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BOAS PRÁTICAS
RESTAURAÇÃO
COLECTIVA
ARESP
Associação da Restauração e Similares de Portugal
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CÓDIGO DE BOAS PRÁTICAS
PARA A RESTAURAÇÃO COLECTIVA
Dezembro de 2001
Propriedade
ARESP
Associação da Restauração e Similares de Portugal
Tiragem
300 exemplares
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Depósito Legal Nº 178354/02
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 3
DEFINIÇÕES 4
HIGIENE DO PESSOAL
ESTADO DE SAÚDE 7
HIGIENE INDIVIDUAL 7
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS 9
ATITUDES E PROCEDIMENTOS 9
UTILIZAÇÃO CORRECTA DE LUVAS DESCARTÁVEIS 10
ACOLHIMENTO E FORMAÇÃO DO PESSOAL 10
HIGIENE DA PRODUÇÃO
RECEPÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS 19
ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS 20
CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS 20
PREPARAÇÃO E CONFECÇÃO DE ALIMENTOS 22
ARMAZENAGEM E EVACUAÇÃO DE DETRITOS 25
PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS TESTEMUNHA 25
CONTROLO BACTERIOLÓGICO DAS AMOSTRAS 26
HIGIENE DA DISTRIBUIÇÃO
SERVIÇO 28
TRANSPORTE DOS ALIMENTOS 29
TRATAMENTO DE LIXOS 29
AUTOCONTROLO 31
ANEXOS
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INTRODUÇÃO
É evidente que o cumprimento das normas contidas neste código, não liberta a
empresa de Restauração Colectiva do cumprimento das obrigações mais específicas,
que lhe sejam impostas pela legislação nacional.
Os princípios, contidos neste código, devem ser vistos como os meios de reduzir todas
as fontes de contaminação por intermédio dos géneros alimentícios.
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DEFINIÇÕES
Alimento congelado: género alimentício em que todas as partes são mantidas a uma
temperatura igual ou inferior a –18ºC.
Empratamento: compor ou colocar uma refeição para uma única pessoa, dentro ou
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sobre um recipiente apropriado, onde será conservado, até à entrega ao consumidor.
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Restauração: conjunto de operações de preparação, transformação, cozedura,
embalagem, armazenagem, transporte, distribuição e entrega ao consumidor dos
alimentos para consumo, no local ou em local anexo.
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HIGIENE DO
PESSOAL
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sanitárias. A má higiene pessoal e a falta de métodos de trabalho são susceptíveis de
provocar toxinfecções.
ESTADO DE SAÚDE
HIGIENE INDIVIDUAL
Mãos
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Devem encontrar-se, permanentemente afixadas, informações, com o objectivo de
alertar o pessoal para a obrigatoriedade da lavagem das mãos.
As mãos devem ser lavadas:
antes de iniciar o serviço;
sempre que se mude de tarefa e/ou preparação;
após manipulação de equipamentos sujos;
após manipulação de sacos e/ou caixotes de lixo;
depois de se assoar, tossir ou espirrar;
sempre, após a utilização dos sanitários;
depois de fumar.
Para lavar e secar as mãos, deve-se:
molhar as mãos com água corrente, quente, potável, e de preferência em lavatório
próprio, com torneira de comando não manual;
ensaboar bem as mãos com sabão líquido desinfectante;
lavar cuidadosamente os espaços interdigitais, costas das mãos, polegar e unhas; as
unhas devem ser limpas com uma escova, devendo apresentar-se sempre limpas,
curtas e sem verniz;
passar por água corrente para remover todo o sabão;
secar com toalha de papel descartável.
Cabelos
Fardamento
A roupa e outro material de uso pessoal, que se utiliza fora do local de laboração,
deve ser deixada no vestiário.
Todo o pessoal afecto à área de produção, ainda que o faça temporariamente, deve
manter um elevado grau de higiene pessoal e usar sempre fardamento adequado às
funções, que permita uma protecção efectiva e que seja lavável ou descartável. Nunca
deverá utilizar-se roupa escura (calças, collants, camisolas) por baixo da farda. Caso se
justifique, poderão utilizar-se collants e camisolas de algodão de cor branca.
O fardamento é para uso exclusivo, no local de trabalho.
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Qualquer pessoa que entre na zona de produção (incluindo pessoal de manutenção
e visitas), deverá usar fardamento, para uso exclusivo nesse local, limpo e adequado à
sua permanência nas instalações.
Também o calçado utilizado na área de laboração, deve encontrar-se limpo e ser
distinto do calçado utilizado no dia-a-dia.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
ATITUDES E PROCEDIMENTOS
Alguns exemplos:
Lavar frequentemente as mãos e antebraços com água e sabão líquido desinfectante;
esta operação deve também efectuar-se sempre antes de iniciar a manipulação de
alimentos.
Não fumar dentro das instalações e durante a laboração, devido ao perigo dos
microrganismos, que se encontram na saliva e nos lábios, poderem contaminar os
alimentos.
Deve ainda proibir-se qualquer outro comportamento que possa ter como resultado
a contaminação dos géneros alimentares (comer ou qualquer outra prática
desapropriada como mastigar pastilhas elásticas, cuspir, etc).
Evitar levar os dedos à boca, nariz, ouvidos, olhos ou cabelo; se isto se verificar, as
mãos devem lavar-se imediatamente.
Evitar tossir ou espirrar próximo dos alimentos; sempre que haja necessidade de o
fazer, deve utilizar-se um lenço ou guardanapo descartáveis; se isto se verificar, as
mãos devem lavar-se imediatamente.
A permanência de medicamentos, nas áreas de armazenamento e manipulação de
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alimentos, deve também ser proibida.
Deve agarrar-se o talher sempre pelo cabo.
Não pegar nos copos, taças ou chávenas pelos bordos e muito menos colocar os
dedos dentro do seu interior.
Não tocar no interior dos pratos com os dedos.
Sempre que possível, deve recorrer-se ao uso de utensílios apropriados para
manipular os alimentos e não as mãos. Nos casos em que, pela sua minuciosidade, o
empratamento tenha de efectuar-se manualmente, devem utilizar-se, correctamente,
luvas descartáveis, tendo em atenção que essa tarefa seja executada sem interrupções.
Não limpar as mãos ao avental e/ou fardamento.
Não molhar os dedos com saliva para qualquer tarefa, nomeadamente, separar
toalhetes e folhas de papel vegetal.
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eficácia da mesma, deve ser monitorizada, recorrendo à observação visual, no local de
trabalho, ou elaboração de questionários dirigidos aos manipuladores.
Seja qual for a tarefa de um manipulador de alimentos, este pode ser
responsabilizado pelo não cumprimento das regras de higiene pessoal.
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HIGIENE DAS
INSTALAÇÕES
E UTENSÍLIOS
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Ser ajustado às necessidades e estar de acordo com as exigências de espaço e
equipamentos para cada um dos sectores;
Permitir condições de trabalho e de cumprimento das regras de higiene individual
e pessoal, que a Lei obriga e as boas práticas recomendam;
Permitir o conforto dos funcionários e dos utilizadores.
A higiene dos locais refere-se a um conjunto de procedimentos, que tem por objectivo
reduzir a possibilidade de contaminação dos alimentos, ao longo do processo
produtivo, a partir das instalações, equipamento e utensílios servidos.
A existência desse Manual é essencial para a execução de boas práticas e, posto que,
sendo cada unidade de restauração singular, deve haver a preocupação de adequar os
procedimentos habituais ao Manual de Higiene e às suas regras, e vice-versa.
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Enxaguar novamente com água corrente;
Em superfícies de contacto, como as bancadas, limpar com toalhas descartáveis, e
no chão remover a maior quantidade de água com a ajuda de um rodo ou de um
aspirador.
No caso do detergente ser simultaneamente desinfectante, serão tomadas, em
consideração, as indicações do fabricante.
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Portas - as portas e respectivos manípulos devem ter cuidados permanentes de
limpeza.
Escadas, elevadores e equipamentos acessórios – não devem ser menos cuidados,
em procedimentos de higiene e desinfecção, que os outros locais.
Recepção de matérias-primas
Armazém
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As temperaturas e humidade estarem adequadas ao não desenvolvimento de
bolores, nem a outro tipo de infestações.
Zona de Preparação
Zona de Confecção
Por ser um potencial foco de contaminação, deve ter-se em conta, como um dos
locais onde as regras de limpeza e desinfecção não devem ser negligenciadas.
Preferencialmente o WC e os vestiários devem situar-se, em local afastado da área
de produção.
Equipamentos de frio
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O volume de "frio" deve ser o suficiente para assegurar o armazenamento, a
temperaturas e em condições adequadas, de todos os produtos.
Todas as câmaras devem estar munidas de termómetros, que permitam uma leitura
fácil e fiável, ou de um dispositivo de registo constante das temperaturas.
Equipamentos de distribuição
HIGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS
Assim sendo, há vários aspectos que se devem ter em conta, quando procedemos à
manipulação dos alimentos com os utensílios de cozinha.
Deve ter-se sempre em atenção, que os utensílios, se não estiverem nas melhores
condições de higiene, podem ser focos de proliferação microbiana, podendo dar
origem a contaminações cruzadas.
A utilização de materiais em madeira deve ser evitada, contudo, na sua utilização deve
ter-se em atenção o seu bom estado de conservação.
Facas
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Devem, sempre que possível, possuir cabos em materiais não porosos para facilitar
a limpeza. Após qualquer manipulação entre alimentos diferentes deve ter-se o
cuidado de as higienizar correctamente.
As facas para alimentos cozinhados devem destinar-se exclusivamente a esse fim,
sendo estas devidamente desinfectadas após cada utilização.
Para a preparação de alimentos crus devem existir preferencialmente facas
diferentes para cada família: as carnes, os peixes, etc.
Placas de corte
Devem ser sempre de materiais não porosos para impedir que os resíduos de
alimentos aí se acumulem e permitir uma melhor eficácia na limpeza.
No caso de não ser possível a existência de placas individuais deve proceder-se à
correcta limpeza e posterior desinfecção das mesmas, sempre que existir uma
mudança de preparação de alimentos.
As placas de corte para alimentos cozinhados devem destinar-se exclusivamente a
esse fim, sendo estas devidamente desinfectadas após cada utilização.
Para a preparação de alimentos crus devem existir preferencialmente placas de
corte diferentes para cada família: as carnes, os peixes, etc.
Todo o equipamento deve ser cuidadosamente lavado, após cada utilização, para
garantir que não exista a possibilidade de restar alguma partícula do alimento
cozinhado.
CONTROLO DE PRAGAS
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Assim, deve existir um plano de desinfestação, em cada unidade, definido por técnicos
especializados, de modo a ser adequado ao tipo de pragas existentes, nos locais.
O circuito de recolha dos lixos deve ser diferente do circuito dos alimentos,
permitindo, no final, o acondicionamento do lixo em local próprio.
Os óleos de fritura, quando não apresentarem condições para nova utilização, devem
ser colocados, em contentores próprios, para que sejam recolhidos por empresas
especializadas na sua reciclagem.
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HIGIENE DA
PRODUÇÃO
Este capítulo diz respeito ao conjunto das fases de preparação dos alimentos, desde a
recepção das matérias-primas, até à distribuição do consumidor, incluindo a
armazenagem e conservação dos produtos, a preparação e confecção dos alimentos.
Generalidades
As operações de recepção das matérias-primas devem garantir que:
Nenhum género não conforme seja aceite e utilizado;
O conjunto das qualidades, inerentes aos géneros alimentícios, seja preservado por
uma manipulação adequada e por suficientes meios de armazenagem às temperaturas
definidas e controladas.
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Controlo das entregas
As entregas serão efectuadas, em horários determinados, a fim de que os géneros
alimentícios possam ser controlados, desde a chegada ao estabelecimento.
Os primeiros controlos incidirão sobre as condições de entrega e a temperatura dos
produtos, as características organolépticas, a integridade e a conformidade da
embalagem e da etiquetagem, a fim de assegurar que as condições de compra estejam
efectivamente respeitadas pelo fornecedor.
Quando se possa, razoavelmente, suspeitar que um género alimentício, após
processos normais de triagem, preparação e transformação, continue a ser impróprio
para o consumo humano deverá ser rejeitado.
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inferior a 10 cm.
Os produtos que não são arrumados nas prateleiras, devem ser colocados sobre
estrados de material resistente, facilmente lavável e distanciados do pavimento, no
mínimo 10 cm.
Os produtos considerados não conformes devem ser correctamente identificados
como tal e isolados dos restantes, com indicação expressa da sua interdição para
consumo.
Os pesticidas, ou outras substâncias não alimentares, que apresentam um perigo
para a saúde, deverão ser armazenados, nas salas ou nos armários reservados,
exclusivamente, para este efeito.
O arejamento destes locais pode ser natural (janelas e respiradouros) ou mecânico
(ar condicionado, “ventaxes”, etc.). No caso de possuir janelas ou respiradouros, estes
devem estar protegidos com redes mosquiteiras.
As portas deverão permanecer fechadas, de modo a evitar a entrada de insectos
e/ou outros animais, devendo possuir, preferencialmente, mola recuperadora.
E devem possuir:
um termómetro, em local visível, para se poder controlar a temperatura,
assiduamente;
prateleiras ou barras de suspensão, em material liso, resistente ao choque e à
corrosão, de fácil limpeza e desinfecção;
estrados facilmente removíveis, resistentes ao choque e à corrosão, de fácil limpeza
e desinfecção;
fechaduras, em perfeito estado de limpeza.
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Refrigeração
A arrumação dos alimentos no frigorífico deve ser organizada por grupos.
Todos os produtos devem estar acondicionados, em sacos transparentes ou
caixas/embalagens próprias, destinadas a entrarem em contacto com os alimentos,
devendo estar sempre tapadas com tampa própria ou revestidos com um material
apropriado.
A arrumação deve ser feita, de modo, que o frio circule facilmente para que a
temperatura seja constante em todos os pontos dos alimentos.
Deve facilitar-se a gestão de stocks, de modo que o primeiro a entrar seja o primeiro
a sair.
Os alimentos crus e cozinhados de origem animal devem ser armazenados a uma
temperatura compreendida entre 1 e 4ºC.
As mesmas disposições serão tomadas para os legumes prontos a serem utilizados.
Os outros alimentos para refrigerar devem ser conservados a uma temperatura
inferior a 6ºC e, se possível, num local reservado, no que diz respeito aos legumes.
No caso de uma armazenagem única, em frio positivo, a temperatura deve ser
compreendida entre 1 e 4ºC.
O plano de arrumação adaptado será definido, a fim de dominar os perigos de
contaminação cruzada e a transmissão e absorção de cheiros.
As temperaturas de armazenagem devem ser regularmente controladas e
registadas, sendo tomada de imediato uma acção, em caso de anomalia ou de mau
funcionamento.
Os produtos considerados não conformes devem ser correctamente identificados
como tal e isolados dos restantes com a indicação expressa da sua interdição para
consumo.
Congelação
A congelação deve ser feita, em equipamento adequado, que permita ultrapassar tão
rápido quanto o necessário, consoante a natureza do produto, a zona de cristalização
máxima, fazendo com a temperatura do produto em todos os seus pontos, e após
estabilização térmica se mantenha sem interrupção a níveis de -12ºC ou -18ºC
consoante o produto a congelar.
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estar bem acondicionados, em sacos próprios, transparentes, ou nas caixas em que o
fabricante os acondicionou, devendo estar convenientemente arrumadas.
Os géneros alimentícios congelados, que não são imediatamente utilizados devem,
desde a sua recepção, ser armazenados e mantidos a uma temperatura igual ou
inferior a -18ºC.
Os produtos devem estar conforme a lei da rotulagem, em vigor.
As temperaturas de armazenagem devem ser regularmente controladas e
registadas, devendo ser tomadas acções que minimizem casos de anomalia ou de mau
funcionamento.
Os produtos considerados não conformes devem ser correctamente identificados
como tal e isolados dos restantes com a indicação expressa da sua interdição para
consumo.
Fases do processo que, nessa sequência, levam a que os produtos alimentares sejam
apresentados aos utentes, de forma a que o seu estado de sanificação, disgestabilidade
e manutenção das qualidades nutritivas, permita fornecer ao organismo o máximo de
nutrientes com o mínimo de risco.
Manipulação de alimentos
Medidas eficazes devem ser tomadas para impedir a contaminação dos alimentos
confeccionados e pré-confeccionados por contacto directo ou indirecto pelas pessoas
ou pelas matérias-primas que se encontram em estádios anteriores à sanificação.
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de que são exemplo os rissóis, os croquetes, etc.
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Confecção de alimentos
Em todos os casos, a confecção de alimentos deve ser concebida, a fim de preservar o
máximo de valor nutritivo.
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Os recipientes, materiais e loiça utilizada para a preparação devem ser limpos e
desinfectados de uma forma eficaz.
As preparações devem ser efectuadas em cima de planos de trabalho limpos e que
não estejam ocupados por géneros, utensílios ou por objectos susceptíveis de as
contaminar.
Desde o momento em que estão prontas, as preparações devem ser armazenadas
em frio positivo, a uma temperatura máxima de 4ºC até ao momento da distribuição
ao consumidor.
No caso específico de uma distribuição não refrigerada, as preparações frias não
devem ficar mais do que uma hora à temperatura ambiente. Deverão ser efectuadas
reposições com frequência.
No caso de haver uma distribuição ao consumidor que não proteja o produto das
contaminações, as preparações frias necessitam de ser protegidas por equipamento ou
material adequado.
O aquecimento deve ser efectuado de forma a que seja atingida uma temperatura
de 75ºC no interior do alimento (centro térmico), no período máximo de uma hora
após ter sido retirado da refrigeração.
Podem ser utilizadas, sob reserva, temperaturas mais baixas para o aquecimento
dos alimentos, desde que exista um método combinado de tempo/temperatura
previamente definido e que corresponda ao mesmo grau de destruição dos
microrganismos, atingido aos 75ºC.
Os alimentos aquecidos deverão chegar ao consumidor o mais rapidamente
possível e a uma temperatura mínima de 65ºC.
O aquecimento dos alimentos deverá ser efectuado o mais próximo possível da hora
da sua distribuição, de forma a manter a qualidade organoléptica e nutricional.
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Todos os alimentos confeccionados que tenham estado expostos, por um período de
tempo superior a duas horas (em que a temperatura tenha estado abaixo dos 60ºC),
não podem ser reaquecidos ou refrigerados.
Todos os alimentos reaquecidos e não consumidos devem ser eliminados.
Sendo a solução ideal para o meio ambiente a separação dos detritos na fonte,
tornando-os quer recicláveis, quer reutilizáveis, deve-se proceder a recolhas separadas
nas seguintes categorias:
detritos secos como o papel, cartão, metais (estanho),
vidro,
restos de comida,
gorduras e óleos,
outros tipos de detritos.
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Uma preparação de amostras testemunha da produção diária, deve ser feita em cada
unidade de produção. Estas amostras serão representativas da escolha oferecida ao
consumidor.
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HIGIENE DA
DISTRIBUIÇÃO
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Considera-se como “distribuição” em Restauração Colectiva, a fase em que os
alimentos e produtos são colocados à disposição dos consumidores, o que acontece, na
maioria das vezes, em sistema de self-service (auto-serviço).
SERVIÇO
Self-service
Deve possuir os meios técnicos adequados para manutenção dos produtos alimentares
nas melhores condições, privilegiando o aspecto/apresentação, temperatura adequada
e qualidade intrínseca dos alimentos, garantindo a higiene e a segurança alimentar.
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período de tempo possível.
O profissional usar uma farda limpa, de cores predominantemente claras,
utilizando a protecção do cabelo adequada.
O material de uso pessoal ser colocado na zona de vestiário.
O profissional receber formação específica para a função de empratamento e
atendimento.
Serem efectuados registos, considerados essenciais para a garantia da segurança
alimentar.
Serviço na sala
Este local deve ser estruturado para garantir as melhores condições de conforto aos
consumidores, obedecendo, às obrigações legais em vigor.
O transporte dos alimentos deve ser efectuado num veículo e/ou recipientes,
destinados exclusivamente para este fim e concebidos de tal forma, que o
cumprimento das exigências legais de temperatura sejam asseguradas. Um dispositivo
de controlo das temperaturas deve estar previsto.
Estes veículos e/ou recipientes devem ser de fácil limpeza e mantidos em bom
estado, sem cheiros, resistentes aos embates e impermeáveis.
Nos recipientes, sempre que se mostrar conveniente, deve figurar a indicação
visível e indelével, “unicamente para géneros alimentícios” ou qualquer outra
indicação idêntica.
Se os alimentos cozinhados e crus forem transportados simultaneamente, deverão
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manter-se separados, a fim de evitar todos os perigos de contaminação cruzada.
Todos os recipientes devem ser higienizados, de modo eficaz, após cada utilização.
É interdito o transporte conjunto, no mesmo veículo e/ou no mesmo recipiente, de
produtos ou de materiais, que possam ser uma fonte de contaminação para os
alimentos.
TRATAMENTO DE LIXOS
SISTEMA DE
AUTOCONTROLO
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Segundo todos os organismos, internacionalmente reconhecidos, a produção de
alimentos em condições de segurança máxima, é a maior preocupação da actualidade.
Dessa segurança resulta um maior bem-estar para os consumidores, evitando-se
situações de doença, imediata, ou a longo e médio prazo.
Para além das implicações económicas de uma alimentação não segura existem outros
tipos de implicações de ordem social e de confiança dos consumidores.
As empresas de Restauração Colectiva, desde há muito, vêm aplicando sistemas de
controlo, que têm proporcionado obter resultados satisfatórios, na prevenção de
toxinfecções alimentares.
Assim, entendeu-se que o método que se indica, deve ser assumido como o necessário
para garantir um nível aceitável de segurança, na actividade da Restauração e em cada
uma das suas etapas de fabrico, indicando, simultaneamente, o que se considera como
mínimo necessário, no âmbito dos registos desses mesmos controlos.
Nas tabelas seguintes está sistematizado, por etapas de fabrico, as operações que
devem ser controladas, a frequência com que deve realizar-se cada controlo, o modo
1
Citação retirada do ponto 1, do artigo 3º, do Decreto-Lei nº 67/98, de 18 de Março, publicado no Diário
da República – I Série –A, nº 65.
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como efectuar o controlo, as acções desencadeadas em caso de desvios e, ainda, os
registos aconselhados para cada uma dessas etapas.
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RECEPÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
REGISTOS
QUANDO ACÇÕES DESENCADEADAS
A CONTROLAR COMO CONTROLAR Em caso de
CONTROLAR EM CASO DE DESVIOS Obrigatório
desvios
Condições regulamentares e Comunicação ao fornecedor sobre os
de higiene dos veículos de Através de observação visual factos observados; dependendo do tipo de X
transporte produto pode haver recusa das matérias-primas
Aspectos relacionados com
Através de observação visual dos Comunicação ao fornecedor sobre os factos
a higiene pessoal e
aspectos relacionados com a higiene observados; dependendo do tipo de produto X
comportamento dos
pessoal e comportamento pode haver recusa das matérias-primas
distribuidores
Verificação da integridade
das embalagens, respectiva Em cada Verificação das embalagens e
X
rotulagem e material de fornecimento material de transporte
transporte
Temperaturas das matérias-
Temperaturas controladas por
-primas no acto da recepção Recusa de matérias primas
recurso a termómetro de sonda, X
(produtos refrigerados de
no interior do carro de transporte
origem animal)
Através de observação das
Matéria- primas características organolépticas para X
todo o tipo de produtos recepcionados
ARMAZENAMENTO FRIGORÍFICO
REGISTOS
ACÇÕES DESENCADEADAS EM
A CONTROLAR QUANDO CONTROLAR COMO CONTROLAR Em caso de
CASO DE DESVIOS Obrigatório
desvios
1. Detecção da causa
Unidades com almoço 2 vezes
por dia
Através de observação directa 2. Transferência dos produtos para
Temperaturas das
das temperaturas registadas nos outra câmara, havendo necessidade X
câmaras frigoríficas Unidades com almoço e jantar 4
termómetros de cada câmara
vezes por dia
3. Pedido de intervenção para
(início e fim do serviço)
reparação, quando aplicável
Através de observação visual
Diariamente Higienização imediata de
Higiene (interior e
(ou de acordo com o acordo com o estipulado no
exterior) Verificação do cumprimento do
Plano de Higienização) “Plano de Higienização”
“Plano de Higienização”
Através de observação da integridade
das embalagens e confirmação dos
dados constantes na rotulagem
De acordo com o
Produtos observado/verificado as
Diariamente Através de observação das características X
armazenados acções podem ser a beneficiação
organolépticas dos produtos
ou a rejeição dos produtos
REGISTOS
QUANDO
A CONTROLAR COMO CONTROLAR ACÇÕES DESENCADEADAS EM CASO DE DESVIOS Em caso de
CONTROLAR Obrigatório
desvios
Tempos e
Intervenção imediata, no sentido de corrigir os
Temperaturas
Cumprindo os intervalos dos tempos e desvios em causa, confeccionando os produtos,
de exposição
Em contínuo temperaturas aconselhados armazenando-os em câmara de refrigeração ou,
dos produtos
e quando em caso extremo, eliminando-os
alimentares
aplicável
Através da observação
Características De acordo com os desvios observados podem
das características
organolépticas ser eliminados, beneficiados ou reconvertidos
organolépticas dos produtos
COZEDURA E/OU CONFECÇÃO
REGISTOS
QUANDO ACÇÕES DESENCADEADAS EM
A CONTROLAR COMO CONTROLAR Em caso de
CONTROLAR CASO DE DESVIOS Obrigatório
desvios
Tempos de cozedura para
os produtos em que este Através da verificação dos Completar o tempo de cozedura
Quando aplicável
parâmetro é especificamente tempos de cozedura estipulado
determinado
Confirmação das características Continuação da cozedura dos produtos,
Eficácia da cozedura Em contínuo
dos produtos após cozedura até atingir o grau de cozedura adequada
Observação visual das características
dos óleos em uso e/ou pesquisa da
Banho de fritura Em contínuo Rejeitar os óleos e higienizar a fritadeira X
percentagem de compostos polares,
através de testes próprios para o efeito
ARREFECIMENTO
REGISTOS
QUANDO ACÇÕES DESENCADEADAS EM CASO DE
A CONTROLAR COMO CONTROLAR Em caso de
CONTROLAR DESVIOS Obrigatório
desvios
Tempos de exposição De acordo com os diferentes
a temperaturas tipos de produtos, devem ser Rejeitar os produtos, no caso do tempo
Quando aplicável
compreendidas entre cumpridos os tempos de estipulado ser ultrapassado
os 10º C e 60º C exposição estipulados
REAQUECIMENTO
REGISTOS
QUANDO ACÇÕES DESENCADEADAS EM CASO DE
A CONTROLAR COMO CONTROLAR Em caso de
CONTROLAR DESVIOS Obrigatório
desvios
Tempo e temperatura
Estipular um novo período de tempo
de reaquecimento Medição das temperaturas dos
Quando aplicável de reaquecimento para que o produto
(de acordo com o produtos e observação do tempo
chegue à temperatura recomendada
estipulado previamente)
DISTRIBUIÇÃO
REGISTOS
QUANDO ACÇÕES DESENCADEADAS EM CASO DE
A CONTROLAR COMO CONTROLAR Em caso de
CONTROLAR DESVIOS Obrigatório
desvios
Medição da temperatura dos
Temperatura dos Reaquecimento dos produtos,
A cada refeição produtos, em momentos a estipular, X
produtos a distribuir até atingir a temperatura de 75ºC
no momento da distribuição
Rejeição dos produtos
Através das características
Qualidade sanitária dos A cada refeição para organolépticas Detecção da causa do desvio
X
produtos distribuídos todos os pratos
Recolha de amostras testemunho Implementação de acções correctivas,
de acordo com a causa do desvio
MÉTODO DE
CONTROLO
BASEADO NOS
PRINCÍPIOS DIRECTORES
DO HACCP
O que é o HACCP
Medida de controlo: qualquer medida e actividade que pode realizar-se para prevenir
ou eliminar um perigo para a inocuidade dos alimentos ou para a reduzir a um nível
aceitável.
Ponto crítico de controlo (PCC): fase em que pode aplicar-se um controlo que é
essencial para prevenir ou eliminar um perigo relacionado com a inocuidade dos
alimentos para o reduzir a um nível aceitável.
A FERCO – Federação Europeia de Restauração Colectiva indica sete motivos para que
a aplicação do sistema HACCP à Restauração Colectiva seja efectuado de uma forma
mais simplificada:
2
Em anexo, apresenta-se a “ÁRVORE DE DECISÃO” , que serve como auxílio para a identificação dos
pontos críticos de controlo.
A “ÁRVORE DE DECISÃO” deve-se aplicar a cada etapa do processo e a cada perigo identificado.
Este modelo, a que podemos dar o nome de “CONTROLO DOS PONTOS
CRÍTICOS”, deve ser sistematizado de forma idêntica aos princípios do HACCP,
determinando quais as fases a controlar em Restauração Colectiva, isto é, aqueles em
que devem ser considerados PCC’s.
Tendo em conta todos os considerandos, este método deverá ter em consideração três
grandes áreas:
Dos alimentos;
Dos manipuladores;
Da higiene dos equipamentos e utensílios;
Dos métodos de trabalho adoptados para elaboração da refeição.
Formação da equipa
Tomada a decisão, deve nomear-se a equipa. Esta equipa será a responsável pelas
decisões futuras e delas devem fazer parte, obrigatoriamente, o responsável da
unidade, o cozinheiro-chefe e o coordenador do projecto.
FLUXOGRAMA
Retirada Etapa 4
da gema Pimenta, sal e vinagre
7 Decisão 1
Etapa
e Etapa 5
Lavagem e
ão 1
Lavagem e
desinfecção
Decis
desinfecção de mãos Etapa 7
da salsa
da
ncia e calçar Etapa 8
luvas esterilizadas
Sequê Rechear Mistura
Etapa 6
Picagem
da salsa
Ovo e
Panar9
Etapa
pão ralado
Fritura Etapa 10
PCC
PCC PCC
RESPONS.
ETAPA LIMITES CRÍTICOS CRITÉRIOS DE CONTROLO ACÇÕES CORRECTIVAS
P/PREENCH.
Se NÃO ao critério, abrir um ovo.
1 – O tempo mínimo de cozedura dos Se a gema (zona central) estiver mal Data
1 – O tempo mínimo de cozedura dos ovos,
ovos, em fervura, foi 10 minutos. passada, continuar a fervura até ___/___/___
1 será 10 minutos, contados a partir do
SIM NÃO verificar, em novo ovo, de que a zona
início da ebulição da água.
(Utilizar relógio temporizador) central da gema está bem passada. ____________
Efectuado
Peixe
Carne
Dieta
Opção
Guarnição 1
Guarnição 2
Guarnição 3
Guarnição 4
LIMITES CRÍTICOS - Todos os pratos quentes deverão ser servidos a temperatura 60 ºC. Os pratos para servir frios terão uma temperatura 10 ºC
CRITÉRIOS DE CONTROLO - Utilizar termómetro digital e registar medições produtos/pratos servidos na refeição (medição a 1 cm da superfície)
ACÇÕES CORRECTIVAS EM CASO DE DESVIOS
1. Pratos quentes
Sempre que a temperatura dum prato quente (alimento proteico, molho ou guarnição) se situar abaixo de 60 ºC, deverá ser reaquecido até que a temperatura atinja 75ºC, no centro interior.
2. Pratos frios
Sempre que a temperatura dum prato para servir frio (alimento proteico, molho ou guarnição) se situar acima de 10 ºC e até 15º C, deverá ser refrigerado até que a temperatura atinja valores iguais ou inferiores a 10 ºC, no centro
interior. No caso em que ultrapasse os 15ºC o produto deverá ser rejeitado.
Nota: As temperaturas deverão ser retiradas 15 minutos após o início da linha e 45 minutos, após a 1ª. medição. Os pratos de opção, feitos ao momento e servidos de imediato, não serão objecto de registos.
ANEXOS
TEMPERATURAS RECOMENDÁVEIS DE CONSERVAÇÃO
DOS GÉNEROS ALIMENTÍCIOS
refrigerados, congelados e ultracongelados
TEMPERATURA ESTADO DE
GÉNEROS ALIMENTÍCIOS
(ºC) CONSERVAÇÃO
Pescado
Carnes
Ovos
Produtos lácteos
Iogurtes 0a6
Queijo fresco 0a4 refrigerado
Queijo de pasta mole 0a6
Gorduras
Questão 1
Existem medidas preventivas para o perigo identificado ?
Questão 2
Esta etapa ou passo elimina ou reduz a ocorrência do perigo a um nível aceitável
Não Sim
Questão 3
Poderá a contaminação com o perigo identificado ocorrer a um nível
excessivo ou poderá aumentar para níveis inaceitáveis ?
Questão 4
Na etapa ou passo seguinte o perigo identificado poderá ser
eliminado ou reduzido a nível aceitável ?