Celular?
5. O esquema abaixo representa um ser constituído por uma única célula, incapaz de fabricar
seu alimento, e cujo citoplasma, como você pode ver, possui muitas estruturas derivadas
da membrana. Esse organismo é uma ameba. Dentre a lista de palavras que lhe damos,
sublinhe aquelas que podem ser usadas quando quisermos descrever uma ameba:
autótrofa - heterótrofa
pluricelular - unicelular
eucarionte - procarionte
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
9. Quando um cientista trabalha em pesquisas sobre clonagem ele faz “trocas” de núcleos
entre células. Quando isso acontece, quais as características da célula que estão sendo
“trocadas”?
sugestão de leitura
BIZZO, Nélio. A Evolução dos seres vivos. São Paulo: Ática, 1994.
SNEDDEN, Robert. Vida. São Paulo: Moderna, 1997.
CAPÍTULO 5
Diferenciando
Ao final desse capítulo, desejamos que você seja capaz de
diferenciar um ser vivo da matéria bruta e de citar as diferenças
entre uma célula animal e uma vegetal.
O reconhecimento das partes de um microscópio óptico, bem como
o modo de manuseá-lo também são objetivos a ser atingidos.
Vamos lhe propor um desafio. Observe as duas fotos abaixo, agora identifique aquela que
mostra um ser vivo e a que mostra matéria bruta.
1 2
Não teve nem graça, não é? Entre os dois exemplos acima é impossível que você tenha
errado. Então, vamos tentar de novo, olhe com atenção:
3 4
Agora ficou mais difícil? Pois é, há seres que não temos dúvida em classificar como vivos,
porém, há alguns que somente com observações muito cuidadosas poderemos chegar a uma
conclusão. Assim como você está tendo dificuldade com essas imagens, muitos cientistas
tiveram dúvidas quando estudavam certas estruturas – seriam vivas ou não?
Para chegar a uma resposta correta o melhor é nos basearmos em algumas características
que diferenciam a matéria bruta dos seres vivos.
(Quer saber o que as fotos retratam? Dê uma olhada no final da unidade.)
Organização Celular
Como vimos, todos os seres vivos são constituídos por células. Consideramos uma
célula a menor porção da matéria viva capaz de realizar as diversas funções que mantém um
organismo.
Metabolismo
Todos os seres vivos precisam de alimento e produzem reações químicas de modo a
executar suas atividades diárias e manterem-se vivos. Animais respiram, excretam, digerem.
Plantas também respiram e excretam, mas, além disso, fazem fotossíntese.
Ciclo Vital
Os seres vivos passam por diversas etapas ao longo de sua existência, todos eles nascem
e morrem. Entre esses dois eventos, geralmente crescem, desenvolvem e reproduzem.
Reações a Estímulos
As reações dos seres podem variar dependendo de quem está sendo estimulado e o tipo
de estímulo ao qual ele está sendo submetido.
Pois bem, além da diferença na forma de reagir, as plantas e os animais também apre-
sentam diferenças no metabolismo. Uma delas você já sabe, as plantas são autotróficas, elas
realizam fotossíntese, coisa que os animais não fazem.
A possibilidade de fazer fotossíntese está ligada à presença de um pigmento denominado
clorofila. De cor verde, essa substância reage ao estímulo luminoso desencadeando o processo
fotossintético.
A clorofila fica armazenada nas células vegetais em estruturas especializadas, os cloro-
plastos.
Portanto, além das diferenças metabólicas, animais e vegetais também têm estrutura
celular característica. Veja os esquemas abaixo.
Esses desenhos mostram algumas das estruturas internas presentes no citoplasma das
células. Entre elas, podemos destacar a ausência de cloroplastos nas células animais.
Além disso, a célula vegetal tem duas membranas, uma bem fininha como a membrana
da célula animal e outra externa mais espessa, feita de celulose.
Existem outras diferenças estruturais entre esses dois tipos de células, porém, nesse mo-
mento, é bastante lembrar o que já descrevemos.
Como vimos anteriormente, as células só puderam ser estudadas a partir da criação de
instrumentos especiais: os microscópios. No trabalho cotidiano em laboratórios de análises
clínicas, em consultórios médicos e nas universidades e escolas, o microscópio óptico é o
mais usado, nele um feixe de luz atravessa o material em estudo e um conjunto de lentes amplia
a imagem.
Existem diversos modelos de microscópio óptico, mas a estrutura básica é a mesma em todos
eles. Há peças (sistema mecânico) que dão apoio aos conjuntos de lentes (sistema óptico).
As principais partes de um microscópio são:
Por exemplo:
Ocular = 10 Objetiva = 4
Aumento total: 10 x 4 = 40 vezes
Depois de aprender a manipular o microscópio, saiba que o material em estudo deve ser
transparente, pois a luz precisa atravessá-lo. Por isso é preciso cortar pedaços bem fininhos
daquilo que se está observando e colocá-los sobre uma pequena placa de vidro, a lâmina. A
seguir, a preparação deve ser coberta com a lamínula (placa de vidro bem fina e delicada).
Para testar sua habilidade com o microscópio, vamos fazer uma observação.
Material:
- cebola
- água
- lâmina
- lamínula
Procedimento:
Separe uma camada da cebola, e, com a unha, procure puxar a pele fininha que fica
na parte côncava. Coloque um pedaço pequeno dessa pele sobre a lâmina, estique-o, pingue
uma gota de água e cubra com a lamínula. Leve ao microscópio em menor aumento.
Desenhe o que você vê (células da epiderme da cebola).
5. Perceba que ostras e algas mantêm uma relação em que os dois organismos são favore-
cidos. Esse tipo de associação recebe o nome de mutualismo. Pesquise mais um exemplo
de mutualismo.
7. Ao compararmos uma célula vegetal a uma animal, podemos estabelecer algumas dife-
renças entre elas, tais como a existência de organelas e estruturas celulares exclusivas ou
a capacidade de as primeiras realizarem a fotossíntese.
a) Cite uma organela só encontrada em células vegetais:
8. Imagine que você está fazendo uma análise clínica e uma amostra de sangue esteja sen-
do observada ao microscópio. A ocular é de 10 vezes e a objetiva de 40. Quantas vezes a
amostra está sendo ampliada?
9. Com massa de modelar procure fazer um modelo de célula animal e um de célula vegetal.
10. Olhe ao seu redor. Quantas coisas vivas você pode ver? Dez? Cem? Por mais que esse
número lhe pareça grande, ele é bem pequeno, porque a maior variedade de seres vivos
não se mostra a você assim tão facilmente. De que organismos estamos falando e que
instrumento é necessário para que possamos ver esse outro “mundo”?
sugestão de leitura
BIZZO, Nélio. A Evolução dos seres vivos. São Paulo: Ática, 1994.
SNEDDEN, Robert. Vida. São Paulo: Moderna, 1997.
CAPÍTULO 6
Classificando
Ao estudar este capítulo, você deverá compreender
a necessidade da classificação; identificar os reinos
adotados no sistema de Whittaker e aplicar as regras de
nomenclatura científica.
Olhe o desenho anterior. É possível identificar duas situações bem diferentes: o lado direito
e o lado esquerdo. Em qual dos dois seria mais fácil encontrar uma anotação, um chinelo ou
uma roupa?
Certamente no lado esquerdo, não é? E por quê?
Porque ali as coisas estão arrumadas! Cada coisa em seu lugar torna tudo mais fácil.
Os cientistas também chegaram a essa conclusão quando o volume de pesquisas sobre
os seres vivos começou a ficar muito grande. Como saber a respeito de que animal ou planta
falava um pesquisador na Inglaterra, na França, na Alemanha, se cada um deles dava um nome
para o objeto de sua pesquisa?
É fácil perceber essa dificuldade, basta lembrar que em uma mesma língua, no Portu-
guês, por exemplo, dependendo da região, uma mesma planta tem nomes bem diferentes.
É caso da raiz conhecida por muitos como aipim, por outros como mandioca ou ainda como
macaxeira.
Para resolver esse tipo de problema, os cientistas criaram uma linguagem universal: a dos
nomes científicos.
Baseada nos trabalhos pioneiros de Lineu (Karl von Linné – 1707-1778), essa linguagem
hoje é usada em todo mundo. Não importa o idioma ou o tipo de símbolo usado na escrita, o
nome científico sempre será grafado da mesma maneira em qualquer lugar do mundo.
Olhe o exemplo abaixo. Este quadro foi copiado de um site da internet. Para chegarmos
a ele foi suficiente digitar o nome científico do tigre, Panthera tigris. Veja, no meio de tantos
símbolos para nós incompreensíveis, lá está algo que reconhecemos e que qualquer pessoa
que tenha estudado sobre isso irá identificar e associar ao animal sobre o qual o redator es-
tava escrevendo.
O principal motivo pelo qual onça e leopardo são considerados de diferentes espécies, é
o fato de não poderem cruzar entre si. As onças vivem nas Américas, enquanto os leopardos
vivem na África e Ásia.
Esse afastamento geográfico impede o contato entre os indivíduos, os quais, vivendo em
ambientes diferentes, sofrem pressões de seleção diferentes. Há comportamentos e aspectos
do funcionamento do corpo que dificultam o acasalamento e impossibilitam o nascimento de
descendência fértil, ainda que tentássemos unir uma onça e um leopardo em um zoológico.
Além de gênero e espécie existem outros grupos maiores nos quais os seres vivos são
classificados.
O conjunto de gêneros constitui uma família; o conjunto de famílias compõe uma ordem;
o conjunto de ordens forma uma classe; o conjunto de classes forma um filo (ou divisão,
quando estudamos os vegetais). Filos podem ser agrupados formando um reino.
Se olharmos um desenho representando todas as categorias taxonômicas, veremos que a
partir do Reino, cada “degrau” abaixo, terá um número menor de indivíduos, até chegarmos
à espécie, onde só há um tipo de organismo.
Essa maneira de classificar é usada tanto no estudo dos animais quanto no dos vegetais.
Os cientistas agrupam os seres vivos em cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae
e Animalia.
Vamos ver as características mais importantes de cada um desses reinos:
Reino MONERA
É formado pelos seres de organização mais simples. Você lembra que há dois tipos de
organização celular?
As células procariontes e as eucariontes.
Pois bem, no reino Monera todos os seres têm organização procarionte.
Fazem parte desse reino as bactérias e as cianobactérias (organismos unicelulares, proca-
riontes e capazes de fazer fotossíntese).
Cianobactérias Bactérias
Reino PROTISTA
É formado pelos organismos unicelulares eucariontes. Estão incluídos nesse reino os pro-
tozoários e as algas unicelulares.
Algas
Protozoário (ameba)
Reino FUNGI
Composto pelos fungos, mofos e bolores. São eucariontes, uni ou pluricelulares e heteró-
trofos. Esse tipo de organismo se alimenta da matéria orgânica em decomposição.
Se você prestar atenção, verá que, entre todos os organismos listados nos cinco reinos,
não foram citados os VÍRUS. Eles não são classificados em nenhum desses reinos e constituem
um grupo à parte, com características próprias, como veremos na próxima unidade.
1.Complete:
a) O atual sistema de classificação é baseado nos trabalhos pioneiros de .
b) A categoria de classificação onde estão agrupados o maior número de espécies é o(a)
.
c) Ao escrevermos o gênero de um organismo, usamos inicial e ao
escrevermos a espécie, a inicial do nome deve ser grafada em letra
.
d) A ciência que estuda e organiza a classificação dos seres é a .
e) O conjunto de famílias compõe um grupo maior denominado .
Onça Leopardo
Reino Animalia Reino Animalia
Filo Chordata Filo Chordata
Classe Mammalia Classe Mammalia
Ordem Carnivora Ordem Carnívora
Família Felidae Família Felidae
Gênero Panthera Gênero Panthera
Espécie onca Espécie pardus
Lhama Camelo
Reino Animalia Reino Animalia
Filo Chordata Filo Chordata
Classe Mammalia Classe Mammalia
Ordem Artiodactyla Ordem Artiodactyla
Família Camelidae Família Camelidae
Gênero Lama Genro Camelus
Espécie glama Espécie bactrianus
6. Pesquise em que local vivem as lhamas e os camelos. Ambientes tão diferentes devem ter
produzido pressões de seleção diferentes. De que modo é possível observar isso?
8. Quando Charles Darwin propôs sua teoria da Seleção Natural, houve muita polêmica e,
como já dissemos, muitos entenderam que ele afirmava ser o homem descendente dos
macacos. Já dissemos também que esse foi um equívoco. Na verdade, Darwin sugeriu que
homens e macacos tiveram um ancestral comum. Observe a classificação do homem e
de alguns macacos mais evoluídos. De acordo com as informações abaixo, Darwin estava
correto em suas afirmações ou não? Justifique.
10. Os reinos monera e protista são constituídos por organismos unicelulares, porém há
uma grande diferença entre eles. Qual?
sugestão de sites
http://www2.uol.com.br/cienciahoje/chc.htm
RECAPITULANDO
Biodiversidade é imensa variedade de seres vivos que habita a Terra.
Pela teoria da abiogênese, ou geração espontânea, a vida teria surgido pela ação de
um “princípio vital”, capaz de transformar a matéria bruta em viva.
Pela teoria da biogênese, seres vivos somente são gerados a partir de outros seres
vivos.
Pela teoria da evolução de sistemas químicos, a vida surgiu nos mares a partir da re-
combinação dos átomos que compunham os gases da atmosfera primitiva.
Fósseis são vestígios de seres vivos que habitaram a Terra no passado.
Para Lamarck, as mudanças sofridas por um ser vivo podiam ser passadas à sua descendência.
Para Darwin, os seres têm pequenas diferenças que podem ser favoráveis ou não. O meio
ambiente seleciona as características favoráveis à sobrevivência, propiciando a evolução.
Célula é a unidade de forma e função dos seres vivos.
Todos os seres vivos são formados por células.
Em geral, uma célula possui membrana, citoplasma e núcleo.
Seres unicelulares são formados por uma única célula.
Seres pluricelulares, ou multicelulares, são formados por um grande número de células,
cada qual desempenhando uma função.
Seres heterótrofos são incapazes de produzir seu próprio alimento, precisam obtê-lo
do meio ambiente que os cercam.
Seres autótrofos são capazes de produzir seu alimento.
As células procariontes possuem o material hereditário disperso pelo citoplasma.
As células eucariontes possuem núcleo e diversos compartimentos derivados da membrana.
As células animais e vegetais são diferentes, uma das diferenças é a presença de clo-
roplastos nas células vegetais.
Espécie é o conjunto de indivíduos semelhantes, vivendo em uma mesma região e capazes
de cruzar entre si gerando descendentes férteis.
O sistema de classificação é binominal, todo ser vivo tem um nome de gênero e um de
espécie.
O sistema de classificação é organizado em cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae
e Animalia.
3. Gases atuais: nitrogênio, oxigênio, gás car- 5. Os gases são diferentes e o oxigênio e o gás
bônico e gases raros. Gases do passado: me- carbônico devem ter se acumulado a partir
tano, amônia, hidrogênio e vapor de água. da atividade dos seres vivos do passado.
Capítulo 3 Capítulo 4
pág.21 pág.28
1. L, L, D, L, D 1. C
E – procarionte
2. Os animais viviam perto do mar e foram E – célula
buscando alimento no mar, para isso pre- E – heterótrofo e pluricelular
cisavam nadar, então as patas foram se membrana
transformando em nadadeiras. 2.
citoplasma
3. Resposta pessoal.
Capítulo 5 Capítulo 6
pág.36 pág.44
1-
Pergunta inserida no texto: a) Lineu.
A foto 3 mostra uma região de intensa b) gênero.
atividade vulcânica onde sais minerais c) maiúscula – minúscula.
sobem à superfície e se acumulam, formando d) taxonomia.
estruturas rochosas de cores e formas variadas,
e) ordem.
ou seja, em 3 a foto é de matéria bruta.
A foto 4 foi tirada nos recifes de coral da
2. Reino, filo, classe, ordem , família e gênero.
Austrália e mostra alguns tipos de formações
construídas pelos pólipos de coral que ali vi-
vem, ou seja, dentro das formações calcárias 3. A espécie.
existem pequeninos animais, a foto é de seres
vivos. 4. Reino, filo, classe, ordem e família.
10. Falamos do universo constituído pelos 10. Os monera são unicelulares procariontes
seres microscópicos que só pode ser ob- enquanto os protistas são unicelulares
servado com auxílio do microscópio. eucariontes.
CAPÍTULO 1
Vírus
Ao estudar esse capítulo, você deverá ser capaz de caracterizar os
vírus e citar doenças que eles causam, bem como maneiras de evitá-las.
Uma das formas de prevenção é o uso de soros e vacinas, portanto, você
deverá explicar o mecanismo de ação dessas substâncias.
Olhe com bastante atenção a foto que abre esse capítulo, ela retrata uma estela (placa de
pedra) do antigo Egito, da 18a. dinastia, no período entre 1580-1350 a.C. Os egípcios deixaram
gravadas muitas cenas de seu cotidiano e esta placa mostra uma delas.
Mas observe de novo, algo chama a atenção, perceba
as pernas do homem. Uma delas é nítidamente mais fina
e mais curta do que a outra. Você já viu alguém com uma
lesão desse tipo? Se viu, sabe qual o motivo dela?
Para os pesquisadores que escrevem sobre a história
das doenças essa placa é a prova mais antiga da ocor-
rência de pólio entre os homens.
Mas, com certeza a doença é ainda mais antiga e
deve ter causado mortes e lesões a muitos povos antes
dos egípcios, porém essas vítimas não deixaram registros
do fato.
A imagem na pedra é uma prova concreta de que a
convivência do homem com os microorganismos causa-
dores de doenças (patogênicos) é muito antiga.
Ao longo dos séculos, a pólio continuou a fazer vítimas,
mas somente no século XX, com a invenção do microscópio
eletrônico, os cientistas puderam ver os causadores dessa
e de outras doenças. Organismos peculiares, cuja existên-
cia era intuída desde o final do século XIX, mas, por serem
menores do que tudo que se conhecia e impossíveis de
ser observados com os equipamentos existentes até então,
permaneciam desconhecidos. Associados a doenças e ma-
lefícios, receberam um nome que em latim significa veneno: VÍ RUS.
São formados por uma cápsula de proteínas que abriga em seu interior o
material hereditário. Veja o esquema simplificado de um vírus:
Reprodução Viral
A foto mostra um bacteriófago e o esquema ao lado representa a entrada do material
genético no interior da bactéria. Ali ele comanda a formação de cópias de si mesmo e a pro-
dução de novas cápsulas protéicas.
Todo material usado nessa síntese pertence à bactéria.
O número de vírus dentro dela vai aumentando até que a célula bacteriana se rompe e
novos vírus são lançados ao exterior.
Viroses Humanas
Os vírus são responsáveis por grande número de doenças graves, que ao longo da história
mataram milhões. Vamos conhecer um pouco mais algumas delas.
Raiva ou Hidrofobia
É uma das doenças mais antigas que se tem notícia, no final do século XIX foi estudada
pelo francês Louis Pasteur (1822-1895) que conseguiu produzir uma vacina capaz de impedir
a instalação da doença.
Em 1885, um menino francês, Joseph Meister havia sido mordido por um cão raivoso e a
mãe, desesperada pediu a Pasteur que ele salvasse o menino. A vacina já estava sendo testada
em animais, mas nunca havia sido usada em seres humanos. Pasteur atendeu aos apelos da
mãe e o menino se salvou, a doença não apareceu.
Mas que doença tão grave é essa? A raiva é transmitida ao homem pela mordida de animais
contaminados, mais comumente cães e gatos, porém, morcegos, quatis e outros animais sil-
vestres também podem fazer
a transmissão.
Uma vez no organismo, o
vírus “caminha” pelos nervos
e após um período variável
se instala no sistema nervo-
so central, provocando con-
vulsões e morte por parada
respiratória.
A prevenção da doença é
feita com a vacinação de cães
e gatos. Pessoas mordidas
por animais desconhecidos
ou com comportamento sus-
peito devem se encaminhar
aos postos de saúde para
receber a vacina e o soro
anti-rábicos.
AIDS
Se a raiva é uma das doenças mais antigas, a AIDS é uma das mais novas, a síndrome foi
descrita em 1981 e somente em 1984 a comunidade científica se certificou de que a doença
era causada por um vírus, o HIV. Dessa data até hoje as pesquisas se multiplicaram. Muito já
se conhece sobre a doença e sobre o vírus que a causa, porém, ainda não há vacina ou cura
para ela. Os medicamentos existentes conseguem dar qualidade de vida aos portadores do
vírus, porém, não conseguem destruí-lo. A única forma de evitar a contaminação é adotando
procedimentos de prevenção, que são:
uso de camisinha nos relacionamentos sexuais;
uso de agulhas e seringas descartáveis;
mulheres gestantes portadoras do HIV devem tomar a medicação anti-viral recomendada
e não devem amamentar;
instrumentos cortantes, usados por médicos e dentistas devem ser esterilizados;
usuários de drogas injetáveis devem usar materiais descartáveis e nunca compartilhar
seringas.
Todas essas precauções se devem ao fato do vírus ser encontrado no sangue, no sêmen
e no leite materno.
No corpo humano, os vírus destroem células denominadas linfócitos, cujo papel é atuar no
sistema imunológico (defesa). Sem elas, o organismo é invadido por outros microorganismos
e vai ficando enfraquecido, com doenças sucessivas, que resultam em morte.
Além da raiva e da AIDS, os vírus são responsáveis por outras doenças:
Dengue Transmitida pela picada do Fortes dores no corpo, fe- Combate ao mos-
mosquito Aedes aegypti. bre, cansaço. quito transmissor.
Febre Também transmitida pelo Febre alta, dor de cabeça, Vacinação específica
amarela Aedes aegypti. grande mal estar, vômitos, e combate ao mos-
sede intensa. quito.
Varíola e Vacina
Em nossa tabela de doenças não incluímos uma que, no passado, produziu epidemias
devastadoras, a varíola.
Causada por um vírus, a doença se espalhava rapidamente e quando não provocava a
morte deixava o sobrevivente com marcas profundas pela pele, particularmente no rosto,
Uma pessoa conversava com outra e explicava sobre formas de contágio da AIDS, ela
afirmou que:
o HIV pode ser transmitido pelo abraço e pelo aperto de mãos;
a transmissão sexual também é uma maneira de haver o contágio;
as mães portadoras de HIV podem transmitir o vírus a seus filhos em gestação;
copos e talheres contaminados são veículos do vírus;
o vírus destrói os glóbulos vermelhos do sangue.
1. De tudo o que foi dito, anote apenas as formas de transmissão que efetivamente podem
ser responsáveis pela aquisição do HIV.
4. Caracterize um vírus.
5. Compare a dengue e a febre amarela. O que essas doenças têm em comum? Como prevení-
las?
A frase que segue revela o sentimento de Pasteur em relação a uma doença que ele
estudou e para a qual conseguiu uma forma de prevenção, dizia ele que “não conseguia
esquecer-se dos gritos daquelas vítimas do lobo danado que passou pelas ruas de ARBOIS,
sua terra natal, quando ainda menino, mordendo várias pessoas, que vieram a adoecer e
morrer da doença” .
6. Que doença era essa?
10. Faça um desenho esquemático de um vírus indicando seu material genético e sua cápsula
protéica.
12. Nós vimos na quinta série que algumas pragas da lavoura podem ser eliminadas com
um método chamado controle biológico de pragas, quando vírus podem ser usados em
benefício do homem. Explique de que modo é feito esse controle e qual a vantagem para
o agricultor.
sugestão de leitura
sugestão de sites
http://www.canalkids.com.br/saude/vacina/variola.htm
CAPÍTULO 2
Reino Monera
Seus estudos deverão permitir que você seja
capaz de caracterizar as bactérias e cianobactérias;
enumerar e descrever doenças causadas por
bactérias citando formas de preveni-las;
explicar a ação dos antibióticos; descrever a
importância ecológica e econômica das bactérias e
cianobactérias.
Olhe para qualquer direção. Quantas coisas vivas você pode ver? Dez? Cem? Mil?
Ainda que você dissesse ver milhares de seres ao seu redor, o que não é provável, você
estará vendo pouca coisa. Isso porque nosso olho só consegue ver coisas um pouco menores
do que 1/10 de milímetro.
Nós podemos ver grandes árvores, grandes animais e até alguns bem menores, mas a
grande variedade e imensa população de organismos está escondida de nossos olhos. Já
vimos que os vírus são muito pequenos, mas eles não têm estrutura celular e alguns autores
chegam a questionar se podem ser considerados seres vivos.
Mas, além dos vírus com suas peculiaridades, o universo microscópico é povoado por uma
infinidade de organismos, alguns ainda bem simples e outros mais complexos. Dentre os mais
simples estão os seres classificados no reino Monera: as bactérias e cianobactérias.
Características de Monera
Nesse grupo estão incluídos todos os seres unicelulares cuja estrutura celular é proca-
rionte, isto é, sem núcleo organizado (limitado por membrana). O material genético desses
organismos se encontra espalhado pelo citoplasma.
Nas células procariontes também não ocorrem organelas limitadas por membranas, como
os cloroplastos e as mitocôndrias presentes em células mais complexas (eucariontes).
Bactérias
Bactérias
Observe as fotos, nelas vemos alguns tipos de bactérias, elas são identificadas de acordo
com a forma que apresentam, as redondas são denominadas cocos, as alongadas como bas-
tões são os bacilos, há ainda bactérias espiraladas, os espirilos e bactérias curvas como uma
vírgula, os vibriões.
Espirilos Vibriões
Todas essas imagens foram obtidas com microscópio eletrônico em ampliações de milhares
de vezes e as cores são fantasia, foram colocadas ali por programas de computador, com o
objetivo de destacar as bactérias. Observe que a foto do espirilo não recebeu esse tipo de tra-
tamento, ela é preta e branca, como são as imagens fornecidas pelo microscópio eletrônico.
Reprodução
A maneira mais simples de uma bactéria se reproduzir é dividindo-se em duas. Este proces-
so recebe o nome de bipartição e é uma forma de reprodução assexuada, isto é, não há troca
de material hereditário entre dois organismos diferentes. Essa forma de reprodução permite
que as bactérias se multipliquem muito rapidamente, em condições ideais, uma bactéria se
divide em duas a cada 20 minutos.
Oito bactérias
após uma hora, a
partir da divisão
de uma bactéria.
Em uma hora apenas, um indivíduo pode gerar oito descendentes. Você vai dizer: mas,
oito não é muito. Então lembre que em uma colônia de bactérias, pode haver milhões de
indivíduos, portanto, a quantidade de descendentes dessa colônia após uma hora pode ser
imensa. Não esqueça de que estamos falando de uma situação ideal, que raramente existe,
nela entre outros fatores, não há falta de alimento, de
espaço, as temperaturas são ideais, não há predadores
e todas as células que se formam têm condição de
gerar novas.
Algumas bactérias fazem um tipo de reprodu-
ção denominado conjugação. Na conjugação duas
bactérias se tocam e unem por meio de uma ponte
de citoplasma, havendo passagem de material de ge-
nético de uma (denominada doadora) para a outra
(denominada receptora).
Nódulos bacterianos em
raiz de leguminosa
Antibióticos
São medicamentos usados no combate às doenças causadas por bactérias e não têm
nenhuma ação sobre as doenças causadas por vírus (viroses).
O primeiro antibiótico foi descoberto por Sir Alexander Fleming, na década de 20. Como
ele foi extraído de um fungo, o Penicillium notatum, recebeu o nome de penicilina. A partir da
2ª Guerra Mundial, a produção dos antibióticos tornou-se muito grande e dezenas de outros
tipos foram sendo descobertos.
Com o aumento na produção, o uso destes medicamentos tornou-se comum, surgindo o
fenômeno da resistência bacteriana, que é um sério problema de saúde nos dias de hoje.
O tratamento com antibióticos deve sempre ser feito sob orientação médica e deve ser
seguido por vários dias, como determinado pelo médico. Parar antes do tempo pode permitir
que algumas bactérias que o medicamento ainda não destruiu voltem a se dividir e provoquem
nova infecção, desta vez muito mais grave do que a anterior e que irá precisar de doses mais
fortes de remédio para ser controlada.
Complete:
5. Há alguns tipos de alimentos que trazem em sua embalagem a inscrição: contém lac-
tobacilos vivos. A partir daí você concluiria que as bactérias que ali estão têm forma de
. Estes produtos auxiliam a reforçar a flora intestinal.
“Durante 66 anos, desde que Alexander Fleming (em 1928) disparou o seu primeiro
tiro de penicilina, acreditou-se que a guerra contra as bactérias estava para ser ganha. Essa
crença, no entanto, vem sendo abalada. De tanto ser bombardeadas com penicilinas e todo
tipo de antibióticos que lhes sucederam, novas bactérias mais resistentes foram sendo se-
lecionadas e hoje ameaçam, o rumo da guerra.
Quanto mais se usam antibióticos de forma inadequada, maiores são as chances de
surgirem micróbios resistentes a eles.”
6. Por que a guerra contra as bactérias, que parecia ganha, pode estar sendo perdida?
10. O texto fala em crescimento excessivo de algas. Que outro nome recebem as ciano-
bactérias e que permite ao autor se referir a elas como algas?
13. Imagine que você está estudando na faculdade de Medicina e recebeu em seu plantão
três doentes, cada um deles com uma queixa. O paciente A se dizia fraco, com tosse
permanente e perda de peso; o paciente B apresentava diarréia incontrolável que havia
começado algumas horas antes, o paciente já dava mostras de desidratação e o paciente
C, era uma criança com tosse intensa e dificuldade para respirar devido ao esforço. Qual
seria seu diagnóstico para cada um deles?
A
B
C
CAPÍTULO 3
Reino Protista
Ao final deste capítulo você deverá ser capaz de caracterizar e
citar a importância dos organismos incluídos no reino protista.
Deverá também identificar os grupos em que são classificados os
protozoários e relacioná-los a algumas doenças importantes.
Os Protozoários
Não possuem clorofila, portanto não produzem seu alimento, são heterótrofos, retirando
sua alimentação do meio em que vivem.
Muitos são aquáticos, de água doce ou salgada. No entanto, podemos encontrá-los tam-
bém sobre o solo, em locais úmidos. Alguns são parasitas e vivem no interior do corpo de
outros organismos, inclusive do homem. Nestes casos são os causadores de várias doenças.
Classificação
Costumam ser classificados de acordo com o tipo e a presença ou não de estruturas de
locomoção em: ciliados, flagelados, rizópodes e esporozoários.
Ciliados
Se movimentam pelo batimento de numerosos cílios
existentes na superfície de sua célula. A maioria destes pro-
tozoários é de vida livre, como o Paramecium, do esquema,
que pode ser facilmente encontrado em amostras de água
doce.
A exce-
ção, em relação ao homem, é o Balantidium
coli um ciliado comum do intestino do por-
co que pode, raramente, parasitar o homem,
causando a balantidísae ou balantidiose,
cujos sintomas são fortes diarréias.
Flagelados
São os protozoários que se deslocam pelo batimento de flagelos. O flagelo é um filamento
longo e geralmente único, que se move lateralmente, como um chicote. Apesar da maioria
dos protozoários ter apenas um flagelo há alguns que possuem vários deles.
Alguns flagelados são parasitas e causam doenças ao homem. As mais importantes são:
a Doença de Chagas e a Leishmaniose.
Doença de Chagas
Esta doença foi descoberta pelo médico carioca Carlos Chagas, em 1909, quando fazia
uma pesquisa sobre malária no norte de Minas Gerais.
Ela é causada por um flagelado, denominado Trypanosoma cruzi que é transmitido ao
homem por um inseto hematófago (que se alimenta de sangue), conhecido popularmente
como barbeiro.
Ciclo da Doença
Os barbeiros vivem em frestas das casas de pau-a-pique (construções feitas com galhos
entrelaçados e argila colocados entre eles). Durante o dia, os barbeiros ficam escondidos,
saindo à noite para se alimentar. Eles sugam o sangue de mamíferos, inclusive do homem.
Quando um barbeiro retira o sangue de uma pessoa contaminada, ele recebe o protozoário
em seu organismo, e ali ele se multiplica. Na próxima vez, ao sugar o sangue de outro, ele
deixa junto ao local da picada, fezes contendo protozoários. Quando este coça o local, os
protozoários entram na corrente sangüínea e se multiplicam. Ao longo do tempo, eles se
instalam no coração, provocando insuficiência cardíaca. O coração trabalha mal e aumenta
muito de tamanho.
A prevenção da doença depende da eliminação dos insetos transmissores, os barbeiros
e da diminuição do uso de casas de pau-a-pique como moradia.
Rizópodes
São os protozoários que se deslocam pela emissão de pseudópodes (prolongamentos
do citoplasma). Como fazem as amebas, por exemplo.
Observe a foto, ela mostra uma ameba, perceba os prolongamentos que a célula emite,
com eles ela se locomove e captura alimentos.
pseudópodes
Alguns poucos são parasitas e, dentre eles, a Entamoeba histolytica, causadora da di-
senteria amebiana ou amebíase. A transmissão da Entamoeba é feita através da água ou de
frutas e verduras contaminadas. No corpo humano a ameba se instala no intestino, onde se
reproduz e forma cistos, estruturas resistentes que são eliminadas com as fezes e uma vez no
meio ambiente podem contaminar a água ou as verduras e frutas.
A doença se caracteriza por produzir fortes dores abdominais, fezes liquefeitas às vezes
com sangue.
A amebíase pode ser evitada com o uso de água tratada, cuidados com a higiene pessoal
e lavagem cuidadosa dos vegetais que são comidos crus.
Esporozoários
Estes protozoários não têm estruturas de locomoção. Todos são parasitas e causam várias
doenças ao homem e a outros animais.
Para o homem, os esporozoários mais importantes são do gênero Plasmodium, porque
eles são causadores da malária, também conhecida como maleita, paludismo, impaludismo,
ou febre palustre.
No Brasil, essa doença afeta grande número de pessoas.
O Plasmodium é transmitido ao homem por um mosquito, o mosquito-prego(gênero Ano-
pheles ).Este inseto reproduz-se em águas calmas e por isto, a doença tem maior freqüência
em áreas de floresta ( Amazônia e Mata Atlântica ), onde a existência de pequenos riachos
de águas tranqüilas é muito comum.
Ciclo da Malária
O mosquito se contamina ao sugar o sangue de uma pessoa doente. No interior do corpo
do inseto o protozoário se multiplica, assim, quando o mosquito se alimenta do sangue de
outra pessoa, transmite a ela os parasitas.
Dentro do corpo humano, os protozoários invadem os glóbulos vermelhos do sangue e
se dividem rapidamente, até que os glóbulos arrebentam. Quando isto acontece, o organis-
mo reage, produzindo febre alta. As crises de febre se sucedem a intervalos regulares e vão
deixando o doente cada vez mais fraco. Sem tratamento, ele pode vir a morrer.
A prevenção da doença depende da eliminação do mosquito transmissor e do tratamento
dos doentes. Algumas medidas, como o uso de repelentes e mosquiteiros em portas e janelas
ajudam a evitar o contato com os mosquitos e a transmissão da doença é dificultada.
Pirrófitas ou Dinophitas
São indivíduos de vida livre, geralmente flagelados, por isso também são conhecidos como
dinoflagelados. Algumas espécies emitem luz, no fenômeno da bioluminescência.
Euglenófitas
São unicelulares e a maioria vive na água
doce. O representante mais importante é a
Euglena.
As euglenas têm um flagelo com o qual se
movimentam e possuem clorofila, fazendo fo-
tossíntese, porém, quando não há luz disponível,
podem retirar alimento do meio ambiente .
Bacilariófita
Nesse filo estão incluídas as algas também conhecidas
como diatomáceas organismos que têm suas células protegi-
das por uma carapaça de sílica parecida com uma caixinha
bem decorada.
Quando a diatomácea morre, sua carapaça afunda, ao lon-
go de milhares de anos elas vão se acumulando e formando
imensos depósitos. Os movimentos da crosta terrestre podem
trazer essas áreas à superfície, permitindo que sejam explo-
radas comercialmente.
Depósitos formados desse modo recebem o nome de terras
de diatomáceas ou diatomitos.
1. Uma determinada moléstia que pode causar lesões nas mucosas, pele e cartilagens é
transmitida por um inseto e causada por um protozoário flagelado. Os nomes da doença,
do inseto transmissor e do agente causador respectivamente, são:
a) doença de Chagas, barbeiro e Plasmodium.
b) malária, mosquito e Leishmania
c) leishmaniose, mosquito e Leishmania
d) amebíase, barbeiro e Trypanosoma
e) doença de Chagas, mosquito e Trypanosoma.
2. Em protozoários rizópodes, como a Amoeba proteus, a locomoção é feita por meio de:
a) cílios
b) flagelos
c) não há formas de locomoção
d) pseudópodes
e) rizomas
Complete:
10. Veja a manchete da notícia publicada na Folha de São Paulo do dia 15 de abril de 2004.
sugestão de leitura
sugestão de sites
http://www.canalkids.com.br/unicef/not_ibge.htm
CAPÍTULO 3
Reino Fungi
Ao terminar seus estudos sobre esse capítulo você
deverá identificar as características dos fungos, citar sua
importância econômica e ecológica e as doenças que eles
podem causar.
Mas essa ação que é fundamental para o equilíbrio do meio ambiente também pode cau-
sar prejuízos ao homem. Veja o que acontece quando a matéria decomposta é um produto
com valor comercial:
Um tipo de bolor “cresceu” sobre os morangos e está usando a matéria que compõe a
fruta como nutriente. Para consumo humano, essa remessa de morangos está perdida.
Mas se os fungos podem causar prejuízos sob diversos aspectos, eles também são lar-
gamente usados pelos homens em diversas atividades industriais, tais como a produção de
pães, de cerveja, na indústria farmacêutica e alimentar.
Na fabricação da cerveja há a participação de uma levedura, o Saccharomyces cerevisae,
que atua na fermentação da cevada.
Esse mesmo organismo é responsável pelo crescimento da massa de pão, eles fermen-
tam a glicose produzindo gás
carbônico, que faz a massa
crescer e álcool, que dá a ela
um cheiro azedo. Com o co-
zimento e álcool evapora e o
cheiro desaparece.
O vinho é obtido pela
fermentação de açúcares das
frutas, o agente dessa fer-
mentação é o Sacharomyces
ellipsoideus.
Alguns queijos são produ-
zidos com a participação de
fungos. É o caso dos queijos
do tipo rockefort, que contém
linhagens especiais de fungos
em sua massa.
A indústria farmacêutica obtém dos fungos a matéria prima para a maioria dos antibió-
ticos, como a penicilina extraída do Penicillium.
Uma das mais importantes drogas usadas para evitar a rejeição nos transplantes, a ciclos-
porina, foi isolada a partir de um fungo
do solo, o Tolypocladium inflatum.
Fungos são alimento, como os
champignons e deles podem ser extra-
ídas substâncias alucinógenas, como o
LSD.
Há ainda os fungos mutualísticos,
aqueles que se associam a outros seres
com benefício para ambos. É o caso dos
liquens que você já conhece. Associação
de tanto sucesso que esse tipo de orga-
nismo é capaz de viver pioneiramente
onde nenhum outro se instalou antes. Liquens
“ O centeio e outros cereais podem ser parasitados por um fungo denominado Claviceps
purpurea. Quando o cereal contaminado é usado como alimento, surge uma intoxicação
denominada fogo de Santo Antônio. No ano de 994 ( novecentos e noventa e quatro ), na
França, aconteceu uma epidemia desta doença, havendo mais de 40.000 mortos.
No ano de 1850 foram feitas as primeiras pesquisas sobre este fungo. Descobriu-se
que ele possui mais de uma dezena de substâncias. Em 1943, o cientista suíço Albert
Hoffman sintetizou , a partir do Claviceps , um composto denominado L.S.D ( dietilamida
do ácido lisérgico ).
O L.S.D é um poderosíssimo alucinógeno, provoca visões e modificações na percepção.
Como a maior parte das drogas, ele causa dependência psíquica.
3. O que é o L.S.D ?
10. Qual a relação entre manter os calçados em lugar seco, arejado e claro e o desapareci-
mento do mofo?
sugestão de leitura
sugestão de sites
http://www.canalkids.com.br/meioambiente/vocesabia/janeiro02.htm
http://www.2.uol.com.br/cienciahoje/chc/chc134e1.htm
RECAPITULANDO
Vírus são organismos muito simples que não possuem estrutura celular, sendo parasitas
intracelulares obrigatórios, só vivendo no interior de células.
Os vírus são formados por um a cápsula protéica com uma molécula de ácido nucléico
em seu interior.
Vírus sofrem mutações que alteram suas características hereditárias.
As doenças causadas por vírus são denominadas viroses.
Algumas viroses são muito graves, é o caso da poliomielite, da raiva, da AIDS, da febre
amarela. Além dessas os vírus causam ainda: hepatite, dengue, caxumba, sarampo, catapora,
rubéola, gripe e resfriado, doenças que causam menor número de mortes, e que podem ser
evitadas com o uso de vacinas (exceto a dengue).
As vacinas previnem o aparecimento das doenças, os soros são usados quando a pessoa
já está doente e requer um atendimento de emergência.
Fazem parte do reino Monera as cianobactérias e as bactérias. Fazem parte desse reino os
organismo de estrutura celular procarionte (sem mebrana limitando o material nuclear)
As bactérias podem ser classificadas de acordo com seu formato em bacilos, cocos, es-
pirilos e vibriões.
As bactérias têm papel importantíssimo no meio ambiente, fazendo a decomposição de
restos de animais e vegetais mortos. Elas também fazem a fixação do nitrogênio atmosféri-
co.
Bactérias são usadas pelos homens nas mais diversas atividades industriais.
A maior parte das bactérias é indiferente aos homens, algumas, porém podem causar
doenças, como o cólera, a difteria, a febre tifóide, a hanseníase, a meningite, a pneumonia, o
tétano e a tuberculose.
Os antibióticos são substâncias capazes de impedir o crescimento de colônias bacteria-
nas.
As cianobactérias vivem na água, no solo úmido, nas rochas, no mar. São autótrofas, pos-
suem clorofila e realizam fotossíntese.
O Reino Protista é formado pela algas unicelulares eucariontes e pelos protozoários.
Os protozoários são organismos unicelulares hererótrofos.
Protozoários são divididos de acordo com o tipo de locomoção em : ciliados (locomovem-
se pelo batimento de cílios); flagelados (locomovem-se pelo batimento dos flagelos); rizópo-
des (locomovem-se pela emissão de pseudópodes) e esporozoários (não têm mecanismo de
locomoção).
As algas unicelulares são autótrofas.
O reino Fungi é formado por organismo uni ou pluricelulares, eucariontes, heterótrofos
que se nutrem de matéria em decomposição.
Fungos são formados por emaranhados de filamentos denominados hifas, esse emara-
nhado constitui o micélio.
A reprodução dos fungos se faz por meio de esporos.
Fungos têm grande importância como decompositores da matéria orgânica do meio e
têm diversas aplicações na indústria de remédios, de alimentos.
12. Mortandade de peixes e outros organis- 13. Porque os mosquitos põem ovos na água,
mos. com o aumento das chuvas há mais am-
bientes para a reprodução desses animais,
13. A- tuberculose a suspensão na aplicação de inseticidas
B-cólera aumentaria ainda mais o número de mos-
C- coqueluche quitos em condições de reprodução.
Capítulo 3
Capítulo 4
pág. 31
pág. 38
1. c
1. O consumo de centeio e outros cereais
2. d contaminados por um fungo, o Claviceps
purpúrea.
3. c
2. Pelo desconhecimento da origem da doença.
4. Carlos Chagas – Tripanossoma cruzi.
3. É um poderoso alucinógeno.
5. Anopheles.
4. Alguns fungos produzem substâncias aluci-
nógenas que poderiam ajudar nas “visões”
6. Amazônica - Atlântica
e “previsões” realizadas pelos feiticeiros e
curandeiros.
7. Porque é formado pelo acúmulo de sedi-
mentos, característica das rochas sedimen-
5. Porque o calor mata os organismos que
tares.
constituem o fermento biológico.
8. No filo bacilariófita
6. A umidade, as altas temperaturas e o am-
biente escuro junto ao solo
9. Porque elas flutuam livremente na superfície
das águas.
7. São filamentos que compõem a estrutura
dos fungos.
11. Endêmicas: são as doenças que se repetem
em determinada região oiu população
8. Saccharomyces cerevisae (cerveja e pão)
e Saccharomyces ellipsoideus (vinho). São
12. leveduras que pertencem a um mesmo
gênero.
Casos de malária em
9. Não. O mofo se propaga por esporos, ondas
sonoras não impediriam sua disseminação
pelo ar.
CAPÍTULO 1
Poríferos e
Cnidários
Ao concluir seus estudos deste capítulo, você deverá caracterizar
poríferos e cnidários, citando seus modos de vida e importância
ecológica.
Observe a foto da página anterior. O que você acha que está retratado nela? Um animal,
um vegetal ou uma pedra?
Se você ficou confuso(a), não se preocupe. A um primeiro olhar, aquilo parece um mineral,
e confunde o observador menos atento. Alguns pesquisadores do passado acreditavam que
essas estruturas eram formações rochosas. Mas olhando sua estrutura microscópica, a dúvida
desaparece: é um ser vivo, mais propriamente um animal denominado esponja.
E se você continua em dúvida, vamos ver algumas características desses seres, classificados
no filo Porifera.
Os poríferos são organismos muito antigos que devem ter surgido nos mares primitivos
há quase um bilhão de anos. Sua organização é simples: não possuem tecidos verdadeiros,
isto é, conjuntos de células especializadas na realização de tarefas.
Observe de novo a foto e pense no nome do filo ao qual esses seres pertencem. O que
significa porífera? Pesquise num dicionário.
Poríferos vivem fixos ao fundo, a maioria é marinha, há, porém, espécies de água doce.
Como são animais fixos e, por sua natureza heterótrofa, incapazes de produzir seu ali-
mento, a única alternativa que lhes resta é que o alimento vá até eles. E é isso que de fato
acontece: esponjas são animais filtradores, isto é, retiram da água que circula por seus corpos
o oxigênio e o alimento necessários a
sua sobrevivência.
Essa circulação é possível porque
o animal, como o nome do filo sugere,
tem o corpo repleto de poros, que são
pequenos orifícios por onde a água
circula. Porífera vem do latim poru =
orifício (poro) e ferre = ser portador de
(trazer).
As esponjas têm alguns tipos de cé-
lulas especializadas na execução de de-
terminadas funções. Veja um esquema
simplificado do corpo desses animais.
A água entra pelos poros, circula na cavidade interior da esponja, o átrio, e sai pela aber-
tura superior, denominada ósculo. Nesse trajeto, leva alimentos e oxigênio à esponja e recebe
dela os restos do metabolismo celular.
A circulação interna é facilitada pela ação de células denominadas coanócitos que, com
seu movimento de flagelo, impulsionam a água para fora do animal.
Observe que esponjas não têm órgãos. A digestão e a respiração acontecem diretamente
em cada uma das células desse animal. A digestão é do tipo intracelular (acontece dentro das
células).
A sustentação do corpo das esponjas é feita por estruturas calcárias ou silicosas denomi-
nadas espículas e por uma rede formada por uma proteína denominada espongina. Algumas
espécies possuem apenas espículas calcárias, outras possuem espículas de sílica e rede de
espongina.
Reprodução
Pode ser assexuada ou sexuada.
Na reprodução assexuada, não há troca de material genético entre indivíduos diferentes.
Nas esponjas, a reprodução assexuada acontece por brotamento, ou seja, um pequeno broto
se forma na lateral de um animal adulto, cresce um pouco e se desprende, dando origem a
outro indivíduo. Veja:
CNIDÁRIOS
São seres que possuem células urticantes, ou seja, que produzem substâncias capazes de
causar sensações de “queimação”.
Fazem parte deste filo: as anêmonas, os corais, as hidras e as águas-vivas. A maioria dos
cnidários vive no mar, mas alguns são de água doce, como a hidra. Existem cerca de 10.000
espécies já conhecidas, porém, cada nova expedição às grandes profundidades oceânicas
revela seres até então nunca vistos.
Os cnidários podem apresentar duas formas: pólipos e medusas. Veja:
A reprodução em Cnidários
Os cnidários apresentam as mais variadas formas de
reprodução. Podem reproduzir-se assexuadamente por
brotamento ou sexuadamente, com formação de gametas.
Em algumas espécies ocorre um processo denominado al-
ternância de gerações, no qual, em uma fase, há reprodução
assexuada e, na fase seguinte, reprodução sexuada.
2. No Brasil, os acidentes mais graves são causados pelas caravelas. Pesquise sobre esses
animais, como são e o risco que trazem aos banhistas. O site http://www.dangerousaqua-
ticanimals.com.br/index.html traz informações sobre acidentes com esses animais.
Os cnidários são animais aquáticos que apresentam formas diferentes, conforme o modo
de vida:
a) b)
8. Explique o que é brotamento. Cite dois exemplos de animais que se reproduzem dessa
forma.
11. Certas esponjas são perigosas para os mergulhadores. Explique por quê.
sugestão de sites
http://www.dangerousaquaticanimals.com.br/index.html
CAPÍTULO 2
Platelmintos e
Nematelmintos
Após estudar este capítulo, você deverá saber descrever os
platelmintos e os nematelmintos; citar as classes em que são
classificados e as verminoses que causam, descrevendo o ciclo de
transmissão e as formas de prevenção dessas infestações.
Platelminto parasita
macho
fêmea
Esquistossomose
Popularmente conhecida como “barriga d’água”, “xistose” ou “bilharziose”, a esquistosso-
mose é causada pelo verme Schistosoma mansoni e é um indicativo sócio-econômico impor-
tante, pois está relacionada à pobreza. Estima-se a existência de 150 milhões de portadores
de esquistossomos no mundo, sendo 5 milhões no Brasil. Há outras espécies de Schistosoma
que não ocorrem no Brasil.
Ciclo de Transmissão
Os ovos do S. mansoni são eliminados nas fezes do homem.
Quando alcançam a água, eclodem, originando miracídios, que
medem 0,15mm, e que vão parasitar o hospedeiro intermediá-
rio: um caramujo do gênero Biomphalaria. No caramujo, o mi-
racídio se desenvolve, dando origem a cercárias. Um miracídio
pode originar 100.000 cercárias (1mm), que saem do caramujo
e ficam na água, de onde conseguem parasitar o homem, pe-
netrando-lhe a pele. Depois da penetração, os vermes chegam
à circulação e se alojam nos vasos do fígado e do intestino. Ali,
as fêmeas (1,5cm) fazem a postura de mais ovos, que serão
eliminados com as fezes. E o ciclo reinicia.
A entrada das cercárias pela pele produz coceira local e a
presença dos vermes adultos causa acúmulo de líquidos no
abdômen, daí o nome popular de barriga d’água. Cercária em foto ampliada
(tamanho real 1mm).
Prevenção
Evitar banhos em locais onde possa existir o hospedeiro intermediário, que é o
caramujo.
Tentar erradicar o caramujo hospedeiro.
Elaborar campanhas de conscientização sanitária.
Investir em saneamento básico.
Teníase
Também conhecida como solitária, esta verminose pode ser causada por dois tipos de
tênia, a Taenia solium e a Taenia saginata.
O ciclo das duas é muito parecido, sendo que o hospedeiro intermediário da T.solium é o
porco, enquanto que da T. saginata é o boi.
Vamos descrever o ciclo da T.solium, pois apresenta maior número de ocorrências no
país.
As tênias têm um corpo muito longo (até 8m), com uma das extremidades bem fina,
onde estão a cabeça e o pescoço. Logo após existem numerosos anéis (proglotes) que vão se
tornando cada vez maiores à medida que se afastam da cabeça. Esses anéis possuem sistema
reprodutor masculino e feminino. Os últimos anéis são denominados grávidos e se desprendem
com as fezes da pessoa contaminada, cada um com milhares de ovos. O hospedeiro interme-
diário (porco) ingere os ovos e desenvolve o cisticerco nos seus tecidos, principalmente no
muscular. Se o homem ingerir carne contaminada pelo cisticerco, desenvolve a tênia adulta no
intestino. Ali, o verme provoca aumento do movimento intestinal, causando dor abdominal,
fome e perda de peso, mesmo com uma alimentação adequada.
Cisticercose
Cisticercose é o desenvolvimento de cisticercos no tecido humano, conseqüência da
ingestão acidental de ovos da Taenia. Os cisticercos podem se alojar em locais diversos do
organismo, como olhos, músculos, fígado e cérebro, onde produzem a neurocisticercose,
doença bem mais grave do que a teníase, pois pode provocar convulsões, perda da visão e
alucinações.
Prevenção
A prevenção inclui saneamento básico e cozimento adequado da carne. Fiscalização e
controle sanitário do rebanho bovino e suíno.
Nematelmintos
Você já sabe que existem vermes achatados, pois acabamos de estudá-los, mas, além des-
ses, existem vermes um pouco mais evoluídos e com uma forma um pouco diferente. Veja:
Quais as diferenças que você nota comparando esta foto com a do início do capítulo?
Anote.
Esse verme é o Ascaris lumbricoides, um nematel-
minto parasita do homem. Existem tambem espécies
parasitas de outros animais e até de plantas. Mas há
também milhares de espécies de nematelmintos de
vida livre, habitantes do solo e de ambientes aquá-
ticos.
A palavra nematelminto é formada por nematos
= filamento e helmin = verme. Portanto, neste grupo
estão os vermes de corpo cilíndrico e afilado nas duas
extremidades.
Esses animais, em geral, têm tubo digestório completo, isto é, com boca e ânus; têm sexos
separados e, muitas vezes, machos e fêmeas podem ser facilmente distinguidos.
Ascaridíase
É causada pelo Ascaris lumbricoides, um verme cilíndrico de aproximadamente 30cm de
comprimento, conhecido popularmente como lombriga.
Prevenção
É feita com hábitos de
higiene, como lavagem
das mãos antes das
refeições, consumo de
água tratada e preparo
adequado de alimentos,
principalmente aqueles
que são consumidos crus,
como frutas e verduras.
Filariose
É causada por um verme denominado Wuchereria
bancrofti que, na forma adulta, mede de dois a seis cen-
tímetros.
A transmissão é feita por um mosquito do gênero
Culex (muriçoca), que se contamina ao sugar o sangue
de uma pessoa já infectada.
A forma adulta vive nos vasos linfáticos do corpo
humano. Nesses vasos há a circulação da linfa, um líqui-
do claro, transparente, como aquele que se acumula no
interior de uma bolha.
A presença do verme impede a circulação da linfa e o órgão afetado incha muito. Como
geralmente os parasitas estão nos vasos das pernas, elas ficam deformadas e, por isso, a doença
também recebe o nome de elefantíase, pois as pernas ficam imensas, como as patas do elefante.
Prevenção
A prevenção pode ser feita com o uso de mosquiteiros, repelentes, inseticidas e telas em
portas e janelas. O tratamento dos doentes ajuda a reduzir o número de mosquitos contami-
nados.
Ancilostomose
Também conhecida como amarelão ou opilação, esta verminose é causada por dois tipos
de nematóides: o Ancylostoma duodenale e o Necator americanus. Os dois parasitas medem
entre 0,8 e 1,3cm, quando adultos. A forma infestante é uma larva, que entra no corpo humano
através da pele, chega à circulação sangüínea, passa pelos pulmões e é engolida. No intestino,
as larvas se desenvolvem, atingindo a forma adulta, e se alimentam de sangue. As fêmeas
fazem a postura de ovos, que chegam ao exterior junto com as fezes e libertam no solo as
larvas infestantes, que entram no corpo através da pele, causando coceira e irritação local.
A presença de grande número de vermes leva a um quadro grave de anemia (redução
nos glóbulos vermelhos do sangue), que deixa a pessoa cansada, desanimada e pálida (daí o
nome popular da verminose ser amarelão).
Prevenção
O uso de calçados, hábitos de higiene pessoal, uso de instalações sanitárias adequadas,
tratamento da água consumida e cuidados na preparação de alimentos são medidas preven-
tivas importantes.
Filariose ou
Elefantíase
Consumo de carne
contaminada pelos
cisticercos
Ascaris lumbricoides
Combate ao cara-
mujo hospedeiro.
2. A Saúde Pública toma medidas de proteção à população como, por exemplo, o cuidado
com a saúde dos animais para abate (boi, porco), a vigilância regular a matadouros e a
recomendação de não ingerir carnes cruas ou mal cozidas. Com essas medidas, procura-se
evitar:
a) o amarelão. b) a teníase. c) a ascaridíase.
d) a filariose. e) a ancilostomose.
3. Viajando, você chega a um local bonito com uma lagoa convidativa para um banho
refrescante. Na margem da lagoa há uma placa que informa: Lagoa da Coceira. Além
de pequenos peixes, você percebe a existência de caramujos muito bonitos, de conchas
espiraladas, planas e marrom-acinzentadas. Um garoto barrigudinho brinca na água. Você
resolve:
a) tomar um banho, porque se há seres vivos na lagoa é sinal de que ela não está poluída
e portanto não oferece riscos à saúde.
b) evitar o contato com a água, porque a barriga do garoto indica uma doença chamada
amarelão.
c) tomar banho, porque você recentemente usou remédios que lhe deram imunidade a
qualquer contaminação.
d) evitar o contato com a água porque ela pode conter cercárias que, entrando por sua
pele, causarão esquistossomose.
e) não tomar banho, porque ali pode haver lombrigas capazes de causar coceira pelo
corpo.
No início do século XX, Jeca-Tatu, personagem criado por Monteiro Lobato, representava
o brasileiro da zona rural: descalço, mal-vestido, anêmico e enfraquecido por vermes in-
testinais. Jeca era pálido, magro e preguiçoso. Sobre ele, Monteiro Lobato escreveu: “Ele
não é assim, ele está assim”.
8. Tento em vista o fato de que essa verminose ainda aflige milhares de brasileiros, o que as
pessoas devem fazer para não adquiri-la? Justifique.
9. Pesquise o nome do filo ao qual pertence o caramujo e identifique o filo no qual está
inserido o Angiostrongylus.
sugestão de sites
http://www.fiocruz.br/ccs/glossario/esquistossomose.htm
CAPÍTULO 3
Anelídeos e
Moluscos
Seus objetivos ao estudar este capítulo são: caracterizar os
anelídeos e moluscos; identificar as diversas classes em que se
dividem esses filos e explicar a importância ecológica desses animais.
cerdas
têm ventosas nas extremidades do corpo, assim conseguem se fixar ao corpo do hospedeiro
e sugar-lhe o sangue.
ventosa
ventosa
A Minhoca
Tem o corpo cilíndrico e segmentado em anéis. Sua pele é fina, com glândulas que pro-
duzem um material viscoso e escorregadio, cuja
função é facilitar a locomoção. A pele fina permite
realizar as trocas de gases, pois as minhocas possuem
respiração cutânea. Anelídeos aquáticos possuem
brânquias para realizar as trocas gasosas.
No primeiro anel, está a boca; no último, o ânus.
Elas têm tubo digestório completo e digerem folhas
e restos de material orgânico mis-
turados ao solo.
As cerdas são pequenas e é
difícil percebê-las a olho nu.
Minhocas são hermafroditas,
isto é, possuem simultaneamen-
te sistema reprodutor masculino
e feminino. Mas, apesar disso, é
preciso duas minhocas para que
a fecundação aconteça, em um
processo que recebe o nome de fecundação cruzada (um animal fertiliza o outro). Os ovos
são colocados em um casulo, que é deixado no solo, e dele saem pequenas minhocas seme-
lhantes ao adulto. O casulo é produzido na região do clitelo.
Moluscos
São animais de corpo mole, podem estar protegidos por concha ou não. Observe alguns
exemplos de animais deste filo:
Polvo Caramujo
Bivalve Nautilus
Viu como são variados os animais que fazem parte deste filo?
A maioria é aquática, de água doce ou salgada, porém há espécies
terrestres, como o caracol de jardim e a lesma que você conhece.
Como esses animais são muito variados em sua anatomia, vamos considerar um deles
como exemplo de molusco. Vamos conhecer o caracol. Nos esquemas a seguir, você pode ver
de que modo é organizado o corpo desse animal, em que podemos identificar três partes: o
pé, a cabeça e a massa visceral.
O pé é muscular, bem desenvolvido, com glândulas produtoras de um material viscoso
que facilita o deslocamento do animal na terra. Nas lesmas, esse material deixa um rastro
brilhoso bem característico.
Na cabeça, há tentáculos com olhos na extremidade; a boca possui uma língua denteada,
a rádula, com a qual o animal raspa seu alimento, como folhas, por exemplo.
A massa visceral está contida no interior da concha e ali estão os órgãos encarregados da
digestão, da respiração, da circulação, da excreção e da reprodução.
Cefalópodes são animais que têm os pés (tentáculos) unidos à cabeça. Podem ter concha
externa, como o Nautilus, ter concha interna, como as lulas, ou ainda não ter concha nenhu-
ma, como os polvos. Observe as fotos do polvo, do nautilus (na página 25) e das lulas. Você
pode perceber que os cefalópodes têm olhos muito desenvolvidos e que formam imagens
bastante nítidas. Esses animais também são mestres na camuflagem, mudando rapidamente
de cor para se confundir com o fundo. Veja se é fácil achar o polvo na foto abaixo.
Lulas
4. Charles Darwin, naturalista inglês, dedicou mais de 40 anos aos estudos e pesquisas sobre
a vida das minhocas, e publicou, em 1881, o mais completo trabalho sobre elas, no livro
“A formação do húmus através da ação das minhocas”. Em “Formação da camada vegetal
sob a ação das minhocas”, Darwin questiona: “Pode-se perguntar se existem muitos outros
animais, na história do mundo, que tenham desempenhado um papel tão importante quanto
o desses animais inferiores”
Escreva sobre a ação minhocas e procure explicar porque Darwin dá a elas tão grande
importância.
No passado não muito distante, um tipo de animal era vendido em barbearias e boticas
para se fazer sangria. Acreditava-se que essa prática poderia curar diversas doenças.
sugestão de sites
http://www.escolabellarte.com.br/Dicas/perhist.htm
CAPÍTULO 4
Artrópodes
Crustáceos
Compõem um subfilo em que a maior parte de seus representantes possui um exoesqueleto
contendo carbonato de cálcio. Isso o torna bem duro, como a “casquinha” do siri. Fazem parte
deste grupo: as lagostas, os camarões, os siris e os caranguejos, que são animais aquáticos. As
“baratas-da-praia” e os “tatuzinhos de jardim” são crustáceos terrestres, porém não são muito
adaptados a esse ambiente e precisam viver em lugares úmidos para poder respirar, pois sua
respiração, assim como a dos crustáceos aquáticos, é branquial.
Barata da praia
Tatuzinho de jardim
www.centralmassscuba.com/
Abdomen de lagosta repletoPictures.html?Select...
de ovos (toda a parte cinza).
Importância do Grupo
Os crustáceos compõem parte importante das cadeias alimentares aquáticas. Suas larvas
aparecem em número muito grande no plâncton e servem de alimento a diversas espécies.
Siris, caranguejos, camarões e lagostas têm alto valor comercial e fazem parte de inúmeros
pratos culinários.
Insetos
Mais numeroso grupo de animais, os insetos habitam principalmente o ambiente terrestre,
porém existem algumas espécies aquáticas.
Os pesquisadores acreditam
que o sucesso desse grupo se
deva ao exoesqueleto de quitina
e à capacidade de voar que mui-
tos deles conseguiram desenvol-
ver de forma admirável.
Um inseto tem o corpo dividi-
do em cabeça, tórax e abdômen.
Possui 3 pares de patas e um par
de antenas.
Na cabeça, há olhos com-
postos, olhos simples e antenas,
além da boca, cuja estrutura varia
conforme o tipo de alimentação
do animal.
Reprodução
Insetos têm sexos separados e a fecundação é interna. O desenvolvimento pode acontecer
de três maneiras: direto, indireto com metamorfose incompleta e indireto com metamorfose
completa. Vamos ver como se dá cada um desses processos.
Desenvolvimento Direto
Como o nome sugere, do ovo nasce um animal já com a forma do adulto. À medida que
as mudas vão acontecendo, ele chega ao tamanho adulto. Um inseto que se desenvolve dessa
forma é a traça dos livros.
Nos mosquitos, a fase larval é aquática, por isso o controle de doenças como a malária,
a febre amarela, a dengue e a leshmaniose é feito também com a redução dos depósitos de
águas nos quais os ovos são postos e as larvas vivem.
Insetos Sociais
Alguns grupos de insetos formam “organizações” sociais muito complexas, onde a maior
característica é a divisão de trabalho. Em uma sociedade, há grupos responsáveis por diferentes
funções. As mais organizadas sociedades são as das abelhas, das formigas e dos cupins.
Em uma colméia existe uma rainha, diversos zangões e centenas de operárias. A rainha
faz a postura de ovos depois de ter sido fecundada pelos zangões, durante o vôo nupcial
que antecede a criação da colméia. Os ovos são cuidados pelas operárias, que mantém a
temperatura e a limpeza no interior da colméia e alimentam as larvas assim que elas eclodem.
As operárias buscam o néctar e com ele produzem o mel, a geléia real, a cera e o própolis.
Quando a larva eclode, recebe geléia real como alimento. Alguns dias depois, passa a
ser alimentada com mel. Nesse caso, ela será uma operária. Se, no entanto, a alimentação
com geléia real continuar, ela será uma rainha. Os zangões se formam a partir de óvulos não
fecundados.
Aracnídeos
Fazem parte deste grupo os escorpiões, as aranhas, os carrapatos e os ácaros. Animais que
não têm antenas e possuem pedipalpos com variadas funções. Têm quatro pares de patas.
Escorpiões
Têm o corpo dividido em cefalotórax e abdomen, possuem quatro pares de patas
além de quelíceras e pedipalpos. No final do abdômen, têm um aguilhão com o qual injetam
veneno na presa.
aguilhão
pedipalpos
Tityus serrulatus,
uma das espécies
que vivem no Brasil.
Os escorpiões se alimentam de insetos, como baratas, por isso, uma forma de reduzir seu
número é manter terrenos baldios e fundos de quintais limpos, sem acúmulo de lixo.
O veneno dos escorpiões pode causar graves intoxicações com dor local muito intensa e,
em alguns casos, pode ser fatal.
Carrapatos
São parasitas externos de muitos animais, dos quais retiram o sangue. Por isso podem
causar prejuízos a criações de cavalos, porcos ou bois.
Têm o corpo inteiriço, que fica parecido com uma bola quando o animal se “enche” de
sangue. Veja na foto a seguir que mal se notam as 8 patas, tão “inchado” está o corpo. Os car-
rapatos fazem parte de um grupo denominado Acarina, no qual também estão classificados
os ácaros da poeira, organismos microscópicos causadores de diversos problemas alérgicos,
e os ácaros causadores da sarna Sarcoptes scabiei.
Carrapato
Ácaros de poeira
Aranhas
Têm o corpo dividido em cefalotórax e abdômen. Possuem diversos olhos simples e
quelíceras com as quais inoculam o veneno. No final do abdômen estão as aberturas das
glândulas fiandeiras. Nem toda aranha produz teia, mas todas produzem o fio, com o qual
forram sua morada ou envolvem seus ovos.
Aranhas são carnívoras: usam a teia para caçar e o veneno para paralisar suas presas.
No Brasil, o maior número de acidentes envolvendo aracnídeos se deve à aranha-marrom,
Loxosceles intermedia, com grande concentração de casos em Curitiba e região metropolitana.
A aranha é pequena e se esconde dentro de casa, em roupas e calçados. A picada não dói, mas
seu veneno pode causar problemas renais que, em alguns raros casos, levam à morte.
Quilópodes e Diplópodes
Observe esses animais. O que têm em comum? Anote.
Os animais das fotos têm corpo alongado, segmentado, com um par de antenas e muitas
patas articuladas. No animal da esquerda, há um par por segmento; ele é um quilópode, en-
quanto que o outro tem dois pares por segmento, é um diplópode.
Os quilópodes são carnívoros e capturam suas presas injetando veneno com duas pinças, de-
nominadas forcípulas. Fazem parte deste grupo mais de 3000 espécies de centopéias que caçam
pequenas aves, roedores, lagartos, cobras e anfíbios, além de outros animais invertebrados.
Os diplópodes são herbívoros ou detritívoros (comem restos em decomposição), diferente
dos quilópodes, não possuem glândulas de veneno. Fazem parte desse grupo os piolhos-de-
cobra ou gongolos. Existem cerca de 7500 espécies vivendo sob folhas, troncos e pedras. Há
espécies medindo trinta centímetros de comprimento e apresentando 600 patas. Quando
perturbados, se enrolam em espiral e alguns podem produzir um líquido de cheiro forte que
afasta os predadores.
Complete:
1. Durante dois meses, 80 milhões de caranguejos vermelhos invadem a ilha Christmas,
no Oceano Índico. Sua marcha acontece no período de acasalamento. Esses animais
pertencentes ao subfilo dos _____________________, têm o corpo protegido por um
__________________ quitinoso com adição de carbonato de ____________________.
2. Os insetos têm, na cabeça, olhos _____________ e olhos __________________.
3. Os mosquitos Aedes aegypti podem transmitir a _____________ e a ______________.
4. Todos os insetos possuem ___________ pares de patas.
5. Na lista de animais abaixo, copie em seu caderno apenas o nome dos insetos:
mosca caranguejo aranha borboleta piolho-de-cobra
siri lagosta escorpião gafanhoto besouro
carrapato cupim centopéia camarão abelha
6. Observe o esquema. Ele representa a metade do corpo de uma aranha. Complete o desenho
com as partes que faltam. Identifique:
a) as patas;
b) o cefalotórax;
c) o abdomen;
d) as quelíceras;
e) as glândulas fiandeiras;
f ) os pedipalpos.
8. Algumas pessoas acreditam que as cigarras “arrebentam de tanto cantar” pois é comum
encontrar “cascas” vazias desse animal presas às cascas das árvores. Será que as cigarras
realmente arrebentam de tanto cantar?
9. Um dos maiores problemas dos agricultores é a existência de insetos que chegam a destruir
lavouras inteiras. Porém, nem todos os insetos denominados pragas são daninhos durante
todas as fases do ciclo de vida. Em relação ao exposto, comente:
a) a ação das borboletas, durante sua fase larval e adulta.
b) pesquise um inseto que pode ser considerado uma praga para a agricultura em todas
as etapas de sua vida.
10. Acariciando seu cachorrinho de estimação, você descobriu no meio dos pêlos uma pulga
e um carrapato.
a) a que filo pertencem esses animais?
Você pode encontrar mais informações sobre os assuntos tratados nesse capítulo:
sugestão de filmes
Vida de Inseto
sugestão de leitura
TACLA, Almenor; MORELLO, Cecília Mattos. Como Vivem os Insetos.
São Paulo:Scipione.
sugestão de sites
http://www.guiabutanta.com/butantan/#
http://www2.uol.com.br/cienciahoje/ch/ch197/emdia1.html/
http://www.guiabutanta.com/butantan/
CAPÍTULO 5
Equinodermo
Ao estudar este capítulo você terá como objetivo identificar um
equinodermo, citar as classes em que eles são agrupados, compará-
los aos demais grupos de invertebrados e explicar sua importância.
Estrela-do-mar em vista oral (parte que fica em contato com a areia do fundo).
Mas o sistema ambulacrário não é apenas um sistema locomotor, ele é mais complexo do
que isso, pois participa da respiração, da circulação, da excreção e capta sensações táteis.
O oxigênio usado pelo animal é retirado, pelas brânquias, da água que circula no sistema
ambulacrário. Nessa água são lançados os resíduos da respiração e do funcionamento
celular.
A água entra na estrela-do-mar por uma região denominada madreporito ou placa
madrepórica, que é perfurada. Uma vez dentro do corpo do animal, a água percorre um
complexo sistema de canais que irradia por todo corpo, chegando aos pés ambulacrários. O
movimento desses pés está relacionado à pressão de água no interior deles.
Reprodução em Equinodermos
Existem machos e fêmeas, porém, não é possível distingui-los por aspectos externos. A
fecundação é externa, isto é, os gametas são lançados na água. Quando se encontram, pro-
duzem uma larva, portanto, esses animais têm desenvolvimento indireto. As larvas compõe
parte importante do zooplâncton. Após o período larval, sofrem mudanças originando o
animal adulto.
Classes de Equinodermos
Asteroidea Echinoidea
Ouriços-do-mar
Estrelas-do-mar
Bolachas-do-mar
Sua estrutura corporal básica é formada Possuem boca com uma estrutura típica, a
por cinco braços. Carnívoras, se alimentam de lanterna-de-Aristóteles, com a qual arrancam
ostras e mexilhões. Quando abrem a concha pedaços de algas para se alimentarem.
do molusco, lançam sobre ele seu estômago No oriente, há espécies de ouriços muito
e substâncias químicas que fazem a digestão venenosas; pisar sobre um deles causa dor
do animal. violenta e pode, em casos extremos, ser
fatal.
Os Equinodermos se Defendem
Os ouriços-do-mar protegem-se com espinhos, pontiagudos ou não, que furam ou
envenenam o inimigo. Os espinhos servem também para manter o animal preso às fendas
no coral, de modo que ele não possa ser retirado dali.
Alguns pepinos-do-mar são venenosos e outros envolvem os atacantes lançando
filamentos pegajosos. Algumas espécies desfazem-se de seus órgãos internos para manter
o inimigo ocupado, rastejam para longe e desenvolvem um novo órgão.
(Adaptado de A Grande Barreira de Recifes – Time-Life)
Você pode encontrar mais informações sobre os assuntos tratados neste capítulo:
sugestão de leitura
sugestão de sites
www.curlygirl.no.sapo.pt/equinodermes.htm
RECAPITULANDO
Seres pluricelulares e heterótrofos fazem parte do reino animal.
Poríferos (esponjas) são os invertebrados mais simples e de origem mais antiga, não
possuem tecidos verdadeiros, têm o corpo repleto de poros, vivem fixos ao fundo e são
filtradores. Possuem células especializadas no desempenho de algumas funções. A digestão
é intracelular e a sustentação se faz com auxílio de espículas calcárias. A reprodução pode ser
assexuada por brotamento ou sexuada.
Cnidários são seres possuidores de células urticantes, isto é, células que produzem um
material que causa sensação de queimação, essas estruturas recebem o nome de cnidócitos.
Existem duas formas básicas de cnidários, os pólipos, como as hidras, anêmonas e corais e as
medusas como as águas-vivas. A reprodução pode ser assexuada por brotamento ou sexuada
com alternância de gerações. Os corais são formados por milhares de minúsculos pólipos.
São classificados em três classes: hidrozoários (hidras e caravelas), cifozoários (águas-vivas) e
antozoários (anêmonas e corais).
Platelmintos são os vermes achatados. Alguns são de vida livre, outros são parasitas.
Podem ser agrupados em três classes: tubelária (planária), trematoda (esquistossomo) e
cestoda (tênia). Existem platelmintos parasitas do homem, como o esquistossomo, causador
da barriga d’água, verminose que tem como hospedeiro intermediário um caramujo. A tênia,
causadora da solitária, outro platelminto parasita dos seres humanos, é transmitida ao homem
pela carne de porco ou de boi contaminada. A prevenção dessas verminoses se faz com
saneamento básico, higiene pessoal, erradicação dos caramujos hospedeiros e fiscalização
da carne comercializada.
Nematelmintos são vermes cilíndricos. Existem animais de vida livre e parasitas de
plantas e de outros animais, inclusive do homem. As verminoses humanas mais freqüentes
são: a ascaridíase (lombriga), a filariose (elefantíase) e a ancilostomose (amarelão). A filariose
é transmitida pela picada de um mosquito do gênero Culex, portanto uma das formas de
reduzir a ocorrência da doença é combater o mosquito. A ancilostomose pode ser diminuída
com o uso de calçados e todas elas reduzem de freqüência com saneamento básico e higiene
sanitária.
Anelídeos são animais de corpo cilíndrico, com extremidades afiladas e muitos segmentos
(anéis). Há anelídeos marinhos, de água doce e terrestres. Esses animais são agrupados em
três classes: hirudíneos, como a sanguessuga, são anelídeos que não têm cerdas; oligoquetas,
como as minhocas, que possuem poucas cerdas; e poliquetas, como alguns vermes marinhos
possuidores de grande número de cerdas. As minhocas são importantes para o meio ambiente
pois ajudam a reciclar folhas e materiais orgânicos presentes no solo.
Moluscos são animais de corpo mole. Podem ser encontrados na água doce, no mar ou na
terra. Estão agrupados em 3 classes principais: gastrópodes, como os caracóis, os caramujos e
as lesmas, e podem ter ou não concha; pelecípodes, como as ostras, mariscos, mexilhões, cujo
corpo fica abrigado no interior de uma concha formada por duas valvas (são bivalves); cefa-
lópodes, como polvos, lulas e Nautilus, seres que podem ter concha externa, interna ou não
apresentar esse tipo de estrutura protetora. Ostras produzem pérolas. Polvos e lulas são capazes
de mudar de cor e soltar uma tinta escura na água de modo a enganar os predadores.
2. b Capítulo 3
3. d pág. 28
4. Miracídios invadem caramujos planorbídeos. 1. d
5. São fases do desenvolvimento do 2. c
Schistosoma mansoni.
3. a
6. Miracídios originam cercárias, que têm
forma semelhante a do desenho abaixo. 4. Porque as minhocas revolvem imensos
volumes de solo diariamente, arejando e
afofando esse solo; além disso, produzem
grande quantidade de material nutritivo
às plantas, o húmus, resultado das
transformações ocorridas pelo alimento
em seu tubo digestório.
5. As sanguessugas.
6. Hirudo medicinalis.
7. A referência à anemia e ao fato de caminhar 7. Faz parte do filo dos anelídeos, classe
descalço, apontam para o Ancylostoma Hirudínea (hirudíneos).
duodenale e para o Necator americanus,
causadores do amarelão. 8. É a retirada de um certo volume de sangue
com o objetivo de curar doenças. As
8. Devem tratar os doentes, usar calçados e sanguessugas se alimentam de sangue e
não defecar no meio ambiente, procurar são capazes de sugar grande volume em
construir e usar fossas sanitárias. pouco tempo, por isso eram empregadas
nas sangrias.
9. O caramujo pertence ao filo dos moluscos
e o Angiostrongylus pertence ao filo dos 9. A presença de anéis segmentados por todo
nematelmintos (vermes cilíndricos). corpo.
10.Moluscos têm pele muito fina e a presença 10. Significa que um único animal possui
de sal junto à pele faz com que a água aparelho reprodutor masculino e
das células saia do animal, matando-o feminino.
por desidratação; ele parece “derreter”.
A recomendação de matar esse tipo de 11.É quando dois animais hermafroditas se
caramujo dessa forma se deve ao risco fecundam mutuamente.
que ele representa e nunca deve ser feito
com outros moluscos, importantes para o 12.No clitelo.
equilíbrio ambiental.
cefalo-
11. Pesquisa.
torax
8 patas
Capítulo 5
abdome pág. 46
1. Furam ou envenenam seus inimigos com os
glândulas fiandeiras espinhos.
Poríferos: esponjas.
Bivalves: ostras e mexilhões.
Gastrópodes: caramujos.
Equinodermos: ouriços e estrelas-do-mar.
Cefalópodes: polvos.
CAPÍTULO 1
Peixes
Ao final do estudo deste capítulo, você deverá ser capaz de
caracterizar os peixes, diferenciar peixes ósseos de peixes
cartilaginosos; comparar os peixes aos invertebrados e
explicar a importância econômica e ecológica deste grupo.
Quando você pensa em fundo do mar ou em organismos aquáticos, qual o primeiro animal
que lhe vem à mente? Um peixe? Provável, não é? Os peixes estão muito presentes em nossa
imaginação quando o assunto é seres que vivem na água.
De fato, os peixes estão muito bem adaptados a esse ambiente. Existem mais de 25.000
espécies habitando os oceanos, mares, rios e lagos do mundo. Suportando grandes pressões,
baixas temperaturas, fortes correntezas, grande variação de salinidade, eles conseguiram se
adaptar à diversidade dos ambientes aquáticos.
Respiração
Feita por meio de brânquias. A água entra pela boca do animal e sai pelas laterais do corpo.
Nessa trajetória, banha as brânquias, estruturas que possuem muitos vasos sangüíneos e onde
ocorrem as trocas gasosas: o oxigênio dissolvido na água passa para as células do sangue e o
gás carbônico é lançado na água.
Brânquias
Circulação
Os peixes têm o coração dividido em duas câmaras, um átrio e um ventrículo, e por ele
passa apenas o sangue rico em gás carbônico, denominado sangue venoso. O coração im-
pulsiona o sangue até as brânquias, ali acontecem as trocas gasosas e o sangue oxigenado,
denominado arterial, segue para todo o corpo.
Linha Lateral
É formada por uma linha de es-
camas ligadas a células sensoriais
capazes de perceber a vibração na
água, a pressão e os movimentos
de outros animais próximos. É essa
percepção que permite os movi-
mentos sincronizados executados
pelos cardumes. Quem já viu essa
movimentação, sabe que ela parece
ensaiada, o grupo todo se move ao
mesmo tempo como se obedecesse
a uma voz de comando.
Bolsas Olfativas
Possuem células capazes de perceber o odor das substâncias dissolvidas na água. Os
peixes, em geral, têm um olfato
muito aprimorado, os tubarões
são famosos por sentir, a longas
distâncias, o cheiro do sangue
dissolvido na água.
Esqueleto
Sendo cordados, os peixes
possuem esqueleto interno com Esqueleto de um peixe ósseo
coluna vertebral e crânio. Analisan-
do os diversos representantes desse grupo, os cientistas verificaram que alguns têm esqueleto
formado por ossos, são os peixes ósseos, e outros têm o esqueleto formado por cartilagens,
são os peixes cartilaginosos.
Essa característica é usada para classificar os peixes em duas classes, a classe dos condrictes,
formada pelos peixes cartilaginosos e a classe dos osteíctes, formada pelos peixes ósseos.
Escama de condrictes
Hábitos
Certamente você já ouviu falar a respeito de ataques a seres humanos, cuja conse-
qüência pode ser até a morte.
Mas será que todos os tubarões são perigosos? E será que devem ser mortos?
Naturalmente que nem aqueles considerados perigosos devem ser mortos como uma
forma de prevenção a possíveis ataques. A matança indiscriminada tem feito com que algumas
espécies de tubarões corram risco de extinção. Além disso, há tubarões filtradores, como os
gigantescos tubarões baleia, que se alimentam exclusivamente do plâncton.
As espécies carnívoras fazem uso do olfato para localizar seu alvo. Ao atacar, abrem a
boca, lançam a mandíbula para frente e enterram seus dentes na carne da presa, balançando
vigorosamente o corpo até arrancar um pedaço da vítima. Essa descrição realmente é assusta-
dora e justifica o medo de ataques a seres humanos.
Felizmente, esses ataques são raros e, para evitá-los,
é importante respeitar as orientações de proibição
de banho em áreas sujeitas a eles, como no litoral de
Recife, em Pernambuco, região sujeita a ocorrências
dessa natureza.
Estudos realizados mostram que ali a causa des-
se problema pode ter sido a construção do Porto de
Suape, quando parte da área próxima à cidade foi
dinamitada, eliminando bocas de rios e mangues,
regiões naturalmente usadas para reprodução de
muitos animais. Isso fez com que espécies poten-
cialmente perigosas, como o tubarão cabeça-chata,
fossem procriar junto às praias do litoral do Recife
entrando em contato com surfistas e banhistas em
geral.
A maioria dos peixes ósseos apresenta fecundação externa, isto é, os gametas são lança-
dos na água e ali ocorre a fecundação. Em diversas espécies, o desenvolvimento é indireto e
a larva formada recebe o nome de alevino.
Hábitos
Sendo tão numerosos e habitando tantos e tão diversos ambientes, os peixes ósseos
apresentam os mais variados hábitos, há animais herbívoros, carnívoros e detritívoros (se
alimentam de restos em decomposição).
Alguns cuidam dos filhotes, guardando-os na boca ou em um órgão especial, uma bolsa
incubadora, como a existente nos cavalos-marinhos, em que o macho faz a guarda dos filhotes.
Nos rios da Amazônia existem peixes curiosos, como o poraquê, capaz de dar descargas
elétricas que derrubam um homem; há também uma variedade de peixe pulmonado, o Lepi-
dosiren, capaz de ficar enterrado no lodo dos igarapés até a volta das chuvas, usando durante
esse período a bexiga natatória como órgão respiratório; e há o imenso pirarucu, Arapaima
gigas, maior peixe de água doce do mundo, com seus três metros de comprimento de quase
200 kg, tem o corpo coberto com grandes escamas é um animal majestoso, que vem sendo
vítima da pesca exagerada e predatória.
2. Muitos peixinhos de aquário vêm da região Amazônica e são vendidos para países euro-
peus. Para mantê-los vivos, os aquaristas usam aquecedores na água. Lembre que peixes são
animais pecilotérmicos e procure explicar a necessidade do uso desses equipamentos.
3. O som é uma energia que se propaga pela vibração do ar, da água ou de material sólido.
Sabemos que peixes não têm ouvidos estruturados como os dos demais vertebrados,
mas, pescadores não conversam durante a pescaria. Explique de que modo a conversa
poderia afugentar os peixes.
5. No desenho abaixo estão representados diversos peixes. A que classe eles pertencem?
sugestão de sites
www2.uol.com.br/cienciahoje/chc/chc136b1.htm
sugestão de filmes
Procurando Nemo
CAPÍTULO 2
Anfíbios
Seus objetivos ao estudar este capítulo sobre anfíbios serão: citar
as principais características e os grupos em que estão classificados
esses animais; comparar evolutivamente peixes e anfíbios;
descrever a metamorfose e suas etapas; explicar a importância
econômica e para o meio ambiente desses animais.
O animal da foto pertence a uma classe de cordados denominada Amphibia (classe dos
anfíbios). Você sabe o significado da palavra anfíbio? Pesquise em um bom dicionário.
No processo de evolução dos seres vivos, os primeiros vertebrados surgiram nos mares.
Milhões de anos depois, um grupo de peixes com nadadeiras arredondadas passou a viver
entre áreas alagadas, apoiando-se nas patas e arrastando-se pelo fundo, provavelmente podiam
retirar o oxigênio do ar. Esses peixes primitivos foram os antepassados dos atuais anfíbios.
Veja no desenho abaixo como devem ter sido os primeiros anfíbios. Eram bem diferentes dos
sapos que conhecemos, não é?
Reprodução
A fecundação é externa, os ovos são deixados no meio ambiente, junto a depósitos de
água. Os ovos dos anfíbios são protegidos somente por uma capa de gelatina, por isso devem
ficar em lugar úmido. Deles eclodem as formas larvais, que, no caso dos sapos são os girinos.
Eles se alimentam
dos microorganis-
mos presentes na
água e ali vão se
desenvolvendo até
ter início o processo
de me t amo r fose,
quando perdem as
brânquias e a cauda,
e começam a de -
senvolver as patas,
transformando -se
no animal adulto.
Os anfíbios são agrupados em três ordens: anuros, urodelos e ápodes (ordem Gymno-
phiona).
Anuros
São os anfíbios sem cauda, com adaptações para saltar. As patas traseiras são bem desen-
volvidas, e as anteriores, fortes para amortecer a queda após o salto.
Fazem parte desse grupo as rãs, os sapos e as pererecas. Rãs são grandes saltadoras, têm
pernas longas e membrana entre os dedos de modo a facilitar a natação. Sapos são mais pe-
sados, de movimentos mais lentos e pele enru-
gada. Pererecas, em geral, são pequenas, com
cabeça e olhos grandes. Possuem ventosas nas
extremidades dos dedos, saltam agilmente e, às
vezes caminham de um modo desajeitado.
Anuros emitem sons variados, com função
de atração entre machos e fêmeas ou, ainda,
de alerta, avisando do perigo. Os sons são
ampliados em papos, os sacos vocais, que se
enchem de ar. Nos períodos de reprodução,
as margens de lagoas, rios e brejos podem se
tornar muito barulhentos, com centenas de
anuros coaxando.
Geralmente inofensivos, alguns anuros podem produzir veneno, como o caso de sapos
que produzem em glândulas junto à cabeça, um veneno poderoso. Os sapos, porém, não têm
como injetar esse veneno e, portanto, não são perigosos.
Na Amazônia, há uma família de rãs (Dendrobatidae) formada por pequenos animais.
Muito perigosas, elas produzem na pele, substâncias capazes de matar. As rãs dessa família se
caracterizam por suas cores vistosas. Esse tipo de coloração é interpretado como um alerta:
CUIDADO!
Urodelos
São os anfíbios com cauda e quatro patas de mesmo tamanho, como as salamandras,
animais que vivem mais comumente no hemisfério norte. Perceba a pele lisa e brilhosa, ca-
racterística dos anfíbios.
Ápodes (Gymnophiona)
São anfíbios sem patas (ápodes), com corpo cilíndrico. Vivem enterrados em locais úmi-
dos. São conhecidos popularmente como cecílias ou cobras-cegas, pois seus olhos são muito
pequenos. Se alimentam de insetos e minhocas. Apesar do nome popular cobra-cega, esses
animais não são cobras. Você verá que, entre outras diferenças, cobras têm o corpo recoberto
por escamas e anfíbios têm pele lisa. Veja na foto o brilho da pele dessa “cecília” que mede
cerca de 30 cm.
2. Por que se diz que o sapo está batendo papo e que o papo está cheio de vento?
5. Faça uma tabela que contenha as três ordens de anfíbios, a principal característica e um
representante de cada grupo.
7. Se alguém teimasse com você que as cobras-cegas são cobras como o nome sugere, que
argumentos você usaria para explicar a diferença entre esse anfíbio e uma cobra de ver-
dade?
“Inúmeras espécies de anfíbios vêm sendo extintas por causa da degradação do am-
biente. Substâncias poluentes presentes na água, no solo e no ar são rapidamente absor-
vidas por anfíbios anuros, como rãs e sapos, com efeitos imediatos, o que os torna bons
indicadores de qualidade ambiental”.
8. Com base nas características da pele desses animais, explique o motivo pelo qual poluentes
são rapidamente absorvidos por eles.
10. Lembrando que as rãs Dendrobatidae são muito tóxicas, pinte a Dendrobates pumilio
do desenho abaixo, usando as cores reais do animal, citadas ao lado do desenho. Esses
animais podem ser perigosos, mas também podem ser muito úteis. Explique essa aparente
contradição.
11. Em inglês, essa rã é conhecida como “blue jeans poison dart frog”. Procure em um dicio-
nário o significado do nome desse animal. Ele se justifica? Explique.
sugestão de sites
www2.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch164/primeira.pdf
http://www.canalkids.com.br/central/arquivo/meio_sapofossil.htm
CAPÍTULO 3
Répteis
Após seus estudos, desejamos que você seja capaz de caracteri-
zar os répteis, identificar os grupos nos quais são classificados, citar
as conquistas evolutivas que esse grupo desenvolveu, diferenciar
ofídios peçonhentos de não peçonhentos e citar procedimentos a
serem tomados quando ocorrem acidentes com ofídios, além de
explicar a importância desse grupo de vertebrados.
É claro que essa pergunta é uma brincadeira com o objetivo de confundir, mas do ponto
de vista biológico, pensando no ovo apenas como forma de reprodução, independente de
quem o tenha posto, o ovo surgiu antes do que a galinha. O ovo com casca foi uma con-
quista evolutiva dos répteis. É nesse grupo
que, pela primeira vez, aparece esse tipo de
ovo. Lembre que os peixes, em sua maioria,
lançam os gametas diretamente na água e
ali ocorre a fecundação. Os ovos assim for-
mados são muito frágeis. Nos anfíbios, os
ovos têm um envoltório gelatinoso, mas
ainda precisam ser colocados na água para
não ressecar. Os ovos dos répteis não de-
pendem mais da água. Eles contêm tudo o
que o embrião precisa para se desenvolver
e suportam bem o ambiente seco.
ovos de peixe
ovos de sapo (cordões com pontos pretos) Ovos de répteis, com filhotes eclodindo
O Ovo
O ovo possui uma casca porosa que permite a
entrada de oxigênio e a saída de gás carbônico. Além
disso, dentro do ovo o embrião encontra proteção
contra o ressecamento e um local para lançar as sobras
de seu metabolismo. O alimento fica armazenado no
saco vitelínico.
Outras Adaptações
O ovo foi, sem dúvida, a grande “novidade” evolutiva mostrada pelos répteis, mas, além
disso, eles possuem outras características que lhes dão vantagem sobre os anfíbios e permi-
tiram que se afastassem da água, indo povoar áreas bem mais secas.
Você lembra que a pele dos anfíbios é lisa e fina? Por isso eles podem fazer respiração
cutânea, mas desidratam, ressecam e morrem rapidamente quando se afastam da água. Os
répteis não têm esse problema pois possuem uma pele grossa, protegida por escamas, como
nas cobras e lagartos; carapaças, como nas tartarugas; ou placas córneas, como nos jacarés.
Répteis têm respiração pulmonar e o coração é formado por três câmaras, dois átrios e
um ventrículo que é parcialmente dividido. Nos crocodilianos, esse ventrículo é totalmente
dividido, porém, fora do coração, ainda há mistura de sangue arterial e venoso.
Da mesma forma que os anfíbios, os répteis também são pecilotérmicos
Principais Ordens
Os répteis são agrupados em três ordens principais: quelônios, escamados e crocodilianos.
1. Quelônios
Fazem parte deste grupo as
tartarugas marinhas e de água
doce, com patas adaptadas
para locomoção na água; os
cágados, de água doce; e os
jabutis, terrestres.
A característica marcante
é que todos possuem o corpo
protegido por duas carapaças,
uma dorsal (nas costas) e uma
ventral, o plastrão. As carapaças
são unidas e possuem abertu-
ras por onde saem o pescoço,
as patas e a cauda. A elas tam-
bém estão soldadas as costelas
e vértebras.
Os quelônios possuem a
extremidade do focinho pon-
tuda, com lâminas, constituindo
um bico córneo.
2. Escamados
É o grupo formado por cobras e lagartos, que têm em comum o revestimento do corpo,
constituído por escamas. Essa pele é trocada periodicamente.
Lagartos fazem parte de um grupo menor, os lacertílios, e as cobras compõem o subgrupo
dos ofídios.
Lacertílios
Fazem parte deste grupo os diversos la-
gartos, os camaleões, as iguanas, as lagartixas;
todos com quatro patas de mesmo tamanho.
Há também um grupo de lagartos sem patas,
conhecidos como lagartos-de-vidro ou cobras-
de-vidro (apesar do nome, eles são lagartos e
não cobras). Veja a foto ao lado:
Ofídios
São animais sem patas que se des-
locam com auxílio da forte musculatura
corporal, das vértebras e das escamas.
As cobras produzem veneno em
glândulas modificadas. Muitas delas
apresentam mecanismos de inoculação
do veneno e, nesse caso, dizemos que
essas espécies são peçonhentas. O ve-
neno é injetado na vítima com auxílio
de dentes especiais, sendo que os mais
especializados se localizam na parte da
frente da boca e têm um canal interno
por onde escorre o veneno. Esse tipo
de dente “equipa” jararacas, cascavéis e
surucucus.
No Brasil, o maior número de aciden-
tes ofídicos é causado pelas jararacas
(gen. Bothrops). Na região Amazônica, os envenenamentos por Bothrops atrox são os mais
comuns. As cobras desse grupo possuem longas presas inoculadoras de um veneno que, de
imediato, causa dor, inchaço e sangramento local;
após algum tempo, pode provocar problemas nos
rins e gangrena na área da picada.
Bothrops atrox
Além das jararacas, outras cobras podem causar acidentes: as cascavéis (Crotalus), as su-
rucucus (Lachesis) e as cobras corais-verdadeiras (Micrurus).
As cascavéis têm um guizo no final da cauda e um órgão sensorial especial denomina-
do fosseta loreal, um orifício entre o olho e a narina, dando a impressão de que possuem 4
narinas, por isso o nome popular de cobra-de-quatro-ventas. Jararacas e surucucus também
têm fosseta loreal. Esse órgão possibilita à cobra caçar à noite, pois capta o calor gerado pelo
corpo da presa, permitindo que ela a localize, mesmo que esteja completamente escuro.
As corais não possuem fosseta loreal nem presas inoculadoras de veneno, possuem apenas
pequenos dentes no fundo da mandíbula; e pertencem a uma família denominada Elapidae,
cujo veneno muito tóxico causa insuficiência respiratória.
Diferenciar uma coral verdadeira de uma falsa é muito difícil. A principal distinção está
na dentição e observar isso com o animal vivo é quase impossível para alguém que não seja
um especialista.
Crotalus durissus
Nunca ande descalço. O uso de sapatos, botas ou perneiras reduz em muito o número de
acidentes, pois a maior parte das picadas atinge a perna até a altura do joelho.
Na realização de atividade rural, olhe sempre com atenção o local de trabalho e os cami-
nhos a percorrer.
Use luvas de couro nas atividades de campo e de jardinagem. Nunca coloque as mãos em
tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros ou entre espaços situados em montes
de lenha e de pedras.
Não utilize diretamente as mãos ao tocar em capim, mato baixo ou montes de folhas secas;
use sempre um pedaço de madeira, enxada ou foice. Esse tipo de cuidado pode reduzir os
acidentes que acontecem nas mãos e no antebraço.
Não acumule lixo em seu terreno, pois lixo atrai roedores e eles atraem cobras.
Primeiros Socorros
Em acidentes em que a vítima é picada por cobra, a ajuda deve ser prestada do seguinte
modo:
Remover a vítima do local do acidente, deitá-la e mantê-la em repouso absoluto, evi-
tando que se movimente e, com isso, espalhe o veneno mais rapidamente pelo orga-
nismo.
Lavar o local da picada com água e sabão.
Não amarrar ou fazer torniquete no local, isso impede a circulação sangüínea e pode
produzir necrose (apodrecimento) dos tecidos.
Não fazer curativo ou qualquer tipo de tratamento caseiro.
Não cortar ou furar o local ao redor da picada, isso aumenta o risco de hemorragias e
infecções.
Não dar nada para a vítima beber ou comer.
Transportá-la imediatamente para o serviço médico mais próximo para receber soro.
Se possível, levar o animal para
identificação.
Somente o soro cura o envenena-
mento provocado por picada de co-
bra. O tratamento será mais eficiente
quanto mais rapidamente for iniciado,
com uso de soro antiofídico específico
e em quantidades adequadas.
3. Crocodilianos
Fazem parte deste grupo animais como jacarés e crocodilos, cuja característica mais mar-
cante é a presença de placas ósseas e escamas recobrindo o corpo. Vivem junto à água, onde
nadam e caçam. Há uma variedade de crocodilo marinho, o Crocodylus porosus, habitante do
norte da Austrália, que é o maior e mais agressivo desses animais, chegando a medir 7m de
comprimento.
No Brasil, a variedade de crocodilianos é bem grande. Eles podem ser encontrados em
quase todas as regiões. No pantanal mato-grossense, o jacaré-do-pantanal, com até 3 metros
de comprimento, é famoso por sua imensa população. Esse réptil alimenta-se de peixes e de
outros animais, além de invertebrados como caramujos e insetos. A fêmea constrói, próximo ao
rio, um ninho com folhas e pedaços
de plantas, onde desova de 20 a 30
ovos que ficam sob sua vigilância
até o nascimento dos filhotes. Ela
os ajuda a sair da casca e protege
da ação de predadores até que
tenham capacidade de sobreviver
sozinhos.
Na Amazônia, o maior crocodiliano é o ja-
caré-açu (Melanosuchus niger), com até 6 m de
comprimento, coloração negra com manchas
amarelas. Pode atacar populações ribeirinhas,
matando criações e pondo em risco a vida de
crianças e adultos. Isso vem gerando um con-
flito homem x animal (leia o box a seguir) cujo
resultado é o fato desse jacaré se encontrar
ameaçado de extinção. Na região há também o
jacaré-tinga (Caiman crocodilus) e o jacaré anão
(Paleosuchus) que é bem menor e muitos acre-
ditam ser filhote dos outros dois.
Os jacarés são ecologicamente importantes
porque fazem o controle biológico de outras es-
pécies animais ao se alimentarem dos indivíduos jacaré-açu
mais fracos, velhos e doentes, que não conse-
guem escapar de seu ataque. Também controlam a população de insetos e de caramujos.
Suas fezes servem de alimento a peixes e a outros seres vivos aquáticos.
Para pensar
Os “ataques” a populações humanas e a seus bens acontecem porque
o homem ocupa, cada vez mais, espaços que anteriormente “pertenciam” aos
animais e essa convivência não é pacífica. Para o jacaré, o boi é comida. Para o
homem, é uma propriedade com valor econômico e sua perda traz prejuízo.
Assim, o jacaré pode passar a ser visto como um inimigo a ser combatido,
mas, infelizmente, as armas do homem tornam essa luta desigual: os animais
sempre saem perdendo. Porém, no final, o próprio homem perde, ao destruir
parte da biodiversidade que torna o planeta tão rico.
2. Quais são as características evolutivas que permitiram aos répteis a conquista definitiva
do ambiente terrestre?
3. Divida o seu caderno em quatro colunas e separe, em cada uma, os crocodilianos, os que-
lônios, os lacertílios e os ofídios citados abaixo:
cobra coral - jararaca - camaleão - crocodilo - tartaruga - jacaré - jibóia - lagarto - lagartixa
- jabuti - cascavel - cágado - surucucu - dragão de Komodo
Naja
Qualquer filme passado na Índia inevitavelmente mostra os encantadores de serpentes.
Cenário: uma via pública. Personagens: um tocador de flauta sentado em frente a um cesto,
uma naja. Ação: a música desperta a serpente, que levanta a parte anterior do corpo, abre
as costelas e estica a pele da nuca, formando o capelo. Ondulando o corpo, a naja parece
estar encantada. Puro engano. Como todas as cobras, elas ouvem mal. O corpo balançan-
do, é apenas uma postura de defesa, em resposta aos movimentos do encantador e não
ao som de sua flauta.
(Mundo dos Animais - Nova Cultural)
Interpretando sua leitura:
4. O que é o capelo?
7. A naja pertence à família Elapidae. Qual o tipo de veneno produzido por elas? Que cobra
existente no Brasil produz esse mesmo tipo de veneno?
“Nossa descoberta mostra que ainda não conhecemos todas as espécies animais da
Terra – nem mesmo em áreas próximas aos Estados Unidos. Nós nem sabíamos que essa
espécie de réptil existia, embora a área venha sendo estudada há centenas de anos pelos
biólogos.”
10. Pesquise sobre os dinossauros, gigantescos répteis do passado. Que características eles
tinham em comum com os répteis do presente?
sugestão de sites
http://www.butantan.gov.br/museu/
sugestão de leitura
CAPÍTULO 4
Aves
Ao estudar este capítulo, você deverá caracterizar
as aves, citar algumas ordens de aves exemplificando
representantes desses grupos, comparar
evolutivamente as aves aos répteis, citar adaptações
ao vôo, explicar a importância econômica e ecológica
desse grupo.
Veja a foto do fóssil e note a marca das penas ao redor dos ossos. Esse tipo de registro é
muito raro, pois, em geral, as penas se decompõem, não deixando vestígio de sua existên-
cia.
O coração das aves possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Portanto, nesses
animais o sangue arterial e o sangue venoso não se misturam, o que garante boa oxigenação
dos tecidos, uma real necessidade desses animais, pois as aves gastam muita energia para
manter seu corpo funcionando.
As aves possuem bico adaptado para os mais diferentes tipos de alimentação. Existem
bicos fortes e curtos, compridos e afiados, finos e pontiagudos... O bico extremamente forte
e aguçado do pica-pau proporciona boas refeições de insetos que vivem na casca das árvores.
Também serve para furar o tronco na época da reprodução e ali construir o ninho.
O bico de aves de rapina como a águia, o falcão ou as corujas é curto, forte e encurvado
para arrancar a carne de suas presas.
Assim como os bicos revelam o tipo de alimentação
do animal, as patas também variam de forma de acor-
do como o modo de vida da ave. Há aves corredoras,
nadadoras, e aquelas que agarram suas presas em vôos
certeiros.
O sistema digestório é completo. Existe uma câma-
ra, o papo, onde o alimento é amolecido. Quando chega
ao estômago mecânico (moela), o alimento é triturado,
muitas vezes com auxílio de pequenas pedras que a ave
engole.
O final do intestino se
abre na cloaca, câmara onde
desembocam as aberturas
do sistema digestório, do
sistema urinário e do sistema
reprodutor.
As aves possuem senti-
dos muito aguçados, princi-
palmente a visão e a audição.
E muitas delas são capazes
de produzir sons bastante
elaborados, no caso dos pa-
pagaios, chegando a imitar a
voz humana.
Reprodução
São animais ovíparos, com fecundação interna e formação de ovos semelhantes aos ovos
dos répteis.
Os ovos costumam ser “chocados” para que o filhote possa se desenvolver. A maneira de
cuidar dos ovos varia muito entre as espécies. Há aquelas em que macho e fêmea se alternam
no ninho, há outras em que apenas a fêmea ou apenas o macho cuida dos ovos e há ainda
algumas que colocam o ovo no ninho de outras para que elas o choquem. Veja o que diz o
dicionário Aurélio sobre uma ave que tem esse tipo de comportamento:
Muitas aves constroem ninhos onde colocam seus ovos e cuidam dos filhotes.
As aves estão agrupadas em muitas ordens. Os cientistas costumam reuni-las em aves que
não voam (não possuem quilha, como avestruzes e emas) e aves que voam, (possuem quilha,
osso do peito bem saltado) dentre elas algumas são mais familiares, como:
Ordem Exemplos
http://www.rubromascota.com.ar/
aves/canarios.jpg
Estrigiformes Corujas
O URUBU
“Os cientistas não conseguem explicar, até hoje, como o urubu consegue comer car-
ne podre sem passar mal. Mesmo vivendo na podridão, ele não transmite doenças. Para
alguns pesquisadores, essa resistência é explicada pelo seu sistema imunológico. Para
outros, são as enzimas especiais de seu suco gástrico as responsáveis por esse fenômeno.
Os urubus são imunes a várias doenças transmitidas pelo alimento contaminado, como o
botulismo, por exemplo.
Por terem pés chatos, os urubus andam com dificuldade. Mas, no ar, são reis. Eles apro-
veitam as horas mais quentes do dia para pegar carona nas correntes de ar ascendentes
e sobem sem esforço, fazendo espirais em largos círculos. Acidentes de avião por choque
com urubus são comuns e, por isso, depósitos de lixo perto de aeroportos são perigosos.
A Força Aérea norte-americana registrou, em cinco anos, 16198 colisões com aves, entre
as quais, a trombada com o urubu é a mais freqüente.”
(adaptado de Superinteressante)
1. Por que os urubus têm dificuldade em andar?
5. Todas as aves têm dificuldade em caminhar? Veja alguns exemplos de patas e procure
identificar sua função.
6. Nas aves, a presença das penas é fator importante para assegurar o vôo. Cite outra função
das penas.
7. Ao abrir uma galinha, a cozinheira encontrou pedras na moela do animal. Surpresa, ficou
imaginando como elas haviam chegado ali. Procure explicar a origem e a função dessas
pedras.
Chico Buarque e Francis Hime compuseram a música Passaredo, em que são citados
muitos pássaros. Leia a letra e depois responda ao que se pede:
Bico calado
Toma cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí
10. Escolha uma das aves mencionada na música e pesquise sobre ela.
11. Você já ouviu falar em “tráfico de animais”? Pois esse é um comércio ilegal que movimenta
fortunas em todo mundo. É a venda de animais selvagens para criadores ou colecionadores
particulares. As aves, por sua beleza, são um dos alvos favoritos dos traficantes. Retiradas
dos ninhos ainda sem penas, são colocadas em embalagens inadequadas e levadas para
fora do país, onde alcançam alto preço. Tão cruelmente são tratadas que a maioria morre
e tão grande número é capturado que muitas espécies correm sério risco de extinção.
Com base nessa informação e em seus conhecimentos, justifique a frase da música que
faz o alerta: “bico calado, muito cuidado, que o homem vem aí”.
sugestão de sites
http://www.canalkids.com.br/central/arquivo/cie_guano.htm
http://www.cantodasaves.hpg.ig.com.br/
sugestão de leitura
CAPÍTULO 5
Mamíferos
Após estudar este capítulo, você deverá saber caracterizar um mamífero
e compará-lo às aves, principalmente no que se refere às formas de
reprodução; deverá ainda citar as ordens de mamíferos e exemplos
de representantes de cada uma; explicar a importância ecológica dos
mamíferos e reconhecer o papel do homem como grande interventor sobre o
meio ambiente também são objetivos desse estudo.
Observe a reprodução acima. Ela mostra uma pintura de Rubens (1577-1640), pintor fla-
mengo (região que incluía parte da França, Holanda e Bélgica) que procurou retratar a lenda
grega sobre a origem da Via Láctea (galáxia onde se situa o Sistema Solar).
Diz a lenda que a imortalidade de Hércules seria conseguida se, durante sua infância, fosse
amamentado por sua madrasta, Hera. Para conseguir isso, Hermes aproveitou-se do sono de
Hera e colocou o pequeno em seu seio. Assim que acordou, ela se afastou da criança, mas
ele já havia se alimentado, tornando-se imortal. O leite que escorreu de seu seio deixou um
rastro branco no céu, formando a Via Láctea.
A lenda nos faz pensar sobre a importância do leite. Para os antigos, era fonte de vida e
poderia até conferir imortalidade a quem o tomasse.
Naturalmente que estamos falando de Mitologia, e aos personagens mitológicos tudo
era possível. No entanto, isso não exclui a observação de que o leite é de fato um alimento
de grande qualidade. Além disso, ser capaz de produzir o alimento para seus filhotes faz com
que os mamíferos possam permanecer mais tempo com eles, evitando a ação de predadores.
As aves, por exemplo, precisam abandonar o ninho para buscar comida para seus filhotes, e
assim eles se tornam presas fáceis.
Os mamíferos, assim como as aves, devem ter surgido a partir de répteis do passado, há
mais de 65 milhões de anos.
Reprodução
Há mamíferos que põe ovos, portanto, o filhote se desenvolve fora do corpo da mãe.
Há outros em que o embrião permanece um curto período no interior do corpo da fêmea,
em um órgão especial, o útero, e nasce pouco desenvolvido, precisando terminar seu desen-
volvimento em uma bolsa, o marsúpio.
Finalmente, o grupo mais numeroso é formado por aqueles em que o filhote termina
seu desenvolvimento no interior do útero. Ali, por meio da placenta, ele recebe alimentos e
oxigênio e elimina os resíduos de seu metabolismo. O período de gestação varia muito, nos
ratos é de 19-22 dias, nos elefantes chega a 20 meses.
Monotremados
É o grupo com características mais primitivas; é formado por animais que põe ovos. Esses
estranhos mamíferos possuem pêlos e glândulas mamárias simples, vivem apenas na Austrália
e Nova Guiné. São representados pelo ornitorrinco e pela équidna.
Ornitorrincos: têm bico de pato, pêlos, Équidnas: têm focinho fino, com na-
põem ovos, nadam e, do focinho à cauda, rinas na extremidade, comem insetos,
medem pouco mais de 50cm. põe ovos e medem de 35-45cm.
Marsupiais
O filhote completa seu desenvolvimento no interior de uma bolsa, o marsúpio. Os mar-
supiais vivem na Austrália e nas Américas. O mais conhecido representante desse grupo é o
canguru, mas também fazem parte dele os coalas e os gambás.
Os animais das ordens que se seguem são chamados mamíferos placentários, porque
durante o desenvolvimento embrionário surge a placenta.
Desdentados
Como o nome sugere, não têm dentes ou, quando os têm, são pouco desenvolvidos. Al-
guns, como as preguiças, se alimentam de folhas; outros, como os tamanduás, comem insetos;
e os tatus podem comer insetos e cobras.
Tatu Preguiça
Carnívoros
Compõem um grupo muito diversifica-
do, cuja característica principal é ter dentes
caninos bem desenvolvidos, capazes de
rasgar e perfurar a carne da presa. Estão
incluídos nesta ordem: ursos, gatos, leões,
tigres, cães, lobos, focas, hienas.
Quirópteros
Mamíferos voadores, têm os membros anteriores trans-
formados em asas.
Fazem parte desta ordem os morcegos.
Roedores
Animais que possuem dois pares de dentes incisivos que
crescem continuamente e são usados para roer os alimentos.
São roedores: os ratos, as chinchilas, os esquilos, os hamsters,
as pacas e as capivaras, que são os maiores roedores, chegando a medir 1-1,30m.
Lagomorfos
Possuem dois pares de dentes incisivos, mas, diferentemente dos roedores, têm um se-
gundo par pequeno atrás dos incisivos superiores. Fazem parte deste grupo os coelhos e as
lebres.
Artiodáctilos
Têm casco nas patas e, olhando por fora, número par de dedos (em alguns casos, o raio-x
revela mais dedos, que são internos e reduzidos). Fazem parte desta ordem: porcos, veados,
camelos, hipopótamos, bois, carneiros, girafas.
Perissodáctilos
Têm casco nas patas e número ímpar de dedos. Exemplos: cavalos, antas, rinocerontes.
anta
Pata de cavalo, com casco
único
Cetáceos
São mamíferos aquáticos, cujos representantes mais conhecidos são as baleias, orcas,
golfinhos e botos. Têm os membros anteriores transformados em nadadeiras, sem membros
posteriores e com cauda bem desenvolvida. Muitos são carnívoros, outros, porém, como as
gigantescas baleias-azuis, se alimentam de plâncton que retiram da água com auxílio de suas
barbatanas (filamentos existentes na boca do animal).
Sirênios
Também são aquáticos, com os membros anterio-
res transformados em nadadeiras. São os peixes-boi da
amazônia, do litoral do nordeste e os manatis do litoral
da Flórida.
Proboscídeos
Possuem tromba ou probóscide que é resultado
da fusão do nariz com o lábio superior e, em sua
extremidade, estão as narinas. A ordem é formada
pelos elefantes, atualmente os maiores animais
terrestres.
Primatas
Possuem mãos e pés distintos, cada um deles com cinco
dedos. As mãos são dotadas de grande habilidade. Os olhos
situam-se, em geral, na frente da cabeça, que forma um ân-
gulo reto com o pescoço. Formam essa ordem os homens e
todos os macacos.
E o homem? Que papel tem? Pense nisso e anote as suas opiniões no caderno.
Uma lenda diz que, quando o mundo foi criado, Deus formou a anta com partes em-
prestadas de outros animais: corpo de porco, pé de rinoceronte, cascos de boi e focinho
com uma pequena tromba, como a dos elefantes. Ela de fato parece uma “colagem” de
pedaços de outros animais, mas, brincadeiras à parte, as antas são grandes animais herbí-
voros que se escondem na água e são conhecidas também como “tapir”. Existem quatro
espécies desse animal, sendo três no Brasil e uma na Ásia.
3. Os mamíferos, assim como as aves, são homeotérmicos. Cite os mecanismos pelos quais
um mamífero consegue evitar a perda do calor produzido pelo corpo.
5. Animal dócil, herbívoro, precisando vir à tona para respirar, se torna alvo dos pescadores
e, como resultado, é hoje o mamífero aquático brasileiro mais ameaçado de extinção. O
nome da ordem em que está classificado tem origem mitológica: por causa da cauda e dos
sons que emite, os antigos navegadores associaram esse animal às sereias. Daí, surgiu o
nome de sua ordem: Sirênia. De que animal o texto está falando? Por que, sendo aquático,
ele precisa vir respirar na superfície?
7. Uma característica comumente usada para definir ordens de mamíferos são os dentes.
Compare os dentes dos animais das seguintes ordens: roedores, carnívoros e lagomor-
fos.
10. A ação do homem sobre o meio ambiente freqüentemente causa destruição e desequi-
líbrio, o que se reflete no desaparecimento de habitats de diversos animais. Na Amazônia,
não é diferente. O impacto da presença humana leva à redução nas populações de muitas
espécies. Mas há também pessoas preocupadas com essa questão. Por exemplo, desde
1985, o Centro de Preservação e Proteção de Mamíferos Aquáticos de Manaus, em parceria
com o IBAMA, vem desenvolvendo um programa que visa a criação e a conservação de
mamíferos aquáticos, como o peixe-boi, o tucuxi, o boto-cor-de-rosa e a ariranha. Pesquise
sobre o tucuxi, o boto-cor-de-rosa e a ariranha.
sugestão de sites
http://www.canalkids.com.br/meioambiente/mundodosanimais/
boto.htm
http://www.manausenergia.com.br/nossa_empresa/balbina/
mamiferos_aquaticos.htm
RECAPITULANDO
Peixes são animais aquáticos, pecilotérmicos, com respiração branquial e coração dividi-
do em duas cavidades, locomovem-se por meio de nadadeiras, orientam-se com auxílio dos
olhos e do olfato, além da linha lateral. Existem peixes com esqueleto cartilaginoso e peixes
com esqueleto ósseo. São peixes cartilaginosos os tubarões e as raias; todos os demais são
ósseos.
Anfíbios são animais com pele lisa, a qual efetua trocas respiratórias. São pecilotérmicos,
fazem respiração branquial enquanto larvas (girinos), é cutânea e pulmonar nos animais
adultos. Têm o coração dividido em três câmaras: dois átrios e um ventrículo. São carnívoros
e estão agrupados em três ordens: urodelos (salamandras), ápodes (cobras-cegas) e anuros
(sapos, rãs e pererecas).
Répteis são pecilotérmicos, têm pele impermeável coberta por escamas, placas córneas ou
carapaças. Possuem respiração pulmonar e o coração dividido em três cavidades (crocodilianos
possuem quatro cavidades). Desenvolveram o ovo com casca, que dá a esses animais grande
independência do ambiente aquático. São agrupados em três ordens: quelônios (tartarugas),
crocodilianos (jacarés e crocodilos) e escamados (cobras e lagartos).
As aves são animais homeotérmicos, põe ovos e têm o corpo recoberto por penas. A res-
piração é pulmonar e o coração é dividido em quatro cavidades. Os tipos de bico e de patas
estão relacionados aos hábitos alimentares e ao ambiente em que vive o animal. Muitas aves
voam, mas algumas apenas caminham ou correm. Muitas constroem ninhos onde colocam
e chocam os ovos.
Mamíferos possuem glândulas mamárias que produzem o leite que alimenta o filhote e
apresentam o corpo recoberto por pêlos. São homeotérmicos. Monotremados (ornitorrincos
e équidnas) põe ovos. Marsupiais (cangurus, coalas) têm útero rudimentar e uma bolsa, o
marsúpio, na qual o filhote completa seu desenvolvimento. Nas outras ordens, os filhotes se
desenvolvem no interior do corpo da fêmea, no útero, onde recebem alimento e oxigênio
por meio da placenta.
GABARITO Capítulo 2
pág. 17
Capítulo 1
1. Trava-língua é uma brincadeira em que há
pág. 9 dificuldade em repetir rapidamente o texto
proposto.
1. a) Invertebrado com endoesqueleto: os
equinodermos, como as estrelas-do-mar;
com exoesqueleto: insetos, como gafanho-
2. O sapo bate papo, porque ele usa seus
coaxados para se comunicar, atraindo as
tos, besouros, baratas.
fêmeas e, quando isso acontece, o papo se
b) O grupo dos condrictes. incha, ficando cheio de ar.
2. Os aquecedores mantém a água a tempe- 3. Esses animais possuem pele muito fina que
raturas ideais para o animal, acostumados perde água com facilidade, expostos ao Sol
a águas de regiões tropicais; as baixas tem- ou ao ar, eles desidratam e morrem.
peraturas podem matá-los.
4. O coração de anfíbios tem uma câmara a
3. O som da conversa faz vibrar a água e essa mais: dois átrios e um ventrículo, enquanto
vibração pode ser captada pela linha lateral que nos peixes há apenas um átrio e um
dos animais. ventrículo.
10. A eletricidade atordoa a presa e afasta os 7. A cobras cegas são anfíbios porque pos-
predadores. suem a pele lisa e não põem ovos com
casca como fazem as cobras verdadeiras.
Quelônios
8. A pele lisa absorve com facilidade substân- tartaruga - jabuti - cágado
cias dissolvidas na água ou em suspensão
no ar atmosférico.
Lacertílios
9. A degradação ambiental. camaleão - lagarto - lagartixa - dragão de
Komodo
10. São perigosos porque o veneno que pro-
duzem pode inclusive levar à morte. Por ou- Ofídios
tro lado, esse veneno tem sido pesquisado cobra coral - cascavel - jararaca - jibóia
como possível fonte de substâncias para uso surucucu
na indústria farmacêutica.
2. A presença de pele impermeável e o desen- 9. O ovo com casca permite que o os répteis
volvimento do ovo com casca. se distanciem da água. O ovo pode ser co-
locado em locais áridos e, mesmo assim, o
embrião encontra condições de se desen-
3.
volver, porque essas condições são dadas
pelo próprio ovo e seus anexos.
Crocodilianos
jacaré- crocodilo 10. Pesquisa.
2. Porque atraem urubus e eles podem ser en- 11. Os homens caçam as aves para delas se
golidos pelas turbinas de aviões, causando alimentar ou, mais comumente, para apri-
graves acidentes. sioná-las em gaiolas e comercializá-las, por
isso o alerta, muito cuidado, que o homem
3. Os urubus se alimentam de restos de toda vem aí.
natureza e, nos depósitos de lixo, encontram
alimento em quantidade.
Capítulo 5
4. Eles “limpam” o ambiente dos restos de pág. 47
animais em decomposição, evitando o
acúmulo de carcaças apodrecendo no meio
ambiente. 1. porco e boi: ordem dos artiodáctilos
rinoceronte: ordem dos perissodáctilos
5. Não. Há aves que não apenas andam como elefante: ordem dos proboscídeos.
também correm agilmente. O pica-pau se
prende à casca das árvores enquanto pro- 2. O “parente” mais próximo é o rinoceronte
cura insetos para comer; a garça caminha porque faz parte da mesma ordem na qual
sobre o lodo do fundo de tanques e lagoas; a é classificada a anta.
coruja e a águia são predadoras e agarram a
presa com suas patas; o pato nada na super- 3. O calor é retido junto ao corpo com auxílio
fície da água com auxílio das membranas in- dos pêlos e de uma camada de gordura
terdigitais existentes entre suas falanges. subcutânea.
6. As penas evitam a perda do calor para o
meio ambiente. 4. Deve concordar, porque há mamíferos que
põe ovos.
7. As pedras foram engolidas pelo próprio
animal e ajudam a amassar o alimento que 5. Está falando do peixe-boi que precisa vir à
é engolido inteiro. tona para respirar porque, como todo ma-
mífero, tem respiração pulmonar.
8. Têm temperatura corporal constante, ou
seja, independente da temperatura am- 6. É uma bolsa onde o filhote dos marsupiais
biente, o animal irá manter sua própria termina seu desenvolvimento. Ocorre em
temperatura. marsupiais como o canguru, o coala e o
gambá.
9. São citadas 35 aves (pintassilgo, pintarroxo,
melro, uirapuru, chega-e-vira, engole-vento, 7. Roedores tem dois pares de dentes incisivos
saíra, inhambu, asa-branca, patativa, tordo, com crescimento contínuo; lagomorfos têm
tuju, tuim, tié-sangue, tié-fogo, rouxinol, co- dois pares semelhantes aos dos roedores,
leiro, trigueiro, colibri, macuco, viúva, utiariti, porém há um segundo par atrás dos inci-
10. Pesquisa.
CAPÍTULO 1
Algas
Pluricelulares e
Briófitas
Seus objetivos ao estudar este capítulo são caracterizar as algas
superiores (talófitas) e as briófitas, citando exemplo desses tipos de
organismos e explicar a importância econômica e ecológica deles.
As algas pluricelulares constituem um grupo de organismos sobre os quais há diversas
controvérsias no que diz respeito à classificação. Optamos por descrever as algas unicelulares
junto aos protistas e às algas pluricelulares junto ao Reino Vegetal, pois, como os vegetais
em geral, elas são pluricelulares e autótrofas, porém, há autores que, baseados em outras
características, usam taxonomia diferente dessa.
Rodófitas
São as algas vermelhas.
Observe a foto de duas espécies de rodófitas, a Porphyra e a Gelidium, a cor avermelhada é
dada por uma combinação de pigmentos, como a ficoeritrina e a ficocianina. Essas algas têm
clorofila e fazem fotossíntese, porém, o pigmento vermelho “esconde” a coloração verde dada
pela clorofila.
Porphyra perforata
Gelidium pulchrum
Algumas algas são consumidas em países do Oriente, como as Porphyra, que compõem um
produto denominado nori com o qual é feito o sushi, tradicional prato da culinária japonesa.
Anualmente, são produzidas mais de 130.000 toneladas de nori.
Outras, têm amplo uso industrial. As Gelidium fornecem um material gelatinoso denomi-
nado ágar, e as Chondrus possuem carragenina (carrageano). Essas substâncias têm amplo
uso, podendo entrar na composição de remédios, pomadas, pasta de dente, sopas cremosas,
iogurtes, tintas a óleo, gelatinas, sorvetes e pudins.
Ágar
Nori
Feófitas
São as algas pardas.
São multicelulares, podem ser microscópicas ou enormes, com tamanho superior a 60
metros de comprimento.
De algumas espécies, principalmente Laminaria, são extraídas substâncias denominadas
alginatos, material viscoso usado na fabricação de papel, de pastas de dente e sorvetes.
No litoral brasileiro, um dos gêneros mais comuns é o Sargassum. No hemisfério norte,
essas algas formam gigantescos emaranhados flutuantes sobre o oceano. Uma área próxima à
América do Norte possui tantas algas que a região ficou conhecida como Mar dos Sargaços.
Sargassum
Clorófitas
São conhecidas como algas verdes. Existem mais de 7
000 espécies espalhadas pelos diversos ambientes marinho,
água doce e terrestre úmido, como barrancos e troncos
de árvores (no caso das espécies unicelulares). Dentre as
pluricelulares, uma das mais conhecidas no Brasil é a Ulva,
também chamada de alface-do-mar.
Briófitas
Lembra que os anfíbios põem seus ovos na água e que expostos ao Sol ou ao ar seco
desidratam e morrem?
Com as Briófitas não é diferente. Elas são muito simples e ainda não possuem um siste-
ma de vasos condutores de seiva. Em uma Briófita, a água entra na planta pelas paredes de
seu corpo, não há raízes absorvendo água nem vasos levando essa água para o restante do
organismo. Por isso precisam estar em lugares úmidos e sombreados. Isso justifica também
o fato de serem pequenas, pois essa forma de absorção de água só “funciona” em indivíduos
pequenos. Veja no desenho o esquema da organização de um musgo. Já que não tem vasos
condutores não podemos falar em raiz, caule ou folhas; a denominação usada é rizóide, cau-
lóide e filóide.
Reprodução em Briófitas
O ciclo reprodutivo dessas plantas é muito complexo e ocorre com alternância de gerações.
Há a produção de gametas e de esporos. Veja como isso acontece: os gametas masculinos
são levados pelas gotas de chuva até a planta feminina, ali acontece a fecundação; desen-
volvendo-se sobre a planta feminina uma estrutura denominada esporófito. O esporófito
cresce e em sua extremidade, a cápsula, produz esporos, os quais caem ao solo e germinam
originando outra planta. As plantas adultas, clorofiladas, produtoras de gametas são deno-
minadas gametófitos.
A maior importância das briófitas está no fato de terem sido as pioneiras na colonização
do ambiente terrestre. A partir delas, outros grupos de plantas evoluíram até surgirem as
grandes variedades do presente.
1. Para que haja fecundação, é preciso que o gameta feminino encontre o masculino, em
Briófitas isso é feito com auxílio do(a):
a) ar.
b) água.
c) besouro.
d) pólen.
e) mosquito.
4. Por que os pesquisadores consideram que as briófitas não possuem raiz, caule ou folhas?
8. Existe uma planta conhecida como alface-do-mar. Essa planta é uma alface de fato? A que
grupo de plantas ela pertence?
sugestão de sites
http://www.oceanario.pt/site/ol_dossier_03.asp?dossierid=8&artigoid=94
CAPÍTULO 2
Pteridófitas e
Gimnospermas
Após estudar este capítulo, você deverá saber caracterizar uma
pteridófita e uma gimnosperma; poder compará-las entre si e com
grupos mais simples e escrever sobre sua importância.
Observe a foto ao lado, nela estão
Avenca
Xaxim
Observe as duas fotos com exemplares de dois tipos de pteridófitas. Repare que em ambas
as folhas novas saem do meio da planta. Quando jovens, são enroladas, se abrindo lentamente
à medida que vão crescendo. Essas folhas recebem o nome de báculos e são características
desse grupo vegetal.
Gimnospermas (Coníferas)
Já vimos que briófitas e pteridófitas dependem de ambiente aquático, principalmente por
causa da reprodução. As gimnospermas foram as primeiras plantas independentes da água
em relação à reprodução.
Nesse grupo, geralmente encontramos árvores, muitas de grande porte, que habitam
ambientes de clima frio ou temperado. São exemplos de gimnospermas os pinheiros em geral,
cedros, ciprestes, araucárias e sequóias, gigantescas árvores que chegam a medir quase cem
metros de altura e podem viver muitos séculos.
As araucárias
No sul do Brasil, uma das árvores que mais chama a atenção são as araucárias, também
conhecidas como pinheiros-do-paraná (Araucaria angustifolia). Árvore inconfundível, possui
tronco liso e reto e copa com galhos voltados para o céu.
As araucárias cobriam grandes extensões no sul do país, porém, ao longo dos últimos anos,
foram derrubadas em volumes tão grandes que hoje restam poucas áreas com a cobertura
nativa.
As sementes das araucárias recebem o nome de pinhões e são encontrados em estruturas
denominadas pinhas. O pinhão é comestível.
Pinha fechada
Araucaria
pinhões
Pinha aberta
No Japão, vários bosques foram considerados pela UNESCO como patrimônios da huma-
nidade. Dentre eles, se destacam as florestas naturais de cedros da ilha Yakushima. Essas
árvores vivem em altitudes entre 700 e 1400 m e freqüentemente têm mais de 1000 anos,
sendo denominadas Yaku-sugi. Dentre todas, a mais famosa é o cedro Jomon-sugi, com
mais de 25 metros de altura e 16,4 metros de circunferência; a ele é atribuída a idade
aproximada de 7000 anos.
6. O que é pinha?
7. O que é pinhão?
“O nome ‘samambaia’ vem do tupi ‘ham ã’bae’ e significa ‘aquele que se torce em espiral’.
Seu habitat natural são bosques e florestas. Algumas podem viver nas rochas, outras em
penhascos à beira do mar e há aquelas que vivem na água. O certo é que a característica
comum à maioria das espécies é a preferência por locais úmidos e sombreados.”
A
d) O que elas produzem?
sugestão de site
http://www2.uol.com.br/cienciahoje/chc/chc127.htm
CAPÍTULO 3
Angiospermas
Seus estudos deverão permitir que você saiba caracterizar uma
Angiosperma; possa compará-las às Gimnospermas e citar a
importância econômica e ecológica dessas plantas.
Pense um pouco em tudo o que você comeu hoje, anote. Exclua de sua lista as carnes, lin-
guiças, salsichas..., o leite, queijos, iogurte, manteiga... e os ovos. O que sobrou? Provavelmente
alimentos de origem vegetal, como: margarina, arroz, feijão, batata, alface, tomate, pães, frutas,
açúcar, café ..., pois bem, todos esses alimentos são produzidos a partir de Angiospermas.
As Angiospermas são o grupo vegetal mais numeroso e variado, existem cerca de 250
mil espécies, muitas delas importantes fontes de nutrientes para os seres humanos e para os
animais.
Se você pensou em flores e frutos, acertou. Essas são conquistas evolutivas que apare-
ceram com as Angiospermas.
Agaváceas – como o Agave de onde são extraídas fibras têxteis conhecidas como sisal.
Agave.
Sisal.
Iridáceas – plantas cultivadas pela beleza de suas flores, como as Gladiolous, conhecidas
como palma-de-santa-rita ou Iris. Das flores do gênero Crocus é extraído o açafrão.
açafrão
íris.
Bromeliácea – família em que há plantas cultivadas por sua beleza, como as bromélias, e
plantas comestíveis, como os ananás e abacaxis. As bromélias compõem um grupo muito
variado de plantas, vivendo freqüentemente apoiadas sobre as copas das árvores. Ali,
sua “coroa” de folhas armazena água, compondo um micro ambiente importante para
o desenvolvimento de diversos tipos de organismos, inclusive pequenos anfíbios.
Ananás.
Carnaúba
Orquidácea – cultivadas por sua beleza as orquídeas são plantas epífitas admiradas em
todo mundo. De uma espécie, Vanilla fragrans, é extraída a essência de baunilha, usada
na culinária de doces e sorvetes em geral.
Procure pensar em alguns exemplos. Anote e agora compare com nossa lista.
Vamos pensar na maioria das frutas que usamos em nossa alimentação: maçã, mamão,
manga, melancia, laranja, tangerina, morango, pêra, uva, ameixa, pêssego,cereja, caju, todas
são dicotiledôneas. Agora vamos lembrar de outros alimentos: feijão, alface, tomate, repolho,
rabanete, cenoura, batata, batata doce, couve, castanha-do-pará, mandioca, cupuaçu, cacau
(para fazer chocolate), ervilha, erva-mate (para fazer chimarrão e chá mate)... são mais exem-
plos de dicotiledôneas. Lembre de que muitas das suas roupas são feitas de algodão, outra
dicotiledônea importante. Ainda podemos pensar em árvores cuja madeira tem grande valor
comercial, como o mogno, o jacarandá e a imbuia, que vêm sendo derrubadas em tal quanti-
dade que correm o risco de desaparecer das florestas nativas, como já aconteceu com outra
dicotiledônea famosa, o pau-brasil. E, finalmente, poderíamos pensar em flores como rosas,
violetas, begônias, bocas-de-leão, brincos-de-princesa,...
Pela extensa lista você já percebeu que as dicotiledôneas também são muito importantes
economicamente.
As plantas são importantíssimas para o meio ambiente pois fornecem alimento para inúmeros
animais; constituem abrigo para muitos outros e são grandes produtoras de oxigênio atmosféri-
co; a presença de árvores suaviza climas muito quentes e ajuda a regular os regimes de chuva; a
vegetação também protege o solo da erosão ocasionada pelas chuvas e ventos.
1. Raízes, caules, folhas, flores, frutos e sementes estão presentes apenas nas:
a) briófitas.
b) angiospermas.
c) gimnospermas.
d) pteridófitas.
e) coníferas.
AÇAÍ - Bebida extraída do pequeno fruto do açaizeiro, palmeira de porte esguio que
chega a alcançar 30 m de altura e que produz cachos com dezenas de caroços (frutos)
redondinhos.
Sabendo que ele é uma monocotiledônea, que outra característica você poderia adicionar
à descrição do açaí?
“Por ser tão valioso e resistente, o mogno é a madeira mais cobiçada da Amazônia. Gran-
des áreas foram desmatadas e, hoje, o mogno é uma das árvores brasileiras seriamente
ameaçadas de extinção. Em 1998, o governo brasileiro proibiu por dois anos o corte de
mogno no país. As árvores só podem ser derrubadas em áreas especiais, com autoriza-
ção do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). Além do Pará, o mogno (Swietenia
macrophylla) é uma árvore comum também nos estados do Maranhão, Tocantins, Mato
Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas. A altura da árvore pode alcançar de 25 a
30 metros. O tronco não é muito grosso, geralmente tem 80 centímetros de diâmetro.
As árvores mais velhas, porém, têm troncos de até 2 metros de largura. O mogno recebe
outros nomes populares como aguano, araputanga, cedro-i e mogno-brasileiro.
(adaptado de www.canalkids.com.br)
7. Se alguém lhe afirmasse que “o mogno é madeira, e onde já se viu madeira dar frutos”! Que
argumentos você usaria para mostrar o erro da afirmativa.
Leia o texto abaixo. Ele nos conta um pouco sobre a história do café:
“São interessantes os primeiros registros acerca do café. Neles podemos perceber como a
observação dos animais pode inspirar nosso cotidiano.
Tudo começou na Etiópia, quando um pastor percebeu que suas cabritas gostavam de comer
certo fruto pequenino, vermelho e arredondado. E que elas se mostravam mais espertas e
resistentes depois de comê-lo.
Quando o pastor resolveu experimentar as frutas (esmagou-as com manteiga e fez uma
pasta), conheceu os efeitos estimulantes do café.
A versão bebida vem dos árabes do século XV.
Através do comércio dos árabes com os europeus, o consumo do café foi se ampliando e,
com as grandes navegações, chegou às Américas Central e do Sul.”
(adaptado www.ibge.gov.br)
9. Porque o autor diz que a observação dos animais pode inspirar nosso cotidiano?
sugestão de sites
http://www.canalkids.com.br/meioambiente/mundodasplantas/
pau.htm
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/cafe/historia.html
CAPÍTULO 4
Os Órgãos
Vegetais
Seus estudos deverão permitir que você saiba caracterizar os órgãos
vegetais (raiz, caule, folha, flor, fruto e semente); citar suas funções;
explicar a circulação da seiva, a respiração, a transpiração e a gutação
realizadas pelos vegetais e descrever os mecanismos de disseminação
de sementes.
Já vimos que as plantas são muito im-
portantes como fonte de alimentos e têm
inúmeras aplicações econômicas. Mas elas,
com sua beleza, também inspiram artistas e
poetas. Um exemplo disso pode ser visto na
tela de Diego Rivera (1886-1957), um impor-
tante pintor mexicano. Na obra denominada
“Vendedora de Flores”, os copos-de-leite são
o centro da atenção.
Você provavelmente dirá que são flores e o artista devia achar isso também.
Porém, para os cientistas, não é bem assim.
Pesquise sobre os copos-de-leite e veja o que a Ciência afirma sobre eles.
Mas, antes de falarmos mais sobre isso, vamos estudar outros órgãos
vegetais.
Raiz
Observe a árvore da foto, arrancada do chão pela força de ventos violentos, ela mostra
parte de suas raízes e revela uma das funções desempenhadas pelas raízes: a de sustentação.
As raízes “ancoram” o vegetal ao solo. À medida que a planta cresce, suas raízes se espalham
para longe, aumentando a sustentação e a capacidade de absorção de água, outra função
das raízes.
A água e minerais absorvidos pelo vegetal
constituem a seiva bruta, que será transpor-
tada a toda planta por meio de um sistema
de vasos condutores que se estendem até as
folhas, onde acontece a fotossíntese, com a
transformação da seiva bruta em seiva ela-
borada.
Tipos de Raízes
Dependendo do local onde vive a planta e das necessidades que ela apresenta, existem
raízes com aspectos diversos. Veja, nos esquemas abaixo estão representados dois tipos de
raízes.
Outras ajudam a sustentar plantas muito grandes ou que crescem em terrenos instáveis,
são as raízes tabulares, das grandes árvores, e as raízes escora, das plantas de mangue.
Caule
São estruturas de sustentação do vegetal. Nas grandes árvores, sus-
tentam a imensa copa e podem medir quase cem metros de altura.
Pelo caule passam vasos condutores de seiva, que interligam as
raízes às folhas.
Há dois conjuntos de vasos: o xilema, com vasos lenhosos por onde
passa a seiva bruta, e o floema, com vasos liberianos por onde passa
a seiva elaborada (já transformada pela fotossíntese).
Caules possuem estruturas denominadas “gemas” em que exis-
tem células especializadas no crescimento (altura) e na formação de
ramos laterais.
Assim como as raízes são muito variadas, os caules também o são.
A maior parte dos caules que você identifica são aéreos, como o
tronco, o colmo, o estipe e a haste.
O tronco é o caule das grandes árvores, é lenhoso e geralmente, com copa bem ramificada;
o colmo é o caule dos bambus e da cana-de-açúcar; o estipe é um caule sem ramificações e com
uma coroa de folhas na copa, é o das palmeiras e dos coqueiros; e a haste é um caule macio,
flexível, comum em plantas menores, como a erva-doce.
Rizoma de gengibre – Esse tipo Tubérculo da batata – rico em Bulbo da cebola – com folhas
de caule também ocorre na bana- amido, possui gemas de onde modificadas que armazenam
neira. brotam galhos e raízes. nutrientes.
Folha
As folhas, em geral, são formadas por uma lâmina verde, denominada limbo.
A cor verde é dada pela presença de uma substância, a clorofila, que tem papel essencial
durante a fotossíntese.
No limbo, existem células especiais, os estômatos, com as quais as folhas realizam trocas
com o meio ambiente.
Cada estômato possui duas células modificadas, com formato de grão de feijão.
Entre elas existe um espaço, o ostíolo, que, ao abrir ou fechar, regula a entrada e a saída
de gases da planta.
Fotossíntese
luz
Gás carbônico + água Glicose + oxigênio
clorofila
A Transpiração
Além da fotossíntese, as plantas realizam um processo denominado transpiração, no qual
há eliminação de vapor de água para o ambiente. A transpiração é o mais importante meca-
nismo para garantir a subida da seiva pelos caules.
Pense bem, em uma árvore de 60 a 70 metros de altura (um prédio de 20 andares), a seiva
bruta deve ir das raízes até a copa e isso se faz contra a gravidade.
Gutação
É o fenômeno de perda de água em forma líquida pelas bordas
de algumas folhas, como no morangueiro.
Modificações Foliares
As folhas podem apresentar algumas modificações, visando
proteção ou complemento de alimentação. Com a função de pro-
teção, podemos citar espinhos, como os dos cactos, que são folhas
modificadas. Nessas plantas, a fotossíntese é feita pelas células do
caule, que é verde.
Ainda com função de proteção, podemos citar folhas que
recebem o nome de brácteas. Essas folhas protegem flores e ge-
ralmente são bem coloridas ou vistosas. É o caso do antúrio e do
copo-de-leite. Aquilo que parece ser a flor, na verdade, é uma folha
que protege as flores verdadeiras, situadas no eixo ao redor do qual
a bráctea se fixa.
Algumas plantas crescem em solos pobres em alguns minerais e, para conseguir superar
essa carência, desenvolveram estruturas capazes de garantir o complemento mineral necessário
ao seu desenvolvimento. Estamos falando das plantas insetívoras, que capturam insetos de
forma a suprir aquilo que não encontram no solo. Para isso, elas possuem folhas que prendem
e digerem as pequenas presas. Há diversos mecanismos pelos quais as plantas “caçam” insetos,
mas em todos elas, a armadilha é uma modificação foliar.
Flor
A flor é uma conquista evolutiva das Angiospermas e está relacionada à reprodução desses
vegetais. Muito variadas quanto suas formas, tamanhos e cores, elas abrigam os aparelhos
reprodutores feminino e masculino das plantas, às vezes, os dois juntos, quando a planta é
hermafrodita, ou separados, quando existem indivíduos masculinos e femininos.
Reprodução
Quando a flor está “madura”, as anteras se abrem e liberam grãos de pólen. Esses grãos
de pólen devem chegar ao gineceu, no mecanismo denominado polinização. A polinização
pode ser feita por diversos agentes: insetos, pássaros, morcegos, água, vento. Em geral, as
plantas cujas flores são vistosas e perfumadas fazem polinização por meio de animais, que
são atraídos a elas exatamente pela beleza e perfume. As plantas cujas flores são singelas,
como as gramíneas, em geral fazem polinização pelo vento ou pela água.
Quando o pólen cai sobre o estigma, há o crescimento do tubo polínico que percorre o
estilete e chega ao ovário, fecundando o óvulo. Forma-se então a célula-ovo ou zigoto, que
se multiplica e dá origem ao embrião.
Fruto
É formado pelo desenvolvimento do ovário. Existem muitos tipos de frutos, mais simples ou
mais complexos. Um fruto simples possui, basicamente, duas partes: o pericarpo e a semente.
Pericarpo é o conjunto de estruturas que envolvem a semente. Nele podemos observar
uma casca externa (epicarpo), uma parte muitas vezes carnosa e comestível (mesocarpo) e
uma porção interna que envolve a semente (endocarpo).
endocarpo epicarpo
semente
mesocarpo
O abacate e todos os frutos que possuem pericarpo macio são denominados frutos
carnosos. Fazem parte deste grupo: laranja, mamão, melancia, tomate, manga, abóbora,
pêssego, melão...
Os frutos cujo pericarpo é seco, recebem o nome de frutos secos. Como exemplo, pode-
mos citar: avelã, noz, soja, ervilha, feijão, fava, trigo...
Nós já vimos que um fruto é resultado do desenvolvimento do ovário da flor. Existem,
porém, alguns que se formam a partir do receptáculo floral, sendo por isso denominados
de falsos frutos. É o caso do caju, em que a parte mole é resultado do desenvolvimento do
receptáculo floral e o fruto de verdade é a castanha. Veja:
falso fruto
Fruto seco
Semente
Forma-se a partir das transformações sofridas pelo óvulo após a fecundação. Em seu in-
terior, encontramos o embrião.
A semente protege o embrião e, quando as condições ambientais são favoráveis, ocorre
a germinação, isto é, o embrião entra em atividade; suas células se dividem rapidamente de
modo a originar uma nova planta.
Muitas sementes armazenam substâncias que irão nutrir a nova planta enquanto ela não
for capaz de realizar fotossíntese. Esse material de reserva recebe o nome de endosperma.
O conjunto formado pela endosperma e o embrião é envolto por uma “casca”, o tegumento,
que se rompe quando a germinação inicia.
Para que uma espécie vegetal se espalhe por uma grande área, é
preciso que suas sementes se dispersem. Os mecanismos de dispersão
são variados, podendo acontecer com participação dos ventos, da
água corrente e também de animais. Veja como isso pode acontecer
com a ajuda das aves: em alguns casos, o fruto serve de alimento à
ave. Ao comê-lo, ela ingere também as sementes. Essas sementes não
são digeridas e ficam no sistema digestório do animal. Serão mais
tarde eliminadas com as fezes em regiões que podem estar muito
distantes do local onde a ave havia se alimentado.
Sementes dispersadas
pelo vento
2. Nas plantas, para que haja fecundação é preciso que o gameta feminino encontre o gameta
masculino. Nas Angiospermas isso acontece através:
a) do ar. b) da água.
c) de insetos. d) das sementes.
e) dos tubos polínicos.
7. Em relação a algumas plantas, as pessoas afirmam “pode plantar que ela pega de galho”,
afirmando que, ao plantar um galho, será possível produzir nova planta. Isso é verdade.
Acontece com a rosa, com a mandioca, com o chorão. Porém, é preciso que existam, no
galho plantado, “gemas”. Qual o papel das gemas para o vegetal?
10. Que fenômeno irá acontecer na folha, transformando a seiva bruta em seiva elaborada?
11. Qual o nome da estrutura situada em A, por ali ocorrem trocas gasosas na planta.
12. Qual o nome do conjunto de vasos por onde trafega a seiva bruta?
13.A raiz absorve água continuamente, qual é o principal mecanismo que garante a subida
da água pelo caule?
sugestão de sites
http://www2.uol.com.br/cienciahoje/chdia/n338.htm
http://www.canalkids.com.br/surpresa/raflesia.htm
RECAPITULANDO
As algas pluricelulares compõe três filos: Rodófita, Feófita e Clorófita.
As Rodófitas são as algas vermelhas. Algumas são usadas como alimento e outras têm
emprego industrial.
As Feófitas são as algas pardas. Podem alcançar grande tamanho.
As Clorófitas são as algas verdes.
As Briófitas compõem o primeiro grupo de vegetais exclusivamente terrestres. Têm pe-
queno porte e na possuem sistema de vasos condutores. O gametófito é a fase duradoura.
Dependem da água para a reprodução. São os musgos.
As Pteridófitas (samambaias, xaxins, avencas) já possuem sistema de vasos condutores
e podem alcançar um bom tamanho. A fase duradoura é o esporófito, ainda dependente da
umidade para a reprodução.
As Gimnospermas (pinheiros, cedros, sequóias) possuem semente que se forma em
estruturas reprodutivas denominadas estróbilos. Podem alcançar grandes tamanhos e são
independentes da água no que diz respeito à reprodução.
As Angiospermas possuem raiz, caule, folha, flor, fruto e semente. São o grupo de plantas
mais numeroso e variado, servem como fonte de alimento para a humanidade.
Existem dois grupos de Angiospermas, as Monocotiledôneas e as Dicotiledôneas, conforme
a semente possua um ou dois cotilédones.
As raízes fixam o vegetal ao solo e absorvem água e sais minerais. Algumas raízes acu-
mulam substâncias de reserva.
O caule sustenta a copa do vegetal e por ele há circulação de seiva bruta e elaborada, atra-
vés dos vasos lenhosos e liberianos. Existem caules que acumulam substâncias de reserva.
A folha realiza a fotossíntese, processo bioquímico pelo qual a planta sintetiza seu alimento
e produz oxigênio, usando para isso a luz do Sol, a água e o gás carbônico. realiza também
a transpiração, que é a perda de vapor de água para a atmosfera. Algumas plantas perdem
água na forma líquida, é a gutação.
A flor contém os órgãos reprodutores da planta.
A reprodução se faz com o grão de pólen caindo sobre o estigma da flor e ali desenvol-
vendo um longo tubo polínico, na extremidade do qual estão os gametas masculinos. Após
a fecundação, o ovário da flor se desenvolve, formando o fruto. Dos óvulos fecundados for-
mam-se as sementes.
O fruto protege a semente e é importante para a dispersão delas. Alguns frutos armazenam
substâncias nutritivas e são denominados carnosos, outros não, são os frutos secos.
A semente contém o embrião e armazena substâncias que irão nutri-lo quando do início
da germinação.
Capítulo 4
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1. d
2. e
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Referência de Imagens
Banco de Imagens do IESDE