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Boas Praticas HSA - Código ARESP
Boas Praticas HSA - Código ARESP
Boas Praticas HSA - Código ARESP
PREFÁCIO 7
INTRODUÇÃO 9
DEFINIÇÕES 11
HIGIENE DO PESSOAL 25
Estado de saúde
Higiene individual
Instalações sanitárias do Pessoal
Atitudes e procedimentos
Utilização correcta de luvas descartáveis
Acolhimento e formação profissional
HIGIENE ALIMENTAR 43
Recepção de matérias-primas
Plano de qualificação de fornecedores
Sistema de rastreabilidade
Escolha e separação dos alimentos
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Armazenagem de produtos Conservação dos alimentos
Preparação e confecção de alimentos
Plano de controlo analítico
Armazenagem e separação de lixos
ANEXOS 99
BIBLIOGRAFIA 111
PREFÁCIO
A saúde pública, a qualidade das refeições e dos alimentos que servimos e, acima de tudo, a
sua segurança, são valores que estão na base de todo este trabalho de auto-regulação deste
Sector de Actividade, que quer primar pela positiva e relativamente ao qual a ARESP sente
um peso acrescido.
Face ao exposto e de acordo com o novo pacote de higiene dos géneros alimentícios, a
ARESP sentiu a necessidade de elaborar uma versão actualizada, o "CÓDIGO DE BOAS
PRÁTICAS E HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR para a Restauração Pública",
compilando, num só documento, toda a informação existentes, bem como as exigências que
daí advêm.
Por tudo isto, e porque estão em causa a Saúde Pública, a Higiene e Segurança Alimentar, a
produtividade e a competitividade do nosso produto turístico é impreterível dar o tão desejado
salto qualitativo, onde a Qualidade e a Competitividade ganham uma dimensão europeia e
singular no mundo.
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INTRODUCÃO
Este código define, na medida do possível, as normas gerais e específicas de higiene e de
controlos necessários para a segurança alimentar das actividades de Restauração.
É evidente que o cumprimento das normas contidas neste código não liberta a empresa de
Restauração do cumprimento das obrigações mais específicas que lhe sejam impostas pela
legislação nacional.
Este código e todas as regras de higiene nele contidas, são considerados os pré-requisitos
necessários para a criação e aplicação de programas de segurança dos alimentos e
processos baseados nos princípios APCPC, obrigatórios pelo artigo 5° do Regulamento (CE)
nº 852/2004 acima referido.
DEFINICÕES
No presente código, os termos e as expressões são definidas da seguinte forma:
Árvore de decisões: sequência ordenada de questões que devem ser aplicadas a cada
perigo significativo identificado e em cada fase do processo, para determinação de pontos
críticos de controlo.
Bactéria: organismo invisível a olho nu, que pode ser responsável por toxinfecções
alimentares.
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Contaminação cruzada: contaminação que resulta do transporte de microrganismos de uma
zona contaminada para uma zona que se encontrava limpa.
Desinfecção: redução do número de microrganismos a uma taxa que não desencadeará uma
contaminação perigosa de alimentos, sem prejuízo para estes, através de agentes químicos
ou de procedimentos físicos higienicamente satisfatórios.
Empratamento: compor ou colocar uma refeição para uma única pessoa, dentro ou sobre um
recipiente apropriado, onde será conservado, até à entrega ao consumidor.
Estabelecimento de restauração: todo o edifício ou parte dele, onde são manipulados ali-
mentos provenientes dos circuitos normais de comercialização e onde se procede à sua
transformação com fins de consumo, no próprio local ou fora dele.
FIFO: sigla que representa a regra de rotação dos stocks "First In, First Out", que em
português significa que o primeiro produto a entrar em stock, deve ser o primeiro a sair.
Medida preventiva: qualquer acção e/ou actividade que pode ser usada para prevenir,
eliminar ou reduzir um perigo a níveis aceitáveis.
Perigo: agente de natureza química, física ou biológica que, quando presente em alimentos,
pode ser causador de efeitos adversos para a saúde do Homem.
Ponto Crítico de Controlo: Ponto, fase operacional ou procedimento que deve ser
monitorizado, de modo a eliminar um perigo ou a diminuir a probabilidade do seu
aparecimento.
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Restauração: conjunto de operações de preparação, transformação, confecção, embalagem,
armazenagem, transporte, distribuição e entrega ao consumidor dos alimentos para consumo,
no local ou em local anexo.
Sistema APCPC: Controlo ao longo de todas as etapas que envolvem a produção de alimen-
tos. Identifica os perigos, a probabilidade de ocorrência, definindo para cada etapa medidas
preventivas, limites de controlo, procedimentos de monitorização e acções correctivas. É re-
sultado da implementação dos sete princípios do sistema APCPC.
Validação: Obtenção de provas que os elementos do plano APCPC estão a ser eficazes.
CAPITU LO I
NOCÕES BÁSICAS DE
MICROBIOLOGIA
Todos os alimentos podem ser contaminados por diversos agentes, muitas vezes im-
perceptíveis à visão e ao sabor, tornando-se veículos de substâncias nefastas para a saúde.
Todos os alimentos podem ser contaminados por diversos agentes, muitas vezes
imperceptíveis à visão e ao sabor.
CONTAMINAÇÃO QUÍMICA
Este tipo de contaminação ocorre quando os alimentos entram em contacto com substâncias
químicas ou com os seus resíduos, situação esta que advém, muitas vezes, do uso incorrecto
de detergentes, desinfectantes e lubrificantes.
Por esta razão, os produtos de limpeza e desinfecção, assim como os pesticidas utilizados no
controlo de pragas (quando existam) devem estar devidamente guardados, num local onde
não existam alimentos.
Pode igualmente ocorrer, pelo contacto dos alimentos com superfícies ou utensílios de
material não adequado.
CONTAMINAÇÃO FÍSICA
A CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA
Para além das bactérias, existem outros microrganismos que podem ser responsáveis por
toxinfecções alimentares, como as leveduras, os vírus e os bolores. No entanto, e porque a
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maioria das toxinfecçães são provocadas por bactérias, optou-se por fazer uma breve
referência às mesmas.
Todos os alimentos podem ser contaminados por diversos agentes, muitas vezes im-
perceptíveis à visão e ao sabor, tornando-se veículos de substâncias nefastas para a saúde.
Por esta razão, os produtos de limpeza e desinfecção, assim como os pesticidas utilizados no
controlo de pragas (quando existam) devem estar devidamente guardados, num local onde
não existam alimentos.
Todos os alimentos podem ser contaminados por diversos agentes, muitas vezes
imperceptíveis à visão e ao sabor.
As benéficas, que são aquelas que intervêm em alguns processos de produção, como na
produção de queijos e iogurtes;
As patogénicas, que são tóxicas para o homem e que podem afectar gravemente o seu
estado de saúde.
NUTRIENTES
TEMPERATURA
HUMIDADE
A água é um factor determinante no desenvolvimento das bactérias, pois, sem ela, as bac-
térias não são capazes de aproveitar os nutrientes que as rodeiam.
ACIDEZ
De um modo geral, as bactérias não se desenvolvem em meios muito ácidos, como nos
iogurtes, vinho, vinagre e limão. Por essa razão, ao adicionarmos vinagre ou limão a um
alimento, estamos a minimizar a possibilidade de crescimento microbiano.
OXIGÉNIO
TEMPO
STAPHYLOCOCCUS
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Medidas Preventivas:
SALMONELLA
Outros produtos susceptíveis são: molhos, maionese, sobremesas e cremes elaborados com
ovos crus.
Medidas Preventivas:
Efectuar um controlo eficaz da qualidade, conservação e aparência dos ovos, uma vez
que, a maioria dos microrganismos produz alterações visíveis a olho nu;
A confecção de pratos com ovos e aves "mal passados" deve ser considerada um
factor de risco elevado.
CLOSTRIDIUM PERFRINGENS
Medidas Preventivas:
Utilização de uma colher sempre que se pretenda provar qualquer tipo de género
alimentício.
LISTERIA MONOCYTOGENES
Está amplamente distribuída pela Natureza, solo, água e ambientes húmidos (ralos, grades
de escoamento), fezes de animais e produtos vegetais.
Medidas Preventivas:
Higiene adequada dos frigoríficos com rotações de stock frequentes e com lavagem e
desinfecção semanal;
Higiene geral;
Assadura dos frangos, patos ou outras aves com a carcaça espalmada, ou cortados aos
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pedaços, permitindo o alcance de temperaturas elevadas no interior.
ESCHERIA COLI
A bactéria está muito distribuída pelo ambiente, mas a principal reserva, é o intestino do
homem e dos animais.
Medidas Preventivas:
Efectuar um controlo eficaz da qualidade, conservação e aparência dos ovos, uma vez que, a
maioria dos microrganismos produz alterações visíveis a olho nu;
Preparar e confecciona os alimentos, de modo que, no seu interior, sejam atingidas tempe-
raturas suficientes para eliminar a bactéria.
A confecção de pratos com ovos e aves "mal passados" deve ser considerada um factor de
risco elevado.
CLOSTRIDIUM PERFRINGENS
Medidas Preventivas:
Utilização de uma colher sempre que se pretenda provar qualquer tipo de género
alimentício.
LISTERIA MONOCYTOGENES
Está amplamente distribuída pela Natureza, solo, água e ambientes húmidos (ralos, grades
de escoamento), fezes de animais e produtos vegetais.
Medidas Preventivas:
Higiene adequada dos frigoríficos com rotações de stock frequentes e com lavagem e
desinfecção semanal;
Higiene geral;
Assadura dos frangos, patos ou outras aves com a carcaça espalmada, ou cortados
aos pedaços, permitindo o alcance de temperaturas elevadas no interior.
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PRÉ-REQUISITOS PARA A APLICACÃO DO SISTE APCPC
HIGIENE DO PESSOAL
Os manipuladores de alimentos são o principal veículo de contaminação por microrganismos,
que vivem e se desenvolvem em certas partes do organismo, nomeadamente, cabelo, nariz,
boca, garganta, intestinos, pele e unhas.
A higiene pessoal é muito importante para manter os alimentos em boas condições sanitárias.
ESTADO DE SAÚDE
Exames periódicos, que devem ser anuais, para pessoas com idade inferior a
18 anos e superior a 50 anos e bienais para pessoas com idades
compreendidas entre os 18 e os 50 anos;
Exames ocasionais, sempre que haja alterações substanciais nos meios uti-
lizados, no ambiente e na organização do trabalho susceptíveis de repercussão
nociva na saúde do 1rabaIhador, bem como no caso de regresso ao trabalho
depois de uma ausência superior a 30 dias, por motivo de acidente ou doença
e, ainda, por outras quaisquer razões que justifiquem novos exames (doenças
infecto-contagiosas, diarreia, etc.).
A higiene deve ser entendida como um modo de estar e não apenas como um junto de
regras.
Qualquer manipulador que nos respectivos exames médicos revele poder transmitir
Todo o colaborador deve informar o seu superior hierárquico sempre que houver uma
alteração no seu estado de saúde. Aqueles que manifestem sintomas de doença
gastrointestinal, doenças de garganta, gripes, entre outras, ou que eventualmente
contactem com pessoas que
manifestem estes sintomas, devem ser temporariamente afastados dos locais onde
contactem directamente com os alimentos.
Se a lesão não for total e eficazmente protegida, o funcionário em questão deve ser
proibido de desempenhar quaisquer tarefas que envolvam a manipulação de
alimentos.
HIGIENE INDIVIDUAL
MÃOS
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transmissoras de contaminações.
Todo o colaborador deve ser devidamente informado das medidas preventivas, com o
Deve ser proibido o uso de adornos (anéis, pulseiras, relógios, etc). Se for tolerado o
uso da aliança, deve considerar-se sempre assumido como um risco, já que continua
a ser um potencial foco de contaminação.
As unhas devem estar sempre curtas e limpas, não sendo permitido o uso de unhas
pintadas ou envernizadas, a pessoas responsáveis pelo armazenamento: preparação,
produção ou distribuição de alimentos.
Não deve utilizar-se o secador eléctrico de mãos, nas áreas onde se prepara ou
confeccionam alimentos.
Depois de fumar;
As unhas devem ser limpas com uma escova própria, devendo apresentar-se sempre
limpas, curtas e sem verniz;
CABELOS
FARDAMENTO
A roupa e outro material de uso pessoal, que se utiliza fora do local de laboração,
deve ser deixado no vestiário;
Durante a laboração, todo o pessoal afecto à área de produção, ainda que o faça tem-
porariamente, deve manter um elevado grau de higiene pessoal e usar sempre farda-
mento adequado às funções, que permita uma protecção efectiva e que seja lavável
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ou descartável. Nunca deverá utilizar-se roupa escura (calças, collants, camisolas) por
baixo da farda. Caso se justifique, poderão utilizar-se collants e camisolas de algodão
de cor branca;
Qualquer pessoa que entre nas zonas de preparação e confecção (incluindo pessoal
de manutenção e visitas), deverá usar fardamento, para uso exclusivo nesse local,
limpo e adequado a sua permanência nas instalações, de preferência descartável.
As paredes divisórias das instalações sanitárias devem ser construídas de modo a não
permitirem a sua comunicação entre si;
Dedeiras;
Máscaras naso-bucais;
Algodão hidrófilo;
Gaze esterilizada;
Compressas esterilizadas;
Adesivo;
Soro fisiológico;
Álcool etílico;
Pinça.
ATITUDES E PROCEDIMENTOS
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As tarefas executadas com recurso a luvas descartáveis, devem decorrer sem interrupção.
Não devem ser utilizados lenços de assoar em tecido, devem ser de papel e
Não fumar dentro das instalações e durante a laboração, devido ao perigo dos
microrganismos, que se encontram na saliva e nos lábios, poderem contaminar os
alimentos;
Deve ainda proibir-se qualquer outro comportamento que possa ter como resultado a
contaminação dos alimentos (comer ou qualquer outra pratica desapropriada, como
mastigar pastilhas elásticas, cuspir, etc.);
Evitar levar os dedos à boca, nariz, ouvidos, o os ou cabelo; se isto se verificar, deve
lavar as mãos;
Evitar tossir ou espirrar, próximo dos alimentos; sempre que haja necessidade de o
fazer, deve utilizar-se um lenço ou guardanapo descartáveis; se isto se verificar, deve
lavar as mãos imediatamente;
Não pegar nos copos, taças ou chávenas pelos bordos e muito menos colocar os
dedos no seu interior;
interrupções;
Não soprar para o interior das embalagens destinadas ao contacto com os alimentos;
Não soprar para o interior das luvas descartáveis, com intenção de as abrir;
UTILIZAÇÃO DE DESCARTÁVEIS
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proceder novamente à higienização das mãos e calçar luvas novas.
ACOLHIMENTO
Cada colaborador deve ser treinado, após recrutamento, e tantas vezes quantas as consi-
deradas necessárias, para que a higiene seja entendida como um modo de estar e não
apenas como um conjunto de regras e obrigações.
Seia qual for a tarefa de um manipulador de alimentos, este pode ser responsabilizado pelo,
não cumprimento das regras de higiene pessoal.
PLANO DE FORMAÇÃO
Todos os operadores que manipulem alimentos devem ter formação em matéria de higiene
alimentar adequada à sua actividade profissional. A entrada em vigor do Regulamento (C E)
nº 852/2004 prevê também, desde 1 de Janeiro de 2006, a obrigatoriedade da formação
profissional na aplicação dos princípios APCPC para os operadores que estejam envolvidos
na implementação deste sistema de segurança alimentar.
Actualmente, dado o grau de conhecimento existente sobre a matéria, uma cozinha e suas
dependências deverão ser construídas, cumprindo os seguintes requisitos:
A higiene dos locais refere-se a um conjunto de procedimentos que tem por objectivo reduzir
a possibilidade de contaminação dos alimentos, ao longo do processo produtivo, a partir das
instalações, equipamento e utensílios servidos.
Sabendo à partida que as infra-estruturas e as instalações, nem sempre têm uma concepção
correcta, a elaboração de um plano de Higiene deve ter sempre esse ponto em atenção
(Anexo 1).
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objectivo de remover sujidade, gorduras e microrganismos, em todas as instalações
equipamentos.
Em caso algum se deverá fazer limpeza do pavimento a seco, capaz de espalhar o pó, pois
este irá depositar-se sobre os alimentos, utensílios e equipamentos.
A múltipla referência a limpeza e desinfecção obriga a evidenciar que, para todos os tipos
materiais e para cada instalação, existem detergentes e desinfectantes específicos. Por este
motivo, não se faz referência a nenhum em particular, pois têm que ser escolhidos de acordo
com a realidade de cada estabelecimento. É, no entanto, necessário ter atenção aos produtos
escolhidos, já que alguns deles podem ser considerados tóxicos e, portanto, proibidos de
utilizar nestes estabelecimentos.
Neste ponto, a importância da limpeza tem início, logo na recepção de mercadorias, pois é aí,
que os alimentos têm o seu primeiro contacto com os elementos físicos de uma unidade de
Restauração.
• Paredes – têm de estar limpas, tendo especial atenção as que são revestida de
azulejo, pois deve ter-se o cuidado de não deixar, que entre as frestas s acumulem
gorduras ou bolores por esta razão, aconselha-se que as paredes sejam revestidas
com um material liso, até à altura adequada às operações (aproximadamente 2 m)
sem humidade.
• Tectos – Não podem ter proliferação de bolores. Devem igualmente estar isentos de
teias de aranha.
• Janelas – não devem ter acumulação de sujidade, devendo estar protegidas com
redes mosquiteiras para impedirem a entrada de insectos e amovíveis para facilitar a
sua higienização. Os vidros devem estar sempre impecavelmente limpos.
RECEPÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
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Sempre que no estabelecimento seja possível a existência de uma zona de recepção de
matérias-primas, que funcione como uma zona de entrada, controlo e circulação de
mercadorias, esta deve apresentar as seguintes características:
Ser arejada;
Não dar directamente para zonas contaminadas, como por exemplo para a zona onde
se encontram os caixotes de lixo;
ARMAZÉM
Zona destinada ao armazenamento de produtos secos e/ou que não necessitam de protecção
fria, cujas características devem permitir:
O armazenamento dos produtos não pode permitir que estes entrem em contacto com
o solo e paredes; devendo os estrados e prateleiras distar cerca de 20 cm do
pavimento e das paredes;
Por ser um potencial foco de contaminação, deve ter-se em conta, como um dos locais
onde as regras de limpeza e desinfecção não devem ser negligenciadas;
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Preferencialmente o WC e os vestiários devem situar-se, em local afastado da área
dei confecção.
MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO
Todas as câmaras devem estar munidas de termómetros, que permitam uma leitura
fácil e fiável, ou de um dispositivo de registo constante.
EQUIPAMENTOS DE FRIO
"O equipamento de frio deve ser objecto de um plano regular de higienização evitando a
acumulação do gelo"
Todo o equipamento deve estar a uma altura do solo que permita a sua fácil limpeza.
De preferência, devem estar munidos de rodas para facilitar a sua remoção;
Para garantir o bom funcionamento e condições de trabalho do equipamento, deve ser criado
um PLANO DE MANUTENÇAO DOS EQUIPAMENTOS.
Este plano deverá prever a manutenção periódica e regular de todos os equipamentos que
necessitem destes procedimentos e a informação sobre o tipo de intervenção a efectuar e
respectiva frequência.
Estas informações devem obedecer sempre às indicações do fabricante do equipamento.
Os utensílios, por terem contacto directo com os alimentos, requerem uma preocupação
permanente dos manipuladores.
Deve ter-se sempre em atenção, que os utensílios, se não estiverem nas melhores condições
de higiene, podem ser focos de proliferação microbiana, podendo dar origem a contami-
nações cruzadas.
Assim sendo, há vários aspectos que se devem ter em conta, quando procedemos à
manipulação dos alimentos com os utensílios de cozinha.
A utilização de materiais em madeira ou verga deve ser evitada, contudo, na sua utilização,
deve ter-se em atenção o seu bom estado de conservação e limpeza.
FACAS
Devem, sempre que possível, possuir cabos em materiais não porosos para facilitar
limpeza. Após qualquer manipulação entre alimentos diferentes, deve ter-se o cuidado
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de a higienizar correctamente;
Para a preparação de alimentos crus, devem existir, preferencialmente, facas diferentes para
cada família: as carnes, os peixes, etc. .
PLACAS DE CORTE
Devem ser sempre de materiais não porosos, daí que a madeira não seja
Quando utilizados para alimentos cozinhados devem ser sempre desinfectados, antes
da sua utilização.
Todo o equipamento deve ser cuidadosamente lavado, após cada utilização, para garantir
não exista a possibilidade de restar alguma partícula do alimento cozinhado.
PLANO DE HIGIENE
O PLANO DE HIGIENE deverá reunir toda a informação relativa à forma como devem ser
feitas as operações de limpeza e desinfecção. Como exemplo de informações temos:
Programa para utensílios de higiene a utilizar para cada caso, respectiva ficha técnica,
tempo de aplicação e modo de preparação e utilização dos mesmos;
Folhas de registo para preenchimento pelo funcionário responsável pela tarefa para
avaliar a conformidade das acções de limpeza e desinfecção efectuadas com o que
está previsto no plano de higiene deve ser feita uma inspecção visual às instalações.
Esta inspecção deverá ser apoiada por uma lista de verificação que reúna todos os aspectos
a avaliar zonas de fabrico e respectivas superfícies, utensílios e equipamentos (Anexo 3).
Para comprovar a eficácia do plano de higiene estabelecido devem realizar-se análises labo-
ratoriais periódicas às superfícies de trabalho, mãos dos trabalhadores, equipamentos e uten-
sílios. Desta forma obtém-se a confirmação de que o plano de higiene cumpre o seu propósito
que é o de limpar e desinfectar correctamente os equipamentos e utensílios. Estas análises
devem estar incluídas num plano de controlo laboratorial da empresa que será
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abordadopormenorizadamente mais adiante neste código.
Seguem-se alguns exemplos de medidas preventivas que devem ser tidas em consideração:
Colocar insectocaçadores junto das portas com acesso ao exterior que deverão estar
em funcionamento contínuo.
O cumprimento destas medidas de carácter preventivo revelam-se muito mais eficazes e eco-
nómicas do que as medidas de carácter destrutivo que são accionadas quando é necessário
eliminar pragas já existentes na unidade.
Assim, para estes casos deve existir um plano de desinfestação em cada estabelecimento,
definido por técnicos especializados, de modo a ser adequado ao tipo de pragas existentes
nos locais.
Os produtos utilizados na desinfestação têm que ser compatíveis com a indústria alimentar
sendo obrigatória a manutenção das respectivas fichas técnicas.
Deve existir uma zona separada para a permanência temporária de lixos e detritos, até serem
recolhidos pelos serviços de recolha; esta zona deve estar localizada de forma a que a remo-
ção dos lixos não implique atravessar zonas onde se manipulem alimentos (se isto não for
possível, a remoção dos lixos só se deverá fazer após o horário de produção e o percurso
efectuado na remoção deve ser imediatamente lavado e desinfectado rigorosamente).
Devem existir caixotes de lixo, em materiais de fácil lavagem, com tampa de accionamento
não manual, estrategicamente colocados ao longo do circuito de produção e revestidos com
sacos de plástico.
Os caixotes do lixo não devem atingir o seu limite de capacidade para que o seu fecho se
mantenha eficaz.
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O circuito de recolha dos lixos deve ser diferente do circuito dos alimentos, permitindo, no
final, o acondicionamento do lixo em contentores exteriores próprios.
HIGIENE ALIMENTAR
Este capítulo diz respeito ao conjunto das fases de preparação dos alimentos, desde a
Deve ter-se em atenção, a recepção das caixas de ovos, verificando o interior da caix
entre as placas, para confirmar a inexistência de pragas.
RECEPÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
O conjunto das qualidades, inerentes aos alimentos, seja preservado por uma mani-
pulação adequada e por suficientes meios de armazenagem às temperaturas definidas
e controladas.
"Os alimentos devem ser arrumados por categorias, de maneira a que os entrar sejam os
primeiros a sair"
Esta avaliação poderá passar por visitas e auditorias às Instalações das empresas
fornecedoras. Neste plano de qualificação de fornecedores deverão ser compiladas todas as
informações relativas a:
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Para garantir a qualidade e segurança das matérias-primas que chegam ao estabelecimento
os responsáveis das empresas de restauração devem seleccionar cuidadosamente os seus
fornecedores.
Este capítulo diz respeito ao conjunto das fases de preparação dos alimentos, desde a
recepção das matérias-primas, até à venda ou colocação à venda ao consumidor, incluindo a
armazenagem e conservação dos produtos, a preparação e confecção dos alimentos.
Deve ter-se em atenção, a recepção das caixas de ovos, verificando o interior da caixa
e entre as placas, para confirmar a inexistência de pragas.
O conjunto das qualidades, inerentes aos alimentos, seja preservado por uma mani-
pulação adequada e por suficientes meios de armazenagem às temperaturas definidas
e controladas.
SISTEMA DE RASTREABILlDADE
(produto final), para que haja maior rapidez e eficácia na resposta a uma situação de
anomalia que possa constituir um perigo para a saúde do consumidor.
A identificação dos alimentos recebidos por via dos fornecedores deve consistir:
A compilação destas informações deve ser armazenada por um período de tempo variável
consoante o tipo de alimentos.
Tipo de alimentos
Sem data de durabilidade mínima e com data de durabilidade mínima - superior a 5 anos
Frescos, facilmente perecíveis, com data de limite de consumo inferior a 3 meses ou sem
data de durabilidade mínima, destinados ao consumidor final
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Período de durabilidade do produto acrescido de 6 meses.
ESCOLHA
A armazenagem dos alimentos deve ser efectuada, o mais rapidamente possível, após
a recepção e em condições que impeçam a deterioração dos mesmos;
A rotação dos stocks deve ser assegurada, a fim de garantir que as características
intrínsecas dos alimentos não sejam modificadas;
ARMAZENAGEM DE PRODUTOS
Os alimentos que não necessitam de refrigeração, devem ser arrumados em locais próprios,
nomeadamente: arrecadações, despensas ou outros compartimentos em que haja ambiente
seco, bem arejado e limpo, para poderem manter as suas qualidades higiénicas e nutritivas.
. Os produtos que não são arrumados nas prateleiras, devem ser colocados sobre
estrados de material resistente, facilmente lavável e distanciados do pavimento, no
mínimo 20 em. . Todos os produtos de limpeza e desinfecção, assim como os
pesticidas ou outras substâncias não alimentares que apresentam um perigo para a
saúde, deverão ser armazenados, nas salas ou nos armários identificados reservados,
exclusivamente, para este efeito.
isolados dos restantes, com indicação expressa da sua interdição para consumo
(Anexo 8) e deverá ser feito o registo em ficha própria (Anexo 9).
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E devem possuir:
Refrigeração
A arrumação deve ser feita, de modo que o frio circule facilmente para que a temperatura seja
constante em todos os pontos dos alimentos.
A estiva dos alimentos necessitando de frio deve ser feita por grupos.
Deve facilitar-se a gestão de stocks, de modo que o primeiro a entrar seja o primeiro a
sair (FIFO).
Os outros alimentos para refrigerar devem ser conservados a uma temperatura inferior
a 6ºC e, se possível, num local reservado, no que diz respeito aos legumes.
Congelação
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interrupção a níveis de -12°( ou -18°(, consoante o produto a congelar.
Conservação de congelados
Os alimentos congelados, que não são imediatamente utilizados devem, desde a sua
recepção ser armazenados e mantidos a uma temperatura igualou inferior a -18°C.
funcionamento.
Quando ocorre uma avaria num dos equipamentos de frio, todos os produtos devem
ser imediatamente retirados e colocados numa outra câmara de refrigeração ou
congelação, consoante o caso.
Fases do processo que, nessa sequência, levam a que os produtos alimentares sejam
apresentado aos utentes, de forma a que o seu estado de sanificação, digestibilidade e
manutenção das qualidades nutritivas, permita fornecer ao organismo o máximo de nutrientes
com o mínimo de risco.
DESCONGELAÇÃO DE ALIMENTOS
Alguns alimentos congelados são confeccionados sem descongelação prévia, de que são
A descongelação dos produtos deve ser feita em frio positivo a uma temperatura
máxima de 4ºC;
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Os produtos descongelados, de origem animal, devem ser confeccionados num prazo
máximo de 24 horas;
As zonas de trabalho devem ser diferenciadas para as carnes cruas, o pescado cru,
OS vegetais crus e os produtos confeccionados;
No caso em que a disposição dos locais não o permita, estas operações deverão ser
se paradas no tempo, por uma fase de limpeza e de desinfecçã?, qu. deve abranger
também o material utilizado;
Logo após o fim da cozedura, os produtos devem ser mantidos no calor a uma
temperatura mínima de 60°(, até ao momento da distribuição ao consumidor.
Após a confecção, os alimentos, que não são consumidos de imediato, devem ser
refrigerados o mais rapidamente possível e os tempos de exposição à temperatura
ambiente requerem especial atenção.
vida do produto (período de armazenagem) devem ser definidos. Dos 600 e aos soe o
tempo de arrefecimento não deverá exceder as 2 horas.
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São vários os métodos que podem ser utilizados no arrefecimento dos alimentos, como, por
exemplo:
Colocar os alimentos, devidamente protegidos, num banho com água fria e gelo.
ACONDICIONAMENTO
Os alimentos devem ser retirados das câmaras frigoríficas à medida que são
No caso de haver uma distribuição ao consumidor que não proteja o produto das
contaminações, as preparações frias necessitam de ser protegidas por equipamento
ou material adequado;
O aquecimento deve ser efectuado de forma a que seja atingida uma temperatura no
interior do alimento (centro térmico), no período máximo de uma hora após ter sido
retirado da refrigeração;
Podem ser utilizadas, sob reserva, temperaturas mais baixas para o aquecimento dos
alimentos desde que exista um método combinado de tempo/temperatura previamente
definido e que corresponda ao mesmo grau de destruição dos microrganismos,
atingindo os 75ºC;
O aquecimento dos alimentos deverá ser efectuado o mais próximo possível da hora
da sua , distribuição, de forma a manter a qualidade organoléptica e nutricional.
São alimentos que se deterioram facilmente ou que oferecem oportunidades especiais para o
aparecimento de microrganismos e consequente desenvolvimento microbiano. São exemplos
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destes alimentos:
Os derivados de ovos submetidos à acção do calor, como é o caso dos ovos mexidos,
flans e doces de ovos. Estes para além de serem um bom suporte para o desenvolvi-
mento de microrganismos provenientes do ambiente de trabalho ou de manipuladores
contaminados, podem conter contaminação devido ao tratamento térmico insuficiente;
A carne picada, cuja facilidade em adquirir micróbios vem do tipo de manipulação, dos
resíduos presentes na máquina de picar e da subida de temperatura durante o
processo de picagem da carne;
Relativamente a estes alimentos, para além de termos de ter uma manipulação muito
cuidadosa, é necessário que eles não sejam mantidos à temperatura ambiente e que sejam
consumidos logo após a sua preparação.
de alto risco, responsável pela maioria das toxinfecções alimentares, vamos dar-lhes uma
maior atenção.
Não se devem adquirir ovos que não tenham passado pelo controlo de Centros de Inspecção
e Classificação. Ovos que apresentem defeitos de acordo com as tolerâncias referidas nas
especificações devem ser retirados da caixa. Não se devem lavar ovos, a não ser
imediatamente antes da sua utilização, caso seja necessário (nesse caso, os ovos a utilizar
são lavados rapidamente e secos, sendo utilizados logo de seguida).
CONTROLO ANALÍPTICO
Os resultados obtidos em cada uma das análises deverão ser devidamente analisados para
verificação de possíveis desvios que tenham acontecido. Nos casos de detecção de desvios a
empresa deve traçar medidas correctivas que visem a solução das anomalias verificadas.
51
ARMAZENAGEM E SEPARAÇÃO DE LIXOS
Sendo a solução ideal para o meio ambiente a separação dos detritos na fonte deve
proceder-se a recolhas separadas, nas seguintes categorias:
Vidro;
Restos de comida;
Gorduras e óleos;
Na expectativa da sua recolha, devem ser armazenados num sítio isolado afim de
impedir qualquer contaminação cruzada.
Os óleos de fritura, quando não apresentarem condições para nova utilização, devem
ser colocados em contentores próprios, para que sejam recolhidos por empresas
especializadas na sua reciclagem;
O sistema APCPC – Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos, vulgo HACCP (Hazard
Analysis and Critical Control Points), é um modelo de um sistema de autocontrolo que se
baseia na prevenção de problemas com a segurança e salubridade dos géneros alimentícios
produzidos. De um modo simplificado pode dizer-se que o sistema APCPC identifica os
53
perigos específicos no decorrer de todas as etapas de produção - desde a matéria-prima até
à obtenção do produto final - define medidas preventivas para minimizar a ocorrência dos
mesmos e estabelece medidas efectivas para os controlar.
Uma vez que o sistema APCPC se trata de uma referência a nível internacional, a sua
aplicação permitirá uma harmonização das condutas de segurança alimentar a nível europeu
e mundial, contribuído para um aumento na segurança e confiança do consumidor.
O sistema de APCPC baseia-se em sete princípios que devem ser considerados na sua
aplicação prática:
3º Princípio: Estabelecimento dos limites críticos para cada Ponto Crítico de Controlo (PCC).
5º Princípio: Estabelecimento das acções correctivas a tomar quando um dado PCC se en-
contra fora de limites críticos previamente estabelecidos.
"O Sistema de APCPC baseia-se em sete princípios que devem ser considerados na sua
aplicação prática"
Etapas preliminares
É a etapa que vai definir o que vai ser objecto de estudo para elaboração dum plano de
APCPC É fundamental que o objecto de estudo abranja todas as fases da cadeia produtiva
desde a aquisição de matérias-primas até à exposição e venda do produto final.
As particularidades de cada empresa devem ser tidas em conta nesta etapa. Alguns aspectos
como as condições gerais das instalações, o tipo de equipamentos utilizados na unidade, o
grau de qualificação do pessoal e o tipo de matérias-primas utilizadas fazem parte da
singularidade da cada empresa. Cada um dos aspectos referidos podem modificar a análise
de perigos e a avaliação de riscos, alterando por isso a determinação dos PCC's e as suas
medidas preventivas e correctivas.
Por estes motivos, cada empresa deverá ter o seu próprio sistema de APCPC
Nesta etapa deve igualmente ter-se em conta os perigos químicos, físicos e biológicos que
55
podem ocorrer ao longo de todo o processo de fabrico e que serão abordados mais tarde
neste capítulo.
Para implementar um sistema APCPC é necessário formar uma pequena equipa composta
por pessoas com experiência em diferentes áreas relacionadas com o processo de fabrico: a
equipa APCPC Idealmente, a equipa APCPC deverá ter um carácter multidisciplinar, com
experiência técnica e científica, e outros colaboradores com conhecimento prático nas áreas
de qualidade, produção e manutenção.
Em termos de organização, a equipa não deve ser estruturada de forma rígida, mas sim de
forma funcional na qual o coordenador tem uma orientação. O coordenador deve ter
conhecimentos e formação na área de implementação de sistemas de APCPC.
A constituição de uma equipa APCPC não é uma tarefa fácil essencialmente para empresas.
No entanto, é importante que a equipa seja constituída por um número razoável de pessoas
com experiência e conhecimentos em diferentes áreas.
No nosso país a maioria das empresas de restauração e bebidas não possuem riqueza a
nível de recursos humanos para constituir uma equipa multidisciplinar. Por isso, muitas vezes
uma pessoa pode desempenhar várias funções na equipa. Nestes casos devem ficar
Não sendo possível esta situação é essencial que, pelo menos um membro da equipa tenha
esse tipo de formação, para que se transmita aos restantes membros os objectivos da
implementação do sistema e, assim, todos trabalharem para um objectivo comum.
Para assegurar um bom trabalho na implementação dum sistema APCPC é crucial o apoio da
direcção da empresa. Aliás, o apoio da direcção é importante para demonstrar a todos os
colaboradores da empresa a necessidade do cumprimento de todas as normas.
Nesta etapa a equipa APCPC deverá descrever com detalhe o produto final e deverá ter em
especial consideração as matérias-primas utilizadas. Estas informações podem auxiliar na
análise dos perigos que será feita numa fase mais avançada da implementação do sistema
APCPC.
Estas informações poderão ser úteis para uma melhor averiguação dos perigos envolvidos
em todo o processo.
Designação do Produto;
Características organolépticas;
57
Prazo de validade;
Esta etapa consiste em definir a utilização prevista para o produto e identificar potenciais
consumidores. Nesta definição não devem ser esquecidos alguns grupos populacionais que
podem ser especialmente sensíveis ao produto, quer pelas matérias-primas que incluem, quer
pela carga microbiológica associada ao produto. Por exemplo, o fornecimento de produtos de
pastelaria a uma instituição para idosos ou para um jardim-de-infância implica certos riscos a
avaliar na sua produção, uma vez que estamos perante consumidores que pertencem a
grupos da população mais vulneráveis.
Pela mesma razão é também importante avaliar as matérias-primas quanto ao seu potencial
para desencadear reacções adversas.
Ao recolher esta informação é possível fazer uma avaliação de riscos mais eficaz e rigorosa e
eventualmente reformular a produto para evitar riscos significativos para estes grupos
específicos de consumidores.
Não existem regras para a sua elaboração mas este deve ser simples, de fácil compreensão
e um retrato fiel de toda a sequência de operações. Deve ser elaborado um fluxograma para
cada produto ou classe de produtos fabricados.
Com os dados obtidos nas etapas anteriores, é possível começar a identificar os potenciais
perigos que podem ocorrer em cada etapa ao longo do processo de fabrico.
A identificação dos perigos é claramente uma tarefa longa e difícil mas muito importante, uma
vez que alguns destes perigos podem tornar o produto inseguro para consumo.
possível classificá-los em três grupos distintos, consoante a interacção existente entre ambos:
Microrganismo cuja presença nos alimentos pode representar um risco para a saúde
do consumidor, pela sua ingestão - Os principais microrganismos patogénicos estão
referidos num capítulo anterior deste código especialmente dedicado a estes
59
aspectos.
. Os de ocorrência natural nos alimentos que são constituintes naturais dos alimentos:
histamina, aflotoxina, micotoxinas;
Os perigos físicos são todos os componentes estranhos encontrados no produto e que podem
causar doença ou lesão ao consumidor. São exemplos de perigos físicos o vidro, madeira,
metal, plástico, objectos de adorno pessoal, ossos e espinhas.
As causas para a ocorrência destes perigos físicos são diversas e podem ter origem na
própria matéria-prima, na manipulação do produto pelos funcionários ou também a partir do
próprio equipamento e utensílios.
representa para assim decidir pela sua consideração ou não nas etapas seguintes:
Neste aspecto é possível agrupar os perigos em diferentes categorias, de acordo com o seu
grau de probabilidade de ocorrência.
Na avaliação do risco que determinado perigo representa também se inclui a severidade das
suas consequências. Tal como a probabilidade de ocorrência, a severidade de um perigo
também pode ser agrupada em categorias, de acordo com a gravidade das consequências
que a sua ocorrência pode acarretar.
1) Severidade: Baixa
Perigos que ocorrem quando há contaminação por agentes biológicos de baixa
patogenicidade, isto é, organismos que não provocam efeitos graves na saúde do
consumidor. Nesta categoria também se incluem os perigos químicos e físicos.
2) Severidade: Média
Os perigos com este grau de severidade originam efeitos mais graves que os anteriores.
Originam situações que requerem assistência médica, exigindo ou não internamento
hospitalar.
3) Severidade: Alta
Os perigos que apresentem este grau de severidade provocam efeitos graves para a saúde
do consumidor. Originam casos que obrigam a internamento hospitalar e podem provocar a
morte.
Severidade ai lO
61
pode verificar-se o número de casos declarados de salmonelose (toxinfecção alimentar
provocada pela ingestão de produtos alimentares contaminados com Salmonellas às
entidades oficiais, nos últimos anos.
Após a identificação dos perigos devem ainda ser definidas as medidas preventivas que
podem ser usadas para controlar cada um dos perigos Identificados anteriormente. Esta de-
finição pode ser feita através de uma tabela que inclua todos os perigos que podem ocorrer
em cada etapa e as respectivas medidas que podem ser usadas para os prevenir, eliminar
ou diminuir para níveis consideradas aceitáveis. Por vezes uma medida preventiva pode
controlar mais cada um perigo Identificado.
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Um ponto Crítico de Controlo (PCC) é um passo ou procedimento que ocorra durante o pro-
cesso de fabrico em que o controlo deve ser aplicado e, como resultado disso, a prevenção,
eliminação ou redução a níveis aceitáveis dos perigos identificados.
Segue-se uma breve explicação sobre a forma como devem ser interpretadas as questões
apresentadas na "árvore de decisão".
Nesta questão pretende-se saber se, para cada perigo identificado na etapa do processo,
existem medidas que permitam o seu controlo.
Se a resposta for "não", deve ser equacionado se alguma medida de controlo é realmente
necessária nesta etapa para garantir a segurança do produto. Se for concluído que são
necessárias algumas medidas preventivas, então a etapa ou fase do processo deve ser
reformulada de forma a prever a existência dessas medidas.
Se for concluído que nesta fase não são necessárias medidas de controlo para garantir a
segurança do produto, então esta etapa não é considerada um Pcc.
Questão 2: "Esta etapa foi especialmente concebida para eliminar ou reduzir a probabilidade
de ocorrência do perigo para níveis aceitáveis?"
Se esta etapa foi especialmente concebida para o objectivo a que se propõe a questão, então
este ponto é considerado um PCc.
Questão 3: "Pode ocorrer contaminação ou o perigo identificado pode aumentar até níveis
inaceitáveis?"
Para responder a esta questão de forma correcta devem utilizar-se informações provenientes
de estudos científicos e/ou da própria experiência da empresa. No caso de se constatar que
determinado perigo pode de facto ocorrer e comprometer a segurança do produto, então a
resposta é "sim" e deve prosseguir-se para a seguinte questão.
63
Se a resposta for "não" então esta etapa não é considerada um PCc.
Questão 4: "Existe alguma fase posterior que possa eliminar ou reduzir o perigo a nível 1
aceitáveis?"
Para responder esta questão devem ser analisados todas as etapas posteriores para
determinar se existe alguma que possa eliminar o perigo ou reduzi-lo a um nível aceitável.
Se a resposta for "não", então a etapa em análise é considerada um Pcc. Se, pelo contrário,
existe alguma etapa posterior que elimine ou reduza o perigo a níveis aceitáveis, então a
etapa em análise não é considerada um Pcc.
Terminadas as questões relativas a uma etapa ou ponto do processo, deve fazer-se o mesmo
processo com cada uma das etapas seguintes.
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Esta etapa envolve o estabelecimento de limites que devem ser cumpridos para cada
parâmetro a controlar relativamente a cada PCC identificado.
Trata-se de atribuir valores ou critérios que separem o que é aceitável do que não é aceitável
do ponto de vista da segurança do produto. Os limites críticos fornecem as fronteiras para
averiguar se determinado PCC está ou não controlado.
Estes valores devem ser exactos e específicos e podem ser estabelecidos tendo por base
informações técnicas/científicas, normas ou legislação em vigor.
Para um controlo mais rigoroso, é por vezes desejável que se estabeleçam, na prática, limites
mais rigorosos que os limites críticos estabelecidos. O estabelecimento destes limites fornece
uma margem de segurança que permitirá, em casos de detecção de desvios, pôr em prática
medidas correctivas antes que os limites críticos sejam atingidos. Para além disso evita que a
ocorrência de imprecisões nas operações de monitorização (por exemplo, medição da
temperatura) não afecte a segurança do produto urna vez que os limites críticos são ainda
respeitados.
Tal como na identificação dos PCCs, também o estabelecimento de limites críticos deve ser
flexível para que possam ser aplicados à realidade de cada empresa. Nalguns casos o
estabelecimento de limites críticos de um PCC não requer a fixação de um valor numérico.
Nestes casos em que os limites são dados subjectivos como, por exemplo, a inspecção
visual, OS limites críticos devem conter especificações bem claras dos alvos, bem como
exemplos do que é considerado aceitável (fotografias, descrições pormenorizadas do
produto).
Nos casos em que os PCC's são substituídos pelo cumprimento das boas práticas de higiene
e fabrico, os limites de controlo nestes casos devem ser o cumprimento rigoroso das mesmas.
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Ao estabelecer limites críticos que definam o que pode ser considerado aceitável, é
necessário verificar se esses limites estão a ser cumpridos. A monitorização dos PCC's
consiste nas actividades de vigilância para verificar que os limites críticos são cumpridos.
A definição deste sistema de monitorização é muito importante para evitar problemas graves
65
de perda de controlo nalguns pontos do processo de fabrico, com consequências futuras para
a segurança do produto ou para a qualidade do produto final. É também essencial que as
operações de monitorização forneçam uma resposta rápida em casos de verificação de
desvio dos limites críticos estabelecidos, para que as medidas correctivas sejam accionadas
antes que o processamento fique fora de controlo.
Estas acções consistem em eliminar as causas que geram anomalias no processo e têm o
objectivo de repor a normalidade antes que os desvios originem problemas na segurança do
produto.
Dependendo do tipo de desvio ocorrido são várias as medidas que podem ser adoptadas e
que podem ir desde a repetição da etapa até à rejeição do produto.
Na definição das medidas correctivas devem s r estabelecidas o tipo de atitude a tomar para
devolver a normalidade ao processo de fabrico e quem tem poder para tomar a medida
Correctiva.
. Revisão e validação dos limites críticos estabelecidos (tendo em conta novos dados que
possam surgir).
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Apesar de ser considerada uma tarefa desnecessária e burocrática pelos funcionários que a
têm de realizar, a elaboração dos registos deve ser encarada com a mesma seriedade que
qualquer outra etapa do plano.
Os registos e toda a documentação relativa ao sistema podem constituir provas únicas de que
foram feitos todos os esforços e foram levadas a cabo todas as operações para prevenir
problemas com a segurança do produto. Isto pode ajudar em casos de perda de imagem da
empresa após um incidente, ou como prova da aplicação dos princípios do sistema
APCP( perante instituições oficiais.
. Boletins de registo das acções de monitorização dos PCC's, assinadas e datadas; . Boletins
de registo dos desvios dos limites críticos ocorridos e das respectivas acções correctivas
tomadas, assinadas e datadas.
67
o Análise de Perigos e medidas preventivas;
o Identificação dos PCC's;
o Deteq;ninação dos limites críticos de controlo para cada PCC;
o Fichas de controlo dos PCC's;
o Relatórios de auditorias ao sistema APCPC;
o Plano de higienização;
o Plano de controlo de pragas;
o Plano de formação dos funcionários;
o Plano de manutenção dos equipamentos;
o Actas de da eg,uiJ?a APCPc.
1Tal como em casos anteriores, também neste aspecto é necessária alguma flexibilidade. O
sistema de registos e documentação deve ser estabelecido de acordo com a dimensão de
cada empresa. Assim sendo, a exigência de conservação dos registos e documentação deve
ter em conta a capacidade da empresa evitando assim a sobrecarga dos seus arquivos.
A revisão do plano APCPC deve ser feita com uma regularidade pré-estabelecida de acordo
com o tipo de produto e o seu uso esperado (anualmente por exemplo).
No entanto esta revisão pode ocorrer extraordinariamente sempre que ocorram alterações
que afectem a análise de perigos e exijam mudanças no plano de APCPC, como por
exemplo:
o Alteração de fornecedores;
j" CAPíTU LO IV
EXEMPLO PRÁTICO DA
IMPLEMENTACÃO DE
. PROCESSOS BASEADOS
Nestes anexos são apresentados alguns exemplos que pretendem ilustrar de forma simples e
acessível como se processa, em termos práticos, a implementação de processos baseados
nos princípios APCPc.
Para cada exemplo prático são ilustradas as seguintes etapas: a descrição do produto e seu
uso pretendido, o fluxograma de produção, a análise de perigos, a determinação dos pontos
críticos de controlo e o respectivo plano APCPc.
69
matérias-primas utilizadas, equipamentos, condições gerais das instalações e nível de
formação dos seus colaboradores que deverão ser considerados na altura de aplicação da
metodologia APCPC na respectiva unidade de produção.
Assim sendo, estes exemplos constituem apenas uma de muitas formas de implementar um
sistema APCPC na elaboração de produtos de restauração.
Finalmente, incluem-se também nestes anexos alguns modelos de tabelas que podem servir
de suporte ao cumprimento dos pré-requisitos para implementação duma metodologia
APCPc.
1. SALADA DE VERÃO
Azeite Nozes
Matérias-Primas
Características Microbiológicas 1
(critérios de aceitabilidade)
Condições de
Refrigeração entre os O e 4°C
Armazenagem
Produto do dia (O
Prazo de Validade
dias)
Pronto a
Condições de Utilização
consumir
Produto apto para consumo pela população em geral excepto por pessoas que apresentem
alergias a nozes, ovos ou tomate.
, Os critérios microbiológicos definidos tem por base orientações fornecidas pelo (PHLS)
Public Hea h Laboratory Servíce de 2000. São apenas exemplos de recomendações para o
estabelecimento de cnténos. A estes cnténos podem ser acrescentadas outras contagens
e/ou pesquisas de .,microrganismos.
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[ Recepção
71
I
Descasque (ovos)
Corte (ovos)
Serviço
..
Mistura
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Perigos
Recepção matérias-primas
Medidas preventivas
.+--
microbiana, química ou
- produtos refrigerados: Q-4°C .
física
73
Mu Itiplicação/Co Controlar condições de armazenamento dos
ntaminação produtos
tos
Cozedura (Ovos)
(sobrevivência de
Cumprir boas práticas de fabrico
esporas)
vidamente higienizados .
Descasque (Ovos)
microbiana, química ou
interrupções
física
Manter locais, equipamentos e utensílios
destinados à
operação devidamente higienizados
Perigos
Corte. (Ovos)
Medidas preventivas
interrupções
microbiana, química ou
interrupções
física
organolépticas aparentes
75
Lavar em água fria abundante todos os produtos
antes da
desinfecção
produto
desinfecção
devidamente higienizados
Cortem(;egetais e fruta)
Mu Iti plicação/Conta m i
Executar tarefa de forma rápida, higiénica e sem
nação
microbiana, química ou
interrupções
física
organolépticas aparentes
devidamente higienizados
Perigos
M u Itipli cação/ Conta m i na çã o microbiana, química ou física
Perigos
Medidas preventivas
interrupções
Cumprir boas práticas de higiene pessoal Manter utensílios destinados a esta operação
devidamente higienizados
Medidas preventivas
interrupções
Cumprir boas práticas de higiene pessoal Manter utensílios destinados a esta operação
devidamente higienizados
Cotldil1!nté!ção(sa:e .l1!plo) ,
77
Perigos Medidas preventivas
microbiana, química ou
interrupções
física
devidamente higienizados -
Mal1utf!nção em frig ;
microbiana, química ou
processo
física
Perigos
Contaminação microbiana,
química ou física
Serviço
Medidas preventivas
(11elhor forma as matérias-primas. Os vegetais e fruta são recebidos no seu estado fresco,
sendo por isso necessário uma maior vigilância das suas condições de transporte e entrega
temperaturas garante a qualidade do produto embalado. A recepção deve por isso ser
considerada um PCc.
condições higiénicas e microbiológicas do produto. Por esse motivo esta etapa é também um
PCc.
de certos perigos a nível microbiológico, como por exemplo a presença de Salmonella no ovo.
A única forma de eliminar estes perigos é através do tratamento térmico deste produto. A
cozedura dos ovos é portanto uma etapa em que deve ser controlado o tempo de duração
79
da aplicação de calor neste alimento. Neste sentido, a cozedura do ovo é considerado um
Pcc.
crobiológicas durante o período do serviço de refeições. Neste período o produto final deve
e os 4°C). Estas temperaturas devem ser verificadas regularmente para garantir que este in
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Matérias-Primas
Características do Produto
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Características Microbiológicas 1
(critérios de aceitabilidade):
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Pronto a consumir após fatiamento
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Os critérios microbioló icos definidos tém por base orientações forneci das pelo (PHLS)
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I Confecção I
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Serviço
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I validade
Perigos
Medidas preventivas
Medidas preventivas
(calor, humidade, luz solar directa, existência de pragas) Realizar a higienização regular do
local
Medidas preventivas
107
Executar as tarefas de forma rápida, higiénica e sem
interrupções
Perigos
Perigos
Desenvolvimento microbiano
(sobrevivência de esporos)
Medidas preventivas
interrupções
Medidas preventivas
Perigos
Medidas preventivas
Perigos
lPerigos
Medidas preventivas
interrupções
109
higienizados Cumprir as boas práticas de higiene pessoal
Medidas preventivas
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-----
perigos
contaminação microbiana,
química ou física
Medidas preventivas
Cumprir as boas práticas de higiene pessoal
. Na produção de lombo de porco assado e fatiado são vários os PCC's que podem ser
determinados.
. A recepção das peças de lombo de porco refrigeradas exige um controlo rigoroso, não só
das condições de entrega mas também das temperaturas a que são recebidas no estabeleci-
mento. A sua armazenagem no estabelecimento implica o mesmo controlo uma vez que se
trata de um alimento que pode degradar-se facilmente como consequência do uso de tem-
peraturas desadequadas à sua consérvação. Por estas razões a recepção e armazenamento
de produtos refrigerados foram considerados PCC's.
. O arrefecimento que se segue à confecção deve ser bem controlado para que não ocorra
perigosas para a se
111
guranca do mesmo. Sendo assim, esta eta
PCc. .
d produto para ser servido ao client.e. A regeneração deve ser suficientemente eficaz para
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2.7 PLANO APCPC (CONTINUA NA PÁGINA SEGUINTE)
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Temperaturas:
Temperaturas:
115
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equipamento de frio
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119
Em caso de avaria do equipamento remover produtos para outro equiparado a este
Etap
!PCC ! Limites Críticos Monitorizaçào RegiStos Medidas correctivas em c
a
de Controlo de desvio
equipamentos de
.. (frio negativo e positivo)
frio
c:
Quando: uma vez a cada - registo de rejeição produtos para o'ütro que
'ti 2 horas
ciclo de de equiparado ou
produto após a
GI ou, produção utilizá-los de imediato
recepção
1- registo de
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operações de
tarefa manutenção do
equipamento
Verificação da
.. - 74°e / 15 segundos
temperatura interna
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produto após a
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recepção
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135
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I Recerção I
, Mistura (I)
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Recepção matérias-primas.
te (produtos refrigerados)
de validade
microbiana, química ou
- produtos refrigerados: 0-4°C
física
dutos
137
Verificar integridade das embalagens e rótulos
Batimento claras
rnicrobiana, química ou
interrupções
física
- fardamento
- lavagem de mãos
Perigos
Medidas preventivas
interrupções
Medidas preventivas
interrupções
JPerigos
""""""""", ,
Medidas preventivas
139
física
Conservação ---
produtos I
Serviço à mesa
Medidas preventivas
I perigos
-Multiplicação/Conta m i na ção
microbiana
Exposição , m refrigeração
Medidas preventivas
-.,
térmico dos ingredientes, com excepção da fusão do chocolate com a manteiga, apesar desta
t Os PCC's que foram determinados na confecção da mousse de chocolate são todos aqueles
que incluem a utilização de temperaturas de frio que previnem o desenvolvimento de
141
microrganismos prejudiciais, quer a nível das matérias-primas, quer a nível do produto final.
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Registe>s
Temperaturas:
Temperaturas:
147
Rejeitar o produto que não se encontre às temperaturas adequadas à sua conservação
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de Controlo de desvio
organolépticas
- refrigerados: Q-4°( equipamento de frio de armazenamento
aparentes
(equipamentos de
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frio)
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149
- registo de
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operações de
manutenção do
equipamento
(equipamentos de
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frio)
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a tarefa
- registo de
operações de
manutenção do
equipamento
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151
Nestes nexos estão i cluíd s.alguns modelos de tabelas que podem ser:vir de suporte ao
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contad registo n°
Utensílio a utilizar trabalho pelatarefa
o X
Data operação
Observaçõ
Conforme Não conforme
es
Bancadas,
equipamentos de 1
apoio
f1,avimentos, paredes
Área de
e tecto
Armazenagem Prateleiras -I
Estrados i
Equipamentos
Pavimento, paredes e
tecto
Lava-mãos,
.,
doseadores
Tabuleiros
Área de Mesas/bancadas
Confecção Forno
Fogão
Fritadeira
Prateleiras
Armários
Pavimento, paredes e
Área Social
tecto
153
Recipientes do lixo
Pavimento, paredes,
Balneários
tecto
Zonas sanitárias
Sabonete líquido
Pavimento, paredes e
Área de
tecto
exposição Prateleiras
Expositores
Vitrinas
Conforme
Apreciação
Não conforme
global
"
Equipamento em Responsáv
Da\a operação Observações
manutenção el
efectuada ,
..
ANEXO 5. REGISTO DE CONTROLO DA RECEPÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
n 1
Identificação do
Data: I I Rastreabilidade
Fornecedor:
MedidàsIT"Corree
nn ... n.
tivas'-
parâmetros de
Conformei
controlo
accionadas em caso
Não Conforme Quantidade:
de
não conformidade
n.
Temperatura
veículo
transpor
te
(quando aplicável)
Condições de
higiene do
veículo de
N° Lote:
transoorte
Integridade
embalagens
Rotulagem e
Prazo
de
validade
155
Matérias-primas N° Guia:
(características
organolépticas) .
Data: I I
Responsável:
Motivo rejeição
Identificação fornecedor
...
r--
F---. .
I---
t--
'--
Tipo de produto
Quantidade de produto
Anomalia verificada
Responsável
'WI:
157
ANEXO 12. REGISTO DE CONTROLO DA QUALIDADE DOS ÓLEOS DE FRITURA
Pescad
-
o
Congel
<-18 ultracongelado
ado
Fresco , Oa2
Bivalves vivos 12 aIS refrigerado
Carnes'
Carnes de reses
Carnes de aves
Carnes de coelho
Preparados de carne
Miudez
as
Carnes frescas 7
Carnes de aves
Carne picada 2
159
Produtos à base de carne 6
Miudezas e vísceras
3
frescas
Ovos
Pasteurizados I Oa3 I
Produtos lácteos
Iogurtes I Oa6
Gordur
as
Produtos horto-frutícolas
1Sim
ck
E1
Pode ocorrer contaminação ou o perigo identificado pode aumentar até níveis inaceitáveis?
161
I Não I
Existe alguma fase posterior que possa eliminar ou reduzir o perigo a níveis aceitáveis?
ck
..[
..
Esta etapa é um pcc
.[
É PROIBIDO
USAR
ADORNOS
DEVEM
MANTER-SE
AS UNHAS
CURTAS,
LIMPAS E
SEM VERNIZ
163
PENSOS OU ADESIVOS IMPERMEÁVEIS
CONSELHOS PRÁTICOS
É PROIBIDO
FUMAR,
COMER OU
BEBER
NA ZONA DE
MANIPULAÇÃO
DA SUA UTILIZAÇÃO
TODOS OS PRODUTOS DE LIMPEZA DEVEM SER ARMAZENADOS EM LOCAIS
PRÓPRIOS, FECHADOS E DEVIDAMENTE IDENTIFICADOS
I""".
5021:1
302
102
\::.
BI BLIOGRAFIA
165
..
BIBLIOGRAFIA
1. Araújo M. Segurança Alimentar. Os perigos para a saúde através dos alimentos. Lisboa:
Meribérica/Liber - Editores, Lda, 1997
4. VaI, A., Moreira R., Hogg, T. Introdução ao APCPc. Lisboa: Associação para a Escola
Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, 2000
7. Food Research Association. APCPC: A Practical Guide. Food Research Association, 1997
8. Zanussi Professional. Higiene na Restauração e APCPc. 2004
9. Declan, J. et ai .Guidelines for food safety control in european restaurants. Dublin: Teagasc
The National Food Centre, 2004
10. CAC/RCP 39-1993. Cede of hygienic practice for precoocked and coocked foods in mass
catering
12. Food Cede. U.5. Public Health Services. Food and Drug Administration. Washington D.C
2001
..
167