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[LITERATURA PORTUGUESA II – DO REALISMO À ATUALIDADE]

[PRELIMINARES]

O romantismo surgiu como uma primeira manifestação genuína da consciência de mundo moderno,
que conheceu seus primeiros estágios sobre o espírito herdado das ideias iluministas do século
XVIII e das mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais, provocadas pela Revolução
Francesa (1789).

O romantismo surgiu e tornou-se um movimento multifacetado e de difícil conceituação. Portanto,


não se poderia falar dele como uma estética coesa. Haveria vários romantismos. O romantismo
assimila as contradições histórico-sociais de sua época e as transforma em soluções estéticas.

Inicialmente romântico era tudo que se opunha ao clássico. O romantismo centra suas relações com
o mundo em suas relações com o mundo em suas emoções, por esta razão é considerado
egocêntrico e subjetivo.

Romantismo – social subjetivo

[REALISMO]

*O realismo é uma literatura anti romântica, anti burguesa, anti católica, ou seja, revolucionária
para a sua época.

[Antero de Quental] – nasceu nos açores de 18 de abril de 1842.


A religiosidade, inerente a sua natureza, mas abalada pelo cientificismo revolucionário, é o motivo
propulsor da poesia anteriana.
A poesia de Antero de Quental testemunha os passos de uma vida dilacerada entre a aspiração e a
impossibilidade de concretizá-la.

[Antero escolhe a morte]

Romantismo X Realismo – anti – romantismo

[POESIA DO COTIDIANO E VELEIDADES PARNASIANAS]

A poesia do cotidiano serviu aos propósitos realistas de oposição ao lirismo romântico. Acabou
revelando, os desníveis sociais e as mazelas presentes no ambiente das cidades. Destaca-se a obra
de Cesário Verde.

[Cesário Verde] – nasceu em 1855 e morreu em 1886, vitimado pela tuberculose. Ao morrer deixou
uma produção poética que soma 42 composições. Seu amigo Silva Pinto publicou esta produção.
A obra publicada trata da inadaptação à cidade, que o empareda e o asfixia, a fuga e integração ao
campo onde acha sua musa.

[Veleidades Parnasianas]
_A produção esteticista de alguns poetas que apenas superficialmente aceitaram a moda vinda da
França e cujas manifestações datam de 1866, com a publicação da Revista Parnasse Comteporain.
*Dos parnasianos franceses talvez tenham herdado tão somente o esteticismo, o culto de uma forma
bela e apurado.
[PROSA DE FICÇÃO: EÇA DE QUEIROZ]

José Maria de Eça de Queiroz nasceu em Póvoa do Eça de Queiroz Varzim, em novembro de 1845 e
morreu em agosto de 1900. Foi um romancista de renome internacional da sociedade de seu país,
analista atento aos grandes problemas políticos e morais de toda uma época e comentador exigente.
Ele tentou de todas as formas modificar o panorama cultural de seu país com sua maior arma: a
palavra.
*Tinha a intenção de corrigir os vícios da sociedade burguesa por meio da crítica de costumes,
desvendando a hipocrisia e a superficialidade das relações sociais.

Três mais significativas fontes de inspiração de Eça: valores do mundo medieval, problemas de seu
tempo, motivos de natureza religiosa.

[Resumo da Unidade I]

O romantismo português é marcado por um público que passa a ter cada vez mais interesse pela
literatura.

[Primeiro Momento do Romantismo] – (1825 – 1836) – Almeida Garret e Alexandre Herculano


como seus principais representantes na prosa. As obras deste período dão grande destaque a visão
histórica, sobretudo em sua prosa de ficção. O resgate de valores e personagens medievais realça o
tom de orgulho pátrio que perpassam as obras destes valores.

[Segundo Momento do Romantismo] – (1836 – 1860) – É marcado por um Ultra Romantismo


melancólico e pessimista. Tem como autores principais Soares de Passos (poesia) e Camilo Castelo
Branco (Prosa).

[Terceiro Momento do Romantismo] – (1860 – 1865) – Tem Júlio Diniz como seu autor principal
em prosa e João de Deus em poesia. Esta fase é marcada pela superação do Ultra e por uma visão
mais objetiva do mundo, gerando uma literatura que já mostra uma transição: O REALISMO.

[PRELIMINARES]

O realismo procurou captar e retratar o mais fielmente possível os dados concretos, palpáveis e
visíveis da realidade de sua época.

Cientificismo, esta foi a palavra-chave da época. A crença inabalável nas ciências vistas como
únicas capazes de desvendar os mistérios do Universo transparece nos escritores de Augusto Comté
(1798 – 1857) e Enest Renan (1832 – 1892). Outros pensadores importantes foram Hipólito Taine
(1828 – 1893), que propôs a teoria determinista de que toda obra de arte sofre influências da raça,
do meio e do momento histórico daquele que a produz, Pierre Proudón (1809 – 1865), que sonhou
com uma sociedade socialista; Charles Darwin (1809 – 1882) autor de A Origem das Espécies.

Todo esse cientificismo repercutiu nas artes, destronando o subjetivismo, a idealização, o


sentimentalismo e o escapismo características fundamentais do Romantismo.

[O Realismo] – enfoca o homem e os problemas da sociedade segundo uma perspectiva sociológica.


Causas educacionais e morais, resultantes, de um meio adverso determinam as ações, no Realismo.

[O Naturalismo] – tende para uma visão biológica – patológica do homem. Distúrbios fisiológicos,
taras hereditárias, vícios são acordados em determinado momento pelo ambiente degradante agindo
sobre as personagens e gerando criminalidade, desvios sexuais e adultérios.
[POESIA SIMBOLISTA I – ANTÔNIO NOBRE]

O realismo é uma literatura anti – romântica, anti – burguesa, anti – católica, revolucionária para a
sua época.

_Em 1864 acontece a publicação de Visão dos Tempos e Tempestades Sonoras, de Teófilo Braga.
Em 1865, Antero de Quental publica Odes Modernas, que pretende destacar “a missão
revolucionária da poesia” como a voz da revolução e que sacudiria a estagnação portuguesa. Essas
obras vinham propor uma nova concepção poética, com um fundamento filosófico científico,
contrária a estética romântica. No entanto alguns autores ainda cultivavam o Romantismo, dentre
eles Antônio Feliciano de Castilho, que em pósfacio ao Poema da mocidade, do autor Pinheiro
Chagas, defende o romantismo atacando os versos de Teófilo e Antero, pondo em dúvida o talento
deles.

A troca de farpas gerou uma polêmica que, conhecida como “bom senso e bom gosto” ou “Questão
Coimbra”, inaugurou o movimento realista em Portugal estendeu-se de 1865 e 1866

Antero (Realismo) X Castilho (Romantismo)

[Antero de Quental] – nasceu nos açores em 18 de abril de 1842. Recebeu ortodoxa educação
católica que o influenciou. Suicidou-se

[POESIA DO COTIDIANO E VELEIDADES PARNASIANAS]

Deslocando o foco de interesse da subjetividade egocêntrica para a objetividade, a poesia do


cotidiano serviu aos propósitos realistas de oposição ao lirismo romântico. Acabou revelando as
injustiças, os desníveis sociais e as mazelas presentes no ambiente das cidades. Destaca-se a obra
poética de Cesário Verde.

Em oposição ao campo, a cidade é o foco no mal e da corrupção. Espaço de decadência da


burguesia e, mais, de uma raça, o ambiente e o cotidiano urbano agridem a sensibilidade do poeta.

[Cesário Verde] – nasceu em 25 de fevereiro de 1855 e faleceu em 18 de julho de 1886. Seu amigo
Silva Pinto publicou sua produção deixada antes de morrer em 1887 em um, pequeno volume,
intitulado O Livro De Cesário Verde, suprimindo alguns poemas por achá-los indigno.

*A obra publicada trata da inadaptação à cidade, que o empareda e asfixia, a fuga e a integração no
campo onde acha sua musa.

_Mais tarde o campo deixa de ser um espaço imaginário e surge como realidade concreta e social.

Sua obra só foi devidamente reconhecida no século XX, por sua poesia antipoética, fazendo versos
sobre o desamor, sufocante da cidade.

[Veleidades Parnasianas] – produção esteticista de alguns poetas que apenas superficialmente a


moda poética vinda da França e cujas manifestações datam 1886, com a publicação Parnasse
Comtemporan.

[POESIA SIMBOLISTA – II]

Camilo D' Almeida Pessanha nasceu em Coimbra em 1867. Viveu em Macau distanciando de
Portugal, que visitará esporadicamente. Em sua última estada, em 1915, deixa seus versos que são
organizados e publicados em 1920 com o título Clepsidra. Faleceu de Tuberculose, Camilo em
Macau em 1926.

É o mais autêntico poeta simbolista português, devido à peculiaridade de seu estilo, de sua
concepção de mundo. Como nenhum outro escritor da época, ele soube fazer da poesia um espaço
de registro dos estados da alma, melancolia, da dor funda e sem remédio, evitando a manifestação
direta dos sentimentos

*O foco central de sua visão do mundo é a obsessiva preocupação com o tempo metaforizado pela
imagem da água.

[Clepsidra é um relógio de água, portanto o fluir do tempo, o fluir da água, tudo é passageiro]

[MODERNISMO – PRELIMINARES]

O modernismo português tem, como marco inicial, a publicação de Orpheu – revista trimestral de
Literatura, em 1915 que contava com a participação de Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro,
Almada Negreiro e do brasileiro Ronald de Carvalho.

Os anos iniciais do Modernismo português coincidiram com uma nova situação mundial em
consequência da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), da revolução russa (1917)

*Os anos da primeira guerra mundial foram particularmente difíceis para Portugal, pois as colônias
ultramarinas eram alvo da cobiça das grandes potências europeias, e havia uma crise política interna
desde a proclamação da República em 1910.

Nas duas primeiras do século XX, os meios artísticos estavam inundados por manifestos. A Europa
assistia duas situações antagônicas: uma euforia exagerada da burguesia com o progresso industrial
e dos avanços técnicos científicos e o pessimismo característicos herdado do fim do século XIX.

Essa contradição gerou um clima propício para o aparecimento de várias tendências preocupados
com uma nova interpretação da realidade: Futurismo, Expressionismo, Cubismo, Dadaísmo,
Surrealismo (Vanguardas Europeias)

[A SAUDADE – SAUDOSISMO]

Por volta de 191, um grupo de intelectuais, dentre eles Teixeira de Pascoes, Jaime Cortesão e
Leonardo Coimbra, procura recuperar certos valores de tradição, para integrá-lo na modernidade.

*Tendo como mentor Teixeira de Pascoes, esse grupo, que divulgara suas ideias na revista águia,
elege entre os elementos da tradição a serem retomados, a Saudade, entendida como o próprio
sangue espiritual da raça. Claro que é a saudade em seu sentido profundo.

[Teixeira de Pascoes] – pseudônimo de Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos nasceu em 1877 e


faleceu em 1952. Iniciando-se muito jovem, dirige à revista Águia tornando-se o mentor do
Saudosismo. Escreveu em poesia: Embriões (1895), Sempre (1898), A Minha Alma (1898), Terra
Proibida (1899), Aventura (1901) em prosa O Espírito Lusitano ou O Saudosismo (1912), Os Poetas
Lusíadas (1919), São Paulo (1934).

Toda a obra de Pascoes situa-se num período que vai do Simbolismo agonizante ao Modernismo
emergente.
[ORFISMO]

O orfismo foi o movimento literário que deflagrou definitivamente o Modernismo em Portugal.


Divulgou suas ideias nas páginas da revista Orpheu e nas revistas que vieram depois: Exílio,
Centauro e Portugal Futurista.

[Orpheu] – revista que trouxe o Orfismo mais propriamente

Foi a revista que trouxe para o cenário cultural português a marca registrada ou a essência do
movimento modernista.
_Foi a revista que trouxe para o cenário cultural português a marca registrada ou a essência do
movimento modernista.
_O espírito refinado, mistico, exotérico, que explicam as origens simbólico – decadentistas.
*É preciso também referir a ideia da ruptura com a tradição, com o meio burguês.

[Mário de Sá Carneiro]

Viveu no intervalo entre o Simbolismo agonizante e o Modernismo exigente, Do simbolismo trouxe


o gosto do passado, o narcisismo, a autopiedade e o idealismo.
_Mas o que predomina é um forte anseio do Além, de ultrapassar a medíocre condição humana e
abraçar o mundo dos sonhos.

[Resumo Da Unidade III]

Por ter suas origens em um momento de crise e transformações no final do século XIX, elementos
como o inconsciente, a espiritualidade e as sensações são a matéria-prima do texto simbolista.

[INTERREGNO – FLORBELA ESPANCA]

Florbela da Alma Conceição Espanca nasceu em Vila Viçosa em 1844. Seu pai era casado com uma
senhora que não podia ter filhos. Começou a escrever muito jovem, mas os poemas deste período
foram publicadas postumamente (Juvenília, 1931). Casou-se mas foi infeliz e separou-se. Foi
estudar direito em Lisboa, em 1919 e neste ano publicou Livros de Mágoa. Em 1923, saiu Soros
Saudade.

Casou-se e mais uma vez é infeliz. Morreu em 1930, vítima de uma dose excessiva de remédios,
provavelmente suicídio.

É uma sonetista talentosa e seu apuro formal cresceu conforme os poemas foram se sucedendo. Ela
não se sente presa aos pudores e convecções pequenos burgueses do seu tempo. Sua poesia é liberta,
direta e natural, como deve ser o amor, segundo sua concepção.

[PRESENCISMO]

Originou-se em Coimbra, no período entre as duas grandes guerras, refletindo não só a grande
efervescência social do período como também a instauração da modernidade propriamente dita.

*Os presencistas defendiam a liberdade absoluta em arte, o que implicava na ausência de regras no
movimento. Essa liberdade absoluta era defendida arduamente pelo mentor do movimento. José
Régio, que procura desobrigar a literatura de quaisquer compromissos sociais, morais e políticos.

Procuravam contínuas a experiência da geração do Orpheu, sem utilizar a atitude irreverente


daquele grupo. Daí que a [Presença] reúne escritores que perseguiam o ideal de uma literatura que
fosse a tradução das vibrações mais puras do inconsciente e que se opusesse ao artificialismo da
vida social que tornava os indivíduos convencionais falsos ou marginais do sistema. O resultado
disso é uma literatura que procura valorizar aquilo que no homem constitui o que há demais natural
e que não foi tocado ou deformado por imposições sociais, as forças inconsciente que libertam o ser
e uma forma literária coerente com esses mesmos ideais. No romance, privilegia-se o psicologismo
ou a narrativa mais solta, mais livre.

*Na poesia, destacaram-se os poetas Vitorino Nemésio, Antônio Botto e José Regio.

[Miguel Torga]
_Pseudônimo de Adolfo Correia da Rocha nasceu em Trás os Montes, em 1907 e faleceu em 1995.
Formado em medicina, dedicou-se à profissão e à literatura. Foi um dos fundadores da revista
[Presença], mas desligou-se mais tarde do movimento. Publicou poesia e prosa de ficção e peças de
teatro.

A prosa de Miguel Torga é voltada para o homem. O autor trata de comunidades perdidas no tempo
e no espaço, distantes da civilização e da cultura e que, por isso mesmo, criam um universo de
valores primitivos regido por leis próprias. *A paisagem rude das montanhas endurece as pessoas
que se entregam a um trabalho brutal e sem compensações sem esperanças no futuro. Torga
identifica o homem com animais, reduzindo-o a seus aspectos primários.

_Em consequência desse amor pelo ser humano, Torga diminui a distância entre o narrador e o fato
narrado, assumindo não só os modismos de linguagem, mas também ligando a tarefa de narrar a
uma voz coletiva.

Em suma, sua prosa límpida, enxuta e impregnada de regionalismos exalta a terra primitiva e
denúncia a condição trágica do homem que vive num mundo sem Deus, entregue a própria sorte.

[Branquinho da Fonseca] – Antônio José Branquinho da Fonseca nasceu em 1905 e faleceu em


1974. Fez parte da revista Presença e publicou poesia: Poemas (1926), Mar Coalhado (1932):
contos Zoran (1932), etc.

*Ilustra em sua obra as características fundamentais do movimento presencista: um esteticismo que


contínua a tradição simbolista; a busca da originalidade, a afirmação das forças instintivas,
primárias e a crença de que a libertação do homem se encontra no sonho

_Homem moderno, dividido entre os atrativos da cidade grande e os apelos da natureza rústica.

[Irene Lisboa] – Irene do Céu Vieira Lisboa, nasceu em 1892. Sua obra caracteriza-se pelo caráter
fragmentário de sua ficção e a análise da realidade. O tom fortemente intimista e confessional parte
frequentemente de um olhar pessoal que filtra cenas triviais do cotidiano citadino e rural. Seus
contos são flashes da realidade, pequenos incidentes do dia a dia que despertam nas consciências
atormentadas da personagem, reflexões sobre a miséria da vida, sobre a fatalidade.

[NEORREALISMO]

É na década de 1930, ainda em plena vigência do Presencismo, que começa a reação contra esse
movimento. Isso se deve a vários fatores, d eles a aguda crise pela qual passara a sociedade
portuguesa dominada pelo fascismo.

_Em 1940, publica-se a primeira obra reconhecidamente meio realista: o romance [Gaibéus], de
Alves Redol. Considerada uma literatura comprometida, pode-se dizer que o meio tem raízes no
Realismo da geração de 65. A diferença está na substituição de uma concepção determinista da
existência por uma visão dinâmica da realidade.

*Em vez de aceitar a ideia de que o homem é produto do meio, os neo preverem vê-lo omo um
produto de várias forças no contexto de uma sociedade em permanente evolução.

[SURREALISMO – 1936 – 1951]

Surgiu tardiamente em Portugal. Suas manifestações iniciais se deram em 1936 com o Movimento
Divisionista de Antônio Pedro. Em 1940 e 1942 o autor publicou apenas uma narrativa, espécie de
romance automático. Mas foi somente em 1948 que um grupo promoveu a primeira manifestação
surrealista em Portugal. Figuras como Mário Cesariny de Vasconcelos, Fernando Azevedo, José
Augusto França promovem uma “Exposição Surrealista” em 1849 e resumem as características do
movimento:
_revolta contra as convenções
_ação libertadora das consciências para a transformação do homem e do mundo.

Por volta de 1951, o Surrealismo praticamente encerra-se em Portugal, mas não a atividade
surrealista que continua a manifestar-se em alguns poetas e prosadores.

[Mário Cesariny de Vasconcelos] – nasceu em 1923, em Lisboa. Figura sempre inquieta e


questionadora. Crescentemente dedicado à escrita, Cesariny viria a publicar as obras poéticas.
Corpo visível (1950), Discurso Sobre a Reabilitação do Real Quotidiano (1952), Louvor e
Simplificação de Alváros de Campos (1913).

A sua poesia organiza-se em tornos das seguintes constantes temáticas: a eleição da vida amorosa,
para suprir as limitações das existências; a crítica política, através da manipulação das palavras.

*A mais importante figura do Surrealismo português demonstra em sua poesia os principais temas
dessa corrente literária.

a) a construção caótica do mundo, que parece nascer de um pesadelo


b) as visões altamente oníricas
c) o nonsense [1], o humo ácido
d) as proximações inusitadas entre os objetos mais diferentes que a realidade pode fornecer
e) a criação de metáforas impressionantes.

[FERNANDO PESSOA – ORTÔNIMO]

Maior figura literária do século XX português e até mesmo europeu: Fernando Pessoa.

Nascido em Lisboa, no dia 13 de junho de 1988, Fernando Antônio Nogueira de Seabra Pessoa
ficou órfão de pai antes de completar seis anos de idade. Em 1894 tornou-se também filho único,
pela morte de seu irmão mais novo.

Foi em Durban, que Pessoa tomou contato com a realidade de força e do poder do Império
Britânico. Com seus severos professores e na companhia de seus aplicados colegas, filhos de
aristocratas e da alta burguesia inglesa.

Aos dezoito anos, após uma carreira escolar brilhante, volta sozinho a Portugal e redescobre sua
cultura e a literatura portuguesa. No ano seguinte matricula-se no curso de Letras em Lisboa,
abandonando-o no primeiro ano.

Em 1912, faz sua estreia na revista Águia como crítico de Literatura.


Segue-se então uma fase de agitação de Vanguarda, com seus panfletos e polêmicas, suas revistas de
escândalos e provocação: Orpheu (1915), Exílio (1916), Portugal Futurista (1917). Nessa altura,
Pessoa resolve estrar um livro como poeta, mar em língua inglesa. Pública em 1918, Antinous,
poema narrativo sobre amor homossexual.

Em 1934, finalmente, decide-se pela publicação de [Mensagem] com o qual concorre a um prêmio
instituído pelo governo.

O poeta faleceu em 30 de Novembro de 1935, no hospital de S. Luís dos Franceses, onde foi
internado com cólica hepática, causada provavelmente pelo consumo excessivo de alcool.

A importância de Pessoa como poeta não se deu apenas porque ele foi capaz de revolucionar a
poesia portuguesa, como também porque, inquieto raciocinador, abarcou diferentes formas de
conhecimento – a Poesia, A Estética, a Política, a Economia, a Sociologia – com extrema
desenvoltura para repensar a cultura de seu tempo.

[FERNANDO PESSOA – HETERÔNIMO]

Fernando Pessoa escreveu em uma carta ao amigo Adolfo Casais Monteiro, desde criança, teve
tendências para criar amigos imaginários o perseguiu pela vida adulta e, muitas vezes querendo
dizer alguma coisa diferente daquilo que pensava, atribuía a um amigo.

No dia 8 de março de 1914, segundo o próprio Pessoa, surgiu seu heterônimo Alberto Caeiro.
Tomado de inspiração, pegou um papel e de pé mesmo escreveu trinta e tantos poemas que
compuseram o livro [O Guardador de Rebanhos]. Pessoa chamou este momento de “dia triunfal”.
No mesmo dia, imediatamente após ter escrito os poemas que constituem Chuva Oblíqua, assinado
por Pessoa, ele mesmo.

[Três Principais Heterônimos]

[Alberto Caeiro] – nasceu em Lisboa em 16 de abril de 1889, e morreu em 1915, na mesma cidade
de Tuberculose.
Esses traços biográficos ajustaram-se perfeitamente a poesia de Caeiro e principalmente sua visão
de mundo. Poeta que está em contato com a Natureza, para Caeiro, as coisas são o que são, seu
mundo é real e sensível. Ele pensa com os sentidos
_Considerado mestre dos heterônimos, Caeiro prega um Naturalismo absoluto em que os verbos
“ver” e “ouvir” ocupam um lugar de destaque, dissociando do pensar. Segundo ele é preciso abolir o
“pensar” e entregar-se ao ver e ouvir.

[Ricardo Reis] – nasceu na cidade do porto em 19 de setembro de 1887. Estudou em colégio de


jesuítas, formando-se em Medicina: politicamente, defendia a Monarquia, por não concordar com a
República, auto – exilou-se no Brasil.
*Um poeta de inspiração neoclássica, na constante preocupação de “aproveitar o momento”, já que
a vida se resume a esses momentos
_Com uma postura contemplativa do mundo, com um sentimento de desencanto e a sensação de
tudo ser inútil, a poesia de Ricardo Reis é marcada por um paganismo e pela força do destino.

[Álvaro de Campos] – nasceu em Tarra (extremo sul de Portugal) em 15 de Outubro de 1890.


Engenheiro Naval formado na Escócia. É um poeta futurista, um homem do século XX, das
fábricas, da energia elétrica, da velocidade e das Máquinas. Tem como características básicas o
modernismo, a agressividade, o desejo de libertação total de um mundo de ideias preconceituosas, é
um inadaptado e vive a margem de qualquer conduta social.
_Irreverente diante dos valores da sociedade do seu tempo, Álvaro de Campos contesta as
convenções através de poemas em estilo futurista.

*A obra literária de Fernando Pessoa é uma das mais importantes e intrigantes da literatura
portuguesa. São inúmeras as teses tentando explicar o fenômeno da heterônima e os principais
aspectos comuns de sua obra. Vamos destacar alguns:

a) Os heterônimos representam visões de mundo e diferentes personalidades poéticas

b) Tanto na poesia ortônima como na heterônima, constata-se a relatividades das coisas

c) O valor estético de toda a obra é indiscutível.

[TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS]

Na década de 1940 acentuou-se a disputa entre a poesia a serviço de uma causa e a poesia pura. Em
Os Cadernos de Poesia, cuja primeira série data 1940, defendia-se uma poesia independente de
partidos e de ideologias. Agregaram-se mais especificamente a esta corrente: Shophia de Melo
Bryner Andersen, Eugênio de Andrade, Fernando Lemos e Alexandre O' Neil.

*No início da década de 1950, surgiu o Surrealismo, movimento de curta duração, a que se seguiu
um vago existencialismo, cuja propagação se deu através da publicação de algumas revistas
literárias.

*Nos anos de 1960, aconteceu o fenômeno do experimentalismo, tanto no plano poético, com o
Concretismo, quando no plano da ficção com o noveau-roman. O primeiro tem como expoente
Anna Hatherly, e sobretudo E. M. de Melo e Castro. O segundo Artus Portela Filho, Alfredo
Margarido e nomeadamente Almeida Faria, com seu romance Rumo Branco.

*Na década de 1970, com a Revolução dos Cravos, observou-se uma redução na produção literária,
que se deveu a vários fatores. O mais importante foi que, os escritores, nos anos que se seguiram à
revolução, concentraram-se em tarefas de caráter jornalístico, pedagógica, administrativos e
partidário. Só na época de 1980 é que surgiu nova floração de escritores, mais especificamente
romantismo.

_Quanto à poesia, notou-se a presença de talvez cinco tendências fundamentais nem sempre muito
distintas.

[Primeira] – a sobrevivência da lição de Pessoa, da poesia especulativa que equilibra razão e moção,
dá ao intelecto primazia absoluta. Situam-se poetas como Jorge de Sena.

[Segunda] – optou-se por um topo de poesia na qual se veem ecos da obra de Camilo Pesanha,
como Eugênio de Andrade, David Mourão Ferreira.

[Terceira] – Sophia de Melo Breyner, E.M. de Melo e Castro praticam a poesia contestatória sem
contudo apresentar-se de um modo ostensivo, uma ideologia.

[Quarta] – a experiência surrealista se afirma na poesia visionária e alucinada de Hiberto Helder e


Pedro Tamém.
[A POESIA É SÓ UMA]

Importante poetas portugueses cujas obras estão situadas por volta da segunda metade do séxulo
XX: Sophia de Mello Breyner e Nuno Júdice.

Retomando, até certo ponto, os ideais órficos e os presencistas, desejam-se independentes, abertos a
toda sorte de influência, sem preconceito algum.

[Sophia de Mello Breyner] – nasceu no porto em 1919, no seio de uma família aristocrática e
faleceu em 2004.
Escreveu poesia: Poesia (1944), Dia do Mar (1997), Coral (1950), etc. Sophia é ainda tradutora para
português de obras de Claudel, Dante, Shakespeare e Eurípedes.
Após o casamento, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua atividade política, tendo sido notória
ativista contra o regime de Salazar.
_A linguagem poética de Sophia detona pra além da sua sólida cultura clássica, e da sua paixão pela
cultura grega; a pureza e a transparência da palavra a sua relação da linguagem com as coisas.
Sua poesia é marcada por uma tensão que tem como ponto de partida um desejo de inteireza, de
totalidade. Ciente de que vive em um mundo de sombras, atormentado pelo problema da morte, o
poeta experimenta a solidão de quem perdeu também a capacidade de se comunicar com uma
transcendência plenamente identificável.
*Frente ao vazio e a certeza de que tudo perece, inclusive o amor e a beleza, o poeta tem dois
caminhos pela frente: pôr solenidade em cada gesto seu, para dar dignidade a tudo que faz, ou então
recuperar a luminosidade de um mundo pagão, para sempre perdido.
_Desejo de totalidade, manifestações da solidão, sonho com o passado mítico, estas são as
constantes da obra de Sophia expressas numa linguagem concisa que valoriza a essência do poético

[Nuno Júdice] – nasceu em Mexilhoeira Grande, em 1949. Estudou Fiologia Romântica na


Universidade de Lisboa, vindo depois a ser professor do ensino secundário. Atualmente é professor
da Universidade Nova de Lisboa.
Obras – A Noção do Poema (1972)
A Partilha dos Mitos (1982)
Lira de Liquén (1985)

[A POESIA CONTEMPORÂNEA]

[Helberto Helder] – pseudônimo de Luís Bernardes de Oliveira, nasceu a 23 de Novembro de 1930,


na ilha de Madeira, no seio de uma família de origem judaica.

Frequentou a Faculdade de Letras de Lisboa, tendo trabalhado como jornalista, bibliotecário e


tradutor. Começou desde cedo a escrever poesia, colaborando em várias publicações.

Seu surrealismo pessoa tem como marca registrada a assunção da loucura, que o leva a escolher
imagens alucinadas para buscar o insólito no âmago do inconsciente. Ele acaba por ser um poeta
noturno, que privilegia as forças subterrâneas na tentativa de retorno ao mundo primitivo, original.
O uso de metáforas, as construções sintáticas originais, as imagens livres servem para que o poeta
possa atingir a liberdade essencial do poeta.

[Helder] – é o poeta mítico da modernidade portuguesa contemporânea, não só pela intimidade


particular da sua obra, mas também pelo seu estilo de vida discreto e avesso a todas as
manifestações da instituição literária.

[A POESIA CONTEMPORÂNEA II]


[David Mourão Ferreira] – Escritor e professor universitário português, nasceu em Lisboa em 1927
e faleceu em 1996. Em 1950, publicou o seu primeiro volume de poesia – Secreta Viagem – David
colaborou ainda nas revistas Graal (1956 – 1957)

Foi poeta, romancista, crítico e ensaísta. A sua poesia caracteriza-se pelas presenças constantes da
figura da mulher e do amor, e pela busca deste como forma de conhecimento sendo considerado
como um dos poetas do erotismo na literatura portuguesa. A vivência do tempo e da memória são
também constantes na sua obra, marcada, em nível do estilo.

Entre seus livros de poesia encontram-se Tempestade de Verão (1954), Os Quatro Cantos do Tempo
(1958), etc.

[PROSA CONTEMPORÂNEA]

Após a revolução de 25 de Abril de 1974 (Revolução dos Cravos), que deu fim ao regime
salazarista, as letras portuguesas conhecem um período de intensa produção, principalmente na
prosa. Novos valores despontam, enquanto outros se afirma e continuam suas trajetórias.
*Os escritores contemporâneos buscam sua individualidade tanto no tema, quanto nas ousadias no
uso da linguagem.

[Augustina Bessa – Luís]

A escritora nasceu em Amarante, em 1922. Estreou, em 1948 com a novela Mundo Fechado. Tem-
se dedicado quase inteiramente à criação literária e colaborou em várias publicações periódicas. É
membro da Acadêmia das Ciências de Lisboa.

É uma das mais fecundas romancistas portuguesas, destacando-se pela sua capacidade de análise
psicológica. Muitos dos seus romances têm como pano de fundo momentos ou acontecimentos da
história portuguesa, ou personagens históricas.

Surge na cena literária portuguesa numa altura em que se desencadeia a oposição entre o neo-
realismo e a geração da revista presença.

A sua vastíssima obra inclui, além dos romances, biografias romanceadas, contos e crônicas de
viagem.
Recebeu inúmeros prêmios por obras individuais e prêmios contemplando o conjunto da sua obra.

[A PROSA CONTEMPORÂNEA II]

[Vergílio Ferreira] – nasceu em Coimbra, em Janeiro de 1916. Vários acontecimentos marcaram sua
infância e juventude: a ausência dos pais que emigraram para os EUA, os estudos religiosos no
seminário por um período de seis anos e os longos momentos de solidão.
Frequentou a Faculdade de Letras na Universidade de Coimbra, onde cursou Fiologia Clássica.
Dois anos depois, iniciou uma longa carreira docente que fez com que viajasse muito pelo seu país e
pelo exterior.

A obra do autor reúne várias facetas de sua personalidade: filósofo, ensaísta, romancista e docente.
Sua visão crítica e atenta da realidade levou-o a se destacar nas letras como um grande ensaísta.

_Sua produção literária reflete uma seria preocupação com a vida e a cultura de seu país. Revelou-
se um espírito especulador e confessou trazer em si “a força monstruosa de interrogar mais forte e
profunda do que o simples ato de perguntar”

*Segundo sua perspectiva a vida só pode ser vivida plenamente quando motivada pela busca de
resposta para perguntas que nos inquietam.

Questionar deve ser a força matriz, o combustível intelectual que leva o ser humano a um ciclo
perene de perguntar, buscar respostas e novas perguntas.

Ele teve a coragem de se revelar em sua obra, pois, como o próprio declarou, o autor nunca pode ser
dissociado da sua obra porque nela vive, respira e dela fica impregnado.
_Podemos perceber, através das obras citadas acima, que Vergílio Ferreira retomou os temas que
ocuparam as especulações filosóficas e artísticas desde a Antiguidade Clássica. Ele conseguiu
sintetizar o perene e o contemporâneo em sua obra.

[FICÇÃO INTIMISTA E EXPERIMENTAL]

Nestas narrativas, o autor incorpora ousadias na maneira de escrever, propõe uma viagem para
dentro das personagens que possibilita a compreensão do mundo que as cerca. Geralmente são
narrativas em que a fantasia e a realidade, o passado e o presente, o trauma e a esperança se
misturam, criando um painel dos sentimentos do povo português pós – Salazar.

[Almeida Faria] – nasceu em 1943, em Montemor – o – Novo. Foi escritor e professor universitário
de Filosofia. Teve uma experiência acadêmica internacional. Seu primeiro romance Rumor Branco
(1962), foi um grande sucesso e rendeu-lhe o Prêmio Revelação da Sociedade Portuguesa de
Escritores
_Ficou conhecido por seu estilo original e técnica narrativa inovadora, opondo-se ao neo – realismo
e integrando o movimento de ruptura característico dos anos 1960.
Sua tetralogia, os romances Cortes (1978), Lusitânia (1980) e Cavaleiro Andante (1983). Foi
reconhecida como um dos retratos ficcionais, mas impactantes da realidade política portuguesa da
ditadura salazarista.

[Filomena Cabral] – nasceu no Porto em 1944. Além de poetisa, ficcionista é também jornalista.
Nesta profissão assumiu uma postura crítica e bastante atuante. Foi co – fundadora da revista
Serpente.
_Atualmente tem colaborado em vários jornais e revistas destacando-se O Primeiro De Janeiro,
Jornal de Notícias.

[Teolinda Gersão] – nasceu em Coimbra em 1940. Licenciada em Fiologia Germânica, foi leitora de
português na Universidade de Berlim, atualmente, professora catedrática, de Literatura Alemã e
Literatura comparada na Universidade Nova De Lisboa.

_Como escritora publicou os romances Silêncio (1981), Paisagem com Mulher e Mas ao Fundo
(1982) e o Cavalo do Sol (1989) etc.

Desde seu primeiro romance, Teolinda Gersão tem explorados temas recorrentes em sua obra: o
confronto entre o homem e a mulher, o esvaziamento da linguagem, as dificuldades de
comunicações.
_Sua maneira de narrar é bastante peculiar. Nela a densidade psicológica das personagens e a
naturalidade e fantasia da sua escrita mesclam-se, gerando um modo pouco ortodoxa de narrar.
*Suas personagens representam tipos humanos arquétipos, que servem de pretextos para
especulações e comentários sobre a deterioração das relações humanas.
[A FICÇÃO INTIMISTA E EXPERIMENTAL II]

Dois autores em que a imaginação e a crítica social, aparentemente tão dispares, estão em harmonia.

[Lídia Jorge] – nasceu em Boliqueime, Algarve em 18/06/46. Licenciada em Filologia Romântica


pela Universidade de Lisboa, trabalhou como professora em Angola e Moçambique, radicando-se
posteriormente em Lisboa, onde atualmente é professora universitária e colaboradora de vários
jornais e revistas.

Publicou as seguintes obras: O Dia dos Prodígios(1980), O Cais das Merendas (1982), Notícias da
Cidade Silvestre (1984), A Costa dos Murmúrios (1988).

Seus romances abordam uma grande variedade temática. Estão ligados aos problemas coletivos do
povo português, as circunstâncias históricas e mudanças da sociedade nacional após o 25 de abril de
1974 e alienação.

_Outro tema constante á a discussão da condição feminina presente em A Costa dos Murmúrios.
Surge a certeza de que é possível cada perfil de mulher encontrar seu lugar no mundo.

[Jorge de Sena] – nasceu em Lisboa, em 1919 e naturalizou-se brasileiro em 1963. Cursou


faculdade de Ciências de Lisboa e publicou seu primeiro poema em um jornal da faculdade.
Participou da revista Presença. Desse contato veio a resultar a ligação aos cadernos de poesia, onde
Sena publicou em 1940, os sonetos Mastros e Ciclo. Em 1919, exilou-se voluntariamente no Brasil.

Para Jorge, a poesia era uma forma de testemunhar e transformar o mundo, da relação estabelecida
entre o sujeito poético e o objeto que ele tornava como matéria da sua poesia resultava uma outra
entidade – o próprio poema, objeto estético constituído por meio da linguagem.

_Na poesia, Jorge de Sena, a poesia era um, estreou-se com: Perseguição (1941), publicou ainda
Coroa da Fena (1947), Pedra Filosofal (1950), As Evidências (195) Fidelidade (1958), Metamorfose
(1963), Arte da Música (1968).

_Como dramaturgo, publicou em 1851 O Indesejado e a peça em um ato Amparo de Mãe. Jorge de
Sena faleceu em 1978 e postumamente foram publicadas várias antologias e outros livros.
*Embora dividida por diversos gêneros a obra de Jorge de Sena constitui uma teia de relações em
que se cruzam, em múltiplas abordagens, temas recorrentes, que definem a sua personalidade
literária e crítica.

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