Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Monografia Actualizada
Monografia Actualizada
I. INTRODUÇÃO
A humanização, que tem sido estudada no âmbito da enfermagem visando proporcionar um
tratamento que leva em conta a totalidade do indivíduo. A humanização em saúde pode ser
definida como o resgate do respeito à vida humana, levando-se em conta as circunstâncias
sociais, éticas, educacionais, psíquicas e emocionais presentes em todo relacionamento. Ao se
falar do momento diagnóstico de uma deficiência acredita-se que a humanização se torna
importante, pois estudos apontam que a atitude do profissional diante da família pode
amenizar o choque causado pela notícia.
Para Andrade, (20013) a discussão sobre a humanização dos profissionais de saúde vem
crescendo nos últimos anos. Esse fato pode ser percebido pelo aumento na publicação de
artigos sobre o tema e pela criação de programas político-sociais que visam à humanização do
ambiente hospitalar e da assistência em saúde. Este trabalho tem como objetivo a reflexão
sobre a importância da humanização dos profissionais presentes no momento em que o
diagnóstico de uma deficiência é comunicado à família ou aos cuidadores. Será feita a análise
teórica sobre o tema e, posteriormente, apresentar-se-ão reflexões a partir de uma entrevista
semiestruturada realizada com a irmã de uma pessoa com Síndrome de West.
Ao nascimento de uma criança, os pais se preocupam com a saúde de seu filho, e a ansiedade
em saber se ele é normal sempre está presente, podendo ser explicitada pela pergunta tão
comum: “Meu filho é normal, doutor?”. Quando está tudo bem com a criança, as respostas
são fáceis, porém ao se detectar de imediato um problema, notam-se as reticências dos
profissionais. "A tempestade começa na maternidade, quando o problema é evidente e permite
chegar a um diagnóstico imediato. Mas, na grande maioria dos casos, é somente após meses
ou anos que se identifica a excepcionalidade – grave ou leve – de uma criança que até então
não tinha diagnóstico conclusivo.
Quando o especialista descobre, quase sempre depois de uma interminável peregrinação dos
pais pelos consultórios, o impacto não é menor". Toda situação diagnóstica é caracterizada
por uma relação de ajuda, na qual o paciente necessita do profissional para a resolução de uma
situação de crise. Essa situação é permeada por sentimentos tanto do profissional quanto do
paciente/família. Por parte do primeiro, existe a expectativa pelo estabelecimento de um novo
contato, no qual ele deseja atuar de forma competente, útil, compreensiva, acolhedora e,
principalmente, tolerante ao sofrimento alheio.
1.2. Justificativa
A principal motivação para sustentar o presente projeto de pesquisa, reside na importância
que o tema possui para a sociedade actual. Sendo considerado um tema clássico. Podemos
afirmar que estudar a influência mútua entre o indivíduo e a sociedade aprofunda a
compreensão das novas estruturas sociais mais recentes.
Segundo Domingues, (1996) em 2001, foi elaborado o Programa Nacional de Humanização
da Assistência Hospitalar do Ministério da Saúde que busca estender o conceito de
humanização para toda a instituição hospitalar, por meio da implantação de uma cultura
organizacional diferenciada que visa ao respeito, à solidariedade e ao desenvolvimento da
autonomia e da cidadania dos profissionais de saúde e dos pacientes. "Assim humanizar em
saúde é resgatar o respeito à vida humana, levando-se em conta as circunstâncias sociais,
éticas, educacionais e psíquicas presentes em todo relacionamento humano... é resgatar a
importância dos aspectos emocionais, indissociáveis dos aspectos físicos na intervenção em
saúde".
"No campo das relações humanas que caracterizam qualquer atendimento à saúde, é essencial
agregar à eficiência técnica e científica uma ética que considere e respeite a singularidade das
necessidades do usuário e do profissional, que acolha o desconhecido e imprevisível, que
aceite os limites de cada situação".
Considera-se, então, que o serviço de saúde deve ter como eixo central a humanização e os
aspectos subjetivos da condição humana, pois a interação dos conhecimentos técnico-
científico com os aspectos afetivos, sociais, culturais e éticos na relação entre o profissional e
o paciente garantem maior eficácia do serviço. A relação profissional-paciente/familiares é
muito importante no momento diagnóstico e ao longo do tratamento. Essa relação deve ser
caracterizada pelo estabelecimento de vínculo, o qual é definido por Ferreira (1986) como:
tudo o que ata, liga, ligação moral; relação, nexo; prender, unir. No âmbito da saúde, criar
vínculos requer o estabelecimento de relações próximas e claras, de forma que o sofrimento
do outro seja sensibilizador.
Conforme Dionísio (1996) Visa ao estabelecimento de processo que busca a autonomia do
paciente, bem como o compartilhamento da responsabilidade por sua vida ou morte o paciente
(deficiente ou familiar) precisa vincular-se ao profissional da área da saúde para que este
2. OBJECTIVOS
Nenhum pesquisador poderá ter êxitos no seu trabalho, se não traçar as metas a atingir. Elas
constituem um importante suporte da pesquisa.Assim sendo, para o estudo que pretendemos
realizar, formulamos os seguintes objectivos:
2.1. Geral
Estudar o nível de conhecimento dos profissionais de enfermagemsobre o processo de
humanização no hospital geral dos Cajueiros no Iº semestre de 2021;
2.2. Específicos
Avaliar o nível de conhecimento dos enfermeiros sobre a assistência de enfermagem a
pacientes sobre o processo de humanização;
Identificar as características do processo de humanização;
Verificar o papel do enfermeiro no atendimento aos pacientes e seus familiares.
3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Conhecimento - É uma habilidade. Como habilidade, ela não e algo que possamos repassar a
outro individuo, algo que será desenvolvido através do treinamento e da repetição
(FERREIRA, 2006).
Hospital – É a Unidade de Saúde (SNS) que se constitui como primeira responsável pela
promoção e melhoria dos níveis de Saúde da população onde está inserida.
A comunicação não verbal também pode ser vista como parte da Humanização, pois gestos e
olhares também fazem parte da comunicação, pois a empatia e a comunicação verbal ou não
verbal são pré-requisitos necessários para uma ação recíproca entre as pessoas.
Consideramos então que esses elementos fazem parte de um mesmo processo que deve ser
harmônico, objetivando atingir uma sociedade humanizada.
A humanização é o ato de tornar o indivíduo mais humano, oferecer condições sociáveis,
valorizando e respeitando seus princípios éticos e morais. É sinônimo de empregar sabedoria
e sentimento nos cuidados prestados, agir de maneira sincera e leal ao outro, ouvir com
ciência e paciência o pedido de socorro escondido por de traz de conflitos, dores, incertezas,
solidão, carência, enfim, sensações inerentes de pessoas envolvidas em um processo de
perdas. É neste exato momento de troca que se executa a humanização.
Conforme Almeida (2006.) afirma que a “humanização é um processo de construção gradual,
que é realizada através do compartilhamento de conhecimentos e de sentimentos.” Sendo
assim podemos considerar que o indivíduo humanizado é o que compartilha o que tem de
melhor, sua dedicação, seu conhecimento.
A humanização é a interação entre duas ou mais pessoas, envolvendo respeito, ética e
relacionamento interpessoal, dependendo da reciprocidade entre remetente e destinatário,
onde o interlocutor interpreta e acrescenta informações.
Para Dionísio, (1996), humanizar é ter o respeito à outra pessoa como condição para sua
realização, reconhecendo a sua posição e das organizações que construídas, como é o caso dos
profissionais da saúde que têm no enfermo a razão de sua realização pessoal e profissional.
Entretanto para o autor, praticar a humanização não se trata apenas de princípios morais, mas
também o respeito com os seres humanos.
A humanização na saúde pode ser vista em postos de atendimento ao paciente, em clínicas
médicas, em consultórios de fisioterapias etc.
Serão apresentados nesse trabalho as condições e a qualidade do atendimento oferecidos, os
conceitos de assistência à saúde e a valorização da vida humana e cidadania, a implantação de
iniciativas de humanização que venham a beneficiar os usuários e profissionais da saúde e o
fortalecimento de iniciativas já existentes.
O acto e o facto de humanização em hospitais são necessários justamente para que não ocorra
o desconforto para os atendidos e para aqueles que trabalham nesses ambientes.
Para Domingues, (1999) nas relações vivenciadas em hospitais são necessários atributos
como, compaixão, competência, confiança, consciência e comprometimento. As cinco
atitudes citadas pela autora têm finalidade de ajudar o cuidador a ter mais responsabilidades
de seus atos com o indivíduo a ser cuidado.
Conforme Domingues, (1999) ainda afirma que esses cinco atributos devem ser vistos como:
a compaixão é interpretada como sensibilidade, a dor pela participação na experiência
do outro e como compartilhamento da condição humana.
a competência é caracterizada pelo estado de possuir conhecimentos, habilidades,
energia, capacidade de julgamento, experiência e motivação para responder a contento
as demandas das responsabilidades profissionais nos serviços de saúde.
a confiança se desenvolve através de relações respeitosas, segurança e honestidade.
consciência moral, o cuidador precisa estar atento a natureza do que ocorre com os
pacientes oferecendo a eles a satisfação de bem-estar e cuidado.
comprometimento e resposta aos desejos e obrigações que resultam na ação, na atitude
de cuidar do outro.
A esse respeito, afirma Backes (2006) que ao serem cuidados de forma competente e amável
os pacientes se sentem seguros.
Para Backes (,2006, p.43 e 44) é importante considerar-se também que em um hospital é
necessário que a estrutura física também seja adequada para que os pacientes e colaboradores
estejam satisfeitos com os serviços prestados e oferecidos, pois de acordo com:
Quando nos dedicamos a identificar e atender necessidades legítimas dos outros(servir),
descobrimos que é preciso fazer alguns sacrifícios. Quando rompemos com o “eu” e nos
empenhamos em atender as legitimas necessidades dos outros, nossas carências também são
satisfeitas.
Para que o trabalho de um profissional seja eficiente e ao mesmo tempo humanizado é
necessário conhecimento, aperfeiçoamento, qualidade técnica e de inter-relação humana. A
oferta de qualidade exige o desenvolvimento de conhecimento para lidar com os aspectos
emocionais do paciente, isto é, precisa desenvolver atitudes eficientes e humanas em sua
tarefa assistencial. É necessário repensar as práticas das instituições de saúde, buscando
opções de diferentes formas de atendimento e de trabalho que preservem este posicionamento
ético no contato pessoal e no desenvolvimento de competências relacionadas. Pois o cuidador
será lembrado sempre por um paciente, seja nas pequenas situações vivenciadas, como, ações
e palavras positivas. Essas atitudes podem parecer corriqueiras, mas é uma demonstração de
respeito para quem está sendo cuidado.
Outro ponto importante dentro do atendimento à saúde nos dias de hoje é o avanço
tecnológico, necessário paramelhoria do atendimento oferecido aos pacientes e do trabalho
realizado pelos profissionais.
Humanização precisa ser sentida e notada, tanto pelos pacientes e familiares como pela equipe
profissional; o cuidado resume-se na responsabilidade profissional e esforço de tratar as
pessoas, respeitando suas necessidades, estimulando sua potencialidade e considerando sua
autonomia nas escolhas. Portanto, entende-se que humanização não é somente uma técnica,
um artifício, mas uma atitude positiva no processo vivencial.
De acordo com Dionísio al, (2006), o homem passa nos dias de hoje, por uma grande crise de
humanismo, pois presencia grandes transformações na economia, política, tecnologia,
esportes, direitos e deveres do cidadão, família e saúde, que fazem com que este deixe de ter
compaixão pelo próximo, ou seja, não pratique a humanização, fazendo que o desrespeito e
violências pelo próximo vire rotina.
afirma Batista (2006, p.25) que: frequentemente, violências morais, psicológicas e físicas
ocorrem em muitas instituições de saúde públicas e privadas de nosso pais tendo como actores
diretos, profissionais que lidam com a clientela e indiretos, dirigentes de instituição e
administradores públicos envolvidos mais frequentemente com a burocracia. O autoritarismo
de administradores e médicos, o abuso do poder, a banalização do sofrimento ainda atinge
muitos hospitais.
Como Coelho[et al.], (2000, p.280), diz-nos que “humanizar, significa distribuir de uma
forma global e igualitariamente benefícios e resultados consideradas propriedades sine qua
non da condição humana tais como, dar atenção às necessidades básicas de subsistência,
educação, segurança, justiça, trabalho, acesso à liberdade de associação, de pensamento e
expressão, de ideologia política, de prática científica, arte, desporto, culto religioso e
particularmente: o cuidado à saúde.”
Tal como refere Coelho [et al.],(2000, p.280), “humanizar é, ainda, garantir à palavra a sua
dignidade ética. Ou seja, o sofrimento humano, as perceções da dor ou de prazer no corpo,
para serem humanizadas, precisam tanto que as palavras com que o sujeito as expressa sejam
reconhecidas pelo outro, quanto esse sujeito precisa ouvir, do outro, palavras de
reconhecimento. Pela linguagem fazem-se as descobertas de meios pessoais de comunicação
com os outros, sem que se desumanize reciprocamente”. Isto é, a comunicação é essencial à
humanização.
cuidados de enfermagem, assume o dever de: dar, quando presta cuidados, atenção à pessoa
como uma totalidade única, inserida numa família e numa comunidade; contribuir para criar o
ambiente propício ao desenvolvimento das potencialidades da pessoa”.
Na opinião de Batista, (2006, p. 272), “a sociedade pretende enfermeiros competentes tanto
do ponto de vista da ciência como da técnica e que possuam uma formação humana que os
torne capazes de prestar cuidados tendo em atenção a pessoa na sua globalidade de ser bio-
psico-social-espiritual, integrada numa família e numa comunidade que fazem parte
intrínseca do seu estar-no-mundo”. Podemos então referir que a humanização está
intimamente ligada à pessoa que, como parece evidente, é única e torna-se diferente nos
modos como se relaciona com o outro, age segundo aquilo que é e de acordo com a sua
personalidade.
A pessoa é um ser aberto, em crescimento constante e consciente, que se vai realizando ao
“passar pelos outros”. A pessoa também se faz a si no agir: personaliza-se e constrói a sua
personalidade. Agir de forma consciente, livre e social face ao mundo é sinal de um processo
de personalização. A pessoa ao tomar consciência do seu agir, organiza um quadro de
valores, hierarquiza-os, assume como “bem” o que o realiza e humaniza e como “mal” o que
o despersonaliza. Cada pessoa tem uma forma pessoal de estar no mundo, consoante as suas
opções particulares têm sentido num projeto de vida.
Para Ferreira, (2006, p. 97) “a pessoa não é simplesmente um organismo ou um ser físico; a
pessoa é também uma parte da Natureza, um ser espiritual, nem puramente físico nem
puramente espiritual”. Para nós, a pessoa é um ser humano único, independente da sua idade,
sexo, saúde física ou mental e é também um ser moral. Qualquer pessoa possui sentimentos e
valores próprios que têm de ser respeitados, possui também consciência moral, autonomia
moral e responsabilidade. Podemos dizer que a pessoa virtuosa, a pessoa de bem, inclina-se
para a verdade, para o justo e para o bem, e aplica-se à utilização dos meios em vista da
autorrealização e da felicidade como apetência fundamental. Podemos dizer também que o
corpo, os sentimentos e os pensamentos são expressões essenciais de todos os seres humanos.
Para a enfermagem, a pessoa é a origem e a meta de toda a atuação que pretende ser humana
e humanizadora. A profissão de enfermagem encontra na sua existência e razão de ser na
pessoa que cuida, o utente. Este é um ser único, com uma realidade própria, exclusiva e
irrepetível, inserido num contexto cultural e histórico, com necessidades próprias e em
contínua construção, devendo ser respeitado na sua globalidade. Podemos então verificar que
a pessoa é o foco central da enfermagem, é aquela que recebe ou poderá receber cuidados, ou
seja, é o ponto de partida para a enfermagem e deve ser vista como parte de um todo
(ambiente, família, sociedade) e não como um sujeito isolado.
A nossa profissão dirige-se a pessoas, integrando um quadro de referências ligado ao respeito
pela integridade humana e à conceção da liberdade e escolha humana.
De acordo com Almeida, (2008, p. 68), “a pessoa passa a ser o centro de interesse, baseado
numa relação interpessoal que ocorre entre a pessoa que necessita de ajuda e a solicita, e a
pessoa capaz de dar ajuda, onde o cuidado não é um ato mecânico, mas sim humanístico”.
Falar de pessoa implica, portanto, falar da sua dignidade. Ao enfermeiro, como já referimos
anteriormente, além de uma exigência técnica e científica, é exigida também uma relação
com o utente que assente no respeito pelo princípio da dignidade. Podemos dizer que a
dignidade humana está intrinsecamente ligada à pessoa, ou seja, se a pessoa existe, então, ela
tem dignidade.
Nas palavras de Almeida, (2008, p. 232),” o nosso corpo traz em si as marcas da nossa
consciência e do nosso mundo e, desse modo, ele é indissociável do enraizamento da noção
de dignidade, que deve partilhar com a racionalidade que também nos caracteriza como seres
humanos.”
Na área da saúde e especificamente da enfermagem, toda a pessoa humana é sujeito de
direitos e deveres, expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamados
pelas Nações Unidas e garantidos pela Constituição da República Angolana.
Segundo Almeida, (2008, p. 236), “podemos verificar que esta declaração favorece a
manutenção de um ambiente saudável, tanto a nível social como moral, e ainda, em última
instância, a uma consciência ecológica, ao chamar a si o respeito pela vida humana à face da
Terra, com dignidade”.
Em caso de doença e internamento, estes direitos e deveres não são perdidos ou diminuídos,
pois a pessoa doente é uma pessoa e, como tal, deve ser tratada de forma humanizada. Assim,
surge a Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes (Angola - Ministério da Saúde, 1999). Esta
carta mostra-nos que é imprescindível que os cuidados sejam prestados de forma holística,
centrados na pessoa (utente) e com vista à qualidade dos cuidados prestados. Assenta num
conjunto de valores fundamentais, como a dignidade humana, a equidade, a ética e a
solidariedadee representa mais um passo no caminho da dignificação dos doentes, do pleno
respeito pela sua particular condição e da humanização dos cuidados de saúde, caminho que
os doentes, os profissionais e a comunidade devem percorrer lado a lado. Neste sentido, esta
carta representa “mais um passo no caminho e dignificação dos doentes, do pleno respeito
São os pequenos e grandes cuidados do dia a dia que tornam o ser humano único e especial
nos diferentes espaços e situações em que se encontra, ou seja, para que exista uma
assistência humanizada deve-se prestar um atendimento personalizado, voltado para o ser
humano doente e por isso, conciliar o acolhimento, o respeito e a tecnologia.
Segundo Almeida (2008). podemos dizer que a humanização em saúde está intimamente
ligada ao conceito de “qualidade de vida”, que se centra na pessoa e na satisfação pessoal, e
no conceito de “qualidade de serviços”, que se refere aos recursos humanos e materiais, à
articulação de estratégias de organização e a alianças e parcerias. Esta ligação visa a
excelência dos serviços e dos cuidados prestados.
De acordo com Almeida, (2008, P. 33) “não é possível humanizar a gestão das organizações
sem melhorar a qualidade, da mesma maneira que a procura da qualidade, traz consigo
necessariamente a humanização das instituições” Afirma também que “a qualidade positiva
dos conhecimentos e procedimentos técnico-científicos deve ser acompanhada de uma
correspondente qualidade no modo de atender e comunicar, no respeito e simpatia, na
informação cuidada e adequada, relação humana e humanizadora que seja a outra grande
tecnologia, com custos mais reduzidos, e efeitos também eles surpreendentemente notáveis."
Segundo Almeida (2008, p. 34) constata que “humanização pode e deve ser, em ambiente
hospitalar, o outro nome a dar à Qualidade, uma vez que uma e outra concorrem para um e
mesmo fim, o serviço à pessoa doente, na procura da excelência de cuidados e na afirmação
dos mais altos valores da humanidade que devem inspirar todos e cada um dos que participam
nesta mudança de paradigma, da qual queremos ser agora protagonistas”.
Ainda segundo o mesmo autor “humanizar, hoje, no mundo da saúde, significa pôr a marca
do humano em todo o nosso processo relacional com cada um dos doentes e lutar para que as
circunstâncias em que ele acontece não sejam um obstáculo à nossa ação humanizada e
humanizadora”.
Nos dizeres de Almeida (, 2008, p. 12) assim, este Serviço pretende estar atento a todos os
que frequentam este hospital, nomeadamente doentes, utentes e profissionais, numa
perspetiva de respeito e de dignidade em si próprios e para com os outros. Visa ser o Serviço
de Humanização reconhecido no mundo da saúde como “uma comunidade onde a pessoa seja
o referencial valorativo mais elevado da sua ação”, assumindo como valores fundamentais da
vida humana: “a dignidade, a solidariedade, a amizade, a verdade, a autenticidade, a bondade,
a liberdade, a competência, o compromisso” (Almeida, 2008, p. 13).
Conforme Domingues, (2009) ao longo dos tempos pode verificar-se que o “Cuidar” foi a
essência da enfermagem, palavra que sempre esteve presente na prestação de cuidados, na
relação com o outro, no agir individual e pessoal de todos quantos se dedicaram a cuidar da
Pessoa.
Nesta perspetiva e desde o início da humanidade, o ato de cuidar revela-se uma necessidade
para o bem-estar do Homem, sendo, portanto, uma prática que acompanha o evoluir dos
tempos. Este ato assume-se como individual, prestado a nós próprios desde que possuidores
de autonomia. Contudo, tal também pode ocorrer como um ato de reciprocidade, quando
existe a necessidade de colmatar necessidades vitais de um outro incapaz de as satisfazer, de
forma temporária ou definitiva.
Conforme Domingues, (2009) Jean Watson, teórica de enfermagem de renome, que muito
tem abordado o cuidar, definiu – o como “o ideal moral da Enfermagem, pelo que o seu
objetivo é proteger, melhorar e preservar a dignidade humana. Cuidar envolve valores,
vontade, um compromisso para o cuidar, conhecimentos, ações carinhosas e as suas
consequências. Todo o cuidar está relacionado com respostas humanas intersubjetivas às
condições de saúde-doença”
Para Andrade (, 2004, p. 54) todo o ser humano tem necessidades físicas, emocionais e
sociais e segundo a mesma autora, “a função da enfermagem na ciência, assim como na
sociedade, é cuidar da totalidade da personalidade humana”.
Conforme Carvalho, (1996, p. 48) hoje em dia é fundamental que os enfermeiros vejam o
doente como um todo único, uma pessoa com nome, família e inserido numa sociedade, que
cuide dele como gostaria de ser cuidado. Porque afinal, “se a ciência nasce da vontade de
saberes, se a medicina nasce da vontade de servir, o mesmo podemos dizer da enfermagem
que nasce da vontade de cuidar”.
Perante tudo isto e na opinião de Coelho (2000, p. 174) “não é demais referir que cuidar, para
além do saber científico, de uma ação técnica e de relações interpessoais, é um valor
intrínseco e implica no ato de cuidar reconhecer, respeitar e defender a pessoa, como sujeito
de direitos e deveres. Desta forma, a humanização adquirirá certamente um rosto mais
humano”.
Na opinião de carvalho, “enfermagem e cuidados de saúde de qualidade, exigem hoje em dia
um respeito humanista pela unidade funcional do ser humano requerem conhecimentos,
“são pessoas únicas, em permanente desenvolvimento, que necessitam ser ajudadas a atingir
o seu máximo potencial”.
Trabalhar num Hospital Pediátrico pressupõe diariamente um confronto com esta dura
realidade da vida: a doença na criança e a necessidade de hospitalização.
Embora para os profissionais de saúde esta situação se possa tornar numa rotina, existem
sempre aspetos que exigem uma reflexão introspetiva, devendo derivar daí uma mudança de
mentalidade, comportamento e alteração da postura profissional.
De acordo Krebs, (1999) com o progresso tecnológico e a contínua evolução da medicina e
da enfermagem, facilmente se esclarece o diagnóstico a partir do qual se determina o
respetivo tratamento, diminuindo o tempo médio de internamento em unidades
especializadas. No entanto, crianças há cujo estado de doença é grave, exigindo uma
hospitalização mais prolongada, o que pode conduzir a extensas consequências de foro físico,
psíquico, social e económico, para as mesmas e respetiva família.
Para a criança, “é difícil distinguir as limitações e o sofrimento inerente à doença, das dores
impostas pelos próprios tratamentos, associadas às limitações da mobilidade ou alimentares, à
administração de medicação oral ou injetável e até às modificações inevitáveis nas atitudes
dos pais que alteram o clima afetivo da relação pais-filhos. Todo este conjunto de alterações
pode ser vivido, e é muitas vezes, como uma situação traumática que leva a modificações
importantes no funcionamento mental da criança.
As reações das crianças variam de acordo com a idade, estádio de desenvolvimento e mesmo
com a ausência dos pais. Frequentemente os recém-nascidos manifestam comportamentos de
protesto e desespero, choro frequente, apatia e sono agitado; até aos três anos, manifestam
reações de protesto, desesperança e desligamento sequencialmente.
Para Krebs, (1999) é na fase pré-escolar que manifestam o medo por lesão corporal e pelo
aumento da sensibilidade à dor, feridas, sangue e aos procedimentos médicos e de
enfermagem (Baldini e Krebs, 1999). No início da idade da pré-adolescência, as crianças
ainda manifestam preocupações relacionadas com a lesão corporal, a mutilação e mesmo com
a morte. Mais tarde sentem medo de ser abandonadas, de perder os amigos, por estar longe de
casa e da escola e preocupam-se em ficar para sempre inválidas. No fim desta fase as suas
grandes preocupações prendem-se ao facto de estarem ausentes da escola e por isso
preocupam-se em perder capacidades intelectuais, físicas e sociais já adquiridas
anteriormente
importante referir que se deve incentivar a presença dos pais, embora quando a sua presença
não é regular, estes nunca devem ser culpabilizados. Os profissionais devem respeitar a sua
decisão e lembrar-se que muitas vezes o motivo da sua ausência é por razoes familiares,
profissionais e mesmo económicas ou pelo cansaço ou pela dificuldade em aceitar a situação
de doença do filho.
A informação fornecida à criança e respetiva família deve ir ao encontro do desenvolvimento
cognitivo e emocional e à capacidade de interiorizar a mesma.
Refere Bettinelli (2003) que “é necessário saber interpretar alguns dos sintomas referidos,
bem como as palavras empregues. É nesta plataforma que o meio sociocultural tem algum
peso pois teremos por vezes de “descodificar” algum vocabulário empregue, e, no sentido
inverso, teremos de reduzir o vocabulário técnico que muitas vezes nos é comum e
completamente ininteligível para o nosso interlocutor”.
Dar informações pertinentes e em linguagem acessível é um fator importante para a família e
dá muitas vezes resposta às suas necessidades, como forma de manter o controlo da situação
real. Ao colmatar esta insegurança e estes medos, o enfermeiro assegura as carências
emocionais incluindo-se numa triangulação. De facto, a “comunicação que se deseja deve ser
feita atempadamente, ponderando bem o conteúdo e a forma, sobretudo nas situações mais
delicadas, acessível ao nível cultural dos interlocutores e em ambiente o mais adequado
possível. É preciso tempo para que haja possibilidade de esclarecer dúvidas e para que a
orientação seja bem assimilada”.
Para Bettinelli (2003) um aspeto importante que deve ser valorizado e utilizado para uma
comunicação ativa e esclarecedora centra-se com o tempo, o espaço físico e material
adequado, para as brincadeiras e jogos. Na impossibilidade ou dificuldade de exprimir as
ideias e os sentimentos que lhe causam ansiedade a criança pode, através das coisas que lhe
dão maior prazer, dar a entender ao enfermeiro quais as suas reais necessidades. Assim, a
partir do momento que a criança/família vivencia a doença e tudo aquilo que esta envolve, os
enfermeiros devem manter-se alerta e dar resposta às necessidades que esta apresenta. Toda a
equipa deve “ter em conta que, ao utilizar objetos lúdicos no momento do exame e/ou
tratamento, facilita a comunicação com a criança, trazendo a sua colaboração e diminuindo a
tensão dos pais que passam a transmitir segurança à criança”.
O modo como se cuida pode “divergir em pequenos aspetos nos diferentes modelos de
enfermagem, contudo caracteriza-se pelo facto de centrar as suas ações no doente como
sujeito de cuidados, numa perspetiva holística, quer seja na ação da enfermagem, quer seja na
relação estabelecida entre enfermeira/doente”.
Para Bettinelli (2003) o pragmatismo que envolve a hospitalização de uma criança e as
sequelas que isso pode deixar, conduziram a que Anne Casey, enfermeira neozelandesa que
deveras contribuiu para o emergir da Pediatria, elaborasse um modelo de cuidados. O seu
pensamento ia de encontro aos efeitos positivos que a presença dos pais ou pessoa
significativa para a criança e jovem pudessem vir a ter na evolução do seu estado de saúde e
na prevenção de comportamentos reativos durante o internamento e após a alta.
Para (Batista, 2006, p. 51) a filosofia subjacente aos cuidados de enfermagem, idealizada por
Anne Casey, reconhece e valoriza a importância da família e respeita o conhecimento que a
mesma possui da própria criança, a experiência em cuidar dela e a influência na recuperação
que possa vir a ter. Por isso, “o atendimento específico aos pais é indispensável, uma vez que
se eles estiverem bem, terão mais condições de participar na recuperação dos filhos,
colaborando nos cuidados e oferecendo-lhes suporte emocional”.
Para Almeida (2009) também o envolvimento dos pais nos cuidados ao filho ajuda a manter
a relação familiar, através dos hábitos usuais. Podemos mesmo dizer que “incentivar os pais a
permanecerem e a ocuparem-se da criança é fazer avançar o processo terapêutico. Não basta
dizer aos pais que podem ficar junto dos filhos. É necessário que eles sintam que são de facto
bem-vindos, que são úteis e que contamos com eles para tratar o seu filho”. Este
envolvimento contribui para minimizar as consequências negativas do internamento. O total
envolvimento dos pais só é possível se ocorrer a negociação de toda a equipa e dos
cuidadores formais, respeitando sempre a vontade e o ritmo de aprendizagem de cada um.
O enfermeiro de pediatria vai complementar os cuidados dos pais/família, ao ir ao encontro
das necessidades da criança. Estes cuidados podem tomar a forma de cuidados familiares, isto
é, os cuidados usualmente levados a cabo pelos pais para suprir as necessidades diárias da
criança, ou de cuidados de enfermagem que são cuidados adicionais que a criança necessita,
relacionados com a situação de doença. Dependendo da idade e da capacidade da criança,
esta poderá executar ela própria alguns cuidados de enfermagem, assim como a família,
quando está preparada e motivada, mediante o apoio e a supervisão de enfermagem.
Conforme Almeida (2009) a parceria tem uma perspetiva holística, em que o objetivo
primordial é manter a unidade familiar, respeitando as necessidades e desejos da
criança/família, tendo por base o sentimento de negociação. A hospitalização quebra muitas
vezes esta união, provocando desequilíbrios familiares e ansiedade dos pais. Neste sentido,
sentido do bom cuidado da dor em todas as suas vertentes, caminhando-se para a otimização
do controlo da dor. É muitas vezes difícil de obter a envolvência como transmissora de calma,
tranquilidade e segurança, o que se reflete negativamente em muitos mais aspetos do que o
controlo da dor, já que é essencial para uma boa prática clínica.
Não é fácil o equilíbrio entre as necessidades de descanso das crianças e as atividades de um
Serviço. O silêncio ou a redução do ruído e a luminosidade são imprescindíveis para a
estabilidade fisiológica e comportamental de qualquer criança de forma a evitar transtornos
do sono e do repouso. A conduta de atuação da equipa deve ser, evitar a luminosidade
artificial intensa durante a noite e optar por luz de baixa intensidade sempre que necessário,
de forma a amenizar a interferência desta sobre o ciclo do sono. No que se refere ao silêncio,
os profissionais devem procurar falar baixo e manipular com cuidado equipamentos, desligar
a televisão e incentivar as crianças e os pais a ter o mesmo tipo de comportamento.
Para Amin (2004) no entanto, essa estrutura sólida e acolhedora parece ser abalada com o
nascimento de uma criança com deficiência e, por isso, os profissionais envolvidos no
diagnóstico e tratamento dessa criança devem se preocupar com a forma mais adequada de
fazer esse comunicado à família, para que ela se sinta amparada e orientada em relação aos
cuidados necessários. A maneira como o profissional comunica a deficiência pode amenizar o
choque dos familiares ou cuidadores; atitudes de apoio são extremamente importantes neste
momento. Embora os pais tenham o direito de saber o diagnóstico do seu filho, cabe à equipe
de saúde a escolha do momento mais oportuno e da maneira mais adequada para comunicar a
família.
Embora não exista a forma ideal para essa tarefa, os estudos apontam algumas abordagens
consideradas mais adequadas. A comunicação deve ser feita de preferência com a presença da
mãe e do pai juntos, num lugar de privacidade, onde não ocorram interrupções, para que os
pais possam tirar todas as dúvidas existentes no momento. A pessoa responsável pelo
comunicado deve inspirar confiança e não utilizar vocabulário técnico-científico que dificulte
a compreensão. Além disso, ela deve estar consciente de que, nesse momento, os pais estão
sujeitos a reações emocionais e muitas vezes precisam contar com uma atitude de continência
do profissional. Essas atitudes poderão ajudar no estabelecimento do vínculo dos pais e da
criança posteriormente.
O momento da comunicação do diagnóstico de uma deficiência é considerado muito
importante tanto para a família quanto para o desenvolvimento da pessoa com deficiência.
É importante informar os pais, no momento da notícia, sobre as próximas etapas a serem
realizadas com a criança: exames, instituições especializadas a serem procuradas e os tipos de
tratamentos necessários.
Segundo Amin (2004) após o diagnóstico, a família deve entrar em contato com profissionais
de várias áreas para sanar eventuais dúvidas não esclarecidas, visto o elevado número de
informações transmitidas na ocasião e a impossibilidade de assimilação total. A relação dos
pais com a equipe responsável pelo tratamento, geralmente, é permeada por diversos
sentimentos, tais como: insegurança em relação à competência da equipe e inibição para o
questionamento acerca do que é realizado com a criança. Isso ocorre pela crença de que a cura
do filho depende somente do que é proposto.
Para Amin (2004) cada família reage de forma muito peculiar à notícia da deficiência.
Algumas passam por período de crise aguda e recuperam-se gradativamente, outras
De acordo com Backes, (2006) perpassar por alguns aspectos históricos para a compreensão
da evolução da Enfermagem, contudo de seu ensino em Angola é de suma importância uma
vez que a erudição histórica permite a construção de uma memória possibilitadora de tomadas
de consciência daquilo somos de fato, enquanto resultado histórico, o desenvolvimento da
autoestima coletiva, e a tarefa de reconstrução da identidade profissional.
Para Alves (2009) a educação e saúde no Brasil dividem-se em dois pressupostos, sendo o
primeiro relacionado às medidas preventivas e curativas com a finalidade a obtenção da saúde
e o enfrentamento das doenças, enquanto que o segundo refere-se às estratégias da promoção
da saúde com o objetivo de apoiar a construção social da saúde e do bem-estar. O pressuposto
das estratégias preventivas e curativas de enfrentar a doença e de obter saúde é coerente com
os princípios que regem as atuais culturas e sociedades, pois são baseadas na produção
incessante e sempre renovada de variados serviços que se fundamentam na tecnologia e na
ciência oferecidos para o consumo das pessoas.
A partir dos estudos de Silva (2008) ao colocar que a Enfermagem em Angola teve seu
processo de profissionalização por volta do final do século XIX constata-se que desde sua
origem esteve marcada pela superação de obstáculos para se tornar respeitada e reconhecida.
Seus executores ainda continuam empenhados para melhorar o status da profissão e adquirir o
respeito e reconhecimentos merecidos.
Apesar dos constantes esforços para o estabelecimento de uma prática baseada na Atenção
Primária em Saúde, o hospital permanece como o local onde a maioria dos enfermeiros
trabalha e desenvolve suas habilidades profissionais. Para melhor compreender a prática no
presente, faz-se necessário analisar o papel dessa instituição na nossa formação e exercício
profissional.
O hospital como cenário terapêutico é facto relativamente recente. No passado ele estava
destinado a propiciar não a cura, mas a salvação de quem estava morrendo.
De acordo com Ayres, (2001) esta concepção ideológica sobre o hospital, isto é, local onde se
vai para morrer, persiste na atualidade em qualquer cenário onde a enfermeira atua. Reforça-
se assim o caráter caritativo do trabalho da enfermeira que, organizado pelas regras do modo
de produção capitalista, traduz-se por uma prática ambígua entre a mítica religiosa e as
normas do mercado.
Para esta concepção ideológica de hospital, a tecnologia dominante, ou seja, os instrumentos,
a experiência, os hábitos que caracterizam a força de produção, constitui-se
fundamentalmente das técnicas do poder disciplinar, das técnicas gerenciais e tayloristas, em
detrimento das técnicas terapêuticas, das técnicas de diagnóstico, prescrição e avaliação do
resultado de enfermagem - formadas pelos ritos e saberes instrumentalizados a partir de uma
relação artesanal enfermeira-cliente.
As práticas utilizadas estão estruturadas sobre relações de produção que desconsideram os
conhecimentos sobre a clientela, dificultando assim nosso atendimento às necessidades
necessidades específicas do paciente, sendo então redigida de forma a que todas as pessoas
envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistência. Quando esse plano não é
redigido, observam-se omissões e repetições. Não havendo um plano escrito, o paciente
precisa repetir informações pessoais e referências a cada pessoa que o assiste.
De acordo com Baraúna (2013) que um sentimento de orgulho e de realização é
experimentado, quando os objetivos de um plano de assistência são alcançados e reduzem os
problemas do paciente. O processo de enfermagem contribui para o crescimento profissional
de cada enfermeiro. Quando um enfermeiro conclui o plano e consegue avaliar a sua eficácia
em atingir as necessidades individuais de um paciente, ele aumenta a sua perícia que pode ser
adaptada para satisfazer as necessidades de outros pacientes no futuro. À medida que esse
aprendizado se expande pela experiência com diversos pacientes, o enfermeiro ganha em
conhecimento e em experiência.
4, METODOLOGIA
4.5. Critérios
Para a realização deste estudo foi tida em consideração a autorização institucional, que por
intermédio de uma carta redigida pela área académica do Instituto Superior Politécnico
Deolinda Rodrigues, com aprovação e autorização do Supervisor do Hospital Geral
dosCajueiros,onde foi realizado o presente estudo.
4.8. Procedimentos
4.8.1. Éticos
Para a realização deste estudo foi tida em consideração a autorização institucional, que por
intermédio de uma carta redigida pela área académica do Instituto Superior Politécnico
Deolinda Rodrigues, com aprovação e autorização do Supervisor do Hospital Geral
dosCajueiros aonde foi realizado o presente estudo.
6. CONCLUSÃO
7. SUGESTÕES
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICES
CURSO DE ENFERMAGEM
Questionário
Apresentação e objectivos do questionário
Estamos a inquiri-lo (a) no sentido de nos facultar informações relativa à sua opinião sobre
‘‘Nível de Conhecimento dos Profissionais de Enfermagem Sobre o Processo de
Humanização no Hospital Geral dos Cajueiros no Iº Semestre de 2021” no contexto de uma
investigação para um Trabalho de Conclusão de Curso de licenciatura em Enfermagem.
Interessa-nos saber, para além da sua idade, formação profissional, estado civil, as opiniões
sobre os aspectos favoráveis e desfavoráveis que encontra no tema em questão. As
informações são imprescindíveis para a realização do mesmo, pelo que agradecemos a sua
colaboração.
Leia com atenção e responde com um X às questões abaixo mencionadas.
Todas as respostas serão anónimas e servirão apenas e somente para tratamento de dados do
Relatório Final da Monografia.
1. Identificação
1.1. Idade
25 á 27
28 á 32
33 á 3515
37 á 40
41 á 45
46 á 49
50 á 55
Instituto Superior Politécnico Deolinda Rodrigues – Idero
Ensino de Base
Ensino Médio
Ensino Superior
1.3. Sexo
Masculino
Feminino
1 a 5 Anos
6 a 10 Anos
11 a 15 Anos
16 a 20 Anos
25 a 30 Anos
2. Será que os profissionais desta unidade hospitalar têm aplicado os princípios bases da
humanização?
Sim
Não
Não
Talvez
Não
Não
Não Sabe
Sim
Não
Não Sabe
8. Qual deve ser a atitude do profissional de saúde diante de uma família agitada?
Manter a calma
Não Sabe
Educação em saúde
Não sabe