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Monografia Versão Final
Monografia Versão Final
PLENA EM QUÍMICA
RECIFE - 2016
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
PLENA EM QUÍMICA
RECIFE - 2016
DANIELLE DIAS NEVES
APROVADA EM /_ /_
BANCA EXAMINADORA
RECIFE - 2016
Dedico esta monografia à minha família, alicerce para tudo na minha vida.
AGRADECIMENTOS
Primeiro gostaria de agradecer a meus pais Ana e Fernando La Greca por todo
amor, dedicação e por me apoiarem em todas as decisões de minha vida.
À minha filha Ana Paula, por gerar a mãe que sou hoje, por me ajudar a
amadurecer e querer ser uma pessoa melhor todos os dias.
Ao meu marido Márcio Neves pelo amor, companheirismo, por acreditar que
posso ter e ser tudo o que quiser e por ter me puxado pelo braço até a UFRPE para
fazer a matrícula no curso de Química.
À prof. Dra. Mônica Belian, por ter enxergado e expressado que uma aluna
inexperiente e completamente insegura tinha “jeito”. Suas palavras foram determinantes
para que eu continuasse meu curso. Quantos bons profissionais não são perdidos por
nunca terem escutado palavras de incentivo como as que escutei?
À comunidade UFRPE por ter me recebido de braços abertos e por ter transmitido
tanto conhecimento.
Ao LAQIS nas pessoas da prof. Dra. Mônica Belian por ter me convidado ao
estágio e Prof. Dr. Wagner Silva por ter me acolhido e ter transmitido tanto
conhecimento acadêmico e experiências de vida.
Ao Cetene pelo espaço cedido à minha pesquisa e pelas amizades conquistadas.
Ao professor Dr. André Galembeck e Euzébio pela ajuda com minhas análises.
Ao professor Valdemiro, professor Neto, Anselmo e Wendel por todo suporte
científico nos testes in vivo.
Aos colegas de laboratório, por serem também um pouco responsáveis pela
elaboração deste trabalho dando contribuição, cada um de seu jeito, tanto na divisão
do conhecimento acadêmico, como no incentivo moral, me dando forças para que eu
não desistisse.
Aos meus amigos Ludhimilla e Rômulo por terem dividido comigo tantas
experiências, pelos puxões de orelha dados na medida certa, por toda colaboração
científica e moral. Levo a amizade de vocês para o resto de minha vida.
À Joyce Bianca, Paulo e Nomager por estarem comigo na experiência de
participar de um intercâmbio acadêmico que me fez crescer não só no conhecimento
acadêmico, mas principalmente como pessoa. Nele aprendi que longe de nossa família
de sangue é possível formar uma nova família com quem podemos contar nos
momentos mais difíceis e que sempre há um limite quando queremos ajudar uma
pessoa.
À FACEPE por acreditar e investir em mim com uma bolsa de Iniciação Científica
pelo período de dois anos.
Por último e não menos importante, a Deus por permitir que eu tenha conhecido
todas estas pessoas e passado por tantos momentos enriquecedores nestes cinco anos
e meio de graduação em conjunto com uma graduação sanduíche. Que venham mais
dois anos de mestrado então!
Resumo
1. Introdução .............................................................................................................. 13
2.1 Celulose.................................................................................................................. 16
8
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3.5 Teste de Capacidade de Absorção de cúrcuma (CAC) e teste de lavagem ........... 30
5. Conclusões ............................................................................................................... 61
6. Perspectivas ............................................................................................................. 62
7. Referências bibliográficas......................................................................................... 63
8. Apêndices ................................................................................................................. 66
9. Anexos ...................................................................................................................... 85
10
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Lista de Figuras
Lista de Abreviaturas
CB Celulose Bacteriana
DSC Caloria Diferencial de Varredura
TGA Análise Termogravimétrica
MEV Microscopia Eletrônica de Varredura
EDS Espectroscopia de Energia Dispersiva
FT-IR Infravermelho Transformada de Fourrier
CAC Capacidade de Absorção de Cúrcuma
CIM Concentração Inibitória Mínima
TG Termogravimétrica
LT Lesão Tratada
LC Lesão Controle
GC Grupo Controle
GT Grupo Tratado
12
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1. Introdução
1
VIEIRA, D.C.M. Produção de biofilme (membrana de biocelulose) por Gluconacetobater xylinus
em meio de frutas e folhas de chá verde. Tese de doutorado. USP, 2013.
2
TROVATTI, E.; FREIRE, C. S. R.; PINTO. P. C.; ALMEIDA, I. F.; COSTA, P.; SILVESTRE, A. J. D.;
NETO, C. P.; ROSADO, C. Bacterial cellulose membranes applied in topical and transdermal delivery of
lidocaine hydrochloride and ibuprofen: In vitro diffusion studies. International Journal of
Pharmaceutics, v. 435, p. 83-87, 2013.
3
SANTOS, M.V. dos. Nanocompósitos baseados em celulose bacteriana para apllicações ópticas.
Dissertação de mestrado. Universidade estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2012.
13
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1.1. Objetivos
4
MOHAMMADKAZEMI, F.; AZIN, M.; ASHORI, A. Production of bacterial cellulose using different
carbon sources and culture media. Carbohydrate Polymers, v.117, p.518-525, 2015.
5
LOPES, T.D.; RIEGEL-VIDOTTI, I. C.; GREIN, A.; TISCHER, C. A; FARIA-TISCHER, P. C. Bacterial cellulose and
hyaluronic acid hybrid membranes: Production and characterization. Internetional Journal of Biological
Macromolecules, v. 67, p. 401-408, 2014.
14
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Avaliar atividade antimicrobiana in vitro frente a linhagens conhecidas de
Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Escherichia colli;
Avaliar atividade cicatrizante, analgésica e anti-inflamatória através de teste in vivo
em Ratos Wistar.
17
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2. Fundamentação teórica
2.1 Celulose
A celulose pode ser obtida por diferentes fontes, além das plantas, alguns
microrganismos possuem habilidade de excretar celulose como Acetobacter,
Agrobacterium, Rhizobium e Sarcina. Um destaque especial tem se dado à celulose
produzida pela bactéria Gluconacetobacter xylinum, uma bactéria gram-negativa,
catalase positiva, que consegue sintetizar celulose de alta qualidade composta por
fitas de torção de feixes microfibrilar em grande quantidade em meios que contenham
fontes de carbono e nitrogênio.3 ,7
Gluconacetobacter xylinum pertence à família Acetobacteriaceae e tem a
aparência de um bastonete elipsoidal, reto ou ligeiramente curvo, alongado, móvel ou
não (Figura 2). Além de produzir membrana de ce lu lo se , as células d e
Gluconacetobacter xylinum p o d e m se r encontradas na superfície de plantas, frutas
6
EYLEY, S.; THIELEMANS, W.; Surface modification of cellulose nanocrystals. Royal Society of Chemistry, n. 06, p.
7764-7779, 2014.
7
LAÇIN, N.T. Development of biodegradable antibacterial cellulose based hydrogelmembranes for wound healing.
International Journal of Biological Macromolecules, v. 67, p. 22-27, 2014.
16
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e flores, constitui a microbiota secundária de vegetais em decomposição e desenvolve
acidificação de sucos de frutas e bebidas alcoólicas.1,7,8,9
7
PACHECO, J.L.C.; YEE, S. M.; ZENTELLA, M. C.; MARVÁN, E. E. Celulosa Bacteriana en Gluconacetobacter
xylinum: Biosíntesis y Aplicaciones. Tip Revista Especializada en Ciências Químico- Biológicas. V.7, p.18-25,
2004.
8
SETYWATI, M.I.; CHIEN, L.; LEE, C. Self-immobilized recombinant Acetobacter xylinum for biotransformation.
Biochemical Engineeiring Journal, v. 43, p. 78-84, 2009.
9
NOGUEIRA, A.M.P.; VENTURINI FILHO, W.G. Aguardente de cana. 2005.
(http://www.fca.unesp.br/intranet/arquivos/waldemar/Aguardente%20de%20Cana%20- Completo.pdf)
10
BENZIMAN, M., HAIGLER, C.H., BROWN, R.M., WHITE, A.R., e COOPER, K.M. Polymerization and crystalization
are coupled processes in Acetobacter xylinus. Proceedings of the National Academy of sciences USA. vol.77,
n.11, p. 6678-82,
1980.
11
NEVES, A. L. de P. Preparação e caracterização de nanopartículas de quitosana incorporadas com zinco com
potencial atividade cicatrizante e antimicrobiana. Tese de doutorado. UFSC, 2013.
17
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As condições ideais para a produção de CB por G. xylinum são: (i) meio de cultivo
que contenham fontes de carboidratos e nitrogênio, (ii) pH menor do que cinco, (iii)
temperatura de 30 °C (iv) agitação para a síntese de pellets e ( v ) condição
estática para a síntese de membranas. (Figura 4).
A película de celulose tem como função proteger as células dos efeitos letais da
radiação ultravioleta e predadores, aumentar a colonização celular, reter a umidade
evitando a secagem e manter as células em um ambiente aeróbio.8
A celulose bacteriana é caracterizada por uma estrutura em 3D que consiste de
uma rede de nanofibras ultrafinas de celulose (3-8 nm) que possui capacidade de
retenção de água, elasticidade, resistência, pureza, pois esta é livre de lignina,
histamina e pectina. Essas propriedades permitem a aplicação da CB no ramo de
materiais biomédicos.12
Um dos problemas na produção da CB pelo G. xylinum para a aplicação na
indústria é sua baixa produtividade, e para contornar esta situação cientistas têm
tentado aumentar a produtividade utilizando diferentes composições de meios de
cultivo e uma das opções tem sido através do aproveitamento de subprodutos ou
12
KUO, C.H.; CHEN, J.; LIOU, B.; LEE, C. Utilization of acetate buffer to improve bacterial cellulose production by
Gluconacetobacter xylinus. Food Hydrocolloids, p. 1-6, 2015.
18
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A celulose bacteriana foi descoberta há dois séculos, mas somente nas últimas
décadas a comunidade acadêmica e industrial tem aumentado seu interesse e isso
fez com que sua aplicação seguisse para vários setores, dentre eles, podemos
destacar: eletrônicos, indústria alimentar e no campo médico.
Na biomedicina, a CB vem sido utilizada como reparador da pele e na engenharia
de tecido devido às características físico-químicas como insolubilidade em água, alta
cristalinidade e biocompatibilidade, na cura de feridas e em tratamentos de
queimaduras.14
Esta biocompatibilidade foi bastante estudada por implantação subcutânea em
ratos e os resultados foram bastante promissores, uma vez que não houve fibrose,
encapsulamento ao redor do implante da CB, inflamação macroscópica, vermelhidão,
edema ou exsudação. Além disso, CB penetra na rede celular formando um novo
tecido, vascularização e síntese de colágeno, tornando-o biocompatível.15
Propriedades osmo-difusoras da CB na utilização como curativos foram avaliadas
por Slezak et al, através de parâmetros como: permeabilidade hidráulica, reflexão e
capacidade de difusão e fácil permeabilidade para água e outras soluções como:
solução aquosa de glicose, sacarose, etanol, NaCl e KCl. Os autores chegaram à
conclusão de que o material pode ser usado em tratamentos para queimaduras e
ulcerações.12
A bioestabilidade da membrana foi avaliada como substituta do vaso sanguíneo
em ovelhas. Os autores destacaram a boa compatibilidade com o sangue, o mínimo
potencial inflamatório e a estabilidade funcional mesmo depois de três meses ao
experimento do implante.16
13
LINS, L.S.G. Síntese e caracterização de membranas biocelulósicas com aditivos bioativos. Tese de
mestrado, UFPE, 2012.
14
PETERSEN, N., GATENHOIM, P. Bacterial celulose-based materials and medical devices: current state and
perspectives. Appl. Micobiol. Biotechnol. n. 91, p. 1277-1286, 2011).
15
HELENIUS, G.; BACKDAHL, H.; BODIN, A.; NANNMARK, U.; GATENHOLM, P.; RISBERG,B. In vivo biocompatibility
of bacterial cellulose. J. Biomed. Mater. Res. n. 76A, p. 431-438, 2006).
16
SCHERNER, M.; REUTTER, S.; KLEMM, D.; STERNER-KOCK, A.; GUSCHLBAUER, M.; RICHTER, T.;
LANGEBARTELS, G.; MADERSHAHIAN, N.; WAHLERS, T.; WIPPERMANN, J. In vivo application of tissue-engineered
blood vessels of bacterial cellulose as small arterial substitute: proof of concept? J. Surg. Res. n. 189, p. 340-347, 2014.
19
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17
CACIEDO, M. L.; CESCA, K.; BOSIO, V. E.; PORTO, L. M.; CASTRO, G. R. Self-assembly of carrageenin – CaCO3
hybrid microparticles on bacterial celulose films for doxorubicin sustained delivery. J. Appl. Biomed. n. 13, p. 29-248,
2016.
18
PENG, S.; ZHENG, Y.; WU, J.; WU, Y.; MA, Y.; SONG, W.; XI, T. Preparation and characterization of degradable
oxidized bacterial celulose reacted with nitrogen dioxide. Polym Bull. n. 68, p.415-423, 2012).
19
SANTOS, J. B. dos, et al. Manual Avaliação e tratamento de feridas orientações aos profissionais de saúde.
Editora Hospital das Clínicas. Porto Alegre. 44 p., 2011.
(http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/34755/000790228.pdf).
20
DREIFKE, M.B.; JAYASURIYA, A. A.; JAYASURIYA. A. C. Current wound healing procedures and potential care.
Materials Science and Engineering C., v. 48, p.651-662, 2015
20
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21
BROUGHTON, G.; JANIS, J. E.; ATTINGER C. E. Wound healing: an overwiew. Plastic and Reconstructive
Surgery, v. 117, p. 1 e-S-32 e-S, 2006.
22
ORGILL, D.; DEMLING, R. H. Current concepts and approaches to wound healing. Critical care medicine, v.
16, n. 9 p. 899-908, 1988.
23
HAKKINEN, L.; KOIVISTO, L.; HEINO, J.; LARJAVA, H. Chapter 50 – Cell and molecular biology of wound
healing. Sterm Cell Biology and Tissue Engineering in Dental Sciences, p. 669-690, 2015.
24
CARREL A. The treatment of wounds. JAMA, v. 55, p.21-48, 1910.
21
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25
WITTE, M. B.; BARBUL, A. General principles of wound healing. Surgical Clinics of North America, V. 77, n. 3, p.
509-528, 1997.
22
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nos dois ou três dias que se seguem. São estes que ativam os fibroblastos e as células
endoteliais das fases seguintes da cicatrização.26
Esta fase tem início por volta do terceiro dia após a lesão e tem duração de duas
a três semanas. Tem como característica a formação de tecido de granulação
(constituído por um leito capilar, fibroblastos, macrófagos, um frouxo arranjo de
colágeno, fibronectina e ácido hialurônico) e é composta por três eventos importantes:
a) neo- angiogênese, b) fibroplasia e c) epitelização.
a) Neo-angiogênese – Trata-se do processo em que novos vasos sanguíneos
são formados, essencial para manter o ambiente de cicatrização da ferida, suprindo os
fibroblastos que são responsáveis pela síntese de colágeno, caracterizando a
cicatrização por segunda intenção e o tecido de granulação. Esses vasos são formados
a partir dos brotos endoteliais sólidos, que vão migrando para o centro da ferida a partir
da periferia, sobre uma malha de fibrina que fica depositada no leito da lesão.
Mediadores químicos como a brandicinina, a prostaglandina, entre outros que se
originam dos macrófagos ativados tem como função estimular a migração e a mitose de
células endoteliais.
Este evento é responsável tanto pela nutrição do tecido (com uma demanda
metabólica maior), como pelo aumento do aporte de células (macrófagos e fibroblastos),
para o local da ferida.
b) Fibroplasia – Logo depois que ocorre a lesão, fibroblastos são formados
oriundos de células mesenquimais que são normalmente quimiescentes e esparsas do
tecido normal, e são atraídos para o sítio onde está acontecendo a inflamação para se
dividirem e produzirem componentes da matriz extracelular. Isso acontece a partir do
terceiro dia depois que os polimorfosnucleares higienizaram a área da ferida.
A principal função dos fibroblastos é a síntese de colágeno (material que
sustenta e dá força tensil à cicatriz) ainda na fase inflamatória, este é uma proteína de
alto peso molecular constituído de glicina, prolina, hidroxiprolina, lisina e hidroxilisina.
Para sua síntese é necessário que ocorra a oxigenação das células, a hidroxilação da
prolina e da lisina mediada por uma enzima produzida pelo fibroblasto na presença de
co- enzimas (vitaminas A, C e E), ferro, testosterona, tiroxina, proteínas e zinco.
26
TAZIMA, M. de F. G. S.; VICENTE, Y. A. de M. V. de A.; MORIYA, T. Biologia da ferida e cicatrização. Medicina
(Ribeirão Preto), v. 41, n. 3, p. 259-64, 2008.
23
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27
HUNT, T. K. The physiology of wound healing. Annals of Emergency Medicine, V.17 n. 12, p. 1265-1273, 1988.
28
MARTINS, N. L.P. Análise comparativa da cicatrização da pele com o uso intraperitoneal de extrato aquoso de
Orbignya phalerata (babaçu): estudo comparativo em ratos. Acta cirúrgica brasileira, Maranhão, v. 21, n.3, p.66-75,
2006
24
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Alguns fatores que podem melhorar a cicatrização são: programas de controle de
infecções, combate ao estresse e uso de substâncias farmacológicas que
comprovadamente apresentem favorecimento ao processo cicatricial.28
Pensando em melhorar o tratamento dos pacientes, pesquisadores têm buscado
produtos que contenham alguns pré-requisitos como: facilidade de remoção, conforto,
não exigência de trocas frequentes, boa relação custo/benefício, manterem o leito da
ferida com umidade ideal e as áreas periféricas secas e protegidas, facilidade de
aplicação e adaptabilidade, ou seja, conformação às diversas partes do corpo.
Uma alternativa que supre todas essas necessidades médicas é a celulose
bacteriana, pois este material dispõe de características como alta umidade, bom
rendimento, biocompatibilidade, absorve bem o exsudato inflamatório, além de conter
atividade análgesica natural.
2.4.1 Curcumina
Desde a pré-história o homem vem utilizando plantas com objetivos terapêuticos,
inicialmente em forma de fármacos em bruto, tais como tinturas, chás, pós e outras
formulações, a fim de aliviar dores ou para tratar diversas enfermidades. Em um primeiro
momento, esse procedimento foi realizado de forma totalmente empírica e tudo era
descoberto de maneira acidental. Ainda que as plantas fossem utilizadas para o
tratamento e cura de doenças de forma bastante difundida, em muitos casos, os
compostos químicos que são responsáveis pelos efeitos biológicos não eram nem
conhecidos. Porém, com o desenvolvimento científico e tecnológico, foi possível que
surgissem novas metodologias para estudos e caracterização de compostos que
contém efeitos farmacológicos.29,30
A curcumina é um composto bioativo que foi isolado da Curcuma longa linn, que
é normalmente utilizada como tempero e suplemento nutricional. Trata-se do polifenol
[(E, E)-1,7-bis(4-hidroxi-3-metoxifenil)1,6-heptadieno-3,5-diona]. Foi utilizada por vários
séculos na medicina tradicional da Índia (Ayurveda) com a finalidade de tratar diversas
enfermidades como: doenças respiratórias, desordens do fígado, inflamações,
tosse, reumatismo, doenças da pele, diarreia e dores no corpo.31
29
BALUNAS, M. J., KINGHORN, A. D. Drug Diacovery From Medicinal Plants. Life Sciences, Oxford, v. 78, n.
5, p.431-441, 2005
30
LAMEIRA, O. A., PINTO, J. E. B. P. Plantas medicinais: do cultivo, manipulação e uso à recomendação popular.
Editora EMBRAPA. Belém, 2008.
31
BISHT, S.; FELDMANN, G.; SONI, S.; RAVI, R.; KARIKARI, C.; MAITRA, A.; MAITRA, A. Polymeric nanoparticle-
encapsulated curcumin (nanocurcumin): a novel strategy for human cancer therapy. Journal of Nanobiotechnology,
v. 5, n. 3, 2007.
25
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Curcuma longa linn, é uma planta do tipo herbácea e perene que se originou no sudeste
da Ásia e é cultivada de forma extensa na Índia e na China. Seu cultivo foi introduzido
no Brasil e é popularmente conhecida como cúrcuma, açafrão da Índia, açafrão ou
gengibre dourado.32,33
Da cúrcuma, a parte que gera maior interesse é o rizoma e este é utilizado na
forma de pó que é obtido com a moagem dos rizomas secos. Este pó é consumido em
alimentos e é um dos principais componentes do curry.34 Os componentes da cúrcuma
são chamados curcuminóides que incluem principalmente a curcumina, a
desmetoxicurcumina e a bisdemetoxicurcumina (Figura 6).35 Os efeitos biológicos e
terapêuticos atribuídos à cúrcuma derivam principalmente da curcumina.
32
FILHO, A. B. C.; SOUZA, R. J. de; BRAZ, L. T.; TAVARES, M. Cúrcuma: Planta Medicinal, condimentar e de outros
usos potenciais. Ciência Rural, V. 30, n. 1, p. 171-175, 2000.
33
SHARMA, R. A., GESCHER, A. J., STEWARD, W. P. Curcumin: The story so far. European Journal of
Cancer, v. 41 p. 1955–1968, 2005.
34
ANTUNES, L. M. G.; ARAÚJO, M. C. P. Mutagenicidade e antimutagenicidade dos principais corantes para
alimentos. Revista de Nutrição, Campinas, v. 13, p. 81-88, 2000.
35
ÇIKRIKÇI, S.; MOZIOGLU, E.; YILMAZ, H. Biological Activity of Curcuminoids Isolated from Curcuma longa.
Academy of Chemistry of Globe Publications, v.2, n.1, p.19-24, 2008.
26
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inflamatória e anticâncer. Porém existem vários outros efeitos biológicos e aplicações
terapêuticas que vêm sendo explorados como efeitos antiprotozoários, antimicrobianos,
antivirais e aplicação em doenças cardiovasculares, diabetes e doenças
neurodegenerativas como esclerose múltipla, doença de Parkinson e Alzheimer. 36
Neste projeto, utilizamos a curcumina purificada para avaliarmos o efeito anti-
inflamatório, e potencial cicatrizante sinérgico com a celulose bacteriana, na forma de
gel, para atividades cicatrizante, anti- inflamatória, analgésica e antimicrobiana.
36
AGGARWAL, B. B.; HARIKUMAR, K. B. Potential therapeutic effects of curcumin, the anti- inflammatory agent,
against neurodegenerative, cardiovascular, pulmonary, metabolic, autoimmune and neoplastic diseases. The
International Journal of Biochemistry & Cell Biology, v. 41, p. 40–59, 2009.
27
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
3. Material e métodos
37
LINS, L.S.G. Coleção de cultura de microrganismos – critérios de qualidade e padrões de operação.
Monografia, UFPE, 2008.
28
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Passado os cinco dias as membranas de celulose produzidas foram retiradas
do meio de cultivo dentro de câmara de fluxo laminar com o auxílio de pinça
previamente esterilizada.
3.2.2.2 Pellets
Para a produção de celulose bacteriana em forma de pellets, seis erlenmeyers
contendo 117 mL de meio glicerol, previamente esterilizados em autoclave a 121 °C
por 20 minutos foram semeados com 33 mL de cultura, que totalizou 150 mL de semeio.
Em seguida, os novos cultivos foram colocados em agitação a 150 rpm em 30 °C por 5
dias.
29
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30
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nas soluções residuais e sua nova concentração foi calculada através da equação de
Beer Lambert:
A=Ɛlc (Equação 1)
𝑾𝟏𝒂−𝑾𝟏𝒃
TC (%) = 𝒙 𝟏𝟎𝟎 (Equação 2)
𝑾𝟏𝒂
31
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32
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O teste foi realizado sob autorização da Comissão de ética no uso de animais – CEUA,
com número de licença: 075/2016 e número de processo: 23082.010102/2016,
conforme anexo I.
33
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3.12.4 Climatização
Todas as gaiolas foram acondicionadas em estantes com ventilação, exaustão de
ar renovado. Ambiente aclimado com temperatura de 22 °C ± 2 °C, fotoperíodo de 12/12
h e posição vertical.
34
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3.13.2 Sedação/analgesia/anestesia
Os animais foram pesados e anestesiados com cloridrato de xilazina 2% e
cloridrato de quetamina 10% nas dosagens de 10 mg/Kg, respectivamente, por via
subcutânea.
35
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3.13.6 Eutanásia/abate
Os animais foram eutanasiados ao final de cada tempo experimental. Foi
aprofundada a anestesia e em seguida realizado o deslocamento cervical.
A área do processo cicatricial foi removida com uso de bisturi e tesoura, tomando-
se o devido cuidado para incluir 0,5 cm de pele adjacente às bordas da ferida e envolver
o tecido conjuntivo em profundidade até a musculatura dorsal dos animais.
Cada peça foi colocada em fracos, previamente identificados, com solução de
paraformaldeído a 10% e encaminhada para análise histopatológica no Departamento
de Medicina Veterinária da UFRPE, realizada pelo professor Dr. Valdemiro Amaro da
Silva Júnior.
36
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38
BEHMER, O.A; TOLOSA, E.M.C.; FREITAS NETO, A.G. Manual de técnicas para histologia normal e patológica.
São Paulo: Edart, 1976, 257 p.
37
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4. Resultados e Discussão
38
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Figura 9. Espectro de FT-IR da celulose produzida pela bactéria G. xylinum no meio Glicerol.
39
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Figura 10. Curva de DSC da celulose bacteriana produzida pela bactéria G. xylinus no meio Glicerol.
39
STORPIRTIS, S.; GAI, M. N.; GONÇALVES, J.E; CHIANN, C. Biofarmacotécnica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koognan, 2011. 321 p.
40
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Figura 11. Análise termogravimétrica da biocelulose produzida pela bactéria G. xylinus no meio Glicerol.
41
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42
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O teste CAC foi realizado para observar a capacidade que a membrana possui de
absorver o composto bioativo (curcumina), colocando-a numa solução com
concentração conhecida (8,14 x 10-6 e 8,14 x 10-7 g/L) pelo período de 24, 48 e 72
h.
As membranas que ficaram submersas na solução de concentração 8,14 x 10 -6
g/L diminuíram a concentração inicial da solução numa média de 85% em 24 horas,
86% em 48 horas e 87% em 72 h.
As membranas que ficaram submersas na solução de concentração 8,14 x 10 -7 g/L
diminuíram a concentração inicial da solução numa média de 73% em 24 h, 76% em 48
h e 78% em 72 h. Demonstrando dessa forma, a alta capacidade de absorção do
composto bioativo pela CB. Sendo assim, por isso, um excelente material para
incorporação do mesmo.
43
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
O teste de lavagem foi realizado para observar o quanto a membrana, que foi
submersa em solução de curcumina na concentração 25% (m/v) por 24 h, iria perder
deste composto quando colocada em solução de álcool pelo período de 24, 48 e 72
h.
Em 24 h, a membrana teve a perda 6,4 x 10 -5 g/L da concentração inicial,
após 48 h houve a perda de mais 1,55 x 10 -5 g/L e nas últimas 72 h foi perdido 8,7 x
10-7 g/L. É possível observar que a medida que o tempo vai passando, a capacidade
de perda do composto bioativo na membrana vai diminuindo, isso demonstra que para
ser utilizada como carreador de fármacos em curativos.
40
SANTOS, J. B. dos, et al. Manual Avaliação e tratamento de feridas orientações aos profissionais de saúde.
Editora Hospital das Clínicas. Porto Alegre. 44 p., 2011.
(http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/34755/000790228.pdf).
44
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
Adicionando gota-à-gota, foi necessária a adição de 20 mL de solução de cloreto
de cálcio 0,2 mol L-1 em solução de alginato de cálcio 5% (m/m) de baixa viscosidade
para obtenção da consistência de gel.
45
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
41
TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R., CASE, C. L. Microbiologia. 10ª Edição, Porto Alegre: Editora Artmed,
2012, 967 p.
42
Clinical and Laboratory Standards Institute – CLSI. Acesso: http://clsi.org/
46
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
Figura 16. Teste de halo de inibição realizado com o microrganismo Pseudomonas aeruginosa.
Figura 17. Teste de halo de inibição realizado com o microrganismo Staphylococcus aureus.
Para Escherichia coli (Figura 18), os halos de inibição apresentaram uma média
de 14 mm de diâmetro, o resultado comparado com o antibiótico Imipenem torna o
micro- organismo intermediário (diâmetro 14-15 mm) ao gel de acordo com os
padrões aprovados pelo CLSI/NCCLS (2005).42
47
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
Figura 18. Teste de halo de inibição realizado com o microrganismo Escherichia coli.
Numa análise geral, o gel apresentou diâmetros de halo de inibição um pouco menor do
que os halos formados pelos antibióticos específicos para cada microrganismo, porém
a curcumina, que é o agente antibactericida presente no gel, é um antimicrobiano
natural, tornando o produto uma boa opção de tratamento.
O teste CIM realizado em meio de cultura Ágar Muller Hinton foi realizado com o
objetivo de ratificar a capacidade antimicrobiana do gel e encontrar a concentração
mínima necessária para inibir o crescimento dos microrganismos Pseudomonas
aerugiona, Staphylococcus aureus e Escherichia coli.
As concentrações iniciais para este teste foram 0,5; 1,0; 2,0 4,0 µg/mL e foram
sendo aumentadas até que não fosse mais visualizado nenhum crescimento de
unidades formadoras de colônia.
Para Pseudomonas aeruginosa, foi encontrada a concentração inibitória mínima
de 63,776 mg/mL, para o Staphylococcus aureus a concentração mínima foi de 6,156
mg/mL e para a Escherichia coli, 136,652 mg/mL.
48
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Figura 19. Curvas TG/DTG obtidas a 10 °C/min e sob atmosfera dinâmica de ar de uma amostra do gel
liofilizado.
As temperaturas isotermas escolhidas foram: 240, 245, 250, 255 e 260 °C, em
seguida foram obtidas as curvas TG isotérmicas (figura 20), em que as amostras
foram aquecidas rapidamente até a temperatura isoterma (Tiso) e mantida nesta
temperatura até a perda de massa de 5%, que deixa o material comprometido, ou
seja, será desconsiderado para uso, uma vez que sofreu alterações em suas
propriedades físico-químicas.
39
STORPIRTIS, S.; GAI, M. N.; GONÇALVES, J.E; CHIANN, C. Biofarmacotécnica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koognan, 2011. 321 p.
49
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
Figura 20. Curvas TG isotérmicas obtidas sob atmosfera dinâmica de Ar, a 10 °C/min, até Tiso, e mantida
em Tiso para que Δm seja de 5% da amostra do gel anti-inflamatório e cicatrizante liofilizado.
Figura 21. Gráfico de Arrhenius (ln t x 1/T) para a amostra do gel liofilizado.
Ln t x 1/T
8,00
4,00
2,00
y = 21825x - 40,257
R² = 0,9221
1,00
1,95E-03 2,00E-03 2,05E-03 2,10E-03
coeficiente angular pela constante geral dos gases R e pelo coeficiente linear, nos
dando assim o fator de frequência (A) e substituindo-o na equação de Arrhenius nos
dando um valor de 181 KJ/mol.
Com a equação da reta pôde-se estimar que, na temperatura de 25 °C, a amostra
do gel demoraria aproximadamente 1,4629 x 1011 dias para perder 5% da sua massa
inicial. Sendo considerado excelente, podendo assim, ser considerado um produto
farmacológico de larga durabilidade.
51
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
Figura 22. Autoagressão realizada pelo animal 17 na lesão controle devido ao prurido.
52
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Figura 23. Evolução da cicatrização nos grupos de três, sete e onze dias.
Através do programa Image J, foram calculadas as áreas das feridas por planimetria
digital após a delimitação da região periférica da lesão (Figura 24).
Figura 24. Delimitação da área da ferida por planimetria digital pelo método poliline utilizando o programa
Image J.
53
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54
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A figura 26 apresenta as interações DxG (dias versus grupo) e é possível observar que
os grupos não tiveram comportamentos iguais de forma paralela no processo de
cicatrização da ferida em relação aos dias. No 3º dia, a media da área cirúrgica do Grupo
Tratado (GT) foi significativamente maior do que a do Grupo Controle (GC). Já no 7º
dia, a media da área da lesão do GT foi menor do que a do GC, e no 11º dia as médias
se apresentam praticamente iguais.
Comparar processos cicatriciais de dois grupos pelo tamanho da área da lesão não
permite a conclusão de que uma lesão menor tenha sido melhor cicatrizada, apenas é
possivel verificar que os tecidos superficiais da epiderme foram estruturados de forma
mais acelerada e isto pode acontecer de maneira disforme, por baixo, ainda pode estar
ocorrendo processos inflamatórios que podem dificultar a cicatrização desta lesão.
Figura 26. Medida das áreas cirúrgicas em cm 2 com seus desvios padrões de três, sete e onze dias.
2
1,8 Tratado
1,6 Controle
1,4
Área da Ferida
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
1 2 3
Grupos
55
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43
SANTOS, J. B. dos, et al. Manual Avaliação e tratamento de feridas orientações aos profissionais de saúde.
Editora Hospital das Clínicas. Porto Alegre. 44 p., 2011.
(http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/34755/000790228.pdf).
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Tabela 4. Medianas das LT e LC de variáveis histológicas. Teste de Mann-W hitney para o grupo de três
dias.
Legenda: LT: Lesão Tratada, LC: Lesão Controle, U: Mediana, p: Parâmetro de Mann-Whitney
57
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Tabela 5. Medianas das LT e LC de variáveis histológicas. Teste de Mann-W hitney para o grupo
de sete dias.
59
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Tabela 6. Medianas das LT e LC de variáveis histológicas. Teste de Mann-W hitney para o grupo de 11
dias.
LT (%) LC (%) U p
Crosta 66,0 0,0 33,0 0,3711
60
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5. Conclusões
61
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6. Perspectivas
62
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
7. Referências bibliográficas
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17CACIEDO, M. L.; CESCA, K.; BOSIO, V. E.; PORTO, L. M.; CASTRO, G. R. Self-
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37LINS, L.S.G. Coleção de cultura de microrganismos – critérios de qualidade e
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39STORPIRTIS, S.; GAI, M. N.; GONÇALVES, J.E; CHIANN, C. Biofarmacotécnica.
Rio de Janeiro: Guanabara Koognan, 2011. 321 p.
40SANTOS, J. B. dos, et al. Manual Avaliação e tratamento de feridas orientações
aos profissionais de saúde. Editora Hospital das Clínicas. Porto Alegre. 44 p., 2011.
(http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/34755/000790228.pdf).
41TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R., CASE, C. L. Microbiologia. 10ª Edição, Porto
Alegre: Editora Artmed, 2012, 967 p.
42 Clinical and Laboratory Standards Institute – CLSI. Acesso: http://clsi.org/
43 SANTOS, J. B. dos, et al. Manual Avaliação e tratamento de feridas orientações
aos profissionais de saúde. Editora Hospital das Clínicas. Porto Alegre. 44 p., 2011.
(http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/34755/000790228.pdf).
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8. Apêndices
Lesão Tratada
3 dias
Animal 1 2 3 4 5 6
Crosta +++ + ++ + +++ +
Intensidade das lesões: leve (+), moderada (++) e intensa (+++), não houve (----).
Valores: (+) 33%, (++) 66% e (+++) 100%.
66
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Lesão Controle
3 dias
Animal 1 2 3 4 5 6
Crosta ---- + +++ ++ ++ ++
Intensidade das lesões: leve (+), moderada (++) e intensa (+++), não houve (---).
Valores: (+) 33%, (++) 66% e (+++) 100%.
67
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Lesão Tratada
7 dias
Animal 7 8 9 10 11 12
Crosta +++ +++ + ++ +++ ----
68
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Lesão Controle
7 dias
Animal 7 8 9 10 11 12
Crosta ---- + + + ---- ----
69
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Lesão Tratada
11 dias
Animal 13 14 15 16 17 18 19
+ ++ +++ + + ++ ---- ++
Crosta
Exsudato + ++ + + ++ ---- ++
inflamatório
Células ---- ---- ---- ++ +++ ---- ----
Inflamatórias
Tecido + ---- ---- ---- ---- ---- ----
Adiposo
Tecido ---- ---- ---- ---- ---- ---- ----
Conjutivo
Tecido de ++ +++ ++ ++ +++ ++ ++
granulação
Vasos +++ ---- ---- ---- ++ ---- ----
Congestos
Fibroblastos ++ ---- ---- ---- ++ ++ ++
Intensidade das lesões: leve (+), moderada (++) e intensa (+++), não houve (----).
Valores: (+) 33%, (++) 66% e (+++) 100%.
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Lesão Controle
11 dias
Animal 13 14 15 16 17 18 19
Crosta +++ +++ ---- ---- ---- ---- +
Intensidade das lesões: leve (+), moderada (++) e intensa (+++), não houve (----).
Valores: (+) 33%, (++) 66% e (+++) 100%.
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Resultados
Lesão Tratada
Animal Tempo de
Tratamento Resultado Histopatológico
(Dias)
1 3 No fragmento de pele do animal um foi observada
presença de crosta extensa apresentando material exsudativo
contendo algumas células inflamatórias e material resultante
de colagenólise. Abaixo desse material foi possível verificar
a formação de um tecido adiposo extremamente vascularizado
de onde surge o tecido de granulação. Foi possível verificar
também a presença de septos de tecido conjuntivo constituído
basicamente por fibroblastos e material mucoso que se dirige
para uma área limítrofe onde observou-se processo
inflamatório. Nas bordas onde existe o processo inflamatório
constatou-se tecido de granulação e uma intensa proliferação
de fibroblastos que já estão organizados para tração indicando
um processo de cicatrização acelerado.
2 3 No fragmento de pele do animal dois foi possível
observar margem de tecido epitelial distante uma da outra com
presença de solução de continuidade, uma pequena faixa de
crosta que contendo exsudato inflamatório e material acidófilo
proteináceo (gel) circundado por
72
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73
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74
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Lesão Controle
Animal Tempo de
Tratamento Resultado Histopatológico
(Dias)
1 3 No fragmento de pele do animal um foi possível verificar
que a lesão do animal está totalmente aberta, ainda com
presença de crostas que envolvem células inflamatórias com
parte do gel sobre a superfície da ferida e um pouco nas áreas
mais profundas. Foi observada uma reação do tecido
conjuntivo com células inflamatórias, porém a ferida está
completamente aberta. A lesão está na fase inflamatória.
75
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Lesão Controle
Animal Tempo de
Tratamento Resultado Histopatológico
(Dias)
7 7 No fragmento de pele do animal do grupo controle foi
observado que a ferida estava praticamente fechada, o epitélio
estava praticamente reestruturado. Na área em que a pele
estava em processo cicatricial foi possível encontrar colágeno
modelado e colágeno jovem em fase de remodelação, porém
não havia presença de tecido de granulação. Esta lesão já
está em um estágio avançado de cicatrização, ou seja, está
na fase de remodelação de colágeno. A inflamação foi
reduzida e não havia mais o tecido de granulação. Na área
central da ferida não havia presença de anexos cutâneos, mas
a ferida fechou.
8 7 O fragmento de pele do animal apresentou uma pequena
crosta eosinofílica com bordos delimitados, tecido conjuntivo
com fibroblastos organizados para tração, vasos em processo
de atrofia e numa área profunda, o tecido conjuntivo englobou
o gel colocado na ferida. A lesão ainda estava numa fase
inflamatória.
9 7 O fragmento de pele do animal apresentou crosta de
coloração eosinofílica superficial com exsudato inflamatório
com áreas com conteúdo que se assemelha ao gel
circundado pelas células inflamatórias que
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77
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Grupo Tratado
Animal Tempo de
Tratamento Resultado Histopatológico
(Dias)
13 11 O fragmento de pele apresentou bordo de ferida e crosta
com exsudato discreto e presença de polimorfonucleares e
hemorragias. Havia tecido de granulação ativo e
miofibroblastos organizados para tração, principalmente no
leito da ferida, fibroblastos ativos em áreas profundas,
presença de vasos, colágeno com organização semelhante à
derme. Na área referente à futura tela subcutânea
observaram-se muitos vasos congestos, proliferação de
mioblastos, fibroblastos ativos. A lesão apresentava-se em
estágio de cicatrização adiantado, porém não estava fechada
e nem possuía re-epitelização.
78
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Grupo Controle
Animal Tempo de
Tratamento Resultado Histopatológico
(Dias)
13 11 O fragmento de pele apresentou dois bordos da ferida
distantes (solução de continuidade), crosta mais espessa,
material eosinofílico, áreas com hemorragia, exsudato, tecido
de granulação ainda em formação com vasos congestos,
tecido conjuntivo cercado de material de gel, o que
atrapalhou o processo de cicatrização. Havia macrófagos
gigantes na área de crosta e tecido conjuntivo, além de reação
inflamatória para folículo piloso.
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80
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PRANCHA HISTOPATOLÓGICA
GRUPO 1 (3 DIAS)
81
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GRUPO 2 (7 DIAS)
82
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83
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84
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9. Anexos
Anexo I
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86
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
87
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
88
______________________________________________________________Danielle Dias Neves
89
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90
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91
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92
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93
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94
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95
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96
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97
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98
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99
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100
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101
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102
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103