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Miguel Carlos Madeira Anatomia da Face BASES ANATOMOFUNCIONAIS PARA A PRATICA ODONTOLOGICA a 6 edigdo Se | e Vi A Ss Pi Introdugao ao estudo da face Cranio Anatomia aplicada do cranio Muisculos da face Articulacao temporomandibular Boca iSarvien Vascularizagao sangiifnea e linfatica da face Nervos da face sentacao da 6* edicao Desde 200, quace todos 0 capitulos desta obra estio incorpora- dos ao livro “Anatomia facial com fundamentos de anatomia sis- témica geral” (Edit. Sarvier, S80 Paulo), redigido por mim em parceria com o Prof. Roelf J. Cruz Rizzolo, {A inten era continuar a oferecer uma anatomia especifica da face, porém acrescida de nodes de anatomia humana geral, como se fossem dois compéndios em um s6. A justificativa era que a unido desses assuntos correspondia ao contetio total da discipli- na de Anatomia, do curso de Oxtontoiogia. Apesar de mats com- pleto, continuaria ¢ ser um livro apenas, © que traria vantagem econdimica na sua aquisigo. Realmente, “para uma boa formagio em Anatomia odontologica, deve-se dar atengao especial ao estudo da face, mas também & preciso obter um conhecimento, pelo menos bésico, de todo 0 cor- po humano”, ‘Mas, como uma parcela cos leitores,tais come alunos de cursos de ‘specializagao, interessa-se apenas por uma publicasio especifica sobre @ face, este livro “Anatomia da face” continua 2 ser editado. Foi feito um especial esforgo para simplificar esta 6 edicho, a fim. de oferocer mais objetividade e manter as condlcdes de compra Para tanto, como principal modificagio, foram excluiclos os sete textos de estude dirigido, sob a denominacio “Saiba mais sobre 0 viscerccrinio..sobre miisculos ceflicos..sobre ATM ete.”, que e tavam induidos no “Apéndice” Mas, como esses textos abrangem assuntos fundamentals e per- ritem aa leitor re-estudar e avaliar seu aproveitamento no es tudo, por conta propria, eles nao peciem simplesmente ser ex cluidos. Devido a sua importincia, passaram a constar do site 1wwswaanatomiafacialicam e podem ser achados, sob 05 mesmos titulos, no ink “Aprendendo Anatomia” e, a seguir, “Estude diri- sido”, Os testes de auto-avaliagio (avaliagao formativa) nos finais dos capitulos, que j faziam parte da 5 edicio, permanecer. Na “Apresentacio” da edicéo precedente havia um texto dirigi- «do aos estudanies, sob a forma de recomendagoes, que compu nnham um cédigo de comportamento do estudante no estudo, no relacionamento interpessoal e na vida universtiri, Esse texto foi modificado, ampliado, e hoje também faz parte do ‘mesmo sie wwwzanatomiafacialcom, podendo ser encontrado sob 0 titulo “Recado aos alunos ingressantes” no link “Aprendendo natomia’ ¢, a seguir, “Reflexdes sobre educagio wniversitiria” Outros texts, dirigits a alunos e professors, podem ser encontratos tno mesmo lint. Um deles, “A nocien culture de cola na escola”, versa sobre o arifcio de colar durante as avaliagdes escolar. Esse texto ad- verte sobre pritics ilictas, av simular situegdes possivis, de mancira ‘muito peculiar. Ao destacar 0 valor de ética como necessidade incontes- fe, insta 06 alunos a fazerem wm esforo inteligente tendo em vista 0 ‘ulti de bons hibitose 0 reconhecimento de consciémcia de sew valor € dle suas possibildades, Encomtram:se no mesmo link “Aprendendo anatomia” (“Reflecdes cducagio universtéria”) do site wioxtanatoniafacal.com, os textos _guintes: “Ensino, pesquisa, extensio'",“Rflstes sobre Educa (det «fra da sola de aula)”, “O ensino da Anatomia e suas difculdades” ~ em duns ports -, “Modelo de plano de ensino de Anatomia para cursos Odentelogia”, “Os dots lados da uule expostiva,” “Avaliagao dicen (aspectos pratcos da verficagdo do rentimeruo escolar)”, “Estudo dirigi- to” €"O porque de ser bom profesor” Os cinco primeira textos ctados referem-see relexes sobre aE = como condigto vital para o progress do pas - sobre o pape do sor na escola efor dela, especifcamente deniro do ensino da nia, com conceituagiese parcceres sobre algunas priticas decentes ‘A redago sobre a aula exposition ponders as erticas que ela tem io pela sua propalada iefcieucta , av contivio, procura valorizél como estratégia de aprendizagem. Ao término sto indicados vérias cedimentos para 0 aprimoramento desse meio de ensino A “acvliagao discente” aborda iniciaimente e avaliagto diagnéstica, q € fembrada como une necessidade, Mas « maior parte do texto refere 2 aang semative, em Anatomia odantoligica. Virios exemplos como formular quesibes so ofereidos. Em “Estudo dirigido”, elgumas mndalidades sav mostrades por mei cexemplos, ra fret de Anatontia para dentistas. Sao rotires de wm ests ‘do edicional ou complementay, preparados de antemito, que proplem ‘maneina de entender, recordar ¢consolidar um asswnto que i foi est do (recémestudado, de prejeréncia). No mais,o “Anatomia da face” mostra ndo ter perdido sua tidade, nom se desviado de seu projeto inicial de incorporar Anatomia a0 contexto da Odontologia. ‘A redagdo mantém-se de acordo com a “Terminologia Anatémic Internacional”, da Federagio Internacional de Associacses dé ‘Anatomistas, traduzida por uma comissio da Sociedade ra de Anatomia, como nao poderia deixar de ser. Os termos tantes do Glossfrio foram destacados ao longo do texto median a utilizagio de um asterisco (*) Este livro tem utilidade comprovada para alunos de gra mas ¢ também ofereciclo a profissionais da érea da saiide, q freqtientemente necessitam de recordagio e reciclagem. Sew teudo esta sujet a atualizagoes e corresoes, que esses profi nals, notadamente os colegas professores, certamente propor para scu constante aprimoramento. E o que deseo. MIGUEL CARLOS MADEIRA e-mail: madeira@anatomiafacial.com ‘memadeir@terra.com.be Contetido CAPITULO I~ Introdugao ao estudo da face A face cAPTULO2- Crinio Vistas do erinio .. Topografia dentoalveolar® ‘CARTULO $~ Anatomia aplicada do cranio ‘Anatomia radiogratica do crario ‘Biomecanica do esqueleto facial... Fraturas do esqueleto facial Maxilares desdentados.n.. Anatomia ¢ implantodontia® Aspectos sexuais,etérios e antropométricos do crinio SESSEESY Bow CAPITULO 4 Muisculos da face ‘Musculos da expressio facial Expresso f2€lal ecnnnn Musculos da mastigacao.. Musculos supra-hisideos Miisculos da lingua vn Miisculos do palate... ‘CAPITULO 5 - Axticulagio temporomandibular 11 ‘A articulagio temporomandibular (ATM)... 103 Dinimica da. ATM... — Posigées e movimentos da mandibul un Desordens temporomandibulares” 47 cATiTULO «Boca 123 ‘A boca _ 15 A lingua eas As glindulas salivares. oe 138 Consideragies anatémicas sobre propagacées de infecgies odontogénicas” sv... we CAPITULO 7~ Vascularizacio sangilinea e linfética da face 153 ‘A artéria carStida externa e seus 1am08 Drenagem linfitica® = © Horécio Paig Leite ® Paulo Sérgio Perri de Carvalho ® Alicio R. Garcia '© Miguel Carlos Madeira e Roelf J. Cruz Rizzolo ® Ariovaldo Antonio Martins a OBJETIVO | Discutir generalidades sobre a face, considerando aspectos filo- enéticos, morfologicos e antropol6gicos # A face “A face serve para: 1) orientagio no espago, 2) detecgdo de fontes de energia (alimento),3) orientagio do animal A fonte de energia, 4) captura de energia, 5) comunicacao (0 homem).” FLL. Du Brul [Nos animais, a cabesa é 0 principal érgaio de preensdo, de defesa ede ataque, Modificagées filogencticas, contudo, fizeram com que no ser humano a cabeya passasse a ter a fungio de recepcio de alimento ear e se tornesse o centro das emogdes da faa. [Neste capitulo da evolucio bioldgica, o grande evento &a postu- za ereta, que traz consigo uma série de modificacoes ou rearran- jen somiticos. Para se adaptar & esa posture, © erénio ficou mais alto ¢ mais curto, Assim, quase exférico, methor se equilibra sobre ‘a coluna vertebral, som a necessidade de uma musculatura nucal ‘muito possanie. A evolugio do encéfalo concomitante com a re- dugio da face tomou possivel a visio estereoscépica. A visio me- Ihorada faciitou a coordenacdo dos movimentos nas extremida- des. O homem, entao, usando as maos na defesa e ataque e€ no preparo de ferramentase de seus alimentos, dispensow as exigén- cias de maxilares robusios, ibertando assim o crinio de forte pres- sio muscular. Dessa maneira, as modificagdes do aparelho masti- gador referem-se a um pequeno desenvolvimento des maxilares € de seus misculos, combinado com a reducio do nimero ¢ ta- manho dos dentes. Na face, desenvelvem-se 08 misculos da expresso facial, carac- teristicos do mamifero, Do peixe ao réptil (sem tecido muscular entre a citis €08 ossos do cranio), as expressoes facais $20 limita- ‘las 8 abertura.e 00 fechamento da boca e dos olhios. No homem, a ‘movimentagio da pele da face aleanga alta hierarquia, permitin- lo a exteriorizacio das emocées e sentimentos, com grande varie- dade de detalhes. O resultado das expresses habituais do indivi- duo, transmitidas a face para espelhar seus estados animicos, € 0 que se define como fisionomia. E a imagem real do individuo, dada pela relacao de sua personalidade (imagem interna) com sua eparéncia fisica (imagem externa), as quais,ajustadas, se apro- imam da unidade, ‘Desst forma, a face representa a pessoa toda! Eta atrai nossa atengao desde que somos bebés e continua a nos fascinar por toda a vida, F natural, portanto, que nela se concen- {rem os maiores esforges de promogao € conservagio de sta esté- fica e beleza. Vordadeiros milagres sio produzidos para tornar ‘uma face estética (distrbuicao proporcional, harminica e combi- nada de suas formagdes anatimicas superficiais) e bela (resulta- do de tuma estética ¢ de uma sa personalidade refletida). (O dentista tem papel preponderante na manutencdo da estética facial, visto que a normalidade dos arcos* dentais e dos maxila- res* € essencial & harmonia e ao equilibrio das linhas da face. O interesse do dentista pela face refere-se também a observagio 1 teriosa, que pode revelar certas condigdes orientadoras do diag néstico. Em medicina ¢ elemento importante para 0 diagnéstico de muitas doengas. Quanto d morfologiat, a» variadas formas de contomo da face le ‘varam Asua classificagio em quadrada, ovéideetriangular.O dente 3 incisive central superior tem seu contomo correspondente a es- sas formas geométricas fundamentais para uma face harmoniosa. © contomo da face é afetado por variagies no desenvolvimento" sscular, proeminéncia da glandula parstida e distribuicio da gordura subcutinea, Os tragos faciais 880 adquiridos por hereditariedade. Pacem, na- turalmente, mais tarde, ser reforcados ou enfraquecidos pelo uso ou ndo-uso, Somente orelevo da pele éadquirido individualmente. ‘A.cor da pele depende sobretudo do agrupamento de pigmentos presentes, da espessura da epiderme e da circulagao, Nos bran- 0s, epiderme espessa: cor amarelada e que aumenta com a ida- de; delgada: tom réseo, devico acs vas0s do oSrio. Nos negros, # ‘quantidace do pigmento é maior ¢ 0 fluxo de sangue provocado pelo frio ou por extitaedo ps{quica toma a pele baga. Neles, a dimi- nuigao do afluxo sangilinco ou na presenga de anemia (palidez nos ‘brancos) pe em evidénecia a cor da pele (fica mais escura), Os artistas copiam muito @ face, resullando dat a necessidade do conhecimento da anatomia* ¢ de normas de proporsio ou tdnones naturais (ideas). Um dos critérios estéticos facia fun- damentais é 0 que divide a face em trés segmentos igus: do ni- vel de implantacio dos eabelos ao nivel das sobrancelhas (fron- 4e); desse nivel até a base do nariz; e da base do nariz & base da mandibula, no mento, O espaco entre os dois angulos mediais* dos olhos deve ser igual a largura de cada fenda palpebral e 2 largura da base do nariz. A altura do nariz deve ser igual ao com primento da rima da boca Mas nao ha face verdadeiramente simeétrica. O que hi € uma essi- imetria normal, com 3 metades direita e esquenta ligeiramente diferentes. Os artistas estio ciontes de que essa variag8o normal & hecesséria para dar vida As suas pinturas. Dizem que uma face perfeita é monétona e inexpressiva, como as imagens em cera nos museus. Por ser a face altamente valorizada como 0 segmento corpéreo rais representativo da pessoa e como centro das atengies para tuma busca estética a sua alteracao com a chegada da velhice traz Jntimeras preocupacoes. Mas é a deformacio ou desfiguracao fa- cial que faz 0 individuio reagir com um profundo sentimento de dor, medo € ansiedade, relacionado com o grau de afetividade reprimica dentro de si, Esse trauma pode levar a depressao, mar- ginalizagio e alienacio social Resta agora uma indagasio. Podem-se prever modificasSes para face humana do futuro? Efetivamente, nds ndo somes e» representantes de um estigio fi nal de evolugto, Os estidos stgerem fortemente que a face tende ‘se modificar mais e mais, A reducio gradativa sofrida pelo apa- relhot mastigador devers continuar ainda. Hié evidéncias de que 0s dentes terceiro molar ¢ incisivo lateral superior indo desapare- cer. A Antropologia® ja demonstrou que ha apenas mil anos (um breve lapso de tempo) a face dos ingleses era mais larga no seg- ‘mento respiratério (talvez isso dependiesse de uma maior vida no campo, a0 ar livre). Agora, se as teneléncias presentes continua- rom, o homem do futuira teré maxilares menores ¢ stia capacida- de encefélica seré, em média, maior. OBJETIVOS 1 Reconhecer os 03808 do crénio, analisando sua forma, tamanho, -nvimero, tipo morfolégico e posicio Hidentificar os acidentes (de- talhes) anatémicos do erinio nas vistas anterior, superior, lateral, posterior, inferior, interior © medial | Descrever, detalhadamente, ‘maxila e mandibula dentadas, com todos os seus acidentes anatd- :icos I Desenhar 0 contorno ¢ as porgdes formasloras da mand ula e da maxila, com riqueza de detalhes I Citar os elementos (erterias, veias, nervos, glandulas) que passam através de fora- _mes e canais do cranio e que se situam em fossas e sulcos # Anal sar detalhadamentea topografia dentoalveolarna maxila ena man- ibula, justificanco seu significado ou aplicabilidade t Responder ‘corretamente aos Testes 1, 2 ¢ 3 1 Desenvolver 0 estudo dirigido “Viscerocrinio” 1 Vistas do cranio O cranio em geral Constituio esqueleto da cabeca e pode ser dividido em viscero- crinio* ¢ neurocrinio*. (© viscerocrinio correspond & face € nele extdo situados 05 6 gos dos sentidos ¢ inicio das sistemas" cligestério e respirats- Fo, E formado por 14 oss0s irtegulares unidos entre si por aticu lagdesfibrosas (suturas"), com excecio da mandibula que é mével se liga ao cranio por uma articulagio sinovial (de amplos movi- mentos), Além da mandibala, os demais oss0s do visceroctanio so: duas maxilas, dots zigomaticos, dots palatinos, dois nasals, dduas conchas nasasinferiores, dois lacrimas e um vomer. Todos esses 08908 se articulam com as masilas, que vem a constitir as- sim a porgio mais central e importante do esxquoleto facial © neurocrinio ¢ formado por oito osses planos ¢imegulares rigi- lamente nid entre si por meio de sutras. Sao ees: dois tempo- ris, dois parietais, um frontal, um occipital, um esfendide e um ‘tméide, Arrajam-se de al forma aconstituir uma grande cavida- dde* ~eavidade doeranio ~ na qual se alojao encéfalo. A parte mais, alia do neurocenio & conhecida como calvéria (calota craniana) & pode ser obtida seccionando-se o crinio transversaimente, tendo ‘Como reieréncias a glabela e a protuberdncia occipital externa. Os ‘ossos que compoem a calvériaconsistem de das laminas de subs- tncla compacia ~ laminas externa e interna ~ que encerram uma ccamada* de substincia caponjose, que no erinio € conhecida por diploe. A lamina interna, por ser muito mais frgil que a externa, fratura-se extensamente nos traumatismos, e isto pode provocar rupturas de aréras que se situam entre ela ea dura-mater. ‘A remogio da calvétia expe a cavidade do erinio ¢ deixa ver a base do crinio em seu interior. Fla também pode ser vista por fora, unida ao viseerocrinio ¢ parcialmente encoberta por ele. A base do crinio coincide com um plano inclinado que secciona o crinio na altura dos pontos craniométricos nasio e basio. Ela é formada por ossos irregulares e caracterizada pela presenca de varies forames* e canals, por onde trajetam nervos & vases, 03 {quais poclem ser lesadles 1s traumatismos cranianos, principal- mente raqueles acometices de fraturas. Vista anterior do cranio (norma facial) (Figs. 21,2223) Parao exame do cranio deve-se posicioné-lo conforme o plano aurt- culo-rbital, segundo o qual as margens’inéra-orbitas eas margens superiores do poro actstco externo estdo em um plano horizontal. [A descrigio sera feita com os lermos no singular, como se estives se sendo descrita uma das metades (simétricas) do cranio. Pela vista anterior, o tempo superior do crinio & caracterizado pelo, ‘sso frontal, do qual se distingue sua parte mais extensa, lisa € con ‘vexa, a escama frontal, que se estende desde o vértice do cranio até a 2» 30 scam frontal ‘Arco sperior Ghee Margen sopraorbial tnesura superba Stra Fontomsxiar Proceso agomisco do frovtal Proceso Fort do zomiceo Marge nab! Fone inn-aral Fura orb superior ‘Aeavenir do aden Process Font da Tala Espnha nal aearior Sep eneo oraz Proce sgomatice da mai Process mol de ngomsico Sara igonatcornantir Forme nigeria Fovea wei Emndnca canis Cris tgomito-aheotr edetee ere “ubiredo mento Forme mentonaro ‘or ateror co mods mansion ‘Anglo da manda as Grbitas e os esses nasa, Sua superficie mostra uma convexiciade ‘mais pronunciada acima de cada rbita, 0 tiber* frontal. Ente 0 ttiber frontal e a Orbita ha uma elevacao linear, romba, curva, 0 arco” superciliar. Eneontram-se ambos os arcs superciliares numa érea medina’ em relevo, a glabela, A agucla margem supra-orbital & interrompica entre seus tergos interméio* e mectal* pela incisura? supra-orbital, por vezes transformada em forame’. Entre as érbi tas, 0 asso frontal conecta-se com os ¢ss0s nasal (pela sutura® fron: tonasal) e maxila (sutura frontomaxilar). No angulo do dito” da “rbita, formado pelas margens supra-orbital¢ lateral”, 0 sso fron tal apresenta uma projecdo forte e salient, o processo* zigomatico, que leva este nome por unirse ao oss0 zigomético por melo da su tura frontozigomatica (0 processo do zigemstico que se liga 20 fron: tal se chama processa frontal). A margem péstero-lateral do pro- ‘cesso zigomitico inicia-se como uma crisia* aguda e, 4 medida que | se prolonga para cima e para tris, vai tomanclose menos saliente ¢ se fransforma na linha* femporal, que alcanca o osso parietal. Figura 2-2 -Vina acerior de uns mint pans 40 crane. 1 Process ronal 3 Procene seta com tendncas Sreoares B foen cone 4 Processe ngomasco Figura 23 Visa aerior de ura bus sepands So cin. 1 Cabega & mands (once) foe meta Proceso akeolr com Prouberines mentors Alem do frontal, os ossos que completam o ddito da drbita sao 0 zigomético € a maxila. © primeiro faz o contorne ldtere- inferior, ‘8 manila, 0 contorno médio-inferior, Entre ambos, a sutura 2i- gomtico-maxilar & bem distinta na margem infra-orbital, Essa sutura, preenchida por tecido fibroso, pode ser distinguida nas essoas como um ressalto que pode ser palpado sob a delgada itis dessa drea, Uns 7 ou 8 mm abaixo, perpendicularmente acha-se o forame infra-orbital, A orbita, larga no adito, val agu- andorse no funde devido 8 disposiglo convergente de suns pa- redes. A parede superior (toto) 6 formada, na sua maior exten- 0, pela parte orbital do frontal, que exibe uma depressio na porgio lateral, 2 fossa* da glindula lacrimal, A parede lateral é composta pela asa maior do esfendide e porstes dos oss0s zigo- mitico e frontal. A parede medial é formada pela lamina orbital do etmoide, lacrimal e porgdes da maxila ¢ esfenoide. A parede Inferior (soalho) € formada pelo zigomético ¢ face orbital da ma- nila, a qual é excavada pelo suleo* © canal* infra-orbital, com 9 10 inicio na fissura* orbital inferior, Tanto esta quanto a fissura orbital superior so fendas alargadas que separam as paredes superior, lateral e inferior e convergem para o funda da 61 [Nesse local, 0 canal éptico é bem visivel. Nele passam 0 nervo, Optica ea artéria oftilmica Medialmente & drbita hi uma extensdo da maxila, processo fron- tal, que se une ao oss0 nasal pela sutura nayomaxilar. A margem livre do nasal de ambos o: lados inicia © contorno superior da abertura piriforme, que 6 completado nes lados ¢ abaixo pelas maxilas, as quais, em sua unio, delimitam uma saliéncia pontia- guda mediana, a espinha® nasal anterior. A abertura piriforme permite a visto, no interior da cavidade* nasal, do septo* dsseo © das conchas nasais inferior e media. Ao lado da abertura pitiforme, a maxila 6 cdncava (fossa cani- na) eapresenta o forame infra-onbital, que continua atrés com canal infra-orbital até o sulco infra-orbital, todos percorridos pelo nervo e vasos infra-orbitais, Mais latecalmente, a maxila termina se unindo ao zigomético por meio de seu proceso zi- gomatico, O zigomatico, por sua vez, esta encaixado entre 0 visceroerdnio e © neurocranio, ligando a maxila ao frontal e a0 temporal. O zigomstico tem am corpo* ¢ trés process0s, se 6 amare cxoyudse aursog IZ ea apsare ot 21 No angulo posterolateral do palato dsse0, ao lado do itime moat localiza-s 0 forame palatino maior, que constitu abertura inferior cdo canal palatino maior ¢, portanto, faz comunicago com a fossa plerigopslatina, Disa passar 0 nero paltino maior e vasos homé himos,Ateés do forame palatino maior situamse geralmente dois, forames palatinos menores, dos quais siem nerv0s ¢ vasos palat nes menores, O processo paatino & rugeso, ao cotrério da lamina hrizontal, queé lsa;na frente do forame palatino maior, pequenas pproemninéncas, as espinhas palatinas, crcunscrevem dos ou mas Sulcos palatines, de direcao dntero-posterior. ‘O centro do palate dio, ao go da sutra palatin mediana, é fregientemer- te cleoudo, Mas, & 2s, forma une emindncia grande a ponto de ser iii dunia com a deneinaga de toro™ palatino. Sua presen pe dicular 4 ‘estibildade de una préiese total. Ocorre com alguns feqlincia em certas raga ¢ mis fogientemente em muhers. Nao hf eidénea de sua asociaghe ‘om 0 tore mundibulr. (© processo alveolar limita ntero-lateralmente o palato Sese0. Com (08 dontes removidos pode-se reconhecer cada alvéolo* separado dle sew vizinho por um septo" interalveolar. Os alvéolos dos den- tes bie triradiculares, por serem multiloculares, possuem septos interradiculares. Intema e externamente, as liminas 6sseas* ves: tibular e lingual completam o alvéolo, Aborda posterior do palate ésseo & formada por duas linhas cur: ‘vas, cSncavas posteriormente, que se encontram numa chamada espinha nasal posterior. Na vista inferior aparece bem o proceso pterigéide com sua fos: ‘sa pterigéidea (entre as duas laminas), local de origem do mus culo pterigoideo medial. © musculo pterigoideo lateral se fixa na face lateral da Wamina lateral. Acima da fossa pterigéidea, uma ‘outra menor, @ fossa excaféide, dé fxagio ao miisculo tensor do vvéu palatino Entre as laminas medias, e parcialmente coberio por extensdes destas e pelas asas do vomer, esti 0 corpo do esfendide, A sux frente, a porgao posterior da cavicade nasal pode ser vista atrar ‘ves das coanas. © corpo do esfendide se solda com a parte basi lar do occipital. Até os 16 ou 17 anos de idade, esta unio tem a interposigio de cartilagem e se denomina sincondrose esfenc-o- um importante centro de crescimento da base do crinio ‘na sentido antero-posterior Lateralmente. a parte petrosa do tem poral se avizinha do esfendide e do occipital e delimita o forame: lacerado, que no vivente & preenchido por cartilagem, Posterion: ‘mente, o ampio forame magno permite que o tronco enceflico, ;proveniente da cavidade do cranio, continue com a medula espr rnal no canal vertebral Ao lado do forame ago, o cBndilo occipital oculta uma escave- cio horizontal transversal, o canal do hipoglosso, que transmite ‘© nervo hipoglosso. Atris do cOndil, 0 inconstante canal eondi- lar de disposicao antero-posterior € passagem de uma veia emis- siria, As formagées anatomicas situadas atras do forame magno ja foram mencionadas. Yoltando agora para a superficie mais lateral da norma* basilar, nota-se 0 conjunto maxilo-zigomatico-tempora-esfendide que ci- ‘cunscreve as fossas temporal e inftatemporal. Aqui, a face articu- lar superior da articulagdo temporomandibular, pertencente& par- te excamosa do temporal, pode ser bem examinada. A eminéncia articular ¢ um relevo transversal, com suas extremidades eleva- das. Seu limite anterior é indistinto; sua vertente posterior ineli- na-se em direglo a uma escavagio de profundidade varidvel, eip- tica com 0 maior eixo transversal, a fossa mandibular. O furxio da {fossa mandibular ¢ feito de uma lamina éssea muito delgada. Na sua porgao lateral, ¢ margem lateral da fossa tem uma proeminén- dia de perfil triangular mais ou menos desenwolvida, que € © pro- cesso retroarticular. Atri dole localiza-se a parte timpinica do ‘temporal, separada da fossa mandibular e do proprio precesso re troarticular pela fissura timpanoescamosa, que se relaciona com 0 rervo corda do timpano. Ainda que 0 processo retroarticular seja limitado 8 metade lateral da fossa mandibulay qualquer desi ‘amento exagerado da mandibula para tras no provocara impacto ‘onira a parte timpénica, mas sim contra 0 processo retroarticular ‘Medialmente, a fossa mandibular tem como limite a espinha do ¢esfendide, a0 lado da qual aparece o forame espinhoso, que vei- culaa artéria mentngea méstia para dentro do cranio. Logo a fren- te do forame espinhoso, localiza-se 0 forame oval, que € atraves- sade no ser vive ou no cadaver pelo nervo mandibular. © forame redondo no pode ser visto pola norma basilar. Os ts forames ‘mencionados encontram-se na as2 maior do esfendide. Esta se relaciona mais atrés com a parte petrosa do temporal, que é bas- tante irregular. Na face inferior da parte potrosa se inicia o canal carético, um ttinel através do qual 2 artéria carétida intema visia para dentro da cavidade do cranio. Por etor em rel malo com sorts més intro batiments da aria cara o oso que a separa das eres adem ser cides emt momentos de excita ou de grande sforo fic. Mais atré,a fossa jugular delimita com a incisura jugular do occi- ital o forame jugular, i passage para a veia jugular ieee ead ingeo, vago e acessério. Lateralmente ao forame jugular aparecem os processos estildide e mastoide, e ‘entre ambes, 0 forame estilomastdideo, saida do nervo facial. Vista interior do cranio (cavidade do cranio) (Fig. 215) ‘Ao se remover a calvéria seccionada, deve-se examinar suas bor- das (oubstancia cortical, diploe, seo frontal) e por dentro. Ela é ‘céncave € apresenta depressies como os sulcos arterials (para ramos da artéria meninges média), o suleo do sefo sagital supe- rior que acompanha a sutura sagital e, a0 lado deste, as fovsolas ‘granulares que abrigam granulacdes aracndideas. ‘A bose interna do erinio € rica em acidentes anatOmicos. Habitu- almente, é dividida om trés fossas, cada qual em um nivel dife- rente da outra 2B Figura 2-18 ~ Cavidade do crv, Vita ineerior do eri 1 Foss anerior 3. Foss posarior 4 Asa menoe do efendie 5 Cris gl & mn enbrforme 7 Cans oetieo 8 Tubleclo dele 9 Foss hipofsiria 10 Dorvo eae 11 Forame redendo 12. Forame ova 13. Ferame espihoss 15 nprestio trier 16 Parte pevos: dotenpord 17 Pore suet inerne 19 Give 20 Forame magso 2 Foss crebear 22 Proibence ox 4 A fossa anterior, de nivel mais superior, aloja 0 lobo frontal do} ‘oérebro. Tem como limites posteriores a asa menor do esfendide. © soalho ¢, em maior parte, formado pelo frontal e na porgio mediana sobressai a crista galli, uma extensio superior da limi nna perpendicular do etméide, ¢ a Lamina cribriforme, que veicu la numerosos nervos olfatérios para a cavidade nasal. Mais atrés, © canal éptico, na extremidade do sulco pré-quiasmitico, leva & Orbita o nervo dptico e a artéria oftélmica. A fossa média & formada pelo esfendide e temporal ¢ acomoda 0) lobo temporal do oérebro, Seu limite posterior €0 dorso da sela e 2 ‘margem superior da parte petrosa. No centro da fossa média local zase a sela turca, imitada anteriormente por um tubérculo e pos teriormente pelo dorso da sela, Entre estes limites esti escavada a fossa hipofisiria, para a hipSfise. A fissura orbital superior situa se entre as asas menor e maior do esfenside; através dela quatro nerves penetram na érbita, Na asa maior do esfencide véem-se en- filerados os forames redondo (nervo maxilar), oval (nervo mandi bular)e espinhaso (artéria meningea média). Posteriormente, a face anterior da parte petrosa mostra, préximo ao seu apice, uma de: pressao causada pelo ganglio trigeminal ~ a impressdo trigeminal A fossa posterior &a de nivel mais inferior. Formada pelo tempo- ral e occipital, aloja a ponte, © bulbo e o cerebelo, O que chama shale antonio do Sorame magno. A oua frente, unindo-o ao darsa da sela, encontra-se uma depressio rasa denominada clivo e, mai 40 lado, o canal do hipoglosso, Posteriormente, localiza-se a am pla fossa cerebelar, separada ca do lado oposto pela erista occi- pital interna, que termina na proiuberdncia occipital interna. F ‘nesta saliéncia 0 ponto de encontro de sulcos de seios venosos da dura-mater*. Termina ai 0 sulco do seio sagital superior e se ini: cia, de cada lado da protuberincia, o sulco do seio transvers0, que continue laieralmente como suleo do sei sigmoide até o fo- same jugular Na face posterior da parte petrosa destacase o poro acdstico interno, que continua para dentro como meato actistica interno e transmite os nervos facial ¢ vestibulococlear. ‘As frataras da base do criio sto extremameateperigostse poem ser comp thadas de derrame de quar, com said pelo narz ox orca, de compress ou lest de ners evanianos, de rompimento de vaso: com hemornigi. As hemor: give alranés da orelin poem ser por faturas da fossa mia do ero, eas asa, por fraturas da fossa anterior Vista medial do hemicranio : (seccio sagital mediana do cranio) (Figs. 2-16, 217 © 2-18) Se a secgio for realmente mediana, ver-se-A na cavidade nasal o septo nasal constituido pela lamina perpendicular do etmdide € pelo vomer. Ao lado do septo nasal (no scalho da cavidade na sal), abre-se superiormente o canal incisivo, corea de Tem atrés da abertura piriforme. Esta vista medial permite ver toda a exten- so do canal incisivo. Se o septo nasal for removido, aparecers a pared laieral da cavi- dade nasal, formada pela maxila (processo frontal e face nasal do corpo), lacrimal, lamina perpendicular do palatino, lémina mesial do proceso pterigtide, elméide com suas conchas nasais média ¢ superior ¢ a concha nasal inferior. As trés conchas e © soatho da cavidade nasal delimitam os trés meatos nasais superior, médio e inferior. Proximo a extremidade posterior da concha nasal média fica 0 forame esfenopalatino que poe em comunicagao a cavidade nasal com a fossa pterigopalatina. No meato nasal médio hé uma abertura do seio* maxilar, coberta pela concha nasal média. A scogto sagital mediana do crinio expie 08 seies frontal (atras da glabela) ¢ esfenoidal (atzés das conchas nasais média e supe- riot). O seio maxilar ¢ as eélulas etmoidais somente serao vistos se 0 0380, que os fecha, for removido. Os seios paranasais sa0 cavidades pneumaticas escavadas 10s cossos (levam © nome de cada oss0) que se dispoem em torne da cavidade nasal e se comunicam com ela por meio de pequenas aberturas. No vivente, estas aberturas podem estar ochuidas de vido & congestio da membrana mucosa que & comum (continua) 408 seios e a cavidade nasal. 5 Figura 2-16 Seceto age! medina de erfnio vem mandbuls. Visa medi paeal 1 Ome read 6 Coal 1 ao sta 2 risa gai 7 Procesee aol 12. Pare basa do sepa 8 Hiio xergoiceo 13 Pore aise ieeno 9 fasiteerhl 14 Cond de hie (0 secures 15 Cénie occ Proce ronal Saco lacrimal Crit da conch Proce palino Cana ine Sule palin maior Figura 2-If Vista pémerosmedial ema manus separa do B Cries ernporal 3 Process covdlar 4 Inctra da mands 5 Forame dx mana 7 Tuberosdade preratides 8 Unie mio-ndidea 1 Foss dist Os seios frontal e esfenoidal s8o septados sagitalmente, das vezes, de maneira assimétrica com desvio para ium dos lados inquanto o seio frontal se abre anteriormente no meato nasal mé- dio, 0 seio esfenoidal abre-se posteriormente no meato nasal su- petior, Entre ambos se situa o seio etmoidal, que na realidade é composto de oito a dez células etmoidais de forma e tamanho variaveis. As células anteriores comunicam-se com 0 meato nasal médio, © as posteriores, com 0 meato nasel superior seio maxilar (Figs. 2-17 e 2-19) € 0 maior de todos e o primeito 4a.se desenvolver. Ao escavar 0 corpo da maxila, fica conformado centre as paredes anterior (voltada para a face), posterior (para a fossa infratemporal), medial (para a cavidade nasal), superior ou teto (para a érbita) e inferior ou soalho (para o processo alveolar) soalho fica em um nivel abaixo do soalho da cavidade nasal Ele nio ¢ liso; tem septos incompletos que se estendem superior mente a alturas varidveis. O seio maxilar e o soalho formam bol Sas nas quais produtos inflamaterios podem estagnar e também interferir ne remoyde de raiz. dental que, porventura, tenha sido deslocada para dentro do seio. [Nas pees superior anterior © posterior do sie miler It cai pa oti sito de ners ¢ vos. Esse ca wx pen tomarsedeiscones* ¢expor oe Inereos no aterior do so oletos apenas por membrana sinus ne vivene). As ines sinusais podem afetar os ners e proscar dor. Aliso io malar é (que mais fresientemente se torna sete de infects, pores motions dente les 0 alontoginice. A abertura natural do seo malar situs mune nivel mu alte para a drenagem natural de pus”, de tl forma que este pe ior ctido (estagnado),Apesar de tudo, de ts os eos press ¢ mais fide ira. (Quant as ria fre atribuides on si prarsais,ab uema mais prot Desde que a temperatura do ar no seu interior seja mais leant do que a do ar inspira, os seiosparanascis funciona comp irsuladores para os lio ¢ 0 cer tre. Sua canada de ar é de lente renooag (16 minutos no sei frontal do co) portent, isolayt as estrutaras neuras adel «fossa antrior e mia doc no, protegende-as asin co resricmento ¢ ira pela passagem nasal de afi Mas 0 modo de crscimento desproporcional do esqueleto da face também pode cexplicar a preseng des seins paranasas. No caso do sso froma, por exemple, fo crescimento da sua lamina itera € relateantente lato em rego a0 cre Cimento do limine externa, Ese crscimento diferencia cause un separasse te amas ¢ apareeimento do espag (elo frontal). No caso do seo masitar texte wn adaplago da rnsla 8 forma arquitetnice do erie, princialrien te regio supm-ovitl, que étastant prietada poraa frente. mazila euments fe projeta-se para 4 fre com ska lamina extema, para fcar a yrumy com & {fronte 0 seo mesilr psa a ocupar uma dree meior (gu de qualquer ride no seria preeahia por 1s) © exame do hemicranio pela vista medial pode ser completado com 0 reconhecimento de outros detalhes anatOmicos jé estuda- dos por outros dngulos de observagio. O osso hidide ‘Sem se articular com neahum outro oss, ¢ apenas ligado ao cra rio por miisculos ¢ ligamentos, situa-se no pescogo, ao nivel da terceica vériobra corvical ‘Comsiste de trés partes: Corpo ~ uma lamina retangular recurvada com a face anterior convexa e a posterior céncava;na face anterior inserem-s os mis: leo, milo-hidideo, estemohidideo, oma-hiGideo, Cornot maior ~extenséo bilateral dirgida para trés, para cima e para o lado, onde se inserem os misculos constritor médio da faringe € 0 hioglosso. ‘Como menor-situado no ponto de encontro do coro maior com o corpo, ¢cartilaginoso nos jovens eossficase & medida que a idade avanca; ligase a0 process estlside pel ligament estilo-hiieo. Resumo dos forames, canais do criio ¢ elementos que os atravessam ‘VISTA ANTERIOR ‘canal Sptico: nerve Sptco © atéra oftlmica ‘fisaura orbital superior: nervos oculemotor, troslear, oftélmico, abducente © vei oftilmicas ‘*fiscura orbital inferior: nervo manila, veia € arteriainfa-orbitais ‘incsura (lorame) supraorbital nerve e artécia ‘supra-orbitais *forame (e canal) infta-orbita: nervo artria © ‘vei intracrbitals ‘*forame (¢ canal) mentonlane: nerve, artetia © ‘seis mentonianos ‘= forame zigomatico-facia: nervo zigomatico-facal VISTA SUPERIOR ‘*forame parieul: veis emissiia perietal VISTA LATERAL. ‘*forame mastdide: via emisséria mastoidea ‘= forames (¢ canals) alveolares:nervos e arterias, alycolares supersores posteriores “+forame esfennpalatino: artiria esfonopalatinn © nnervos nasal pesterionss superiors VISTA POSTERIOR ‘sforame lingual (otromentoniano superioe): artéia sublingual 28 ‘+ forame da mandibula: nervo,artéia © vein alveolares inferiores VISTA INFERIOR ‘frame (¢ canal) incisivo: nervo nasopalatino ‘frame (e canal) palatino maior nervo,artésia © vein palatings majors ‘*forames (e canals) palalinos menores: nerves, artérias veins palasinos menores ‘sforame espinhoso: atria meningea média ‘sforame oval: nerve mandibular ‘= forame jugular: nervo glowoferingeo, nerve vvago, nervo scessrio ¢ vein jugular interna ‘fissure timpanoescamosa (petrotimpinica): nervo ‘eonla do timparo ‘canal catico: artéria carétida interna forame estlomastoides: nervo facial ‘*forame magno: rtéria vercbral, nerve scenséro, ‘meu espinal ‘canal condilar:veia emisséria condilar VISTA INTERIOR ‘lamina cebruiorme: news olfatorios ‘sforame refondo: nervo mexilar ‘= poro (¢ meato)acistico interno: nero facial nerve vestibulacoclear dentoalveolar Horécio Faig Leite ‘Topogratia* dentealveolar € a relaglo que ocorre entre os dentes -superioes inferiorese seus respectivos alvéolos, bem como aquela ‘mantida com os acidentes anatmicos lecalizadios nos ossos maxila ‘e mandibula, com as quais estes mantém relagies de proximidade. ‘O conhecimenio dessas relagbes topogrificas tem grande impor- tancia para o dentista, devido a sua aplicabilidade clinica em e5- pecialidades como a cirurgia, a protese e a endedontia.. Descreveremos inicialmente as relagdes alveolodentais, seguidas dlas estruturas anattimicas que se relacionam topograficamente com os dentes da maxila e da mandibula. ‘Na maxila Primeiramente, seria importante lembrar que 20 se realizar um corte horizontal no processo alveolar, notase que cada lamina sea alveolar’, a externa ou vestibular e a interna ou lingual, & formada por duas corticais (Figs. 2-19 e 222): uma é a superficie ‘externa compacta do osso, ¢ a outa, a cortical” alveolar que forra © alvéolo e que, em radiologia, é eonhecida como limina dura* (ig. 5-1), Na regio dos dentes anteriores, a limina alveolar (ves- tibular) apresenta-se bastante delgada, chegando mesmo a tor- nar-se deiscente”. _Ambas 3s cortiais (superficie externa cortical alveolat) esto inti ‘mamente unidas, principalmente nos tergos cervical e médio da por- «fo radicular. Uma pequena quantidade de tecido ésseo esponioso ‘pode estar presente prOximaaos dpices desses dentes,principalmente © incisvo lateral, devido a sua incinagdo para lingual. Podem-se encontrar, na superficie externa do osso, saliéncias ou relevos provocados pelas raizos dentais, as chamadas eminéncias alveolares. A que mais chama atengio quando da observacio de uum eranio seco & a eminéncia canina. [Nos premolares, as liminas dsseas alveolares externas também se rmostram delgadas, sem apreseniar tantos relevos como nos den- tes anteriores. Quando o primeiro premolar possui das raizes, a imina alveolar externa mostra-se mais delgada ainda, Na regido dos molares,a limina externa pode apresentar-se com ‘maior espessamento, principalmente na tegito do primero ¢, &s vvezes, do segundo molar, devicio a presensa da crista zigomatico- alveolar nessa regio. [Na regido posterior ao iitimo molar irrompido, a limina éssea externa une-se a interna (Fig. 2-19). ‘ALlimina 6ssea intoma (lingual) adquice caracteristicas varisvels, devido 3 inelinagio dos dentes superiores e & situacio do teto da cavidade bucal. 29 Figura 2-19 — Proceso areotr ‘manor tecionade horizoesinenta 20 rl do ergo ned ds izes don entes Aiea do primeiro molar Soret oe pbs sc ree 30 30 entre as raizes clentais e © palato varia, dependend do tipo facial do individvo, senelo maior nos individuos lopt prosopicos (face alta e estreita), por apresentarem palato ogival, ‘menor nos euriprosépicos (face baixa e larga), uma vez que ele apresentam palato plano. Entre a parede lateral do palato e a porgae lingual dos dentes superiores hé grande quanticade de substincia dsiea esponjosa Esta vai diminuindo progressivamente da regio dos dentes an- teriores, onde ¢ bastante acumulada, para os posteriores, onde se torna menos evidente. * Crista zigomstico-alveolar: devido a sua presenca, «Lamina alveo- Jar vestibular da regido des primeizos molares apresenta-se mais cespessa; também se apresenta diferente conforme o tipo facial do individuo. E um acidente anaconda como ponte de repare nas anesesia® do ees pester, deve ser lecndo em con durante s exodonis dos ma res, princpaimete des princi, porque pote dfcuar a sa lao. * Tuberosidade da maxila (Fig. 2-20): a tuberosidade é a regidio mais posterior da maxila, que mantém relagbes de proximidade com o processo perigoide, constituindo tambem a parede posterior do seio maxilar uma zona de tecido dssco bastante delgado, na qual encontr- ‘mos, alm dos dois ultimos molars irompios, pequenos for mes que permitem a pessagem de vasos e nerves. Davida d sua toprgrefia ed espessura de sua pare, € sa regio que requ caidas espviiscavate os exokties dos tins molars, principalmente dos tescetes, pant ndo remover pure dela, expondo assim o eto maxtlar *# Himulo pterig6ideo: o hamulo 6 um acidente anatOmico encon- trado na porcio inferior da lamina medial do processo pterigoide Figura 220 -Relacio de proximidae Se raises dos deotes cor uso Soar beste apo. A euberosids Sa mania amber for exponta pan smosear nia Selena pareer. que estabelece relagbes de proximidade com a face distal do Ultimo molar irrompido, na regido mais inferior da tuberosi- dade da maxila E una etraturs que deve sr levwla om considera quardo de interne ‘tigen para a remot de fos abruptos durante o ato crrgco podem enusar a sua fatwa, 0 que oxsiona ra a queda to palaio mole do lado fraturado, Isto ocrve porque & wo hilo Perighidso onde se localiza « pola de elexdo do nscul ensor dow plano, ereiresmalave romps cu fnelans, Modine Cavidade nasal: os dentes anteriores e superiones podem estabe- lecer intimo contato com o scalho da cavidade nasal, Isso se deve principalmente ao tipo facial do individuo. Nos individuos classificados como leptopros6picos, as raizes dos denies incisivos estio mais afastadas do soalho nasal; enquanto nos individuos do tipo euriprosépico, essas raizes podem manter {ntimo contato com o soalho, prineipalmente as raizes dos inci vos centrais Deoido «essa proximidade,infeeges* princinlmente dos incisivos centr, ten causar eleoaies ou mesmo ineudir o salho de cidade was Seio maxilar (Figs, 2-20 e 2-21): normalmente as raizes des denies anteriores no estabelecem relagdes de proximidade com 0 scio avila. J6 as raizos dae dentos promolaros @ molares esto em contato bastante intimo com o soalho sinasal, podendo nele cau sar até mesmo elevagées, denominadas ctipulas alveolares. Em casos anormais, podem-se encontrar raizes de certos dentes com © tergo apical ocalizado totalmente no interior do seio maxilat, (O seio maxilar pode apresentar vérias formas e tamanhos, depen- endo também de diversos fatores coma, por exemplo, tipo facial do indivicuo, idade e nuimero de dentes presentes, Ele tende a invadir os espacos deixadas pelos dentes que Vio sendo progres sivamente extraidos, tornando-se geralmente bastante desenvol- vido nes pacientes desdentados. 31 Figura 221 ~ Seco herzentl de {6 forme infa-orbeal para mostrar scalhos e paredes ater. posterior € (a eee mandibular incomglee secioeado Rovaontalnene 30 nel do ergo menor especnur ds Bina xn (Scere, com deichncks os dvtlos ‘or cnn, (Os dentes que apreseniam seus apices radiculares mais proximos do soatho sinusal em ordem decrescente de relacao $30: 0 seguns do molar, o primeiro molar 0 terceiro molar, o segundo premolag 0 primeiro premolar. © canino pode estar muito préximo ape nas em casos de seios extremamente desenwolvidos, 0 covhecimento da topegrafa dent-snusal é muito mportante na endedonti € principalmente na cna Na mandibula Na mandibula, as laminas ésseas interna e externa dos alvéolos sal muito mais fortes e resistentes que as da mavila, caracteristica esta que est presente em toda a compacta éssea mandibular (Fig. 2-22) Na regitlo dos dentes incisives e também na dos caninos, as duas corticais ésseas estdo fortemente unidas, ante por vestibular come) por lingual, fazendo com que as liminas alveolares vestibular 4 lingual apresentem praticamente a mesma espessura. Algumasl vezes pocle-se notar a presenga de eminéncias alveolares. Jina altura dos dentes premolares, a Limina alveolar extema apres senta as das corticais unidas, frequentemente sem a presenca de tecido dsseo esponjeso interposto entre elas. No lado interno, de vido presenca da linha milo-hididea, nota-se o aparecimento de certa quantidade de tecido éeseo esponjoso, entre a cortical bss a cortical alveolar, isto acorre devido 20 posicionamento obli quo destes alvéolos em relacio a0 corpo da mandibula, Na regifo dos dentes molaes, observasse a separagio entre 4 direao do corpo da mandibulae a inclinagio dos alvolos des tee dentes,que se deslocam cada ver malspara lingual bem com tee menie mals espessa, apreseniando-e Finalmente bastante erpa sada na alhira do terceiro molar Devido a esse flo, enconira-i dentes molares consideravel quantidade de substincia ¢ssea el Ponjsa. Esse espeseamento tom grande lmportinda lirica pad Fgura 2-23 Henimandibula seonadalongisuinal evertialmente Fes mostrar otipe mas com de Sa mandi, Devido a0 espessamento da limina alveolar externa e 0 desloca mento dos alvéolos para a lingual, a senta-se bastante delgada, no havendo, portanto, tecido ésseo esponjoso intesposto entre as suas duas corticais, mina alveolar interna apr Em decorréncia da angulagio que passa a existirentre os alvéolos dos denies molares a superficie medial do corpo da mandibula, freqtientemente o alvéolo do terceir molar se presenta saliente ‘em relagio a esta superficie, como se fosse um balcao (ou sacada), *# Canal da mandfbala (Fig. 2-23): localiza-se no interior do corpo da mandibula, apresentando um trajeto que tem inicio no forame da mandibula, exteriorizando-se no forame mentoniano, poclendo ou no continuar seu trajeto intra-dsseo em diteco a regido do mento, como um canal tinien. Este canal se apresenta curvo de posterior para anterior, cruzardo obliquamente foclo © corpo da mandibula Inicialmente, 0 canal da mandibula ests localizado mais proximo da lamina alveolar interna até atingir a face mesial do primeiro molar, depois vai se aproximando ca limina alveolar externa até atingit o forame mentoniano. Existem varios tipos de relagdes entre 0s épices radiculares eo canal dda mandibula, contudo, aceta-se que estas relagies ocorram basi ‘camente da seguinte maneira: I. 0 tipo mais encontrado ¢ aquele no qual o canal da mandibula esti em contato com o fundo do alvéolo do terceiro molar, distanciando-se progressivamente dos outros 4pi ces radiculares; 2.0 segundo tipo caracteriza-se pelo canal da man- dlibula que na estabelece nenhuma nelasao de proximicade com raizes dentais;3.finalmente, o terceito tipo, muito menos freqente, € aquele no qual o canal estabelece relagies de proximicadle com as ralzes le todos os molares e do segundo premolar de sume importa ocontectnento dr tpograix do canal da menu para a itera crreta des imagens nadine € ds cepts linico-cirrgios Responda 20s testes 2.e3 nas paginas seguintes. Antes de respon- der, lelaas instrugoes de como proceder, Em seguida, devenvolvao cestuido dirigido “Viscerocrinio”, no site www i Aceste o link "Aprendendo A: dirigido”. 33

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