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AUTOR
Geografia / Leisa Moreira Melhoretto. - Curitiba : IESDE, 2004
000 p. : il. ; 00 cm
CDD (1oed.)
000.0000
Direção Geral
Luís do Amaral
Coordenação e Revisão Pedagógica
Robson Santos da Silva
Coordenação Editorial
Vani Maria Cassarim
Assessor de Conteúdo
Jânio Pedrosa Castelo Branco
Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica
ICONE Audiovisual LTDA
Ilustrações
Antonio Eder
Produção Intelectual
CAPÍTULO 1
A Geografia
Neste capítulo estudaremos os conceitos de tempo e espaço. Diferenciaremos através
de alguns exemplos os diferentes aspectos de análise temporal e espacial. Observaremos
as transformações do homem no meio, percebendo as alterações existentes no espaço,
portanto, conceituaremos o espaço natural e o espaço geográfico. Estaremos também ana-
lisando o que é a Geografia e qual o seu papel na atual sociedade, percebendo o homem
como agente transformador do espaço geográfico.
Meu pai tem 32 anos e, com essa idade, não consideramos as pes-
soas velhas... mas meu avô tem um fusquinha com a mesma idade do
meu pai e todos o consideram um carro antigo!
Realmente, quando nos referimos ao tempo, este também torna-se relativo dependendo
dos elementos que estamos tratando e principalmente, comparando-o. Estas noções são de-
finidas culturalmente em cada sociedade humana. Para organizar a noção de tempo, nossa
sociedade o definiu em dois tipos: o tempo histórico e o tempo geológico.
O tempo histórico é utilizado para narrar as ações do homem anteriores à invenção da
escrita até a atualidade. Nas sociedades cristãs, utiliza-se o nascimento de Jesus Cristo como um
marco, ou seja, antes do seu nascimento utilizamos a nomenclatura a.C. (antes de Cristo) e d.C.
(depois de Cristo). Para a narração de fatos relacionados ao homem anteriores ao surgimento da
escrita, utilizamos o termo pré-história, sendo estes fatos desvendados por meio da descoberta
de vestígios pré-históricos, como os fósseis, ossadas e artefatos rudimentares encontrados e
interpretados pelos arqueólogos.
O tempo geológico é utilizado para narrar as transformações do Universo e do nosso
planeta, o surgimento do Sol, da Terra, da Lua, das montanhas, dos oceanos etc. Como o
tempo geológico remonta passados muito distantes, os números que o compõem são bas-
tante grandes, acima dos milhões e bilhões de anos, o que nos acarreta grandes dificuldades
para compreendermos o real significado do tempo. Por isso, é importante trabalharmos com
relações, como no exemplo a seguir:
Calcula-se que a Terra tenha sido formada aproximadamente a 4,6 bilhões de anos. To-
memos este número como as 12 horas de um relógio:
Nossa sociedade conta e organiza o tempo por meio de um calendário formulado a partir
da observação do movimento aparente do Sol e da Lua, o qual é dividido em anos, meses,
dias, horas, minutos e segundos.
Tempo X Espaço
Quando olhamos e interpretamos uma paisagem, ou seja, um espaço formado por ele-
mentos naturais e culturais, podemos identificar marcas de vários períodos históricos. Observe
as figuras a seguir:
Observe o contraste entre as várias edificações. Algumas foram construídas a mais de cem
anos e outras recentemente, a menos de cinco anos.
Estes contrastes verificados nas paisagens refletem a maneira pela qual os homens, durante
a história, se relacionaram entre si e com os elementos naturais. Entretanto cada sociedade cons-
truiu ao longo do tempo um tipo característico de integração com o meio natural, relação esta
verificada pelos diferentes tipos de habitações, métodos de sobrevivência, produção de bens,
crenças, hábitos e demais características que compõem o aspecto cultural característico de cada
sociedade. Quando falamos em espaço geográfico, temos que lembrar que a ação humana não
é individual, pois vivendo em conjunto as ações passam a ter um sentido coletivo.
O Espaço Natural
Já faz muito tempo que o homem surgiu em nosso planeta. Nossa espécie, o homo sa-
piens, supõe-se que já esteja ocupando os espaços terrestres a mais de 40 mil anos. Durante
esse tempo ele migrou da África e espalhou-se por todos os demais continentes, trabalhando
para alcançar sua adaptação às condições que os diferentes ambientes lhes apresentavam. No
último século, locais considerados inóspitos1 como a Antártida e algumas cordilheiras, como
a do Himalaia, foram desbravadas por viajantes, aventureiros e pesquisadores com o auxílio
de tecnologias de transporte e de manutenção das condições físicas humanas.
Portanto, podemos definir espaço natural, também chamado de Primeira Natureza,
sendo o espaço criado pela própria natureza sem a interferência humana, ou seja, é
aquele que resultou da evolução da própria natureza, ou digamos, da ação dos elemen-
tos naturais, como fenômenos geológicos, o ciclo da água, a fotossíntese e outros.
Palácio Imperial em Tóquio e o parque que o circunda. Agricultura de trigo - Estados Unidos
Na zona rural, as áreas são utilizadas de acordo com suas várias características geográficas,
levando-se em consideração fatores como o clima, relevo, solo e subsolo, vegetação, altitude
e latitude.
O Papel da Geografia
Se formos realizar uma análise da palavra Geografia, temos: Geo = terra / grafia = descrição.
Poderíamos então considerar esta ciência como uma simples descrição da Terra?
Acredita-se que a ciência geográfica, mais do que descrever um fenômeno, é a ciência
que interpreta e analisa os fatos produzidos pela relação homem x natureza.
A maioria dos geógrafos contemporâneos concorda que a Geografia é o estudo da superfí-
cie da Terra enquanto morada humana. Porém, existem muitas maneiras de se fazer Geografia
e não podemos afirmar que uma está certa e a outra errada.
De toda forma, a Geografia que aprendemos na escola deve priorizar a análise do homem
enquanto um ser que se utiliza dos recursos naturais de acordo com suas necessidades, cons-
truindo assim um tipo especial de espaço: o geográfico. Este espaço geográfico é o cenário
no qual homens se relacionam entre si, produzindo cultura e também, em alguns casos, de-
sigualdade social. Dessa forma a Geografia se preocupa com as questões sociais, territoriais,
políticas, culturais e ambientais, pois ela é uma espécie de elo de ligação entre as ciências
sociais e naturais.
Muitos geógrafos dividem este ramo da ciência em Geografia Física e Geografia Hu-
mana.
A Geografia Física: trata do espaço elaborado pela natureza, independentemente da
ação humana. Essa divisão compreende ramos distintos como a climatologia (clima), a Geo-
morfologia (relevo), vegetação, dentre outros.
A Geografia Humana: é o estudo explicativo do espaço elaborado pelo homem. A Geo-
grafia humana conta também com diversos ramos, dentre eles, a Geografia da População, a
Geografia Agrária, a Geografia Industrial e outros.
Entretanto, a relação homem x natureza é tão complexa que em muitos casos não conse-
guimos definir onde começa o físico ou o humano, pois ambas as categorias se relacionam a
quase todo o momento de forma intrincada.
1. Conceitue:
a) Primeira Natureza:
b) Segunda Natureza:
2. Identifique no lugar onde vocêvive, um tipo de intervenção humana que o torna um es-
paço geográfico:
4. Enumere:
( 1 ) Tempo histórico
( 2 ) Tempo geológico
5. Complete:
a) Calcula-se que a Terra tenha sido formada aproximadamente a __________ de anos.
b) Descobriu-se nos tempos antigos, que as __________ da Lua poderiam desempenhar
um papel importante na medição do __________.
c) Quando olhamos e interpretamos uma __________, ou seja, um espaço formado por
elementos __________ ou culturais, podemos identificar marcas de vários períodos
__________.
d) Utilizando a noção de tempo e __________, utilizamos certos parâmetros, ou seja,
noções __________ de escalas que envolvem os diferentes __________ que estamos
tratando.
9. A palavra espaço pode ter diferentes significados. Pode referir-se ao conjunto de sistemas
de astros, significando o espaço sideral. O espaço social e o espaço econômico referem-se
às relações sociais e econômicas.
a) Verdadeiro
b) Falso
QUESTÃO DESAFIO
“Na verdade, pode-se dizer que praticamente, não existem mais espaços naturais total-
mente livres da ação direta ou indireta do homem.”
A afirmação está:
a) Totalmente errada
b) Parcialmente errada, porque a Antártida está totamente livre da ação do homem.
c) Certa
Justifique sua resposta.
sugestão de filme
SINOPSE - Hoje aqui, de partida para o amanhã. Quando George (Rod Taylor)
se senta ao comando do seu novo invento, ele tem o tempo todo do mundo.
Ele inventou uma Máquina do Tempo que o transporta de 1899 para outras épocas como os
tempos bélicos do século XX ou para o ano 802701. Nesta época longínqua, o sereno povo
Eloi depara-se com um futuro tenebroso ao ver-se prisioneiro dos monstruosos Morlocks...
a não ser que um estranho viajante do tempo vindo do passado intervenha a seu favor.
CAPÍTULO 2
O Espaço Sideral
Neste capítulo estudaremos os concei-
tos relacionados ao Universo. Descreveremos
a variedade de astros, para que possamos
identificar suas características e perceber o
Sistema Solar e a Terra como integrantes do
espaço cósmico. Abordaremos a Teoria do Big
Bang, para mostrar como uma das hipóteses
para explicar o surgimento do Universo.
Talvez nada comparado à existência do Universo cause tantas dúvidas aos seres huma-
nos. “De onde tudo surgiu?”, “Quem fez?” e “Por que fez?” são perguntas que estão longe de
serem respondidas com precisão pela ciência. Assim sendo, é na religião que grande parte
das pessoas irá se apoiar para a explicação da existência do universo.
Porém, a hipótese mais aceita entre a comunidade científica para explicar a formação do
Universo é a teoria do Big Bang, ou Grande Explosão. Para se chegar até essas conclusões,
muitas investigações científicas foram feitas com o auxílio da matemática, da física, da quími-
ca, da astronomia e por meio de instrumentos como telescópios, sondas espaciais, satélites,
foguetes e computadores.
A Origem do Universo
Para explicarmos a teoria do Big Bang, primeiro vamos entender algumas questões im-
portantes sobre a estrutura do Universo.
O Universo possui uma lógica hierárquica, ou seja:
O Universo é formado por bilhões de galáxias.
Cada galáxia é formada por um grupo de estrelas.
Cada estrela pode atrair em sua órbita milhares de astros celestes como planetas, co-
metas, meteoros e meteoritos.
Um planeta pode atrair em sua órbita um satélite.
Um estudo realizado em 1929 por Edwin Hubble comprovou que as galáxias estão se
afastando umas das outras. Partindo do princípio lógico que se as galáxias estão se afastan-
do significa que em um dado momento elas estiveram próximas. E se estavam tão juntas a
ponto de ficarem completamente comprimidas, provavelmente ocorreu uma explosão que
as fez começar a se afastar uma das outras, fenômeno que hoje podemos verificar por meio
de estudos.
Para entendermos melhor esse processo, imaginemos que no início tudo se resumia em
uma bexiga cheia d’água, que não suportando a pressão da água existente acabou explodin-
do. Com a explosão, a água espalhou-se por todos os lados. Em alguns lugares distantes de
onde ocorreu a explosão, formaram-se poças d’água (grandes estrelas) e em outros lugares,
formaram-se gotas dispersas (pequenas estrelas). As pequenas estrelas foram atraídas pelas
grandes estrelas, formando assim as galáxias e os sistemas.
Provavelmente a força da explosão inicial continua fazendo com que as galáxias (gotas
e as poças d’ água) se afastem do núcleo da explosão e, por consequência, se afastem uma
das outras.
Após a realização da experiência, fiquei com uma dúvida. Porque os planetas, as estrelas
e os satélites não se movimentam uns em direção aos outros, como no caso dos imãs?
Comparando com outras estrelas existentes no Universo, podemos afirmar que o Sol é uma
estrela razoavelmente pequena. Algumas estrelas, como a Gigante Vermelha de Betelgeuse, por
exemplo, possui um diâmetro cerca de 400 vezes maior do que o do Sol.
Contudo, o Sol reúne mais massa do que todos os planetas do Sistema Solar reunidos. Por isso,
a sua força gravitacional atrai todos os demais corpos celestes do Sistema Solar, os quais gravitam
ao seu redor. O Sol também constitui a fonte primária de energia desse sistema, fornecendo luz
e calor por meio da sua radiação.
TEXTO COMPLEMENTAR
tizado. Ao contrário dos módulos dos EUA, o Beagle 2 foi concebido para buscar sinais de
vida em Marte. Seus instrumentos devem analisar amostras do solo de modo a verificar
a existência de assinaturas químicas de processos biológicos. Também podem constatar
a presença de gás metano, outro indício de vida. Se for bem sucedido, o módulo pode
alterar para sempre nossa concepção de vida no Universo.
A Lua
A Lua é o único satélite natural da Terra e desde a
antiguidade foi motivadora de inúmeras histórias e mitos
em diferentes civilizações humanas. Comparado com outros
corpos celestes, podemos considerar a Lua próxima da Terra,
a 384 mil Km de distância. A Lua não possui brilho próprio.
Dessa forma, conseguimos observá-la graças principalmente
à luz do Sol e, em menor escala, à luz de outras estrelas, que
incidindo na superfície lunar reflete os raios em direção à
Terra.
A formação da Lua ainda é um desafio para os astrônomos. Um dos primeiros estudos
científicos sobre a Lua foi realizado em 1610 pelo astrônomo e matemático italiano Galileu
Galilei, que utilizando uma luneta observou que a superfície lunar não era lisa como se acre-
ditava, mas cheia de crateras e superfícies elevadas como montanhas.
A força de gravidade da Lua é cerca de seis vezes menor do que a da Terra. Assim, a Lua
não possui força de atração suficiente para segurar uma atmosfera gasosa. Com isso, todo
meteorito que vai em direção à Lua choca-se com sua superfície, diferente da Terra, que possui
uma atmosfera que queima e fragmenta esses meteoritos, protegendo a sua superfície de
impactos mais graves. Sem atmosfera, o ambiente lunar torna-se hostil às condições huma-
nas: durante o dia a temperatura pode atingir mais de 100°C e durante a noite pode cair até
173°C negativos.
A amplitude das marés varia de acordo com a posição, as fases e a distância da Lua em
relação a Terra. Depende, também, da distância do Sol. Assim, as marés altas e baixas são mais
amplas nas fases de Lua cheia e nova. Isso ocorre porque, nessas fases, o Sol e a Lua estão
alinhados com a Terra. São as marés de sigízia provocadas pela atração combinada do Sol e
da Lua.
Lua nova – fase na qual a Lua não é visível da Terra durante a noite, pois sua face está
voltada para o Sol e não para a Terra.
Lua crescente – é quando a Lua está em uma posição em que o Sol ilumina cerca de um
quarto delas. Assim, vemos a Lua em forma de um C, em direção ao poente. Com o passar
dos dias, o movimento de translação da Lua a faz mudar de posição em relação ao Sol e as
superfícies escuras na fase anterior começam a ser iluminadas.
Lua cheia – quando a Lua atinge uma posição em que a Terra não impede que os raios
solares atinjam toda a superfície de uma metade de sua esfera.
Lua minguante – Depois de mais ou menos sete noites após a fase cheia, a Lua começa a
apresentar um efeito oposto ao da Lua crescente, ficando com cerca de um quarto de sua face
iluminada pelo Sol. Porém, agora o lado iluminado fica voltado para a direção da nascente.
Eclipses
Eclipse é um fenômeno que decorre do alinhamento de três astros, podendo haver ocul-
tação parcial ou total de um deles. Portanto, existem eclipses totais e parciais.
Eclipse Lunar - Ocorre durante a Lua Cheia. Quando a posição dos astros é a seguinte:
Sol-Terra-Lua. Nesse caso, é a Terra que projeta sua sombra sobre a Lua.
Os eclipses mais freqüentes são os do Sol. De modo geral, para cada dois eclipses da Lua,
correspondem três eclipses do Sol. No espaço de um ano não pode haver mais do que sete
eclipses nem menos que dois.
Cometas
Asteróides
Asteróides são objetos rochosos e
metálicos que orbitam o Sol, mas são
pequenos demais para serem consi-
derados planetas. Os asteróides são
encontrados praticamente em todo
o Sistema Solar. Entretanto, a maior
quantidade deles encontra-se entre as
órbitas de Marte e Júpiter.
Alguns meteoros encontram-se na
mesma órbita da Terra e alguns já se
chocaram com nosso planeta, como
o caso do meteoro de Barringer que
chocou-se com a superfície terrestre,
próxima da cidade de Winslow, Arizo-
na, EUA. Com um diâmetro de 186 Km,
este asteróide teria se chocado aproxi-
madamente a 49 mil anos.
Muito do nosso conhecimento acerca dos asteróides provém do exame das rochas e dos
fragmentos do espaço que caem na superfície terrestre. Os asteróides que estão numa rota
de colisão com a Terra são chamados meteoritos.
Meteoros e Meteoritos
Meteoros são fragmentos de rochas ou
metal com tamanhos que variam desde par-
tículas de poeira até pedaços maiores como
um automóvel. Quando atingem a nossa at-
mosfera em alta velocidade, a fricção provoca
a incineração desses fragmentos, provocando
um raio de luz, em altitudes que variam de
80 a 110 Km. Se um meteoro não queima
completamente, o que resta dele atinge a
superfície da Terra e passa a ser chamado de
meteorito.
1. Você acredita em vida extraterrestre? Quais são as evidências a favor da sua opinião?
3. Você acredita em outra teoria que explica a formação do Universo? Em caso positivo, cite
e explique essa teoria:
d) Depois de mais ou menos 7 noites após a fase cheia, a Lua começa a apresentar um
efeito oposto ao da Lua crescente, ficando com metade de uma de suas faces iluminada
pelo Sol, esta é a fase da Lua minguante.
e) A Lua nova é uma fase na qual a Lua não é visível da Terra durante a noite, pois sua face
está voltada para o Sol e não para a Terra.
7. São astros encontrados praticamente em todo o Sistema Solar, entretanto, a maior quan-
tidade deles encontra-se entre as órbitas de Marte e Júpiter.
a) meteoros
b) cometas
c) asteróides
d) estrelas
e) planetas
10. Pesquise em jornais, revistas, internet, etc, sobre notícias recentes voltadas ao estudo
da Astronomia. Monte um painel com imagens e informações à respeito desta ciência,
divulgando as últimas descobertas do homem.
QUESTÃO DESAFIO
11. Pesquise sobre o significado da Astronomia, quando surge essa ciência e qual sua im-
portância. Registre em seu caderno, depois discuta com seus colegas as informações que
obtiveram:
sugestão de filme
“ Apolo 11”
Videopédia Galáctica Show Cósmico Britânnica: Pla-
netas exteriores e estrelas. Planetas interiores
CAPÍTULO 3
Os Movimentos da
Terra e suas
Conseqüências
Neste capítulo estudaremos os prin-
cipais movimentos da Terra e suas conse-
qüências. Identificaremos como conse-
qüências do movimento de rotação, os dias
e as noites, os fusos horários, o movimento
de translação, a diferença de aquecimento
durante o ano, bem como a utilização do
calendário. Notaremos que esses dois prin-
cipais movimentos da Terra, influenciam
diretamente nossa vida.
Eixo: é a linha vertical que corta o planeta passando pelo seu centro.
Hemisfério: do latim “hemi = metade” e “sphaera = esfera”, ou seja,
metade de uma esfera.
Linha do Equador: é a linha imaginária horizontal que passa pelo
centro da esfera, determinando os dois hemisférios: Norte e Sul.
Trópico de Câncer: é uma linha horizontal existente entre a Linha
do Equador e o Círculo Polar Ártico.
Trópico de Capricórnio: É uma linha horizontal existente entre a
Linha do Equador e o Círculo Polar Antártico.
Círculo Polar Ártico: é uma linha horizontal, paralela à linha do
Equador que delimita o pólo Norte.
Círculo Polar Antártico: é uma linha horizontal, paralela à linha do
Equador que delimita o pólo Sul.
Paralelos: São linhas imaginárias verticais que ligam os pólos.
Linha do Equador
Trópico de Capricórnio
Johannesburgo.
Um hemisfério tende a ficar mais frio do que o outro somente durante a segunda metade
do outono, no inverno e na primeira metade da primavera. Como os hemisférios Norte e Sul
permanecem o mesmo período de tempo em determinado posicionamento e invertem a cada
seis meses, invertem-se também as condições de insolação.
Porém, devemos lembrar que a entrada de uma estação não significa necessariamente que,
por exemplo, no inverno seja frio e no verão calor, pois a Terra é um planeta muito dinâmico
e as frentes de ar frias ou quentes podem descaracterizar temporariamente as estações.
Durante esse período ocorrem as quatro estações do ano: primavera, verão, outono e
inverno. As estações do ano são as divisões climáticas que ocorrem durante o período de
duração do movimento de translação da Terra ao redor do Sol.
Verão
Outono Primavera
Inverno
Estações do ano em Perre Fondes, França.
Linha do Equador
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
Círculo Polar Ártico
Círculo Polar Antártico
Em todos os dias do ano ao meio-dia na faixa terrestre que coincide com a Linha do Equa-
dor, o Sol sempre está a pino, ou seja, exatamente a 90° em relação ao plano da superfície da
Terra. Esta posição mais alta alcançada pelo Sol é também denominada de zênite. Dessa forma,
neste horário os raios solares não projetam sombras laterais, pois incidem perpendicularmente
nos objetos. Nessa faixa, os dias e as noites possuem o mesmo período de duração.
12h
13h 11h
14h 10h
9h
15h
8h
16h
7h
17h
6h
Rio de Janeiro.
A faixa terrestre localizada entre os Trópicos de Câncer e o Círculo Polar Ártico é denomi-
nada Zona Temperada do Norte e a faixa terrestre entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo
Polar Antártico é denominada Zona Temperada do Sul. Em ambas estas zonas o Sol não vai
a pino, mesmo no auge do verão, determinando o aparecimento de sombras nos objetos.
Mesmo no verão, as temperaturas na maioria das vezes não ficam tão altas como as existentes
nos trópicos. Já no inverno, as temperaturas tendem a chegar próximas ou até abaixo de 0°C,
podendo gear e até mesmo nevar, pois os raios solares incidem mais inclinados. Nas zonas
temperadas, os dias possuem uma duração menor do que as noites. Esta diferença se torna
mais acentuada por ocasião do inverno e quanto mais próximo dos círculos polares.
Tomemos por exemplo novamente a lanterna, que inclinada em uma superfície, seu feixe
de luz ilumina e aquece com menor intensidade a superfície que é atingida.
A parte terrestre que compreende o Círculo Polar Ártico é denominada Zona Glacial do
Norte e o Círculo Polar Antártico é denominada Zona Glacial do Sul. Em ambas estas zonas,
mesmo no verão, o ângulo de incidência dos raios solares é bastante inclinado, projetando nos
objetos sombras de grande magnitude e, além disso, os dias possuem duração bem menor
do que as noites. No inverno, estes fenômenos são bem mais intensificados e a neve ocorre
em todas as estações do ano.
Nos pólos Norte e Sul e em suas
proximidades, ocorre um fenômeno
bastante interessante: durante seis
meses ocorre um período de penumbra
constante e nos outros seis meses um
período de iluminação constante. Em
outras palavras, os dias não se sucedem
como nos trópicos, pois no período de
um ano existe somente um dia e uma
noite, porém ambos com seis meses
cada. Na verdade, as únicas estações
visíveis são o verão (marcado pela ilu-
minação) e o inverno (marcado pela pe-
numbra). Assim, durante a noite polar
ocorre o chamado “sol da meia noite”.
O Calendário Gregoriano
O Calendário Gregoriano foi introduzido pelo Papa Gregório XII em 1582 e, atualmente
é utilizado pela maior parte dos países, principalmente os de linha cristã. Este calendário re-
cebeu algumas adaptações para entrar em conformidade com os fenômenos astronômicos e
corrigir os erros que haviam se acumulado devido a este calendário possuir 11 minutos e 10
segundos a mais do que o tempo total da translação terrestre ao redor do Sol.
Como vimos, o movimento de rotação terrestre total em torno do seu eixo possui um
período de realização de 24 horas, o que convencionamos como 1 dia. O movimento de trans-
lação da Terra é realizado aproximadamente em 365 dias e 6 horas, o que convencionamos
como 1 ano. Entretanto, em nosso calendário contamos o ano somente com os 365 dias, não
nos preocupando com as 6 horas que sobram.
Com isso, após 4 anos ocorre um déficit de 24 horas no calendário, formado pelas 6 horas
que sobraram de cada ano. Por isso, de 4 em 4 anos ocorre o chamado ano bissexto, que nada
mais é do que um ano com 366 dias. Este dia a mais é acrescentado no mês de fevereiro, o
qual excepcionalmente passa a ter 29 dias ao invés de 28.
FEVERE
IRO
D S T Q Q S
1 S
2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13
15 14
16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27
29 28
Os Fusos Horários
Tendo uma forma semelhante a uma esfera, a Terra é iluminada pelo Sol em somente
uma face. Porém, com o movimento de rotação, os períodos de iluminação e penumbra vão
se alternando durante as 24 horas. Assim, se em Brasília é meio-dia, em Tóquio, no Japão, será
meia-noite. Isto acontece porque estas duas cidades estão em meridianos opostos, ou seja,
Brasília encontra-se na parte ocidental e Tóquio na parte oriental do planeta.
b) translação:
5. Enumere:
(1) Linha do Equador
(2) Trópico de Câncer
(3) Trópico de Capricórnio
(4) Círculo Polar Ártico
(5) Círculo Polar Antártico
( ) é uma linha horizontal existente entre a Linha do Equador e o Círculo Polar Ártico.
( ) é uma linha horizontal existente entre a Linha do Equador e o Círculo Polar Antárti-
co.
( ) é uma linha horizontal, paralela à linha do Equador que delimita o Pólo Norte.
( ) é uma linha horizontal, paralela à linha do Equador que delimita o Pólo Sul.
( ) é uma linha imaginária horizontal que passa pelo centro da esfera, determinando os
dois hemisférios: Norte e Sul
a) ( ) México
b) ( ) Estados Unidos
c) ( ) Peru
d) ( ) Austrália
e) ( ) Marrocos
f) ( ) Japão
g) ( ) Alemanha
h) ( ) Argentina
i) ( ) Angola
j) ( ) Moçambique
8. Assinale V quando a alternativa for verdadeira ou F quando for falsa. Justifique as questões
quando forem falsas:
QUESTÃO DESAFIO
9. Quando em Manaus forem 18:00 horas, que horas serão nos locais abaixo?
10. Um avião sai do Rio de Janeiro - longitude 45o W, às 23 horas, com destino a Fernando
de Noronha - longitude 30o W. O vôo é de 3 horas. Quando esse avião aterrissar na ilha
serão:
CAPÍTULO 4
Orientação
Neste capítulo estudaremos os meios de orientação. Relacionaremos o movimento
aparente do Sol com os pontos cardeais e colaterais. Observaremos que a bússola é um
dos principais meios de orientação sobre a superfície terrestre. Destacaremos também, as
coordenadas geográficas, relacionando conceitos para compreensão desse estudo, como
as latitudes e longitudes.
O espaço composto pelo Universo possui milhares de galáxias. Logo, não podemos definir
se a Terra se encontra ao Sul ou ao Norte do Universo, pois essas são referências espaciais
somente aplicáveis no espaço da superfície do nosso planeta. Com isso teoricamente pode-
ríamos representar nosso planeta dessa forma:
Entretanto, os pontos cardeais não são suficientes para nos orientarmos com precisão sobre
a superfície da Terra e, por isso, é necessário utilizarmos também os pontos colaterais, que se
situam entre dois pontos cardeais. Veja como encontrá-los:
* entre o oeste e o norte, encontramos o noroeste
(NO).
* entre o oeste e o sul, encontramos o sudoeste (SO).
* entre o leste e o sul, encontramos o sudeste (SE).
* entre o leste e o norte, encontramos o nordeste (NE).
Coordenadas Geográficas
As coordenadas geográficas são as determinações das medidas de latitude e longitude
que definem a posição de um ponto na superfície terrestre.
Para entendermos melhor, é necessário observar as definições a seguir:
4. Enumere:
(1) Norte ( ) Oriente
(2) Sul ( ) Ocidente
(3) Leste ( ) Setentrional
(4) Oeste ( ) Meridional
5. Defina:
a) Latitude:
b) Longitude:
A - Latitude:
- Longitude:
B - Latitude:
- Longitude:
C - Latitude:
- Longitude:
D - Latitude:
- Longitude:
E - Latitude:
- Longitude:
F - Latitude:
- Longitude:
G - Latitude:
- Longitude:
H - Latitude:
- Longitude:
I - Latitude:
- Longitude:
J - Latitude:
- Longitude:
QUESTÃO DESAFIO
11. Assinale a alternativa correta:
a) O Equador é uma linha imaginária, traçada a igual distância dos pólos, e que divide a
Terra nos hemisférios Norte e Sul. Essa linha é uma circunferência que pode ser divi-
dida em 360º. Nesse caso, a distância do Equador a um dos pólos será de 180o, o que
corresponde à máxima latitude.
b) Considerando o Equador e Greenwich, é possível afirmar que o Brasil tem a maioria de
suas terras respectivamente nos hemisférios ocidental e setentrional.
c) Os paralelos são linhas imaginárias que dão a volta na Terra, passando pelos dois pólos,
dividindo a Terra em dois hemisférios: ocidental e o oriental.
d) Latitude é a distância contada em graus do Meridiano de Grrenwich a um ponto da
superfície da Terra, variando de 0o a 180o.
e) N.d.a.
sugestão de sites
www.esteio.com.br
www.pick-upau.com.br
www.fosp.com.br
CAPÍTULO 5
Noções de
Cartografia
Neste capítulo abordaremos a evolução da Cartografia. Destacamos as principais
características da Cartografia desde a Pré-História até os dias atuais. Analisamos que a Car-
tografia teve um papel fundamental na conquista de novos territórios. Devemos perceber
os mapas como instrumento de análise, interpretação, planejamento e interferência da re-
alidade espacial. Identificaremos os elementos que compõem um mapa, como os símbolos,
as escalas e as projeções.
A cartografia é a ciência e ao mesmo tempo a arte de se representar o espaço por meio
da representação gráfica.
Durante o império romano, foram desenvolvidos mapas mais práticos com finalidades
militares e administrativas. Na verdade, a administração de um território tão vasto como o do
Império Romano obrigou a uma rápida evolução da cartografia. Assim, os mapas passaram a
ter forma de um disco e eram confeccionados em tábuas ou rolos de pergaminhos.
Uma das representações cartográficas mais famosas feitas na Roma Antiga foi a Tábua
de Peutinger. No século XIII foi construída uma cópia da tábua original sob a forma de carta de
navegação alongada (6,80m x 0,34m). Este mapa representa o mundo conhecido na época,
embora as zonas mais ocidentais tenham desaparecido. Nele são indicados as montanhas, os
rios e as cidades, as quais são representadas por um pequeno conjunto de edifícios. Apesar
de conter muitas distorções, este mapa ofereceu muitas informações importantes, como a
distância entre as cidades e as estradas que apontavam a direção de cada uma delas.No final
da Idade Média, o comércio de produtos passou a ser uma importante atividade econômica
para os povos, principalmente do continente europeu e asiático. Para isso, tornou-se neces-
sário realizar grandes expedições para o transporte dos produtos a serem comercializados
nas feiras da época. Para realizar estas expedições era necessário aos viajantes conhecer os
lugares a serem percorridos, os atalhos que desviavam caminhos pantanosos ou desérticos,
os melhores locais para estabelecer acampamentos e alimentar os animais, além da delimi-
tação dos lugares que ofereciam disponibilidade de água e perigo quanto aos fenômenos
naturais.
Para suprir estas necessidades, os cartógrafos da época construíram mapas inspirados no
conhecimento cartográfico grego para orientar os viajantes. Porém, estes mapas não possuíam
grande confiabilidade, pois a tecnologia da época não permitia maior precisão.
A necessidade de expandir a atividade comercial mesmo com o bloqueio do caminho
terrestre para o oriente pelos Turcos Otomanos, forçou os viajantes da época a desenvolverem
técnicas cartográficas mais confiáveis. O aprimoramento de instrumentos como a bússola e o
astrolábio tornaram possível aos europeus lançar-se em viagens marítimas, até então consi-
deradas muito perigosas, pois temiam que a linha do horizonte pudesse ser a entrada de um
abismo sem fim. Além disso, nesse período a invenção da imprensa e da gravação facilitaram
sobremaneira as técnicas cartográficas, pois facilitavam a edição e distribuição dos mapas.
No período das Grandes Navegações, iniciado a partir de meados do século XV, o homem
realizou viagens em alto mar, as quais evidenciaram que a Terra realmente era esférica e muito
maior do que se imaginava. O genovês Cristóvão Colombo foi o primeiro grande navegador a
apostar nesta possibilidade. Ao acreditar poder sair da Europa e chegar até as Índias navegando
no sentido Oeste ao invés de contornar o continente africano, Colombo desafiou a sociedade
e o conhecimento da época.
Com a descoberta da esfericidade da Terra, foi estabelecida uma nova forma de enxergar
nosso planeta e as novas terras encontradas na América aumentaram significativamente os
desafios para a compreensão da natureza. Nesse momento o mundo praticamente dobrou de
tamanho e, novas paisagens totalmente desconhecidas precisavam ser desbravadas.
Com a Segunda Guerra Mundial, a cartografia passou a ser uma ciência extremamente
importante à segurança nacional e os países que possuíam serviços cartográficos obtiveram
vantagens com relação à defesa de suas fronteiras. Nas últimas décadas, os computadores e
os softwares de geoprocessamento trouxeram contribuições importantes para a cartografia,
tornando os cálculos de projeções, de escalas, de direções e de distâncias muito mais rápidos e
precisos. A evolução das tecnologias aeroespaciais tornou possível a utilização de imagens de
satélites, proporcionando à cartografia a obtenção de uma visão precisa do nosso planeta.
0 100 km
0 500 km
Escalas
Assim como um aeromodelo é uma miniatura de aeronave, o mapa é uma represen-
tação em miniatura do espaço, para que possa caber em uma folha de papel. Utilizando esse
princípio é possível representarmos qualquer extensão espacial, desde um bairro até o planeta
inteiro. Para isso, basta realizar a redução de maneira correta, utilizando a escala.
Escala é a relação proporcional entre as medidas reais do terreno e as medidas con-
tidas no mapa. Assim, por exemplo, uma distância de 2.600 metros pode ser representada
por uma distância gráfica no papel de 26cm (0,26m). Para sabermos qual foi a redução neste
caso, basta realizarmos o seguinte cálculo:
1 km = 1.000 m
1 m = 100 cm
1 cm = 10mm
Km – quilômetro
m – metro
cm - centímetro
mm - milímetro
Dessa forma, descobrimos que neste mapa a escala que está sendo utilizada é de
1:10.000, ou em outras palavras, o mapa representa o espaço reduzido dez mil vezes.
De acordo com a necessidade e o tamanho do espaço a ser representado, é atribuída
a escala mais adequada.
Existem os seguintes tipos de escala:
Escala gráfica: Utiliza-se uma linha reta, dividida em setores como se fosse uma régua,
e as distâncias verdadeiras são indicadas na própria escala.
1.000 km
200 km
400 km
600 km
800 km
0 km
Não esqueça!!
• Quanto maior for o denomi-
nador da escala, menor será o
mapa (pobre em detalhes).
• Quanto menor for o denomina-
dor, maior será o mapa (rico em
detalhes).
Já a carta é utilizada nos casos em que a área a ser representada ultrapassa um raio de 50
Km, porém não chega a ser do tamanho de um estado, por exemplo. Nesta distância torna-se
necessário a utilização de projeções cartográficas para compensar as distorções da curvatura
terrestre quando se representa o espaço em uma folha plana. As cartas utilizam a projeção
que considera o formato da Terra elipsoidal, que é uma forma circular, porém achatada.
Os Tipos de Mapas
Como vimos os mapas são representações da Terra nos seus aspectos geográficos, naturais
ou culturais. Eles podem representar o relevo, a vegetação, os rios, os climas e os recursos na-
turais: nestes casos são chamados de mapas físicos. Também podem representar as fronteiras
políticas entre estados e países, a quantidade de população em determinado local, índices de
desemprego e criminalidade, entre outros: estes são mapas políticos-humanos.
5. Produza um mapa do caminho que você realiza entre a sua casa e a escola. Procure res-
peitar uma escala e coloque símbolos cartográficos, para tornar simples a interpretação
de seu mapa.
6. Produza um mapa (representação da visão aérea) a partir desta foto tirada de um avião
(visão oblíqua).
7. Cruzadinha
1. É o elemento que estabelece a relação ou a proporção entre a dimensão real de um
lugar e sua representação no mapa.
2. Cor que representa as rodovias principais.
3. São utilizadas quando existe a necessidade de alto grau de precisão nos cálculos de
distâncias.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
8. Junto com seus colegas e com orientação do (a) professor(a), procure saber as medidas de
sua sala de aula – comprimento e largura – e da(s) porta(s) e janela(s). Faça a planta de sua
sala de aula discutindo com seus colegas qual é a escala mais indicada para representá-
la.
QUESTÃO DESAFIO
10. Imagine a seguinte situação: você está no início de uma avenida e quer ir a um escritório
localizado no final dela. Trata-se de uma avenida longa e, pela planta da cidade você quer
saber exatamente quantos metros terá que caminhar. Você descobre que, nesse mapa de
escala 1:5000, a avenida mede 30 cm e, portanto, deverá caminhar:
a) 150.000 metros
b) 1.500 metros
c) 15.000 metros
d) 15 metros
11. Qual a distância aproximada entre Recife (Brasil) e Trujillo (Peru) na escala 1:55.000.000,
sendo que a distância gráfica é de 8,5 cm?
a) 467,5 Km
b) 4.675 Km
c) 4,5 Km
d) 46 Km
e) 46.750 Km
sugestão de leitura
Mapas: A Realidade no Papel
Autor: Rosaly M. B. Chianca
Coleção: Um Passo à Frente
Editora Ática
CAPÍTULO 6
Assuntos da
Atualidade
Brilhantes Sonhadores: os Cientistas e Técnicos que
Levaram o Homem à Lua
Em entrevista coletiva em Londres, o cosmonauta Gherman Titov, o segundo russo no es-
paço, falou da beleza de ver a Terra do espaço. Ele descreveu o halo azul em torno do planeta,
e falou da impressão de ver o globo suspenso no nada.
Declarações como essa causavam espanto numa época em que pouca gente tinha visto
o planeta do espaço e nem se sabia quantas horas o corpo humano resistiria no espaço, sem
gravidade. Titov, a bordo do Vostok Dois, foi o primeiro homem a passar um dia inteiro no
espaço.
Os pioneiros do programa espacial estavam tateando os limites da resistência humana.
Mesmo no histórico projeto Apolo, cada missão vinha cheia de riscos.
O presidente Richard Nixon tinha no bolso um discurso pronto caso os primeiros homens
a andarem na superfície da Lua - Neil Armstrong e Buzz Adrin - não conseguissem voltar. O
maior risco era de que o módulo lunar não conseguisse decolar da Lua depois das 22 horas
que os astronautas teriam passado no Mar da Tranquilidade.
Persistência e uma grande imaginação é que levaram o homem à Lua. Essas qualidades
romperam fronteiras e atravessaram as linhas inimigas.
Um dos grandes responsáveis pelo sucesso da missão Apolo 11 foi o engenheiro alemão
Werner Von Braun. Mas, do trabalho pioneiro de Von Braun até o pouso da Apolo 11, os pro-
jetos de construção de naves e sistemas passaram por várias transformações. Por exemplo, só
o incêndio da Apolo 1, antes de sair do chão, levou a mais de uma centena de modificações
técnicas. A medida da engenhosidade que levou - e leva - o homem ao espaço ficou evidente
no acidente com a Apolo 13, quando a explosão de um tanque de combustivel pôs em risco a
vida de três astronautas. Com muito improviso e coragem, eles conseguiram voltar à Terra.
Mas uma estória mais acabou sem final feliz, e mostrou que o homem tem que continuar
alerta para os desafios do espaço. No dia 26 de janeiro de 1986, o ônibus espacial Challenger
explodiu segundos depois do lançamento.
O problema de design dos ônibus espaciais que causou a explosão do Challenger foi
corrigido. John Copland disse que foram contratados engenheiros mais jovens, para serem
treinados com os mais antigos, os experientes profissionais que levaram o homem na Lua.
Os ônibus espaciais representam o barateamento das viagens e ir ao espaço pode virar
quase rotina.
Mais de quinhentos astronautas já voaram em missões do ônibus espacial - missões para
consertar satélites, para lançar telescópios orbitais, para construir a estação espacial interna-
cional.
As viagens espaciais estão hoje anos-luz do que foram quando o homem pisou na Lua.
O computador de bordo do módulo lunar da Apolo 11, por exemplo, tinha uma memória de
32KB - hoje em dia, um único diskette tem cerca de 45 vezes mais memória.
sugestão de sites
http://www.bbc.co.uk/portuguese/lua02.htm
RECAPITULANDO
No capítulo 1, é importante destacarmos os seguintes conceitos:
Tempo e espaço
Espaço natural e espaço geográfico
O papel da Geografia
8.
GABARITO A Geografia Física trata do espaço elabora-
do pela natureza, independentemente da
ação humana. Ex: Climatologia, Geomorfo-
Capítulo 1 logia, vegetação, hidrosfera, etc.
A Geografia Humana é o estudo explicativo
experiência pg 13 do espaço elaborado pelo homem. Ex: Geo-
(Resposta: o imã menor se movimentou grafia da População, a Geografia Agrária, a
mais e mais rápido) Geografia Industrial, etc.
1. 9.
a) Chamado de Espaço Natural, é o espaço
A
não modificado pela ação do homem.
b) É o Espaço Artificial, criado, modificado 10.
pelo homem.
C
2.
Resposta pessoal Justifique sua resposta
6.
D
7.
Geografia vem das palavras gregas “geo”
e “graphos, significando respectivamente
Terra e escrever.
Geografia é o estudo científico da superfície
da Terra com o objetivo de descrever e anali-
sar a variação espacial de fenômenos físicos,
biológicos e humanos que acontecem na
superfície do globo terrestre.
Capítulo 2 10.
Resposta pessoal
1.
Resposta pessoal
11.
Astronomia é a ciência que estuda os corpos
2. celestes do Universo, englobando desde as
Resposta pessoal
estruturas mais complexas dos aglomerados
de galáxias até o estudo das menores partícu-
3. las do espaço. Com um campo de atuação tão
Resposta pessoal vasto, a ciência é dividida em quatro áreas de-
nominadas: astrofísica, cosmologia, astrometria
e mecânica celeste.
4. Considerada a mais antiga das ciências, a as-
O Sistema Solar está inserido em uma tronomia começou estudando o Sol, a Lua, e
galáxia chamada Via Láctea. O nosso sis- os planetas visíveis, pois desde os primórdios
tema solar consiste de uma estrela média, da civilização, o homem percebeu que o estu-
chamada Sol, os planetas, os satélites, os do dos movimentos dos corpos celestes tinha
cometas, os asteróides, os meteoróides e papel fundamental no estabelecimento de
o espaço interplanetário. períodos para funções básicas das primeiras
sociedades, tais como plantio e colheita, além
5. da celebração de datas religiosas. A criação
A do calendário, a astrologia, e a previsão dos
eclipses foram consequências diretas desses
6. estudos, que propiciaram avanços nas ciências
B e na cultura.
7.
C
8.
5
4
3
1
2
9.
a) Sol
b) Lua / Sol / Terra
Capítulo 3 8.
a) ( F )
Existe iluminação que representa o verão,
1.
num período de aproximadamente 6 meses,
Resposta pessoal
pois existe a incidência dos raios solares.
2.
a) b) ( F )
Rotação: É denominada Zona Temperado do Norte.
No movimento de rotação a Terra gira em tor-
no de seu próprio eixo, no sentido de oeste c) ( F )
para leste. A duração é de aproximadamente É utilizado pela maioria dos países.
24 horas. A conseqüência principal deste mo-
vimento é a sucessão dos dias e das noites.
d) ( V )
b)
Translação:
9.
É a órbita que a Terra executa no espaço ao
redor do Sol, de forma elíptica. Sua duração é a) 20:00 horas
de aproximadamente 365 dias e 6 horas. Esse
b) 19:00 horas
movimento ocasiona as estações do ano.
3. c) 19:00 horas
Inverno – verão d) 19:00 horas
Sul – norte e) 18:00 horas
Primavera – outono f ) 17:00 horas
23 de setembro – primavera / outono g) 19:00 horas
h) 19:00 horas
4. i) 18:00 horas
D j) 19:00 horas
5.
10.
04: 00 horas do dia seguinte
2 - 3 - 4 - 5 - 1
6.
1 1 2 2 1 1 1 2 2 2
7.
Resposta pessoal
Capítulo 4 9.
Austrália
1.
Resposta pessoal 10.
Capítulo 5 7.
1. escala
2. vermelho
1. 3. plantas
As primeiras formas de representação foram
4. geoprocessamento
realizadas em rochas exposta ou em caver-
nas utilizando corantes obtidos através de 5. aeroportos
folhas, troncos e solo. Assim, os desenhos 6. astrolábio
feitos, representavam aspectos do cotidiano 7. globo
dos homens, como plantações, animais, rios,
8. físico
perigos naturais, roteiros para demarcar os
caminhos terrestres.
2. 8.
Os gregos contribuíram muito, pois a repre- Resposta pessoal
sentação do espaço passou a ser baseada em
pontos fixos e precisos na superfície terres-
tre. Os gregos já admitiam a esfericidade da
Terra e desenvolveram o sistema de latitude
9.
e longitude. O cálculo do raio da Terra, feita
Resposta pessoal
por Eratóstenes, o primeiro globo terrestre,
construído por Crates, o primeiro mapa-
mundi feito por Ptolomeu, foram algumas
contribuições dos gregos na Cartografia.
10.
B
3.
O território tão vasto como o do Império
Romano obrigou a uma rápida evolução 11.
cartográfica. Foram desenvolvidos mapas B
com finalidades militares e administrativas.
4.
Título, escala, covenções cartográficas, pro-
jeções e a rosa dos ventos.
5.
Resposta pessoal
6.
Resposta pessoal
UNIDADE 2
CAPÍTULO 1
Estrutura e
Dinâmica da Terra
Neste capítulo, veremos a estrutura do planeta Terra e analisaremos a sua evolução; estu-
daremos as camadas internas da Terra e os agentes transformadores do relevo, tanto do aspecto
interno quanto do externo; verificaremos quais transformações são causadas por essas forças na
natureza; faremos também uma análise reflexiva sobre a ação do homem no meio.
As Camadas da Terra
A Terra possui uma estrutura interna formada por diferentes camadas de materiais rochosos
compostos por uma grande variedade de minerais. Como vimos na unidade anterior, o centro
da Terra possui altas temperaturas que tornam pastoso o material rochoso lá existente, o qual é
chamado magma. Assim, quanto mais próximo do centro da Terra, maior é também a temperatura.
Com o passar do tempo geológico, esse calor foi se dissipando e as rochas da superfície torna-
ram-se sólidas. Com isso, a Terra pode ser dividida basicamente em 3 camadas: crosta terrestre,
manto e núcleo, que pode ser subdividido em interno (líquido) e externo (sólido).
Sial: é a parte mais externa da crosta terrestre e corresponde ao solo e ao subsolo; sua
espessura é de 15 a 25 km. Predominam as rochas sedimentares e magmáticas, além
dos minerais silício e alumínio.
Sima: corresponde à parte que vem em seguida do sial; tem espessura de 30 a 35 km.
Predominam rochas basálticas, além dos minerais silício e magnésio.
Manto: é uma grossa camada rochosa, com cerca de 2.900 km de espessura; envolve
o núcleo e compõe a maior parte da massa terrestre. É formada principalmente por
silício e magnésio. Sua consistência é pastosa e está em constante movimentação. A
lava que sai dos vulcões é constituída pelo magma (rochas derretidas) proveniente do
manto.
Núcleo ou nife: com cerca de 3.400 km de raio, é formada por rochas e por uma liga me-
tálica constituída principalmente de ferro e níquel a uma temperatura próxima de 6000ºC.
Sua consistência é líquida, mas supõe-se que exista, mais no interior, um núcleo sólido.
CURIOSIDADE
Vamos comparar a escala de tempo geológica com a passagem de um ano. Observe
o que aconteceria: a Terra surgiria no dia 1o de janeiro (+ ou – 4,5 bilhões de anos atrás).
Somente no final de novembro apareceriam as primeiras plantas e animais (3,9 bilhões de
anos atrás). Às 17 horas e 26 minutos do dia 26 de dezembro (70 milhões de anos atrás) de-
sapareceriam os dinossauros. Às 21 horas e 21 minutos de 26 de dezembro (63 milhões de
anos atrás) surgiria a Cordilheira dos Andes. Apenas às 23 horas e 48 minutos do dia 31 de
dezembro (100 mi anos atrás), finalmente, surgiriam os seres vivos.
dos continentes seria derivada das marés e da própria rotação da Terra. No entanto, existem
dificuldades de ordem física e matemática para sustentar esse modelo de movimentação e,
por isso, a teoria sofreu forte oposição dos principais cientistas da época, caindo, praticamente,
no esquecimento.
Rochas
O resfriamento da Terra e a formação
da crosta terrestre são processos bastante
lentos e raramente podem ser percebidos
pelo homem, pois tratam-se de fenômenos
que ocorrem há milhões ou bilhões de anos,
como a formação de rochas e do próprio re-
levo. De acordo com sua formação, as rochas
são classificadas em três tipos principais:
As Formas do Relevo
Observando o espaço onde vivemos, percebemos que existem relevos mais planos, outros
levemente ou fortemente ondulados e outros formados por grandes elevações ou depressões.
Essas formas encontradas na superfície terrestre foram formadas pelos agentes internos e
externos do relevo.
Assim, existe uma grande variedade de formas de relevo, que são:
Planaltos – São terrenos mais ou menos planos situados em altitudes variáveis, porém,
sempre maiores do que zero. Os planaltos são delimitados por escarpas íngremes e
relevos mais baixos. No planalto, o processo de erosão supera o de formação, ou seja,
as áreas de maior altitude tendem a ser desgastadas pelos agentes externos do relevo,
sendo que os sedimentos irão ser depositados para fora dos planaltos, em planícies
ou depressões. Os planaltos geralmente são drenados por rios de escoamento médio,
ainda capazes de carregar grandes quantidades de sedimentos.
Planícies – são terrenos mais ou menos planos delimitados por regiões mais altas. Na
planície, o processo de formação supera o de erosão, pois ela recebe sedimentos das
regiões mais altas que a circundam, como os planaltos e as montanhas. Assim, a planície
constitui um local de sedimentação. As planícies normalmente são drenadas por rios
de escoamento lento, formando meandros.
Escarpas – São rampas ou aclives formados pelos agentes internos do relevo existentes
nas bordas dos planaltos e serras.
Serras – Áreas compostas por terrenos acidentados com fortes desníveis. No Brasil,
popularmente, o termo “serra” também é utilizado para descrever algumas escarpas
na borda dos planaltos. Porém, tecnicamente, essa utilização é incorreta.
Os Agentes do Relevo
O relevo resulta da atuação de dois grandes conjuntos de fatores denominados agentes
do relevo, que são:
Agentes internos ou exógenos: são os processos estruturais que atuam do interior para
o exterior: tectonismo, vulcanismo e terremotos;
Agentes externos ou endógenos: são os processos esculturais que atuam externamente
modificando as paisagens, como o intemperismo, a ação das águas, do vento, do mar,
do gelo, dos seres vivos etc.
CURIOSIDADE
A Escala Richter é usada para medir a magnitude dos terremotos. Cada ponto dessa
escala equivale a tremores dez vezes maiores que os do ponto imediatamente precedente.
Assim, um abalo que atinge o ponto 6 emite vibrações dez vezes maiores do que um ponto
que atinge o ponto 5 e cem vezes maiores do que um ponto que atinge o ponto 4. Não há
limite superior de escala, mas a maior magnitude já registrada atingiu 8,9.
Vulcões: quase todos os 500 a 600 vulcões ativos no mundo estão localizados em bordas
de placas convergentes. Esses são os vulcões nos quais ocorrem erupções. No entanto,
a maior parte dessa atividade incessante passa despercebida porque ocorre no fundo
dos oceanos, onde o magma do manto superior sobe e se deposita no solo oceânico,
adicionando matéria à crosta. A composição química dos magmas e a quantidade de
gás que contêm determinam a natureza da erupção vulcânica. Basaltos carregados de
gás produzem cones de lava. Erupções mais violentas ocorrem quando grandes nuvens
de lava entram em contato com a água, produzindo uma cinza finalmente granulada.
Quando andesitas (um tipo de mineral) estão carregadas com gás, elas explodem vio-
lentamente. Nuvens incandescentes são extremamente destrutivas. Elas são produzidas
pelo magma que surge de forma explosiva na superfície, expelindo gases e derramando
lava derretida pelas encostas das montanhas a grande velocidade.
Esquema de um Vulcão
Tectonismo: Nos locais de colisão entre placas tectônicas, formam-se extensas cadeias
de montanhas, as quais chegam a ter grandes altitudes, dependendo da intensidade
do dobramento e do material composto pela rocha nesses locais. Em lugares próximos
aos dobramentos, também ocorrem alterações de altitude na forma do relevo. Esses
terrenos são muito elevados da superfície terrestre, caracterizados por grande instabi-
lidade. Estão associados às maiores cadeias montanhosas do planeta ou aos chamados
dobramentos, como os Andes, na América do Sul, ou o Himalaia, na Ásia.
Se não houvesse esse calor no centro da Terra, as rochas estariam no estado sólido como
as rochas existentes na superfície. Também não ocorreriam vulcanismo e terremotos, pois
esses são fenômenos que ocorrem devido à pressão existente no centro da Terra que acaba
escapando pelos vulcões e por fendas existentes entre as placas tectônicas.
Alpes.
ALTURA: significa o comprimento de um dado elemento, da sua base até o seu topo. Por
exemplo, você pode medir 1,65 metro de altura.
O Calor do Sol
Ao incidir sobre a superfície ter-
restre, os raios solares aquecem as
rochas. O aquecimento de um material
ocasiona um fenômeno físico chamado
dilatação, ou seja, a rocha sofre uma pe-
quena expansão. Ao anoitecer, as rochas
resfriam, ocorrendo o fenômeno físico
oposto, denominado contração, que
propicia um “encolhimento” da rocha.
Esse contínuo movimento de expansão
e contração ocasiona a formação de pe-
quenas fissuras (rachaduras) nas rochas,
Nas regiões desérticas, o vento é um poderoso agente de
colaborando para a fratura em pedaços erosão. (Parque Nacional dos Arcos, em Utah, EUA)
menores, que podem ser carregados
pela água e pelo vento.
O Vento
O vento é um fenômeno importante para a
definição dos tipos climáticos, mas não se limita a
isso. As massas de ar em movimento são capazes
de transformar a superfície terrestre. Assim como
a água, o vento atua como elemento de erosão à
medida que passa carregando sedimentos e pro-
movendo colisões entre eles e as rochas, desagre-
gando outros sedimentos. As dunas são exemplos
bem definidos do poder dos ventos, que arrastam
toneladas de areia por grandes distâncias, alteran-
do quase que diariamente o relevo.
Solo
Solo é a designação genérica da parte superficial da
litosfera. Ele é constituído por elementos minerais, ma-
téria orgânica, água e ar. No solo, há intensa atividade
biológica, principalmente de microorganismos. Do ponto
de vista econômico, os solos possuem fundamental im-
portância para o homem e para a qualidade ambiental do
planeta, pois ele é a base da existência da cadeia alimen-
tar, servindo de estrutura vital para o desenvolvimento
das plantas. Solo de terra roxa, no interior paulista.
Se realizarmos
um corte vertical no
relevo ou observar-
mos um barranco
recém cortado em
beira de estradas,
podemos verificar
que o solo possui
camadas com co-
loração e outras
características dife-
rentes entre elas. Na
verdade, cada uma
dessas camadas foi
formada em diferentes períodos da história geológica da Terra, informando aos cientistas
sobre a idade, a composição e o tipo de solo encontrado.
A retirada da vegetação e o manejo agrícola
inadequado geram processos erosivos que causam
grandes perdas de solos férteis. Grande parte dos
solos possui uma camada superficial orgânica, com-
posta por restos de plantas e animais, responsável
pela sua fertilidade. Com a erosão, toda essa camada
extremamente essencial é levada pelo vento e pelas
águas das chuvas e dos rios.
Nas áreas agrícolas com relevo acidentado, o problema torna-se mais preocupante, pois
a água das chuvas tende a escoar com maior velocidade, aumentando também o poder de
erosão. Para isso, são utilizadas técnicas de plantio em curvas de nível, que são patamares do
terreno com a mesma altitude, favorecendo a infiltração da água no subsolo e impedindo o
escoamento.
Mapa Topográfico
Curvas de Nível
Sim! E por vários motivos. Esses países possuem, por exemplo, como característica o alto
nível de consumo de energia e de bens duráveis (produtos eletrônicos, edificações e automóveis)
e produtos não-duráveis (alimentação e vestuário). Devido à escassez de recursos naturais em
seus territórios, esses países ricos buscam nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimen-
to, como o Brasil, variados tipos de matérias-primas e produtos alimentícios para atender suas
demandas.
A Amazônia, antes mesmo da chegada dos portugueses, já constituía um ambiente bastante
alterado pelo homem. Algumas pesquisas apontam que, nos locais habitados pelos índios, a di-
versidade biológica é maior, pois eles cultivavam certos vegetais apreciados pelos animais que
caçavam para se alimentar. Dessa forma, o homem, com a sua cultura, alterou a localização das
espécies. Obviamente, essa modificação específica do espaço não trouxe nenhuma consequência
negativa para o equilíbrio do ecossistema da Amazônia.
Entretanto, as conseqüências das ações que a nossa sociedade acrescenta a esse “desequilíbrio”
têm alcançado níveis alarmantes nos últimos anos. A modificação do relevo é um dos primeiros
impactos visíveis, pois no solo e no subsolo encontram-se vários recursos minerais importantes
para a fabricação de produtos. Muitas vezes, os leitos dos rios são desviados e retificados para o
aproveitamento hidrelétrico e para tentar sanar problemas de enchentes nas cidades.
Formas não planejadas de agricultura, pastagens e construção civil podem causar grandes
danos ao solo, devido a erosões, pois desencadeam esse processo e é muito difícil corrigir as
deficiências dos solos.
Nas cidades, a modificação do relevo é um dos principais problemas para os órgãos pú-
blicos de administração e para grande parte da população. Até mesmo em áreas íngremes,
inadequadas à construção civil (como encostas de morros), espalham-se habitações, geral-
mente das camadas menos favorecidas da população. Com isso, o perigo de acidentes é muito
grande, pois a vegetação que mantém o solo agregado é retirada, tornando-o vulnerável a
desmoronamentos. Nas áreas urbanas consideradas nobres, o problema não é tão visível,
devido às obras de engenharia empregadas, como as terraplanagens, que transformam ter-
renos íngremes em planos. Porém, essas modificações muitas vezes prejudicam o sistema de
drenagem das águas, pois o relevo cada vez mais é revestido por cimento e asfalto, impedindo
que a água das chuvas penetre no solo. Assim, toda essa água é escoada pela superfície, até
encontrar o rio ou a canalização de águas pluviais. Entretanto, dependendo da intensidade e
da quantidade de chuva, os rios e as canalizações não conseguem escoar todo o volume de
água, ocasionando as enchentes.
Curitiba, no Paraná.
Na verdade, todas as obras humanas, como ruas, estradas de rodagem, ferrovias, habita-
ções, edifícios industriais e comerciais que afetam um grande número de pessoas e os recursos
naturais deveriam passar por um processo criterioso de análise técnica para suas construções.
Um dos meios legais para garantir a viabilidade desses projetos, sem prejuízo ambiental, é por
meio do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), o qual envolve diferentes profissionais que farão
a análise social e ambiental do projeto, realizando, por exemplo, as possíveis modificações do
relevo. Esse estudo deve detectar possíveis prejuízos ao ambiente e às pessoas e, caso isso
possa ocorrer, o projeto deve ser modificado ou cancelado.
3. O que são agentes transformadores do relevo? Como eles são classificados e quais exem-
plos podemos citar?
4. Cite algumas ações humanas sobre o relevo que geram impactos ambientais:
c) sedimentares.
d) n.d.a.
8. Ouviu-se falar nos noticiários a respeito de terremotos, como na Turquia, que trouxeram
grandes prejuízos, tanto de vidas quanto econômicos. De fato, é registrada no mundo, por
ano, uma média de 60 a 70 terremotos considerados significantes, isto é, de, no mínimo,
6,5 pontos da escala Richter.
A partir da correlação dos terremotos com outros eventos na crosta terrestre, julgue os
itens abaixo assinalando V quando for verdadeiro ou F quando for falso.
a) ( ) Terremotos são, essencialmente, vibrações produzidas pelo choque de ondas marí-
timas que vêm do centro da Terra, originadas pela elevada temperatura e alta pressão
ali existentes.
b) ( ) Terremotos estão associados a ajustamentos e interações no processo de manuten-
ção do equilíbrio tectônico das placas que formam a crosta terrestre.
c) ( ) Apesar de vulcões e terremotos serem, ambos, fenômenos da crosta terrestre, inexiste
qualquer correlação entre as suas áreas de maior freqüência.
9. Existe uma série de evidências de que a crosta terrestre se movimenta, provocando mudan-
ças na posição dos continentes e modificando o relevo da Terra. A primazia da descoberta
de que a crosta terrestre se movimenta deve-se ao geólogo alemão Alfred Wegener que,
em 1915, publicou suas idéias no livro “A Origem dos Continentes e Oceanos”.
Com relação à formação do relevo terrestre é correto afirmar:
a) O tectonismo é movimento lento, prolongado ou não, que ocorre na crosta terrestre
provocando deformações nas rochas.
b) Dos atuais 450 vulcões ativos, cerca de 75% localizam-se ao longo do litoral brasileiro,
na área conhecida como Círculo de Fogo do Atlântico.
c) O intemperismo é considerado um dos principais agentes internos de formação do
relevo.
d) Denomina-se erosão eólica a provocada pela ação química da atmosfera.
11. Pesquise sobre o perfil de um relevo terrestre e desenhe-o no espaço abaixo, caracterizan-
do: planalto, planície, depressão, serras, escarpa etc. Em seguida, verifique com os colegas
quais locais eles escolheram. Observem as semelhanças e as diferenças dos perfis.
QUESTÃO DESAFIO
12. Os vulcões causam a destruição de cidades e de vidas, mas também podem significar
fontes de recursos.
a) Pesquise e explique os condicionantes da ocorrência de erupções vulcânicas no Círculo
do Fogo e nas dorsais oceânicas.
sugestão de filme
CAPÍTULO 2
As superfícies
Líquidas
Neste capítulo abordaremos um assunto bem precioso: a água. Deveremos reconhecer a
divisão das massas líquidas em oceanos e mares, perceber suas características, e também compa-
rar com os aspectos econômicos. Os rios e os lagos também serão estudados, para que possamos
compreender melhor o espaço em que vivemos. Analisaremos as condições atuais da distribuição
da água no planeta, enfatizando que ela é um recurso bastante comprometido pela sociedade
moderna.
Os Oceanos
O planeta Terra possui a maior parte da sua superfície composta pela água dos oceanos.
Aproximadamente 70,8% da área total da Terra é coberta por água, sendo que os oceanos
correspondem a mais de 99% dessa área. Apesar de toda a massa oceânica ser interligada no
globo, a dividimos em 5 partes:
Oceano Pacífico: é o maior dos oceanos e separa as Américas da Ásia e da Oceania, com
aproximadamente 165.000.000Km2. É também o que possui as maiores profundidades:
as fossas de Vitiaz com 11.034m (Ilhas Marianas) e de Mindanao (Filipinas).
Oceano Índico: é menor que os anteriores, com 73.000.000Km2, mas é o mais quente.
Banha a África, a Ásia e a Oceania. Sua fossa mais profunda é a de Java, na Indonésia.
Oceano Glacial Antártico: situado no hemisfério Sul, apresenta as mais baixas tempe-
raturas do planeta e uma infinidade de icebergs e banquisas.
Antes da formação dos atuais continentes, provavelmente existiu uma extensa, pesada
e muito quente massa de gases envolvendo toda a Terra, produto da evaporação dos gases
que se desprendiam das rochas em processo de resfriamento. Assim, todos os componentes
químicos que um dia viriam a constituir a hidrosfera de nosso planeta estavam sob a forma
gasosa, nessa atmosfera terrestre primitiva. Quando o resfriamento da crosta atingiu uma
temperatura crítica, tornou-se impossível a manutenção de todos os elementos sob o estado
gasoso, ocorrendo uma primeira grande chuva, que provavelmente durou meses. Assim, ini-
ciou-se o ciclo da água sobre a superfície terrestre, o qual se mantém até hoje.
Então, chuvas torrenciais, com grande poder de erosão passaram o modelar o relevo.
Uma parte da água dessas precipitações voltava à atmosfera devido à intensa evaporação e o
restante permaneceu na crosta terrestre, preenchendo as depressões existentes na superfície
do globo, vindo a formar o primeiro grande oceano de nosso planeta.
Importância Ambiental
Nos oceanos primitivos surgiram as primeiras formas de vida terrestre. O oceano é um
enorme ecossistema que abriga milhares de espécies vegetais e animais, sendo um deles
o maior fornecedor de oxigênio do planeta – o fitoplâncton –, que são minúsculas plantas
marítimas que vivem perto da costa e são responsáveis por 90% da reciclagem de oxigênio
terrestre. Sem esses seres, provavelmente o ar se tornaria irrespirável para inúmeras espécies,
inclusive o homem. O homem, que já chegou até mesmo à Lua, não conhece grande parte
das profundezas dos oceanos, dada à dificuldade existente para a submersão em grandes
profundidades devido à altíssima pressão.
Importância Econômica
Os oceanos possuem muitos minerais utilizados pelo homem. À medida que os recursos
continentais vão se tornando mais raros, a indústria vai desenvolvendo meios para a utilização
dos minerais marinhos. O petróleo é retirado de pontos abaixo do leito oceânico; a areia e o
cascalho são dragados do fundo do mar. Os cientistas ainda estão descobrindo alguns outros
minerais que jazem no fundo dos oceanos.
É, e tem mais!
Os oceanos não são apenas uma vasta extensão de água rica em formas de vida. Eles
governam o regime das chuvas, regulam a temperatura e contribuem para que o ar de que
necessitamos seja mais respirável. Se eles não realizassem esses “serviços” vitais, a Terra não
seria habitável. Eles ainda têm a capacidade de processar uma certa quantidade de lixo e tor-
ná-la inócua, desde que não sejam sobrecarregados. Os oceanos, porém, não são um recurso
inesgotável e podem ser destruídos. Ao planejarmos como fazer uso deles, precisaremos nos
assegurar de que não serão prejudicados, pois isso terminará por afetar a nós mesmos.
A pesca é uma atividade que o homem pratica há séculos. Hoje, equipamentos sofisticados
para a detecção e captura permitem explorar os recursos do mar de forma muito mais eficiente.
Em 1985, 84 milhões de toneladas de peixes foram obtidas em todo o mundo, fornecendo
alimentação extremamente necessária. Com manejo adequado, os oceanos podem ser uma
fonte mais rica de recursos.
A França já fez uma barragem na região da Bretanha que utiliza a energia das marés para
gerar eletricidade. Os ingleses estão pensando em construir numerosas barragens cortando
alguns dos seus grandes estuários, tais como o de Severn. As ondas podem produzir eletrici-
dade, e alguns experimentos em pequena escala estão sendo realizados para maior conheci-
mento do assunto. Uma das áreas de pesquisa mais animadoras é a produção de eletricidade
usando a diferença de temperatura entre as águas superficiais e as profundas.
O leito do oceano pode ser rico em matérias-primas valiosas, como o petróleo.
O grande volume de petróleo transportado, levou à construção de navios cada vez maiores.
OS MARES
Para os oceanógrafos, há uma grande diferença entre mar e oceano:
Mar: são as águas salgadas que banham a costa continental, recebendo diretamente
a influência terrestre que modifica a composição das substâncias nelas dissolvidas,
alterando as suas propriedades e os seus movimentos.
Oceano: são as águas salgadas afastadas da costa e, portanto, não influenciadas
diretamente pelo continente, mantendo as suas propriedades e a concentração das
substâncias nelas dissolvidas.
Dessa forma, os mares são prolongamentos dos oceanos, diretamente ligados ao con-
tinente. Os mares são classificados em abertos ou costeiros, interiores ou mediterrâneos e
fechados.
Mares Abertos ou Costeiros: localizados ao longo das costas litorâneas, comunicam-
se diretamente com o oceano; geralmente são mais rasos do que os oceanos, pois
encontram-se ainda sobre a plataforma continental. Ex: Mar das Atilhas, Mar do Japão,
Mar da China.
Mares Interiores ou Mediterrâneos: localizam-se no interior dos continentes e co-
municam-se com o oceano através de passagens chamadas estreitos, que são canais
naturais que unem dois mares ou duas partes do mesmo mar. Um exemplo é o Mar
Mediterrâneo, que possui somente uma grande ligação com o oceano.
Mares Fechados: situados no interior dos continentes, não se comunicam com outros
mares ou oceanos. O Mar Cáspio e o Mar da Galiléia são exemplos de mares fechados,
que também são considerados imensos lagos. A diferença é que o primeiro é de água
salgada e o segundo, de água doce.
Tipos de Mares
Os mares constituem cerca de 1/9 da área aquosa da Terra. Quase sempre, o mar é sal-
gado porque em suas águas há predomínio de cloreto de sódio, o sal de cozinha e também
de cloreto de magnésio. A cor do mar varia entre azul e outras cores, como o verde e o cinza
escuro. As causas dessas variações se devem ao reflexo do céu, à temperatura das águas, ou
ainda, à presença de sedimentos coloridos ou substâncias no fundo do mar.
PROFUNDIDADE
MARES ÁREA (Km2)
MÉDIA (m)
Mar do Sul da China 2.974.615 1.463
Mar das Antilhas 2.515.916 2.575
Mar Mediterrâneo 2.509.969 1.502
Mar de Bering 2.261.330 1.491
Golfo do México 1.552.800 1.615
Mar de Okhotsk 1.526.920 973
Mar do Leste da China 1.247.416 470
Mar do Leste (Japão) 1.012.949 1.667
Baía de Hudson 821.690 93
Mar do Norte 574.536 94
Mar Negro 478.780 1.190
Mar Vermelho 452.991 538
Mar Báltico 421.844 55
Mar Amarelo 293.965 88
O RELEVO SUBMARINO
Na primeira metade do século 20 já existiam tecnologias de sondagem que indicavam
que o assoalho oceânico não era uma superfície plana, pois esses instrumentos detectaram
diferentes medidas de profundidade nos oceanos com a invenção do sonar.
RIOS E LAGOS
A história da humanidade está diretamente relacionada à existência dos rios e dos lagos.
Desde a pré-história, as comunidades humanas procuraram se estabelecer próximo desses cor-
pos hídricos para garantir o acesso à água e facilitar a sobrevivência. Por isso, sempre que um
arqueólogo procura algum vestígio pré-histórico, geralmente inicia suas buscas próximo aos
leitos dos rios.
Os rios são os principais agentes no transporte de sedimentos de áreas elevadas para as mais
baixas e do continente para o mar. A água pode chegar ao rio de várias formas: precipitando-se
diretamente sobre ele através das chuvas, por meio do derretimento de geleiras e pelo aflora-
mento da água subterrânea, chamado de nascente ou cabeceira. Esse é o ponto de partida de
um rio, o qual seguirá o seu curso, que é o nome dado ao caminho que percorrerá.
Um rio pode ter um curso cuja distância varia de poucos metros até centenas de quilôme-
tros, podendo desaguar em outro rio ou diretamente no mar. Quanto maior o curso, mais largo
e volumoso o rio se encontrará na sua foz, o local onde deságua. No rio Amazonas, próximo à
sua foz, a largura entre as margens ultrapassa 50 quilômetros.
Os rios de planalto podem encontrar desníveis nas rochas, formando cachoeiras. É o que
acontece nas Cataratas do Rio Iguaçu, no oeste do estado do Paraná. Já os rios de planície geral-
mente formam os meandros, ocasionados devido à sedimentação de material carregado e pela
pequena declividade do terreno.
A região de contato entre a foz do rio de água doce com a água salgada dos mares pode
formar um delta ou um estuário. O delta é formado quando o rio principal se subdivide em vários
braços, como por exemplo, os rios Mississipi, Nilo e Ganges. O estuário forma uma única e grande
ligação entre o rio e o mar, como o rio Jaguaribe (Brasil) e o São Lourenço (Canadá). Os estuários
são áreas sujeitas à ação das marés, que são oscilações no nível dos oceanos influenciados pela
ação gravitacional da Lua.
Nessa região, os rios depositam os sedimentos que foram retirados dos continentes pela ero-
são. Em alguns deltas ou estuários pode haver a formação de ilhas com o acúmulo de sedimentos
deixados pelos rios, ou parte dos sedimentos pode se aglomerar na costa do continente.
Dependendo dos tipos de sedimentos que são depositados no delta, da variação das marés
e dos fatores climáticos formam-se os mangues.
A interligação dos rios compõe uma unidade física chamada bacia hidrográfica, que é uma
área composta por um rio principal e outros menores que nele deságuam, chamados afluentes
ou tributários. O curso do rio principal segue pelos locais de menor altitude no interior da bacia
hidrográfica. Como a bacia é delimitada por altitudes maiores, toda a água das chuvas que escorre
na superfície ou nos afluentes chega até o rio principal. Observe a ilustração:
Nascente – Lugar onde afloram os olhos d’água que constituem o estágio inicial dos
rios.
Margem de um rio – São porções estreitas de terra que acompanham o rio em seus dois
lados. Fala-se na margem esquerda ou direita do rio, de acordo com a direção que ele
corre, da nascente para sua foz.
Mata ou Vegetação Ciliar – Constitui a vegetação que cresce nas margens dos rios e
que é de fundamental importância para a prevenção das erosões e para ajudar a conter
os alagamentos nas épocas das cheias.
Curso de um rio – Caminho por onde correm as águas.
Córrego – Rio pequeno ou riacho que se forma logo após a nascente. Sua largura é de até
3 metros. Se for maior, passa a ser chamado de rio.
Afluente – Córrego ou rio que se une a outro maior.
Confluentes – Dois ou mais rios que possuem tamanho e largura semelhantes que se
encontram em um mesmo ponto.
Meandros – Curvamentos do curso de um rio. Ocorre na maioria das vezes em áreas planas
e é responsável por alguns tipos de formação de lagoas.
Foz – Lugar onde deságua um rio, podendo ser em um outro rio, em um lago, no mar ou
nos oceanos.
Mananciais – Rios de águas límpidas que possibilitam a utilização para o consumo hu-
mano.
Cada rio possui características próprias, definidas pelo tipo de rocha, relevo e clima da região
em que ele surge e atravessa.
Os lagos são porções de água doce ou salgada cercada de terra por todos os lados. Os
lagos em geral são mais profundos e maiores do que as lagoas; se diferem dos golfos por não
possuírem ligação com os oceanos, não estando assim sujeitos ao efeito das marés.
A fonte de abastecimento dos lagos é basicamente a água das chuvas e dos rios. Os lagos
se formam e desaparecem ao longo do tempo, eles podem evaporar com a alteração climática
ou serem soterrados, deixando um pântano em seu lugar.
Em regiões áridas, onde a evaporação é alta e as precipitações são escassas, o nível do
lago pode aumentar ou diminuir em determinadas estações ou mesmo desaparecer por lon-
gos períodos.
Lago Titicaca.
Os Recursos Hídricos
PARA REFLETIR
“A água é o constituinte mais característico da terra. Ingrediente essencial da vida, a
água é talvez o recurso mais precioso que a terra fornece à humanidade. Embora se obser-
ve, pelos países mundo afora, tanta negligência e tanta falta de visão com relação a esse
recurso, é de se esperar que os seres humanos tenham pela água grande respeito, que
procurem manter seus reservatórios naturais e salvaguardar sua pureza. De fato, o futuro
da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido a menos que
haja uma melhora significativa na administração dos recursos hídricos terrestres.”
www.geocities.com.br
O Brasil é um dos países que possui a maior reserva de água doce do planeta, detendo
cerca de 11,6% da água doce do mundo. Entretanto, a distribuição desse recurso hídrico é
desigual no território brasileiro: os 70% de água disponíveis para uso estão localizados na
Região Amazônica e os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo País para atender
a 93% da população. Essa distribuição desigual, aliada ao desperdício e à poluição dos rios,
já traz problemas graves para o abastecimento das grandes cidades. Com isso, nos períodos
de seca, uma das únicas formas de garantir o mínimo de água potável a todos os habitantes
é por meio do racionamento.
Na África, por exemplo, 44 milhões de pessoas que vivem nas áreas urbanas e 256 milhões
que vivem nas áreas rurais não têm acesso à água. No total, 62% da população africana não
tem acesso à água tratada. Além disso, 313 milhões de pessoas também não têm acesso ao
saneamento básico, ou seja, serviço de coleta e tratamento do esgoto. O problema também
é grave na Ásia, na Oceania e na América Latina. Cerca de 78 milhões de latino-americanos
e caribenhos não têm acesso à água tratada (15% da população) e 117 milhões de pessoas
não têm acesso ao saneamento básico. Na Europa e na América do Norte, o problema existe,
porém, com números bem menos preocupantes.
No mundo inteiro a água é utilizada em várias atividades humanas. O abastecimento públi-
co de água inclui o uso doméstico, a distribuição a residências, hospitais e escolas, a irrigação
de parques e jardins, a limpeza de ruas e logradouros, o combate a incêndios, o uso em equi-
pamentos de lazer e a utilização em estabelecimentos comerciais como escritórios, oficinas,
bares, restaurantes, entre
outros. Na indústria, a água
é utilizada no processo de
fabricação de alimentos,
papel, tecidos, produtos far-
macêuticos etc. Nas ativida-
des agropecuárias, é usada
na irrigação dos cultivos, no
tratamento de animais e na
lavagem das instalações e
das máquinas.
Rio Paraná.
O Ciclo da Água
O ciclo da água é o movimento interminável que a água realiza entre o subsolo, a superfície
e a atmosfera da Terra. Para que ocorra o ciclo, o Sol aquece a água dos rios, lagos, oceanos,
mares e reservatórios. Parte da água evapora, ou seja, se transforma em vapor d’água, e sobe
para a atmosfera, formando as nuvens. Quando ocorre uma corrente de ar frio, o vapor da
água se condensa e forma água, que cai sob a forma de chuva.
Observando o esquema, percebemos que ocorre muito acúmulo de vapor d’água e quando
a temperatura baixa na atmosfera, há a formação de nuvens mais escuras que trazem chuvas,
fazendo a água retornar novamente para a superfície e subsolo terrestres. Uma parte da água
da chuva que cai no solo é infiltrada, formando as águas subterrâneas, também chamadas
de lençol freático; a outra parte escoa pela superfície até os corpos hídricos. O homem pode
obter a água subterrânea, que geralmente é potável, pela perfuração de poços.
4. Complete:
a) Os rios são os principais agentes no transporte de sedimentos de áreas elevadas para as
mais baixas e do continente para o . A água pode chegar ao
rio de várias formas: precipitando-se diretamente sobre ele através das
, por meio do derretimento de geleiras ou pelo afloramento da água
subterrânea, chamado de ou cabeceira. O ,é o
nome dado ao caminho percorrido por um rio.
b) Um rio pode ter um curso cuja distância varia de poucos metros até centenas de qui-
lômetros, pode desaguar em outro rio ou diretamente no . Quanto
maior o curso, mais largo e volumoso o rio se encontrará na sua ,
que é o local onde o rio deságua.
c) A região de contato entre a foz do rio de água doce com a água salgada dos mares pode
formar um ou um . O delta é formado quando
o rio principal se subdivide em vários braços, como o Rio Mississipi. O estuário forma
uma única e grande entre o rio e o mar, como o rio São Lourenço
(Canadá).
d) é um rio pequeno ou riacho que se forma logo após a nascente.
Sua largura é de até 3 metros. Se for maior, passa a ser chamado de rio.
5. Dos itens abaixo, assinale aqueles que tem características errôneas com relação à água:
a) ( ) Devemos beber muita água.
b) ( ) A água distribuída para o abastecimento público pode ser utilizada à vontade.
c) ( ) Em nenhuma atividade de lazer pode ser utilizada a água.
d) ( ) Algumas indústrias não necessitam de água.
e) ( ) Nas atividades agropecuárias é utilizada a água.
6. Relacione algumas de suas atividades diárias com a água e mencione em quais momentos
você tem consciência de conservá-la:
QUESTÃO DESAFIO
9. Faça uma pesquisa e anote quais são os principais rios do local onde você mora. Opte
por um deles e faça uma análise com relação ao tratamento desse rio, observando os
seguintes itens:
a) Existe vegetação próxima?
b) O rio está poluído? Se a resposta for sim, cite quais os tipos de poluição que contami-
naram o rio (resíduos industriais, lixo, ocupação etc).
Faça as anotações necessárias, inclusive mapeando a área estudada. Não esqueça de sua
atuação para preservar o rio, através da educação ambiental. Afinal, todos nós devemos
fazer a nossa parte.
CAPÍTULO 3
A Atmosfera e os
Fenômenos
Climáticos
Neste capítulo veremos a influência do clima nas paisagens e na construção do espaço geo-
gráfico. Entender a diferença entre tempo e clima, observar as diversas classificações climáticas
e reconhecer os fatores que interferem nos climas são conceitos que serão trabalhados para que
possamos entender como vivem as sociedades. É importante lembrar que os fatores naturais
sofrem influência direta da distribuição climática.
Atmosfera
Desde épocas muito remotas, os homens se dão conta da presença do ar. Inicialmente,
atribuíam a ele figuras de divindades, como os deuses dos ventos, das tempestades, dos
relâmpagos etc. Com o progresso do conhecimento científico, as características reais desse
oceano invisível foram se tornando mais claras. Sabe-se hoje que o ar é uma mistura de di-
versos gases e que circunda nosso planeta como uma camada que atinge algumas centenas
de quilômetros de espessura.
Essa camada, mais densa nas proximidades do solo e mais rarefeita à medida que ganha
as alturas, é conhecida com o nome de atmosfera. Sem a atmosfera, certamente a Terra seria
um planeta privado da vida como a conhecemos, apresentando o mesmo aspecto desolado
da Lua. A atmosfera desempenha várias e importantes funções: protege o planeta das radia-
ções nocivas dos raios solares e de outros raios vindos do espaço, absorve e detém parte do
calor irradiado pelo Sol, provoca a desintegração de alguns meteoritos que atingem a Terra,
redistribui, através da chuva, a água evaporada dos mares, além de conter o oxigênio e outros
gases indispensáveis à vida.
A atmosfera é constituída de cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera
e exosfera. O ar se torna mais rarefeito quanto mais a gente sobe, e é por isso que os alpinistas
normalmente levam oxigênio com eles quando escalam altas montanhas. A troposfera é a
única camada em que os seres vivos
podem respirar normalmente.
Troposfera – as condições climá-
ticas acontecem na camada inferior da
atmosfera, chamada troposfera. Essa
camada se estende até 20 km do solo
no Equador, e a aproximadamente 10
km nos pólos.
Estratosfera – chega a 50 km do
solo. A temperatura vai de 60ºC nega-
tivos, na base, ao ponto de congela-
mento na parte de cima. A estratosfera
contém ozônio, um gás que absorve
os prejudiciais raios ultravioleta do
Sol. Hoje, a poluição está ocasionando
“buracos” na camada de ozônio.
Mesosfera – O topo da mesosfera
fica a 80 km do solo. É muito fria, com
temperaturas abaixo de 100ºC nega-
tivos. A parte inferior é mais quente
porque absorve calor da estratosfera.
Termosfera – O topo da termos-
fera fica a cerca de 450 km acima da
Terra. É a camada mais quente, uma
vez que as raras moléculas de ar ab-
sorvem a radiação do Sol. As tempera-
turas no topo chegam a 2.000ºC.
Exosfera – A camada superior
da atmosfera fica a mais ou menos
900 km acima da Terra. O ar é muito
rarefeito e as moléculas de gás “esca-
pam” constantemente para o espaço.
Por isso é chamada de exosfera (parte
externa da atmosfera).
A camada que mais nos interessa agora é a troposfera, que é a camada inferior da atmos-
fera; e que está em contacto com a superfície da Terra e com a altitude. Ela contém cerca de
90% de toda a massa de gases que compõem a atmosfera, além de quase todo o vapor d’água.
Ali se formam os fenômenos meteorológicos, como as nuvens, ventos, chuvas, trovoadas,
relâmpagos, arco-íris etc. O limite superior da troposfera designa-se tropopausa.
O Tempo e o Clima
Embora pareçam sinônimos, tempo e clima são termos bem distintos.
Está errado. O correto é dizer por exemplo: “Hoje o tempo está quente
e chuvoso.” Veja porque:
Tipos de Climas
Em se tratando de clima, podemos afirmar que não existem duas áreas que possuam
rigorosamente o mesmo clima, porque o clima é dinâmico e envolve uma infinidade de ele-
mentos e fatores (locais, regionais e globais). Assim, a classificação climática, a exemplo de
tantas outras (dos solos, das rochas, da vegetação etc.), nada mais é do que tentar simplificar
ou tornar compreensíveis os complexos modelos climáticos existentes.
Abaixo, estão selecionados os climas, ressaltando as principais áreas de ocorrência e suas
características principais:
Oceânico Noroeste da Europa, litoral noro- Os invernos são muito rigorosos, com
este da América do Norte e litoral temperaturas médias de -5ºC. Os verões
sudoeste do Chile. são curtos, porém muito quentes, com
temperaturas médias de 24ºC.
As estações do ano são bem definidas.
Os invernos costumam ser frios (média
de -3ºC) e os verões moderados (média
de 15ºC).
Frio / Conti- Norte do Canadá e vastas áreas da Inverno rigoroso e verão brando.
nental frio Sibéria (Rússia). No inverno, a temperatura pode chegar a
-15ºC. No verão, não passa de 10ºC.
Polar Áreas do extremo norte do Ca- Os verões têm temperatura média de 4ºC.
nadá e Rússia, pequena parte da No inverno, a média permanece em torno
Península Escandinava, Alasca e o de -30ºC.
Continente Antártico.
Secos / Tro- Saara, Arábia, centro da Austrália, Índice de chuva inferior a 250 milímetros,
pical árido norte do México e Arizona (EUA). irregular ao longo do ano. A amplitude
térmica diária é de mais de 20ºC.
Continental Ásia Central (Cazaquistão, Uzbe- Índice de chuva abaixo de 250 milíme-
árido quistão), planalto entre as Monta- tros ao ano. Contraste térmico acentua-
nhas Rochosas e as cadeias costei- do entre verão, média de 17ºC e inverno
ras do oeste dos Estados Unidos e -20ºC.
Patagônia, na Argentina.
Montanhoso Áreas elevadas dos Andes, Rocho- As áreas montanhosas possuem baixas
sas, Alpes e Himalaia. temperaturas, com queda de 6ºC a cada
mil metros de altitude. As altitudes supe-
riores a 2 mil metros possuem eterna neve
nos cumes.
Você tem toda razão! Conhecer os fenômenos climáticos é importante porque eles têm
muita importância no meio ambiente em que vivemos. O relevo e os solos, como já vimos,
assim como a vegetação, os rios e os lagos, sofrem influência direta do clima da região em
que se encontram. Por outro lado, as condições climáticas interferem em diversos aspectos
diretamente relacionados à nossa vida.
A produção de alimentos está diretamente
ligada ao clima. Tanto a escolha do produto a
ser cultivado quanto a época do plantio depen-
dem, em grande parte, das temperaturas e das
chuvas que ocorrem ao longo do ano. Em regi-
ões de clima quente e em regiões de clima frio
cultivam-se produtos agrícolas diferentes.
Nas regiões muito secas não se pode praticar a agricultura, a não ser por meio de irrigação,
que demanda elevados custos. Há regiões em que a umidade e o calor permitem obter duas
ou mais colheitas durante o ano, enquanto outras, por razões climáticas, só podem fornecer
uma colheita. Muitas vezes, como aparece na televisão, por exemplo, a produção agrícola
de uma região fica seriamente prejudicada ou é inteiramente perdida, por questões ligadas
ao clima. Um período de seca que se prolonga de maneira anormal ou chuvas em excesso
prejudicam as lavouras.
O homem, com o avanço da tecnologia, tem controlado vários aspectos climáticos que
afetam a agricultura. Há outros, porém, que escapam inteiramente ao seu controle.
Os modos de vida, o vestuário, as habitações revelam também forte influência das condi-
ções climáticas. Assim, em áreas de invernos muito rigorosos, os habitantes são obrigados a
utilizar aquecimento artificial, usar roupas grossas de lã ou de pele e morar em casas fecha-
das, a fim de suportar o frio excessivo. Os habitantes das regiões tropicais, por sua vez, usam
roupas leves e moram em casas bem ventiladas.
Até mesmo nossas opções de lazer e de descanso são fortemente influenciadas pelo clima.
Nos países de clima quente, como o Brasil, por exemplo, a ida às praias é quase constante ao
longo do ano. Nos países de clima temperado, esse tipo de lazer restringe-se a poucos meses,
sendo comum, na estação fria, a prática dos esportes de inverno (esqui, por exemplo) nas
áreas de montanha.
Central Park, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, durante o mês de julho (calor) e
durante o mês de dezembro (frio).
Isso mesmo! No dia-a-dia, as condições climáticas afetam nossas atividades, seja no tra-
balho, nas diversões, no esporte, nas viagens etc.
Por essas razões, há um enorme interesse em conhecer as condições do tempo em qual-
quer região, especialmente a temperatura e as chuvas. Os jornais e os noticiários de rádio e
televisão trazem sempre informações sobre temperatura, chuvas, previsão do tempo para o
dia seguinte ou para os próximos dias.
As mudanças climáticas acarretadas pelas atividades humanas não são apenas de enorme
importância, mas também de tremenda complexidade. A teoria básica sobre como a socie-
dade está aquecendo o ambiente por meio de queima de combustíveis fósseis foi delineada
há mais de cem anos.
A natureza forma paisagens variadas, mas a sociedade humana, quando ocupa essas
paisagens, altera-as com suas atividades. Por isso dizemos que atualmente as paisagens en-
contram-se humanizadas, isto é, submetidas com maior ou menor intensidade à influência
humana e, portanto, modificadas.
O clima é importante para a distribuição dos animais, vegetais e dos estoques de água
doce pela superfície terrestre. Além disso, a atividade agrícola e a geração de hidreletricidade
dependem do comportamento do tempo meteorológico. Até mesmo a dispersão de poluentes
atmosféricos nos grandes centros depende do tempo. O clima pode ser concebido como um
recurso natural para benefício do homem.
A comunidade internacional, além de procurar compreender a dinâmica da atmosfera,
busca soluções para questões urgentes, como a expansão dos desertos e as secas, que desen-
cadeiam fome e pobreza, além dos mais variados fenômenos como o El Niño, o efeito estufa,
as ilhas de calor etc.
Ilhas de Calor
A temperatura da região central das grandes cidades é mais alta que a temperatura das
áreas periféricas dominadas pelo mesmo clima. Esse fenômeno resulta da intervenção humana
no meio ambiente. O consumo intenso de combustíveis fósseis em aquecedores, automóveis
e indústrias transforma as cidades em uma fonte inesgotável de calor.
Gases Tóxicos
A emissão de gases tóxicos é o maior
fator de poluição da atmosfera. Uma das
principais fontes é a combustão do petróleo
e seus derivados. Nas grandes cidades, por
exemplo, cerca de 40% da poluição do ar
resulta da queima de gasolina e óleo diesel
pelos veículos automotores, responsáveis
pela emissão de monóxido e dióxido de
carbono, óxido de nitrogênio, dióxido de
enxofre, derivados de hidrocarbonetos e
chumbo. As refinarias de petróleo, indús-
trias químicas e siderúrgicas, fábricas de ci-
mento e de papel também emitem enxofre,
chumbo e outros metais pesados, além de
resíduos sólidos que ficam em suspensão na
atmosfera. Nos seres humanos, a poluição
Efeito Estufa
O carbono presente na atmosfera garante uma das condições básicas para a existência de
vida no planeta: a temperatura. A Terra é aquecida pelas radiações infravermelhas emitidas
pelo Sol até uma temperatura de -27ºC. Essas radiações chegam à superfície e são refletidas
para o espaço. O carbono forma uma redoma protetora que aprisiona parte dessas radiações
infravermelhas e as reflete novamente para a superfície. Isso produz um aumento de 43ºC na
temperatura média do planeta, mantendo-a em torno dos 16ºC. Sem o carbono na atmosfera,
a superfície seria coberta de gelo. O excesso de carbono, no entanto, tenderia a aprisionar mais
radiações infravermelhas, produzindo o chamado efeito estufa: a elevação da temperatura
média a ponto de reduzir ou até acabar com as calotas de gelo que cobrem os pólos. Os cien-
tistas ainda não estão de acordo se o efeito estufa já está ocorrendo, mas preocupam-se com
o aumento do dióxido de carbono na atmosfera a um ritmo médio de 1% ao ano. A queima
da cobertura vegetal nos países subdesenvolvidos é responsável por 25% desse aumento. A
maior fonte, no entanto, é a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, principalmente
nos países desenvolvidos.
Chuvas Ácidas
A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de
enxofre e de nitrogênio na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na
atmosfera sob a forma de vapor de água. O resultado são as chuvas ácidas: as águas da chuva,
assim como a geada, neve e neblina, ficam carregadas de ácido sulfúrico ou de ácido nítrico. Ao
caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias ali-
mentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações.
Segundo o Fundo Mundial para a Natureza, cerca de 35% dos ecossistemas europeus já estão
seriamente alterados e cerca de 50% das florestas da Alemanha e da Holanda estão destruídas
pela acidez da chuva. Na costa do Atlântico Norte, a água do mar está entre 10% e 30% mais
ácida que nos últimos vinte anos. Nos EUA, onde as usinas termoelétricas são responsáveis por
quase 65% do dióxido de enxofre lançado na atmosfera, o solo dos montes Apalaches também
está alterado: tem uma acidez dez vezes maior que a das áreas vizinhas, de menor altitude, e
cem vezes maior que a das regiões onde não há esse tipo de poluição. Monumentos históricos
também estão sendo corroídos: a Acrópole, em Atenas; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal, na Índia;
e as catedrais de Notre Dame, em Paris, e de Colônia, na Alemanha. Em Cubatão, São Paulo, as
chuvas ácidas contribuem para a destruição da mata Atlântica e desabamentos de encostas. A
usina termoelétrica de Candiota, em Bagé, no Rio Grande do Sul, provoca a formação de chuvas
ácidas no Uruguai.
Camada de Ozônio
O ozônio é um gás rarefeito cujas moléculas são formadas por três átomos de oxigênio. Con-
centra-se nas camadas superiores da atmosfera, a 15 km da superfície, e forma uma espécie de
escudo, com cerca de 30 km de espessura, que protege o planeta dos raios ultravioleta do Sol. O
primeiro alerta sobre a redução da camada de ozônio foi feito pela Nasa, a partir de estudos feitos
entre 1979 e 1986: o escudo vem perdendo espessura e apresenta um buraco de 31 milhões de
km2 sobre a Antártida, área equivalente a 15% da superfície terrestre. Em fevereiro de 1992, a Nasa
identificou um segundo buraco, dessa vez sobre o Pólo Norte, chegando às regiões próximas ao
Círculo Polar Ártico. A redução da camada de ozônio aumenta a exposição aos raios ultravioleta
do Sol. Está associada ao crescimento dos casos de câncer de pele e de doenças oculares, como
a catarata. Para os cientistas, o buraco existente na Antártida atrasa a chegada da primavera na
região e provoca quebras na cadeia alimentar da fauna local. Pode contribuir para aumentar a
temperatura e acelerar o degelo das calotas polares.
El Niño
Até que ponto o homem é responsável pelo El Niño? O físico italiano Carlo Rubbia, Prêmio
Nobel de 1984, sugere que a falha na gangorra barométrica de Walker pode estar relacionada
com o aquecimento do planeta provocado pelo efeito estufa.
Segundo ele, a ação do homem sobre o meio-ambiente já se fazia sentir no século XVIII,
quando o fenômeno foi descrito pela primeira vez. No Brasil, por exemplo, boa parte da Mata
Atlântica já havia sido destruída nessa época com a cultura extensiva de cana-de-açúcar. Mas se
o papel do homem não está definido em relação às causas do El Niño, ele é bastante claro quanto
às conseqüências. Ao pavimentar as cidades e preparar as áreas agrícolas, o homem diminui dras-
ticamente a infiltração da água da chuva no solo, abrindo caminho para inundações súbitas. Em
metrópoles como São Paulo, isso é ainda agravado pela urbanização das várzeas dos rios – áreas
que deveriam permanecer intactas para absorver as enchentes previsíveis.
Obras de infra-estrutura, como a desobstrução dos rios, a preservação e a recomposição das
várzeas estão perfeitamente ao alcance da tecnologia. Assim como o acesso à enorme quanti-
dade de água no subsolo do nordeste brasileiro, mais do que suficiente para neutralizar a seca
provocada pelo El Niño.
Atualmente, considerar o clima como recurso natural é também uma forma de assegurar o
melhor desempenho da atividade agrícola. Afinal, as condições climáticas orientam sobremaneira
a escolha das áreas agrícolas, seja pela disponibilidade de água (chuvas), seja pela abundância de
luz, ambas necessárias para a efetivação da fotossíntese. Regiões de transição climática, como a
borda dos desertos ou as áreas subtropicais, estão sujeitas, respectivamente, a grandes variações
de pluviosidade e geadas, constituindo-se em áreas de risco para projetos agrícolas.
CURIOSIDADE
Fenômeno El Niño
Em 1992, o planeta presenciou secas no sul da Ásia, enchentes nos Estados Unidos, escas-
sez de pescado na costa peruana, furacões no Pacífico, enchentes no sul e secas no nordeste
brasileiro. Essas são algumas conseqüências do El Niño, um conjunto de eventos geográficos
4. Enumere:
(1) Equatorial
(2) Tropical
(3) Temperado / Mediterrâneo ou Subtropical
(4) Oceânico
(5) Frio / Continental frio
(6) Polar
(7) Secos / Tropical árido
(8) Continental árido
(9) Montanhoso
( ) Os invernos são muito rigorosos, com temperaturas médias de -5ºC. Os verões são
curtos, porém muito quentes, com temperaturas médias de 24ºC. As estações do ano
são bem definidas. Os invernos costumam ser frios (média de -3ºC) e os verões mode-
rados (média de 15ºC).
( ) Clima quente com temperatura média superior a 20ºC. As médias anuais de chuvas
variam entre mil e 2 mil milímetros. Quanto mais distante do oceano, menor a quanti-
dade de chuvas, que são intensas e concentradas no verão.
( ) Verões quentes e invernos moderados. As máximas no verão podem chegar a 30ºC,
enquanto as mínimas, no inverno, atingem 0ºC. As chuvas são pouco intensas. A média
pluviométrica situa-se entre 500 e mil milímetros anuais.
( ) As áreas montanhosas possuem baixas temperaturas, com queda de 6ºC a cada mil
metros de altitude. As altitudes superiores a 2 mil metros possuem eterna neve nos
cumes.
( ) Índice de chuva inferior a 250 milímetros, irregular ao longo do ano. A amplitude tér-
mica diária é de mais de 20ºC.
( ) Índice de chuva abaixo de 250 milímetros ao ano. Contraste térmico acentuado entre
verão (média de 17ºC) e inverno (-20ºC).
( ) Quente e úmido durante o ano inteiro, com temperaturas altas. A média anual é de
5. Ao lado das correntes continentais e marítimas abaixo, complete quando forem massas
de ar quente ou fria:
a) continental polar:____________________________________.
b) continental tropical: _________________________________.
c) marítima polar: _____________________________________.
d) marítima tropical: ___________________________________.
e) Equatorial: ________________________________________.
6. A “ilha de calor” é um fenômeno típico de grandes aglomerações urbanas que resulta do(a):
a) elevação das temperaturas médias nas zonas centrais da mancha urbana em relação
às zonas periféricas e rurais.
b) lançamento de gases tóxicos na atmosfera, favorecendo a circulação dos ventos e a
diminuição da temperatura nos centros urbanos.
c) menor concentração de gases próximos à superfície das zonas centrais da cidade em
relação às zonas rurais e periféricas.
8. O ozônio é um gás muito importante. Além de suas características químicas, ele tem a
função de proteger a superfície terrestre das radiações ultravioleta, que faz muito mal à
saúde das pessoas, animais e plantas.
a) Verdadeiro.
b) Falso.
9. A temperatura da região central das grandes cidades é mais alta que a temperatura das
áreas periféricas dominadas pelo mesmo clima. Esse fenômeno resulta da intervenção
humana no meio ambiente. O consumo intenso de combustíveis fósseis em aquecedores,
automóveis e indústrias transforma as cidades em uma fonte inesgotável de calor.
O texto acima caracteriza qual problema ambiental?
a) efeito estufa.
b) chuva ácida.
c) ilhas de calor.
d) camada de ozônio.
e) El Niño.
QUESTÃO DESAFIO
10. Se o clima é a variação do tempo de um determinado lugar, pode-se afirmar que a alter-
nativa que indica, respectivamente, tempo e clima é:
a) São Paulo tem inverno chuvoso, embora, nessa estação, haja dias ensolarados.
b) Manaus é uma cidade úmida e quente, embora hoje esteja ensolarada.
c) Porto Alegre à noite apresenta tempo chuvoso, com previsões de tormentas fortes para
a madrugada.
d) Pelotas não teve chuvas a semana toda, embora o inverno, na cidade, seja chuvoso.
e) Curitiba amanheceu com céu nublado, com grandes possibilidades de chuvas esparsas.
CAPÍTULO 4
As Paisagens
Climato-Botânicas
Os diversos processos, que se desenrolam na biosfera através de uma forte e complexa
interdependência, acabam por se expressar em grandes conjuntos de paisagens naturais. Veremos,
neste capítulo, a interação dos fatores ambientais diretamente na cobertura vegetal, observando
que o clima é um dos principais elementos que constitui a vegetação. Identificaremos também
algumas ações do homem que modificam a cobertura vegetal.
Os Fatores de Distribuição
De todos os aspectos das paisagens naturais, nenhum é tão afetado pelo clima quanto a ve-
getação. Cada espécie de planta sobrevive apenas dentro de certos limites, que incluem fatores
como quantidade de luz solar que recebe, temperatura, precipitação, umidade do solo e vento.
Quaisquer variações nesses elementos irão refletir diretamente na vegetação terrestre. A vege-
tação é dependente diretamente do solo que, por sua vez, também depende do clima. Sabe-se
que em climas quentes e úmidos, a formação do solo acontece mais rapidamente do que em
climas frios e secos. Conseqüentemente, os solos são, em geral, mais espessos na umidade dos
trópicos do que em desertos; nas regiões que abrigam florestas polares, enquanto climas secos,
os solos tendem a ser mais férteis do que os de regiões de clima úmido. As diversas regiões do
planeta apresentam, portanto, um tipo de vegetação para cada tipo de clima.
Exemplificando, o Brasil abriga a maior riqueza em termos de diversidade de espécies em
meio à vegetação da floresta Amazônica, tipicamente equatorial, que apresenta uma enorme
riqueza em suas árvores de grande porte e diversidade de espécies. Para se ter uma idéia, apenas
metade das variedades de plantas já foi nomeada e classificada.
Os Tipos de Vegetação
Florestas equatoriais – Ocorrem nas baixas lati-
tudes, compreendendo a Amazônia, a parte centro-
ocidental da África e o sudeste asiático. Como estão
em áreas quentes e úmidas, possuem folhas largas
(latifoliadas) e sempre verdes (perenes). As árvores
podem ter até 60 metros (castanheira). Apresentam
grande variedade de espécies (floresta heterogênea).
Os solos, em geral, são pobres. São conhecidas como
autofágicas (que se alimentam de si mesmas) em fun-
ção da grande quantidade de húmus proveniente das
folhas, galhos e troncos. Floresta Amazônica.
Floresta Tropical.
Savanas ou cerrados – Aparecem na faixa intertropical em locais onde ocorre uma estação
seca (inverno), impedindo o aparecimento de florestas. São formações vegetais encontradas
no centro-oeste brasileiro, numa larga faixa do centro da África, no litoral da Índia e no norte
da Austrália. Têm plantas rasteiras (herbáceas), intercaladas por árvores de pequeno porte. No
período de seca, as folhas caem para evitar a evaporação. No Brasil, são chamadas de cerrado,
e, na África, de savana.
Campos ou pradarias – Ocorrem nas áreas de clima temperado continental: norte dos
EUA, sul do Canadá, centro-sul da Rússia, norte da China, norte da Argentina e Uruguai. A
umidade é pouca para o nascimento de árvores. Por isso formam-se gramíneas (tapete her-
báceo). Recebem o nome de pampa, na Argentina, de pradarias, nos EUA e no Canadá, e de
estepe, na Rússia.
Desertos – Nas áreas desérticas, como Saara, Kalaari, Arábia, Irã, Austrália, México, Esta-
dos Unidos (Califórnia), Peru e Chile (deserto de Atacama) não há vegetação permanente. Em
alguns locais, surge uma “erva rasteira” após as chuvas Sua vegetação é escassa, formada por
espécies xerófitas, a exemplo das cactáceas, e por aquelas de ciclo vegetativo muito curto.
Nas regiões onde aflora o lençol freático (lençol subterrâneo de água), podem surgir oásis
com palmeiras (tamareiras).
Oásis do Saara.
Florestas temperadas – Encontram-se nas latitudes médias (40º a 55º) típicas do hemis-
fério Norte, aparecendo no Canadá, nos Estados Unidos e no norte da Europa. As espécies
são decíduas (perdem as folhas para enfrentar uma estação seca e fria) de grande porte. Nos
solos mais ácidos, aparece a lande, uma vegetação herbácea com algumas árvores.
Florestas de coníferas – Estão nas regiões de clima subpolar como o norte do Canadá, da
Europa e da Rússia (onde recebe o nome de taiga). Possuem pequena variedade de espécies
e quase todas são de pequeno porte em função do vento. Apresentam folhas em forma de
agulha (aciculifoliadas) para não acumular neve.
Tundra – Predomina no extremo norte do hemisfério Norte. Os solos são gelados e, nos
poucos meses de degelo, aparecem em alguns pontos musgos e liquens: a tundra.
Vegetação Natural
O Homem e a Vegetação
A redução da vegetação trouxe a morte dos animais e o avanço do deserto. São alguns
milhares, talvez dezenas de milhares de quilômetros quadrados por ano de expansão do Saara,
com conseqüências catastróficas para as populações rurais.
Além disso, o desmatamento traz como conseqüências a erosão dos solos e a perda de
capacidade de retenção da água.
DESMATAMENTO
Ao longo da história, o fogo é o principal meio utilizado pelo homem para derrubar flo-
restas e limpar terrenos; seja para a lavoura ou pastagens, seja para a construção de moradia.
Além do fogo, o corte de árvores para a comercialização da madeira, a construção de casas e
de móveis e para obtenção da lenha destruíram as florestas e coberturas vegetais nativas de
quase todas as regiões hoje densamente povoadas em todos os continentes. O desmatamento
e as queimadas aceleram a extinção de espécies vegetais e animais, lançando grande quan-
tidade de dióxido de carbono na atmosfera, expondo os solos à ação do vento e da chuva,
aumentando a erosão. O desmatamento nas nascentes e nas margens dos cursos de água e
lagos provoca seu assoreamento (depósito de terra e areia no leito de rios ou fundo de lagos).
Isso diminui a profundidade e pode provocar enchentes e até mesmo sua extinção.
FLORESTAS
As últimas grandes reservas vegetais nativas são as florestas tropicais da América Central
e do Sul, da África e da Ásia. Ao todo, cobrem 16,8 milhões de km2, cerca de 20% das terras do
planeta. As florestas abrigam de 50% a 75% do total de espécies vegetais e animais existentes
no mundo e cumprem um papel determinante para a manutenção da temperatura, regime
de ventos e de chuvas de todo o planeta.
DESERTIFICAÇÃO
Os desertos estão crescendo no mundo inteiro a um ritmo médio de 60 mil km2 por ano.
Diferentemente do Saara –resultado de mudanças climáticas ao longo de milhares de anos–,
os novos desertos são provocados pela ação humana. Entre suas causas estão o abuso de
agrotóxicos, a superexploração dos terrenos, o desmatamento, as queimadas e a falta de
irrigação controlada – fatores que reduzem rapidamente a fertilidade da terra e aceleram a
erosão. Na África, a desertificação afeta diretamente 32 milhões de pessoas. Dos 22 países
mais atingidos, 18 estão na lista dos mais pobres do mundo. A produção de grãos per capita
reduziu em 30% desde 1967 e, em meados da década de 80, mais de 3 milhões de pessoas
morrem de fome na região subsaariana. Na Amazônia, apesar de toda sua diversidade biológica,
a substituição da floresta por campos de cultura vem acelerando a erosão e, em Rondônia, já
é possível observar a formação de desertos.
b) A fisionomia da vegetação.
4. As paisagens vegetais encontradas normalmente nos limites das florestas tropicais, com
temperaturas médias semelhantes a destas florestas. Solo geralmente revestido por gra-
míneas, com uma cobertura esparsa de árvores e arbustos com folhas pequenas e cascas
grossas. Bioma notável pelos mamíferos de grande porte. Uma característica fundamental
é a amplitude térmica maior que a das florestas tropicais e dois períodos pluviais bem
definidos, um de chuvas abundantes e outro de longa estiagem. A caracterização refere-se
ao revestimento climato-botânico conhecido como:
a) Tundra
b) Pampa
c) Coníferas
d) Savana
e) Cerrado
( ) Mata Atlântica
( ) Cerrado
( ) Floresta do Congo
( ) Savanas
( ) Tundra
( ) Floresta de Coníferas
6. Aparecem em altas latitudes, em regiões recobertas pelo gelo. Quando ele derrete, as
regiões ficam cobertas de flores. Predominam os musgos, em áreas mais úmidas, e os
líquens, em áreas mais secas.
a) Pradarias.
b) Florestas tropicais.
c) Formação desértica.
d) Tundra.
e) Taiga.
8. Entre suas causas estão o abuso de agrotóxicos, a superexploração dos terrenos, o desma-
tamento, as queimadas e a falta de irrigação controlada, fatores que reduzem rapidamente
a fertilidade da terra e aceleram a erosão.
9. Complete:
a) O desmatamento e as aceleram a extinção de espécies vege-
tais e animais, lançam grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, expõem
os solos à ação do vento e da chuva, aumentando sua .
b) A substituição dos ecossistemas originais por , o extrativis-
mo desordenado e a poluição têm reduzido e até levado à
inúmeras espécies vegetais nativas
QUESTÃO DESAFIO
10. Considerando o que se pode chamar de domínios vegetais e/ou grandes paisagens do
nosso planeta, é correto afirmar que:
I. Na Antártida, a vegetação é quase inexistente, aparecendo apenas nas bordas desse
continente.
II. As zonas temperadas são aquelas localizadas entre os trópicos e os círculos polares,
sem, no entanto, obedecer rigorosamente ao traçado desses paralelos.
III. As savanas compreendem um conjunto de formações que têm em comum a presença
de uma vegetação rasteira, recobrindo o solo, desde bosques fechados até pradarias.
IV. As florestas tropicais ocorrem nas regiões intertropicais, nas terras baixas ou pouco
elevadas, e que recebem uma precipitação elevada e bem distribuída durante o ano
todo.
V. Florestas boreais são matas de coníferas que ocorrem nas latitudes baixas, sendo for-
madas por várias espécies de pinheiros.
Estão corretos os textos:
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) III, IV e V
d) I, III e V
e) I, II, III e IV
CAPÍTULO 5
A Sociedade e o
Meio Ambiente
Neste capítulo, veremos as agressões ao meio ambiente e os impactos causados pelas
tecnologias na natureza. É possível perceber que os processos variados de interação entre a
humanidade e a natureza já estão bastante comprometidos. Destacamos, porém, exemplos
positivos do homem sobre o meio ambiente, lembrando que todos nós somos responsáveis pela
consciência ecológica e pelo meio em que vivemos.
A Biosfera e o Ecossistema
A biosfera, ou esfera da vida, resulta das relações existentes entre a atmosfera, a hidrosfera
e a litosfera. Tais relações são muito antigas; sua origem é de vários milhões de anos. Contudo,
o termo biosfera é recente, assim como a compreensão da necessidade de sua preservação
para o futuro da humanidade. Os diversos elementos que compõem a biosfera se influenciam
mutuamente, sendo que a alteração de um deles pode desencadear uma série de reações que
atingirão outros elementos do sistema, além do sistema como um todo. O homem integra e
depende diretamente das relações que se desenrolam no interior da biosfera, cuja ausência
significa o fim da própria humanidade. Por milhares de anos o homem se encontra adaptado
à biosfera terrestre.
Biosfera: A vida surgiu na Terra há cerca de 3,5 bilhões de anos. Os primeiros organis-
mos não passavam de simples estruturas de carbono. Eles inauguraram as primeiras cadeias
alimentares e deram início à construção da biosfera, o espaço da superfície do planeta onde
a vida é possível e que pode ser considerado um grande ecossistema. A biosfera cresceu
à medida que as formas de vida se multiplicaram e a cadeia alimentar tornou-se mais
complexa. Atualmente, ocupa toda a superfície, incluindo as altas camadas da atmosfera e
pode chegar a 5 km de profundidade na crosta terrestre e a 10 km abaixo do nível do mar,
nas fossas oceânicas.
A variedade do clima, do relevo, do regime de chuvas e dos rios do país resulta em variados
ecossistemas. A Amazônia concentra a maior floresta tropical e a maior diversidade biológica
do mundo, seguida de perto pela mata Atlântica e pelo Pantanal. Os manguezais localizados
em alguns estuários, como o do Amazonas e o do rio Ribeira (SP), também estão entre os
maiores criatórios naturais de vida marinha do planeta.
A seguir, veremos alguns exemplos de coberturas vegetais que refletem a falta do equilí-
brio ecológico, devido à ação antrópica e suas conseqüências para o meio ambiente:
AMAZÔNIA
A Amazônia tem uma área calculada em 5,5 milhões de km2, e a floresta ocupa 60% do total,
o equivalente a 3,3 milhões de km2. O subsolo da Amazônia é rico em minérios como ouro,
bauxita, cassiterita e manganês. Sua superfície abriga cerca de 2 milhões de espécies. Apenas
10% de suas terras são consideradas produtivas, e 12% delas já estão ocupadas pelo homem.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1991, a área devastada chegava
a 11.100 km2, ou 0,3% da floresta. No Amapá e em Rondônia, a metade da área cultivável já
foi devastada. Os focos de incêndio passaram de 362.161 km2, em 1990, para 404.343 km2 em
1991 e provocaram uma nuvem de fumaça que chegou a alcançar a África e a Antártida.
Rios assoreados – grande parte dos 3,9 milhões de km2 da bacia hidrográfica Amazônica – a
maior do mundo – sofre assoreamento devido à erosão provocada por utilização inadequada
do solo. Muitos rios têm suas águas contaminadas pelo mercúrio dos garimpos de ouro, e já
estão contaminando a Venezuela. A busca pelo ouro também tem contribuído para dizimar
a população indígena, principalmente a ianomâni.
MATA ATLÂNTICA
No século XVI, a mata Atlântica era a segunda maior floresta tropical úmida do Brasil. Cobria
uma área paralela ao litoral, quase contínua, de cerca de 1,5 milhão de km2, estendendo-se do
Ceará ao Rio Grande do Sul – justamente a área hoje mais densamente povoada do país. Em
São Paulo, a área original, igual a 82% do território, passou para os atuais 5%. Mesmo assim,
ainda é uma das maiores do planeta em diversidade biológica. A devastação começou já no
início da colonização, com a exploração do pau-brasil.
PANTANAL
Ocupa 140 mil km2 do sudoeste do Mato Grosso ao oeste do Mato Grosso do Sul, estenden-
do-se até o Paraguai. No verão – época das chuvas –, suas terras são inundadas pelas cheias
do rio Paraguai, criando um ecossistema específico que abriga milhares de espécies de aves,
peixes, répteis e mamíferos. As usinas de álcool, o mercúrio dos garimpos, o excesso de fertili-
zantes das lavouras, as queimadas e até mesmo o turismo vêm poluindo as águas do Pantanal.
A construção de estradas no seu interior e de usinas hidrelétricas em regiões periféricas tem
alterado o regime de ventos e de chuvas da região. A caça e a pesca predatórias aceleram o
desequilíbrio do ecossistema. Caçadores clandestinos já mataram cerca de 2 milhões de jaca-
rés. A onça-pintada, veados, cotias, ariranhas e lontras estão em rápido processo de extinção.
A criação do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e da Estação Ecológica do Taimã
são algumas das medidas, ainda insuficientes, para preservar a região.
MANGUEZAIS
Ambientes de transição entre os meios terrestre e marinho característicos dos litorais
tropicais, os manguezais distribuem-se ao longo de todo o litoral brasileiro. Os de maior
biodiversidade localizam-se nos estuários de grandes rios, principalmente naqueles que têm
seus cursos em terrenos planos e foz muito amplas. Têm características pantanosas, vegetação
arbustiva abundante e águas ricas em matéria orgânica. São considerados os maiores criatórios
naturais de espécies marinhas. Os grandes manguezais brasileiros estão sendo destruídos pela
poluição dos pólos petroquímicos ou cloroquímicos presentes em quase todos os grandes
estuários da costa. Muitos são soterrados para a construção de estradas, como a Rio-Santos,
ou para projetos imobiliários, como no litoral paulista e fluminense, no sul da Bahia ou em
Florianópolis. Poucos ainda estão preservados, como a parcela do manguezal do rio Ribeira,
protegida pelo Parque Estadual da Ilha do Cardoso, no sul de São Paulo.
OS IMPACTOS AMBIENTAIS
Apesar da crescente consciência ecológica que tem alterado alguns hábitos e introduzido
outros, como as campanhas antitabagistas e a coleta seletiva do lixo, a biosfera ainda se vê
sob o risco de alguns problemas ambientais sérios.
Há poucos anos atrás, a principal ameaça ao meio, provinha dos arsenais nucleares da
União Soviética, dos EUA e de seus respectivos aliados. Uma guerra nuclear, dado o seu poder
de destruição, traria como conseqüência o chamado “inverno nuclear”, sem contar com os
estragos causados pelos artefatos bélicos.
Só a metade do arsenal nuclear dessas duas potências já seria suficiente para causar um
desarranjo na atmosfera e no clima terrestres. Após atingirem seus alvos, os bombardeios pro-
duziriam uma nuvem de partículas de poeira e fuligem que impediriam a passagem dos raios
solares, causando frio, além de impedir que os vegetais realizassem a fotossíntese. Haveria uma
total desorganização na camada de ozônio, de tal modo que os raios ultravioleta atingiriam
a superfície terrestre com muito mais intensidade. Seriam produzidas toxinas químicas pelo
fogo e haveria precipitações radioativas (chuva negra). O risco de uma guerra nuclear não
existe, ao menos temporariamente.
Mas ainda há outros problemas ambientais que costumam ser mais comuns nos grandes
centros urbanos do que nas cidades menores e no meio rural, pois são nos grandes centros
que se concentra o maior número de indústrias, o maior contingente populacional, além da
ocupação de extensas áreas com ruas, avenidas e quarteirões verticalizados.
No meio rural, o uso intenso de adubos químicos e agrotóxicos é responsável não só por
danos gravíssimos ao solo e às águas principalmente, mas também pelo envenenamento de
alimentos e pela morte de agricultores.
Componentes químicos dos defensivos e dos fertilizantes são dissolvidos pelas águas
das chuvas e penetram nos solos, podendo atingir o lençol freático. Uma vez que as águas
subterrâneas se comunicam com os rios, as águas fluviais podem ficar poluídas, causando
males não só aos peixes mas também a outros seres que delas usufruem. As populações e os
animais que consumirem água ou alimentos contaminados correm o risco de sofrerem graves
problemas de saúde.
Muitos agricultores, sem muito cuidado, utilizam os equipamentos de combate a pragas
de forma errada, por isso muitos se intoxicam e vários chegam a morrer. Há casos de alguns
agricultores que lavam os equipamentos e lançam a água suja diretamente em lagos e córre-
gos, causando danos, principalmente, para a fauna.
A morte do solo, causada pelos adubos químicos e pelos agrotóxicos, torna-o estéril e pro-
picia o avanço da desertificação, como a que vem acontecendo no sul do Saara, na África.
A poluição das águas é também um dos sérios problemas ambientais, pois a maior parte
dos poluentes atmosféricos reage com o vapor de água na atmosfera e volta à superfície sob
a forma de chuvas, contaminando, pela absorção do solo, os lençóis subterrâneos. Das cidades
e das regiões agrícolas são lançados diariamente cerca de 10 bilhões de litros de esgoto que
poluem rios, lagos, lençóis subterrâneos e áreas de mananciais.
Bem, é o seguinte: os oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nas águas dos
rios, além do lixo dos centros industriais e urbanos localizados no litoral. O excesso de material
orgânico no mar leva à proliferação descontrolada de microrganismos, que acabam por formar
as chamadas “marés vermelhas” que matam peixes e deixam os frutos do mar impróprios para
o consumo do homem. Anualmente, 1 milhão de toneladas de óleo se espalha pela superfície
dos oceanos, formando uma camada compacta que demora para ser absorvida.
Parte da poluição é muito visível: rios espumosos, um brilho oleoso à superfície de um
lago, cursos de água atulhados de lixo doméstico. Mas grande parte é invisível. Lagos afetados
pelas chuvas ácidas podem ainda parecer muito bonitos, mas sem vida. Navios derramam
impunemente petróleo e poluentes químicos na água dos oceanos.
As águas fluviais são, hoje, constantemente agredidas pelo excesso de poluentes derrama-
dos e despejados nestas águas. Os constantes despejos de esgotos das fábricas e dos centros
urbanos estão carregados de substâncias que podem constituir causa séria de poluição como
por exemplo: ovos de parasitas, fungos, bactérias, e vírus que ocasionam doenças como tifo,
tuberculose, hepatite e cólera. A poluição marinha se dá principalmente pelo derramamento
de petróleo em caso de vazamentos e acidentes com petroleiros.
As fontes de poluição das águas dos rios resultam, entre outros fatores, de esgotos do-
mésticos, despejos industriais, escoamento da chuva nas áreas urbanas e das águas de retorno
de irrigação.
POLUIÇÃO DO AR
Lembremos, portanto, que a poluição é uma agressão à natureza, ao meio ambiente em
que o homem vive. Os efeitos da poluição são hoje tão amplos que já existem inúmeras or-
ganizações de defesa do meio ambiente.
Além da poluição atmosférica, os grandes centros urbanos convivem com outros proble-
mas, como a poluição sonora e visual, os congestionamentos de trânsito, baixa relação área
verde/habitante e também o que fazer com o excesso de lixo e esgoto.
Os graves problemas sociais nas grandes cidades brasileiras devem-se à carência de áreas
verdes, ou seja, de reservas florestais, parques e praças. Essa carência tem agravado o problema
da poluição do ar e restringindo muito as opções de lazer da população.
Nos grandes centros urbanos do Brasil, temos ainda o problema do lixo que é constan-
temente lançado em terrenos baldios, provocando a multiplicação de ratos e insetos – e o
problema do esgoto, que é muitas vezes despejado nos rios que cortam a cidade, poluindo-os
e, em certos casos, “matando-os”.
As poluições visual e sonora também contribuem para a queda da qualidade de vida das
populações das grandes cidades. O excesso de poluição sonora contribui para o aumento de
casos de neuroses nas populações urbanas, além da perda parcial da capacidade auditiva. O
elevado número de cartazes publicitários (espalhados por todos os cantos dos centros urbanos,
com propaganda das mais diversas origens) agride as pessoas, gerando uma terrível poluição
visual. Além disso, grande parte dos produtos oferecidos nos cartazes são inacessíveis à maioria
da população, constituindo, pois, uma agressão psicológica.
A poluição é essencialmente produzida pelo homem e está diretamente relacionada com
os processos de industrialização e com a conseqüente urbanização. Esses são os dois fatores
contemporâneos que podem explicar claramente os atuais índices de poluição. Os agentes
poluentes são os mais variáveis possíveis e são capazes de alterar a água, o solo, o ar etc.
Precisamos nos conscientizar desses problemas e adotar já algumas medidas para solucio-
ná-los. É preciso implantar uma mentalidade ecológica e conservacionista em um mundo de
solidariedade, no qual as riquezas e o trabalho necessário para produzi-las sejam garantidos
a todos e distribuídos de forma justa entre os indivíduos e as nações.
Eu sei que cada cidadão tem de fazer a sua parte, quando se trata
da questão ambiental. Mas será que o pouco que cada um de nós
fazemos acaba sendo importante para a preservação da natureza?
LIXO
Você sabia que grande parte do nosso lixo pode ser reaproveitado, reduzido ou reciclado?
Comece por observar o que você joga fora todos os dias. Veja a seguir como diminuir
esse lixo:
Evite levar para casa embalagens plásticas e de papel que não serão novamente utili-
zadas;
Evite comprar alimentos com embalagens desnecessárias;
Prefira, sempre que for possível, produtos com vasilhame reaproveitável;
Escreva nos dois lados do papel e use, sempre que puder, produtos feitos com papel
reciclado;
Não jogue lixo no chão;
Evite o desperdício.
Reaproveitando o Lixo
Jornais e papéis velhos podem ser vendidos ou doados aos catadores de papel que
percorrem as ruas da sua cidade;
Compre sempre que possível bebidas com embalagens de vidros retornáveis e, assim
que puder, leve os vidros usados a um coletor de garrafas;
Procure reaproveitar melhor os legumes e frutas usando novas receitas, diminuindo as
sobras que vão para o lixo;
Roupas, brinquedos, livros e jogos que você não usa mais podem ser reaproveitados
por outros, portanto, não os jogue fora, doe a instituições e bazares de caridade;
Latas e peças de metais sem utilização devem ser vendidas para os catadores ou para
ferro velho existentes na cidade.
Reciclando o Lixo
A prática de reciclagem de resíduos sólidos é muito antiga. Os utensílios metálicos são
fundidos e remodelados desde os tempos pré-históricos. Os materiais recicláveis são recupe-
rados de muitas maneiras, como o desfibramento, separação magnética de metais, separa-
ção de materiais leves e pesados, peneiração e lavagem. A indústria da reciclagem cuida de
transformar componentes do lixo como o vidro, papel, metal e plástico em matéria-prima,
para novos produtos.
A coleta seletiva que acontece em algumas cidades, ou seja, a separação do lixo orgânico
do inorgânico, reflete no reaproveitamento, na redução e na reciclagem do lixo, trazendo so-
luções mais adequadas para se resolver o grave problema do lixo no planeta. A participação
de cada um e da comunidade é a base para
solução do problema. Separar o lixo não é uma
tarefa difícil, requer apenas mudança de hábito
e um pouco de boa vontade.
Você sabia?
Daqui a 34 anos a cidade de São Paulo não terá mais lugar para depositar o lixo que
produz.
A Amazônia
A Amazônia não é apenas a maior floresta equatorial do mundo, ela é um estoque de
biodiversidade sem igual em todo o planeta, com várias espécies animais e vegetais ainda
desconhecidas. É também o local escolhido por 20 milhões de pessoas para viver. Portanto,
qualquer solução para a Amazônia precisa passar necessariamente pela busca por soluções
economicamente e ecologicamente viáveis. O Greenpeace tem atuado na Amazônia desde
1992. A partir de 1999, a proteção da floresta e a busca por soluções para o desenvolvimento
da região tem sido a prioridade global do Greenpeace.
Planejamento Urbano
As cidades precisam de planejamento para crescer com harmonia. O crescimento orde-
nado inclui cuidados básicos, como a ocupação planejada do solo, a exploração racional da
água, asfaltamento de ruas, construção de creches, escolas e hospitais, pólos de trabalho,
lazer e cultura. Tudo isso serve para garantir o bem-estar das pessoas e adequar a expansão
urbana ao meio ambiente. Porém, em muitos casos, a regra é deixada de lado. Assim, o es-
paço urbano é ampliado de qualquer jeito: casas são construídas em morros ou nas margens
de represas e córregos; o lixo contamina o solo e a água e o saneamento básico não chega a
todas as casas.
Algumas cidades já solucionaram problemas ambientais causados pelo crescimento ur-
bano. Tóquio já teve um dos ares mais poluídos do mundo. Com rígido controle da emissão
de poluentes, o ar ficou bem mais limpo. Por isso, em 1998, a capital japonesa foi escolhida
pela Organização das Nações Unidas (ONU) como modelo para a busca da chamada ecosso-
ciedade.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Embora de maneira redutiva, os meios de comunicação contribuem para a formação de
uma cultura televisiva do meio ambiente nas pessoas, criando uma consciência e um interesse
maior em admirar e em defender a vida nas suas múltiplas manifestações. O ideal seria que essa
cultura não se condicionasse apenas à dimensão teórica, mas conduzisse progressivamente
uma mudança no comportamento e na relação entre cidadão e meio ambiente.
Inconscientemente ou não, existe uma diferença considerável na sociedade entre a ação
teórica e a prática efetiva. Muitas pessoas defendem o meio ambiente e sao capazes de ela-
borar palestras, debates, usar camisetas ou até mesmo escrever artigos e livros em prol da
defesa manifestativa do meio ambiente. Porém, na prática cotidiana, existe uma contradição,
uma falta de educação ambiental nos pequenos gestos e atos, na falta de contato efetivo
com a natureza, na carência de conhecimentos básicos da realidade biológica e geográfica
do meio ambiente.
Na prática, podemos fazer muitas coisas como economizar água tratada, utilizar menos
detergente, jogar o lixo no lugar certo, plantar árvores, respeitar o ciclo da água, usar a água
limpa com economia, gastar somente o necessário, denunciar as empresas que poluem, de-
nunciar ocupações clandestinas que estejam despejando esgoto e lixo nos mananciais, cobrar
dos governantes a criação e cumprimento de leis que protejam a natureza etc. Conscientizar
a população para as questões ecológicas é importante para a conquista de um futuro com
água potável e com saúde para toda a humanidade.
2. Ressalte a sua contribuição positiva para garantir a sociedade um ambiente menos po-
luente:
3. Discorra sobre os pontos positivos que uma cidade deve apresentar sobre a questão am-
biental refletindo na qualidade de vida da população:
4. A Terra é formada por elementos sólidos, líquidos, gasosos e biológicos. Assim, o estudo
global deve levar em conta todas as camadas, visto que elas compõem um todo que faz
da Terra um planeta único. A camada da Terra responsável pela existência do reino animal
e vegetal é chamada:
a) Biosfera.
b) Litosfera.
c) Atmosfera.
d) Hidrosfera.
QUESTÃO DESAFIO
9. A devastação da vegetação original foi uma das marcas mais expressivas do modelo
econômico adotado em nosso país. Atualmente, o desmatamento alcança quase 40% do
território nacional, promovendo diferentes problemas socioambientais.
Relacione as atividades socioeconômicas predominantes na faixa litorânea do país com
o processo de desmatamento.
10. “Os participantes da RIO+10 concordaram com um programa ousado de combate à de-
terioração da terra, do ar e da água. Também decidiram buscar o crescimento econômico
sem degradar o meio ambiente”
(Revista VEJA, 21 de agosto, 2002)
Explique por que o modelo urbano norte-americano apresenta, dentre outras conse-
qüências, elevados índices de degradação ambiental:
sugestão de sites
www.aultimaarcadenoer.com/informecultura.htm
www.ibama.gov.br
www.meioambiente.gov.br
www.biodiversidadebrasil.com.br
www.comciencia.br
www.mma.gov.br/port/se/agen21/
www.ibama.gov.br
RECAPITULANDO
No capítulo 2, foram desenvolvidos alguns conceitos básicos que devem ser lembrados:
Oceanos: Pacífico, Índico, Atlântico, Ártico e Antártico.
Mares: abertos, fechados, interiores ou mediterrâneos.
Importância dos mares e dos oceanos.
Relevo submarino: plataforma continental, talude continental, zona abissal.
Rios e lagos.
Recursos hídricos – aproveitamento / desperdício.
Problemas causados pela ação do homem: ilhas de calor, gases tóxicos, chuva ácida,
efeito estufa.
9. Pesquisa. 10. d)
CAPÍTULO 1
A Demografia
Neste capítulo, veremos os conceitos fundamentais para facilitar o estudo dos diversos
aspectos demográficos. Vamos estudar conceitos sobre os elementos que interferem na distribuição
da população, os fatores que levam ao crescimento e ao deslocamento populacional, os diferentes
setores da economia e verificar a importância dos recenseamentos. Iremos perceber a importância
e a complexidade desses assuntos, pois são conceitos fundamentais para estabelecer comparações,
não só no aspecto brasileiro, mas também com os demais países, para compreendermos a população
do lugar onde vivemos.
A Importância da Demografia
A demografia caracteriza o estudo das
populações humanas. Taxas de natalidade,
mortalidade, expectativa de vida são termos
referentes ao estudo da demografia. É através
do uso da demografia que um país pode fazer
O que é demografia?
uma análise de seu crescimento e projetar
ações que devem ser tomadas para o futuro.
A demografia possui como principal fonte
de dados os censos estatísticos que revelam
a quantidade de pessoas existentes em cada
região, bem como diversos dados estatísticos
como sexo, idade, grau de instrução etc.
A POPULAÇÃO ABSOLUTA E A
POPULAÇÃO RELATIVA
Com o rápido crescimento da população mun-
dial, especialmente nos países subdesenvolvidos,
estatísticas nos dão conta de que em 2050 pode-
remos chegar até 12,5 bilhões de habitantes no
planeta. Apenas pelo conhecimento dos números,
já tomamos consciência da importância do estudo da população. No entanto, os números só
servem para quantificar e, no caso da população humana, diferentemente das populações
animais em que todos vivem de maneira semelhante, a população mundial caracteriza-se
pela grande diversidade social.
O total de habitantes de um lugar constitui sua população absoluta. Assim, podemos di-
zer que a população absoluta da Terra é superior a 6 bilhões de habitantes. Mas, para avaliar
concretamente a presença humana num determinado lugar, utilizamos também o conceito de
população relativa, que indica a distribuição da população em relação à superfície do lugar.
A população relativa, também chamada de densidade demográfica, corresponde ao nú-
mero de habitantes por unidade de área, geralmente o quilômetro quadrado.
A tabela abaixo mostra a população absoluta e a população relativa de cada continente.
Nos estudos de geografia das populações, os conceitos de populoso e povoado são muito
utilizados. O primeiro se refere à população absoluta e o segundo diz respeito à população
relativa de um lugar. Enquanto a Ásia é o continente mais populoso e mais povoado do mundo,
a Oceania é o continente menos populoso e menos povoado.
Respondendo essa sua pergunta , observamos que para chegar aos números da população
relativa, basta um cálculo simples: dividir o número de habitantes pela área habitada. Por isso,
quando se diz que um país é muito povoado, significa dizer que ele tem muitos habitantes
por quilômetro quadrado.
Na lista dos países mais populosos, o Brasil aparece em quinto lugar, atrás da China, Índia
e Estados Unidos. Ou seja: a população absoluta do Brasil é bastante elevada.
Acontece que essa mesma população não está bem distribuída no território nacional
– algumas regiões concentram muito mais gente que outras. Por isso, o Brasil não está nem
entre os 10 países mais povoados do mundo. Essa lista é liderada por Bangladesh, Taiwan,
Coréia do Sul, Holanda e Japão
O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
Populações crescem porque as pessoas têm bebês. Quanto mais pessoas houver, mais
bebês elas terão. Isso significa que o número de bebês nascidos é um múltiplo constante do
número de pessoas presentes na população. Logo, a taxa de crescimento da população é
diretamente proporcional ao tamanho da população.
número de
X 1000
nascimentos
= taxa de natalidade
número de habitantes
número de
X 1000
óbitos
= taxa de mortalidade
número de habitantes
Assim, se falarmos que a taxa de mortalidade é de 15‰, isso quer dizer que para cada
1.000 habitantes morreram 15 pessoas num ano. Devemos ainda observar que essa é a taxa de
mortalidade geral e que, além dela, existe a taxa de mortalidade infantil, que é o número de
crianças que morrem antes de completar o primeiro ano de vida. A taxa de mortalidade infantil
é um importante indicador do nível de desenvolvimento socioeconômico de um país.
O crescimento populacional é determinado, em geral, por índices que representam taxas
de natalidade e mortalidade. Por sua vez, a taxa de mortalidade é determinada por diver-
sas condições, como aspectos relacionados à infra-estrutura (condições sanitárias, serviços
médicos etc.), condições nutricionais, entre outros. A taxa de natalidade envolve aspectos
como o nível sócio-cultural, taxa de contracepção e também qualidade nutricional. Há uma
tendência mundial de redução da taxa de mortalidade, devido aos avanços nas áreas da me-
dicina. A taxa de natalidade dos países desenvolvidos tende à queda, enquanto os índices
de mortalidade permanecem estáticos, com maior expectativa de vida. Já nos países em
desenvolvimento, a tendência de aumento de ambos os índices continuará predominante
durante muito tempo.
CURIOSIDADE
No século XIV, a Peste Negra (peste bubônica) dizimou quase um terço da população
da Europa. Na época, desconhecia-se que a doença era transmitida pelos ratos infectados
com a bactéria Pasteurella pestis, que infestavam os navios comerciais vindos do Oriente.
Exemplo:
CURIOSIDADE
UM É POUCO, DOIS É BOM... 6 BILHÕES É DEMAIS!
No mês de outubro de 1999, a população do planeta ultrapassou os 6 bilhões de habi-
tantes. Já pensou quantos “vizinhos” nós temos aqui na Terra?
O bebê escolhido para simbolizar a marca dos 6 bilhões nasceu na Bósnia nos primeiros
minutos do dia 12 de outubro de 1999. Chama-se Adnan Nevic e vai encontrar pela frente
um mundo bem complicado.
Estrutura Etária
Estrutura etária é a distribuição da população por idades. Para indicar o número de habi-
tantes de determinada região, utiliza-se as pirâmides etárias ou pirâmides de idades, a qual
oferece uma idéia precisa de determinado grupo de população de um país.
As faixas etárias e os respectivos intervalos de idades mais utilizados são os seguintes:
Jovens: 0 a 14 anos ou 0 a 19 anos.
Adultos: 15 a 59 anos ou 20 a 59 anos.
Velhos ou idosos: 60 anos ou mais.
Observe que a pirâmide etária da França apresenta base estreita, devido ao baixo per-
centual de jovens e conseqüência do controle de natalidade; e ápice largo, devido ao grande
percentual de velhos e da alta expectativa de vida. A pirâmide brasileira sofreu modificações
nas últimas décadas e vem apresentando uma base mais estreita e um ápice mais largo. Isso
é sinal de que ocorre uma melhoria nas condições de vida da população, e que a expectativa
de vida aumentou e o controle de natalidade já começa a surtir efeito. Hoje, já somos um país
de população predominantemente adulta. Já na Tanzânia, e em muitos outros países subde-
senvolvidos, a base é extremamente larga, sinal do descontrole da natalidade e o ápice da
pirâmide é muito estreito, devido à expectativa de vida da população ser muito reduzida.
Apesar dos avanços demográficos ocorridos, é importante lembrar que os números apre-
sentados refletem apenas a média do país. Se analisarmos o nível das diferentes camadas sociais
e regiões do país, veremos que existem enormes disparidades demográficas. Por exemplo:
A média de vida dos brasileiros mais ricos (cerca de 70 anos) é muito superior à dos
brasileiros mais pobres (aproximadamente 50 anos).
A esperança ou expectativa de vida na Região Sul é de 69 anos; e na Região Nordeste
é de 64 anos.
A taxa de fecundidade da Região Nordeste (4,0) é quase o dobro da taxa da região Sul
(2,3).
Os idosos da Região Sudeste são 8,0% da população, contra apenas 5,4 % na região
Norte.
CURIOSIDADE
A Constituição Brasileira impõe a idade mínima de 16 anos para que
a criança ingresse no mercado de trabalho. O Estatuto da Criança e
do Adolescente proíbe qualquer trabalho ao menor de 16 anos,
salvo na condição de aprendiz.
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE
INATIVA (PEI)
A população economicamente inativa ou não economi-
camente ativa é formada, principalmente, por aposentados,
donas-de-casa, estudantes, inválidos e crianças.
Sob o ponto de vista econômico, a parcela da população
que é economicamente inativa requer grandes investimentos
sociais (escolas, aposentadoria etc.).
SETORES DA ECONOMIA
Segundo a atividade econômica, a população ativa
divide-se em três grandes setores: primário, secundário e
terciário.
O setor primário engloba as atividades que estão
diretamente relacionadas à natureza: a agricultura, a
pecuária, a caça, a pesca e a silvicultura.
O setor terciário, também chamado de serviços, reúne todas as outras atividades (co-
mércio, transportes, educação, saúde, profissionais liberais etc.).
Até o início da década de 40, mais de dois terços da população ativa do Brasil
estavam concentrados no setor primário. A partir de então, devido à inten-
sificação do processo de industrialização-urbanização, da mecanização do
campo e do êxodo rural, verificou-se uma progressiva e acentuada diminuição
da população ativa do setor primário, em favor de outros setores.
O elevado percentual de ativos no setor terciário não significa que esse setor cresceu, re-
almente, tanto assim. O setor terciário, principalmente nos países subdesenvolvidos, é muito
marcado pelo conhecido fenômeno da inchação: crescimento exagerado ou irreal, devido
ao empreguismo (excesso de pessoas em órgãos públicos) e ao subemprego (comércio em
semáforos, trabalho temporário etc.).
A concentração de ativos nos setores secundário e terciário é tanto maior quanto maior
for o nível de desenvolvimento urbano-industrial e tecnológico dos países, refletindo numa
economia mais próspera.
A MOBILIDADE DA POPULAÇÃO
Todos os movimentos que fazem com que uma população se locomova de um lugar para
outro são chamados migrações. Inúmeras razões podem provocá-las, e são estimuladas por
situações de repulsa, expulsão, ou atração. Suas razões variam e podem ser motivadas por
fatores naturais, como enchentes e secas, fatores políticos e até religiosos. Mas os que mais
têm impulsionado as migrações são os econômicos.
Fatores Históricos
De modo geral, as áreas de povoamento mais antigos costumam ser mais habitadas que
as de povoamento recente. De fato, as maiores concentrações populacionais do mundo – Ex-
tremo Oriente (leste da China, Coréia e Japão), Ásia das monções (sul e sudeste asiáticos),
Europa centro-ocidental – confirmam essa regra.
O nordeste brasileiro pode ser considerado uma das exceções à regra, pois, apesar de ser
a região brasileira mais populosa e povoada por muito tempo, perdeu posição para o Sudeste,
em virtude do maior desenvolvimento econômico dessa região.
Fatores Econômicos
As atividades econômicas são bastante diversificadas quanto à forma de produção, à
natureza e à finalidade dos produtos. Em função desses fatores, as atividades econômicas
acarretam maior ou menor concentração populacional. Um dos exemplos está relacionado às
atividades industriais e de prestação de serviços que, pela própria natureza, costumam acar-
retar grandes concentrações populacionais, como o nordeste dos Estados Unidos, a Europa
ocidental e o eixo São Paulo–Rio de Janeiro.
Inúmeras variações marcam esses movimentos, que podem ser definitivos ou temporários.
Estes últimos são realizados em qualquer período, sem qualquer regularidade. Sua definição
está ligada ao desenvolvimento dos meios de transporte e à modernização. As migrações
regulares têm período certo para acontecer, e variam entre tipos pendulares e sazonais.
Migrações pendulares: têm a ver com a crescente urbanização e são as freqüentes idas
e vindas de trabalhadores entre a casa e o trabalho, um deslocamento diário e regular,
tanto em termos de tempo quanto de percurso.
Nice, na França.
Tuaregue, no Mali.
O RECENSEAMENTO
A palavra censo vem do latim “census”, que quer dizer “conjunto dos dados estatísticos
dos habitantes de uma cidade, província, estado, nação etc”.O censo serve para que cada um
possa conhecer melhor o país, os estados e os municípios. Com as informações do recensea-
mento, o Governo poderá, por exemplo:
identificar os locais onde é mais importante investir em saúde, educação, habitação,
transportes etc.;
descobrir lugares que necessitam de programas de incentivo ao crescimento econômico,
como instalação de pólos industriais;
distribuir melhor o dinheiro público, dos Fundos de Participação dos Estados e dos
Municípios.
Como todas as informações do censo são importantes para o futuro do Brasil, todas as
pessoas são obrigadas a responder ao recenseamento. E não há motivo de preocupação: as
respostas são confidenciais.
CURIOSIDADE
O censo é uma coisa que já era feita na Antigüidade.
Pelo que se tem notícia, o censo mais antigo foi feito na China. Em 2238 a.C., o im-
perador Yao mandou realizar um censo da população e das lavouras cultivadas.
Os egípcios realizavam censos anuais no século XVI a.C. E os romanos e os gregos já
realizavam censos por volta do século VIII a IV a.C.
Em 578-534 a.C., o imperador Servo Túlio mandou realizar um censo de população
e da riqueza, o qual serviu para estabelecer o recrutamento para o exército, para o
exercício dos direitos políticos e para o pagamento de impostos.
Os romanos fizeram 72 censos entre 555 a.C. e 72 d.C. Naquela época, o objetivo mais
importante do censo era saber o número de pessoas disponíveis para fazer a guerra
e cobrar impostos. A punição para quem não respondia geralmente era a morte!
A Bíblia conta que São José e a virgem Maria saíram de Nazaré, na Galiléia, para Belém,
na Judéia, para responder ao censo ordenado por César Augusto (as pessoas tinham
que ser entrevistadas no local de sua origem). Foi enquanto estavam na cidade que
Jesus nasceu.
Como você pode ver, desde épocas remotas os governos se preocupam em realizar cen-
sos.
Você sabia que o tamanho da população brasileira é conhecido desde o período colo-
nial?
Até 1872, os dados sobre a população brasileira eram obtidos de forma indireta, isto é,
não eram feitos levantamentos com o objetivo estrito de contar o número de habitantes. As
fontes de dados eram relatórios preparados com outras finalidades, como os relatórios de
autoridades eclesiásticas, sobre os fiéis que freqüentavam a igreja, e os relatórios de funcio-
nários da Colônia, enviados para as autoridades da Metrópole.
Somente em 1850 o governo foi autorizado a despender os recursos necessários para a
realização de uma operação do porte de um censo demográfico. O primeiro censo, então, foi
programado para ocorrer em 1852.
Entretanto, a operação prevista para 1852 não foi realizada: a população revoltou-se e
impediu o levantamento que já estava em pleno início de execução! Revoltou-se contra o
Decreto nº 797 de junho de 1851, então conhecido como a “lei do cativeiro”. Acreditava-se que
o decreto era uma odiosa medida governamental visando à escravização dos homens de cor.
Esse episódio foi suficiente para adiar por 20 anos a realização do primeiro censo.
Com a criação do IBGE, em 1938, e com a contribuição do renomado demógrafo italiano
Giorgio Mortara, inaugurou-se a moderna fase censitária no Brasil. Caracterizada, principal-
mente, pela periodicidade decenal dos censos demográficos, nessa nova fase foi ampliada a
abrangência temática do questionário com introdução de quesitos de interesse econômico
e social, tais como os de mão-de-obra, emprego, desemprego, rendimento, fecundidade,
migrações internas, dentre outros temas.
a) Apenas I é verdadeira.
b) Apenas I e II são verdadeiras.
c) Apenas I e III são verdadeiras.
d) Apenas II e III são verdadeiras.
e) Todas são verdadeiras.
5. Há uma diferença entre população e povoamento. Um país pode ser populoso e não ser
densamente povoado. A respeito do Brasil pode-se dizer que:
a) É o quinto país mais populoso e mais povoado do mundo.
b) É o mais populoso e o mais povoado do continente americano.
c) Em densidade demográfica, só perde para a China e a Índia.
d) Apesar de ser o quinto país mais populoso do mundo, é relativamente pouco povoado
por ter uma grande área territorial.
e) É o país mais populoso e o mais povoado da América Latina.
10. Complete:
a) População é o número real de habitantes de um lugar (país,
cidade, região etc.).
b) A migração é o deslocamento de pessoas das metrópoles
em direção às cidades médias do interior.
c) ou é a duração média, em
anos, da vida humana.
d) A caracteriza o estudo das populações humanas.
Questão desafio:
12. Que informações podem ser deduzidas do fato de um país apresentar uma forte concen-
tração da PEA no setor primário? E quando a PEA está concentrada nos setores secundários
e terciários, o que podemos inferir?
1
1960
1970
1980
1990
2000
2010
2020
1950
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CAPÍTULO 2
A Sociedade
Humana
Neste capítulo, perceberemos o papel do trabalho humano na natureza e na constituição
de sistemas produtivos e nas relações de trabalho. Veremos a existência de diferentes maneiras
de o homem se organizar e produzir no espaço. O capitalismo é essencial para analisarmos as
modificações do trabalho humano durante o processo histórico. A capacidade de comparar as
diferentes culturas e o reconhecimento de conceitos básicos associados à sociedade são peças
fundamentais para compreendermos os processos que conduzem a produção.
Povo: é o conjunto de pessoas que se identificam pela língua, pelos costumes, pe-
las tradições e por uma história em comum, como os judeus, os ciganos etc.
Existem povos que chamam a si próprios de nações e almejam alcançar sua independên-
cia, como por exemplo:
os tibetanos, dominados pela China;
os curdos, que se espalham por trechos do Iraque, do Irã e da Turquia;
os bascos, que ocupam uma área na fronteira da Espanha com a França.
Eles podem vir a tornar-se países ou Estados-nações, mas, por enquanto, são povos opri-
midos ou dominados, que vivem num território sob o controle de outros povos.
Raça: “São populações mais ou menos isoladas, que diferem de outras populações da
mesma espécie pela freqüência de características hereditárias”.
O termo “raça” indica, de modo geral, grupos de pessoas que têm características físicas
em comum: cor da pele, estatura, estrutura craniana etc. Às vezes, a essas particularidades
objetivas são associadas supostas características morais e psicológicas. Esse falso precedente
é utilizado para considerar algumas raças superiores e outras inferiores, justificando o domínio
de uma raça sobre outra. É nisso que se apóia o racismo.
Como abordado no texto, somos todos iguais, porque pertencemos à raça “humana”.
O que nos difere é a cor da pele, cabelos etc. Quais são as formas de manifestações do
racismo?
RACISMO NO BRASIL
Proibido por lei (constitui crime imprescritível e inafiançável), o racismo no Brasil apresenta-
se sob a forma de preconceitos dirigidos especialmente contra negros, índios e nordestinos.
As manifestações de racismo apresentam-se de forma sutil e disfarçada. Por exemplo, pela
lei, os negros têm direitos a freqüentar todos os lugares, mas há poucos negros em lugares
luxuosos e privados; aos índios foram reservadas áreas especiais, em seu habitat, mas suas
terras são freqüentemente invadidas e eles são assassinados. Os nordestinos, em busca de
trabalho, migram para outras regiões e são ridicularizados e maltratados por alguns, que os
consideram como seres inferiores. No território brasileiro convivem diferentes grupos sociais,
com características étnicas e culturais distintas, permeadas por grandes desigualdades socio-
econômicas. Vivemos num país cheio de contradições, no qual ainda encontramos relações
sociais discriminatórias, aliadas a práticas excludentes, gerando injustiça social e violência.
O trabalho compulsório do indígena foi usado em diferentes regiões do Brasil até meados
do século XVIII. A caça ao índio foi um negócio local e os ganhos obtidos com sua venda per-
maneciam nas mãos dos colonos, sem lucros para Portugal. Por isso, a escravização do nativo
brasileiro foi gradativamente desestimulada pela metrópole e substituída pela escravidão ne-
gra. O tráfico negreiro foi um dos mais vantajosos negócios do comércio colonial e seus lucros
foram canalizados para o reino. A primeira leva de escravos negros que chegou ao Brasil veio
da Guiné, na expedição de Martim Afonso de Souza, em 1530. A partir de 1559, o comércio
negreiro se intensificou. A Coroa portuguesa autorizou cada senhor de engenho a comprar
até 120 escravos por ano. Sudaneses foram levados para a Bahia e bantus espalharam-se pelo
Maranhão, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo.
Contam crônicas da escravidão que as fileiras de negros que vinham do interior da África
chegavam aos entrepostos da costa sempre desfalcadas, principalmente pelo suicídio. Durante
a espera dos brigues, muitos morriam de cólera ou de tristeza. Em viagem, no porão do navio,
uns enlouqueciam, outros deixam-se morrer de fome e de sede. Considerados “mercadorias”
eram tratados como animais. Os escravos brasileiros recebiam castigos aviltantes e desumanos.
Nas fazendas, o tronco era um dos instrumentos de tortura mais utilizados.
PARA REFLETIR
Numa tarde ensolarada do dia 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinou a Lei
Áurea, ou mais precisamente, a Lei nº 3.357. O engodo oficial deixou cerca de 700 mil ex-
escravos na rua da amargura. Como assinala o sociólogo José de Sousa Martins, a “noção
de liberdade que comandou a Abolição foi a noção compartilhada pela burguesia e não a
noção de liberdade que tinha sentido para o escravo. Por isso, o escravo libertado caiu na
indigência e na degradação, porque o que importava salvar não era a pessoa do cativo,
mas sim o capital. Foi o fazendeiro quem se liberou do escravo e não o escravo quem se
liberou do fazendeiro”
(Saga, Pág. 189).
Sabemos que o Brasil é um país que possui uma grande diversidade cultural e nós,
brasileiros, nos sentimos muito orgulhosos por todos os que por aqui passaram. Mas
sabemos que, infelizmente, muitos povos sofreram muito, como, por exemplo, os negros,
com o tráfico negreiro, e os indígenas, que hoje fazem parte de uma minoria étnica em
nosso país. Como os índios, que são os verdadeiros “donos” destas terras, estão
cada vez mais em números reduzidos? O que explica tal situação?
Sabe, a história dos índios brasileiros não é diferente da história das outras mi-
norias étnicas. Com a chegada do homem branco, os índios viram suas terras
invadidas ao mesmo tempo em que os europeus caçavam e escravizavam seus
primeiros ocupantes. Além disso, a desagregação da vida tribal dos índios se fez
com a introdução, pelos brancos, de novos valores (como o cristianismo) e costumes
(como a prática de relações comerciais baseadas no dinheiro, o alcoolismo e a prostituição).
Nessas condições, desde o período colonial, as poucas e esporádicas leis de proteção aos
índios – por exemplo, as decretadas pelo Marques de Pombal, em 1785 – foram ineficazes
para impedir o desaparecimento gradativo das tribos. Somente em 1910, com a criação do
Serviço de Proteção ao Índio (SPI), pelo Marechal Cândido Rondon, os índios tiveram, pela
primeira vez, seus direitos de posse de terra reconhecidos e o respeito aos seus costumes.
Mas o fracasso dessa política e a pressão dos interesses econômicos levaram ao abandono o
Serviço de Proteção ao Índio, ocorrendo a criação, em 1967, da Fundação Nacional do Índio
(FUNAI), instituição baseada no respeito às tribos como povos independentes, que garantia
aos índios a posse de suas terras. Como resultado, foi instituído, a partir de 1973, o Estatuto do
Índio, que visava legalizar sua situação jurídica, mas que, na verdade, o considerava incapaz
de gerir seu próprio destino, devendo, por isso, ser tutelado pelo Estado. O índio passou a ser
definido como: “todo indivíduo de origem e ascendência pré-colombiana que se identifica e
é identificado como pertencente ao grupo étnico, cujas características culturais o distinguem
da sociedade nacional”.
Em outras palavras, ele passou a ser visto apenas como minoria, um grupo étnico diferente
e à parte do restante do povo brasileiro.
Em decorrência, surgiram, à margem das estradas, as agrovilas, garimpos e grandes pro-
jetos de mineração, dando início ao processo de destruição da Amazônia e à eliminação do
que restava da cultura indígena. Nos anos 80, essa situação atraiu a atenção mundial que
começou a pressionar o governo brasileiro, chegando a negar-lhe o financiamento de obras
em áreas indígenas. A FUNAI deu início, então, à demarcação das reservas indígenas, apesar da
resistência de fazendeiros, garimpeiros e empresas de mineração. Mas, na prática, a dizimação
dos índios continua e os silvícolas, que foram senhores absolutos de suas terras, necessitam,
hoje, para sobreviver, da tutela do Estado.
Estima-se a existência de cerca de 200 sociedades indígenas no Brasil. O número exato
não pode ser estabelecido, pois existem grupos indígenas que vivem de forma autônoma,
não mantendo contato regular com a sociedade nacional.
9.529
62.730 sudeste 27.942
centro-oeste sul
59.491
nordeste
165.457
norte
CURIOSIDADE
Roraima é o Estado com a maior população indígena do país. A cultura e os hábitos
indígenas têm perdido muito com a influência dos meios de comunicação modernos. As
malocas preferem uma antena parabólica que lhe garanta os programas diários de televi-
são. O rádio tem enorme audiência entre os índios. Gostam muito de um rádio a pilha. E
não há maloca, com exceção das Ianomâmi, que não se pratique o futebol. Todos os índios
que habitam Roraima têm uma semelhança muito forte com os povos asiáticos (japoneses,
vietnamitas, coreanos etc).
A SOCIEDADE MODERNA
Para retirar seu sustento e construir seu abrigo, os grupos sociais atuam sobre a natureza,
utilizando instrumentos e processos de trabalho que formam um conjunto a que chamamos
de meios de produção. O conjunto dos meios de produção é determinado pela sociedade, pois
corresponde a seu nível de evolução no conhecimento científico e tecnológico, mais atrasado
ou mais avançado, a que podemos denominar de forças produtivas para o trabalho social.
O marco histórico das relações constantes e definitivas entre sociedades foi a expansão da
sociedade moderna capitalista. Esse tipo de sociedade tem no rompimento dos isolamentos
geográficos um dos seus principais aspectos constitutivos. Seu poderoso e rápido avanço
mundial ocasionou (e tem ocasionado) choques econômicos e de valores culturais com as
sociedades que não eram (são) modernas, que têm seus destinos moldados pelo modo como
enfrentam e absorvem essa “modernização” capitalista.
Além disso, dentro da própria indústria a divisão do trabalho ampliou. Com a utilização
das máquinas e a necessidade de aumentar cada vez mais a produção para gerar mais lucros
em dinheiro, era preciso dividir as tarefas entre os trabalhadores. Cada trabalhador tornou-se
responsável pela fabricação de parte do produto. Por exemplo: numa indústria de sapatos,
alguns trabalhadores cortam o couro, outras dão forma ao sapato, outros colocam os cordões
para amarrar etc. Assim, o trabalhador se especializou em realizar apenas uma parte da pro-
dução. Não era o que ocorria com o artesão: na medida em que produzia um par de sapatos,
por exemplo, ele realizava todo o trabalho.
Até o início do século XX, era possível analisar a oposição de duas classes sociais: a bur-
guesia, detentora do capital, e o proletariado, formado pelos trabalhadores. Cada vez mais,
porém, as transformações econômicas, sociais, tecnológicas e o aprofundamento da divisão
social do trabalho têm inserido elementos novos na sociedade capitalista, de modo que hoje
é preciso considerar fatores como o surgimento de novas atividades e novas práticas profis-
sionais necessárias para atender às exigências de um mercado cada vez mais diversificado.
MEIOS DE PRODUÇÃO
O conjunto dinâmico formado pelas forças produtivas e pelas relações sociais de produção
define o que conhecemos como estrutura socioeconômica. O grau de desenvolvimento das
forças produtivas sociais é fundamental para o relacionamento entre sociedade e natureza.
Tomemos um exemplo muito simples: uma árvore. Para uma sociedade extrativista, que vive
de caça, pesca e coleta, uma árvore pode ser fonte de sombra, frutos, seiva e lenha. Para uma
comunidade agrícola, que conhece o processo de carbonização da lenha e de construção com
madeira, uma árvore pode ser, além do já citado, uma fonte de carvão vegetal e matéria-prima
para a construção de abrigo.
A História do Capitalismo
O capitalismo teve início na Europa. Suas características aparecem desde a Baixa Idade
Média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida econômica, social e política
dos feudos para a cidade. O feudalismo passava por uma grave crise decorrente da catástro-
fe demográfica causada pela Peste Negra, que dizimou 40% da população européia, e pela
fome que assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas Cruzadas (do século XI ao XII),
a Europa passou por um intenso desenvolvimento urbano e comercial, e, conseqüentemente,
as relações de produção capitalistas se multiplicaram, minando as bases do feudalismo. Na
Idade Moderna, os reis expandiram seu poderio econômico e político através do mercantilismo
e do absolutismo. Com o absolutismo e com o mercantilismo, o Estado passou a controlar a
economia e a buscar colônias para adquirir metais (metalismo) através da exploração para
garantir o enriquecimento da metrópole. Esse enriquecimento favoreceu a burguesia – classe
que detinha os meios de produção – que passou a contestar o poder do rei, resultando na
crise do sistema absolutista. E com as revoluções burguesas, como a Revolução Francesa e a
Revolução Inglesa, estava garantido o triunfo do capitalismo.
A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, teve início um
processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital.
Na Europa Ocidental, a burguesia assumiu o controle econômico e político. As sociedades
foram superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de
nascimento) e a força do capital se impôs.
4. Por que não é correto falar em “raça brasileira” e por que não é adequado usar o termo
“raça” para designar as inúmeras etnias formadoras da população brasileira?
6. Sobre o modo de produção capitalista, é correto afirmar que sua base econômica:
I – Está nas mãos do Estado, que determina a distribuição dos bens produzidos.
II – É a propriedade social dos meios de produção.
III – Está em poder de uma minoria, que detém os meios de produção.
IV – Está em poder da maioria, que explora os meios de produção.
V – É a propriedade privada dos meios de produção.
Assinale:
a) Se apenas as afirmativas I, II e IV forem verdadeiras.
b) Se apenas as afirmativas III, IV e V forem verdadeiras.
c) Se apenas as afirmativas III e V forem verdadeiras.
d) Se apenas as afirmativas II e IV forem verdadeiras.
e) Se todas as afirmativas forem verdadeiras.
8. Complete:
a) é o conjunto de pessoas existentes num determinado
lugar, ou que vivem nesse lugar, e que compram e vendem produtos, mercadorias e
serviços.
b) Para retirar seu sustento e construir seu abrigo, os grupos sociais atuam sobre a natu-
reza, utilizando instrumentos e processos de trabalho que formam um conjunto que
chamamos de .
c) instituição baseada no respeito às tribos como povos in-
dependentes, que garantia aos índios a posse de suas terras.
d) Existem povos, como os curdos e os bascos, que lutam pela sua independência, são
oprimidos ou dominados, e vivem num território sob o controle de outros povos, por-
tanto, sem constituir um .
QUESTÃO DESAFIO
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CAPÍTULO 3
O Espaço Urbano-
Industrial
Neste capítulo veremos os critérios utilizados para conceituar a urbanização e a tendência
mundial do aumento da população nas áreas urbanas. Os conceitos urbanos serão determinados
para que posamos fazer uma análise reflexiva sobre o assunto. Conheceremos os motivos que
levaram ao processo industrial e a sua influência direta no processo urbano. Analisaremos a
Revolução Industrial em seus mais diversos aspectos, principalmente o reflexo da industrialização
no espaço geográfico, tanto no âmbito positivo quanto no negativo.
A ATIVIDADE URBANO-INDUSTRIAL
As sociedades ao longo da história passaram por muitas transformações no aspecto social,
cultural, político, econômico, etc. Depois de ver tantas transformações no aspecto geográfico,
agora analisaremos as modificações nas cidades. Não podemos deixar de salientar que essas
transformações não aconteceram isoladamente e que vários fatores influenciaram em tais
modificações. Assim, vamos destacar o processo da Revolução Industrial, que ainda reflete
no crescimento urbano.
A FASE INDUSTRIAL
Segundo o dicionário Aurélio, indústria é a conjugação do trabalho e do capital para
transformar a matéria-prima em bens de produção e consumo.
O comércio deixou de ser a essência do sistema, cedendo lugar para a produção fabril.
O lucro advinha da produção de mercadorias e da exploração da classe trabalhadora que
enfrentava jornadas excedentes de trabalho, sem que essa riqueza adicional melhorasse as
condições de vida.
O trabalho assalariado passou a ser uma relação tipicamente capitalista, pois, ao contrário
do escravo, o trabalhador assalariado possuía renda para o consumo. O Capitalismo, além de
acumular o excedente da riqueza produzida pelo trabalhador, tinha a garantia de que, ao
consumir, o trabalhador mantinha o sistema em pleno funcionamento.
A industrialização foi um fenômeno que se expandiu do Reino Unido (Inglaterra) para
outros lugares da Europa como a França, a Alemanha, a Bélgica, a Itália, a Rússia, os EUA e,
de forma incipiente, para o Japão até o início do século XX. Nos países subdesenvolvidos, a
industrialização propagou-se a partir da segunda metade do século XX.
Urbanização
Apesar do processo de urbanização ter se iniciado com a Revolução Industrial, foi até me-
ados do século XX um fenômeno relativamente lento e relacionado aos países que primeiro
se industrializaram, os chamados países desenvolvidos. Após a Segunda Guerra Mundial, esse
fenômeno foi concluído nos países desenvolvidos e iniciado de maneira avassaladora em
muitos países subdesenvolvidos, notadamente na maioria dos países latino-americanos e em
muitos países asiáticos. O continente africano até hoje é muito pouco urbanizado, ainda que
o processo já tenha se iniciado em alguns países.
A partir desses dados, é possível perceber que há dois conjuntos básicos de fatores que
condicionam a urbanização, ou seja, a transferência de população, ao longo da história, do
campo para a cidade: os atrativos, que atraem populações para as cidades, e os repulsivos,
que as repelem do campo.
EXPANSÃO URBANA
O crescimento das cidades trouxe, como conseqüência, novas formas de aglomerações
urbanas. Para uma melhor compreensão do assunto, vamos analisar as definições abaixo:
Conurbação: é a fusão espontânea de duas ou mais cidades próximas por meio da ex-
pansão de seus sítios urbanos.
Ex: Região do ABCD em São Paulo
População
Maiores Regiões Metropolitanas Cidades conurbadas
total
Grande São Paulo 38 17 091 863
Grande Rio de Janeiro 13 10 367 169
Grande Belo Horizonte 18 3 962 474
Grande Porto Alegre 22 3 342 177
Grande Recife 12 3 166 191
Grande Salvador 10 2 801 799
Grande Fortaleza 8 2 707 842
Grande Curitiba 14 2 571 119
Grande Belém 2 1 656 932
Metrópole: designa grandes cidades que oferecem uma enorme quantidade de ser-
viços ou funções (comércio, saúde, educação, lazer etc.).
Metrópole regional: é a cidade que comanda uma grande área além dos seus limites
estaduais, envolvendo diversas capitais regionais e suas áreas de influência. Há no país
11 cidades que têm essa categoria: Manaus (AM), Belém (PA), Fortaleza (CE), Recife (PE),
Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR),
Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO).
Metrópole nacional: é a cidade que comanda toda a rede urbana do país, envolvendo
esferas de influência de várias metrópoles regionais. No Brasil, há duas cidades com
esse porte: São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
Centro regional: é a cidade que “comanda” um certo número de outras cidades à sua
volta. Como exemplo, temos as cidades de Itumbiara (GO), Ilhéus (BA) e Marabá (PA).
Megalópole: pode ser definida como uma conurbação de metrópoles (áreas urbani-
zadas). Corresponde às mais importantes e maiores aglomerações urbanas da atuali-
dade.
Ex: Megalópole brasileira ao longo do eixo metropolitano São Paulo–Rio de Janeiro
OS SETORES DA ECONOMIA
É através das atividades, ou setores da economia, que a comunidade onde você mora e
toda a sociedade obtêm os produtos e serviços necessários.
Vamos lembrar o que vimos no capítulo 1 sobre os setores da economia:
Setor ou atividade primária: abrange as atividades e as pessoas que trabalham na agri-
cultura, pecuária, silvicultura, extrativismo vegetal e mineral, caça e pesca.
Setor ou atividade secundária: envolve as atividades e as pessoas que trabalham na
indústria, na construção civil (casas, prédios, pontes etc).
Setor ou atividade terciária: concentra as atividades e as pessoas que trabalham na
prestação de serviços: bancários, comerciários, comerciantes, funcionários públicos,
professores, motoristas, profissionais liberais (médicos, dentistas, advogados, arquitetos)
etc.
O setor quaternário: engloba os serviços mais sofisticados, que exigem profissionais
especializados (pesquisas, informática, robótica, aeroespacial etc).
Existe uma interdependência entre as atividades econômicas. O campo não vive sem a
cidade, pois é ela quem fornece máquinas e equipamentos, e a cidade não vive sem o campo,
pois ele é a fonte de alimento para a população.
Bóias frias no
município de
Ituverava (S.P).
1. A Indústria Moderna surgiu com a Revolução Industrial (segunda metade do século XVIII
e século XIX) e predomina em nossos dias. Representou uma verdadeira revolução, num
amplo processo de mudanças econômicas e sociais que transformou a sociedade inglesa,
espelhando-se posteriormente por várias partes do mundo. Cite algumas conseqüências
da Revolução Industrial:
b) Planejadas:
5. A rede urbana brasileira é constituída por várias cidades ligadas de maneira hierárquica
ente si, isto é, umas são mais influentes sobre as outras, e assim por diante.
Sobre o sistema urbano brasileiro, assinale a alternativa correta.
a) Dentro da hierarquia urbana, existem cidades que, devido à sua importância, são co-
nhecidas como metrópoles nacionais. A metrópole nacional, em função do seu alto
grau hierárquico, é a capital administrativa do país.
b) Toda capital de estado no Brasil é uma metrópole regional, mas nem toda metrópole
regional é capital de um estado brasileiro.
c) O Brasil possui duas metrópoles nacionais: Rio de Janeiro e São Paulo, que, por sua
importância, polarizam o país inteiro.
d) São Paulo é uma verdadeira megalópole, isto é, uma cidade maior do que uma metró-
pole. Além disso, é a maior megalópole brasileira.
6. Identifique a fase em que não havia divisão do trabalho, pois o próprio trabalhador tam-
bém era o dono dos meios de produção. Também não havia divisão técnica do trabalho,
pois o trabalhador executava todas as tarefas da produção.
10. A região influenciada por uma metrópole integrada a uma série de municípios vizi-
nhos:
12. “Hoje, há quase 3 bilhões de pessoas vivendo em cidades. Dentro de 25 anos serão 5
bilhões – mais da metade da humanidade. A população urbana está crescendo muito e
criando problemas de difícil administração. Pior: está crescendo mais e mais rapidamente
em países pobres, sem dinheiro para investir em melhoramentos essenciais.”
(Revista Veja. N. 30. 28/07/1999)
Assinale a alternativa correta:
a) O processo de urbanização no Brasil se acentuou a partir da década de 70, sendo alta-
mente excludente.
b) À medida que a infra-estrutura de transporte e comunicações foi se expandindo em
nosso país, todas as regiões alcançaram igual índice de urbanização.
c) Metrópoles nacionais como São Paulo e Rio de Janeiro, a partir das décadas de 80 e 90,
passaram a apresentar maiores índices de crescimento populacional.
d) O subemprego hoje existente nas cidades é um reflexo da ineficiente e desajustada
rede de comunicações entre a zona rural e a cidade.
13. A capacidade de maior ou menor influência de uma cidade depende não apenas do
número de habitantes, mas, principalmente, do dinamismo econômico da área onde se
localiza e do equipamento urbano que possui. Quando seus limites se confundem com
os de cidades vizinhas, denomina-se:
a) inchaço urbano.
14. Nos últimos censos, o IBGE constatou que a participação da população urbana, no total
da população brasileira, atingia níveis próximos aos dos países desenvolvidos.
Esse fato está relacionado à (ao):
a) redução do espaço urbano.
b) aumento vegetativo da população.
c) ao movimento urbano-rural.
d) crescimento industrial e à migração campo-cidade.
QUESTÃO DESAFIO
15. Há vários fatores responsáveis pela redução da taxa de natalidade brasileira, princi-
palmente quando se trata das áreas urbanas. Faça uma pesquisa e indique dois fatores
explicando como eles influenciam na queda da taxa de natalidade:
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CAPÍTULO 4
O Espaço Agrário
Neste capítulo veremos a agropecuária e quais os elementos que influenciam na produção
e na distribuição dos produtos agrícolas e pecuários. Para uma análise reflexiva, abordaremos
exemplos da produção agropecuária nos países desenvolvidos e nos países subdesenvolvidos, e
os investimentos na área da biotecnologia e nos transgênicos. Para compreendermos os assuntos
abordados, estudaremos os diferentes sistemas agrícolas. A reforma agrária será analisada para
que possamos verificar a importância do investimento em tal processo e o reflexo benéfico
no aspecto econômico e social. Constataremos também a relação do campo com a cidade, as
necessidades mútuas que existem e o reflexo delas na tecnologia e em empreendimentos, bem
como a diversidade de apropriação da natureza.
A palavra tem origem latina e significa “cultivo dos campos.” A prática agrícola, ao que
tudo indica, começou há cerca de 10.000 anos, em algum lugar do Oriente Médio, incluindo
tanto o cultivo de sementes quanto a criação de animais. Até hoje vem sendo a forma mais
utilizada no suprimento de necessidades humanas básicas, pois serve para a alimentação,
vestuário, energia e desenvolvimento tecnológico.
A agricultura compreende a cultura de espécimes vegetais, destinada ou não para
a alimentação humana. É uma área com grande evolução e, atualmente, dependente dos
avanços da tecnologia e das ciências biológicas.
Os primeiros grãos cultivados foram o trigo, a aveia, o centeio e a cevada. Entre os legu-
mes: a ervilha, a lentilha e o grão-de-bico. Uvas, maçãs, pêras, cerejas e figos foram alguns dos
cultivos de frutos pioneiros entre os homens, enquanto alces, cachorros e gazelas marcaram
as primeiras criações domésticas. A criação de animais como ovelhas, gado e porcos começou
mais tarde.
Para entender o processo agrícola, já que ele passou por inúmeras transformações, e para
compreender a economia de alguns países voltados a esse tipo de produção, devemos dife-
renciar agricultura intensiva de agricultura extensiva, levando em consideração três fatores:
o trabalho, a terra e o capital.
Agricultura intensiva: quando há predomínio de investimentos de capital: dinheiro
empregado em salários, máquinas e produtos químicos (fertilizantes e agrotóxicos).
Neste sistema de cultivo agrícola, as áreas apresentam alto custo da terra, baseia-se na
aplicação intensiva de trabalho, capital e tecnologia, no sentido de obter alta produti-
vidade e maior rentabilidade do solo.
Tratando-se da estrutura fundiária desses países, todos eles passaram, de uma forma ou
de outra, por um processo de reforma agrária que permitiu às famílias o acesso à terra. Em
geral, o recebimento de terras foi acompanhado por um apoio técnico e financeiro por parte
do governo, Além disso, o próprio desenvolvimento econômico, que trouxe oportunidades de
trabalho nas cidades, o baixo crescimento populacional e o sistema previdenciário também
contribuíram para que o problema fundiário nesses países se transformasse numa questão
menor.
res investimentos em pesquisas tecno-científicas. Isso nos permite afirmar que os países ou
regiões onde a economia tem por base a produção agrícola são os que passam por maiores
dificuldades econômicas e, por conseguinte, são os países onde a maioria de sua população
tem problemas (graves muitas vezes) de desnutrição ou subnutrição.
Outro problema dos países subdesenvolvidos está relacionado à estrutura fundiária, uma
herança negativa do colonialismo. O modelo agrícola de exportação baseado na monocul-
tura e limitado a determinados produtos de demanda externa apóia-se na concentração da
propriedade rural.
A história de várias rebeliões e revoluções populares tiveram como lema a reforma agrá-
ria. A necessidade de reformas agrícolas e de redistribuição da propriedade rural é um tema
crucial nos países subdesenvolvidos.
Sempre ouvi falar da reforma agrária. Por que os governantes dos países
subdesenvolvidos, como o Brasil, não distribuem as terras para os agricultores
produzirem, incentivando assim a reforma agrária?
PARA REFLETIR
(...) Uma parte dos sem-terra pode-se dizer que é, literalmente, desterrada. É o tipo
que predomina na Região Norte, onde quase todo mundo é recém-chegado – veio depois
dos anos 70, época em que “ocupar o vazio da Amazônia” era divisa governamental. An-
tônio Galdino Queiroz, de 57 anos, é desses que engrossaram a romaria ao nada. Expulso
da terra de origem, o Maranhão, pela seca de 1984, foi atrás do ouro do Pará. A maioria
dos companheiros de Galdino na Pastorisa também viu evanescer a miragem do Eldorado
em meio à floresta. Com orgulho, o maranhense ainda exibe a carteira de garimpeiro de
Serra Pelada, seu único emprego. “Mas foram só 33 gramas em seis meses de trabalho nos
barrancos. Além disso, tinha de pagar 2% do que achava ao dono do barranco. Saí.” Terra
própria nunca teve. Casado, pai de três filhos naturais e um adotivo, o analfabeto Galdino
já não sabe quantas vezes pegou malária. Junto à “companheirada” miserável, ele ergue
a foice e grita, já do lado de dentro das cercas da fazenda: “Terra que boi come, os hômi
passa fome”.
Arquivo Veja – 16 de abril de 1997
A Agricultura Moderna
É a agropecuária praticada em geral por grandes e médios produtores que empregam
as mais modernas técnicas de cultivo e produção, utilizando todos os insumos necessários.
Apresenta acompanhamento técnico especializado para todas as fases do trabalho, até que
o produto chegue ao mercado. O manejo é adequado para que se obtenha uma boa pro-
dutividade e as relações sociais de produção são sempre assalariadas, com a utilização de
empregados permanentes e temporários.
É praticada, principalmente, nos países desenvolvidos e em certas áreas de países subde-
senvolvidos. Suas principais características são:
Grande mecanização (uso de máquinas e tratores);
Utilização de adubos em larga escala;
Combate à erosão e às pragas;
Seleção de sementes e mudas;
Depósitos (silos) para armazenamento de cereais;
Grande produção destinada ao mercado interno e externo;
Organização empresarial, isto é, a agricultura é organizada como uma empresa moderna,
capitalista;
Trabalho assalariado;
Grandes extensões de terras ou propriedades e com forte tendência à crescente con-
centração das terras.
A agricultura moderna utiliza, em larga escala, fertilizantes químicos para adubar o solo,
agrotóxicos e inseticidas para matar pragas que atacam as plantações.
Desde há algum tempo, esses procedimentos vêm sendo debatidos e questionados por
especialistas no assunto, afirmando que causam danos à natureza, além de contaminarem o
próprio ser humano, que depende da natureza para se alimentar e manter a vida. Praticamente
não existe, atualmente, um alimento que não traga em sua composição elementos químicos
derivados da utilização de inseticidas e agrotóxicos. Nossos alimentos estão, infelizmente,
contaminados por esse uso generalizado de substâncias químicas nocivas à saúde humana e
dos animais, ao solo e aos vegetais.
Assim, verifica-se que o principal impacto que pode ocorrer num ecossistema agrícola é
a proliferação de insetos que, sem seu predador natural, tornam-se verdadeiras pragas. Ao
combatê-los com pesticidas, muitas espécies resistentes proliferam, exigindo cada vez mais
a utilização de venenos que, por sua vez, contaminam os solos e as águas, matando espécies
que são importantes para manter o equilíbrio dos variados ecossistemas. O uso continuado de
agrotóxicos matando microorganismos, empobrece os solos, exigindo maiores quantidades
de fertilizantes. Além disso, outro impacto muito comum na agricultura é a aceleração do
processo erosivo, com a perda de toneladas de terras agricultáveis todos os anos.
Depois da industrialização ter transformado as cidades, agora é o campo que está pas-
sando por um forte processo de transformação tecnológica. A grande competitividade entre
os ramos ligados ao agronegócio transformou aquela antiga paisagem rural num grande
centro de pesquisas ligadas à produção agropecuária. A necessidade crescente de produção
em larga escala obrigou os grandes e pequenos fazendeiros a se modernizarem sob pena de
desaparecerem caso não aconteça a modernização do campo. Como resultado, vemos fazendas
se transformando em pólos de pesquisas ligados a universidades que estudam desde enge-
nharia genética até os impactos ambientais da industrialização do campo. Vemos fazendeiros
ansiosos por tomar uma fatia do lucrativo mercado do agronegócio investindo pesadamente
em engenharia genética, se esforçando por transformar aquela nossa antiga visão do campo
como o oposto da civilização e da tecnologia.
CURIOSIDADE
Há muitos anos tem sido feito melhoramento genético de animais e vegetais e vários
alimentos que hoje conhecemos eram bem diferentes; por exemplo, o nosso suculento
tomate era originalmente do tamanho de uma bola de gude. A agropecuária tradicional
utiliza uma série de produtos químicos, como pesticidas, hormônios de crescimento e
antibióticos, para aumentar a produção. Esse desenvolvimento proporcionou alimentos a
uma grande parcela da população. No entanto, quase 1 bilhão de pessoas, 16% da popu-
lação mundial, está passando fome. E esse número tende a aumentar: em 2050, cerca de
4,2 bilhões estarão famintos. Se nada mudar no manejo de produção de alimentos, como
alimentar essa crescente população?
(Jornal da ANBIO – Associação Nacional de Biossegurança – RJ – ano 2 - Número 8 – setembro de 2002)
Dos avanços conquistados pela produção de alimentos nos últimos anos, os mais extra-
ordinários foram obtidos no campo da engenharia genética. Na agricultura, a biotecnologia
criou milho, batata, tomate, frutas e outras plantas, além das inúmeras variedades de soja.
Em geral, esses organismos geneticamente modificados (OGM), ou transgênicos, toleram de-
terminados pesticidas, comercializados pelas mesmas empresas que fornecem as sementes
transgênicas. Há variedades capazes de exterminar ervas daninhas ou pragas, tolerantes a
ambientes mais secos ou mais úmidos, produzindo frutos maiores ou mais saborosos, menos
perecíveis ou com adição de vitaminas.
As Técnicas Agrícolas
A agricultura, até o século XVIII, era praticada, tanto na Inglaterra como no restante da Eu-
ropa, com métodos e instrumentos ainda bastante primitivos. A partir de então, a aristocracia
inglesa realizou um esforço sistemático de modernização da agricultura, com o objetivo de
aumentar as rendas de suas propriedades, seguindo o exemplo da burguesia que enrique-
cia com as atividades comerciais e financeiras. O impulso dado pelos grandes proprietários
contagiou toda a nação e o governo contribuiu com a construção de obras públicas como
estradas, canais e drenagem de pântanos. A partir de meados do século XVIII, com as novas
experiências e descobertas, a agricultura moderna estava implantada na Inglaterra.
Embora as primeiras cidades tenham aparecido antes de 3.500 anos a.C., o processo de
urbanização moderno teve início no século XVIII, em conseqüência da Revolução Industrial,
desencadeada primeiro na Europa e, a seguir, nas demais áreas de desenvolvimento do mundo
atual. No caso dos países subdesenvolvidos, a urbanização é um fato bem recente. Hoje, quase
metade da população mundial vive em cidades, e a tendência é aumentar cada vez mais.
A cidade subordinou o campo e estabeleceu uma divisão de trabalho em que cabe a ele
fornecer alimentos e matérias-primas a ela, recebendo, em troca, produtos industrializados,
tecnologia etc. Mas o fato de o campo ser subordinado à cidade não quer dizer que ele perdeu
sua importância, pois não podemos deixar de levar em conta que:
por não ser auto-suficiente, a sobrevivência da cidade depende do campo e
quanto maior a urbanização, maior a dependência da cidade em relação ao campo, no
tocante à necessidade de alimentos e matérias-primas agrícolas.
A urbanização acompanha a industrialização. Ao mesmo tempo que libera mão-de-obra
para as atividades urbano-industriais, a agricultura deve responder pela produção de uma
quantidade crescente de alimentos para as populações das cidades. Menos pessoas produzindo
no campo, mais pessoas consumindo nas cidades: isso só foi possível graças ao aumento da
produtividade agrícola. Um conjunto de transformações nas técnicas de cultivo conhecido
como Revolução Agrícola precedeu e preparou a Revolução Industrial.
É importante ressaltar que, a partir da Revolução Industrial, a agricultura alcançou um
estágio técnico e científico que possibilitou o aumento da produção sem a necessidade de
ampliação da área de cultivo, baseado apenas no aumento da produtividade. Essa fase ficou
conhecida como Revolução Agrícola.
Nas economias modernas, o mercado urbano (de alimentos e de matérias-primas) deter-
mina a produção agrícola. A produção rural, antes auto-suficiente, se especializa e passa, de
um lado, a atender às demandas da cidade e, de outro, a depender das cidades para o abas-
tecimento de maquinários, insumos e alimentos industrializados. A cidade, antes espaço de
consumo e circulação de excedentes da produção agrícola, se torna centro de transformação
industrial e de redistribuição da totalidade dessa produção.
A cidade se transformou no “laboratório” do processo de produção capitalista industrial.
As mudanças tecnológicas alteraram as relações espaciais entre os lugares, entre as cidades e
seus espaços produtivos. A utilização da informática, das telecomunicações e do sensoriamento
remoto (com imagens espectrais dos satélites), favoreceu a mundialização e a globalização
das relações econômicas e sociais, produzidas pela cidade industrial, o que ampliou as pos-
sibilidades de trocas, os fluxos de informações e de conhecimento.
2. Assinale V quando a alternativa for verdadeira ou F quando for falsa. Justifique quando as
alternativas forem falsas:
a) ( ) A reforma agrária é vista por vários segmentos da sociedade brasileira como uma
necessidade, face aos vários problemas sócio-econômicos do campo e da cidade.
d) ( ) O sistema de plantation é típico dos países desenvolvidos, que foram colônias eu-
ropéias. A produção baseava-se em grandes propriedades, monocultura de produtos
tropicais e na mão-de-obra escrava. Este sistema ainda persiste em países tropicais,
onde a mão-de-obra em alguns países não envolve pagamento de salário, trabalha-se
em troca de moradia e alimentação. Embora existam leis proibindo o trabalho escravo
ou semi-escravo, há lugares onde clandestinamente os trabalhadores sofrem tal ato.
4. Na agropecuária intensiva, a fertilidade natural do solo e as pastagens naturais não são tão
importantes como no sistema extensivo. A agropecuária intensiva e moderna é a prática
comum em quase todos os países desenvolvidos. Ela permite uma alta produtividade. Nos
Estados Unidos apenas 2,5% da população economicamente ativa se dedicam ao setor
primário. Entretanto, esse pequeno número de trabalhadores rurais fornece alimentos
e matéria-prima ao mercado interno e ainda permite exportações de cereais. O Brasil
importa esse trigo.
Sobre a agropecuária intensiva, utilizam-se:
Assinale com um X as alternativas corretas:
( ) Produtividade baixa.
( ) Fertilizantes artificiais para repor a carência de alguns nutrientes do solo.
( ) Motores e máquinas para facilitar o processo de irrigação.
( ) Uso de equipamentos e instalações modernas.
( ) Vacinação e pastagens artificiais.
a) T
b) R
c) A
d) T
e) O
f) R
g) E
h) S
6. Complete:
a) Por não ser auto-suficiente, a sobrevivência da cidade depende do .
b) Quanto maior a urbanização maior a dependência da em relação
ao campo, no tocante à necessidade de alimentos e agrícolas.
c) A história de várias rebeliões e revoluções populares tiveram como lema a
A necessidade de reformas agrícolas e de redistribuição da pro-
priedade rural é um tema crucial aos países .
d) Os primeiros grãos cultivados foram o , a aveia, o centeio e a
. Entre os legumes: a ervilha, a lentilha e o ___________________
_____. Uvas, maçãs, pêras, cerejas e foram alguns dos cultivos de
frutos pioneiros entre os homens.
e) Na Agricultura não existe terra. É do fluxo contínuo de água que a
planta retira os nutrientes, artificialmente disponibilizados pelo .
7. Qual das alternativas indica as palavras, pela ordem numérica crescente, que servem para
preencher os espaços vazios dos retângulos que se referem à agricultura itinerante?
quando diminui a
queimada
produtividade
implantação do
processo em outra
área
9. Os conflitos de terra que vêm acontecendo no campo brasileiro trazem à tona discussões a
respeito da Reforma Agrária, luta já antiga de alguns setores da sociedade brasileira. Nesse
sentido, quais são os critérios básicos a serem adotados na implantação de projetos de
Reforma Agrária para que se obtenham resultados positivos?
10. Pesquise sobre os transgênicos em jornais, revistas, telejornais. Converse com parentes,
amigos, a comunidade de modo geral e verifique os pontos positivos e negativos sobre
os transgênicos. Faça as anotações gerais e discuta em sala de aula a que conclusões você
e seus colegas chegaram:
QUESTÃO DESAFIO
11. O cultivo de cereais exemplifica as exigências da produção agrícola no que diz respeito
ao uso de insumos, principalmente de fertilizantes e defensivos químicos (pesticidas e
herbicidas).
Quem mais usa fertilizantes:
1º Japão
2º Reino Unido
3º Rússia
4º China
5º Brasil
6º E.U.A.
7º Nigéria
8º Índia
Sabe-se que a modernização da agricultura se realiza em escala mundial. Explique por que
a modernização tornou a agricultura uma prática de degradação dos chamados recursos
renováveis (água, solos) e de consumo dos recursos não renováveis (minerais).
sugestão de sites
• www.embrapa.com.br
• www.incra.com.br
• www.ibge.com.br
sugestão de filme
RECAPITULANDO
11. 1, 3, 2, 3, 1, 3, 3, 3, 2, 3
GABARITO
12. Quando o PEA se concentra no setor pri-
mário, podemos deduzir que o país apresen-
Capítulo 1 ta uma grande dependência das atividades
pág. 20 primárias e que elas apresentam um baixo
nível de mecanização. No segundo caso, o
1. Migrações internas são os deslocamentos país apresenta uma expressiva economia
que se verificam no interior de um mesmo urbano-industrial.
país, a exemplo das migrações inter-regio-
nais, quando a população se desloca de 13.
uma região para outra, ou do êxodo rural, a) a urbanização da população brasileira e a
quando a população se desloca do campo adoção de novos procedimentos quanto
para a cidade. à natalidade; o fácil acesso aos métodos
anticoncepcionais; a difusão das informa-
2. Populoso: quando uma região apresenta ções graças aos meios de comunicação;
uma população absolta com um número a participação da mulher no mercado de
bastante significativo. trabalho; os padrões de modernização da
Povoado: quando uma região apresenta sociedade.
uma densidade demográfica bastante ex- b) a diminuição da taxa de crescimento de-
pressiva. mográfico; a diminuição do percentual
Exemplos a critério do aluno de jovens (com menos de 15 anos). Em
1960, esse grupo de idade representava
3. b 42% da população total; em 2000, apro-
ximadamente 30%; aumento do per-
4. c centual de adultos (15 a 59 anos) que,
em 2000, chegou a 62% da população
5. d total; aumento percentual significativo
do contingente com idade acima de 50
6. d anos (em 2000, aproximadamente 9% da
população total).
7. a
8. a Capítulo 2
pág. 38
9. c
6. c 4. e
7. A critério do aluno 5. c
8. 6. Fase artesanal.
a) mercado
b) meios de produção 7. Indústria.
c) Fundação Nacional do Índio (FUNAI)
d) País ou Estado-nação 8. Devido à Revolução Industrial.
Capítulo 3 12. a
pág. 55 13. c
1. Maior utilização de matéria-prima, energia,
mão-de-obra, mercados de consumo; pro- 14. d
15. Os índices satisfatórios de urbanização e de saúde são dois fatores que contribuem para a
redução da taxa de natalidade. A cidade proporciona às famílias melhor esclarecimento sobre
os problemas que podem ocorrer quando o número de filhos é elevado, oferecendo ainda
maior quantidade de informações e trocas de experiências entre as pessoas. É no meio urbano
que há mais facilidades de acesso à educação escolar universitária e a cursos profissionalizan-
tes. O próprio mercado de trabalho age também como um controlador da natalidade. Outro
fator fundamental para a queda da natalidade no Brasil é a prática da medicina preventiva
que orienta os indivíduos sobre o uso dos diversos tipos de preservativos e outros meios
anticoncepcionais. O Estado intervém desde a década de 1940. No entanto, as campanhas
educacionais mais intensivas começaram a partir de 1970, quando o controle de natalidade
passou a ser praticado em todo o sistema de saúde.
Capítulo 4
pág. 75
1. Com a Revolução Industrial houve uma verdadeira “Revolução Agrícola”.Muitas máquinas foram
inventadas, proporcionando um grande aumento das atividades agrárias com a mecanização
e a produção em maior escala.
3. d
4. 2, 3, 4, 5
5.
a) s u b s i s T e n c i a
b) o R g a n i c a
c) i n d i A
d) p l a n T a t i o n
e) m O d e r n a
f) a R c a i c a
g) c l o n a g E m
h) b r a S i l
6.
a) campo.
b) cidade / matérias-primas.
c) reforma agrária / subdesenvolvidos.
d) Trigo / cevada / grão-de-bico / figos.
e) Hidropônica / agricultor.
7. b
8. a
10. Pesquisa.
Referências de Imagens
Unidade 1
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