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PPP6 Teste2A FINAL
PPP6 Teste2A FINAL
GRUPO I – ORALIDADE
1. Classifica as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo com o texto
que ouviste.
Afirmações V F
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PALAVRA PUXA PALAVRA 6 – TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 2 A
Texto A
Lê, atentamente, o texto seguinte.
Duas escolas da Maia venceram a primeira edição do prémio “A Escola dos Nossos Heróis”.
Descobre o que fizeram estes heróis.
Logo que o som da campainha anuncia o intervalo, começa a animação na Escola EB1/JI
do Lidador, na Maia. A sala reservada aos alunos com deficiência não é exceção. Num ápice,
5 aparecem colegas de várias turmas. “Podemos ir brincar com eles lá para fora?”, pergunta Ana
Morgado, 6 anos, às professoras e terapeutas que acompanham os seis estudantes que
precisam de apoio especial devido a problemas de saúde graves, como paralisia cerebral,
cegueira ou incapacidade motora, ou seja, os alunos que estão na Unidade de Apoio
Especializado à Multideficiência (UAEM).
10 Grupos de dois e três alunos conduzem os três colegas que usam cadeiras de rodas para o
recreio, enquanto outros amparam, de mãos dadas, aqueles que têm maior dificuldade em
caminhar.
Esta cena repetiu-se muitas vezes no último ano, por causa da iniciativa “Todos Amigos”,
criada com o objetivo de aumentar o convívio com os alunos da UAEM. Primeiro, houve
15 sessões de sensibilização nas turmas sobre a importância de incluir todos os alunos da escola
nas brincadeiras e atividades. Diariamente, um grupo de três ou quatro estudantes era
nomeado para brincar com os alunos da UAEM durante o intervalo da manhã. Não tardou até
haver corridas de estafetas na escola, com alguns meninos a pé e outros de cadeira de rodas,
sempre sob o olhar das técnicas, que ajudaram a adaptar as brincadeiras. Por exemplo, em
20 alguns jogos passaram a usar uma bola com guizos para que João Anjos, 12 anos, invisual,
também pudesse participar. Rita Almeida, 7 anos, aproveita para passar uma mensagem: “Os
nossos amigos com deficiência são como nós.” Xavier Costa, 8 anos, aprendeu outra lição
importante: “Não devemos julgar as pessoas pelo aspeto. Os sentimentos é que interessam.”
Apesar de não ser fácil comunicarem, entendem-se por gestos.
25 Noutra escola da Maia, a EB1 de Moutidos, a azáfama também era grande, no dia em que a
equipa de reportagem da Visão a visitou. Estava prestes a acontecer o último gesto solidário do
ano: a entrega de donativos à Ataca, uma associação que apoia crianças moçambicanas órfãs.
Esta foi apenas uma das missões da associação Ajudadores de Moutidos, fundada pelos
próprios alunos e que ganhou o prémio Projeto Solidário da “Escola dos Nossos Heróis”.
30 Uma aluna tinha lido um apelo num café a pedir donativos para pagar os tratamentos de um
menino que não conseguia andar, outro aluno havia reparado que existia cada vez mais sem-
-abrigo e outro nem queria acreditar quando viu uma pessoa a procurar comida no lixo.
Perceberam que a escola estava em sintonia: era preciso agir. Foi assim que surgiu a ideia de
criarem a associação Ajudadores de Moutidos.
35 Toda a gente colaborou na formação da associação.
Visão júnior online, 10 de outubro de 2015 (acedido em outubro de 2021; texto adaptado e com supressões)
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1. Assinala com X, de 1.1. a 1.5., a opção que completa corretamente cada frase,
de acordo com o sentido do texto.
1.4. No dia em que a equipa da Visão visitou uma escola da Maia, havia uma grande
agitação porque
A. nunca tinham recebido, na escola, uma equipa de uma revista.
B. iam fundar a associação Ajudadores de Moutidos.
C. estava iminente a entrega de donativos à Ataca.
D. iam receber o prémio Projeto Solidário da “Escola dos Nossos Heróis”.
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Texto B
Filémon e Báucis
Um dia o rei dos deuses, que se chamava Zeus (ou Júpiter) falou a outro deus, que se
chamava Hermes (ou Mercúrio), e disse-lhe assim:
– Vamos lá abaixo onde vivem os homens, a ver como eles se estão comportando.
Depois, tanto Júpiter como Mercúrio vestiram túnicas e capas velhas, despediram-se da
5 deusa Palas (ou Minerva), filha de Júpiter, e desceram num instante à cidade que queriam
visitar, e que ficava numa terra chamada a Frígia.
Como vinham assim tão mal vestidos, todos os tomaram por uns pobretões.
Ora, as pessoas da terra eram gente má, e não pensaram em os receber com bondade.
Pelo contrário. Quando Júpiter e Mercúrio passavam na rua, os rapazinhos, que eram
10 malcriados, troçavam deles; os cães perseguiam-nos, sem que os donos lhes fizessem
sinal para se aquietarem1.
Foram assim caminhando até que saíram da cidade. E, tendo saído, viram à esquerda
da estrada uma casita pobre.
Era já pela tardinha. O velho e a velha que lá moravam tinham acabado o seu trabalho,
15 comido a sua ceia, e estavam ali sentados num banco, à porta da sua casa. Banco muito
tosco2, casa muito simples: pois que Filémon e Báucis, os donos dela, eram tão
pobrezinhos quanto Júpiter e Mercúrio pareciam ser.
Mas não eram maus, como a gente da cidade. Bem pelo contrário. Por isso, quando os
dois deuses se aproximaram da cancela, Filémon e Báucis levantaram-se, e vieram dizer-
20 -lhes com muita bondade:
– Entrem, amigos, entrem. Entrem e descansem, se estão cansados da sua viagem!
Júpiter e Mercúrio, ao ouvir isto, olharam um para o outro, sorriram, foram atrás de
Filémon e Báucis, e sentaram-se no mesmo banco.
– Tenho muita pena – disse a velha Báucis – de não haver cá em casa boa comida para
25 lhes dar. Mas alguma coisa se arranjará.
Enquanto Filémon, cá fora, conversava com os dois deuses, supondo-os uns homens
como outros quaisquer, e lhes oferecia água para se lavarem, Báucis lá dentro preparava a
ceia. E, apesar de supor que os dois hóspedes eram uns simples pobretões, tratou de tudo
com tanto cuidado como se soubesse que eles eram deuses.
30 Quando a ceia estava pronta, chamou os hóspedes.
Báucis, coitadinha, estava com medo de que o leite não chegasse, porque os dois
deuses tinham muita sede. E quando Mercúrio pediu leite pela terceira vez, não teve
remédio senão dizer-lhe:
– Tenho muita pena, mas acabou-se. Agora é que não sei que se há de fazer…
35 Mercúrio piscou o olho para Júpiter, e sorriu, sem que Báucis desse por tal; e tornou a
pedir:
– Ora experimente. Experimente sempre deitar no meu copo, que talvez ainda haja uma
gotinha, lá no fundo da leiteira…
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Para mostrar que na verdade se tinha acabado todo o leite, Báucis pegou na leiteira, e
40 inclinou-a completamente sobre o copo de Mercúrio. E qual não foi o seu espanto quando o
leite saiu dela, e em tal quantidade que encheu todo o copo, e ainda se entornou pelo chão
da casa!
Atrapalhada, pôs-se a olhar com os olhos muito abertos, e ficou algum tempo sem dizer
palavra, até que exclamou:
45 – Filémon, Filémon, que é isto? São deuses com certeza, Filémon! Estão deuses em
nossa casa!
– Não se assustem, amigos – disse-lhes Júpiter com voz doce. – É verdade que somos
deuses. Mas pessoas como vocês, que não fizeram mal nenhum, não devem ter medo da
presença dos deuses.
António Sérgio, Contos Gregos, Porto, Porto Editora, 2015, pp. 7-16 (texto com supressões)
Vocabulário
1 2
aquietarem – apaziguarem, acalmarem; tosco – rústico, mal acabado.
4. Transcreve do texto uma passagem que refira o motivo pelo qual os deuses foram
maltratados na cidade.
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PALAVRA PUXA PALAVRA 6 – TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 2 A
10. Menciona duas características que te permitam classificar este texto como sendo
um conto.
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PALAVRA PUXA PALAVRA 6 – TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 2 A
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Coluna A Coluna B
“O velho e a velha que lá moravam tinham acabado o seu trabalho, comido a sua ceia, e
estavam ali sentados num banco, à porta da sua casa. Banco muito tosco, casa muito
simples, pois que Filémon e Báucis (…)” (linhas 14-16)
GRUPO IV – ESCRITA
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