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História na Educação 1

Profª Lúcia Garcia


 Desenvolver a noção de TEMPO HISTÓRICO;
***
Abordagem tradicional:
1. apresenta como prática recorrente o desenrolar
de datas comemorativas, lembrando fatos do
passado de forma descontextualizada;
2. Destaca representantes de governos ou das elites
como responsáveis por acontecimentos passados,
referendando a Europa como centro irradiador
da História e da civilização
(homem/branco/adulto/cristão);
 Organização dos conteúdos de História e
Geografia em círculos concêntricos

Parte do próximo para o


distante;
Do simples para o complexo;
Do concreto para o abstrato.

Essa abordagem possibilita trabalhar o


espaçotempo próximo e concreto em que
os alunos estão inseridos, porém, deve
apresentar flexibilidade para a inserção
de temas pertinentes à comunidade
escolar, para evitar o perigo de uma
simplificação exagerada
 Organização dos conteúdos de História e
Geografia em círculos concêntricos

Parte do próximo para o


distante;
Do simples para o complexo;
Do concreto para o abstrato.

Minha identidade
Minha família
Minha escola
Meu bairro
Meu município
Meu estado
Meu país
O mundo
 Possibilidade do sujeito situar-se no tempo e
no espaço em que vive, conhecendo aspectos
do passado – constituidor do presente;

 Articulação da trajetória dos alunos e


professores, suas histórias de vida
(biografias) com a história social (processo
histórico, coletivo).
 Localizarem-se e organizarem-se no tempo
histórico;
 Diferenciarem e relacionarem
temporalidades;
 Identificarem referências e medições
temporais;
 Perceberem a existência de diferentes ritmos
e épocas;
 Compreenderem que o tempo é uma
CONVENÇÃO SOCIAL;
 Porque se apresenta de diversas formas na
sociedade desde épocas remotas e modula a
vida das pessoas de diferentes maneiras.
As formas de viver/sentir/pensar o
tempo, ao longo da História, não são
homogêneas, nem tampouco aparecem
iguais nos diferentes grupos sociais.

Sua compreensão varia de acordo com


as concepções de mundo
predominantes e é sempre uma
construção histórico-social.
A relação que estabelecemos
contemporaneamente com o tempo
começou a ser construída no
Ocidente após o século XVI, quando
o relógio passou a integrar-se à vida,
na torre da igreja, organizando o
tempo da cidade, no pulso das
pessoas e em cada compartimento
da casa, medindo o sono, medindo o
tempo de cozimento dos alimentos,
o tempo do banho, enfim, todos os
tempos da vida.
O pensamento quantitativo, próprio
da Ciência Moderna teve grande
influência sobre a precisão do
tempo.
O relógio como instrumento de dominação
 

Até a Revolução Industrial, o ritmo da produção baseava-se nos ciclos da


natureza – as estações do ano e as condições climáticas definiam a época
do plantio, da colheita, da engorda do gado. No sistema de artesanato
doméstico, a sucessão de dias e noites marcava os momentos de trabalho,
descanso e lazer.

A industrialização e a urbanização transformaram a relação do ser humano


com o tempo – produzir mais em menos tempo era uma exigência. O ritmo
de trabalho passou a ser determinado pela máquina, que não precisava
descansar, alimentar-se, conviver com a família. As fábricas funcionavam
dia e noite; consequentemente, os operários tiveram de acompanhar esse
ritmo.

Os capitalistas estabeleceram horários para o início e fim das jornadas de


trabalho, para as refeições, para os poucos momentos de descanso. O
relógio passou a ser um instrumento de controle sobre o tempo gasto para
produzir, simbolizando a exploração do trabalho nas fábricas.
Relógios, agendas, horários: o tempo parece
uma exigência da qual ninguém consegue
escapar. Nossa consciência do tempo é tão
interiorizada que temos dificuldade em
imaginar que grupos humanos tenham sido
capazes de viver sem calendário.
O tempo não existe em si, afirma
Norbert Elias.

O tempo é antes de tudo um


símbolo social, resultado de um
longo processo de aprendizagem.

Foram necessários milênios para


que a noção de tempo fosse assim
depurada.

Sugestão de leitura:
ELIAS, Norbert. Sobre o tempo. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
Minha História
A origem do meu nome
A origem do meu sobrenome
Minha idade, acontecimentos que marcaram
minha vida
Minha vida e como se insere a vida de cada um
relação aos pais, avós e os mais velhos
Documentos em estado de arquivo familiar
Construir o passado de cada aluno inserindo-o
em uma memória coletiva

Sugestão: o livro da vida.


A criança e seu grupo
Sugestão de site Museu da Pessoa
http://www.museudapessoa.net/pt/home
Projeto Identidade
Estudando a passagem do tempo e o nosso calendário
Quanto tempo dura?
Tudo o que fazemos leva um tempo, tem uma duração. Aprendemos
que o tempo é dividido para organizarmos nossa rotina e para
saber quando um acontecimento ocorreu ou vai ocorrer.
Vamos relembrar as medidas de tempo?
- Um segundo é um tempo muito rápido, como o tempo de um
espirro. Um minuto dura 60 segundos;
- O período de um dia tem 24 horas;
- Uma semana tem 7 dias;
- Uma quinzena tem 15 dias;
- Um mês tem quatro semanas e mais alguns dias;
- Um ano tem 12 meses;
- Uma década tem 10 anos;
- Um século tem 100 anos;
- Um milênio tem 1000 anos;
E você? Quanto tempo levou para ler este texto?_________________
De quanto tempo você precisa?
Marque com um X no quadro.

Horas Minutos

Escovar os dentes

Ir de casa até a escola

Fazer a lição de casa

Adormecer
 É importante oportunizar aos alunos a
aprendizagem das mais diferentes medidas de
tempo (formais e informais, do nosso e de
outros grupos sociais, do presente e do
passado), a história dos artefatos usados para
“medir” o tempo, como calendários e
relógios, o reconhecimento de mudanças e
permanências e a possibilidade de
compararem diferentes épocas e
temporalidades, bem como os ritmos do
tempo e as noções de sucessão e
simultaneidade.
Você é o historiador!
Observe as imagens da nossa cidade:

1 2
A imagem 1 apresenta uma paisagem bastante diferente da
imagem 2. Representam épocas diferentes. Porém, há uma
construção na paisagem que resistiu à passagem do tempo: o
Aqueduto da Carioca.
Pesquise em livros ou na internet e responda as perguntas a seguir:
1.Como o aqueduto é conhecido atualmente?
2.Qual o nome do bairro no qual está localizado o antigo aqueduto
da Carioca?
3.Quais as outras diferenças que você observa ao comparar as duas
imagens?
Acessar link http://portalgeo.rio.rj.gov.br/armazenzinho/web/Aplicativos_Novos/evolucao_urbana/principal.html

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