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WwWWw-educacaocristacontinuada com br. © PROGRAMA DE EDUCAGAO CRISTA CONTINUADA MATRIZ CURRICULAR BASICO DE TEOLOGIA Aneasve - & ESTUDO PRATICA EsTUDOS DESENVOLVIMENTO EVANGELIZACAD ‘MINISTERIAL BiBLICOS SPIRITUAL EMISSOES Novo OESPIRITO TESTAMENTO SANTO. AMISSAO. EVANGELIZACAOE REINO, PODER ACKO.FRUTO, EGLORIA BATISMO E DONS DISCIPULADO CRESCIMENTO E ACONSELHAMENTO EETICACRISTA VENCENDOAS CRISES DAVIDA LIDERAN' . INSPIRADORA eg CO SERVICO DO CRESCIMENTO E TESTAMENTO. CRISTAO, ORGANIZACAO aeese ‘ABIBLIA QUE JESUS LIA MATURIDADE E DAIGREJA ‘MORDOMIA DOUTRINAS HERMENEUTICA BIBLICAS ORAGAO QUEM £ JESUS |ENTENDES © QUE LES?] FUNDAMENTOS ENSINA'NOS A ORAR DA VERDADE REFORMA Hi ISTOR! ADA on a UA PROTESTANTE ASSEM'! 500 ANOS i FORTALECENDOA REVELACAO DO ee eus FUTURO: aA TODOS PODEM PREGAR- CARTA AOS SANTIFICACAO E CIDADANIA E MISSOES ROMANOS HISTORIADA RESPONSABILIDADE| “| NACIONAIS E ASSEMBLEIA DE DEUS SOCIAL DA IGREJA. ESTRANGEIRAS eae ome > a2 ©. a7 CT Tae Ren Central de Atendimento: (91) 3110-2400. www.educacac REVISTA DA ESCOLA DOMINICAL teat ee mielue cede alec ease ete se) ‘Comentario e adaptagao Elléri Bogo e equipe editorial SUMARIO ——— DATA LICAO 1 SEM SANTIFICAGAO NINGUEM VERA 0 SENHOR....... LICAO 2. O COMBATE CONTRA 0 PECADO... LIGAO 3. CRESCIMENTO E SEGURANGA.... _ LIGAQ 4 SALVACAO E' TESTEMUNHO ATE NA HORA DA MORTE.u.23 /.../... ICAO 5 SANTIFICAGAO E OS NOVOS DESAFIOS.. /. LICAO 6 AIGREJA QUE CRISTO ESTA EDIFICANDO .. . LIGAO 7 TU ME AMAS?..... /./. ICAO 8 SANTIFICACAO E HUMILDADE.. .. LICAQ. 9 NASCE A ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL. _.../. LICAO 10 O NORTE £ A REGIAO PIONEIRA.. LICAO 11 O NORDESTE RECEBE A CHAMA PENTECOSTAL........65 _ LICAO 12. OSUDESTEEALCANCADO PELA MENSAGEM PENTECOSTAL...71 ~../. LICAO 13 0 SULE 0 CENTRO-OESTE COMPLETAM A EXPANSAO....77 Elléri Bogo, esposo da Jacqueline, pai de Rebeka e de Vitoria. Pastor auxiliar na Assembleia de Deus em Belém, co- ‘ordenador do Programa de Educagdo Crist Continuada e da Misso Mais Puro Leite. Bacharel em Teologia. Bacharel ‘em Ciéncias Contabeis, Contador. Empresario. Faciltador EMPRETEC/ONU, Especialista em Gesto Financeira, Controladoria e Auditoria/F GV. Diretor da Universidade Corporativa da Associagao Comercial do Estado do Para, —— SANTIFICACAO E HISTORIA Precisamos manter vivo, nas ge- ragGes presente e futuras, o interesse pelo conhecimento destes dois te- mas maravilhosos, bem como, mar- car as celebragées do aniversario de fundagao da Assembleia de Deus no Brasil, que ocorre no dia 18 de junho. Pode parecer, a primeira vista, que sao assuntos distintos, mas ve- remos que estao intimamente liga- dos, pois, desde os seus primdrdios, | aAssembleia de Deus tem ensinado muitas geragées de salvos a viver em santificacao e justi¢ana dependéncia diaria do Espirito Santo, assim como a testemunhar de Jesus Cristo com poder pentecostal (At 1.8). | Venha estudar conosco que san- tos (posicao em Cristo) devem ex- perimentar a santificacdo (processo continuo) e viver em santidade (ex- pressdo da fé crista), fatos muito bem testemunhados na possa historia. . LIVRO PARA LEITURA COMPLEMENTAR SANTIFICACAO Esta revista usa como base 0 Ito “Santificacdo no visdo da Pés-moders- dade”, de Lauri Vilas Boas. Maia Grifica e Editora. Rio de Janeto, 2014. Eo Iv1o “Histévia Centendzia da Assembleia de Deus”. Belém, PA, 2011. EXPEDIENTE Conselho Editorial ‘Samuel Camara, Oton Alencar, Jonatas ‘Camara, Philipe Camara, Benjamin de Souza, Celso Brasil Editor ‘Samuel Camara Editor Assistente Benjamin de Souza Coordenador Editorial Eliéri Bogo Equipe Editorial Daividson Bignon, Jadiel Gomes, Ananias Rocha Supervisdo Pedagégica Faculdade Boas Novas (FBN) e Seminario Teolégico da Assembleia de Deus (SETAD) Repertério Musical Rebekah Camara Revisio Jailson Melo e Auristela Brasileiro Distribuigao e Comercial Jadiel Gomes. Editoragao e Projeto Grafico Nei Neves, Tarik Ferreira e Maely Freire Contetido Digital e imagens Jeiel Lopes Versdo biblica: Almeida Revista e Atualizada, salvo quando indicada outra versdo. ©2018. Direitos reservados. E proibida a reprodugdo parcial ou total desta obra, por qualquer meio, sem autorizagao por escrito da Assembleia de Deus em Belém do Para e do autor dos comentarios e adaptages. Programa de Educagao Crista Continuada. ‘Avenida Govemador José Malcher, 1571, Nazaré. CEP: 66060-230, Belém - Paré - Brasil Fone: (01) 3110-2400. E-mail comerciak@adbelem.org br. Pedidos: (91) 3110-2400 rnrer Con SEM SANTIFICACAO NI I. VERA O SENHOR Afora 0 suplemento do professor, todo o contetido d Cre cicr MiesucetCcomcltsn nek) ORIENTACAO PEDAGOGICA 014, Professor! Estamos come- gando essa série de estudos muito especial, pois estudaremos sobre uma das doutrinas fundamentais para a nossa vida crista. Todo o servo de Deus reconhece que a santificagao é tanto um ato divino quanto humano. No infcio de nossa jornada cristé, no momento da nossa converséo, Deus nos santificou para Ele através da magnifica obra salvifica de nosso Senhor Jesus Cristo. Depois, ja salvos, justificados e santificados, nos sentimos compelidos a buscar cotidianamente nossa santifica- ¢4o em Cristo, a fim de agrada-lo. Tem inicio, entdo, o processo de santificagao. Tudo isso fazemos para que nossa vida glorifique cada vez mais 0 Senhor. Assim, prepare-se para esta jornada, pois ela sera gratificante. PALAVRAS-CHAVE 1 Se eee ee Pee CET OBJETIVOS ¢ Conceituar santificacao; ¢Diferenciar santificagdéo e santidade; ¢Compreender a importancia da santificagao pessoal. PARA COMECARA AULA Querido professor, escreva no quadro as palavras SANTO, SANTI- FICAGAO e SANTIDADE com letras grandes. Pega aos alunos para fa- larem o que vem a cabega quando pensam nestes termos. Em seguida, comente as frases ditas por eles, consertando com calma possiveis equivocos. Ao lado da palavra SAN- TO, escreva POSICAO EM CRISTO. Ao lado de SANTIFICAGAO, escreva PROCESSO CONTINUO, e ao lado de SANTIDADE, escreva EXPRESSAO DE FE CRISTA. Explique a classe que sao conceitos similares, cujos significados as vezes se interpdem; sdo partes inerentes a salvacao. RESPOSTAS DA PAGINA 10 1) Santificagao 2) Santidade 3) Santificagao Ligiio 1 - Sem Santificagaio Ninguém Verd o Senhor A santificagao é uma doutrina sadia. Foi o proprio Senhor que através de seu servo Josué procurou impetrar na nagao de Israel essa ordem de- finitiva para o povo, antes de entrarem na terra prometida. Eles tinham que vivenciar a responsabilidade plena de santidade, e esse era o meio mais eficaz para a conquista do seu povo que vivia debaixo das muitas promessas do Altissimo. Josué conhecedor dessa doutrina disse assim: “Santificai-vos, Porque amanha fara o Senhor maravilhas no meio de vés” (Josué 3;5) Deus estabeleceu esse ensinamento a nagao, devido a necessidade de ter um povo totalmente diferente dos outros povos da terra; a sua alianga estava impregnada na histéria daquele povo e tudo teria que acontecer debaixo de uma gra¢a muito diferenciada, principalmente para eles que viviam da dispensagao da lei. Se os hebreus quisessem éxito dali para frente, teriam que ardente- mente buscar e vivenciar a proposta de santidade na presenga de Deus de Israel. Como é maravilhoso viver debaixo de uma lideranga que sabe dire- cionar os seus liderados a buscarem ardentemente a santificagao. Gloria a Deus! O lider Josué era assim. A palavra Santificagao [gr. Hagiasmos] significa “tornar santo”, “consa- grar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, afim de termos ampla comunhao com o Senhor e servi-lo com muita alegria. “..Santificagao...” é a tradugao do termo grego “hagiamos’, que se deveria da raiz “agos’, isto é, algo que impée “respeito religioso”. O apdstolo Pedro servo de Jesus Cristo, se via muito envolvido com a santificagao, como meio receber a riqueza da graga e a abundancia de paz, ele escreve a sua epistola des- sa forma: “Eleitos a presciéncia de Deus Pai, em santificagao do espirito, para obediéncia e aspersdo do sangue de Jesus Cristo: graga e paz vos sejam multiplicadas” (I Pedro 1;2). Livro: “Santificagao na visao da pos-modernidade” (BOAS, Lauri Franco Villa. Rio de Janeiro. Maia Grafica e Editora, 2014. Pags. 17-18). SANTIFICAC NINGUEM VER¢ O SENHOR TEXTO AUREO “Segui a paz com todosea santificagao, sem a qual ninguém verd o Senhor.” Hb 12.14 VERDADE PRATICA Fomos santificados pelo Senhor RR aT Dea (aces santidade. DEVOCIONAL DIARIO Hinos da Harpa: 311 - 186 Estudadaem __/__/ = Segunda - Rm 5.1 Paz com Deus Terga -Jo 17.17 Verdade que santifica Quarta - Ef 5.27 Igreja perfeita Quinta - Rm 8.29 Cristo, nosso modelo Sexta - 1Jo 3.9 Abandone o pecado Sabado - Jo 15.5 Cristo, nossa base LEITURA BIBLICA Hebreus 12.14-17 14 Segui a paz com todos e a san- tificagdo, sem a qual ninguém vera o Senhor, 15 atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separan- do-se da graca de Deus; nem haja al- guma raiz de amargura que, brotan- do, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados; 16 nem haja algum impuro ou pro- fano, como foi Esau, o qual, por um repasto, vendeu 0 seu direito de pri- mogenitura. 17 Pois sabeis também que, poste- riormente, querendo herdar a bén- 40, foi rejeitado, pois nao achou lugar de arrependimento, embora, com lagrimas, o tivesse buscado. Ligdo 1 -Sem Santificagao Ninguém Verd o Senhor es SEM SANTIFICACAO NINGUEM VERA 0 SENHOR INTRODUCAO I. SANTO 1. Vocé é santo 1/0 3.3 2. Devemos ser santos Rm 82 3. Conforme Jesus jo 15.5 Il. SANTIFICAGAO 1. Aspectos da Salvacao £5.26 2. Santificagao necessaria Tyg 2.17-20) 3. Santificacdo praticada 1/0 3.9 |. SANTIDADE 1. O que nao é santidade Hb 12.14 2. Santidade diaria Rm 8.29 3, Santidade possivel 1Pe 5.5 APLICACAO PESSOAL INTRODUGAO A santificagao é 0 processo continuo que tem inicio quando o perdido cré em Jesus e o recebe como seu tinico e suficiente Sal- vador e Senhor e prossegue até receber um corpo glorioso (1Jo 3.2). Santo, santificagao e santi- dade sao conceitos similares, cujos significados as vezes se in- terpéem; sao partes inerentes a salvagao. Santo indica a posi¢do. do crente conferida no ato da re- generagao, quando Deus separa povo ou pessoa para si (Lv 19.2; 1Co 1.2). Santificagao é o longo processo de adequagao do cara- ter 4 semelhanga de Cristo (Rm 6.19,22; 1Pe 1.2,15). Santidade é a expressdo da vida de Deus no crente (Ex 39.30; 2Co 1.12). Convém notar que, historica- mente, 0 movimento pentecostal aconteceu na esteira do movimen- to de santidade, que primava pelo aperfeigoamento espiritual através da santificagao operada pelo Esp{- rito Santo na vida dos crentes. I. SANTO Santo indica a posig¢ao do cren- te conferida por Jesus no ato da conversao (1Co 1,2). 1. Vocé é santo. A palavra “santo” (no Grego: hagios - no Hebraico: kadosh) significa “se- parado, puro”. Portanto, santo é aquele que foi separado por Deus para viver a vida de Deus. Sem santificacdo “ninguém vera o Se- nhor” (Hb 12.14). Sem dtvida, isto deve nos fazer reconsiderar nossos caminhos e reexaminar nossos cora¢ées. Talvez alguém diga: “E impos- sivel que alguém seja santo e, ao mesmo tempo, capaz de conduzir os negécios desta vida!” No entan- to, isso pode ser feito, sim! Com Cristo em nds e vivendo através de nds, tudo é possivel. Nossa tarefa é esta: “E asi mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperanga, as- sim como ele é puro” (1Jo 3.3). 2. Devemos ser santos. Aci- ma de tudo, devemos ser santos porque a voz do Senhor nos or- dena claramente: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Devemos ser santos porque essa é a grandiosa finalidade e propésito daquilo que Cristo veio fazer no mundo: nos tornar semelhantes a Ele (1Jo 3.2). Em suma, falar que os homens sao salvos da culpa do pecado sem que, ao mesmo tempo, sejam sal- vos do dominio do pecado em seus coragées, é contradizer o claro tes- temunho das Escrituras. Jesus é o Salvador completo. Ele nao somente tira a culpa do pecado de um crente, mas realiza muito mais: Ele quebra 0 poder do pecado: “Porque alei do Espirito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2). Ligéio 1 - Sem Santificagéio Ninguém Veré o Senhor 3. Conforme Jesus. Vocé quer ser santo? Quer viver como uma nova criatura? Entado tera de co- meg¢ar com Cristo! Simplesmente nao conseguira fazer coisa alguma e nem obterd qualquer progresso sem primeiro entregar tudo a Ele. Ele é a raiz e o comego de toda a santidade. A tinica maneira de alguém se tornar santo é se, me- diante a fé, unir-se totalmente a Ele. Para os crentes, Cristo nao se trata apenas de sabedoria e justi- ¢a para a vida, mas também a ga- rantia de sua propria santificagao através do Espirito (2Ts 2.13). Algumas vezes, alguns pro- curam se tornar santos por seus préprios esforgos, labutando e se esforcando imensamente para fazer pequenas modifica- gdes comportamentais, mas isso se mostra completamente inutil. Estao comegando pelo lado erra- do, como quem constréi sobre a areia (Mt 7.26). Ninguém pode langar outro fundamento para a santidade além daquele que foi langado: Cristo Je- sus! (1Co 3.11). Jesus disse: “Eu sou a videira, vés, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse da muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Il. SANTIFICACAO Santificagao é 0 processo con- tinuado de adequacao do cara- ter 4 semelhanga de Cristo (Rm 6.19,22; 1Pe 1.2,15). Ligdo 1 -Sem Santificagao Ninguém Verd o Senhor 1. Aspectos da Salvacao. No que diz respeito a salvagio, Cristo realiza uma obra espiritual com- pleta. Ele opera tanto a regenera- go como a justificagao daquele que se converte pela fé ao Senhor. Regeneragao e quando nascemos de novo (Jo 3.3). A justificagao é quando Deus declara que o ho- mem 6 justo, isto é, sem nenhuma culpa, e isto com base nos méritos do Senhor Jesus Cristo: “Mas ago- ra, sem lei, se manifestou a justi¢a de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas” (Rm 3.21). Estes atos divinos conjuntos, justificagao e regeneracao, defi- nem a nova posi¢ao espiritual do individuo, que passa da condigao de inimigo de Deus para a de ami- go, servo e filho de Deus (Ef 2.14- 16; Rm 5.1). Assim, perante Deus, todos os salvos em Cristo (a Igreja) ja sao considerados santos e justos pe- rante Seus olhos: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado...” (Ef 5.26) 2. Santificagao necessaria. Espera-se que a pessoa que é rege- nerada e justificada deseje natural e ardentemente andar na Sua luz. Assim, 0 santificado em Cristo se esforca para purificar-se a si mes- mo, como Cristo é puro (Ap 22.11; 1Pe 3.15). Esse é 0 inicio do pro- cesso de santificagao. Certamente, a salvacao é recebi- da gratuitamente unicamente pela fé em Cristo: “Porque pela graca sois salvos, mediante a fé; isto nao vem de vis; é dom de Deus; nao de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9), Porém, a fé que nao en- volve uma influéncia santificadora sobre o carater da pessoa nao é me- lhor que a “fé dos deménios”, que creem e tremem, mas continuam deménios (Tg 2.19). Antes, é morta, por ser apenas adesio intelectual a um conjunto de crengas religiosas. A suposta unido com Cristo que nao vem a produzir qualquer efeito sobre o coragao e a vida de uma pessoa nao passa de uma mera uniao formalista e religiosa, portanto, indigna diante de Deus (Tg 2.17-20). 3. Santificagdo praticada. Aquele que nasceu de novo (fei- to uma nova criatura em Cristo), recebeu regeneragao espiritual e, por conseguinte, uma nova natu- reza, a natureza espiritual de Cris- to Jesus. Passa, entao, a viver uma nova vida em santidade e justiga diante de Deus. Desta maneira, uma “regene- ragaéo” que permita a alguém vi- ver descuidadamente no pecado ou no mundanismo é, na verda- de, uma mentira inventada pelo inimigo de nossas almas, pois tal conceito jamais é referendado pe- las Escrituras. Portanto, nado nos enganemos: onde nao ha santificagao, nao ha regeneragao; ou seja, onde nao ha vida santa, nao ha novo nascimen- to. Aquele que nasceu de Deus é aquele em que permanece “a di- vina semente; ora, esse nao pode viver pecando, porque é nascido de Deus” (1Jo 3.9). Ill. SANTIDADE Santidade é a expresséo da vida de Deus no crente (Ex 39.30; 2Co 1.12). 1. O que nao é santidade. Ha “crentes” que sentem orgulho de sua prépria “santidade” superficial, enquanto seus familiares e amigos nao veem qualquer melhoria em sua conduta e no seu temperamen- to. Este falso alarde provoca um dano imenso a causa de Cristo. Jamais devemos nos esque- cer: a verdadeira santidade nao consiste em meras sensagdes e impress6es internas. Ela envolve muito mais do que emogées, lagri- mas, suspiros, apego apaixonado a pregadores favoritos ou a credos religiosos. Movimentos que se pronun- ciam em prol da santidade, mas que produzem conflitos entre os filhos de Deus deve ser visto como algo suspeito. 2. Santidade didria. Precisa- mos de algo mais do que meras ge- neralizacées sobre a vida santa, as quais com frequéncia ndo acusam nossa consciéncia nem nos deixam envergonhados diante de nossos pecados recorrentes. A verdadeira Li¢éio 1 - Sem Santificagiio Ninguém Vert o Senhor santidade consiste em realizar atos santos e suportar as tentagdes no dia a dia, como uma demonstragao pratica de que, de fato, recebemos 0 novo nascimento. Em outras palavras: a verda- deira santidade é a nossa confor- magao a imagem de Cristo, que pode ser observada por outras pessoas em nossa vida particular, habitos e carter: “Porquanto aos que de antemao conheceu, tam- bém os predestinou para serem conformes a imagem de seu Filho, afim de que ele seja o primogénito entre muitos irmaos” (Rm 8.29). 3. Santidade possfvel. Por causa das ricas promessas de Deus, todos os crentes sao exor- tados pelas Escrituras: “..puri- fiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espirito, aperfeigoando a nossa santidade no temor de Deus”; e também: “.. deixemo-nos levar para o que é perfeito” (2Co 7.1; Hb 6.1). Muito embora a perfeicao li- teral, ou seja, a total e completa libertagao da presenga do pecado em pensamento, palavra ou acao, neste mundo, seja um alvo inatin- givel para qualquer ser humano, devemos prosseguir para viver a santificacdo e perfeicao possiveis, “a fim de vivermos de modo digno do Senhor, parao seu inteiro agra- do, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimen- to de Deus” (C1 1.10). E Deus quem concluira essa boa obra (Fp 1.6). Os mais eminentes santos de Deus de todos os séculos foram sempre os Ultimos a reivindicar perfeicéo para si mesmos (Fp 3.12). Pelo contrario, eles sem- pre tiveram o mais profundo senso de sua total indignidade e imperfeic¢ao (Rm 7). Quanto maior a iluminagdo espiritual que desfrutavam, mais perce- biam seus incontaveis defeitos e debilidades, mantendo a humil- Ligdio 1 -Sem Santificagéio Ninguém Verdi o Senhor dade e dependendo inteiramente da graga de Deus (1Pe 5.5). APLICACAO PESSOAL A santificagao, sem a qual ninguém vera a Deus, nos leva a viver uma vida na dependéncia do Espirito Santo até a volta glo- riosa de Jesus. COMPLETE 6 um processo continuo de aperteigoamento do cristo. 2) a expressdo da vida de Deus no crente (Ex 39.30; 2Co 1.12). 3) Sem ninguém vera a Deus. VOCABULARIO * Aderir: aceitar, seguir uma ideia. + Mundanismo: sistema de crengas e valores mundanos contrarios a Deus. + Referendar: aprovar. + Mort ir: fazer morrer, apagar a influéncia interna. B(@Xey) (© OCOMBATE CONTRA O PECADO up re errr Me SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR.) > ORIENTACAO, PEDAGOGICA 0 conhecimento biblico sobre 0 pecado é um assunto de suma importancia no processo de san- tificagao. Devemos conhecer os aspectos do mal a fim de evita-lo em busca da santidade diaria. Durante a aula, enfatize para a classe o significado do pecado nas concepgées na lingua grega original do Novo Testamento, como aparece na leitura comple- mentar. Procure demonstrar a impor- tancia da perseveranga aguer- rida na luta contra o pecado, a fim de agradarmos o Senhor. Demonstre claramente que o mundo, a carne e 0 Diabo sao os nossos inimigos e que devemos resistir a todas as suas influén- cias. Este é 0 alto prego que de- vemos pagar pela nossa propria santifica¢ao. PALAVRAS-CHAVE freee eta iu OST 1) é igual para alunos e mestres, inclu: eke eter) OBJETIVOS +Compreender o conceito bf- blico de pecado; +Conhecer a importancia do combate permanente ao pecado; + Avaliar o alto prego pago pela nossa salvacao. PARA COMECARA AULA Inicie a aula mostrando aos alunos diversas reportagens que apontam os males derivados do pecado. Explique que cada ato de violéncia, corrupg¢ao, imoralidade eo mal, de modo geral, sAo terri- veis consequéncias do pecado ori- ginal de Addo, que todos os seres humanos herdaram. Escreva no quadro a palavra PECADO e, ao redor dela, escreva os termos gregos para pecado (co- pie-os da leitura complementar). Explique cada termo que define pecado biblicamente. A seguir, siga com o contetido da li¢ao. RESPOSTAS DA PAGINA 16 1) Ea corrupgao da natureza humana. 2) Sistema que afronta os valores de Deus. 3) O sangue de Jesus Cristo LigGo 2 -O Combate Contra o Pecado Pecado, em grego, é amartia. Esse termo é derivado de uma raiz que indica “errar 0 alvo”, “fracassar”. Trata-se do fracasso em nao atin- gir um padrao conhecido, mas antes, desviando-se do mesmo. Essa palavra, porém, veio a ter também um significado geral, indicando 0 principio e as manifestagdes de pecado, sem dar qualquer atengao a seu significado original. O trecho de 1 Joao 3.4 usa o vocdbulo anomia, “desregramento”, desvio da verdade conhecida, da retidao moral. 0 pecado tanto é um ato como é uma condigao. £ 0 “estado” dos homens sem regeneragao, que se manifesta na forma de numerosos e perversos atos. Pecar é afastar-se daquilo que Deus considera a “conduta ideal”, do homem ideal, exemplificado em Jesus Cristo. Isso conduz a “impieda- de”(asebeia; 2Pe 2.6), que consiste na oposic¢ao a Deus e a seus princi- pios, em auténtica rebelido da alma. E isso leva a parabasis, “transgressao” (Mt 6.14; Tg 2.11) contra principios piedosos reconhecidos. Isso leva o individuo a paranomia, a “quebra da lei”, o “afastamen- to” da lei moral (At 23.3; 2Pe 2.16). Nossos pecados também sao “passos em falso”, isto é, paraptoma, no grego (Mt 6.14; Ef 2.1). Propositadamente “caimos para um lado”, “desviamo-nos pela tangente”, apesar de estarmos instruidos o bas- tante para nao fazé-lo, Desse modo, 0 Novo Testamento descreve o pecado sob boa varie- dade de modos, cada um deles com 0 uso de um quadro falado sobre 0 que isso significa. Cristo Jesus é a cura de cada uma dessas manifesta- gées do pecado, pois a sua expiacdo apaga a divida; e a santificagao em Cristo transforma o pecador, para que seja um ser santo e celestial. E Deus é fiel e justo, conferindo esse imenso beneficio aos homens que se submetem a ele, isto é, que exercem fé em Cristo e ao seu mundo eterno (Hb 11.1). Livro: “Enciclopédia de Biblia, teologia e filosofia” (CHAMPLIN, R. N. . SAo Paulo: Candeia, 1995. v. 5. p. 145). CONTRA PECADO TEXTO AUREO “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressao da lei.” 1Jo 3.4 VERDADE PRATICA Meroe ae Estudada em ___/__/ DEVOCIONAL DIARIO Segunda - Gn 3.6 Conclusées erradas Terca - Tg 4.4 Inimizade com Deus Quarta - €13.5 Vencendo a carne Quinta - Le 22.31 Nosso adversario Sexta - 1 Co 6.20 O prego pelo pecado Sdbado - 1 Co 15.57 Vitéria sobre 0 pecado LEITURA BIBLICA 1 Joao 3.4-8 4 Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque 0 pecado é a transgressao da lei. 5 Sabeis também que ele se mani- festou para tirar os pecados, e nele nao existe pecado. 6 Todo aquele que permanece nele nao vive pecando; todo aquele que vive pecando nao o viu, nem 0 co- nheceu. 7 Filhinhos, nao vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justia é justo, assim como ele é justo. 8 Aquele que pratica o pecado pro- cede do Diabo, porque o Diabo vive pecando desde o principio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do Diabo. Hinos da Harpa: 171-12 Ligéio 2 -O Combate Contra o Pecado O COMBATE CONTRA O PECADO INTRODUCAO I. OPECADO 1. Oqueé 1Pe2.22 2. Origem Gn3.1-7 3. Poder 1Co 15.56 Il. O COMBATE 1. Contrao mundo Ty 44 2. Contraacarne Mt 26.41 3. Contra o Diabo 1Jo3.8 III. O PRECO 1. Arrependimento Jo 3.16 2. Rentincia Fp3.9 3. Valor Le 14.26-33 APLICAGAO PESSOAL 12 INTRODUCAO Aquele que desejar ter um pon- to de vista correto sobre a santifi- cagao crista tera de examinar com profundidade o vasto assunto do pecado. Conceitos erréneos sobre a santificagao geralmente advém de ideias distorcidas quanto a ex- tenséo da corrupg¢ao humana. O correto conhecimento do pecado e sua eterna solucao sao assuntos basicos da doutrina crista. I. O PECADO 1. O que é. Naturalmente, to- dos nds estamos familiarizados com os termos “pecado” e “peca- dores”. Com frequéncia, dizemos que o pecado opera no mundo e que os homens cometem pecados. e que todos somos pecadores. Po- rém, 0 que queremos dizer com essas expressGes? O pecado, falan- do de modo geral, é resultado da Queda e significa a corrupgao total da natureza humana. Faz parte da natureza huma- na contaminada se inclinar para 0 erro, de tal modo que a carne sem- pre milita contra o espirito e, assim sendo, o pecado merece a irae a condenagao de Deus em cada peca- dor neste mundo. 0 pecado é uma “enfermidade” da qual apenas um. tinico Homem nascido de mulher esteve isento (Gn 3.22; 1Pe 2.22). 2. Origem. A pecaminosidade do homem é inata, sua esséncia se verifica interiormente. A cor- rupgdo inerente a natureza hu- mana nao é adquirida a partir de mas companhias ou maus exem- plos, conforme alguns crentes fracos costumam dizer, pois a in- fluéncia corruptiva do meio em que vivemos apenas acha lugar em uma natureza decafda. Trata- -se, antes, de uma “enfermidade” espiritual que herdamos do nos- so primeiro pai, Adao, e com a qual todos ja nascemos. Criados 4 imagem e semelhan- ¢a de Deus e inocentes no princi- pio, nossos pais cairam da justi¢ga original e tornaram-se totalmen- te corruptos. E, desde aquele dia, homens e mulheres nascem se- gundo a imagem de Adao decaf- do, herdando deste um coragao e natureza inclinados ao pecado. Ademais, lembremo-nos de que cada parte do mundo da tes- temunho do fato de que o pecado a “enfermidade” fundamental de toda a humanidade (Gn 3.1-7). A filosofia humanista de que o ser humano é essencialmente bom, mas apenas corrompido pelo meio social em que vive, nado encontra respaldo nas Sagradas Escrituras. 3. Poder. Se admitirmos que a humanidade inteira deriva de um tinico casal e que esse casal caiu no pecado, como diz a Biblia, o estado da natureza humana por toda par- te pode ser facilmente explicado (Gn 3). Mas, se negarmos esse fato, conforme alguns o fazem, imedia- 13 LigGo 2 - O Combate Contra o Pecado tamente nos veremos envolvidos com dificuldades inexplicaveis. A maior prova da extensao e do poder do pecado é a persistén- cia com que este tenta continuar dominando uma pessoa, mesmo. depois de estar convertida e tor- nar-se templo do Espirito Santo. No entanto, sem ditvida, o pecado nao mais exercera dominio no co- ragao do salvo, quando é controla- do, mortificado e crucificado pelo poder do Espirito na vida daquele que vive na graga de uma intima comunhao com o Senhor. Feliz é o crente que compreen- de isso e nao tem confianga na car- ne, mas se regozija em Cristo Jesus (1Co 15.56,57). IL. O COMBATE 1. Contra o mundo. Na Biblia, a palavra “mundo” tem diversos significados. No contexto da san- tidade, mundo significa todo sis- tema pecaminoso que se opée e afronta os valores de Deus. A sutil influéncia desse poderoso inimigo deve sofrer resisténcia diaria de nossa parte, pois, sem uma cons- tante batalha didria na dependén- cia da gracga de Deus, 0 mesmo jamais podera ser vencido. E im- possivel desfrutar dos prazeres do mundo e, ao mesmo tempo, ser amigo de Deus. “Nao compreen- deis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo cons- titui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4). Ligtio 2 -O Combate Contra o Pecado 0 amor as coisas do mundo, o desejo secreto de ser aceito pelo mundo e de agir como as pessoas desse mundo e de nao querer ser considerado um extremista ou ra- dical - todos esses sao adversarios espirituais que continuamente as- sediam o crente durante toda a sua jornada para o céu e que, por- tanto, precisam ser vencidos. Je- sus venceu 0 mundo; ndés também devemos fazé-lo (Jo 16.33). 2. Contra a carne. Segundo as Escrituras, a palavra carne desig- na nossa natureza pecaminosa. O crente precisa combater a carne. Mesmo depois da conversao, ele traz consigo uma natureza inclina- da para o mal e um coragao fraco e instavel. Esse coragao jamais estara isen- to de imperfeiges neste mundo, sendo uma miseravel ilusdo esperar por isto. A fim de impedir que o nos- so coragao se desvie, o Senhor Jesus ordenou: “Vigiai e orai, para que nao entreis em tentacao; 0 espfrito, na verdade, esta pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Ha a necessidade de um combate diario e de uma luta permanente em vigilancia e oragao, a fim se seguirmos o conselho bibli- co: “Fazei, pois, morrer a vossa na- tureza terrena’” (Cl 3.5). Jesus foi tentado em tudo, mas sem pecado, e pode nos ajudar a vencer também (Hb 4.15). 3. Contra o Diabo. Este anti- go adversario da humanidade nao 14 esta morto. Desde a queda de Adao e Eva, ele tem andado a “rodear a terra e a passear por ela”, esfor- gando-se por obter a sua grande finalidade - a ruina da alma hu- mana (1Jo 3.8). Nunca dormindo e nem cochilando, ele esta sempre andando “em derredor, como leao que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5.8). Ele 6 um inimigo invisivel, pro- cura sempre estar perto de nds, cercando a nossa vida ptblica e privada, espionando toda a nossa caminhada. Um homicida e menti- roso desde o principio, ele labora noite e dia para tentar impedir o nosso caminho e nos fazer cair da gracga. Algumas vezes, procurando conduzir-nos a supersti¢ao ou su- gerindo-nos algum ato de infideli- dade; outras vezes, mediante tati- cas sutis, esta sempre realizando campanhas destruidoras contra a nossa alma, tentando nos expor publicamente. Jesus alertou Pedro sobre isto: “Simao, Simao, eis que Satands vos reclamou para vos pe- neirar como trigo!” (Le 22.31). Esse poderoso adversdrio deve ser combatido diariamente, se qui- sermos ser vitoriosos. Jesus derrotou a Satanas; nés também devemos fa- z6-lo (Jo 16.11; Cl 2.15; 1Jo 2.13,14). III. O PRECO 1. Arrependimento. Qual o preco de uma alma humana? Cus- tou nada menos do que o sangue do proprio Filho de Deus, que pro- veu a expiacao e trouxe remissao da condenagao da morte e do in- ferno para todo aquele que Nele cré (1Co 6.20; Jo 3.16). O ponto central a se considerar é que o homem deve estar pronto ase arrepender e abandonar o pe- cado se quiser ser salvo. Uma pes- soa que apenas vez por outra fre- quente uma igreja e possua uma moralidade razoavel durante os dias da semana estd na média do que outros ao seu redor conside- ram o cristianismo. Isso é mera re- ligido, nao custa muito. Mas seguir a Jesus custa tudo: o alto prego da dedicag¢ao total! (Mt 16.24). 2. Rendncia. Quanto custa ser um crente auténtico? Suponha- mos que uma pessoa se disponha aservir a Cristo, sentindo-se atrai- da e inclinada a segui-lo, o quanto isso lhe custard? a) Custard a sua justiga propria (Fp 3.9). Em primeiro lugar, ele tera de arrepender-se dos seus pecados e desfazer-se de todo o orgulho, de todos os pensamentos altivos e de toda a presuncao acer- ca de sua prépria bondade. Tera de contentar-se em ir para o céu por ter sido salvo exclusivamente pela graga oferecida gratuitamen- te, devendo tudo aos méritos e a retidao de Cristo (Ef 2.8-10). b) Custard o abandono dos seus pecados (Rm 6.2). Ele devera estar disposto a abandonar cada habi- to e pratica errados aos olhos de Deus. Tera de voltar o rosto con- 15 Ligdo 2 - O Combate Contra o Pecado tra tais praticas, lutando contra as mesmas, mantendo-se crucificado e esforgando-se por manté-las sob o controle do Espirito, sem se im- portar com o que o mundo possa pensar ou dizer (Gl 2.19,20; 6.14). c) Custard a desaprovagao do mundo (lo 2.15). Se um crente quiser agradar a Deus, tera de se contentar em ser mal acolhido pe- los homens. Nao devera considerar estranho se for zombado, ridicula- rizado, caluniado, perseguido e até mesmo odiado, Nao poder ficar surpreendido se as suas opinides e praticas religiosas forem conside- radas com desprezo. Tera de acei- tar que muitos o tenham por insen- sato ou fanatico - de tal maneira que as suas palavras venham a ser distorcidas, e as suas agdes, mal in- terpretadas (Jo 15.20). Devemos, antes, estranhar quando o mundo nos aplaudir (Lc 6.26). 3. Valor. Reconhec¢amos que o custo para ser um verdadeiro dis- cipulo de Jesus Cristo é total (Le 14.26-33). Porém, quem, em seu bom juizo, poderia duvidar de que vale a pena pagar qualquer preco, contanto que a sua alma seja sal- va? Quando um navio corre o risco de naufragar, a tripulacdo nao pen- sa que é um sacrificio muito grande langar fora qualquer carga, por mais. preciosa que seja. Quando um mem- bro do corpo chega a gangrenar, um homem submete-se 4 amputacao, contanto que sua vida seja salva. Ligéio 2 - 0 Combate Contra o Pecado Nao ha divida de que um crente deve estar disposto a de- sistir de qualquer coisa que se interponha entre ele e o céu. Uma religido que nada custa nada vale! Um cristianismo ba- rato, com reden¢do sem sangue e discipulado sem cruz, mostrar- -se-4 totalmente inutil e sem va- lor (2Tm 4.7). APLICACAO PESSOAL Avinda do Senhor aproxima-se rapidamente. Somente mais algu- mas batalhas e a ultima trombeta soara, quando entao o Principe da Paz vird e com Ele reinaremos. Por essa raz4o, perseveremos e comba- tamos até ao fim, sem nunca desa- nimar, até a vitéria total (Ap 21.17). RESPONDA 1) O que 6 0 pecado? 2) O que significa a palavra “mundo”? 3) Qual o prego para salvar uma alma humana? VOCABULARIO + Expiagdo: meio usado para pagar peniténcia pelo pecado. * Pecaminosidade: qualidade ou caracteristica do que 6 pecaminoso. + Remissao: aco de perdoar. LIGAO3 IMENTO E SEGURANG eet eck oii Otero IENTACAO YAGOGICA A ligao de hoje trata de dois aspectos importantes no que diz respeito a santificagao crista. O primeiro deles é o cres- cimento na graga. Ha, nos dois primeiros tépicos da ligao, uma abordagem bastante pratica so- bre o assunto. Sugerimos que enfatize a praticidade que ele exi- ge. Use o quadro para pontuar os versiculos e as orientagées prati- cas desta secao. 0 terceiro tépico aborda o se- gundo tema da ligao: a seguranga da salvacao. Assim como no pri- meiro assunto, pontue no quadro os versiculos biblicos, enfatizando a praticidade da questao aborda- da. Demonstre como a ma com- preensao afeta negativamente o nosso dia a dia como cristaos. Lea Nd Ree pao t eu erst eur PPIs Come emcee eur) OBJETIVOS +Compreender a importan- cia do crescimento na gra¢a; « Praticar os meios para cres- cer na gra¢a; «Entender a segurancga da salvagao. PARA COMECARA AULA Comece a aula exibindo o se- guinte video no Datashow: “Cassia- ne - Avivamento” (https://goo.gl/ mgYcwL). Ou, se preferir, reproduza este louvor em um CD Player: Pega aos alunos para prestarem atengao Aletra e depois comentarem. Em seguida, escreva no quadro aseguinte frase: “Para que haja ge- nuino avivamento é preciso cresci- mento na fé”. Organize um pequeno debate, demonstrando a impos- sibilidade de Deus derramar um avivamento espiritual verdadeiro sem que a Igreja brasileira deseje realmente crescer na fé. RESPOSTAS DA PAGINA 22 1) Satide e prosperidade espirtuais 2) Meios de crescimento 3) Sim Ligéio 3 - Crescimento e Sequran¢a LEITURA COMPLEMENTAR A santificagao na chamada pés-modernidade precisa ser afinada pelo diapas&o do Espirito Santo de Deus. Tratando da santidade assim, talvez alguém pense que estamos procurando exagerar a importancia da vida espiritual de cada crente em particular, e que esteja substituindo o “nés” do Novo Testamento pelo egoistico “eu’. Mas, lembro-me que alguém dis- se: que cem pianos afinados pelo mesmo diapasdo, estao automaticamen- te afinados uns pelos outros. Quando foram ajustados assim adquiriram essa unidade de som, nao uns dos outros, mas de um outro instrumento, ao qual todos devem sua totalidade. Assim também, se cem crentes esto reunidos, e cada um olhar para Cristo, nos seus coracGes, eles estao mais ligados entre si, do que se passassem a buscar esta unidade, mas, para isto, desvidssemos olhos de Deus. Assim sendo, toda a igreja é aperfeicoa- da quando a vida de cada crente é purificada. 0 corpo de Cristo torna-se mais vigoroso 4 medida que seus membros se tornam mais saudaveis. A igreja de Deus, no seu todo, sé tem a lucrar quando os membros que a comp6em comegam a buscar uma vida melhor e mais santificada. Tudo o que dissemos aqui pressupde um verdadeiro arrependimento e uma completa rendigao da vida ao Senhor. E quase desnecessario men- cionar esse fato, porque somente as pessoas que se arrependeram dessa maneira terao meditado nestas verdades. Podemos observar pelo que esta sendo ministrado, que a Biblia afirma com muita clareza, que fomos eleitos “desde o principio para a salvacao, em santificagao do Espirito” (II Tessalonicenses 2:13) Esta verdade esta implicita no evangelho de Joao 19:34, que diz que o lado ferido do corpo de Jesus fluiu, a um sé tempo, sangue e agua, “e logo saiu sangue e agua’. (a) O sangue de Cristo nos redime de todo o pecado. (b) A 4gua nos lava de todas as impurezas pecaminosas. Livro: “Santificagao na visdo da pés-modernidade” (BOAS, Lauri Franco Villa. Rio de Janeiro. Maia Grafica e Editora, 2014. Pags. 57-58) CIMENTC E SEGURANC “Crescei na graca eno conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” 2 Pe 3.18 VERDADE PRATIC/ idade aeRO ag ea eNICE Wee e Re ACLU fé, vivendo uma santificagao RS Estudadaem __/__/ DEVOCIONAL DIARIO Segunda - Jo 15.8 Necessidade de frutificar Terga -Jo 15.16 Salvos para frutificar Quarta - Tg 4.4 Amigos de Deus Quinta - Jo 6.37 Jesus, nosso Salvador Sexta - $123.4 Deus, nossa seguranga Sabado - Rm 8.16 Testificacao espiritual LEITURA BIBLICA 2 Pedro 3.15-18 15 e tende por salvacio a longanimida- de de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmao Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, 16 ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epfstolas, nas quais ha certas coisas dificeis de entender, que os ig- norantes e instaveis deturpam, como também deturpam as demais Escritu- ras, para a propria destruigio deles. 17 Vos, pois, amados, prevenidos como estais de antemao, acautelai-vos; nao suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa propria firmeza; 18 antes, crescei na graga € no conhe- cimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, A ele seja a gloria, tanto agora como no dia eterno. Hinos da Harpa: 177 - 244 Ligéio 3 - Crescimento e Seguranga CRESCIMENTO E SEGURANCA INTRODUCGAO I. CRESCIMENTO 1. Arealidade 2Pe 3.18 2, Agradaa Deus CI 1.9-12 3. Os sinais Fp 3.12 Il. OS MEIOS DO CRESCIMENTO 1. Pblico e coletivo £9.10 2, Particular e pessoal Pv 13.4 3. Vigilancia e cuidado Ty 4.4 III. SEGURANGA DA SALVACAO 1. A firme esperanga 17s 1.3 2. Podemos ter certeza? Hb 10.22 3. Oposicao a seguran¢a Rm 8.16 APLICAGAO PESSOAL INTRODUGAO Um crente nominal, cuja fé é me- ramente expresso religiosa, nao podera estar seguro de sua salva- Gao e nem desejara crescer na gra- ¢a. Porém, para todo aquele que foi realmente regenerado, estas duas perguntas sao importantes: Estou seguro da minha salvacgao? Estou crescendo na fé crista? As respostas tém a ver coma operagao da santifi- cacao ou falta desta. I. CRESCIMENTO 1. A realidade. O crescimento na graca e no conhecimento do Se- nhor é a melhor evidéncia de satide e prosperidade espirituais do salvo na caminhada de santificagao (2Pe 3.18). Observe as analogias com a natureza. Nos casos de uma crianga, flor ou arvore, estamos bem cons- cientes de que alguma coisa esta errada quando nao ha crescimen- to. A vida em uma pessoa, um ani- mal ou vegetal, sempre se mostrara saudavel através do seu respectivo crescimento e progresso. Outro tan- to sucede no caso de nossa alma. Se ela esta crescendo e progredindo, frutificara a seu tempo (Jo 15.8). Além disso, 0 crescimento na graga e no conhecimento de Cristo é a unica maneira de nos sentir- mos contentes em nossa caminha- da de fé. Deus vinculou sabiamen- te o nosso conforto espiritual ao nosso crescimento e santificagao. De forma muito graciosa, Deus fez isso para o nosso préprio interes- se, para que avancemos e tenha- mos alvos elevados “em Cristo” na nossa vida espiritual. 2. Agrada a Deus. Além de funcionar como um termémetro da satide espiritual e da alegria do crente, 0 crescimento na graga e no conhecimento de Jesus também. agrada a Deus. Sem diivida, pode parecer ma- ravilhoso que algo feito por cria- turas como nés possa dar prazer ao Deus Altissimo. Porém, assim acontece. As Escrituras aludem a um tipo de conduta que agrada a Deus (Cl 1.9-12). Ha, por exemplo, sacrificios com os quais “Deus se compraz” (1Ts 4.1; Hb 13.16). O agricultor gosta de ver as plantas nas quais ele investiu oseu trabalho florescendo e produ- zindo frutos, tal como Jesus exem- plificou (Jo 15.16). 3. Os sinais. O cristao cuja alma esta crescendo possui maior percep¢ao da sua propria indigni- dade e pecaminosidade. Quanto mais um crente se aproxima de Deus e percebe Sua perfeita santi- dade, mais se tornara sensivel em relagao a sua prépria indignidade e imperfeigao; ou seja, a sua hu- mildade estara sempre aumentan- do a medida que cresce espiritual- mente (Fp 3.12). Além disso, tal crist&éo compro- metido sempre sera mais vigilante sobre a propria conduta em cada Ligéio 3 - Crescimento e Seguranga aspecto da vida. Ele é 0 que mais se esforga por estar conformado a imagem de Cristo em todas as areas e busca segui-lo como seu exemplo pessoal, ansiando ter sua vontade totalmente submissa a vontade de Deus (Fp 3.13). Ocrente que realmente esta cres- cendo se interessara mais intensa- mente pela salvagao dos pecadores. As missées na propria patria e no estrangeiro, os esforgos por aumen- tar a luz espiritual no mundo, ocupa- rao lugar de destaque na aten¢ao do crente em crescimento (2Co 12.15). II. OS MEIOS DO CRESCIMENTO 1. Publico e coletivo. Outra qualidade essencial ao cresci- mento na graga é o cuidado no uso dos meios publicos de adora- 40, os quais sao postos a disposi- Gao de uma pessoa que é membro de uma igreja local e visivel de Cristo. Nessa categoria estao inclu- sos: a adoragao regular, a oragao coletiva com o povo de Deus, o louvor ptblico, a pregacao da Pa- lavra de Deus e as ordenangas do batismo e da Ceia do Senhor. As maneiras como esses meios pt- blicos da graga sao utilizados tém muito a ver com o crescimento espiritual do cristao. E facil um crente descompromis- sado com a causa de Cristo utilizar desses meios de uma maneira fria e desinteressada. Desta maneira, se Ligdo 3 - Crescimento e Seguranga quisermos crescer espiritualmente, teremos de ser vigilantes nesse par- ticular a fim de nao entristecermos 0 Espirito Santo e virmos a ser imensa- mente prejudicados em nosso culto a Deus. Esforcemo-nos por servir e adorar ao Senhor de maneira dili- gente e cuidadosa (Ec 9.10). 2. Particular e pessoal. Um fator essencial ao crescimento es- piritual é a diligéncia no uso das disciplinas cristas pessoais. Den- tro dessa categoria estao inclusos: uma atitude de constante oracao, o estudo continuo e diligente das Escrituras, a meditagao nelas e © autoexame constante, além da pratica diaria da Palavra. O crente que nao se esforca por buscar estas disciplinas cristas nado pode nem mesmo esperar crescer. Tais disciplinas sao consideradas essenciais para viver os principios espirituais do Evangelho de Cristo. Se uma pessoa errar quanto a esse ponto, errard em tudo o mais. Desta maneira, estas sao as razées fundamentais pelas quais tantos cristaos professos param de avangar: sao descuidados e indisci- plinados no tocante as suas oragGes particulares, estudam pouco a Bi- bliae, por isso, quase nao tém vitali- dade espiritual (Pv 13.4). 3. Vigilancia e cuidado. Para que haja verdadeiro crescimento espiritual (na graca, no conheci- mento de Jesus, na fé), devemos ser vigilantes quanto ao seguinte: nosso 20 temperamento, uso que fazemos da lingua, cumprimento das diversas relagdes na vida e emprego que fa- zemos do nosso tempo e talentos. Devemos ter por alvo revelar uma vida crista tao exuberante que, tal qual a seiva de uma arvore, atin- ja até o menor “ramo” e “folha” do nosso carater, santificando-nos em tudo. Essa é uma das maneiras de expressarmos 0 nosso crescimento. Talvez nada afete mais o carater de um crente do que 0 tipo de com- panhia com quem ele anda. Pode- mos adquirir os modos e os habitos daqueles com quem convivemos e falamos e, infelizmente, descuidos nessa area podem nos fazer absor- ver de companhias de comporta- mentos pecaminosos, muito mais o mal do que o bem. Ora, se um cristéo professo deliberadamente resolve ser amigo intimo daque- les que nao sao amigos de Deus, se apegando ao mundo como eles, sem divida a sua alma sera preju- dicada nesse processo (Tg 4.4). III. SEGURANGA DA SALVAGAO 1. A firme esperanga. Uma pes- soa pode participar de uma igreja local, fazendo e cumprindo todos os ditames religiosos e, mesmo assim, nunca usufruir uma firme esperanga, como aquela que foi expressa pelo apéstolo Paulo (1Ts 1.3). A crenga que se expressa como um vislumbre de ser aceito por Deus é uma coisa; mas a certeza de fé que nos faz gozar de alegria e paz em nossa caminhada crista, transbor- dando de esperanga, é algo inteira- mente diferente. Todos os filhos de Deus, ou seja, aqueles que nasceram de novo, sentem a seguranga como “Ancora da alma” de que tém uma esperanga inabalavel (Hb 6.17-20). Mediante a graga divina, um crente pode ter fé suficiente para abrigar-se seguramente em Cris- to; no entanto, muitos, por falta de crescimento espiritual adequado, talvez nunca venham a libertar-se de suas grandes ansiedades, divi- das e temores, perdendo qualidade e vitalidade em suas experiéncias com Cristo. Mas ha uma boa noticia: o crente pode e deve ter a comple- tae real seguranga de sua prépria salvacgao no Senhor Jesus Cristo, sem restar nenhuma divida quan- to aisso (Jo 6.37). 2. Podemos ter certeza? Ha intimeros crentes em nossas igrejas locais que nao tém “plena certeza de fé” (Hb 10.22). Essas pessoas nao sabem dizer com certeza se os seus pecados foram totalmente perdoa- dos e, obviamente, sequer podem dizer com convicgao que sao salvas e estao indo para o Céu, Isso nos impde uma questao: “Podemos ter certeza da salvagao? Podemos, sim! Ha trés razGes que nos fornecem muitas provas para que tenhamos plena confianga da nossa salva¢ao: a) A firmeza das promessas, na Palavra de Deus, a nos afirmar que 2a Ligtio 3 - Crescimento e Seguranga temos a vida eterna “agora” (Jo 3.36; 5.24;10.28-29; Rm 10.9-10; Io 5.13). b) Aperfeita obra de Cristo anos assegurar a salvacao plena (Ef 2.8- 9; Tt 3.4-7; Hb 9.26-28). c) O inequivoco testemunho do Espirito Santo no intimo a nos con- firmar a salvacao como “filhos de Deus” (Ef 1.13-14; Rm 8.16). Ha crentes que, em vez de man- terem seus olhos fitos no Senhor Jesus Cristo, e através Dele gozar a plena certeza da salvagao, muitas vezes se voltam para si mesmos e dao mais énfase as suas incapacida- des e falhas, tornando-se inseguros e inconstantes. Consideremos que o crente que se sente seguro de sua salvacao trabalha muito mais e melhor para Deus, pois percebe melhor a acao divina, vive os valores e béncgdos do Reino, desfrutando da plenitude da alegria da salvagao. Cada crente deve se perguntar: JAnasci de novo? A certeza, ou a fal- ta dela, é que mostrara em primeira mao se a pessoa esta “dentro” ou “fora’, confiante ou insegura quanto asua salvagao. 3. Oposicao a seguranca. A doutrina da seguranga da salvacao incomoda algumas pessoas, prova- velmente por se sentirem inseguros de sua prépria posigao espiritual e parecerem ficar perturbados e ofendidos quando ouvem sobre essa doutrina biblica. Nao gostam que outros se sintam confortaveis LigGio 3 - Crescimento e Seguranca e seguros em Cristo, porquanto eles mesmos nunca se sentem assim. Ha os crentes legalistas que acreditam que podem agradar a Deus com suas boas obras. Ha tam- bém os presungosos, tais como: o fariseu (Lc 18.9-14); 0 religioso zeloso (Rm 2.17-23); os “crentes” professos (Mt 7.21-23); os “cren- tes” relaxados (Mt 25.1-13), que pensam estar seguros e confun- dem predestinagao com seguranga de salvagao. A seguranga da salva- gao é uma realidade e uma verdade biblica incontestavel para aqueles que a experimentam (Rm 8.16). APLICAGAO PESSOAL Sabendo que temos recebido de Deus plena salvagao, tenhamos firmado no coragao a “certeza de fé” inabalavel de que estamos se- guros em Cristo, experimentando continuamente a santificacao e o pleno crescimento espiritual. RESPONDA 1) © Crescimento do cristo evidencia o qué? 2) Vigilancia, leitura da Biblia, culto pessoal, so o qué? 3) E possivel ter seguranca da salvacdo? VOCABULARIO + Analogia: comparacao. * Crente cultural: crente que apenas assimilou a cultura evangélica; nao regenerado. + Fé salvifica: {6 que possibilta receber a salvago pela graga de Deus. + Legalista: crente que acredita que seguir as regras da igreja produz justificaco perante Deus. LICAO 4 SALVACAO E TESTEMUNHO ATE NA ert eure Ore eee au oi men nen sar) ORIENTACAO, PEDAGOGICA A ligdo de hoje trara a todos nés um tremendo ensinamento biblico, A experiéncia de salva- gao que um dos impios ladrées crucificados com Cristo teve deve incitar-nos a deixar de lado todo tipo de rigidez mental no que diz respeito 4 graga divina. Mesmo um pecador da pior espécie, quando se arrepende genuinamente, pode alcangar o perdao divino para seus peca- dos antes de morrer. Se rejeitarmos testemunhos de conversao de pessoas muito mas, desconfiando de sua rea- lidade presente por causa de um passado extremamente te- nebroso, estaremos negando a eficacia da agao genuina do Es- pirito Santo por causa de nos- sos preconceitos. Isso é pecado diante de Deus! Lee ea ONE Toulon OSE 1-1 Testemunho OBJETIVOS +Reconhecer que ha salvacao mesmo para homens perversos € impios; + Perceber que um impio pode ser salvo momentos antes de morrer; + Testemunhar a sua salvacao em Cristo. PARA COMECARA AULA Inicie a aula escrevendo no qua- dro a expresso PRECONCEITO RE- LIGIOSO. Divida os alunos em trés grupos e pega que cada grupo: [1] fornega uma defini¢éo para a ex- pressao; e [2] cite exemplos prati- cos de como, muitas vezes, agimos com preconceito religioso dentro da igreja. Em seguida, compare as de- finigdes e exemplos de cada grupo, corrigindo possiveis equivocos. Por fim, faga um link com a li¢ao, mos- trando que mesmo o pior dos peca- dores pode alcangar a graga salva- dora de Cristo, caso se arrependa genuinamente. RESPOSTAS DA PAGINA 28 1) Ma indole e tendéncia a praticar cruekiades. 2) Nao abusar das misericérdias de Deus. 3) Reconhecer sua impiedade e a justica de sua punicao, Ligdo 4 - Salvagiio e Testemunho Até na Hora da Morte Quem permanece renovado pelo eficaz quebrantamento que vem do efeito da palavra de Deus, tem a sua vida alicergada na comunhao com 0 Altissimo; este procura constantemente a santificagao e automaticamen- te nunca perde o animo, pois sabe que: “Deus é 0 nosso refiigio e fortaleza, socorro bem presente na angistia” (Salmo 46:1) ARC. Embora todo crente, as vezes, passe por tempos de aridez espiritual, isto é normal. Deus quer estar perto do seu povo e prover-lhe ajuda e con- solo, Este salmo evidencia fé e confianga em Deus, em ocasiao de instabi- lidade e inseguranga. Em Deus temos 0 poder e capacidade de enfrentar as incertezas e lutas da vida (Isaias 4:5-6). “Fortaleza” refere-se a forga divina na peleja do crente contra seus inimigos (Exodo 15:13) e inclui o poder de Deus que opera em nds (Colossenses 1:29) e nos capacita a vencer os obstaculos da vida. Muitas vezes as lutas e tribulagoes por falta de santidade no caminhar do dia a dia, nos fazem diminuir o passo, reduzir o ritmo de nossa corrida e até mesmo pararmos. Para nao sermos vencidos na batalha contra 0 mal, busquemos a renovacao espiritual em Cristo. Nao podemos parar! Nao ha espa¢o para desanimo. O medo tem poder consumidor, s6 venceremos este terrivel infortt- nio na medida que buscarmos incessantemente a santificagao em Cris- to Jesus. Talvez parec¢a impossivel considerar o fim do mundo sem ser consumido pelo medo, mas a Palavra de Deus é clara: “Deus é 0 nosso refagio” mesmo em meio a destruicao total. Ele nao é somente um abrigo temporario; é o nosso refiigio eterno e pode dar-nos forgas para quais- quer circunstancias. Livro: “Santificagao na viséo da pos-modernidade” (BOAS, Lauri Franco Villa. Rio de Janeiro. Maia Grafica e Editora, 2014. Pag. 77). LIGAO 4 SALVACAO E TESTEMUNHO TE NA HORA DA MORTE “Em verdade te digo que hoje estards comigo no paraiso.” Le 23.43 VERDADE PRATICA WO OR eM AY ed ea Ree ea es ee ee 23 Estudadaem __/__/ DEVOCIONAL DIARIO Segunda - Mt 27.44 Cristo entregou-se por amor a nés Terga - Le 23.41 0 reconhecimento de um {mpio Quarta - Le 23.43 Seguranga da salvagiio Quinta - Le 23.39 Zombaria de um impio Sexta - Le 23.21 Condenagao da multidao Sabado - Jo 4.28,29 Amor que evangeliza LEITURA BIBLICA Lucas 23.40-43 40 Respondendo-lhe, porém, 0 ou- tro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentenga? 41 Nés, na verdade, com justiga, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este ne- nhum mal fez. 42 E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. 43 Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estaras comigo no paraiso. Hinos da Harpa: 169 - 227 SALVACAO E . TESTEMUNHO ATE NA HORA DA MORTE INTRODUGAO I. SALVAGAO NA MORTE . Umhomem perverso mt27.44 . Um homem morrendo Le 23.41 . Um homem arrependido Lc 23.43 . INCREDULIDADE NA MORTE . Dois malfeitores 123.32 . Ladrao presungoso Le 23.39 . Salvacao rejeitada 1c23.40-41 |. TESTEMUNHO NA MORTE . Afé testemunhada Lc 23.21 . O senso do pecado Jo 168 . O amor pelo préximo At 9.20 APLICACAO PESSOAL 24 LigGio 4 - Salvagéio e Testemunho Até na Hora da Morte INTRODUGAO Existem poucas palavras no Novo Testamento que soam de forma tao familiar aos ouvidos hu- manos quanto estas: “Em verdade te digo que hoje estaras comigo no paraiso” (Lc 23.43). Essas pa- lavras trazem a famosa histéria do ladrao arrependido, levando conforto a muitas mentes pertur- badas e consciéncias ansiosas. Grandes pecadores necessitam de um Grande Salvador. Nao basta ser religioso, frequentar uma igre- ja cumprir certas ordenangas, e achar que esta salvo. A salvagao é para pecadores; por isso, é preciso nascer de novo e experimentar a santificagao, sem a qual ninguém vera o Senhor (Hb 12.14). I. SALVAGAO NA MORTE 1, Um homem perverso. Ele era um homem perverso, um la- drao e, provavelmente, assassi- no. O termo “perverso” se refere aquele que tem ma indole, que tem tendéncia a praticar cruelda- des; um completo malvado. Esta era a real condigao do ladrao, um impio sem esperanga de salvagao, tal como muitos em nossos dias. Podemos estar certos disso, pois somente uma pessoa assim era punida com a crucificagao. Ele estava sofrendo uma puni¢ao justa por ter desobedecido as leis roma- nas vigentes. E, da mesma maneira como havia vivido sua vida de for- Ligéio 4 - Salvagiio e Testemunho Até na Hora da Morte ma impia, parecia estar determina- do a morrer na impiedade, pois, no inicio da sua crucificagao, insultava 0 nosso Senho: os mesmos im- propérios lhe diziam também os la- drées que haviam sido crucificados com ele” (Mt 27.44). 2.Um homem moribundo. Ele eraum homem que estava morren- do. Estava pregado a uma cruz da qual jamais sairia vivo. Nao tinha mais forgas para mover sequer a mao ou o pé. Suas horas estavam contadas, pois uma cova rasa de in- digente estava preparada para ele. Estava a um passo da morte. A alma desse ladrao estava a beira do inferno. Ele estava total- mente perdido e sem esperanga. Satanas tinha a certeza de levar esse homem 4 perdigao eterna, e o mesmo sabia bem disso. Mas ele sentiu pesar pelo mal cometido, demonstrando seu arrependimen- to com a seguinte confiss4o: “Nés, na verdade, com justica, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez” (Le 23.41). 3. Um homem arrependi- do. O ladrao se arrependeu. Ele parou de insultar o Senhor e de blasfemar da forma como fizera anteriormente. Comegou a falar de maneira completamente dife- rente. Voltou-se para o nosso ben- dito Senhor em stplica. Pediu que Jesus se lembrasse dele quando entrasse em Seu reino. Pediu que 25 Jesus cuidasse de sua alma, per- doasse seus pecados e consideras- se sua entrada no além. De fato, esta foi uma trans- formacaéo maravilhosa! 0 Senhor respondeu imediatamente. Falou com ele de forma bondosa, ga- rantindo-lhe que estaria consigo no paraiso naquele mesmo dia. Jesus o perdoou completamente, purificou-lhe de todos os pecados, recebeu-o de forma graciosa, justi- ficando-o gratuitamente. Dentre todos os salvos, ninguém jamais recebeu uma certeza téo gloriosa e imediata a respeito da propria salvagao como este ladrao arrependido: “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estaras comigo no paraiso” (Lc 23.43). Il. INCREDULIDADE NA MORTE 1. Dois malfeitores. A segun- da ligaéo que podemos aprender é que, se alguns sao salvos na hora da morte, outros nao sao. Esta é uma verdade que jamais deve ser ignorada, ressaltada de forma plena pelo triste fim do outro mal- feitor, mas que frequentemente é muito negligenciada. Os homens se esquecem de que havia dois ladrées: “E também eram levados outros dois, que eram malfeitores, para serem executados com ele” (Le 23.32). Decorrente desta, aprende- mos também a ligao de que nunca é tarde para anunciarmos a sal-

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