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CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico..

Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779

PENTIUM II
O processador Pentium ii é um processador que
utiliza o núcleo do processador MMX. Sua apre-
sentação é inovadora, sendo acondicionado em
um cartucho. A tendência é de que todos os no-
vos processadores Intel utilizem esse mesmo tipo
de acondicionamento. Os primeiros modelos de
Pentium II utilizam um núcleo de processamento
com tecnologia de 0,35 µm e trabalham externa-
mente a 66 MHz (esse núcleo possui o nome-
código Klamath). Já os modelos de Pentium II a
partir de 333 MHz utilizam um novo núcleo (cha-
mado Deschutes), que utiliza a tecnologia de
0,25 µm. Os processadores Peritium II a partir de
350 MHz operam externamente a 100 MHz, o
que garante um aumento real de desempenho. O Pentium II possui as mesmas características do Pentium MMX,
trazendo as seguintes novidades:
• Novo encapsulamento: O Pentium II utiliza um novo tipo de encapsulamento, chamado SEC (Single Edge
Contact). Esse encapsulamento é um cartucho e todos os novos processadores da Intel deverão utilizá-lo
(ver figura).. O processador é encaixado à placa-mãe através de um conector próprio, chamado slot 1
(também conhecido como conector de 242 contatos).
• Cache L2: O cache L2 não está mais integrado dentro do processador, mas sim no cartucho SEC, ao lado
do processador, trabalhando a metade da freqüência de operação do processador. O cache L2 do Penti-
um II é de 512 KB (do tipo pipelined burst) e o processador consegue acessar até 512 MB de memória u-
sando o cache, nas versões até 300 MHz (núcleo Klamath). As versões a partir de 333 MHz (núcleo Des-
chutes) conseguem acessar até 4 GB de memória usando o cache. Além disso, as versões a partir de 300
MHz utilizam o método ECC para detecção e correção de erros na comunicação entre o processador e o
cache L2.
• Cache L1 maior: O cache L1 foi aumentado, passando a ter 32 KB, dividido em dois de 16 KB, um para
dados e outro para instruções. Esse aumento foi necessário para compensar a queda de desempenho tra-
zida pela diminuição da freqüência de operação de acesso ao cache L2.
• Barramento externo: O Pentium II a partir de 350 Mhz trabalha externamente a 100 MHz, enquanto os
modelos até 333 MHz trabalham a 66 MHz.
• Decodificador otimizado para código de 16 bits: O Pentium II, ao contrário do Pentium MMX, trabalha com
código de 16 bits maravilhosamente bem, assim como com código de 32 bits.
• Correção de bugs por software: Todos os processadores Intel a partir do Pentium II possuem a facilidade
de correção de bugs por software.
• Multi-processamento: Ao contrário do Pentium MMX (que permite a utilização de até quatro processadores
em paralelo), o Pentium II permite multi-processamento de até dois, somente.
• Gerenciamento elétrico: Novos modos de gerenciamento de consumo elétrico.
ENCAPSULAMENTO SEC
Esse novo encapsulamento será utilizado por todos os novos processadores da Intel. Trata-se de um cartucho que
incorpora, em seu interior, o microprocessador e o cache de memória L2. Seu corpo metálico age como um dissi-
pador de calor e tem todos os encaixes para uma ventoinha própria, além dos dispositivos de fixação necessários.
Assim como ocorre com o Pentium clássico, há um modelo de Pentium II chamado in a box (ou boxed), que traz a
ventoinha e o dissipador de calor já acoplados ao corpo do cartucho do processador. Há várias vantagens na utili-
zação desse tipo de cartucho. Além de uma melhora considerável na dissipação térmica do processador, ele utili-
za alguns pinos de identificação para a configuração automática da placa-mãe, especialmente em relação à ten-
são de alimentação do processador, dispensando a configuração de jumpers na placa-mãe e evitando a queima
do processador. O cartucho SEC utilizado pelo Pentium II tem um conector próprio, chamado slot 1. Nesse slot
existente na placa-mãe pode ser encaixado qualquer processador que utilize o mesmo tipo de cartucho.
CACHE L2
No Pentium MMX e Pro, a integração do cache L2 com o processador em um mesmo encapsulamento trouxe uma
grande vantagem: o processador acessa o cache através de um barramento independente (chamado backside
bus) em sua freqüência de operação interna. Os processadores Pentium acessam o cache a, no máximo, 66 MHz,
através do barramento da placa-mãe, que é compartilhado por todos os demais circuitos. Apesar de trazer um
ganho de desempenho espetacular, a integração do cache no processador aumentou seu custo de produção con-

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sideravelmente. Como o cache é maior do que o próprio processador, a


probabilidade de o cache ter defeitos de fabricação é maior que a do pró-
prio processador. Na maioria das vezes, quando um processador era des-
cartado por estar com defeito de fabricação, era o cache que estava defei-
tuoso, e não o processador. Havia muito desperdício. A saída encontrada
pela Intel para baixar os custos de produção do processador era utilizar a
antiga idéia: o cache L2 fora do processador, utilizando circuitos convencio-
nais de memória estática. Estima-se que
o custo de produção de um Pentium II
seja de apenas 25% do valor de produção
de um Pentium Pro, por esse motivo. O
Pentium II utiliza uma arquitetura chama-
da DIB (Dual Independent Bus), em que o
cache L2 não está na placa-mãe, mas sim
no substrato do encapsulamento SEC,
trabalhando a metade da freqüência de
operação interna do processador. Em um
Pentium II de 300 MHz, o cache L2 é a-
cessado a 150 MHz, enquanto o barra-
mento externo continua sendo acessado a
66 MHz, como mostra o exemplo da figu-
ra. O cache L2 do Pentium II é formado
por circuitos de memória estática do tipo
pipeline burst (ver Capítulo 9), utilizando
os circuitos descritos a seguir. O Dual
Independent Bus é bastante parecido com
o Backside Bus do Pentium Pro: ambos
são barramentos exclusivos para o aces-
so ao cache de memória L2, liberando o
barramento principal do micro. No Penti-
um II, mesmo o cache de memória traba-
lhando somente a metade da freqüência
de operação do processador, ele é muito
mais rápido do que se estivesse na pla-
ca-mãe, onde, além de ser acessado a
66 MHz, teria de concorrer com o acesso
de todos os demais circuitos da placa-
mãe, que também compartilham o uso do
barramento. Como o processador acessa
o cache L2 pelo menos 80% das vezes
em que busca dados da memória RAM ,
a arquitetura do cache L2 influi direta-
mente no desempenho geral do micro.

CORREÇÃO DE BUGS POR


SOFTWARE
Para que o usuário não tenha que trocar
o processador da máquina caso seja vítima de um bug do processador (muito embora esse tipo de bug quase
nunca atinja usuários), todos os processadores Intel a partir do Pentium II em uma pequena quantidade de memó-
ria estática que consegue armazenar 60 micro-instruçôes. Dessa forma, você pode carregar dentro dessa peque-
na memória interna do processador uma atualização do micro-código. Como essa memória é volátil (RAM), o seu
conteúdo se perde sempre em que o micro é desligado. A solução encontrada é a atualização do micro-código do
processador através do BJOS do micro. Em outras palavras, em um micro que possua um processador com bug,
o próprio BIOS da placa-mãe carrega no interior do processador o micro-código corrigido sempre em que o micro é
ligado. A Intel afirma que distribui para todos os fabricantes de placas-mãe cadastrados o código necessário para
a atualização do micro-código do processador, sempre que um novo bug é descoberto. Dessa forma, Caso você
queira eliminar um novo bug do processador que foi descoberto, basta executar um upgrade de BIOS na placa-
mãe. Como a maioria das placas-mãe utiliza circuitos Flash-ROM para armazenar o BJOS, esse upgrade pode ser
feito através de software. Disponível no site do fabricante da placa-mãe na Internet. E importante notar que nem
todos os bugs podem ser corrigidos através dessa técnica. Isso ocorre por dois motivos: a pequena porção de

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memória estática reservada dentro do processador para esse fim tem tamanho limitado e, portanto, pode não com-
portar uma lista muito grande de bugs, Caso o processador seja muito antigo; e, em segundo lugar, há bugs estru-
turais mais complexos que a simples atualização das micro-instruçôes do micro-código não resolve.
FREQÜÊNCIA DE OPERAÇÃO
A freqüência de operação externa do Pentium II varia de acordo com o modelo. Os modelos de Pentium II até 333
MHz a 66 MHz e os processadores Pentium II a partir de 350 MHz trabalham externamente a 100 MHz. Esse au-
mento da freqüência de operação do barramento local trouxe um ganho real de desempenho do micro. No caso de
se usar um processador desses, é necessário que a placa-mãe possua um chipset capaz de trabalhar a 100 MHz
e o micro deverá possuir memórias do tipo PC-100 instaladas.
CLOCK EXTERNO DA
FATOR DE MULTIPLICAÇÃO DO CLOCK
PLACA MÃE
3.5 X 4X 4.5 X 5X
66 mhz Pentium II – 233 Pentium II – 266 Pentium II – 300 Pentium II – 333
100 mhz Pentium II – 350 Pentium II – 400 Pentium II – 450 Pentium II – 500

IDENTIFICANDO PROCESSADORES PENTIUM II


Existem dois modelos de núcleo de processadores Pentium II: Klamath, que é utilizado em processadores Pentium
II até a freqüência de 300 MHz; e Deschutes, que é utilizado em processadores Pentium II a partir de 333 MHz. A
diferença desses dois núcleos é a tecnologia de construção. Enquanto o núcleo Klamath utiliza a tecnologia de
0,35 µm, o núcleo Deschutes utiliza a tecnologia de 0,25 µm. Essa diferença de tecnologia na construção do nú-
cleo de processamento faz com que o processador consiga atingir freqüências mais altas, possa ser alimentado
com tensões mais baixas e, como conseqüência, produzir menos calor. Você poderá identificar processadores
Pentium II através de programas que execute a instrução CPUID. Recomendamos o uso do programa CPUIDW,
distribuído pela Intel. O Programa CPUID retornará algumas informações importantes:
• String: Essa é a string que a instrução CPUID coloca em determinados registradores do processador. To-
dos os processadores da Intel retornam a string Genuine Intel.
• Tipo (type): Se o processador está operando em modo mono ou multi-processado. Como na maioria das
vezes trabalhamos com apenas um processador instalado na placa-mãe, o programa apontará que o mi-
cro possui apenas um processador (Single).
• Família (family): A família do processador. Se for um processador que utiliza arquitetura P6, como o Penti-
um II, o Celeron e o Pentium III, esse valor será 6.
• Modelo (mod): Informa qual é o modelo do processador dentro da família. Para processadores Intel de 6.ª
geração, os valores possíveis são: 1, para o processador Pentium Pro; 3, para processadores Pentium II
com núcleo Klamath (processadores Pentium II até 300 MHz); 5, para os processadores Pentium II com
núcleo Deschutes (processadores Pentium II a partir de 333 MHz), Pentium II Xeon ou Celeron; 6 para os
processadores Celeron com 128 KB de cache L2 (Celeron-A); 7 para os processadores Pentium III e Pen-
tium III Xeon. No caso do modelo 5, para identificar qual dos três processadores apresentados está insta-
lado no micro, basta verificar a quantidade e tipo de cache L2 apontado pelo programa: caso não exista
cache L2, o processador é um Celeron (ver Figura 6.20); caso exista 512 KB de cache, o processador é
um Pentium II ou Pentium II Xeon com 5 12 KB de cache (ver Figura 6.12); e caso exista mais do que 512
KB de cache, trata-se de Slim Pentium II Xeon. O mesmo procedimento se aplica para identificar se o pro-
cessador é um Pentium III ou um Pentium III Xeon, caso seja apontado um processador modelo 7.
• Stepping: Número da revisão do processador. O stepping equivale no mundo dos processadores às ver-
sões de programas. Como o processador traz gravado internamente esse valor, é possível detectar, por
exemplo, se ele possui ou não algum determinado bug, como o caso do famoso bug do co-processador
matemático apresentado anteriormente.
Para saber as diferenças entre as revisões (stepping) dos processadores Pentium II. leia o documento Pentium II
Processor Specification Update, disponível para download no site da lntel/ na lnternet.

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FALSIFICAÇÃO DE PROCESSADORES PENTIUM II


A falsificação de processadores também atinge o Pentium II. O método empregado é o mesmo da falsificação do
Pentium clássico: a remarcação. Os falsificadores removem o decalque original do fabricante e aplicam uma outra
marcação, fazendo com que o processador se “transforme” em um de clock mais elevado. Acontece que, no caso
do Pentium, a falsificação era muito mais simples, pois a multiplicação de clock era controlada por dois jumpers na
placa-mãe. Dessa forma, o usuário pegava um Pentium-166 falso (um Pentium-133 remarcado) e realmente acre-
ditava que aquele processador era um Pentium-166, configurando a multiplicação de clock para 2,5x em vez de
2x. Como somente os últimos modelos de Pentium clássico lançados no mercado possuíam proteção contra over-
clock, não havia como evitar esse procedimento. No caso do Pentium II e demais processadores de 6~’ geração,
eles possuem proteção contra overclock, ou seja, o processador não aceita uma configuração da multiplicação de
clock na placa-mãe que indique um valor acima do especificado. Assim, para falsificar um processador Pentium II,
é necessária a abertura do cartucho de modo a “quebrar” a proteção contra overclock, alterando o estado dos
pinos BFO e BF1 do processador “na marra”. Portanto, em processadores Pentium 11 falsificados há a clara evi-
dência de que o cartucho do processador foi aberto. Na figura, você observa esse detalhe. O uso do código de
correção de erros ECC pelo cache de memória L2 é outra informação que pode ajudar na identificação de proces-
sadores Pentium lI falsificados, pois somente os processadores Pentium II a partir de 300 MHz utilizam essa tec-
nologia. Dessa forma, podemos ler o registrador do processador que indica se existe o código ECC para o cache
L2 e se ele está habilitado. Se ele não existir em um Pentium II a partir de 300 MHz, trata-se de um processador
falsificado. Esse teste pode ser feito através de programas específicos, como o Ctp2info apresentado anteriormen-
te. Repare que o programa indica que o código ECC existe e está habilitado, indicando que está tudo o.k. (o pro-
cessador era um Pentium II-333). Note que esse teste apenas indica se o código ECC existe ou não na comuni-
cação do núcleo do processador com o cache L2 (mesmo que o código ECC esteja desabilitado). O programa não
indicará nada de anormal se o processador for um Pentium 11-233 remarcado para 266 MHz ou se o processador
for um Pentium 11-300 remarcado para trabalhar a uma freqüência de operação maior. Como o processador falsi-
ficado trabalha em overclock, os erros mais comuns são congelamentos, excesso de erros de Falha Geral de Pro-
teção e resets aleatórios.
PLACA-MÃE
O Pentium II utiliza placas-mãe que possuem slot 1 (ver Figura). Esse mesmo tipo de placa-mãe pode ser usado
pelos processadores Celeron e Pentium III. Você deve tomar cuidado para adquirir uma placa-mãe que utilize a
mesma freqüência de operação externa do processador. Como os processadores Pentium II a partir de 350 MHz
trabalham externamente a 100 MHz, necessitam obrigatoriamente de placas-mãe que possuam o barramento local
trabalhando a essa freqüência de operação. Veremos mais detalhes sobre placas-mãe slot 1 e a sua correta
configuração.

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O MASCARADO CELERON
O processador Celeron é um
Pentium II de baixo custo.
Possui todas as característi-
cas do Pentium II, com a ex-
ceção de modificações impor-
tantes no circuito de cache L2,
que o tornaram mais barato
que o Pentium II. Esse foi o
primeiro processador da Intel
a ser lançado em uma nova
visão da Intel sobre o merca-
do. Ela dividiu o mercado em
três classes, a que chama
“três vetores do desempenho”:
usuários iniciantes ou aqueles
que não necessitam de poder
computacional (low-end), usu-
ários entusiastas (midend) e
servidores de rede (high-end).
Essas três classes são repre-
sentadas pelos processadores
Celeron, Pentium II/Pentium III
e Pentium II Xeon/Pentium III
Xeon, respectivamente. Essa
mesma divisão ocorre com
todos os processadores lan-
çados a partir de então. Exis-
tem dois modelos de proces-
sador Celeron no mercado:
Celeron (nome-código Coving-
ton): Não possui cache de
memória L2. E encontrado em
uma placa de circuito impres-
so denominada SEPP (Single
Edge Processor Package),
que é conectada à placa-mãe
através do slot 1 (ver Figura).
Dessa maneira, esse processador utiliza o mesmo tipo de placa-mãe que o Pentium II. É encontrado em versões
de 266 MHz a 300 MHz - Celeron-A (nome-código Mendoncino): Possui memória cache L2 de 128 KB embutida
dentro do próprio processador, trabalhando na mesma freqüência de operação, similarmente ao que ocorria com o
Pentium Pro. Esse processador é encontrado em freqüências de operação a partir de 300 MHz. Existem dois mo-
delos de Celeron-A: SEPP, que utiliza o slot 1 e, portanto, o mesmo tipo de placa-mãe que o Pentium II; e PPGA,
com um encapsulamento similar ao do Pentium MMX, utilizando um novo padrão de pinagem, chamado soquete
370. Esse novo modelo de Celeron utiliza um modelo próprio de placa-mãe. Entretanto, o Celeron para soquete
370 pode ser instalado em placas-mãe slot 1 através de uma placa adaptadora (ver Figura). Como você pode
perceber, a Intel está voltando atrás na decisão de só produzir processadores em forma de cartucho. Isso se deve
a vários motivos, principalmente preço. Além disso, até pouco tempo atrás havia tecnologia para conseguir inte-
grar com eficiência e com um tamanho físico razoável o processador com o cache L2, ou seja, voltar à idéia da
forma física do Pentium Tradicional.
IDENTIFICANDO PROCESSADORES CELERON
Você pode facilmente identificar um processador Celeron visualmente, pois ele traz o nome “Celeron” gravado (ver
Figura). Entretanto, há um grande problema no mercado: placas-mãe mais antigas detectam o Celeron como se
ele fosse um Pentium II. Alguns vendedores inescrupulosos acabaram vendendo máquinas montadas com o pro-
cessador Celeron e vendendo como se fosse Pentium II. Sem abrir o micro, há como identificar o processador
através da instrução CPUID, que pode ser obtida por programas de identificação de hardware, como o PC-Config,
ou o programa CPUIDW. Você verifica o programa CPUIDW identificando um processador Celeron sem cache e
um processador Celeron-A, com cache de 128 KB, respectivamente. A família informada pela instrução CPUID é a
6, pois trata-se de um processador Intel de sexta geração como o Pentium Pro, o Pentium II e o Pentium III. O

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Celeron sem cache é identificado como modelo 5 e o Celeron-A (que possui 128 KB de cache) é identificado como
modelo 6. O problema é que o Pentium II é também identificado como sendo um processador modelo 5 e alguns
programas de identificação (assim como ocorre em algumas placas-mãe mais antigas) podem identificar o Celeron
como se fosse um processador Pentium II. A correta identificação do processador deve ser feita observando-se
também a quantidade de cache de memória L2 existente. No caso de placas-mãe que identificam o Celeron como
se fosse um Pentium II, a solução é executar um upgrade de BIOS.

PENTIUM III
O Pentium III (ver Figura 6.25) possui as mesmas características do
Pentium II, apresentando algumas novidades. Os primeiros modelos de
Pentium III possuem núcleo com tecnologia de 0,25 µm, chamado Kat-
mai, e operam externamente a 100 MHz. Uma segunda versão do Pen-
tium III utilizando núcleo com tecnologia de 0,18 µm (chamado Cop-
permine) opera externamente a 133 MHz. As principais diferenças entre
o Pentium II e o Pentium III são:
• Tecnologia MMX2: São 70 novas instruções com o conceito
SIMD (ver Capítulo passado). Possui idéia parecida com a tec-
nologia 3DNow! da AMD, introduzida com o processador K6-2
(ver próximo Capítulo). Essa tecnologia é também conhecida
com outros nomes, como Streaming SIMD, KNI (Katmai New
Instructions) e FPMMX.
• Co-processador superescalar: permite o uso simultâneo de ins-
truções MMX e MMX2 e do co-processador matemático.
• Número de série: todos os processadores a partir do Pentium
III possuem um número de série único, que permite identificar o processador através de redes, especial-
mente da Internet. Isso permite a identificação imediata do usuário quando ele se conectar a um site em
1
que e e esteja cadastrado, por exemplo.
• Acesso a até 4 GB de memória usando o cache.
Corno o Pentium III baseia-se no Pentium II, tudo o que foi falado sobre este processador também e válido para o
Pentium III.
IDENTIFICANDO PROCESSADORES PENTIUM III
Algumas placas-mãe mais antigas podem identificar o Pentium III instalado como se fosse um Pentium II. Se isso
ocorrer, basta executar um upgrade de BIOS na placa-mãe. Veremos esse procedimento em detalhes adiante.
Através da instrução CPUID — obtida através de programas como o CPUIDW —, o Pentium III retornará os mes-
mos valores do Pentium II, com exceção do modelo, que será 7. O Pentium III Xeon retorna os mesmos valores do
Pentium III. Para diferenciá-los, basta observar a linha indicando o tamanho e tipo do cache de memória L2. Se
houver 1 MB ou 2 MB de cache L2, trata-se de um processador Pentium III Xeon. Se o programa indicar 512 KB
de cache, o processador pode ser um Pentium III ou Pentium III Xeon com 512 KB de cache. A diferenciação des-
ses dois modelos pode ser feita pela velocidade de acesso ao cache.
FREQÜÊNCIA DE OPERAÇÃO
Da mesma forma que o Pentium II, o Pentium III opera com o esquema de multiplicação de clock, como você pode
observar na tabela a seguir. Aproveitamos para incluir os processadores Pentium III que operam a 133 MHz.
CLOCK EXTERNO DA
FATOR DE MULTIPLICAÇÃO DO CLOCK
PLACA MÃE
4X 4.5 X 5X 5.5 X
100 mhz Pentium III – 450 Pentium III – 500 Pentium III – 550
133 mhz Pentium III – 533 Pentium III – 600 Pentium III – 666 Pentium III - 733

ENCAPSULAMENTO
Os primeiros processadores Pentium III utilizam o mesmo tipo de encapsulamento do Pentium II, chamado SEC
ou SECC. Esse encapsulamento consiste em uma tampa plástica com uma chapa metálica em na face traseira,
onde é acoplada a ventoinha com dissipador de calor. Os modelos in-a-box já trazem a ventoinha embutida. Os
novos modelos de Pentium III utilizam um encapsulamento chamado SECC2, que é similar ao encapsulamento
antigo, com a diferença de a parte posterior do encapsulamento ser aberta e não mais fechada, a exemplo do que
ocorre com o processador Celeron. Dessa forma, o tipo de ventoinha e dissipador de calor para esse tipo de en-
capsulamento é diferente.

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PLACA-MÃE
O Pentium III utiliza o mesmo tipo de placa-mãe que os processadores Pentium II a partir de 350 MHz, ou seja,
placas-mãe slot 1 de 100 MHz. Os novos modelos de Pentium III operando a 133 MHz terão de utilizar placas-mãe
que consigam operar a essa freqüência de operação. Além disso, o Pentium III necessita obrigatoriamente de
memória PC-100, enquanto os modelos de 133Mhz devem utilizar memórias PC-133.

AMD K5
Esse processador, às vezes chamado por seu nome comercial 5K86 (ver figura), é
muito mais conhecido por seu nome-código, K5 (Krypton 5). Além das características
já citadas, o K5 tem:
• Arquitetura superescalar em quatro canalizações.
• Cache de memória interno (Li) de 24 KB, dividido em um de 8 KB para dados
e outro de 16 KB para instruções.
• Compatibilidade com o soquete 7.
• Nomenclatura com a unidade PR.
Tome cuidado para não confundir esse processador com o 5x86, também produzido
pela AMD. O 5x86 e, na verdade, um “486DX5”, conforme você pôde conferir anteri-
ormente.
IDENTIFICANDO PROCESSADORES K5
Assim como ocorre com o
PROCESSADOR MODELO (CPUID)
Pentium, há algumas infor-
K5-PR75, K5-PR90, K5-PR100 0 mações codificadas no invólucro do processador, em es-
K5-PR120, K5-PR133 1 pecial sua tensão de alimentação (ver figura). Outra ma-
neira de se identificar o processador é através da instru-
K5-PR166 2 ção CPUID (ver Capítulos 5 e 6). Essa instrução é execu-
K5-PR200 3 tada por programas de identificação de hardware, como o
PC-Config. Após essa instrução ter sido executada, o
AMD K5 retorna as seguintes informações:
• String: AuthenticAMD
• Tipo: O
• Família: 5
O modelo retornado varia justamente conforme o modelo do processador, de acordo com a tabela acima.

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FREQÜÊNCIA DE OPERAÇÃO
O K5 utiliza um esquema de multiplicação similar ao Pentium. Porém, devemos tomar cuidado na hora da configu-
ração da placa-mãe, pois a freqüência de operação do processador não é a que esta estampada.
PROCESSADOR CLOCK INTERNO CLOCK EXTERNO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO
K5 – PR75 75MHZ 50MHZ 1.5 X
K5 – PR90 90MHZ 60MHZ 1.5 X
K5 – PR100 100MHZ 66MHZ 1.5 X
K5 – PR120 90MHZ 60MHZ 1.5 X
K5 – PR133 100MHZ 66MHZ 1.5 X
K5 – PR166 116,66MHZ 66MHZ 1.75 X
PLACA-MÃE
A placa-mãe utilizada pelo processador AMD K5 é a mesma do Pentium clássico, ou seja, padrão soquete 7.

AMD K6
Como comentamos anteriormente, esse processador possui um projeto totalmente
diferente do processador anterior da AMD, o K5. Isso ocorreu porque esse proces-
sador foi projetado por engenheiros da antiga empresa Nexgen. O núcleo do K6 foi
aproveitado em outros projetos, especialmente o K6-2 e o K6-III, que estudaremos
mais adiante. Entre suas características, podemos destacar:
• Arquitetura superescalar em quatro canalizações.
• Cache de memória interno (Li) de 64 KB dividido em dois de 32 KB, um pa-
ra dados e outro para instruções.
• Tecnologia MMX.
• Compatibilidade com o soquete 7.
IDENTIFICANDO PROCESSADORES K6
Da mesma forma que o K5, há diversas informações importantes estampadas sobre o invólucro do processador
K6, especialmente a sua tensão de alimentação. Porém, ao contrário do K5, o K6 apresenta estampado a sua
verdadeira freqüência de operação, e não o seu desempenho relativo (nomenclatura PR). Além de estar especifi-
camente discriminada a
tensão de alimentação, ela
também pode ser conferida
através do código impres-
so após a freqüência de
operação do processador,
similarmente ao que ocorre
com o K5 (ver figura). Você
também pode identificar o
processador através de
software que execute a
instrução CPUID, como o
PC-Config (ver Capítulo 5).
A instrução retornará os
seguintes valores:
• String: Authenti-
cAMD
• Tipo: O
• Família: 5
• Modelo: 6 ou 7
FREQÜÊNCIA DE OPERAÇÃO
O K6 também utiliza multiplicação de clock, da seguinte forma:
PROCESSADOR CLOCK INTERNO CLOCK EXTERNO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO Interessante notar que o
K6 – 166 166 MHZ 66 MHZ 2.5 X projeto original do K6
K6 – 200 200 MHZ 66 MHZ 3X previa multiplicações de
K6 – 233 233 MHZ 66 MHZ 3.5 X clock acima de 3,5 x, de
acordo com as especifi-

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cações técnicas desse processador fornecidas pela AMD. Entretanto, comercialmente, processadores K6 acima
de 233 MHz nunca foram lançados.
PLACA-MÃE
O K6 utiliza o mesmo modelo de placa-mãe que o processador Pentium clássico, ou seja, soquete 7. Entretanto,
aceitar ou não o processador K6 dependerá da tensão de alimentação do processador: modelos ALR são alimen-
tados com 2,8V, enquanto modelos ANR são alimentados com 3,2V (ver figura). Enquanto todas as placas-mãe
soquete 7 (sem exceção) são capazes de fornecer a tensão de 3,2 V, nem todas fornecem a tensão de 2,8 V,
somente as placas-mãe mais recentes. Essa é exatamente a mesma diferença de alimentação existente entre o
Pentium clássico (que é alimentado com 3,2 V) e o Pentium MMX (que é alimentado com 2,8V).

AMD K6-2
Esse processador, - também chamado K6 3D ou Chompers, seu nome-
código, — é um K6 com algumas novidades muito importantes:
• Barramento externo de 100 MHz: Primeiro processador da AMD a
romper o limite de 66 MHz. E necessária uma placa-mãe soquete 7
capaz de trabalhar a 100 MHZ (Super 7). A escolha de um bom chipset
— como o Via MVP3 — é fundamental.
• Unidade MMX superescalar em dupla canalização: Com isso, duas ins-
truções MMX podem ser executadas simultaneamente em um único
pulso de clock.
• Tecnologia 3D Now!: São 21 novas instruções MMX. Para utilizar es-
sas instruções, os programas deverão ser compilados exclusivamente
para o K6-2 ou então escritos para o DirectX e ter o DirectX 6.0 insta-
lado no micro.
TECNOLOGIA 3DNOW!
A tecnologia 3DNow!, desenvolvida pela AMD e licenciada para uso em processadores de outros fabricantes não-
Intel, é equivalente ao MMX2 da Intel, lançado no Pentium III. A grande vantagem da AMD nesse ponto é ter lan-
çado essa tecnologia no mercado nove meses antes da Intel (consideramos a data de lançamento oficial do K6-2
e do Pentium III no mercado). Essa tecnologia é um segundo conjunto de instruções MMX que utiliza operações
matemáticas mais complexas (instruções de ponto flutuante), ao contrário do primeiro conjunto, que utiliza somen-
te instruções simples, como soma e subtração (instruções de números inteiros). Essas instruções mais complexas
são necessárias especialmente para aplicativos 3D. Da mesma forma que o MMX, para que programas fiquem
mais rápidos, é necessário que o programa possua instruções 3DNow! Ou seja, um jogo 3D convencional não
ficará mais rápido só porque está sendo executado em um processador que utilize essa tecnologia, pois ele não
possui instruções 3DNow! O mesmo caso ocorre com o MMX: se um programa não for MMX, ele não utilizará
esse conjunto de instruções e, com isso, não ficará mais rápido. Entretanto, a AMD foi extremamente esperta. A
fim de aumentar a quantidade de programas (especialmente jogos 3D) que suportam a tecnologia 3DNow!, ela
conseguiu que a Microsoft colocasse extensões 3DNow! no DirectX 6. Isso significa que se você tiver um jogo 3D
que não possua instruções 3DNow! mas seja escrito usando o DirectX, basta fazer um upgrade para o DirectX 6
ou superior que essa interface de programação irá converter os comandos enviados pelo jogo em comandos
3DNow! a serem processados mais rapidamente pelo processador. Em outras palavras, o DirectX a partir da ver-
são 6 passa a pegar conjuntos de instruções enviadas pelo programa 3D (uma pequena rotina, por exemplo) e
substituir por uma única instrução 3DNow! que desempenhe a mesma função daquela rotina — isso se o proces-
sador possuir a tecnologia 3DNow!, é claro. Dessa forma, a dica mais importante para aqueles que possuem pro-
cessadores K6-2 ou superiores (como o K6-II1 ou o K7), — ou mesmo processadores de outros fabricantes que
possuam essa tecnologia —, e a instalação do DirectX 6 ou superior no sistema operacional, para que aplicações
3D (especialmente jogos) passem a usar as instruções 3DNow! do processador e, com isso, fiquem mais rápidas.

BARRAMENTO DE 100 MHZ


Alguns modelos de K6-2 podem operar externamente a 100 MHz, o que garante um real ganho de desempenho,
pois a velocidade de acesso à memória cache L2 e à memória RAM é aumentada (ver figura). Para esse tipo de
processador, é obrigatoriamente necessário o uso de placas-mãe Super 7, que são placas-mãe soquete 7 que
possuem chipset capazes de trabalhar corretamente a essa freqüência de operação. Além disso, o uso de memó-
rias PC-100 é indispensável. Apesar de os modelos de K6-2 “topo de linha” possuírem um barramento externo de
100 MHz e com isso conseguirem desempenho superior no acesso à memória RAM, o acesso ao cache de memó-
ria L2 continua sendo feito na mesma freqüência de operação do barramento local, isto é, o cache L2 continua
sendo externo. Comparar um K6-2 a um Pentium II é complicado por esse motivo. No acesso à memória RAM, o
K6-2 de 100 MHz consegue ser mais rápido que processadores de 66 MHz — inclusive os processadores Pentium

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II de até 333 MHz. Os modelos de K6-2 de 100 MHz possuem uma velocidade maior de acesso ao cache L2 se
comparado a processadores soquete 7, como o Pentium clássico e o Pentium MMX, porém perde feio para os
processadores Pentium II (essa mesma comparação é válida para o Pentium III). O caso ainda é pior se compa-
rarmos o desempenho do modelo de cache L2 utilizado no K6-2 (externo) com os processadores Pentium II Xeon
e Pentium III Xeon, onde o cache L2 é acessado à freqüência interna do processador, e não a externa. A arquite-
tura do cache L2 dos processadores K6-III e K7 foi modificada, de forma a obter desempenho similar aos proces-
sadores Intel, como estudaremos adiante.
IDENTIFICANDO PROCESSADORES K6-2
Os processadores K6-2 podem ser identificados facilmente pelo o que há escrito em seu invólucro. Entretanto,
não há muita variação entre os modelos de K6-2 existentes, pois todos são alimentados com 2,2 V e essa é a
informação que todos os técnicos em geral buscam saber. Após a marcação do modelo, há uma informação de
extrema importância: a freqüência de operação externa do processador. Existem alguns modelos — como o K6-2-
300 — que possuem tanto ver-
são de 66 MHz quanto de 100
MHz. Se o processador pos-
suir a marcação AFR66 após
a sua nomenclatura (Ex:
AMD-K6-2/300AFR66), trata-
se de um modelo de 66 MHz.
Caso essa marcação seja
apenas AFR (Ex: AMD-K6-
2/300AFR), então o modelo é
de 100 MHz. Através da ins-
trução CPUID você também
pode identificar processadores
K6-2. Os seguintes valores
serão retornados com o uso
dessa instrução:
• String: AuthenticAMD
• Tipo: O
• Família: 5
• Modelo: 8
FREQÜÊNCIA DE OPERAÇÃO
PROCESSADOR CLOCK INTERNO CLOCK EXTERNO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO Além dos mode-
K6 –2 – 66 266 MHZ 66 MHZ 4X los AFR66 que
K6 – 2 – 300 (AFR66) 300 MHZ 66 MHZ 4.5 X acabamos de fa-
K6 – 2 – 300 300 MHZ 100 MHZ 3X lar, o K6-2-333
K6 – 2 – 333 (AFR66) 333 MHZ 66 MHZ 5X utiliza uma fre-
K6 – 2 – 333 333 MHZ 95 MHZ 3.5 X qüência de opera-
K6 – 2 – 350 350 MHZ 100 MHZ 3.5 X ção externa pouco
K6 – 2 – 400 400 MHZ 100 MHZ 4X usual: 95 MHz. A
multiplicação de
K6 – 2 – 450 450 MHZ 100 MHZ 4.5 X
clock pode ser
K6 – 2 – 500 500 MHZ 100 MHZ 5X
conferida na tabe-
la.
PLACA-MÃE
Na realidade, como o K6-2 é 100% compatível com o soquete 7, uma placa-mãe “especial para K6” tem somente
um jumper a mais para a seleção de multiplicação de clock — além, é claro, de fornecer a tensão de 2,2 V neces-
sária para a alimentação desse processador. Como os melhores modelos de K6-2 trabalham a 95 MHz ou 100
MHz, é necessária a utilização de uma placa-mãe do tipo Super 7, isto é, que possua chipset que suporte opera-
ção a uma freqüência de operação tão alta. Além desse requisito de placa-mãe, é necessária a utilização de me-
mórias do tipo PC-100, caso você utilize um processador K6-2 de 95 ou 100 MHz.

AMD K6-III
O processador K6-III, também conhecido como K6+, K6 3D+ ou Sharptooth, seu nome-código, é um K6-2 com
desempenho superior, por ser o primeiro processador não-Intel para PCs a utilizar cache L2 integrado dentro do
processador, trabalhando na mesma freqüência de operação do processador, a exemplo do que ocorre com os

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processadores Pentium Pro, Celeron-A, Pentium II Xeon e Pentium III Xe-


on. As principais novidades do K6-JII são:
• Cache L2 integrado: Similarmente ao Pentium Pro, o K6-III tem um
cache L2 de 256 KB integrado dentro do próprio processador. Com
isso, o cache trabalhará na mesma freqüência interna do proces-
sador, ou seja, no caso de um K6-III de 400 MHz, o cache L2 tra-
balhará a 400 MHz, e não a 100 MHz, como no K6-2, ou 66 MHz,
como no K6 “comum
• Cache L3 na placa-mãe: Essa é uma inovação no mundo dos PCs.
Além dos dois caches que estão integrados dentro do próprio pro-
cessador (LI e L2), o K6-II1 permite a utilização de um terceiro ca-
che de memória na placa-mãe, aumentando ainda mais o desem-
penho do micro. Na verdade, esse cache L3 é o cache externo e-
xistente nas placas-mãe soquete 7.
• Soquete 7: Um dos grandes trunfos desse processador é a compatibilidade com a plataforma soquete 7
(na verdade, Super 7, pois ele opera externamente a 100 MHz).
CACHE L2 INTEGRADO
O cache L2 integrado do
K6-III faz esse processa-
dor ficar parecido com os
primeiros modelos de
Pentium Pro, pois am-
bos possuem um cache
L2 integrado dentro do
processador de 256 KB,
sendo acessado na
mesma freqüência do
processador. Há dois
pontos que tornam o K6-III extremamente rápido: o seu barramento externo, que é de 100 MHz e a existência do
cache L3 na placa-mãe, o que certamente aumenta bastante o desempenho do micro. A figura mostra a arquitetu-
ra de cache do K6-III. Na Figura temos uma comparação entre as taxas de transferência utilizadas por alguns
processadores do mercado. Repare o salto da taxa de transferência do K6-III em relação ao K6-2. É importante
notar que esse gráfico mostra apenas as taxas de transferência, não levando em conta a quantidade de memória
cache. Um Pentium II Xeon-450 com 2 MB de cache L2 será muito mais rápido do que um K6-III-450, por causa
da diferença do tamanho da memória cache. Mesmo o K6-III possuindo um cache L3, não devemos nos esquecer
que esse cache L3 é o antigo cache L2 externo, que é acessado na mesma freqüência de operação do barramen-
to, o que o torna muito mais lento (ver figura).
IDENTIFICANDO PROCESSADORES K6-III
Você pode utilizar algum programa que utilize a instrução CPUID. Os resultados para esse processador serão:
• String: AuthenticAMD
• Tipo: O
• Família: 5
• Modelo: 9
FREQÜÊNCIA DE OPERAÇÃO
PROCESSADOR CLOCK INTERNO CLOCK EXTERNO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO O K6-III trabalha exter-
K6 – III – 350 350 MHZ 100 MHZ 3.5 X namente a 100 MHz,
K6 – III – 400 400 MHZ 100 MHZ 4X multiplicando este clock
K6 – III – 450 450 MHZ 100 MHZ 4.5 X para obter a sua fre-
K6 – III – 500 500 MHZ 100 MHZ 5X qüência de operação
K6 – III – 550 550 MHZ 100 MHZ 5.5 X interna.
K6 – III – 600 600 MHZ 100 MHZ 6X

PLACA-MÃE
Por operar externamente a 100 MHz, esse processador necessita de placas-mãe Super 7 e memória RAM PC-
100. A configuração da placa-mãe é idêntica à configuração utilizada pelo processador K6-2.

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AMD K7
O AMD K7 (nome-código Argon) é um K6-III montado em um cartucho, mecanicamente idêntico ao slot 1 utilizado
pelo Pentium II (e Pentium III), que a AMD chama slot A. Apesar de fisicamente iguais, o slot A é eletronicamente
incompatível com o slot 1 da Intel, pois os processadores da Intel utilizam um padrão de barramento chamado
GTL+, enquanto o K7 utiliza o padrão EV6. Isso significa que as placas-mãe desenvolvidas para o K7 não servirão
para nenhum outro processador (e da mesma forma, nenhuma placa-mãe desenvolvida para processadores Intel
comportará o K7). Por causa das diferenças existentes no barramento local do K7, ele necessita de chipsets pró-
prios. Os primeiros chipsets para o K7 serão lançados pela própria AMD e os principais fabricantes de chipset
(Via, Ali, etc) afirmam que lançarão também seus modelos de chipset para esse processador, o que garantirá a
produção de placas-mãe de diferentes marcas e chipsets. Analisando as características do K7, você verá que a
AMD quer brigar de frente com a Intel no mercado de processadores para servidores, onde a Intel ganha com o
seus processadores, principalmente por causa do suporte a multi-processamento e o tamanho e velocidade do
cache L2. Finalmente um processador não-Intel terá chances de competir de igual para igual. Além de ser o pri-
meiro processador a utilizar um barramento externo de 200 MHz — o que, sem dúvida, é uma vantagem competi-
tiva sobre os adversários —, o K7 é o primeiro processador não-Intel para PCs a suportar multi-processamento.
Esse multi-processamento utiliza o mesmo padrão dos processadores Alpha, processadores usados com sucesso
há anos em servidores de redes em ambientes corporativos. Entre as principais características do K7, destaca-
mos:
• Cache L1 aumentado: O cache Li passa a ser de 128 KB, dividido em dois, um de 64 K13 para dados e
outro de 64 KB para instruções.
• Cache L2 integrado: Assim como o Pentium 11,0 K7 possuirá um cache L2 integrado ao processador. O
processador comporta caches de 512 KB a 8 MB de tamanho. É claro que os primeiros modelos de K7 te-
rão apenas 512 KB de cache L2, porém outros modelos com mais cache surgirão. Assim como a única di-
ferença entre o Pentium II e o Pentium II Xeon (e o Pentium III e o Pentium III Xeon) é a velocidade do ca-
che L2, haverá três modelos de cache L2 para o K7: com a mesma freqüência de operação do processa-
dor, para o mercado high-end (servidores de rede e workstations de alto desempenho); com a metade da
freqüência de operação do processador, para o mercado midend (usuários entusiastas e aplicações co-
merciais); e com um terço da freqüência do processador, para o mercado low-end (usuários iniciantes e
aplicações que não demandem de tanta velocidade).
• Arquitetura superescalar com 6 canalizações: Entre outras modificações na arquitetura a fim de promover
o aumento do desempenho, está o aumento da arquitetura superescalar para 6 canalizações, o que permi-
tirá o processador executar até seis instruções por pulso de clock.
• MMX/3DNow! e co-processador superescalar com 3 canalizações: Foi acrescentada mais uma canaliza-
ção à arquitetura da unidade de execução de instruções MMX/Co-processador, permitindo que sejam exe-
cutadas até três instruções desse tipo por pulso de clock.
• Co-processador redesenhado: Os concorrentes da Intel (e os entusiastas de jogos 3D) sabem muito bem
que esse é um ponto fraco de seus processadores. Por esse motivo, a AMD resolveu redesenhar comple-
tamente o seu co-processador matemático, de modo que ele atinja desempenho superior.
• Barramento de 200 MHz: O K7 é o primeiro processador para PCs a usar um barramento externo de 200
MHz, o que garante um aumento real de desempenho no acesso à memória RAM.
• L3 Protocolo EV6: Esse protocolo de barramento é o mesmo utilizado pelos processadores Alpha. Com is-
so, o processador K7 é capaz de trabalhar em ambientes multi-processados diretamente.
BARRAMENTO DE 200 MHZ
O reflexo direto na utilização de um barramento local de 200 MHz é o ganho de desempenho proporcionado, atin-
gindo uma taxa de transferência de 1,6 GB/s, o dobro da obtida por processadores que operam externamente a
100 MHz (ver figura). Entretanto, uma pergunta fica no ar: qual o tipo de memória RAM um micro com o processa-
dor K7 pode utilizar? O único tipo de memória atualmente disponível que consegue trabalhar com uma taxa de
transferência tão elevada é a Rambus (RDRAM) e muito provavelmente micros equipados com esse processador
utilizarão esse tipo de memória.

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