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História – 6º ano
1º bimestre – Gabarito

1. Leia o texto a seguir.


O tempo é sempre igual?

[...] no mundo antigo, diferentes sistemas de contagem do tempo foram


utilizados, segundo as regiões e a época. Os gregos, por exemplo, contavam os anos a
partir da primeira olimpíada, os romanos a partir da fundação de Roma. [...] O
calendário das civilizações antigas era baseado no ritmo das atividades agrícolas e
religiosas e era marcado por intervalos de tempo naturais, dados pelo deslocamento
do sol no horizonte, pelo ciclo das colheitas e pelo movimento da lua.
CAMPOS, Carlos Eduardo; CANDIDO, Maria Regina. Periodização histórica: debates e questionamentos. Revista Nearco, n. 1, v. 6,
2013, p. 8. Disponível em: <www.neauerj.com/Nearco/arquivos/numero11/1.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2018.

De acordo com o texto, identifique os principais critérios utilizados para elaborar os calendários
no mundo antigo.

Objeto(s) de
A questão do tempo, sincronias e diacronias: reflexões sobre o sentido das cronologias
conhecimento
(EF06HI01) Identificar diferentes formas de compreensão da noção de tempo e de
Habilidade
periodização dos processos históricos (continuidades e rupturas).
Tipo de questão Aberta Capítulo 1
O aluno citou mais de um dos critérios adotados para elaborar os calendários no
mundo antigo de acordo com os que estavam indicados no texto. Olimpíadas,
fundação de Roma, ritmo das atividades agrícolas e religiosas, ciclo das colheitas e
100%
pelo movimento da Lua. O aluno também pode ter comentado aspectos mais gerais
como “os ciclos da natureza”, “aspectos políticos e culturais da história das
cidades”. E compreendeu que a contagem do tempo é diferente nas sociedades.
O aluno citou apenas um critério utilizado para elaborar os calendários no mundo
antigo entre os destacados no texto (Olimpíadas, fundação de Roma, ritmo das
Grade de correção atividades agrícolas e religiosas, ciclo das colheitas e pelo movimento da Lua), ou
50%
escreveu corretamente um critério comentado no texto e outro (ou mais) critério(s)
não destacados pelos autores. Compreendeu parcialmente a diferença na percepção
de tempo entre as sociedades.
O aluno não respondeu ao comando da questão, tangenciando a resposta, ou não citou
nenhum dos critérios utilizados para elaborar calendários no mundo antigo. O aluno
0% também pode ter destacado critérios que não foram contemplados no texto, como
“métodos científicos”, “análises espaciais”, “nascimento de Cristo”. Não compreendeu a
questão e não apreendeu a diferença na contagem de tempo entre as sociedades.
A questão exige que os alunos identifiquem que existiam critérios diferentes entre as
culturas antigas para determinar suas contagens de tempo. Constatada a dificuldade dos
alunos em responder, comente com a turma quais eram os critérios adotados para
Orientações sobre elaboração de calendários de outros povos além dos gregos e dos romanos, demonstrando
como interpretar as que marcos culturais, religiosos e políticos eram geralmente – assim como ainda hoje –
utilizados para determinar, por exemplo, os marcos finais e iniciais de um ano. Dessa forma,
respostas e reorientar o
apesar de muitos povos utilizarem parâmetros astrológicos para construir seus calendários,
planejamento com base os marcos temporais geralmente obedecem às lógicas social, cultural e política. Espera-se
nos resultados que a atividade auxilie o professor a discutir em turma os pressupostos para a criação e a
determinação de calendários em diversas sociedades, fazendo com que os alunos tenham
mais subsídios para relacionar o tempo com sua racionalização, compreendendo que os
marcos temporais são socialmente construídos.
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História – 6º ano
1º bimestre – Gabarito

2. Leia o trecho abaixo e, depois, observe a imagem.


O homem, a natureza e a História

Toda a história humana diz respeito ao modo como os homens mantêm uma
relação entre si e com a natureza externa a eles – o meio ambiente. Assim, ao longo
da história, a raça humana vem criando diferentes modos de se relacionar com a
natureza. Desde a pré-história, com a descoberta do fogo, da agricultura e da pecuária,
a capacidade do homem de transformar e agir na natureza tem se tornado maior.
ALBUQUERQUE, Bruno Pinto de. As relações entre o homem e a natureza e a crise socioambiental. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007.
Disponível em: <www.epsjv.fiocruz.br/upload/monografia/13.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2018.

Wikipedia/Wikimedia Commons

Vestígios da cidade de Harappa, de aproximadamente 5 mil anos atrás.


Localizada a noroeste do subcontinente indiano, desdobrou-se numa civilização
que se estendeu pelos atuais Paquistão, parte da Índia e Afeganistão.

Com base no trecho, explique por que Harappa pode ser considerada um vestígio histórico.
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1º bimestre – Gabarito

Objeto(s) de Formas de registro da história e da produção do conhecimento histórico.


conhecimento As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos de sedentarização
(EF06HI02) Identificar a gênese da produção do saber histórico e analisar o significado das
fontes que originaram determinadas formas de registro em sociedades e épocas distintas.
Habilidades (EF06HI05) Descrever modificações da natureza e da paisagem realizadas por diferentes
tipos de sociedade, com destaque para os povos indígenas originários e povos africanos, e
discutir a natureza e a lógica das transformações ocorridas.
Tipo de questão Aberta Capítulo 1
O aluno relacionou corretamente “história” e a ação do homem sobre a natureza,
mencionando que um vestígio – como a cidade de Harappa – é uma alteração na
100% natureza que nos informa sobre o passado. Assim, a cidade de Harappa é uma prova que
permite constatar a ação humana na natureza, portanto, criando um vestígio da ação do
ser humano e constituindo, portanto, uma fonte histórica ou um vestígio histórico.
O aluno destacou que a História é determinada por vestígios históricos e/ou fontes
históricas, mas não relacionou essa afirmação à ação do ser humano sobre a
Grade de correção natureza que o cerca, como destacado pelo texto-base, e que não pode ser
50%
desconsiderado. O aluno pode também ter comentado como o ser humano age
sobre a natureza e, por isso, cria vestígios históricos, mas não relacionar essa
afirmação aos vestígios de Harappa.
O aluno não percebeu como a construção da História é um processo que depende
de fontes e vestígios históricos e de indivíduos chamados “historiadores” que
0%
interpretam esses substratos. O aluno divergiu ou tangenciou o assunto, destacando
outro aspecto da construção do saber histórico não abordado no texto-base.
A questão trata da forma como a História é dependente de fontes e vestígios históricos e
como o passado é compreendido pelos indivíduos, historiadores ou não, a partir desses
substratos. Também entra em destaque a formação da História como um campo de saber
Orientações sobre específico. Caso a turma demonstre dificuldade em compreender a proposta da questão,
como interpretar as comente com os alunos como a História é uma ciência que depende de alguns elementos
para sua atuação, como as fontes. Use objetos da escola e peça aos alunos que, a partir
respostas e reorientar o
deles, tentem descrever a história do lugar onde estudam. Espera-se que a atividade auxilie o
planejamento com base professor a debater em turma os pressupostos do estudo da História e a forma como o saber
nos resultados histórico é constituído, fazendo com que os alunos tenham mais subsídios para compreender
como se dá o trabalho do historiador e do que trata a História como disciplina específica. A
atividade fornece ainda subsídios para iniciar uma conversa sobre como os seres humanos
alteram o ambiente, modificando a paisagem, ao longo do tempo.

3. Leia o texto a seguir.


De onde veio o Homem?

[...] cada civilização conhecida da antropologia teve uma cosmogonia – uma


história de como o mundo começou e continua, de como os homens surgiram e do que
os deuses esperam de nós. [...] Essas explicações, por falta de outras formas de
entendimento da questão, sempre tiveram fundamentos religiosos, mitológicos ou
filosóficos. Só recentemente a ciência pôde oferecer sua versão para os fatos. A razão
principal para isso é que a própria ciência é recente.
STEINER, João E. A origem do Universo. Revista Estudos Avançados, n. 20, v. 58, 2006, p. 233. Disponível em:
<www.revistas.usp.br/eav/article/view/10192>. Acesso em: 18 jun. 2018.

Com base em sua leitura, indique se existe uma contradição entre as cosmogonias tradicionais e
as científicas.
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Objeto(s) de
As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos de sedentarização
conhecimento
(EF06HI03) Identificar as hipóteses científicas sobre o surgimento da espécie humana e sua
Habilidade
historicidade e analisar os significados dos mitos de fundação.
Tipo de questão Aberta Capítulo 2
O aluno respondeu que, apesar de destacar a diferença entre as cosmogonias
“tradicionais” e as “científicas”, o autor não as contrapõe entre si, ou seja, uma não
necessariamente anula a outra e, igualmente, não se opõe à outra. O aluno também
100% poderá dar exemplos pessoais – tendo em vista o texto-base – de crenças que
professa, mas que não se contrapõem a explicações científicas do surgimento do ser
humano e da Terra. É necessário que ele identifique que existem diversas
explicações sobre o surgimento da espécie humana.
Grade de correção
O aluno respondeu que o autor contrapõe as cosmogonias tradicionais e as
50% científicas, justificando sua resposta de forma incompleta com base em opiniões
próprias ou pela leitura equivocada do texto.
O aluno não compreendeu o que são as cosmogonias tradicionais e científicas, não
0% conseguindo diferenciar os dois tipos de explicação sobre o surgimento do ser
humano e da Terra.
A questão procura relativizar as narrativas científicas e tradicionais ponderando se é possível
afirmar que uma é “errada” e outra, “certa”, ou se é possível hierarquizá-las de alguma forma.
Inicialmente, pensar nesses termos poderá ser um desafio para os alunos. Desse modo,
incentive um debate para identificar, entre a turma, qual é a cosmogonia que conhecem: como
o mundo e os seres humanos foram criados, quem os criou e por qual motivo o fez.
Orientações sobre Geralmente, essas explicações estão associadas à religião professada pelos alunos e sua família.
como interpretar as Seja o mediador da conversa, intervenha e incentive o respeito entre as diversas formas de
respostas e reorientar o explicar o surgimento do mundo. Comente que cada religião possui uma cosmogonia, que não
planejamento com base são anuladas explicações científicas nem as anulam. Demonstre que há uma diferença relativa
nos resultados ao modo, ao caráter e ao objetivo dessas interpretações, diferenciando explicações científicas
de explicações míticas. Espera-se que a atividade auxilie o professor a debater em turma os
diversos tipos de interpretação que as comunidades humanas dão para sua presença na Terra,
fazendo com que os alunos tenham subsídios para compreender as narrativas construídas pela
humanidade sobre sua existência e que não necessariamente são opostas entre si, como no
caso da ciência e das narrativas mítico-religiosas.

4. Leia o texto a seguir.


Transformando a paisagem

De acordo com a teoria clássica, a Revolução Neolítica teve início quando os


humanos passaram a triturar e polir, mais que lascar seus instrumentos, dando-lhes forma
final, e terminou quando eles aprenderam a fundir metais em quantidade e a fazer com
eles instrumentos que permaneciam afiados por mais tempo e eram mais duráveis que
seus equivalentes de pedra. Nesse meio-tempo, diz a história, os humanos inventaram a
agricultura, domesticaram todos os animais de que hoje dispomos no campo e no curral,
aprenderam a escrever, construíram cidades e criaram a civilização.
CROSBY, Alfred W. Imperialismo ecológico: a expansão biológica da Europa, 900-1900. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 29-30.

Com base no texto, explique como os seres humanos modificaram a natureza e a paisagem com o
surgimento da agricultura.
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Objeto(s) de
As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos de sedentarização
conhecimento
(EF06HI05) Descrever modificações da natureza e da paisagem realizadas por diferentes
Habilidade tipos de sociedade, com destaque para os povos indígenas originários e povos africanos, e
discutir a natureza e a lógica das transformações ocorridas.
Tipo de questão Aberta Capítulo 2
O aluno comentou que, a partir da agricultura os campos e os ambientes naturais
foram sendo gradativamente alterados para comportar plantações, assim como os
100% animais foram domesticados. O aluno poderá também comentar que uma das
consequências da agricultura foi o surgimento das aldeias e, posteriormente, das
cidades e as consequentes transformações nas paisagens por essas sociedades
O aluno repetiu parte do enunciado comentando que, a partir do surgimento da
agricultura, houve mudanças na natureza e na paisagem, porém não explicou de
Grade de correção
50% que forma essas mudanças se deram, o que as causou nem quais aconteceram, ou
seja, não demonstrou domínio suficiente sobre a habilidade para responder à
questão.
O aluno não reconheceu que o surgimento da agricultura e da domesticação de
animais acarretou mudanças na natureza e na paisagem, ou não respondeu ao
0%
comando do enunciado, comentando outros aspectos da vida do Neolítico não
relacionados ao surgimento da agricultura.
A questão incentiva os alunos a refletir acerca das mudanças na relação entre os seres
humanos e o meio ambiente a partir do surgimento da agricultura e da domesticação dos
animais. Constatada a dificuldade em responder corretamente à questão, apresente à turma
imagens de vestígios de aldeamentos e domesticação de animais do período neolítico,
disponíveis em:
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Prehistoric_Rock_Paintings_at_Manda_Guéli_
Orientações sobre Cave_in_the_Ennedi_Mountains_-_northeastern_Chad_2015.jpg> e <www.geograph.
como interpretar as org.uk/photo/5529317%20;%20maxpixel.net/Stanydale-Temple-Ancient-Neolithic-Shetland-
Isles2388747>. Acesso em: 29 jul. 2018. Contraste essas imagens com a prática da agricultura
respostas e reorientar o
e da criação de gado atuais. Comente com a turma como a agricultura foi e é responsável,
planejamento com base assim como a criação de gado, por modificações da natureza e da paisagem, que foram
nos resultados realizadas por diferentes tipos de sociedade. Destaque também como os povos indígenas
originários e povos africanos possuíam uma relação distinta com essas práticas. Espera-se
que a atividade auxilie o professor a debater em turma os diversos tipos de interação com a
natureza que as comunidades humanas tiveram na época mais remota da humanidade,
fazendo com que os alunos tenham mais subsídios para compreender como se deu o
processo de passagem das comunidades coletoras e caçadoras para as comunidades
sedentárias.
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5. Leia o texto a seguir.


[O pesquisador Walter] Neves realizou medições anatômicas em 15 crânios
mineiros da coleção e, na volta ao Brasil, discutiu os resultados, surpreendentes, com
um colega argentino, o arqueólogo Hector Pucciarelli, [...]. Os crânios dos paleoíndios
de Lagoa Santa [MG] pareciam ter pertencido a um povo com traços físicos negroides,
parecidos com os dos atuais africanos e aborígines australianos. Os crânios eram mais
estreitos e longos, com faces proeminentes, estreitas e baixas. Não lembravam as
antigas populações asiáticas, com olhos amendoados, das quais descendem todas as
tribos indígenas ainda hoje presentes nas Américas.
PIVETTA, Marcos. A América de Luzia. Revista Pesquisa FAPESP, maio 2012. Disponível em:
<http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/08/22/a-américa-de-luzia/>. Acesso em: 24 set. 2018.

De acordo com o texto, duas populações diferentes ocuparam o continente americano. Indique
quais são elas.

Objeto(s) de
As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos de sedentarização
conhecimento
Habilidade (EF06HI04) Conhecer as teorias sobre a origem do homem americano.

Tipo de questão Aberta Capítulo 3


O aluno citou corretamente negroides e mongoloides como as duas populações que
ocuparam o continente americano. Para isso, poderá ter apontado “um povo
100% parecido com os dos atuais africanos e aborígenes australianos” para se referir aos
negroides e “antigas populações asiáticas, com olhos amendoados” para apontar os
mongoloides.
O aluno apontou os negroides ou os mongoloides em sua resposta,
desconsiderando a outra população que ocupou o continente americano. Para isso,
Grade de correção
50% poderá ter apontado “um povo parecido com os dos atuais africanos e aborígines
australianos” para se referir aos negroides ou “antigas populações asiáticas, com
olhos amendoados” para apontar os mongoloides.
O aluno não apontou nenhuma das duas populações citadas no texto para ilustrar a
chegada dos seres humanos ao continente americano, ou citou uma ou mais
0%
populações que não constam no texto-base para responder ao comando do
enunciado.
O exercício procura levar à reflexão, através das pesquisas científicas arqueológicas, sobre a
ocupação das américas por diferentes comunidades, em rotas e períodos distintos.
Orientações sobre Apresente as teorias de Walter Neves e de Niède Guidon sobre as ocupações das Américas
como interpretar as apontando as divergências nos campos acadêmicos causadas por essas teorias e as provas
respostas e reorientar o que cada “grupo” conseguiu recolher. Espera-se que a atividade auxilie o professor a debater
planejamento com base com a turma quais são os diversos tipos de interpretação que os pesquisadores atuais dão
nos resultados para a chegada dos seres humanos às Américas, fazendo com que os alunos tenham mais
subsídios para compreender como as pesquisas científicas são conduzidas e quais são as
“provas” que sustentam a argumentação de cada teoria.
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6. Leia o texto abaixo e, depois, observe o mapa.


Segundo Niède, o material arqueológico resgatado até agora no Piauí – alvo
de controvérsias entre os estudiosos – indica que o homem chegou à região há cerca
de 100 mil anos. A pesquisadora acredita que o Homo Sapiens deve ter vindo da África
por via oceânica, atravessando o Atlântico. Houve uma grande seca na África e o
homem teria ido para o mar procurar comida. [...] As teses de Niède se chocam com a
arqueologia mais tradicional, dominada pela visão dos norte-americanos, que situam
a chegada do homem nas Américas há cerca de 13 mil anos [alguns estudiosos
apontam de 15 mil a 20 mil anos], vindo da Ásia via estreito de Bering.
PIVETTA, Marcos. Niède Guidon: arqueológa dia que o Homo sapiens já estava no Piauí há 100 mil anos. Revista Fapesp. Disponível
em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2008/12/01/niede-guidon/>. Acesso em: 29 jul. 2018.

D-maps/<d-maps.com/carte.php?num_car=3226&lang=pt>

Disponível em: <https://d-maps.com/carte.php?num_car=3226&lang=pt>. Acesso em: 9 ago. 2018.

Com base no texto e no que você estudou, desenhe no mapa setas que indiquem a rota percorrida
pelos seres humanos até a chegada nas Américas. Utilize cores diferentes para as principais teorias
citadas no texto.
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Objeto(s) de
As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos de sedentarização
conhecimento
Habilidade (EF06HI06) Identificar geograficamente as rotas de povoamento no território americano.

Observações Trabalhar com cartografia. Explorar mapas.

Tipo de questão Aberta Capítulo 3


O aluno indicou corretamente as duas principais teorias da chegada dos seres
humanos ao continente americano produzindo uma seta que indica a travessia
100% terrestre da região do estreito de Bering, ou a travessia marítima dessa mesma
região, e produziu uma seta apontando as migrações oceânicas no Pacífico,
originárias da Polinésia.
O aluno apontou no mapa apenas uma das teorias citadas no texto para a chegada
Grade de correção dos seres humanos ao continente americano, produzindo uma seta que indica a
50% travessia terrestre da região do estreito de Bering ou a travessia marítima dessa
mesma região, ou produziu uma seta apontando as migrações oceânicas no Pacífico,
originárias da Polinésia.
O aluno não apontou nenhuma das teorias citadas no texto para a chegada dos
0% seres humanos ao continente americano ou apontou teorias que não constam no
texto-base para responder ao comando do enunciado.
A questão explora a habilidade de reconhecimento geográfico e elaboração de mapas entre
pelos alunos, assim como a compreensão e a interpretação de texto, que trata, nesse caso,
das rotas percorridas pelos seres humanos até a chegada às Américas. Constatada a
dificuldade em responder à questão, reúna-se com a turma para a produção coletiva de um
mapa que contemple as duas principais teorias de ocupação das Américas, é importante que,
Orientações sobre ao final da produção, esta se assemelhe ao mapa do link disponível em:
como interpretar as <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/ca/World_Map_of_Y-
respostas e reorientar o DNA_Haplogroups.png> (acesso em: 29 jul. 2018). À medida que o mapa for produzido,
planejamento com base explique como essas teorias descrevem a chegada dos seres humanos às Américas, como
nos resultados teria ocorrido essa travessia e por qual motivo ela foi possível e/ou necessária. Espera-se que
a atividade auxilie o professor a demonstrar de forma visual para a turma como se deram os
deslocamentos da espécie humana da África até as partes mais distantes do mundo, fazendo
com que os alunos tenham mais subsídios para compreender o tempo gasto nos trajetos, a
demora de cada comunidade em seus percursos e as intempéries naturais enfrentadas em
sua fase nômade.

7. Leia o texto a seguir.


Não estamos querendo dizer que os povos mesoamericanos possuíam uma
visâo predominantemente quantitativa do tempo ou do cosmo pelo fato de os ciclos
calendários basearem-se em complexas combinações matemáticas. [...] Parece que a
forte preocupação quantitativa estava sempre a serviço da determinação das qualidades
do tempo e, sendo assim, é necessário juntar os estudos que tratam do calendário e
dessa “vertente” matemática aos estudos que abordam a cosmogonia, os deuses, a
concepção de passado e as dimensões sociopolíticas das sociedades mesoamericanas.
SANTOS. Eduardo Natalino dos. Além do eterno retorno: uma introdução às concepções de tempo dos indígenas da Mesoamérica.
Revista USP, São Paulo, n. 81, p. 82-93, mar./maio 2009. Disponível em: <www.revistas.usp.br/revusp/article/viewFile/13733/15551>.
Acesso em: 29 jul. 2018.

Com base no texto, explique como como os povos mesoamericanos percebiam a passagem do tempo.
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Objeto(s) de Povos da Antiguidade na África (egípcios), no Oriente Médio (mesopotâmicos) e nas


conhecimento Américas (pré-colombianos)
(EF06HI07) Identificar aspectos e formas de registro das sociedades antigas na África, no
Habilidade Oriente Médio e nas Américas, distinguindo alguns significados presentes na cultura material
e na tradição oral dessas sociedades.
Tipo de questão Aberta Capítulo 1
O aluno citou que os calendários mesoamericanos se baseavam em combinações
matemáticas, mas também possuíam relação estreita com os costumes e a
100%
identidade desses povos, pois se relacionavam com a cosmogonia, os deuses, a
concepção de passado e as dimensões sociopolíticas.
Grade de correção
O aluno citou que os calendários não se baseavam somente em combinações
50%
matemáticas, mas não explicou o porquê.
O aluno não percebeu que os calendários não eram apenas uma simples medição do
0%
tempo por combinações matemáticas.
Espera-se que os alunos consigam identificar formas de registro das sociedades antigas na
África, no Oriente Médio e nas Américas, distinguindo alguns significados presentes na
cultura material dessas sociedades. Selecione imagens de diversos calendários utilizados ao
redor do mundo para apresentar aos alunos e demonstre como cada calendário possui
Orientações sobre marcos temporais, iniciais e divisões específicas e próprias, indicando que cada cultura
como interpretar as possui uma forma específica de perceber a passagem do tempo e de interpretar a própria
história. Mostre que, mesmo no Brasil, existem diversos grupos sociais que percebem a
respostas e reorientar o
passagem do tempo de forma diversa da do calendário romano e pergunte se é o caso de
planejamento com base algum aluno da turma, pedindo que compartilhe sua percepção com os demais colegas.
nos resultados Espera-se que a atividade auxilie o professor a abordar com a turma os diversos tipos de
interpretação que as comunidades humanas dão para a passagem do tempo, fornecendo aos
alunos mais subsídios para compreender como o tempo também se relaciona com outros
aspectos da vida social e traduz, em parte, a visão de mundo que as comunidades têm, assim
como a construção de narrativas sobre a própria existência.

8. Leia o trecho a seguir.


Se tudo é História, tudo é fonte também?
A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo que o homem
diz ou escreve, tudo que fabrica, tudo que toca pode e deve informar sobre ele. [...]
Quem acreditará que as empresas de eletricidade não tenham seus arquivos, seus
balanços de consumo, seus mapas de extensão das redes?
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 79-80. Disponível em:
<https://bibliotecaonlinedahisfj.files.wordpress.com/2015/02/bloch-m-apologia-da-histc3b3ria.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2018.

A partir da leitura do texto, é possível reconhecer que uma fonte histórica é tudo aquilo que
a) experimentou mudanças provocadas pela ação do tempo.
b) sofreu interferência pela ação do ser humano no passado.
c) permaneceu idêntico apesar da passagem dos anos.
d) passou por processo de modificação pela natureza.
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Objeto(s) de
Formas de registro da história e da produção do conhecimento histórico
conhecimento
(EF06HI02) Identificar a gênese da produção do saber histórico e analisar o significado das
Habilidade
fontes que originaram determinadas formas de registro em sociedades e épocas distintas.
Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 1
Nem todo objeto, animal, formação rochosa, clima, etc. que sofreu a ação do tempo é
a um documento histórico, já que é necessário que o ser humano interfira ou sofra a
interferência desse elemento para que ele seja, efetivamente, considerado uma “fonte
histórica”.
De acordo com o texto-base selecionado para a questão “Tudo que o homem diz ou
b escreve, tudo que fabrica, tudo que toca pode e deve informar sobre ele”. Assim, é
possível afirmar, efetivamente, que uma fonte histórica é tudo aquilo que “sofreu
interferência pela ação do homem no passado”, como foi proposto na alternativa “b”.
Justificativas
Objetos, animais, formações rochosas, climas, etc. que permaneceram idênticos através
c do tempo demonstram que não sofreram a ação humana e, por isso, não podem,
necessariamente, ser considerados uma “fonte histórica”.
Para que um documento histórico adquira esse caráter, é necessário que o ser humano
interfira ou sofra a interferência de um elemento (objeto, animal, formação rochosa,
d clima, etc.) para que ele seja, efetivamente, considerado uma “fonte histórica”.
Portanto, passou por processo de modificação pela natureza e não poderá entrar nessa
categoria, já que a “natureza” não é sinônimo de “homem”.
O item procura explorar os substratos utilizados pelo historiador em seu ofício
demonstrando como é construída a história por esses sujeitos. Além disso, analisa a
centralidade do gênero humano para a História como disciplina, o que poderá, talvez,
Orientações sobre confundir os alunos. Constatada a dificuldade com a questão, produza um quiz ou jogo com
como interpretar as os alunos em que eles devem apontar, por meio da apresentação de imagens, o que seria um
respostas e reorientar o documento histórico e o que não seria. Para isso, separe imagens de fósseis, plantas,
planejamento com base estrelas, e, depois, documentos escritos, esculturas, pinturas rupestres, construções,
nos resultados desmatamentos e outros elementos que demonstrem a interferência humana. Misture as
imagens, mostrando-as de forma aleatória para os alunos. Depois, reforce a ideia de que um
documento histórico precisa, necessariamente, sofrer a interferência do ser humano para
que assim seja considerado.

9. Leia o texto a seguir.


Os mitos de criação e a lógica científica

Vários desses mitos [de criação e da origem do Universo] mantiveram temas


sobrenaturais, mas havia, entretanto, uma pequena consistência lógica interna em
várias dessas histórias. Os mitos frequentemente tentam uma explicação racional do
mundo diário. Mesmo se considerarmos algumas dessas histórias como sendo tolices,
elas foram, em algum sentido, nossas primeiras teorias científicas. Essa época é
chamada pelos historiadores de "Cosmologia Mítica".
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Observatório Nacional. A Cosmologia dos povos antigos. Disponível em:
<www.fisica.net/giovane/astro/Modulo1/cosmologia-antiga.htm>. Acesso em: 2 jun. 2018.
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História – 6º ano
1º bimestre – Gabarito

Considerando que mitos existiram e continuam existindo, a partir da leitura do texto, os mitos de
criação e da origem do Universo são narrativas que:

a) construíam conhecimentos contemporâneos.


b) possuíam uma lógica baseada no dia a dia das comunidades que os fundaram.
c) firmavam seu conhecimento em ideias ultrapassadas, selvagens e primitivas.
d) criaram lendas baseadas na ciência moderna e no conhecimento científico.

Objeto(s) de
As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos de sedentarização
conhecimento
(EF06HI03) Identificar as hipóteses científicas sobre o surgimento da espécie humana e sua
Habilidade
historicidade e analisar os significados dos mitos de fundação.
Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 2
Os mitos da criação e da origem do Universo não podem ser considerados
contemporâneos por sua temporalidade, que não se relaciona à Contemporaneidade
a histórica ou ao significado comum do termo contemporâneo (moderno, recente, etc.).
Além disso, esses mitos não permaneceram até os dias atuais da forma como eram
repassados oralmente no passado; eles sofreram modificações ao longo do tempo.
De acordo com o texto-base “havia, entretanto, uma pequena consistência lógica
b interna em várias dessas histórias. Os mitos frequentemente tentam uma explicação
racional do mundo diário”, portanto é possível afirmar que os mitos eram dignitários de
uma lógica que obedecia ao cotidiano das comunidades que os criaram.
De acordo com o texto-base “havia, entretanto, uma pequena consistência lógica
Justificativas interna em várias dessas histórias. Os mitos frequentemente tentam uma explicação
racional do mundo diário”, portanto não é possível afirmar que os mitos “firmavam seu
c conhecimento em ideias ultrapassadas, selvagens e primitivas” já que, além de
apresentar preconceito (ligado ao termo “selvageria”), o texto-base indica que essas
narrativas possuíam uma lógica interna própria, relativa ao cotidiano das comunidades
que as criaram.
Os mitos de criação e da origem do Universo são narrativas baseadas no conhecimento
tradicional e no cotidiano das comunidades que os fundaram e não, como proposto
d
pela alternativa “criaram lendas baseadas na ciência moderna e no conhecimento
científico”, já que a ciência moderna só surgirá, como o próprio nome indica, na Idade
Moderna.
A questão se apoia na relativização das narrativas científicas e tradicionais ponderando se é
possível afirmar que uma é “errada” e outra “certa”, ou se é possível hierarquizá-las de
alguma forma. Inicialmente, pensar nesses termos poderá ser um desafio para os alunos,
dessa forma, se apresentarem dificuldade, faça uma roda da “Contação de histórias” com a
turma, apresentando os mitos de fundação e da origem do Universo de diversas culturas
Orientações sobre distintas; entre elas, selecione narrativas clássicas, como o mito judeu, relativizando a noção
como interpretar as de que essas narrativas existiriam apenas em sociedades “atrasadas” e “primitivas”.
Pergunte aos alunos quais são os indícios que eles podem encontrar sobre o cotidiano das
respostas e reorientar o
comunidades que criaram esses mitos, mostrando que essas relações existiam e eram uma
planejamento com base forma de dar sentido à vida de seus membros. É importante citar ainda que existem
nos resultados sociedades que preservam e compartilham até hoje com seus membros seus mitos de
criação. Espera-se que a atividade auxilie o professor a apresentar para a turma os diversos
tipos de interpretação que as comunidades humanas dão para sua presença na Terra,
fazendo com que os alunos tenham mais subsídios para compreender as narrativas
construídas pela humanidade sobre sua existência e que elas não necessariamente são
opostas entre si.
Material Digital do Professor
História – 6º ano
1º bimestre – Gabarito

10. Observe as imagens a seguir.


Wikipedia/Wikimedia Commons lynn Dombrowski/flickr/Creative Commons 2.0

Imagem 1 – Sambaqui de Figueirinha, em Imagem 2 – Quipo, acervo do


Jaguaruna, litoral sul catarinense, Brasil. Museu Larco, Peru.

Turinboy/flickr/Creative Commons 2.0 Wikipedia/Wikimedia Commons

Imagem 3 – Ilustração de um calendário, Imagem 4 – Estela com inscrições


acervo do Museu Nacional de Antropologia encontradas nas montanhas Tuxtla, Veracruz,
e História, México. México.

Assinale a alternativa que indica os grupos culturais que produziram os objetos e as construções
representados nas imagens.
a) brasileiros, indígenas, mexicanos e astecas.
b) chineses, brasileiros, maias e mexicanos.
c) maias, incas, astecas e paleoíndios.
d) portugueses, maias, indígenas e negroides.
Material Digital do Professor
História – 6º ano
1º bimestre – Gabarito

Povos da Antiguidade na África (egípcios), no Oriente Médio (mesopotâmicos) e nas


Objeto(s) de
Américas (pré-colombianos)
conhecimento Os povos indígenas originários do atual território brasileiro e seus hábitos culturais e sociais
(EF06HI08) Identificar os espaços territoriais ocupados e os aportes culturais, científicos,
Habilidade sociais e econômicos dos astecas, maias e incas e dos povos indígenas de diversas regiões
brasileiras.
Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 3
Os termos “brasileiros” e “mexicanos” não existiam nos chamados períodos Pré-
a Colombiano e Pré-Cabralino, o que invalida a alternativa. Ademais, o termo “indígena”
não é completamente correto para o período estudado, sendo preferível o uso do
termo “paleoíndio”.
Os termos “brasileiros”, “mexicanos” e “chineses” não existiam nos chamados períodos
b Pré-Colombiano e Pré-Cabralino, o que invalida a alternativa. Ademais, o termo
“indígena” não é completamente correto para o período estudado, sendo preferível o
uso do termo “paleoíndio”.
A estela com as inscrições foi produzida pela população olmeca, o quipo, pelos incas, o
Justificativas c sambaqui, pelos paleoíndios, a cidade de Tenochtitlan foi uma construção elaborada
pelos astecas e, por fim, a ilustração do Museu Nacional de Antropologia e História é a
de um calendário maia.
O termo “portugueses” não existia nos chamados períodos Pré-Colombiano e Pré-
Cabralino, o que invalida a alternativa. Além disso, o termo “indígena” não é
completamente correto para o período estudado, sendo preferível o uso do termo
d
“paleoíndio”, assim como não é possível observar a presença de populações negroides
nesse período da história das Américas, pois essas comunidades já haviam sido extintas
(ou assimiladas) no momento de produção das obras e das construções retratadas nas
imagens.
A questão explora a capacidade dos alunos de associar as produções culturais e sociais dos
habitantes das Américas nos períodos Pré-Cabralino e Pré-Colombiano, tendo em vista as
características apresentadas no livro como os principais destaques de cada comunidade.
Espera-se também que os alunos consigam compreender que termos como “brasileiros”,
“mexicanos” e “chineses” estão incorretos, pois se referem a nações contemporâneas. Da
Orientações sobre mesma forma, o uso do termo “indígenas” é incorreto, pois este foi atribuído pelos
como interpretar as colonizadores europeus aos grupos ameríndios que habitavam o atual continente americano;
assim como os “negroides”, que já haviam sido extintos (ou assimilados) no momento de
respostas e reorientar o
produção das obras e das construções retratadas nas imagens. Caso seja constatada
planejamento com base dificuldade da turma em responder ao item, retome as discussões sobre as principais
nos resultados características das comunidades Pré-Cabralinas e Pré-Colombianas destacando suas
diferenciações em relação aos grupos atuais. Espera-se que a atividade auxilie o professor a
apresentar à turma os diversos tipos de vestígio que as comunidades americanas deixaram
de sua presença na Terra, fazendo com que os alunos tenham mais subsídios para
compreender a diversidade das comunidades dos chamados períodos Pré-Colombiano e Pré-
Cabralino.

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