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CURSO DE
HIGIENE E VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DE ALIMENTOS
Aluno:
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CURSO DE
HIGIENE E VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DE ALIMENTOS
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO III
8.1 INTRODUÇÃO
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O açougue do seu José
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Você consegue citar quais os possíveis perigos aos quais os consumidores
estariam expostos? O que diz a legislação brasileira? Quais os pontos críticos?
Quais seriam as medidas corretivas? E, se estivéssemos falando de uma cozinha
industrial? Como deve ser o local de trabalho?
Desta forma?
FONTE: Ministério da Saúde: Cartilha sobre boas práticas para serviços de alimentação, 2004.
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No Módulo II, conhecemos alguns conceitos importantes para a qualidade
dos alimentos. Nesta etapa do curso, outras definições deverão ser incorporadas
para a adequada compreensão do texto. Acompanhe!
Água potável: água para o consumo humano cujos parâmetros
microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade
de acordo com a legislação vigente e que não ofereça riscos à saúde.
Alimentos e bebidas vegetais: substância ou mistura de substâncias
obtida da polpa ou de outras partes de vegetais, acrescida ou não de outros
ingredientes, destinada ao consumo, tais como água de coco, caldo de cana, polpas
e salada de frutas, sucos de frutas e hortaliças, vitaminas ou batidas de frutas e
similares.
Antissepsia: procedimento com o mesmo efeito que a sanificação,
eliminando ou reduzindo os patógenos em níveis suportáveis. O termo é utilizado
para a ação externa em seres vivos, como pele e mucosas.
Assepsia: procedimento que evita o retorno da contaminação, ou seja, dos
perigos biológicos, físicos e químicos. Significa uma conduta de controle aplicada
após a esterilização, sanitização ou antissepsia. É também qualquer procedimento
que mantenha os microrganismos indesejáveis afastados, seja em ambientes,
superfícies ou mãos.
Boas práticas de fabricação de alimentos: procedimentos que devem ser
adotados por serviços de alimentação e indústrias de alimentos a fim de garantir a
qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos ou produtos
alimentícios com os regulamentos técnicos específicos.
Contaminantes: substâncias ou agentes de origem biológica, química ou
física, que sejam estranhos ao alimento e considerados nocivos à saúde ou à
integridade humana.
Controle: processo que compreende técnicas de monitoramento da
execução das atividades operacionais, de forma a eliminar as causas de condutas
insatisfatórias.
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Desinfecção ou sanificação: procedimento que elimina ou reduz os
microrganismos patogênicos em níveis suportáveis, ou seja, sem risco à saúde, por
método físico e ou químico.
Equipamento: todo artigo que entra em contato direto com alimentos e
bebidas no preparo, acondicionamento, armazenamento, transporte, distribuição,
comercialização e consumo, tais como recipientes, máquinas, correias
transportadoras, tubulações, aparelhagens, acessórios, válvulas, utensílios e
similares.
Esterilização: procedimento físico ou químico que elimina as células viáveis
tornando o metabolismo microbiano irreversível.
Higiene dos alimentos: ciência que objetiva produzir alimentos que sejam
inócuos para o consumidor e que mantenham boa qualidade. Inclui o delineamento
de regras sanitárias para a produção, alimentação de animais, abates, transporte,
comercialização, etc., para que bactérias de origem humana contaminem os
alimentos.
Higienização: operação que compreende etapas de limpeza e desinfecção.
São procedimentos aplicados ao processo que eliminem ou reduzam a
contaminação, minimizando os riscos de transmissão de agentes causadores de
doenças.
Lavagem: procedimento que envolve a utilização de água e detergente ou
sabão para uma melhor remoção da sujidade, podendo ou não reduzir a carga
microbiana e até mesmo os patógenos em níveis suportáveis.
Licença de funcionamento: documento que habilita uma empresa
especializada a exercer atividade de prestação de serviços de controle de vetores e
pragas urbanas, concedido pelo órgão competente do estado ou do município.
Limpeza: procedimento que envolve a simples remoção de sujidades ou
resíduos macroscópicos de origem orgânica ou inorgânica indesejáveis, tais como
terra, poeira, gordura e outras sujidades.
Manipulação de alimentos e bebidas: operações efetuadas sobre a
matéria-prima para obtenção de alimentos e bebidas preparados com vegetais,
envolvendo as etapas de preparo, acondicionamento, armazenamento, transporte,
distribuição e comercialização.
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Manipulador de alimentos: qualquer pessoa que entra em contato direto ou
indireto com o alimento ou a bebida.
Manual de Boas Práticas de Fabricação: documento que descreve as
operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo, no mínimo, os requisitos
sanitários dos edifícios, a manutenção e higienização das instalações, dos
equipamentos e dos utensílios, o controle da água de abastecimento, o controle
integrado de vetores e pragas urbanas, controle da higiene e saúde dos
manipuladores e o controle e garantia da qualidade sanitária do produto final.
Matéria-prima beneficiada: vegetais submetidos ao processo de retirada da
parte não comestível ou não utilizável sem alterar suas principais características
naturais, podendo incluir os procedimentos de pré-limpeza, seleção, lavagem,
desinfecção, secagem, acondicionamento e embalagem.
Medida de Controle: medida adotada na industrialização de alimentos com
o objetivo de prevenir, reduzir a um nível aceitável ou eliminar agentes físicos,
químicos ou biológicos que comprometam a saúde da população.
Ponto crítico de controle: etapa ou procedimento operacional em um
processo, método de produção, ou em uma formação, em que se pode aplicar algum
controle para evitar, reduzir ou eliminar algum risco relacionado à inocuidade do
alimento.
Ponto crítico: é um local, uma prática, um procedimento ou processo em
que se pode exercer o controle sobre um ou mais fatores, que se controlados
poderiam reduzir o mínimo ou perigo.
Pragas urbanas: animais que infestam ambientes urbanos capazes de
contaminar direta ou indiretamente os alimentos e bebidas, podendo causar agravos
à saúde e/ou prejuízos econômicos, como insetos, roedores e pássaros.
Procedimento Operacional Padronizado – POP: procedimento escrito de
forma objetiva que estabelece instruções sequenciais para a realização de
operações rotineiras e específicas na produção, armazenamento e transporte de
alimentos.
Processo: conjunto de recursos e atividades inter-relacionados que
transformam insumos (matéria-prima) em produtos para o cliente (consumidor).
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Registro: consiste na anotação em planilha e ou documento devendo ser
datado e assinado pelo funcionário responsável pelo seu preenchimento.
Resíduos: materiais a serem descartados, oriundos do preparo de alimentos
e bebidas.
Serviço de alimentação: estabelecimento onde o alimento é manipulado,
preparado, armazenado e ou exposto à venda, podendo ou não ser consumido no
local.
Unidade de comercialização de alimentos: instalação fixa, provisória ou
ambulante sob a responsabilidade de pessoa física ou jurídica que comercializa
alimentos e bebidas preparados com vegetais e realiza alguma das seguintes
atividades: preparo, condicionamento, armazenamento, transporte e distribuição de
alimentos e bebidas preparados com vegetais.
Vetores: seres vivos que veiculam o agente infeccioso aos alimentos e
bebidas, incluindo os vetores mecânicos que agem apenas como transportadores e
os biológicos que atuam como veiculadores e abrigos biológicos.
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9.1.1 Edificação e Instalações
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monitorados) de forma a evitar a contaminação cruzada. De um modo geral, as
instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso,
impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de
rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos,
dentre outros e não devem transmitir contaminantes aos alimentos. Abaixo,
seguiremos com detalhes:
O piso da unidade deve ser liso, resistente, impermeável, lavável, de cores
claras para facilitar a observação de sujidades e manutenção, e em bom estado de
conservação, antiderrapante, resistente ao ataque de substâncias corrosivas e que
seja de fácil higienização (lavagem e desinfecção), não permitindo o acúmulo de
alimentos, de água ou de sujidades.
Além disso, o piso deve ter inclinação suficiente em direção aos ralos, não
permitindo que a água fique estagnada. Os ralos deverão ser sifonados e as grelhas
devem possuir dispositivo que permita o fechamento. Ralos e grelhas abertos não
são recomendados em nenhum espaço da área.
As paredes de alvenaria devem ter aspecto liso, com pintura impermeável,
lavável, de cores claras, isento de fungos (bolores) e em bom estado de
conservação, sem rachaduras, sem descamação de pintura. Se a parede for
azulejada, deve respeitar a altura mínima de dois metros. As paredes devem ter
ângulos arredondados no contato com o piso e teto, para facilitar a limpeza e evitar o
acúmulo de sujidades.
O teto deve ter acabamento liso, impermeável, lavável, de cores claras e em
bom estado de conservação. Tem sido observada a presença de forro de PVC nas
unidades (principalmente no salão de distribuição), neste caso, deve-se escolher um
forro com lâminas mais largas e a programação de limpeza deve ser bem
estabelecida para evitar o acúmulo de sujidades nas juntas.
O teto deve, ainda, ser isento de goteiras, vazamentos, umidade, trincas,
rachaduras, bolor e descascamento. Se houver necessidade de aberturas para
ventilação, essas devem possuir tela com espaçamento de dois milímetros e serem
removíveis para limpeza. No andar térreo, o pé direito deve ser no mínimo de três
metros e em andares superiores, de 2,7 metros.
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As portas devem ser de superfície lisa, de cores claras, de fácil limpeza,
ajustadas aos batentes, de material não absorvente, com fechamento automático
(mola, sensor ou outra ferramenta) e com borracha de vedação (contra insetos e
entrada de água) na parte inferior. As entradas principais e os acessos às câmaras
devem ter mecanismos de proteção contra insetos e roedores.
As janelas devem ser protegidas com telas milimétricas sempre limpas, sem
falhas de revestimento e ajustadas aos batentes. As telas devem ter malha de dois
milímetros, serem de fácil limpeza e estarem em bom estado de conservação. As
janelas devem estar protegidas, de modo a não permitir que os raios solares incidam
diretamente sobre os alimentos ou equipamentos mais sensíveis ao calor; pode-se
usar um toldo na área externa, por exemplo.
O ambiente de um modo geral deve ter iluminação uniforme, sem
ofuscamentos, sem contrastes excessivos, sombras e cantos escuros, pois isso
dificulta a visualização de insetos, sujeiras, poeira, etc. Recomenda-se que nas
áreas internas, a luminosidade seja de 400 lux. As instalações elétricas devem estar
embutidas ou protegidas em tubulações externas e íntegras de tal forma a permitir a
higienização dos ambientes.
As lâmpadas e luminárias devem estar limpas, em bom estado de
conservação, não devendo alterar as características sensoriais dos alimentos.
Também devem ser protegidas contra explosão e quedas acidentais, ou seja, deve
haver um suporte fechado para esta iluminação; muitas vezes as empresas instalam
um suporte vazado, que não é permitido, pois não garante qualidade total na
contenção em caso de explosão.
A ventilação e o sistema de exaustão/sucção devem garantir o conforto
térmico, a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases,
fumaça, gordura, pós, partículas em suspensão, condensação de vapores dentre
outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo
de ar não deve incidir diretamente sobre os alimentos.
Os equipamentos e os filtros para climatização devem estar conservados. A
limpeza dos componentes do sistema de climatização, a troca de filtros e a
manutenção programada e periódica destes equipamentos devem ser registradas e
realizadas conforme legislação específica.
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O conforto térmico pode ser assegurado por aberturas de paredes que
permitam a circulação natural do ar, com área equivalente a 1/10 da área do piso. O
sistema de exaustão/sucção com coifa deve ser de material liso, resistente, de fácil
limpeza e sem gotejamento de gordura.
A circulação de ar na cozinha pode ser feita com ar insuflado e controlado
por meio de filtros ou de exaustão com equipamentos devidamente dimensionados.
A direção do fluxo de ar nas áreas de preparo dos alimentos deve ser direcionada da
área limpa para a suja. Não devem ser utilizados ventiladores nem aparelhos de ar-
condicionado que incidam diretamente sobre os alimentos.
O isolamento acústico entre a cozinha e o refeitório deve ser garantido. O
nível do ruído de 45 a 55 dB parece ser razoável e não causa fadiga nem irritação
por permanência prolongada sob ruídos de máquinas, sistemas de exaustão,
manipulação de utensílios, etc.
Caso haja elevadores de alimentos, os mesmos devem ser mantidos limpos,
construídos com material impermeável, lavável, com estrutura tal que não permita o
acúmulo de partículas de alimentos e o acesso para higienização seja facilitado. As
instalações sanitárias e os vestiários não devem se comunicar diretamente com a
área de preparação e armazenamento de alimentos ou refeitórios, devendo ser
mantidos organizados e em adequado estado de conservação.
As instalações sanitárias devem possuir lavatórios e estar supridas de
produtos destinados à higiene pessoal, tais como papel higiênico, sabonete líquido
inodoro antisséptico ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico, e toalhas de
papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para secagem das mãos.
Os coletores dos resíduos devem ser dotados de tampa e acionados sem contato
manual.
Para as instalações sanitárias, as recomendações são que haja banheiros
separados para cada sexo, em bom estado de conservação, constituídos de vaso
sanitário, pia e mictório para cada 20 funcionários, dispostos de bacia com tampa,
papel higiênico, lixeira com saco de lixo e com tampa acionada por pedal, mictórios
com descarga, pias para lavar as mãos com torneiras acionadas por pedal ou outros
sistema que evite o contato manual, sabonete líquido ou sabão antisséptico, toalha
de papel, de cor clara, não reciclada.
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Nas instalações sanitárias exclusivas para funcionários das empresas
produtoras de alimentos fica proibido o descarte de papel higiênico em lixeira,
devendo ser este diretamente no vaso sanitário. As instalações sanitárias devem ser
bem iluminadas, ter paredes e piso de cores claras, de material liso, resistente e
impermeável, portas com molas, ventilação adequada com janelas com telas e,
ainda, não devem se comunicar diretamente com a área de manipulação de
alimentos ou refeitórios (nem portas, nem janelas).
Deve haver vestiário, separado para cada sexo, com armários individuais e
chuveiros para cada 20 funcionários, com paredes e pisos de cores claras, material
liso, resistente e impermeável, portas com molas, ventilação adequada e janelas
com telas. Devem existir lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de
manipulação, em posições estratégicas em relação ao fluxo de preparo dos
alimentos e em número suficiente de modo a atender toda a área de preparação.
Os lavatórios devem possuir sabonete líquido inodoro antisséptico ou
sabonete líquido inodoro e produto antisséptico, toalhas de papel não reciclado ou
outro sistema higiênico e seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionado
sem contato manual. O lixo deve estar disposto adequadamente em recipientes com
tampas e constituídos de material de fácil higiene. O lixo fora da cozinha deve ficar
em local fechado, para não atrair moscas, roedores e outros animais.
O lixo não deve sair da cozinha pelo mesmo local onde entram as matérias-
primas. Na total impossibilidade de áreas distintas de entrada e saída, deve-se
determinar horários diferenciados com monitoramento rigoroso, por exemplo:
recebe-se mercadoria das sete horas às oito horas e 30 minutos e recolhe-se o lixo
às nove horas e às quinze horas, quando termina a produção de alimentos.
Deve estar devidamente acondicionado, de modo que não represente risco
de contaminação. Em determinados horários tolera-se manter a tampa do vasilhame
de lixo aberta, para evitar o contato constante das mãos com a tampa, para facilitar
uma operação específica. É observável, em alguns casos, que a lixeira é removida
da cozinha, não apenas o saco de lixo, para otimizar o tempo de retirada e
aproveitar a oportunidade para higienizar o equipamento.
As instalações hidráulicas devem ser abastecidas de água corrente e dispor
de conexões com rede de esgoto ou fossa séptica. Lembrando que os ralos devem
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ser sifonados e as grelhas com sistema de fechamento. As caixas de gordura e de
esgoto devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos, devendo estar
localizadas fora da área de preparação e armazenamento de alimentos e apresentar
adequado estado de conservação e funcionamento.
O esgotamento sanitário deve estar ligado à rede de esgoto ou, quando
necessário, tratado adequadamente para ser eliminado por meio de rios ou lagos.
Dentro das áreas de preparo de alimentos não deverá existir caixa de gordura ou de
esgoto.
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contato direto com os alimentos. Os utensílios devem ser armazenados, após a
lavagem e desinfecção, de forma ordenada e protegidos contra sujidades e insetos;
podem-se usar caixas plásticas com tampa ou um móvel adaptado para esta
finalidade. Em todas as áreas da unidade, mesas, bancadas e prateleiras devem ser
em número suficiente, de material liso, resistente, impermeável e de fácil limpeza.
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possuir revestimento lavável, piso adequado, prateleiras inoxidáveis e interruptor de
segurança e termômetro do lado externo. A área para higiene de utensílios deve ser
dotada de água quente e fria e com espaço suficiente para que os utensílios já
higienizados não entrem em contato com os sujos.
A área de recebimento de fornecedores e mercadorias deve conter, quando
possível, pia para pré-lavagem dos vegetais e de outros produtos. O ambiente para
o preparo de carnes, aves e pescados deve ter bancadas, equipamentos e utensílios
de acordo com as preparações. Quando o ambiente for climatizado deve manter
temperatura entre 12 ºC e 18 ºC. Na área para manipulação (pré-preparo) de carnes,
aves e pescados não deve haver cruzamento de atividades, nem de utensílios.
O ambiente para o preparo de produtos vegetais deve possuir bancadas e
cubas de material liso, resistente e de fácil higienização para manipulação dos
produtos vegetais. O espaço deve ser suficiente para acondicionar os recipientes
destinados à higienização destes produtos vegetais, bem como para realizar os
cortes e aparas.
Da mesma forma, massas alimentícias e produtos de confeitaria devem ter
um espaço adequado para posicionar os utensílios e equipamentos (liquidificadores,
batedeiras, cilindros, etc.), assim como para abertura das massas, com bancadas e
cubas de material liso, impermeável e de fácil higienização.
As áreas de calor, para cocção e reaquecimento, devem possuir espaço
para cocção com equipamentos adequados (fornos, fogões, fritadeiras, etc.) e não
devem existir nessa área refrigeradores ou congeladores, porque o calor excessivo
compromete os motores desses equipamentos. Nesta área, o sistema de exaustão é
fundamental para reduzir a temperatura do ambiente e extrair partículas.
O refeitório, ou área de distribuição, deve ter as mesmas características das
áreas de preparo dos alimentos. Podem permanecer no refeitório os equipamentos
para distribuição de alimentos, como o balcão térmico, balcão refrigerado,
refresqueiras, bebedouros, utensílios de mesa, geladeira de bebidas.
O balcão térmico deve estar limpo, com água tratada e limpa, trocada
diariamente, mantido à temperatura de 80°C a 90°C. Estufa ou passthrough limpos
mantidos à temperatura de, no mínimo, 65°C. Balcão frio, regulado de modo a
manter os alimentos a, no máximo, 10°C. Estas temperaturas deverão ser
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controladas, pois se tratam de temperaturas ideais para prevenção do
desenvolvimento de perigos biológicos e devem ser medidas no interior do alimento,
não somente regulado no termostato.
Ornamentos e plantas não devem propiciar contaminação dos alimentos. As
plantas não devem ser adubadas com adubo orgânico nem estar entre o fluxo de ar
e os alimentos, ou sobre balcões de distribuição. No refeitório é permitida a
existência de ventiladores de teto ou chão, desde que o fluxo de ar não incida
diretamente sobre os ornamentos, as plantas e os alimentos.
Recomenda-se que a área administrativa da unidade esteja localizada acima
do piso da área total da cozinha, com visor que facilite a supervisão geral do
ambiente e das operações de processamento. A área para guarda de botijões de
gás deve ser exclusiva. A delimitação dessa área deve ser com tela, grades vazadas
ou outro processo construtivo que evite a passagem de pessoas estranhas à
instalação e permita uma constante ventilação. As normas para recipientes,
mangueiras e áreas são definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
9.2 MANIPULADORES
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infecções pulmonares ou faringites como gripes, tuberculose, amigdalite etc.) que
possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos devem ser
afastados da atividade de preparação de alimentos enquanto persistirem essas
condições de saúde.
Quanto à higiene pessoal, os manipuladores devem apresentar-se com
asseio e uniformes compatíveis à atividade, conservados e limpos. Algumas
recomendações são importantes:
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Quanto à higiene das mãos, os manipuladores devem lavá-las
cuidadosamente ao chegar ao trabalho, antes e após manipular alimentos, após
qualquer interrupção do serviço, após tocar materiais contaminados, após usar os
sanitários e sempre que se fizer necessário.
Devem ser disponibilizados aos funcionários os agentes de limpeza e
antissepsia e afixados cartazes de orientação aos manipuladores sobre o
procedimento de higiene das mãos e demais hábitos de higiene, em locais de fácil
visualização, inclusive nas instalações sanitárias e lavatórios.
Algumas recomendações:
a) conservar as unhas curtas, limpas e sem esmalte (inclusive base);
b) os funcionários devem habituar-se a lavar as mãos várias vezes ao dia,
sempre que entrar no setor, trocar de função e nas seguintes situações: quando
chegar ao trabalho, depois de utilizar os sanitários, tossir, espirrar ou assoar o nariz;
usar esfregões, panos ou materiais de limpeza; fumar; recolher o lixo e outros
resíduos, tocar em sacarias, caixas, garrafas e sapatos; tocar em alimentos não
higienizados ou crus; pegar em dinheiro; qualquer interrupção do serviço. Além
dessas situações, a lavagem das mãos deve ser feita antes de iniciar um novo
serviço, tocar em utensílios higienizados ou colocar luvas; bem como sempre que
manipular alimentos ou mudar de atividade;
c) adotar técnica de higienização adequada:
utilizar a água corrente para molhar as mãos;
esfregar a palma e o dorso das mãos com sabonete, inclusive as unhas
e os espaços entre os dedos, por aproximadamente 15 segundos;
enxaguar com água corrente retirando todo o sabonete;
secar com papel toalha ou outro sistema de secagem eficiente;
esfregar as mãos com um pouco de produto antisséptico (álcool gel
70%).
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FIGURA 3 - HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
FONTE: Ministério da Saúde: Cartilha sobre boas práticas para serviços de alimentação, 2004.
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Nas empresas produtoras ou fornecedoras de alimentos, onde existe o risco
de ingestão de resíduos tóxicos provenientes da higienização das mãos,
recomenda-se ao utilizar formulações à base de iodóforos, permanganato de
potássio, cloro-hexidina, sais de prata, cuidados adequados com o enxágue.
Recomenda-se a utilização de antissépticos à base de álcool 70%, além dos sabões
antissépticos com registro no Ministério da Saúde.
Os manipuladores não devem fumar, falar desnecessariamente, cantar,
assobiar, espirrar, cuspir, tossir, comer, manipular dinheiro ou praticar outros atos
que possam contaminar o alimento, durante o desempenho das atividades. A isto se
denomina higiene operacional, relacionada aos hábitos.
Ao tossir ou espirrar, o funcionário deverá afastar-se do produto, cobrir a
boca e o nariz, se possível com papel toalha, e depois lavar imediatamente as mãos
e fazer antissepsia. O suor deve ser enxugado com papel toalha. A seguir, promover
imediatamente a correta higienização das mãos. Outros comportamentos não são
permitidos dentro das áreas onde existem alimentos, pois são comportamentos que
podem levar à contaminação dos mesmos, como:
Dentre esses comportamentos proibidos, destacam-se:
a) Mascar goma, palito, fósforo ou similares; chupar balas, comer dentro da
unidade;
b) Experimentar alimentos com as mãos;
c) Tocar o corpo;
d) Assoar o nariz, colocar o dedo no nariz ou ouvido, mexer no cabelo ou
pentear-se próximo aos alimentos;
e) Enxugar o suor com as mãos, panos ou qualquer peça da vestimenta;
f) Deixar cair resíduos durante a manipulação dos alimentos;
g) Tocar maçanetas com as mãos sujas;
h) Fazer uso de utensílios e equipamentos sujos;
i) Trabalhar diretamente com alimento quando apresentar, por exemplo,
ferimentos e/ou infecção na pele, ou se estiver resfriado ou com diarreia ou
disenteria;
j) Circular sem uniforme nas áreas de serviço.
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FONTE: Ministério da Saúde: Cartilha sobre boas práticas para serviços de alimentação, 2004.
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c) Térmicas: item de segurança para o manipulador; devem estar sempre
limpas e não devem tocar o alimento quando utilizadas;
d) Borracha: para proteção do manipulador, na lavagem de panelas e
utensílios; coleta e transporte de lixo e outros resíduos; higienização dos tambores e
contentores de lixo; limpeza dos sanitários e áreas de lixo; manipulação de produtos
químicos.
As luvas não devem ser utilizadas quando estas implicarem risco de
acidente de trabalho: manuseio de fornos, fogões, flambadores, fritadeiras, cilindros,
masseiras, etc. Alguns estabelecimentos padronizaram o uso de máscaras pelos
manipuladores, entretanto, isto não é recomendado na prevenção da contaminação,
pois a máscara torna-se úmida depois de 20 a 30 minutos de uso, agregando as
fibras e permitindo a passagem de grande quantidade de microrganismos, além de
se tornar desconfortável e provocar prurido, ocasionando maior contaminação das
mãos, decorrente do ato de coçar. Ou seja, é mais eficiente o funcionário manter os
hábitos operacionais: não falar, tossir, espirrar, etc.
O uso de máscaras deve ser em situações específicas como: alimentos para
fins especiais e porcionamento de alimentos para transporte, onde poderão ser
utilizadas máscaras descartáveis, trocadas no máximo a cada 30 minutos, sendo
necessário um treinamento e conscientização do funcionário quanto à utilidade e uso
correto.
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A área de preparação do alimento deve ser higienizada quantas vezes forem
necessárias e imediatamente após o término do trabalho. Devem ser tomadas
precauções para impedir a contaminação dos alimentos causada por produtos
saneantes, pela suspensão de partículas e pela formação de aerossóis.
Substâncias odorizantes e/ou desodorantes, em quaisquer das suas formas,
não devem ser utilizadas nas áreas de preparação e armazenamento dos alimentos.
Os produtos saneantes utilizados devem estar regularizados pelo Ministério da
Saúde. A diluição, o tempo de contato e modo de uso/aplicação dos produtos
saneantes devem obedecer às instruções recomendadas pelo fabricante. Os
produtos saneantes devem ser identificados e guardados em local reservado para
essa finalidade.
Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização devem ser próprios
para a atividade e estar conservados, limpos e disponíveis em número suficiente e
guardados em local reservado para essa finalidade. Os utensílios utilizados na
higienização de instalações devem ser distintos daqueles usados para higienização
das partes dos equipamentos e utensílios que entrem em contato com o alimento.
Os funcionários responsáveis pela atividade de higienização das instalações
sanitárias devem utilizar uniformes apropriados e diferenciados daqueles utilizados
na manipulação de alimentos. A limpeza deve ser realizada com periodicidade
definida:
Diariamente ou quantas vezes forem necessárias no dia: utensílios em
geral, balcão de distribuição (com a troca de água); pisos, rodapés e ralos, área de
lavagem de utensílios, panelas, açougue, lavatórios, sanitários, saboneteiras, mesas
e cadeiras, bancadas, borrifadores, maçanetas, puxadores de vitrôs e de gavetas,
lixeiras;
Semanalmente: prateleiras, geladeiras, câmaras, freezer, paredes, portas
e janelas, parte móvel de coifas;
Quinzenalmente: estoque;
Mensalmente: luminárias, interruptores, tomadas, telas de proteção de
janelas, teto ou forro, tubulação de coifas;
Semestralmente: reservatório de água (caixa d’água).
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O volume de água deve ser suficiente para favorecer a manutenção da
temperatura dos alimentos durante a distribuição. Deve ser ligado com o tempo
necessário para atingir a temperatura recomendada (80ºC a 90ºC).
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proliferação microbiana, ou seja, é falsa a sensação de limpeza. Assim, na unidade
de produção não deve haver panos, mas papel toalha nos lavatórios para as mãos,
sistema de borrifação de agente sanitizante que lança quantidades mais adequadas
de produto, luvas térmicas para retirar material quente. Limita-se o uso de pano para
a limpeza de chão, quando necessário e com uso exclusivo para este fim.
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c) Esfregar com vassoura ou escova exclusiva para esse fim, água fervente
e produto desengordurante apropriado para essa finalidade;
d) Enxaguar bem, se possível com água sob pressão;
e) Deixar escoar.
Condutas recomendadas:
a) Manter o ambiente limpo e seco;
b) Os equipamentos devem ser desligados da tomada e retiradas as partes
móveis para proceder a limpeza adequada;
c) Não é permitido o uso de escova de metal, lã, palha de aço, madeira,
amianto e materiais que não permitam uma adequada higiene;
d) No preparo de qualquer tipo de solução de limpeza é recomendado
adicionar o produto ativo na água, nunca o inverso. Respeitar as diluições;
e) Não é permitida a mistura entre produtos de limpeza como detergentes e
desinfetantes, a não ser produtos preparados industrialmente pelo produtor e
registrados no Ministério da Saúde;
f) Despejar o detergente na esponja. As esponjas de limpeza não devem
imergir em recipiente com detergente;
g) Manter os produtos de limpeza nas embalagens originais e não
reaproveitá-las. Quando utilizar borrifadores para as soluções desinfetantes, esses
devem estar devidamente identificados;
h) Materiais de limpeza, principalmente detergentes e desinfetantes, devem
ser mantidos longe de alimentos e na embalagem original, facilmente identificável;
i) A limpeza deve começar pelos lugares mais altos e por último o piso;
j) Controlar a operação de limpeza para que os utensílios e/ou
equipamentos e suas partes móveis a serem lavados e desinfetados mantenham-se
apoiados em algum suporte, não tocando diretamente o piso;
k) Utensílios de limpeza usados nos vestiários e banheiros não devem ser
utilizados nos locais de manipulação de alimentos; esses devem ser exclusivos,
identificados com etiquetas ou cores;
l) Conservar recipientes de lixo revestidos com saco plástico e
permanentemente tampados. Quando os funcionários tiverem que destampá-los
AN02FREV001/REV 3.0
99
com as mãos, higienizá-las posteriormente. Os sacos de lixo devem estar sempre
acondicionados em recipientes;
m) As mangueiras de limpeza devem ser dotadas de fechamento
automático e, quando não em uso, devem ser enroladas e guardadas penduradas
para que não entrem em contato com o piso;
n) Não manter panos destinados para limpeza espalhados pelo ambiente.
Os balcões de distribuição não devem ter panos expostos para limpeza rápida.
Mantê-los em local apropriado. Não utilizar panos de chão como “tapete”, nem
papelão.
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100
requerido. As Boas Práticas de Fabricação (BPF) são procedimentos instituídos pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (ANVISA), pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pelos órgãos
fiscalizadores e reguladores das atividades realizadas nesses tipos de
estabelecimentos.
As BPF referem-se àquelas normas de procedimentos a fim de atingir um
determinado padrão de identidade e qualidade de um produto e/ou serviço na área
de alimentos, incluindo-se bebidas, utensílios e materiais em contato com alimentos.
Assim, quando as BPF são aplicadas ao manuseio de alimentos, asseguram que
estes cheguem até o consumidor em condições higiênico-sanitárias adequadas
necessárias e suficientes para atender à legislação.
As BPF consideram, de maneira geral:
Práticas referentes a funcionários: higiene, saúde, capacitação;
Instalações: áreas externas, plantas físicas, ventilação e iluminação
adequadas, controle de pragas, uso e armazenamento de produtos químicos,
procedimentos para higienização, abastecimento de água, encanamento e coleta de
lixo;
Requisitos gerais para equipamentos - construção, facilidade de limpeza
e manutenção;
Controles nas etapas de produção.
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101
11 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS
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102
11.1 OS POPS A SEREM IMPLEMENTADOS
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103
11.1.2 Controle da Potabilidade da Água
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104
mãos, sintomas de enfermidade ou suspeita de problema de saúde que possa
comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. Deve-se especificar os
exames aos quais os manipuladores de alimentos são submetidos, bem como a
periodicidade de sua execução.
O programa de capacitação dos manipuladores em higiene deve ser
descrito, sendo determinada a carga-horária, o conteúdo programático e a
frequência de sua realização, mantendo-se em arquivo os registros da participação
nominal dos funcionários (pasta funcional que contenha um arquivo com toda a
documentação do colaborador).
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105
11.1.5 Manutenção Preventiva e Calibração de Equipamentos
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106
segurança do serviço prestado e minimizar o impacto ao ambiente, à saúde do
consumidor e do aplicador.
Para isto, a empresa deverá estar devidamente licenciada junto à autoridade
sanitária ou ambiental competente; ter um responsável técnico devidamente
habilitado para o exercício das funções relativas às atividades pertinentes ao
controle de vetores e pragas urbanas; deverão utilizar produtos desinfetantes
devidamente registrados no Ministério da Saúde e, dentre outras recomendações,
deverão expedir um comprovante de execução de serviço contendo, no mínimo, as
seguintes informações:
a) nome do cliente;
b) endereço do imóvel;
c) praga(s) alvo;
d) grupo(s) químico(s) do(s) produto(s) utilizado(s);
e) nome e concentração de uso do princípio ativo e quantidade do produto
aplicado na área;
f) nome do responsável técnico com o número do seu registro no Conselho
correspondente;
g) número do telefone do Centro de Informação Toxicológica mais
próximo;
h) endereço e telefone da Empresa Especializada.
AN02FREV001/REV 3.0
107
forma de segregação dos produtos recolhidos e seu destino final, além dos
responsáveis pela atividade.
Os serviços de alimentação devem especificar os critérios para avaliação e
seleção dos fornecedores de matérias-primas, ingredientes e embalagens. O
transporte desses insumos deve ser realizado em condições adequadas de higiene
e conservação.
AN02FREV001/REV 3.0
108
recepção. As embalagens primárias das matérias-primas e dos ingredientes devem
estar íntegras e com os dizeres de rotulagem adequados. A temperatura das
matérias-primas e ingredientes que necessitem de condições especiais de
conservação deve ser verificada nas etapas de recepção e de armazenamento.
A área de recebimento deverá, quando possível, conter tanque ou pia para
pré-lavagem de vegetais e local para a higienização das caixas. Também deve
haver estrados para o apoio das caixas limpas e para a transferência dos gêneros
para que os mesmos nunca sejam colocados diretamente no piso. Recomenda-se
que haja balança para conferência de peso dos gêneros, que deverá ser mantida
limpa e aferida.
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109
de conservação recomendada pelo beneficiador ou fabricante e estar livres de
vetores e pragas);
Observar o certificado de vistoria e as condições do veículo de transporte
(unidade de transporte);
Realizar controle microbiológico e físico-químico quando necessário, por
meio de laboratório próprio ou terceirizado.
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110
granuloso, dependendo da espécie, não devem estar empedradas, fermentadas ou
rançosas. As latas não devem estar enferrujadas, estufadas ou amassadas. As
embalagens de vidro não devem estar trincadas, com vazamentos nas tampas,
formação de espumas, turvação do líquido ou qualquer outro sinal de alteração do
produto.
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111
11.1.9.4 Leite, queijos, laticínios e massas frescas
11.1.9.5 Carnes
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11.1.9.5 1 Temperaturas recomendadas
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Lulas e polvos devem ter a pele lisa e úmida, olhos transparentes, carne
consistente e elástica; odor característico; cor branca rosada, acinzentada, sem
coloração estranha à espécie, como o vermelho.
11.1.10 Armazenamento
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114
h) Alimentos que necessitem transferência de suas embalagens originais
devem ser acondicionados de forma que se mantenham protegidos. Na
impossibilidade de manter o rótulo original do produto, as informações devem ser
transcritas em etiqueta apropriada;
i) Produtos destinados à devolução devem ser identificados por fornecedor
e colocados em locais apropriados separados da área de armazenamento e
manipulação;
j) Nunca utilizar produtos vencidos;
k) Quando houver necessidade de armazenar diferentes gêneros
alimentícios em um mesmo equipamento refrigerador, respeitar: alimentos prontos
para consumo dispostos nas prateleiras superiores; os semiprontos e/ou pré-
preparados nas prateleiras do meio e os produtos crus nas prateleiras inferiores,
separados entre si e dos demais produtos;
l) As embalagens individuais de leite, ovo pasteurizado e similares podem
ser armazenadas em geladeiras ou câmaras, devido a seu acabamento ser liso,
impermeável e lavável;
m) Podem ser armazenados no mesmo equipamento para congelamento
(freezer) tipos diferentes de alimentos, desde que devidamente embalados e
separados.
11.1.11 Pré-Preparo
AN02FREV001/REV 3.0
115
da cocção/preparo. Atenção especial deve ser dada aos alimentos vegetais
(hortaliças, legumes, frutas). Para higienização de hortaliças, frutas e legumes,
recomenda-se realizar as seguintes etapas:
a) Selecionar, retirando as folhas, partes e unidades deterioradas;
b) Lavar em água corrente vegetais folhosos (alface, escarola, rúcula,
agrião, etc.) folha a folha, e frutas e legumes um a um;
c) Escorrer os resíduos, se possível, eliminando o sobrenadante;
d) Colocar de molho por 15 minutos em água clorada, utilizando produto
adequado para este fim, na diluição de 100 a 200 ppm (1 colher de sopa para 1
litro);
e) Enxaguar em água corrente vegetais folhosos folha a folha e frutas e
legumes um a um;
f) Fazer o corte dos alimentos para a montagem dos pratos com as mãos e
utensílios bem lavados;
g) Poderá, se necessário, ser enxaguado em solução a 2% de vinagre por
5 minutos, aumentando o poder limpante e não desinfetante. Este procedimento
permite uma redução de insetos e larvas que ficam aderidos às folhas e minimiza o
gosto de cloro resultante da desinfecção;
h) Retirar o excesso de água por escoamento ou por centrifugação;
i) Manter sob refrigeração até a hora de servir.
Alimentos e bebidas à base de vegetais devem ser preparados
imediatamente antes do consumo ou mantidos sob temperatura inferior a 5°C. As
bebidas preparadas com vegetais devem ser consumidas no mesmo dia do preparo.
Recomenda-se que o tempo de manipulação de produtos perecíveis em temperatura
ambiente não deve exceder a 30 minutos por lote e a duas horas em área
climatizada entre 12ºC e 18ºC.
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116
11.1.12 Cocção/Preparo
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117
preparados devem ser mantidos em condições de tempo e de temperatura que não
favoreçam a multiplicação microbiana.
Para conservação a quente, os alimentos devem ser submetidos à
temperatura superior a 60ºC por, no máximo, seis horas. Para conservação sob
refrigeração ou congelamento, os alimentos devem ser previamente submetidos ao
processo de resfriamento, onde a temperatura do alimento preparado deve ser
reduzida de 60ºC a 10ºC em até duas horas. Em seguida, o mesmo deve ser
conservado sob refrigeração a temperaturas inferiores a 5ºC, ou congelado à
temperatura igual ou inferior a -18ºC.
O prazo máximo de consumo do alimento preparado e conservado sob
refrigeração a temperatura de 4ºC, ou inferior, deve ser de cinco dias. Quando forem
utilizadas temperaturas superiores a 4ºC e inferiores a 5ºC, o prazo máximo de
consumo deve ser reduzido, de forma a garantir as condições higiênico-sanitárias do
alimento preparado.
AN02FREV001/REV 3.0
118
Caso o alimento pronto deva ser resfriado antes do transporte, o mesmo
deverá ser levado ao refrigerador em temperatura de no mínimo 55ºC, para evitar
proliferação de microrganismos termófilos. O ideal é que o alimento atinja 4ºC no
centro geométrico em prazo máximo de seis horas.
Os alimentos quentes podem ficar expostos para distribuição ou espera a,
no mínimo, 65ºC por, no máximo, 12 horas; ou a 60ºC por, no máximo, seis horas;
ou abaixo de 60ºC, no máximo, por três horas (considerar o tempo que o alimento
permaneceu na espera para fornecimento/distribuição). Os alimentos frios devem
ser distribuídos no máximo a 10ºC por até quatro horas; ou entre 10ºC e 21ºC, por
duas horas.
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119
11.1.15 O Plano de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle
AN02FREV001/REV 3.0
120
12 NORMAS E LEGISLAÇÃO SANITÁRIA BRASILEIRA
AN02FREV001/REV 3.0
121
Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de
Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos;
Resolução nº 8, de 1971: resolve fixar os seguintes requisitos a serem
obedecidos para permissão para expor à venda ou distribuir alimentos elaborados,
em caráter experimental destinados à pesquisa de mercado.
Água
Portaria nº 518, de 25 de março de 2004.
AN02FREV001/REV 3.0
122
Alimentos com alegações de propriedades funcionais e ou de saúde no rótulo
Resolução nº 19, de 30 de abril de 1999;
Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999.
Alimentos congelados
Resolução - RDC nº 273, de 22 de setembro de 2005.
Alimentos light
Portaria SVS/MS 27, de 13 de janeiro de 1998 (Informação Nutricional
Complementar).
Alimentos diet
Portaria SVS/MS 29, de 13 de janeiro de 1998 (Alimentos Para Fins
Especiais) (Versão Republicada – 30/03/1998).
AN02FREV001/REV 3.0
123
Alimentos para controle de peso
Portaria nº 30, de 13 de janeiro de 1998.
Alimentos irradiados
Lei nº 7.394, de 29 de outubro de 1985;
Decreto nº 72.718, de 29 de agosto de 1973;
Resolução - RDC nº 21, de 26 de janeiro de 2001.
Amidos e féculas
Resolução - RDC nº 263, de 22 de setembro de 2005;
Avaliação de Risco e Segurança dos Alimentos;
Resolução nº 17, de 30 de abril de 1999.
Biscoitos e bolachas
Resolução - RDC nº 263, de 22 de setembro de 2005.
Bombons e similares
Resolução - RDC nº 265, de 22 de setembro de 2005.
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124
Cacau
Resolução - RDC nº 264, de 22 de setembro de 2005.
Café solúvel
Resolução - RDC nº 277, de 22 de setembro de 2005.
Cappuccino
Resolução - RDC nº 273, de 22 de setembro de 2005.
Cereais e derivados
Resolução - RDC nº 263, de 22 de setembro de 2005.
Chás
Resolução - RDC nº 181, 03/10/2006;
Resolução - RDC nº219, de 22 de dezembro de 2006;
Resolução - RDC nº 277, de 22 de setembro de 2005;
Resolução - RDC nº 267, de 22 de setembro de 2005.
Chocolate
Resolução - RDC nº 264, de 22 de setembro de 2005.
Coco ralado
Resolução - RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005.
AN02FREV001/REV 3.0
125
Resolução - RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005.
Colorífico
Resolução - RDC nº 276, de 22 de setembro de 2005.
Composto de erva-mate
Resolução - RDC nº 277, de 22 de setembro de 2005.
Concentrado de tomate
Resolução - RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005.
Condimentos ou temperos
Resolução - RDC nº 276, de 22 de setembro de 2005.
Conservas vegetais
Resolução - RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005;
Resolução – RDC nº 352, de 23 de dezembro de 2002.
Creme vegetal
Resolução - RDC nº 270, de 22 de setembro de 2005.
Doce em pasta
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126
Resolução - RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005.
Erva-mate
Resolução - RDC nº 277, de 22 de setembro de 2005.
Extrato de tomate
Resolução - RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005.
Farinhas
Resolução - RDC nº 263, de 22 de setembro de 2005;
Resolução - RDC nº 344, de 13 de dezembro de 2002.
Fermentos
Resolução - CNNPA nº 38, de 1977.
Gelados comestíveis
Resolução - RDC nº 266, de 22 de setembro de 2005;
Resolução - RDC n º 267, de 25 de setembro de 2003.
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127
Gelo
Resolução - RDC nº 274, de 22 de setembro de 2005.
Goma de mascar
Resolução - RDC nº 265, de 22 de setembro de 2005;
Resolução - CNNPA nº 3, de 03/06/1976.
Guaraná
Resolução - RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005.
Manteiga de cacau
Resolução - RDC nº 264, de 22 de setembro de 2005.
Novos alimentos
Resolução nº 16, de 30 de abril de 1999.
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128
Óleos e gorduras vegetais
Resolução - RDC nº 270, de 22 de setembro de 2005.
Palmito em conserva
Resolução - RDC nº 300, de 1º de dezembro de 2004;
Resolução - RDC nº 81, de 14 de abril de 2003.
Pão
Resolução - RDC nº 263, de 22 de setembro de 2005.
Polpa de frutas
Resolução - RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005.
Sal
Resolução - RDC nº 130, de 26 de maio de 2003;
Decreto nº 75.697, de 6 de maio de 1975;
Resolução - RDC nº 28, de 28 de março de 2000;
Lei nº 6.150, de 3 de dezembro de 1974.
Sal Hipossódico
Portaria nº 54/MS/SNVS, de 4 de julho de 1995.
Sopa
Resolução - RDC nº 273, de 22 de setembro de 2005.
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Temperos
Resolução - RDC nº 276, de 22 de setembro de 2005.
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l) Custo das comprovações;
m) Intervalos de comprovação.
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131
Da mesma forma, será possível determinar o agente etiológico mais provável no
caso de uma toxinfecção alimentar ou mesmo para verificar se os padrões e
especificações microbiológicos estão sendo adequadamente atendidos.
A legislação vigente para os critérios microbiológicos foi estabelecida pela
ANVISA, na RDC nº12, de 2 de janeiro de 2001, que classifica os alimentos em “de
acordo com os padrões legais vigentes” ou “impróprios para consumo humano”. As
análises de controle são solicitadas pela Vigilância Sanitária para aprovação de um
produto no mercado.
Esta modalidade de análise objetiva: verificar se o produto disposto no
mercado corresponde àquele cuja composição e padrão de qualidade foi aprovado
no ato da concessão do registro; comprovar se o fabricante foi capaz de transferir o
modelo tecnológico aprovado, no registro, ao produto acabado. Desta forma, este
controle é mais um elemento das ações de Vigilância Sanitária para garantir,
juntamente com a concessão do registro, a oferta de produtos de qualidade
sanitária.
Em geral, uma análise pode ser realizada tanto em um laboratório privado
quanto público, dependendo do objetivo da pesquisa. Análises de rotina e
acompanhamento da qualidade do produto são importantes para preservação da
qualidade do alimento fabricado. É importante ressaltar que em um laboratório
público a característica fundamental de suas atividades é contribuir para o estudo
das soluções pertinentes aos principais agravos que comprometem a manutenção
da saúde do cidadão. Sua ação é parceira das ações de vigilância sanitária.
A análise microbiológica de alimentos é de fundamental importância na
avaliação da qualidade microbiológica de produtos alimentícios, da aplicação das
Boas Práticas, da implantação do Sistema APPCC nos estabelecimentos de
alimentos e para as atividades de proteção à saúde do consumidor.
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