Você está na página 1de 74

LIVRO DO

ENSINO MÉDIO

7
1
PROFESSOR

FORMAÇÃO
GERAL BÁSICA

FÍSICA
w w w.co c .com . br

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 1 28/03/2022 14:09:41


SISTEMA COC DE ENSINO

Diretor de produtos e conteúdo Vinícius Santos Daltro


Direção editorial Alexandre Ferreira Mattioli
Gerência de produtos editoriais Matheus Caldeira Sisdeli
Gerência de design Cleber Figueira Carvalho
Coordenação de produtos editoriais Cláudia Dourado Barbosa
Coordenação editorial-pedagógica Felipe A. Ribeiro
Coordenação de design Daniela Amaral, Vanessa Cavalcanti
Coordenação editorial de conteúdo Luiz Molina Luz
Autoria Antônio Sérgio Castro
Editoria responsável Jaqueline Gomes Cardoso, Wagner Fonzi
Editoria de conteúdo Daniel Leme dos Santos Silva, Klaus Nogueira da Silva
Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida
Assistência de editoria Kathia Schaffer Gimenes, Klaus Nogueira da Silva
Preparação e revisão gramatical Sérgio Ricardo Pereira do Nascimento
Organização de originais Luzia Helena Fávero, Marisa Aparecida dos Santos e Silva
Editoria de arte Ariane Santos, Carla Del Matto
Coordenação de pesquisa e licenciamento Thiago Fontana
Pesquisa e licenciamento Catia Trancoso, Natalie Coppola, Paula Quirino, Rebeca Fiamozzini,
Selma Braz
Ilustrações Dayane Cabral, Estúdio K10, Estúdio Learn About, Renato Calderaro
Capa e projeto gráfico Product Design, APIS Design
Diagramação e arte final Diagrama Soluções Editoriais
Coordenação multimídia Alberto Rodrigues
PCP Paulo Campos Silva Jr.

Gostou? Podemos melhorar!


www.coc.com.br
Acesse o link e deixe sua avaliação:
<coc.pear.sn/3Tg8dLl>.

Todos os direitos desta publicação são reservados ao


Sistema COC de Ensino.

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 2 28/03/2022 14:09:42


SUMÁRIO
FO R M A Ç Ã O
L B Á S I C A
GERA

PÁG.
r 21
FÍSICA Seto
9 DOS
C Í C I O S I N TEGRA
XER
335 E

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 3 28/03/2022 14:09:42


U
CONHEÇA SE
LIVRO MINISSUMÁRIO
Contém um índice dos
tópicos da teoria.
ELEMENTOS MULTISSEMIÓTICOS
Textos verbais, não verbais ou
mistos que dialogam entre
si e procuram contextualizar
o conteúdo do capítulo,
estimulando a reflexão e o debate.
ORGANIZAÇÃO GERAL

ABERTURA DE CAPÍTULO
Estimula o envolvimento
do aluno com os assuntos
apresentados, criando um
espaço amplo e criativo que
introduz o conteúdo de forma
clara e engajadora.

HABILIDADES
Apresenta as habilidades
que serão desenvolvidas
no capítulo.
ORGANIZADOR VISUAL
Estrutura visual que propõe
Suporte teórico textual, organizado em tópicos revisão dos conceitos, das
hierárquicos que oferecem, sempre que possível, categorias e dos nomes
conexões multissemióticas, como citações, apresentados e estudados
fotos, ilustrações, gráficos, quadros, tabelas, no capítulo.
infográficos etc., para enriquecer e potencializar
o desenvolvimento das habilidades previstas.

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 4 28/03/2022 14:09:46


EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Exercícios planejados para serem resolvidos
MÓDULO individualmente, em sala de aula, colocando
Unidade mínima do conteúdo da em prática o conteúdo trabalhado.
programação, tem como função
sistematizar e facilitar a organização
das aulas e de sua revisão. O módulo
sempre considera o desenvolvimento
teórico e sua aplicação em sala
de aula, além das tarefas para
casa. Assim, é composto de um
roteiro de estudos e de atividades
organizadas segundo seu propósito no
planejamento da aula.

EXERCÍCIOS EXTRAS
Exercícios para complementar
a aplicação do conteúdo
estudado. São planejados para
serem resolvidos, se houver
tempo, durante a aula, ou em
casa como estudo.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS PARA CONFERIR


Exercícios de tarefa, reforço Permite ao aluno checar
ou aprofundamento, com rapidamente a aprendizagem
propósitos diferenciados, de conteúdos e conceitos
estes últimos organizados pontuais, porém fundamentais.
na lista Lidere!
Da teoria, leia os tópicos 1, 2 e 4.
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere!

SEU ESPAÇO
Espaço reservado para anotações,
lembretes e rascunhos.

Seu Espaço

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 5 28/03/2022 14:09:50


U
CONHEÇA SE
LIVRO
NOTA BIOGRÁFICA
Informações sobre estudiosos
que se destacaram no contexto
1. O QUE É HISTÓRIA?
do conteúdo trabalhado. do primeiro hominídeo até chegar ao Homo sapiens en-
volveu milhões de anos, com inúmeras ocorrências su-
A. Introdução cessivas ao longo do tempo decorrido; a história de um
evento envolvendo certa pessoa pode se estender por al-
A História cumpre um duplo papel no conjunto das
CAPÍTULO 1Ciências Humanas: o de protagonista e o de auxi- guns segundos, com poucas ocorrências nesse ínterim. É
isso: cada evento apresenta uma duração, a qual é im-
NOTA HISTÓRICA
liar. Como ciência, talvez junto com a Filosofia, que é
a ciência mater (mãe, em latim), desempenha o papel portante para a narrativa histórica, para a representação
Informações históricas
de fio condutor de todas as outras ciências nascidas adequada de cada história abordada.
ao longo da relacionadas
caminhada do ser ao humano
conteúdo.
em civilização. No mesmo sentido, o espaço é essencial para a com-
Conheça mais sobre o assunto lendo a resposta à preensão de um acontecimento histórico. O lugar pode
pergunta: O que é História?
NOTA HISTÓRICA informar as condições do episódio. É importante levar
2. O PENSAMENTO MÍTICO Os sofistas
em consideração certas noções de localização, o que re-
No módulo anterior, apresentamos a conceituação tra- quer conhecimento cartográfico, que nos informa a exis-
PARAatenienses
Eram professores de cidadãos IR ALÉM interessados em
dicional de conhecimento, que o delimita como uma aprender a desenvolver discursos convincentes para defen- tência de continentes, montes, rios, mares, oceanos,
relação entre sujeito cognoscente e objeto cognoscível, der suas propostasEm nasseu livro, o historiador
assembleias políticasEdward Hallet Carr introduz a seguin-
de Atenas. arquipélagos etc.
na qual o sujeito apreende intelectualmente o conteú- Mediante remuneração, os sofistas
te reflexão ensinavam
à pergunta retórica
“O que –
é História?”. Leia-a: Identificados tempo e espaço, há outra preocupação: a
CONEXÕES

do do objeto, constituindo uma crença justificada e arte de falar e argumentar com competência. Eles rece-
Quando tentamos responder à pergunta “Que é Histó-
beram críticas severas de Sócrates (470-399 a.C.) e Platão de evitar interpretações anacrônicas dos acontecimentos
verdadeira.
ria?” nossa descompromissados
(427-347 a.C.) que os consideravam resposta, consciente ou inconscientemente
passados, quer dizer, tentar compreender o passado uti-
A. Discussões acerca da noção de verdade reflete verdadeiros.
com a busca de conhecimentos nossa própria Porposição
esse mo-no tempo, e faz VOCABULÁRIO
parte da
lizando valores do presente, prática muito comum, por
nossa resposta a uma pergunta mais ampla: que visão
tivo, foram por muito tempo desprezados pela história da
Segundo essa definição de conhecimento, em que con- Filosofia. Atualmente, porém, recupera-se
nós temos em que vivemos? Explica termos
a contribuição
da sociedade específicos
exemplo, ouque recorrem a certos eventos histó-
em filmes
siste a verdade? A verdade realiza-se na correspon- dos sofistas para o pensamento filosófico.
poética. De maneira CARR, geral, cada artista naïf Trad. ricos para desenvolver sua narrativa de entretenimento.
desenvolvetécnicos dentro estilo,
seudepróprio do contexto
livre de con-
dência entre sujeito e objeto, isto é, na convergência Edward Hallet. Que é História. de Lúcia Maurício
venções e sem compromisso com o rigor técnico
São Paulo:das
Paz eregras Emassimilação,
acadêmicas. muitas dessas películas que VOCABULÁRIO
retratam o mundo
entre o pensamento e as qualidades essenciais do ob-
O que é a verdade universal? Dizemos sobreque há
Alvarenga.
favorecendo
umaé História, devemos en-
Terra, 1996.
sua
jeto em investigação. Em linguagem direta: a verdade Ao nos questionarmos o que grego na Antiguidade costuma-se destacar a existên-
é a concordância entre intelecto e realidade. verdade universaltender quando existe um histórico
o momento conteúdoem daque compreensão
rea-vivemos, pois ele ajuda a e apropriação.
cia de exércitos formados por
Autodidata:pessoa que
centenas de milhares de

R.M. NUNES/ISTOCKPHOTO
se instrui sozinha, sem
lidade que é identificado compor aracionalmente
nossa explicação porsobre
todostalospergunta, o que pode ser guerreiros quando, na verdade,
ajuda de professores. eram de-
as sociedades
seres PARA
humanos. IR ALÉM
Diferentes
sintetizado seres humanos, utilizando
na constatação de que a História é o reflexo de seu mograficamente pequenas quando comparadas aos dias
Textossua
corretamente e imagens
capacidade
tempo. que
de inter-
observação
Tal percepção e seus compreender
permite-nos re- que são várias atuais. No entanto, tal efeito impacta o filme, prenden-
cursos-relacionam
intelectuais, asassimilam
o assunto
respostas os traços
para essenciais
estudo de
emquestão.
essa com do a atenção do espectador, objetivo final desse tipo de
determinado objeto cognoscente. Uma verdade uni-
versal, asportanto,
diferentes áreas do
é a verdade queconhecimento,
deve ser admi-
diversão. Isso, em última instância, dá EXPLORAR
PARA uma visão enga-
A preocupação cultural em escrever
emtoda aplicações do cotidiano e/ouque, a História acompa- nosa do passado a qual pode ser entendida como verda-
UI/SHUTTERSTOCK

tida por a humanidade, uma proposição


independentemente nha dea civilização
circunstâncias ocidental
e períodos desdehis- a Antiguidade. Passou deira por esse mesmo espectador. Conheça obras de
aprofundando o etapas,
assunto. arte naïf.
tóricos, é semprepor várias
verdadeira. evoluindo para uma abordagem cada
vez mais científica
Os sofistas, diferentemente e atrelada
da maioria dos às Ciências Humanas.
filó- Disponível em:
APLICAÇÕES <coc.pear.sn/0yDepZI>.
sofos gregos, rejeitam Nessa direção,
a ideia a compreensão
de que o pensamentodo processo histórico é
humano seja capaz um procedimento
de atingir verdades dinâmico: vai da coleta e análise pelos
universais, Incoerências históricas
indianos chamados de dravidianos, válidas para todos os seres humanos.
historiadores das fontes APLICAÇÕES
A concepção
históricas ao diálogo constante Desenhos animados que lidam com períodos históricos costu-
va a Península Indiana, já cultivavam PARA IR ALÉM de verdade prevalecente entre os sofistas recebe
com as ciências como um todo. Conceitos da as fontes his-
Aoa analisar mam ser amplas fontes de práticas anacrônicas, como ocorre
o que rapidamente se espalhou para denominação de relativismo.
tóricas, é necessário fazê-lodisciplina
com cuidadoaplicados
e método, mes- com Os Flintstones. Uso de automóveis no Paleolítico e a do-
Hoje tão importante para a humanidade, o nú-
Por volta de 2 000 a.C., vindos do in- Esse relativismo se manifesta abertamente no
mero zero foi o último númeromo porquecriado.
natural elas não correspondem fielmente aos eventos mesticação de dinossauros extintos muito antes da existência
ente, os arianos invadiram pelo norte
sofista Protágoras
A criação só ocorreu próximo do passados, de Abdera
século V a.C. (492-422 em
a.C.), situações
espe- humana são algumas das passagens equivocadas do desenho
península. Do confronto das culturas já Com
que são apenas vestígios desse passado que,
ana, nasceu a civilização hindu. Ti-
cialmente
10 algarismos, podemos representar em sua declaração
uma infini-
analisados, de que o ser do
humano cotidiano
possibilitam ao historiador construir um ce- ou e que reforçam esse conceito, exigindo atenção do historiador
dade de números. individual é a medida de todas as coisas, das que em sua análise. Na imagem, é possível perceber ainda outras
gua o sânscrito e como religião o ve-
Para a concepção clássica de conhecimento, o pensamento verdadeiro
nário que procure entenderem esseoutras
mesmo áreas
evento passado.
a reencarnação e em divindades quehumano. são e das que não são. situações anacrônicas, como a unidade familiar e o sedentaris-
reproduz conceitualmente o objeto no intelecto
as da natureza, mas também valores A História é,
O que ele pretendia mostrar com essa observação? então, uma do conhecimento.
representação do passado, é mo representado pela residência, ao fundo.
Hindu uma expressão de memória que envolve um discurso, é
entos humanos.
Dessa forma, uma proposição verdadeira 300discorre
a.C. A esse respeito, é interessante ler o que escreve o
ociedades indianas
sobre o objeto desenvolveram-se
exatamente como ele é, reproduzindo-o historiador da Filosofia a narrativa de algum
Giovanni Reale. evento. Construir tal representa-
le como
do Rioconceito.
Indo. A Emagricultura
sentido irrigada
inverso, uma proposição
Hindu é ção implicade“localizar”
A proposição fundamental Protágoras, o o maior
fato no tempo e no espaço, dizer
de to-
onomia, com destaque
falsa quando se atribui para o cultivo
a algo características500que
a.C. não
quando e onde
dos os sofistas, foi o axioma: “O ele
homemaconteceu.
é a medida Taldeprática permite ao his-
evada,
lhe são algodão e frutas.
imanentes, ou A criação
seja, trata-sede de uma represen-
vino, e omental
artesanato Árabe todas as coisas, toriador
das que sãocompreender
pelo que são, eos valores
das que nãodominantes em deter-
tação que têxtil e de utensí-
não condiz com a realidade do que
900 d.C.
amsefontes de riqueza. O comércio in- são pelo que minado não são”. momento
E por medida doProtágoras
passado deve e compará-lo com os fatos
AF ARCHIVE/ALAMY STOCK PHOTO

pretende conhecer. Árabe


vido com os povos do Oriente Médio, terPintura
entendido naïf presentes
anônima doem
a normalocalizada seu
juízo, cotidiano.
enquanto
no porem
Pelourinho, “coisas”
Salvador, Bahia.
FILOSOFIA

Convém observar, porém, que essa não(Espanha) é a única


os, intensificou a circulação de merca- 1000 d.C deve ter entendido todos os fatos em geral. O axioma
Em relação ao tempo, a explicação histórica remete ao
noção de verdade vigente nos círculos intelectuais.
speciarias. logo tornou-se celebérrimo e foi considerado, e é efeti-
A verdade é tema de intensas discussões Italiano filosóficas, encadeamento de vários acontecimentos em uma linha
ndiana, a estrutura social passou a ser Anotações
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

inexistindo consenso entre os estudiosos em torno 1400 d.C. vamente, a magna carta do relativismo ocidental. Com
meio do sistema de castas. A ideia de cas- cronológica que deve ser respeitada para a apresentação
dede sua definição.social fixo, sem mo- o princípio do homem-medida, Protágoras pretendia,
delo organização Atual
ser compreensível. A contagem do tempo é fundamen-
indubitavelmente, negar a existência de um critério ab-
Nada Antiguidade, especificamente
associada na filosofia grega,
EM-L1-41B-22

no caso Índia, diretamente tal em História.


surgiram os primeiros desacordos em torno da con- soluto que discriminasse o ser e oEla podeo verdadeiro
não-ser, ser feita em horas, dias, meses,
Os Flintstones. O desenho animado vale-se de liberdade criativa para
s famílias. O pertencimento a uma casta anos, décadas, séculos, milênios,
é apenasdependendo do evento
Os números fazem parte do legado cultural indiano.
cepção de verdade. No
as concepções da religião hindu. século V a.C., na cidade-Estado e o falso e, em geral, todos os valores: o critério imaginar uma família de classe média na Idade da Pedra Lascada.
de Atenas, os sofistas rejeitaram o pressuposto filosó- relativo, é o homem, objetooda narrativa
homem histórica. A história de transformação
individual.
tico, a Índia Antiga não formou um
o. fico de que existiam
Compreendia verdades
grande númerouniversais
de passíveis de REALE, Giovanni. História da filosofia antiga: das origens à Sócrates.
serem alcançadas
os independentes pelos seres
governados humanos.
por mo- C. América São Paulo: Loyola, 1993. p. 200.
12
ados rajás. Em época de guerra, reu- A chegada do ser humano à América é cercada de
o de um marajá. teorias e controvérsias. O continente americano,
mbém deixaram um vasto legado cul- PARA EXPLORAR
segundo os estudiosos, teria sido povoado entre
que nas ciências (Matemática), Artes 7
Dicas
100 000 a.C. e 10 000 sobre
a.C. Entre linksteorias,
as várias relacionados
a mais ao conteúdo
tura), Arquitetura e Literatura. A reli- aceita é a que diz que os primeiros grupamentos hu-
sto de dogmas e filosofias, era diversi- manos teriam chegadoem estudo
à América com peloo objetivo
Estreito de de possibilitar
destacado o vedismo, o bramanismo, Bering, entre o final
suadoampliação
Período Paleolítico
ou e início do
aprofundamento.
inismo. Neolítico.

ota realizada pelos primeiros humanos que chegaram à América


ALL MAPS

OCEANO GLACIAL ÁRTICO


Estreito de
Bering
o SIBÉRIA
ALASCA
ÁSIA RÚSSIA

OPA MONGÓLIA AMÉRICA


DO
NORTE
6 OCEANO
ARTE

ATLÂNTICO

OCEANO
LINGUAGENS E

CA
PACÍFICO

CO_EM_11_INFI_22_33_LV
OCEANO 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 6 AMÉRICA 28/03/2022 14:09:53
ÍNDICO DO
ser humano tenha representa-do-a

GOODGNOM/ISTOCKPHOTO
como podemos observar na imagem

NOTA BIOGRÁFICA 3. TIPOS CELULARES


Matthias Jakob Schleiden Considerando o critério de organização celular, os se-
res vivos podem ser divididos em dois grupos:
Schleiden nasceu em Hamburgo (atualmente, na Alemanha),
em abril de 1804. Estudou na cidade de Heidelberg, onde de- • organismos procariontes: são constituídos de
senvolveu paixão por Botânica. Mesmo com formação acadê- células com organização muito simples, desprovi-
mica em Direito, optou por seguir carreira científica. Estudou das de envoltório nuclear (antigamente chamado
a estrutura de plantas e se tornou professor de Botânica na de carioteca) e têm citoplasma com poucas es-
Universidade de Jena, onde publicou a obra Contribuições à fi- truturas. São exemplos de seres procariontes as Rosa dos ventos.
togênese. No livro, Schleiden presumiu que as diversas partes bactérias e arqueas.
de uma planta eram compostas de células ou partes de uma.
• organismos eucariontes: têm células mais com- A rosa dos ventos contém quatro pontos principais,
Essa noção de que toda forma de vida é constituída por cé-
lulas é considerada um dos primeiros grandes postulados da plexas, com envelope nuclear e grande quanti- chamados de cardeais, separados por ângulos de 90
Biologia. Além disso, o cientista reconheceu a importância do dade de estruturas citoplasmáticas, como mito- graus entre eles: norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O).
núcleo para a divisão celular. Morreu no ano de 1881, na cidade côndrias, retículo endoplasmático, ribossomos, TECNOLOGIA
Há, ainda, as direções chamadas de pontos cola-
de Frankfurt, também na Alemanha. aparelho golgiense etc. Nesse grupo, encontra-
MUNDO DO TRABALHO mos grande diversidade de organismos, que di- Textos que
terais:associam
nordeste (NE), o conhecimento
sudeste (SE), noroeste (NO) e A Linha do Equador divide o planeta em dois
Norte e Sul. A imagem representa o grande m
Theodor Schwann
ferem quanto à forma, ao tamanho e ao grau de sudoeste (SO); e os pontos subcolaterais: ENE (leste- que simboliza esse paralelo, em Quito, capita
Conexão
Schwann nasceu em 1810, na cidade de Neuss, na Prússia científico ou-nordeste),
complexidade. São exemplos de seres eucarion-
seu produto ao componente
ESE (leste-sudeste), ONO (oeste-noroeste),
(atualmente, na Alemanha). Graduou-se em Medicina pela
transdisciplinar
Universidade de Berlim, onde foi assistente do renomado
tes: protozoários, algas, fungos, plantas e animais. curricular
0SO(oeste-sudoeste), NNOou ao tema. NNE (nor-
(nor-noroeste),
Paralelos são linhas horizontais
-nordeste), SSE (sul-sudeste), SSO (sul-sudoeste).
fisiologista Johannes Peter Müller. Enquanto estudava subs- Há um grupo de seres vivos à parte dessa classifi- videm a Terra de 0 a 90 graus, para
que
tânciasdemonstra
responsáveis pela digestão no estômago, isolou uma cação, em razão de sua organização: os vírus. Trata-se graus para o sul. As linhas horizon
de organismos acelulares, sem metabolismo próprio e
aenzima
aplicação
e a chamou do de pepsina. Durante sua função como
professor na Universidade de Leuven, Bélgica, publicou a que têm apenas organização molecular.
jetadas em relação ao eixo central
ângulo que corresponde à sua latit
conteúdo
obra Pesquisas abordado
microscópicas em acordo com a estrutura e TECNOLOGIA latitude de referência, conhecida co
crescimento dos animais e plantas. Nela, Schwann expande a
pelas profissões,
teoria celular com aos organismos animais.
de Schleiden também APLICAÇÕES Bússola dor. Essa linha divide o planeta e
(hemi = metade), Norte e Sul.
base em suas técnicas
Foi o primeiro a observar que os processos fermentativos das
leveduras eram realizados por seres vivos. Na Universidade
O princípio de funcionamento dos antibióticos baseia-se na A bússola funciona a partir de uma agulha magnetizada que
Assim, a latitude 90 graus, por
diferença entre organismos procariontes e eucariontes. Tais aponta o polo terrestre, auxiliando na identificação dos pontos
edemetodologias.
Liège, Bélgica, o cientista estudou a contração muscular e
medicamentos agem especificamente em estruturas típicas de cardeais e colaterais. Para isso, existe dentro dela uma rosa ponto cuja projeção forma um âng
a estrutura das células nervosas, e foi quem cunhou o termo relação à Linha do Equador, confo
organismos procariontes. Isso afeta unicamente seu metabolis- dos ventos. As bússolas precisam ficar cobertas por vidro ou
metabolismo e elaborou suas definições. Schwann faleceu
mo, sem qualquer efeito sobre as células eucariontes, oferecendo plástico paraáurea
Proporção proteger a estrutura
e o retângulo deda agulha.
ouro gem a seguir.
4. Com o compasso, construa a circun
em 1882, na cidade de Colônia, também na Alemanha.
ação seletiva.
Chama-se retângulo áureo qualquer retângulo ABCD, com a o ponto médio do quadrado, tendo
do segmento traçado anteriorment 80
seguinte propriedade: ao suprimir dele um quadrado, como
LEITURA ABFE, o retângulo restante, CDEF, será semelhante ao retân- 5. Prolongue o lado inferior do quad

ADVENTTR/ISTOCKPHOTO

HAVESEEN/ISTOCKPHOTO
gulo original. circunferência.
O segmento obtido com o lado d
O mistério mais fascinante da vida talvez seja o meio no B a F b C
longamento mencionado Greenwi é o com
wic
wi
qual foi criada tamanha diversidade com base em tão
gulo de ouro.
pouca matéria física. A biosfera (conjunto de todos os
A largura é o lado do quadrado.
ecossistemas da Terra) constitui apenas cerca de 1 parte

ALL MAPS
Latitude
6. Dividindo o comprimento desse r
em 10 bilhões da massa do planeta. Está esparsamente 30 N
ra, verifique a aproximação do resu
distribuída em uma camada de 1 quilômetro de espes- Latitude 70 O
sura de terra, água e ar, que se estende por uma superfí- LEITURA 1,618.
Equador
cie de meio bilhão de quilômetros quadrados. Textos de livros, revistas,
Os vírus são seres acelulares de organização molecular. Graças a esse instrumento, a navegação marítima desenvol-
B
70º 60º 50º
F
1
Se o mundo tivesse o tamanho de um globo comum Sem escala, cores-fantasia. 40º 30º 20º
jornais etc. que apresentam veu-se por séculos, sem que houvesse qualquer outro tipo de

BIOLOGIA
de mesa e sua superfície fosse observada lateralmen- aparato tecnológico e, principalmente, a partir do século XIX, LONGITUDE

HIGHDOG/ISTOCKPHOTO
te à distância de um braço, nenhum traço da biosfera relação direta com o com o uso de um eletroímã, tornou-se ainda mais eficiente e
A E D
seria visível a olho nu. A vida, no entanto, dividiu-se em fácil de ser utilizada.
conteúdo trabalhado.

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS


milhões de espécies, cada uma desempenhando papel Latitude e longitude
É possível construir uma espiral num retângulo áureo traçan-
único em relação ao todo. a
do-se uma linha seguindo a direção dos quadrados; tal espiral
A marca característica da vida é esta: a luta de uma imensa é denominada espiral áurea.
156
variedade de organismos de peso praticamente despre-
zível por uma quantidade infinitesimal de energia. A vida
opera com apenas 10% da energia solar que chega à super-
a a
fície da Terra, sendo essa parcela fixada pela fotossíntese. A
2
G
2
E
EM-L1-23B-22

WILSON, E. O. Diversidade da vida. São Paulo: 8


Companhia das Letras, 2012. As bactérias e arqueas são procariontes. Os demais organismos celulares
são seres eucariontes. Sem escala, cores-fantasia.
13
C. Grandezas inversamente propor
Essa é uma 1das importantes questões filosóficas em
111
APRENDER SEMPRE 1 2
torno do conhecimento. Por ora, contudo, é imprescin-
APRENDER SEMPRE 1. Em sua condição de seres socioculturais, os seres humanos dível nos 5 APRENDER
determos
3
FAZENDO
no exame do conceito de conhe-
CO EM 01 INFI 12 1B LV 01 MI CHCN PR_23-B.indb 111 21/07/2021 16:54
a. procuram conhecer a realidade. cimento. O Procedimentos
trecho anteriormente simples que
citado reporta-se
Exercícios resolvidos e comentados, b. vivem unicamente de acordo com os instintos. à definição tradicional de conhecimento, que o com-
que possibilitam ampliar a c. desprezam o mundo ao seu redor. preende podem
como uma ser
relaçãorealizados
entre sujeitoem
Essas formas são consideradas estruturas de proporções per-
sala
cognos-
compreensão dos conteúdos. d. permanecem nos limites biológicos da existência. cente
feitas e,epor e/ou
objeto
esse em
cognoscível.
motivo, casa como
extremamente aplicação
agradáveis de se ver.
e. realizam plenamente a generosidade de sua natureza. O que significa sujeito cognoscente? Trata-se do su-
Atualmente,
jeito que conhece
principalmente
imediata
os princípios
na áreaou,
dopelo
doe daconhecimento.
da proporção
designmenos,
áurea são aplicados
é capaz de conhecer
Arquitetura.
Resolução um aspecto
Quando Para
da
construímos professores,
realidade
um em queopode-se
ou mesmo
retângulo aconjunto
razão entredo os real.
Os seres humanos, em sua condição social e cultural, procuram O sujeito do dos
comprimentos conhecimento, então,
lados maior e menor é oaoser
é igual humano.
número de E
conhecer a realidade. oouro,
queestamos
significa
indicar
construindo
laboratórios
objeto umcognoscível?
ou
Trata-seretân-
retângulo denominado do que é
Alternativa correta: A conhecido
gulo de ouro.ou simuladores virtuais.Nesse caso, são
do que se pode conhecer.
diversos os exemplos:
Testes psicológicos eclipse
concluíram lunar,
que esse números,
retângulo mente
é, entre to-
dos, o que mais
humana agrada à vista
e fisiologia humana.
animal, entre outros inúmeros
Proporção áurea e o retângulo de ouro objetos
4. Com o com possibilidade
compasso, de serem conhecidos.
construa a circunferência, cujo centro é
B.Chama-se
Conhecimento: sujeito cognoscente e objeto
retângulo áureo qualquer retângulo ABCD, com a o ponto médio do quadrado, tendo como raio a medida
ARTE cognoscível
seguinte propriedade: ao suprimir dele um quadrado, como do segmento traçado anteriormente.
RAWPIXELIMAGES/DREAMSTIME

ABFE,é,oenfim,
retângulo restante, CDEF, será semelhante ao retân- 5. Prolongue o lado inferior do quadrado até encontrar a Um carro de Fórmula 1, a uma v
O que
Diálogo do conteúdo com as diferentes o conhecimento? No Vocabulário técnico APRENDER FAZENDO
gulo original. expressões no circunferência.
120 km/h, dá uma volta completa
e crítico de filosofia, registra-se o seguinte:
campo da arte visando despertarAtoaB docuriosidade
pensamento
a e provocar
que penetra F e define
b o objeto
C do seu
O segmento
Construindo
longamento
um obtido
retângulo
mencionado
comdeoouro
lado do quadrado e o pro-
é olápis,
comprimento
nos em 4 minutos.
Material: uma folha de papel, um compasso e do
umaretân-
régua
a vontade de descobrir novas relações entre
conhecimento. o conteúdo
O conhecimento perfeito de uma coisa é, gulo de
ou esquadro ouro. Levando em consideração apenas
neste sentido, aquele que, subjetivamente considerado, A largura é o lado do quadrado. de e tempo, se esse automóvel do
apresentado e as diversas manifestações
não deixa nadaartísticas e na coisa conhecida ou
obscuro ou confuso
1. Desenhe um quadrado qualquer na folha (o lado desse
6. Dividindo média para 240 km/h, a volta será d
quadrado ovaicomprimento desse
ser a largura do retângulo
retângulo pela largu-
de ouro).
respectivas linguagens. que, objetivamente considerado, não deixa fora dele na 2. ra, verifique
Marque a aproximação
o ponto médio G dodo resultado
lado inferior com o número
do quadrado.
se a velocidade média baixar para
realidade à qual se aplica. 1,618. de média cai pela metade, de 120 k
3. Trace o segmento de reta que une esse ponto médio a um
o tempo gasto para completar a vo
LALANDE, André. Vocabulário técnico e crítico de filosofia. São Paulo: Bdos vértices do lado superior. F C
Proporção áurea e o retângulo de ouro Martins Fontes, 1999. p.193. 4. Com o compasso, construa a circunferência, cujo centro é
8 minutos.
Com baseretângulo
Chama-se nessa observação,
áureo qualquer se retângulo
alguém ABCD,
afirmarcomque
a o ponto médio do quadrado, tendo como raio a medida
conhece,
seguintepor exemplo,
propriedade: ao asuprimir
informática, somentecomo
dele um quadrado, pode- do segmento traçado anteriormente.
remos A
ABFE,admitir a perfeição
o retângulo desse
restante, CDEF, E
serásaber se nada
semelhante D
que se
ao retân- 5.Cada
Prolongue o lado inferior
área do conhecimento do objeto
tem seu quadrado até encontrar
específico. a
Os elementos
gulo original.
referir a esse tema for ignorado por tal pessoa. Sendo docircunferência.
ecossistema, por exemplo, são objeto de pesquisa dos biólogos.
É possível construir uma espiral num retângulo áureo traçan- O segmento obtido com o lado do quadrado e o pro-
assim,
do-seBparece-nos difícila direção
uma linha seguindo
a
que um indivíduo
dos
F quadrados;
b
possua um
tal espiral
C
a
longamento mencionado é o comprimento do retân-
conhecimento absoluto
é denominada espiral sobre algo.
áurea. gulo de ouro.
A largura é o lado do quadrado.
PARA IRoALÉM
6. Dividindo comprimento desse retângulo pela largu-
OAra, verifique
a a aproximação
conhecimento G
do resultado com o número
e seus aobjetos E b D
1,618. 2 2
8 É indispensável assinalar que um objeto de conhecimento
não
B consiste necessariamente em F algo material e inanima-
C
PRODUCTIONPERIG/DREAMSTIME

do. O próprio ser humano pode ser considerado um objeto


13
C. Grandezas
cognoscível.inversamente
Áreas do saberproporcionais
como a Psicologia, a Antropo-
1 logia e a Medicina procuram, sob diferentes perspectivas,
A 2 E D
1 elaborar conhecimentos sobre os vários aspectos dos se-
SJOERD VAN DER WAL/ISTOCK

5 res humanos. Acrescenta-se, ainda, que muitos estudiosos


É possível construir
3 uma espiral num retângulo áureo traçan-
distinguem os objetos de conhecimento em reais e ideais.
a
do-se uma linha seguindo a direção dos quadrados; tal espiral
FILOSOFIA

Objetos reais são aqueles efetivamente presentes no mundo


é denominada espiral áurea. e percebidos em nossas experiências cotidianas, como os
Essas formas são consideradas estruturas de proporções per- fenômenos naturais. Objetos ideais são exclusivamente pen-
7
ANAS E SOCIAIS APLICADAS

feitas e, por esse motivo, extremamente agradáveis de se ver. sados, existem em suas relações com o intelecto humano,
Atualmente,
Existe osconheça
alguém que princípios
tudoda proporção
sobre áurea são aplicados
informática? como os conceitos
a matemáticos.
a
A G E b D
principalmente na área do design e da Arquitetura. 2 2
8
Quando construímos um retângulo em que a razão entre os Sob esse prisma, a relação de conhecimento se efeti-
CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 7 Podemos
comprimentos ainda ampliar
dos lados maior eamenor
constatação dessa de
é igual ao número difi- va na correspondência entre sujeito cognoscível e ob-28/03/2022 14:09:54
CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 8 28/03/2022 14:09:55
FÍSICA
S D A N AT UREZA
FORM AÇÃ
O CIÊNCIA NOLOGIAS
C
SICA
GER AL BÁ 1 E SUAS TE
Setor 2

orç as da mecânica (PARTE II)

0 F
CAPÍTULO 1
PÁG.
7
MÓDULO 3ração
1 9 Força de
t
8

MÓDULO 3tica
2 4 Força elá
 ÓDULO 39
s

M o ar
2 9 Força de r e s i stência d

s a
A plicações dton

1
CAPÍTULO 1 leis de New
(PARTE I)

PÁG.
0
MÓDULO 4 e blocos
4 1 Sistemas
d
1

MÓDULO 4 e Atwood
4 7 Máquina
d
2

MÓDULO 4 das leis de Newton
5

3 Aplicaçõ
es

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 9 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO

10 FORÇAS DA MECÂNICA (PARTE II)

SUMÁRIO
3. Tração12
4. Força elástica13
5. Associação de molas13
6. Dinamômetro14
7. Força de resistência do ar15

HABILIDADES
• Construir questões, elaborar hipóteses,
previsões e estimativas, empregar instrumentos
de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados
experimentais para construir, avaliar e justificar
conclusões no enfrentamento de situações-
-problema sob uma perspectiva científica.
• Comunicar, para públicos variados, em diversos
contextos, resultados de análises, pesquisas
e/ou experimentos, elaborando e/ou interpretando
textos, gráficos, tabelas, símbolos, códigos,
sistemas de classificação e equações, por meio de
diferentes linguagens, mídias, tecnologias digitais
de informação e comunicação (TDIC), de modo a
participar e/ou promover debates em torno de
temas científicos e/ou tecnológicos de relevância
sociocultural e ambiental.
• Interpretar textos de divulgação científica que
tratem de temáticas das Ciências da Natureza,
disponíveis em diferentes mídias, considerando
a apresentação dos dados, tanto na forma de
textos como em equações, gráficos e/ou tabelas,
a consistência dos argumentos e a coerência
das conclusões, visando construir estratégias de
seleção de fontes confiáveis de informações.
• Aplicar as leis de Newton a situações que
envolvam tração e força elástica.
• Identificar e descrever as diferentes forças
que atuam em sistemas de blocos, polias e
plano inclinado.
• Calcular a resultante das forças e aplicar as
leis de Newton em sistemas de blocos, polias e
plano inclinado.
Grua com operário da construção civil, presa por
cabos, sendo elevada por um guindaste.

10

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 10 23/03/2022 11:42


E

IAM ANUPONG/ISTOCK
m nosso cotidiano, deparamo-nos com inúmeras situações em que somos requisitados a
aplicar algum tipo de força. Seja para levantar objetos, arrastar coisas ou simplesmente
praticar esportes, forças de diferentes intensidades, direções e sentidos são utilizadas.
Mas é em um canteiro de obras que nos deparamos com alguns tipos de força bastante co-
muns. Observe na imagem que um operário é levado em uma espécie de gôndola até chegar
aonde algum tipo de trabalho o espera. A gôndola içada por quatro cabos de aço apresenta um
tipo de força bastante presente em nosso dia a dia, a força de tração. Ao esticar os cabos por meio
de um guindaste, eles são tensionados e capazes de suportar cargas extremamente pesadas.
Mas existem cabos que não apresentam tanta rigidez para trabalhos pesados como o des-
tes operários. São flexíveis e permitem que seu comprimento varie dentro de certos limites.
A presença dessa elasticidade caracteriza a ação de forças elásticas, que tendem a devolver
o corpo para sua condição de equilíbrio. Essa elasticidade é percebida em esportes radicais
como o bungee jumping. Nele, pessoas corajosas são presas a duas ou mais cordas elásticas e
se atiram de estruturas altas como pontes ou até mesmo da grua de um guindaste. Durante
alguns segundos a sensação é similar a uma queda livre, mas, logo após, a força elástica entra
em ação, desacelerando o movimento de queda até o limite da corda, para depois oscilar até
estabilizar seu comprimento.
Outra força que oferece oposição ao movimento é a força de resistência do ar. Ela está pre-
sente no nosso cotidiano, embora fique mais evidente em movimentos que ocorrem em altas
velocidades. No projeto de veículos e aeronaves, conhecer como a resistência do ar se compor-
ta é tão importante que os engenheiros normalmente testam seus efeitos em um protótipo
dentro de um túnel de vento, antes de o projeto ser aprovado. Para um paraquedista, ela é
fundamental, pois é responsável por desacelerar seu movimento.

FÍSICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

11

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 11 23/03/2022 11:42


3. TRAÇÃO VOCABULÁRIO
Semelhante à força normal, a força de tração também Estais: elementos estruturais flexíveis, formados por feixes de ca-
é uma força de contato. Nesse caso, geralmente o con- bos de aço. Normalmente são revestidos por tubos de polietileno,
tato é feito por meio de fios, cabos ou cordas, normal- de elevada resistência mecânica, resistentes à radiação ultraviole-
CAPÍTULO 10

mente para puxar ou sustentar algum corpo. Observe ta, com o objetivo de evitar a corrosão dos cabos de aço.
os cabos de sustentação da ponte Octávio Frias de Oli-
veira – sobre o rio Pinheiros em São Paulo/SP.
APLICAÇÕES

Física na indústria
Sempre que estudamos tração de Arame
determinados materiais, devemos le-
var em conta o tipo de cabo que é usa- Perna
RANIMIRO LOTUFO/DREAMSTIME

do. Para simplificação dos exercícios,


os cabos são inextensíveis e de massa Alma
desprezível. Porém, nas indústrias que
trabalham com sustentação de cargas,
os cabos são muito mais complexos Cabo
que um simples fio. Eles são compos-
tos de quatro partes:
Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira – São Paulo/SP. O arame é o fio de aço propriamente dito. Um conjunto de ara-
mes torcidos forma a perna. A parte central do cabo é a alma.
A ponte é sustentada por 144 estais, compostos de Esta alma pode ser de fibra (natural ou sintética) – chamada de
feixes de cabos de aço. Em cada feixe existem entre 12 AF quando de fibra natural e de AFA quando de fibra sintética –
e 25 cabos de aço, responsáveis pela sustentação dos ou de aço (formada também por arames), chamada de AA (alma
de aço constituída por uma perna) ou AACI (alma constituída
dois trechos de 900 m que constituem a ponte.
por um outro cabo independente).
Nesses cabos atuam forças de tração que, por meio
A alma de fibra dá maior flexibilidade ao cabo de aço, porém
de sua distribuição ao longo da ponte, mantêm uma menor resistência à tração, enquanto a alma de aço dá maior
condição de equilíbrio em relação à força peso. Os es- resistência à tração, porém menor flexibilidade.
tais estão posicionados com inclinações que variam A especificação de determinado tipo de cabo de aço – incluindo
com a distância entre seus pontos de apoio na ponte e o número de arames por perna, o número de pernas e a torção –
sobre o mastro principal. tem um padrão normatizado. Esse padrão foi criado para que
A força de tração em cada estai é, na verdade, um seja possível a identificação de um cabo de aço.
par de forças, de mesmo módulo, direção e sentidos Atualmente, existem oito tipos de construção das pernas de um
contrários. Essas forças não constituem um par ação e cabo de aço: 6×7, 6×19, 6×25, 6×36, 6×37, 6×41, 8×19 e 19×7.
reação, pois, em uma extremidade, temos a interação O primeiro número indica a quantidade de pernas, e o segundo
do estai com a pista da ponte e na outra, a interação do a quantidade de arames que forma as pernas. Cada tipo é indi-
estai com o mastro da ponte. Ou seja, as forças atuam cado para um trabalho específico, pois cada um deles possui
no mesmo corpo. vantagens e desvantagens comparando-os uns contra os outros.
Em uma situação mais simples, como a de um
homem puxando uma caixa por meio de uma corda,
temos a seguinte representação para o par de forças
de tração que atua nela. 6×37+AF 6×36+AA 6×41+AA
Warrington Warrington-Seale Warrington-Seale

T2
T1
6×37+AA 6×7+AF 6×7+AA 6×19+AF 6×25+
Warrington AF Filler

Nesse caso,
 considerando
 uma corda ideal, as forças
de tração T1 e T2 são iguais em módulo: 8×19+AF 19×7 Cordoalha Cordoalha
6×19+AA
Seale Não rotativo 7 Fios 19 Fios
 T1 = T2 = T
A força de tração T1 é resultado da interação entre
a corda e a caixa; a reação à força T1 encontra-se na
EM-L7-21B-22

corda. Por sua vez, a força de tração T2 é resultado da


 6×25+ 6×36+AF 6×41+AF
interação entre o homem e a corda; a reação à força T2 AA Filler Warrington-Seale Warrington-Seale
encontra-se na corda.

12

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 12 23/03/2022 11:42


APRENDER SEMPRE
Na condição II, temos
uma força puxando o bloco NOTA BIOGRÁFICA
2. Um helicóptero realiza um resgate de uma pessoa que foi de massa m para a direita,

OXFORD UNIVERSITY
levada pelas fortes correntezas de um rio. produzindo uma deforma-
O piloto aciona um dispositivo que desce um cabo rígido do ção x na mola.
helicóptero até um local onde a pessoa consiga segurar com À medida que a mola
firmeza para ser içada. Ao içar a pessoa, de aproximados 70 kg, é deformada, surge uma
em velocidade constante, imprime uma força de tração ao cabo.
força, com o objetivo de
Determine o módulo dessa tração, considerando a aceleração
restituir a mola à sua condi-
da gravidade no local como g = 10 m/s2.
ção original, a força elástica.
Resolução
Esta força é a mola quem
Ao içar a pessoa com velocidade constante, a força resultante é
exerce no corpo, tentando
nula, e o movimento é caracterizado como uniforme.
evitar sua deformação.
Nesse caso, temos que:
Observando e estudando
T=P=m∙g Robert Hooke, astrônomo,
o comportamento de diver- matemático e físico inglês,
T = 70 ∙ 10 nasceu em Freshwater, Ilha de
sas molas, o inglês Robert
T = 700 N Wight, em 1635, e faleceu em
Hooke concluiu que a defor- Londres, em 1703. Formulou
mação que a mola sofria era a lei da resistência dos ma-
teriais, que leva seu nome.
diretamente proporcional à
4. FORÇA ELÁSTICA força atuante sobre ela.
Concebeu a possibilidade de
utilizar o pêndulo para deter-
minar o valor da aceleração
Alguns sistemas físicos se utilizam de molas ou fios Como utilizou diversos da gravidade e foi o primeiro
tipos de mola, associou a descrever e desenhar uma
com propriedades elásticas, para executarem tarefas célula (Micrografia, 1665).
específicas. É o caso das molas da suspensão de um a elas um número, uma
(Dicionário Enciclopédico
carro. Para proporcionar conforto enquanto nos loco- constante, com base em Ilustrado Larousse).
movemos, as molas atuam em conjunto com os amor- suas características fí-
tecedores, proporcionando a manutenção do equilí- sicas, tais como espessura e o tipo de material que
brio e a absorção de impactos, quando passamos por constitui a mola.
algum buraco. Por fim, da relação entre a força aplicada e a deforma-
ção, temos a expressão para determinar a força elástica
exercida pela mola.
Assim:
 
Fel = − k ⋅ x
TAWEE UTHISANURAKSAKUL/DREAMSTIME

em que o sinal negativo indica que a força elásti-


ca será sempre contrária à aplicação de qualquer
força, seja esticando ou comprimindo a mola. Logo,
podemos dizer que a força elástica é restauradora,
ou seja, tende a restaurar o estado original da mola.
Amortecedor e mola da suspensão de um automóvel.
Obtida pela razão entre a força elástica e a deforma-
ção, a constante elástica k tem unidade de medida no
As molas têm a capacidade de sofrer deformações
SI, dada em N/m.
e retornarem à sua condição inicial ou comprimento
inicial, dentro de certos limites.
Observe a figura a seguir, em que temos um corpo 5. ASSOCIAÇÃO DE MOLAS
FÍSICA

preso a uma mola em dois momentos distintos. Temos também casos de associação de molas que re-
sultam em uma mola equivalente (com uma constan-
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

k te elástica equivalente). A seguir temos a comparação


I m entre as associações de molas lineares (que obedecem
a lei de Hooke) em série e em paralelo:

Fel a. b.
II k1
m F

O x
EM-L7-21B-22

k1 k2 k2
Na condição I, temos um bloco em repouso e a mola
a. Duas molas em série. b. Duas molas em paralelo.
com seu comprimento original.

13

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 13 23/03/2022 11:42


Para calcular o k da mola utiliza-se:
Os testes são feitos em dinamômetros fixos, de ban-
1 1 1 , para molas em série e k = k + k ,
= + eq 1 2 cada, em condições determinadas por normas que de-
k eq k1 k 2
finem desde o combustível e a temperatura do ar de
para molas em paralelo.
admissão até os acessórios a serem acoplados ao motor.
CAPÍTULO 10

As normas (NBR, ISO e SAE) atuais para determinação


6. DINAMÔMETRO da potência líquida exigem que o motor seja testado
O dinamômetro, aparelho para medir forças, utiliza a com todos os acessórios necessários para seu funciona-
deformação de uma mola, conforme mostra a figura mento, como filtro de ar, bomba de injeção, ventilador,
alternador e sistema de descarga de gases completo.

A B No passado, a potência divulgada era apenas a bruta,


que era obtida sem esses acessórios. É por isso que o
Dodge Charger R/T tinha nos anos 70 215 cv, que era
0 1 2 3 4 5 6
a potência bruta (pelo critério de potência líquida, ele
A deformação de uma mola e uma escala graduada são os requisitos
básicos para o funcionamento de um dinamômetro.
teria 145 cv). Após um número de testes que gere con-
fiança estatística nos valores de potência, torque e con-
sumo específico, entre outros, são homologados para
Quanto maior a força aplicada na extremidade A de
divulgação ao mercado.
um dinamômetro, maior a deformação da mola e, con-
sequentemente, maior será a leitura do dinamômetro. O dinamômetro de motor (bancada) e o de chassi
(roda) são bancos de provas distintos para diferentes
avaliações. Os números de potência e torque divulga-
PARA IR ALÉM
dos pelas montadoras são obtidos em dinamômetro
Como as montadoras fazem a medição de potência de bancada, no qual o motor é medido isoladamente,
de um motor? fora do veículo. Nele, os sistemas de refrigeração e de
Fabricantes utilizam dinamômetros de bancada, dife- escape são os do próprio dinamômetro e a medição é
rentes dos dinamômetros de rolo das oficinas feita diretamente no motor.
No dinamômetro de rolo ou de chassi, a potência é
MARK SCHEUERN/ALAMY/FOTOARENA

medida na roda e aí o número é menor, pois há perdas


geradas pela transmissão, pelo atrito do pneu no piso,
pela movimentação da bomba de água do carro ou pela
restrição do escapamento do veículo.
As perdas por atrito estão principalmente na caixa de
câmbio (entre 1,4% e 2%, na média) e no diferencial,
com 13% quando o motor for dianteiro longitudinal e a
tração, traseira, já que o eixo cardã é perpendicular aos
semieixos. Em carros com motor dianteiro transversal,
as perdas na transmissão são menores.
Os dinamômetros de roda podem ser programados
para simular a resistência do ar ou maior pressão ae-
Dinamômetro de rolo
rodinâmica, mas são muito sensíveis: se um pneu em
contato com o rolo estiver mal calibrado, o resultado já
Qual dos dinamômetros fornece dados próximos
pode ter sido comprometido, pois a resistência dos ro-
dos reais, os que medem pelas rodas ou pelo mo-
los ao esforço para girá-los será alterada.
tor? E de onde vêm os números fornecidos pelas
montadoras? – Vinicius de Andrade Rossello, São Vale lembrar também que dois automóveis que tenham
Paulo (SP). as mesmas características técnicas podem apresentar
Na evolução do projeto de um motor, são feitas si- pequenas diferenças de potência, devido à variação que
mulações em computador para avaliar a potência existe normalmente entre um produto e outro fabricado
que deverá ser gerada. Uma vez satisfeitos os requi- numa linha de montagem.
sitos teóricos, é construída uma pré-série de moto-
EM-L7-21B-22

Disponível em: <https://quatrorodas.abril.com.br/auto-servico/


res da qual alguns irão para avaliações de desempe- como-as-montadoras-fazem-a-medicao-de-potencia-de-um-motor/>.
nho e durabilidade. Acesso em: fev. 2022.

14

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 14 23/03/2022 11:42


equilibrando novamente a força de resistência do ar com
PARA EXPLORAR
a força peso do conjunto paraquedas e paraquedista.
Por meio do link a seguir, é possível investigar inúmeras pos-
sibilidades de deformação de molas, acoplando objetos de
diferentes massas e, também, fazendo uso de molas com ca-
racterísticas diferentes e a verificação da lei de Hooke.

PAULGULEA/ISTOCK
Disponível em:
<coc.pear.sn/mLuacHD>.

Disponível em:
<coc.pear.sn/DQD7Czd>. Paraquedista aterrissando.

Assim, mantendo sua velocidade constante e com mó-


dulo condizente com um pouso seguro, o paraquedista
APRENDER SEMPRE finaliza seu salto, chegando ao solo de maneira segura.
Mas não é só no movimento de queda dos paraque-
3. (Mackenzie-SP) Uma mola helicoidal de comprimento na-
tural de 20 cm pende verticalmente quando é presa pela ex- distas que a força de resistência do ar é importante.
tremidade superior. Suspendendo-se um corpo de massa 200 g Nos carros esportivos velozes e nas aeronaves dos
pela extremidade inferior, seu comprimento passa a ser 25 cm. mais diversos tamanhos e modelos, a força de resis-
A constante elástica da mola é tência do ar pode ser essencial para um bom desem-
Dado: g = 10 m/s2 penho dessas máquinas.
a. 5,0 · 102 N/m d. 8,0 N/m
b. 4,0 · 102 N/m e. 4,0 N/m A. Força de sustentação
c. 4,0 · 10 N/m
1
No deslocamento de um avião em voo, existem fluxos
Resolução de ar que passam pelas asas e turbinas, promovendo
O corpo preso na extremidade da mola tem peso P, dado por: efeitos importantes que garantem a permanência no
P = m ∙ g = 0,2 ∙ 10 = 2 N ar dessas máquinas voadoras.
Na condição de equilíbrio, a força peso do corpo se iguala, em O perfil das asas de um avião permite que o fluxo de
módulo, à força elástica. Assim, temos que: ar passe por ela com velocidades diferentes na parte
P = Fel superior e inferior.
2 = k ∙ 0,25
k = 8 N/m

VESILVIO/ISTOCK
Alternativa correta: D

7. FORÇA DE RESISTÊNCIA DO AR
Na análise de inúmeros movimentos vistos até o pre-
sente momento, não foram consideradas forças relati-
vas à resistência do ar, visto que alterariam em pouco,
ou quase nada, os resultados. Porém, existem situa-
ções específicas em que não podemos desconsiderar a
FÍSICA

ação de forças dessa natureza.


Nos movimentos verticais de queda, o efeito da resis- Perfil da asa de um avião turboélice.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

tência do ar pode ser extremamente importante para


uma descida segura. É o que ocorre com os paraquedis- Impulsionado por potentes turbinas, ou mesmo
tas, que, após abandonarem uma aeronave, ao iniciar um por hélices, quando adquire velocidade em terra su-
salto, têm sua velocidade aumentada até o limite em que ficiente para uma decolagem, observa-se que a maior
a força peso se equilibra com a força de resistência do ar. rapidez com que o ar passa pela parte superior das
Nesta situação, que comumente chamamos de queda li- asas, em relação à inferior, promove aumento da di-
vre, o paraquedista não faz uso de seu paraquedas. Somen- ferença de pressão aerodinâmica que é responsável
EM-L7-21B-22

te quando atinge uma altura adequada, abre os paraque- por criar uma força perpendicular à superfície das
das, ampliando o efeito da força de resistência do ar, que asas, que se opõe à força peso do avião, chamada for-
promove uma significativa redução em sua velocidade, ça de sustentação, com sentido, de baixo para cima.

15

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 15 23/03/2022 11:42


Essa força de sustentação L pode ser calculada por ρ: densidade do ar;
meio da relação: S: área da superfície da asa;
v: velocidade da aeronave.
ρ
L = Cl ⋅ ⋅ S ⋅ v2 Arrasto induzido: Esse tipo de arrasto está relacio-
CAPÍTULO 10

2
nado com a diferença de pressão do ar entre as partes
inferior e superior das asas. O ar que passa por baixo
Cl: o coeficiente de sustentação; da asa tende a subir e provocar, mais próximo de sua
ρ: densidade do ar; extremidade, correntes de turbilhonamento. Essas
S: área da superfície da asa; correntes podem aumentar a resistência e diminuir a
v: velocidade da aeronave. sustentação das aeronaves. Para minimizar esse efei-
to, aviões mais modernos utilizam dispositivos cha-
B. Força de arrasto mados Winglets, que apesar de formatos diferentes,
A força de arrasto tem um papel diferente da força impedem a passagem de ar de cima para baixo.
de sustentação. Por meio da resistência do ar, ela se
opõe ao movimento de um corpo. Esta força depende

HERBERT PICTURES/ISTOCK
de uma série de fatores, que vão desde a diferença de
pressão entre a parte inferior e superior da asa à aspe-
reza da superfície e, também, a forma do corpo.
Arrasto de atrito: Esse tipo de arrasto depende
das características da superfície. Sendo lisa, a passa-
gem do ar por ela gera uma fina camada por sobre a
superfície, permitindo um fluxo constante de ar.
Se a superfície for rugosa ou áspera, podem surgir
correntes de turbilhonamento de ar, aumentando sig-
nificativamente o arrasto.
Arrasto de forma: Esse tipo de arrasto está relacio-
nado diretamente à forma do corpo que colide com o
ar frontalmente. Nesse caso, o ar sofre deflexões que
podem ocorrer de maneira mais sutil ou acentuada.

HERBERT PICTURES/ISTOCK
ZAVATSKIY/ISTOCK

Bugatti Chiron e suas formas arredondadas, no Geneva Motor Show – Suíça.

É por conta desse tipo de arrasto que as partes que Winglets de formatos diferentes, nas extremidades das asas.
compõem as aeronaves e veículos esportivos têm formas
mais arredondadas, minimizando a resistência do ar. Esse Também podemos representar a força de resistência
arrasto ainda depende da densidade do ar, da área frontal do ar pelas relações a seguir:
atingida pelo ar e da velocidade com que colide com ele.
Podemos calcular esse arrasto por meio da relação:  
Fr = k ⋅ v 2 ou Fr = k ⋅ v
ρ
D = CD ⋅ ⋅ S ⋅ v 2 
2 Fr : Força de resistência do ar.
EM-L7-21B-22

v: Velocidade do corpo em relação ao ar.


em que: k: Constante de proporcionalidade que depende da
CD: o coeficiente de arrasto; densidade do ar e do formato do corpo.

16

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 16 23/03/2022 11:42


Para velocidades compreendidas aproximadamente
entre 86 km/h e 1 200 k/h a intensidade da força de re- a. vertical e para baixo.

sistência do ar é fornecida pela expressão: Fr = k ⋅ v 2 b. vertical e para cima.
e para velocidades inferiores a 86km/h a intensidade c. nula.

é dada pela expressão: Fr = k ⋅ v . d. horizontal e para a direita.
e. horizontal e para a esquerda.
Resolução
APRENDER SEMPRE O movimento de queda de um paraquedista apresenta mo-
mentos distintos até que chegue ao solo. Especificamente,
4. (PUC-RJ) Um paraquedista salta de um avião e cai em queda quando sua velocidade se torna constante, temos um equilíbrio
livre até sua velocidade de queda se tornar constante. Podemos entre as forças peso do paraquedista e a da resistência do ar e,
afirmar que a força total atuando sobre o paraquedista após nessa condição, a resultante se torna nula.
sua velocidade se tornar constante é Alternativa correta: C

Anotações

FÍSICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
EM-L7-21B-22

17

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 17 23/03/2022 11:42


FORÇAS DA
MECÂNICA

Ação a Contato: Tração: fios e Força elástica:


distância: peso normal e cordas molas
atrito

Força resultante

FR = 0
FR ≠ 0
Repouso ou
MRUV
MRU
EM-L7-21B-22

18

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 18 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 10
MÓDULO 37 ■ FORÇA DE TRAÇÃO
Exercícios de APLICAÇÃO

1. A luminária da figura tem massa de 600 g e está fixa 2. (UERJ) Uma caixa está sendo puxada por um traba-
no teto de uma sala, por meio de um fio inextensível lhador, conforme mostra a figura.
de 50 cm.

Para diminuir a força de atrito entre a caixa e o chão,


aplica-se, no ponto X, uma força f. O segmento orien-
tado que pode representar esta força está indicado na
alternativa
a. X f c. f
Considerando a gravidade local g = 10 m/s , 2
X
a. represente as forças que atuam na luminária;
b. determine a intensidade da força de tração exerci- b. f d. X

da no fio que a mantém suspensa. X f

Resolução
a. Representando as forças na luminária, temos: Resolução
Para que a força de atrito seja diminuída, é necessário que a
força de compressão normal seja atenuada, já que a massa do
corpo e o coeficiente de atrito são constantes. Somente a direção
e o sentido da força da alternativa c permitem a atenuação da
T força normal.
Alternativa correta: C

b. Como a luminária se encontra suspensa e em repouso, a resul-


tante de forças sobre ela é nula. Portanto, a intensidade da força
peso é igual à da força de tração. Assim:
T=P
T=m∙g
T = 0,6 ∙ 10
T = 6,0 N FÍSICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
EM-L7-21B-22

19

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 19 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 10
3. (UFF-RJ) Na preparação para a competição “O Ho- Suponha que os cavalos exerçam forças idênticas em
  CAPÍTULO 10

mem mais Forte do Mundo”, um dedicado atleta im- todas as situações, que todas as cordas estejam na ho-
provisa seu treinamento, fazendo uso de cordas re- rizontal, e considere desprezíveis a massa das cordas e
sistentes, de dois cavalos do mesmo porte e de uma o atrito entre o atleta e o chão.
árvore. As modalidades de treinamento são apresen- Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que
tadas nas figuras ao lado, onde são indicadas as ten- descreve as relações entre as tensões nas cordas
sões nas cordas que o atleta segura. quando os conjuntos estão em equilíbrio.

a. ( T1A = T2A = ( T1B = T2B = ( T1C = T2C


) ) )
T1A T2A

b. ( T = T
1
A
2
A
) < (T = T ) < (T = T )
B
1
B
2 1
C C
2

c. ( T2A = T1B = T ) < T < (T = T )


B
2
C
2 1
A
1
C

T1B T2B d. ( T1A = T2A = T = T ) < (T = T )


B
1
B
2 1
C C
2

e. ( T1A = T1C ) < (T = T = T ) < T


2
A B
2
B
1
C
2

T1C T2C

Resolução
Diante da condição de equilíbrio em todas as situações, a força resultante sobre o atleta deve ser nula.
a. Incorreta. Na última situação, como os cavalos estão juntos, as intensidades das trações serão maiores que nas duas outras.
b. Incorreta. As trações nas duas situações iniciais têm mesma intensidade.
c. Incorreta. As intensidades das trações na situação C são maiores que nas demais.
d. Correta.
e. Incorreta. As intensidades das trações na situação C são maiores que nas demais, que devem ter mesmo módulo.
Alternativa correta: D
Habilidade
Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos
explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema
sob perspectiva científica.

EM-L7-21B-22

20

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 20 23/03/2022 11:42


Exercícios EXTRAS

4. (UPE) No instante mostrado na figura a seguir, o cabo elástico está tensionado com uma tração de módulo igual a
36,0 N, ao passo que o objeto pontual O está submetido a uma força de módulo 16,0 N resultando em uma acelera-
ção de módulo 2,0 m/s2 que aponta para a direita.

F
O

Sabendo que a massa do objeto O é igual a m = 2,0 kg e desprezando efeitos gravitacionais, é correto afirmar que o
valor do ângulo θ
a. está entre 10° e 20°.
b. é exatamente igual a 30°.
c. está entre 30° e 60°.
d. é exatamente igual a 60°.
e. está entre 60° e 90°.

5. (F.M.Itajubá-MG) Três blocos são atados por fios ideais e puxados no espaço interestelar, onde inexiste gravidade,
com uma aceleração de módulo 10m/s².

A
B
C T1
T3 T3 T2 T2

mC = 3,0 kg mB = 2,0 kg mA = 1,0 kg


  
Quais as intensidades T1 , T2 e T3 das forças tensoras nos fios?

Seu Espaço
Sobre o módulo
Com este módulo, encerramos o capítulo sobre as interações mecânicas. Sugerir aos alunos a elaboração de um mapa conceitual, para
verificar como eles interligam os conceitos desenvolvidos, tendo por base o modelo apresentado no final do capítulo.
Ao desenvolver a ideia de tração em fios e cordas, é importante salientar que os fios e as cordas só podem ser tracionados; não podemos
empurrar um bloco com um fio ou uma corda. Outro ponto a ser destacado é o conceito de fio ideal: flexível, inextensível e com massa
desprezível.
Situações cotidianas importantes podem ser destacadas como exemplo de aplicação do estudo das interações mecânicas (tração). Atual-
mente, muitas pontes estaiadas são construídas pelo país. Elas representam um exemplo interessante para evidenciar as trações nos
cabos de sustentação.
FÍSICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
EM-L7-21B-22

21

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 21 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 10
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 10

Da teoria, leia o tópico 3.


Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere!

6. (Fatec-SP) Um explorador de cavernas utiliza-se


da técnica de “rapel” que consiste em descer abismos Corda
e canyons apenas em uma corda e com velocidade de junção
praticamente constante. Amassa total do explorador
e de seus equipamentos é de 80 kg. Considerando a
aceleração da gravidade no local de 10m/s?, a força
resultante de resistência que atua sobre o explora- Com base no exposto e desconsiderando as massas das
dor, durante a descida é, em N, de cordas e a resistência do ar, assinale a alternativa correta.
a. zero c. 800 a. Todos os cachorros aplicam sobre o trenó forças
b. 400 d. 1 000 de mesma intensidade.
b. A força normal sobre o trenó tem maior módulo
7. Uma caixa de madeira com massa de 500 kg repou- que a força peso do trenó.
sa sobre um piso horizontal. Um trator deve puxar a
c. Sobre o trenó não existe força de atrito.
caixa com velocidade constante por meio de um cabo
de aço que é mantido na horizontal. Sabendo-se que d. O módulo da força resultante sobre o trenó é a
os coeficientes de atrito estático e dinâmico entre a soma das forças aplicadas pelos cachorros sobre
caixa e o piso valem, respectivamente, 0,4 e 0,3, deter- as cordas.
mine a tração máxima que o trator exercerá no cabo.
11. (Fuvest-SP) Dois corpos A e B de massas mA = 3 kg
Dado: g = 10 m/s2.
e mB = 1 kg estão ligados por um fio flexível, como
8. (UERJ) No esquema, está representado um bloco mostra a figura, a mover-se sob a ação da gravidade,
de massa igual a 100 kg em equilíbrio estático. sem atrito.
Dado: g = 10 m/s2
C 30° A

B A

v B

Determine, em newton, a tração no fio ideal AB.


Dado: g = 10 m/s2

9. (UEL-PR) O cabo de um reboque arrebenta se nele a. Determine a aceleração do conjunto e a intensidade


for aplicada uma força que exceda 1 800 N. Suponha da força de tração no fio.
que o cabo seja usado para rebocar um carro de 900 kg b. Supondo que num certo instante, após iniciado o
ao longo de uma rua plana e retilínea. Nesse caso, que movimento, o fio de ligação se rompa, o que acon-
aceleração máxima o cabo suportaria? tecerá com os movimentos dos corpos A e B
a. 0,5 m/s2
12. (UESPI) Um menino puxa através de uma cor-
b. 1,0 m/s2
da ideal o seu caminhão de brinquedo, de massa
c. 2,0 m/s2 200 g, com uma força horizontal de módulo constante,
d. 4,0 m/s2 F (ver figura). Um bloco de massa 100 g encontra-se ini-
e. 9,0 m/s2 cialmente em repouso sobre a carroceria do caminhão.
O coeficiente de atrito estático entre o bloco e a car-
10. (Acafe-SC) Um trenó de neve é puxado por oito roceria vale 0,8. A resistência do ar e o atrito entre o
cachorros, realizando um movimento retilíneo com ve- caminhão e o solo são desprezíveis. Considere a ace-
locidade de módulo constante em uma estrada hori- leração da gravidade igual a 10 m/s2. Qual é o valor
EM-L7-21B-22

zontal. Na figura a seguir, pode-se vê-lo de cima. Sobre máximo de F tal que o bloco não deslize sobre a car-
o trenó estão: um homem, carnes sobre panos, alguns roceria do caminhão? (Para efeito de cálculo, conside-
troncos de árvore e uma caixa. re o caminhão e o bloco como partículas materiais.)

22

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 22 23/03/2022 11:42


15. (Mackenzie-SP) Os garotos A e B da figura pu-
g
F xam, por meio de cordas, uma caixa de 40 kg, que
repousa sobre uma superfície horizontal, aplicando
forças paralelas a essa superfície e perpendiculares
entre si de intensidades 160 N e 120 N, respectiva-
a. 0,8 N c. 2,4 N e. 4,6 N mente. O garoto C, para impedir que a caixa se des-
b. 1,6 N d. 3,2 N loque, aplica outra força horizontal, em determinada
direção e sentido. Desprezando o atrito entre a caixa
13. (CPS-SP) Sacolas imensas são e a superfície de apoio, a força aplicada pelo garoto C
usadas para o transporte de miné- tem intensidade de:
rios, sucatas e entulhos. Elas são
feitas de plástico reciclável e têm
quatro alças, conforme mostra a fi- A
gura. São facilmente movimentadas
encaixando-se suas quatro alças no C
gancho de pequenos guindastes.
Suponha que em uma dessas sacolas sejam colocados B
1 200 kg de entulho e que todos os pontos de fixação
de cada alça na sacola sofram trações de mesma in-
tensidade, quando a sacola é erguida. a. 150 N c. 180 N e. 200 N
Nessas condições, a componente vertical da tração a b. 160 N d. 190 N
que cada ponto de fixação das alças é submetida será,
em newtons 16. (Unirio-RJ) Na figura, o corpo suspenso tem o
Lembre-se de que o peso de um corpo é calculado pela peso de 100 N. Os fios são ideais e têm pesos desprezí-
expressão P = m · g, em que P é o peso do corpo (N), veis, e o sistema está em equilíbrio estático (repouso).
m é a massa do corpo (kg) e g é a aceleração da gravida-
de, de valor 10 m/s2. A 30° 60° C
a. 120 c. 1 200 e. 3 000
b. 150 d. 1 500
B
14. (UFAL) Uma criança tenta puxar a sua caixa de
brinquedos, de peso P, exercendo uma força de tensão
numa corda ideal, de módulo F e direção perfazendo
um ângulo θ com a horizontal (ver figura). A tração na corda AB, em N, é
a. 20 c. 50 e. 100
b. 40 d. 80

Desafio
Caixa de
brinquedos F 17. (UFRJ) Sejam três cartazes idênticos em tama-
g nho e massa, pendurados, como mostra a figura. Os
θ
cabos têm massas desprezíveis. As tensões nas cor-
das são, respectivamente, T1, T2 e T3.
FÍSICA

O coeficiente de atrito estático entre a caixa e o solo


T1 T1
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

horizontal é denotado por μ. Assinale a expressão para


o máximo valor de F, de modo que a caixa ainda per- T2 Boa Sorte! T2

maneça em repouso. (Para efeito de cálculo, considere


a caixa como uma partícula material.) Boa Sorte!
a. μ · P/[cos (θ) + μ · sen (θ)] T3 T3
b. μ · P/[sen (θ) + μ · cos (θ)] Boa Sorte!

c. μ · P/[cos (θ) – μ · sen (θ)]


EM-L7-21B-22

d. μ · P/[sen (θ) – μ · cos (θ)] Compare as tensões T1, T2 e T3 e ordene-as de manei-


e. μ · P/[tan (θ) – μ · cos (θ)] ra crescente. Justifique sua resposta.

23

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 23 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 10
MÓDULO 38 ■ FORÇA ELÁSTICA
  CAPÍTULO 10

Exercícios de APLICAÇÃO

1. O dinamômetro é um dispositivo utilizado para medir 3. (Unirio-RJ) O dinamômetro, ou balança de mola, é


a intensidade de uma força. Utilizando esse dispositi- um instrumento para medir força. Se graduado em
vo, um estudante, segurando-o na vertical, pendurou newtons, ele indica o par de forças que é exercido
um objeto de massa de 2 kg em sua extremidade, e sobre ele, distendendo a mola. Com a graduação em
verificou que sua indicação produzia, na mola que o quilogramas é que ele se tornou conhecido no tempo
compõe, uma distensão de 4 cm. Diante dessa condi- do império como “balança de peixeiro”, pois o peixe
ção, responda (use g = 10 m/s2). era carregado em cestas sobre burros e comercializa-
a. Qual é a intensidade da força medida? do pelas ruas. A figura mostra um dinamômetro de
peso desprezível, em cujas extremidades estão apli-
b. Qual é o valor da constante elástica, da mola que
cadas as forças indicadas.
compõe o dinamômetro?
Resolução 1° caso
a. A intensidade da força medida corresponde à força peso do 100 N Dinamômetro 100 N
graduado em
objeto conectado ao dinamômetro. Assim, temos: newtons
P = Fel = m ∙ g ⇒ Fel = 2 ∙ 10 = 20 N
2° caso
b. Como a força elástica é proporcional à distensão, temos que:
150 N Dinamômetro 150 N
Fel = k ∙ x ⇒ 20 = k ∙ 0,04 graduado em
k = 500 N/m newtons

Assinale a alternativa correta.


a. A indicação do dinamômetro no primeiro caso é
zero.
2. (UECE) Um dos modelos para representar a dinâmi- b. A leitura do dinamômetro no segundo caso é 300 N.
ca vertical de automóveis é conhecido como “quarto
de carro”. Nesse modelo, há as seguintes aproxima- c. A resultante sobre o dinamômetro no primeiro
ções: a elasticidade do pneu é representada por uma caso é 100 N.
mola vertical (mola P com uma das extremidades em d. A indicação do dinamômetro no primeiro caso é
contato com o solo; o pneu é representado por uma 100 N.
massa presa a essa mola na outra extremidade; a car- e. A leitura do dinamômetro no segundo caso é 50 N.
roceria é aproximada por uma massa verticalmente
Resolução
acima do pneu e conectada a este por uma segunda
mola (mola S), que representa a suspensão do carro. Como as forças têm módulos iguais e sentidos contrários em
cada dinamômetro, as indicações serão, respectivamente, iguais
Para simplificar ainda mais, adotaremos um modelo ao valor de uma das forças aplicadas, ou seja, para o 1o caso de
de carro sem amortecedor. Com o carro parado em 100 N e para o 2o caso de 150 N.
uma via horizontal, nessa aproximação, as molas P e Alternativa correta: D
S permanecem Habilidade
a. com seus comprimentos oscilando em fase uma Aplicar as leis de Newton a situações que envolvem tração e
com a outra. força elástica.
b. comprimidas.
c. distendidas.
d. com seus comprimentos oscilando fora de fase
uma com a outra.
Resolução
Diante da configuração apresentada, sobre a mola P estão o pneu
e a carroceria. Já a mola S está sob a carroceria. Sendo assim,
ambas estão comprimidas em situação de equilíbrio.
Alternativa correta: B
EM-L7-21B-22

24

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 24 23/03/2022 11:42


Exercícios EXTRAS

4. (Mackenzie-SP) Uma mola helicoidal de compri- 20


5. (UFB) Uma massa M = kg ,encontra-se suspensa
mento natural 20 cm pende verticalmente quando 9
é presa pela extremidade superior. Suspendendo-se ao conjunto de molas ilustrado na figura abaixo
um corpo de massa 200 g pela extremidade inferior,
seu comprimento passa a ser 25 cm. A constante k2 k2
elástica da mola é
Dado: g = 10 m/s2.
k1
a. 5,0 · 102 N/m
b. 4,0 · 102 N/m
c. 4,0 · 101 N/m M

d. 8,0 N/m Suas constantes elásticas são k1 = k2 = 30 N/m.


e. 4,0 N/m Calcule a constante elástica total equivalente do conjunto.

Seu Espaço
Sobre o módulo
Em relação às molas, explicar que, retirada a força, desaparece a deformação. Mas é preciso que a força aplicada não supere o limite elástico
do material.

Na web
O roteiro para construção de um dinamômetro pode servir de base para uma atividade prática.

Disponível em:<coc.pear.sn/5cUCxCt>.

FÍSICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
EM-L7-21B-22

25

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 25 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 10
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 10

Da teoria, leia o tópico 4. 9. (UPE) Um corpo de massa m está suspenso por duas
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! molas ideais, paralelas, com constantes elásticas k
e deformadas de d. Sabendo que o sistema se encon-
6. (UFSM-RS) Durante os exercícios de força realiza- tra em equilíbrio, assinale a alternativa que expressa k.
dos por um corredor, é usada uma tira de borracha Dado: Considere a aceleração da gravidade g.
presa ao seu abdome. Nos arranques, o atleta obtém
2 ⋅m⋅ g 2⋅d
os seguintes resultados: a. d.
d m⋅g
Semana 1 2 3 4 5 m⋅g d
b. e.
Δx (cm) 20 24 26 27 28 d m⋅g

Onde Δx é a elongação da tira. m⋅g


c.
O máximo de força atingido pelo atleta, sabendo-se 2⋅d
que a constante elástica da tira é de 300 N/m e que
10. (Fuvest-SP) Uma bolinha pendurada na extremi-
obedece à lei de Hooke, é, em N dade de uma mola vertical executa um movimento os-
a. 23 520 cilatório. Na situação, a mola se encontra comprimida
b. 17 600 e a bolinha está subindo com velocidade v. Indicando
c. 1 760 por F a força da mola e por P a força peso aplicada na
bolinha, o único esquema que pode representar tais
d. 840
forças na situação descrita anteriormente é:
e. 84

7. (Mackenzie-SP) A mola da figura varia seu compri-


mento de 10 cm para 22 cm quando penduramos em
sua extremidade um corpo de 4 N. g
v

10 cm

22 cm
a. b. c. F

P F P
4N
P

d. F
e. F
Determine o comprimento total dessa mola quando
penduramos nela um corpo de 6N.

8. (UERN) A tabela apresenta a força elástica e a de-


formação de 3 molas diferentes. P
P
Comparando-se as constantes elásticas destas 3 mo-
las, tem-se que 11. (UFBA) Entre dois blocos 1 e 2 de massas
m1 = 12 kg e m2 = 8 kg existe uma mola ideal A. Os
dois blocos estão apoiados sobre um plano horizon- 
Mola Força elástica (N) Deformação (m) tal sem atrito. O bloco 1 é puxado por uma força F,
1 400 0,50 constante, horizontal e paralela ao plano por meio de
outra mola ideal B, idêntica à mola A. Calcule a rela-
2 300 0,30 x
ção a entre as deformações das molas A e B, depois
xR
3 600 0,80
que o sistema entrou em movimento com aceleração

a constante.
a. k1 > k2 > k3
b. k2 > k1 > k3 A B
EM-L7-21B-22

F
2 1
c. k2 > k3 > k1
d. k3 > k2 > k1

26

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 26 23/03/2022 11:42


12. (FEI-SP) Um dinamômetro possui suas duas ex- 30°
tremidades presas a duas cordas. Duas pessoas puxam b
as cordas na mesma direção e sentidos opostos, com
força de mesma intensidade F = 100 N. Quanto marca- mola
rá o dinamômetro? d a

a. 0,5 cm
b. 1,2 cm
c. 2,5 cm
d. 3,5 cm
e. 5,2 cm

15. (UEL-PR) Analise as figuras a seguir.


a. 200 N
b. 0 Figura 1
c. 400 N
d. 50 N
e. 100 N x0

13. (UFG-GO) Para proteção e conforto, os tênis mo- ∆x


dernos são equipados com amortecedores constituí-
dos de molas. Após você sair da aula de física experi-
mental e olhar para o tênis de seu amigo, verificou que m
ele estava com um determinado modelo, que possui
três molas idênticas, e essas molas são associadas
em paralelo e simetricamente. Observa-se que elas
Figura 2
sofrem uma deformação de 4 mm ao ser calçado por
8
uma pessoa de 84 kg. Considerando-se que essa pes-
soa permaneça parada, a constante elástica das molas
6
será, em kN/m, de
∆x (cm)

Dado: g = 10 m/s². 4
a. 35,0
b. 70,0 2

c. 105,0
0
d. 157,5 0 20 40 60 80
massa (g)
e. 210,0

14. (UFPR) Uma mola de massa desprezível foi pre- Um astronauta chegou a um planeta desconheci-
FÍSICA

sa a uma estrutura por meio da corda “b”. Um corpo do e deseja medir a aceleração da gravidade local.
de massa “m” igual a 2 000 g está suspenso por meio
Para isso, ele conta com um sistema massa-mola
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

das cordas “a”, “c” e “d” de acordo com a figura, a qual


como o da Figura 1. Esse sistema foi calibrado na
representa a configuração do sistema após ser atin-
Terra (g = 10 m/s2) e a relação entre a distensão da
gido o equilíbrio. Considerando que a constante elás-
mola e a massa pendurada em sua extremidade é
tica da mola é 20 N/cm e a aceleração gravitacional
mostrada no gráfico da Figura 2.
é 10 m/s2, assinale a alternativa que apresenta a de-
formação que a mola sofreu por ação das forças que Devido à aceleração da gravidade do planeta, quando
sobre ela atuaram, em relação à situação em que ne- o astronauta pendurou uma massa de 10 gramas, a
mola se distendeu 1,5 cm.
EM-L7-21B-22

nhuma força estivesse atuando sobre ela. Considere


ainda que as massas de todas as cordas e da mola A partir dessas informações, responda aos itens a
são irrelevantes. seguir.

27

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 27 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 10
a. Determine a constante elástica da mola na unidade 08. q uando a massa m está na posição C, medida em
  CAPÍTULO 10

de N/m. relação à parte inferior da esfera, a aceleração do


Justifique sua resposta, apresentando os cálculos acelerômetro tem sentido vertical para cima e
envolvidos na resolução deste item. módulo igual à aceleração gravitacional g.
b. Determine a aceleração da gravidade do planeta 16. para medir a aceleração centrípeta de um car-
de destino do astronauta, em m/s2. rossel, o acelerômetro deveria ser posicionado
na mesma direção do seu eixo de rotação.
Justifique sua resposta, apresentando os cálculos
envolvidos na resolução deste item. 32. molas são os únicos objetos que podem ser mo-
delizados de acordo com a lei de Hooke.
16. (UFSC) Acelerômetros são sensores inerciais uti-
lizados para monitoramento de movimentos. Atual-
mente, têm sido integrados em diversas tecnologias
assistivas, particularmente em sistemas de detecção Desafio
de quedas, que permitem o monitoramento de idosos
em sua residência e a assistência médica de forma 17. (AFA-SP) Uma esfera, de dimensões desprezí-
emergencial. O princípio básico de funcionamento de veis, sob ação de um campo gravitacional constan-
um acelerômetro é um sistema de massa e mola. As te, está inicialmente equilibrada na vertical por uma
molas são governadas pela lei de Hooke, o que permite mola. A mola é ideal e se encontra com uma defor-
medir a aceleração conhecendo-se o deslocamento de mação x, conforme ilustrado na figura 1.
uma massa. Na figura a seguir, é apresentado um ace-
lerômetro constituído por uma massa m e uma mola
de constante elástica k que é mantido perpendicular
ao chão e realiza algumas medidas de acelerações ver-
x
ticais. Na posição A, medida em relação à parte inferior
da esfera, a mola se encontra no seu estado relaxado.
Na posição B, medida em relação à parte inferior da Figura 1
esfera, o sistema está em equilíbrio dinâmico.
O sistema esfera-mola é posto, em seguida, a desli-
zar sobre uma superfície horizontal, com velocidade
constante, conforme indicado na figura 2. Nessa si-
tuação, quando o ângulo de inclinação da mola é θ,
em relação à horizontal, sua deformação é y

y
A
∆x distância entre A e B
B ∆x distância entre B e C Direção do
C movimento
θ

Figura 2

Sobre o assunto abordado e com base no exposto aci- Nessas condições, o coeficiente de atrito cinético en-
ma, é correto afirmar que: tre a esfera e a superfície horizontal vale
01. q
 uando a massa m está na posição B, medida cos θ
em relação à parte inferior da esfera, a acelera- a.
x
ção do acelerômetro tem módulo igual à acele- − sen θ
y
ração gravitacional g.
02. q
 uando a massa m está na posição B, medida x
b.
em relação à parte inferior da esfera, o desloca- y
m⋅g
mento Δx é dado por Δx = k . x ⋅ sen θ
c.
x + ( y ⋅ cos θ )
04. q
 uando a massa m está na posição A, medida em
EM-L7-21B-22

relação à parte inferior da esfera, a aceleração do y ⋅ cos θ


acelerômetro tem sentido vertical para baixo e d.
x ⋅ sen θ
módulo igual à aceleração gravitacional g.

28

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 28 23/03/2022 11:42


MÓDULO 39 ■ FORÇA DE RESISTÊNCIA DO AR
Exercícios de APLICAÇÃO

1. (UFMG) Durante um voo, um avião lança uma caixa 3. (PUC-RS) Sobre uma gota de chuva atuam, principal-
presa a um paraquedas. Após esse lançamento o pa- mente, duas forças: o peso e a força de resistência do
raquedas abre-se, e uma força devida à resistência do ar, ambas com direções verticais, mas com sentidos
ar passa a atuar sobre o conjunto – caixa e paraque- opostos. A partir de uma determinada altura h em re-
das. Considere que o módulo dessa força é dado por lação ao solo, estando a gota com velocidade v, essas
F = b ∙ v, em que b é uma constante e v o módulo da duas forças passam a ter o mesmo módulo.
velocidade do conjunto.
Considerando a aceleração da gravidade constante, é
Observa-se que, depois de algum tempo, o conjunto correto afirmar que
passa a cair com velocidade constante.
a. o módulo da força devido à resistência do ar não
a. Com base nessas informações, explique por que, se altera desde o início da sua queda.
depois de algum tempo, o conjunto passa a cair
b. o módulo do peso da gota varia durante a sua queda.
com velocidade constante.
c. durante a queda, a aceleração da gota aumenta.
b. Considere que a massa do conjunto é 50 kg e a sua
velocidade final é 10 m/s. Calcule a constante de d. a velocidade com que a gota atinge o solo é v.
proporcionalidade b. Considere g = 10 m/s2. e. a partir da altura h até o solo, a velocidade da gota
vai diminuir.
Resolução
a. À medida que a queda acontece, a velocidade da caixa aumenta. Resolução
Consequentemente, de acordo com a relação apresentada, a força Analisando as alternativas, temos:
de resistência do ar também aumenta, até que se iguale à força peso a. Incorreta. O módulo da força de resistência do ar aumenta com
da caixa. Quando isso ocorrer, o movimento de queda passa a ser o aumento do módulo da velocidade.
uniforme, já que a resultante de forças é nula.
b. Incorreta. O módulo da força peso se mantém constante du-
b. Calculando o peso da caixa, temos: rante todo o movimento, pois depende da massa do corpo e da
P = m ∙ g ⇒ P = 50 ∙ 10 = 500 N aceleração da gravidade local, que não se alteram.
Na condição de equilíbrio, temos que P = F. Assim, temos que: c. Incorreta. Durante todo o movimento, as gotas de chuva estão
F = b ∙ v ⇒ 500 = b ∙ 10 sujeitas à ação gravitacional.
b = 50 (N ∙ s)/m d. Correta. A velocidade v se mantém constante, a partir do mo-
mento em que as forças que atuam na gota de chuva se equi-
libram.
e. Incorreta. A partir da condição de equilíbrio entre as forças
2. Para um avião em voo, temos as ações de diversas peso e resistência do ar, a velocidade da gota passa a ter módulo
constante.
forças que permitem que ele se mantenha no ar. A
Alternativa correta: D
força de sustentação, extremamente importante
Habilidade
para o voo, está relacionada diretamente com
Prever e avaliar, utilizando as leis de Newton, situações cotidianas
a. a movimentação do ar nas asas, tornando o avião que envolvam movimentos.
mais leve que o ar.
b. a diferença de pressão entre a parte de baixo e a
de cima da asa.
c. a diferença de pressão dinâmica e estática ao re-
dor e na ponta das asas.
d. o impacto frontal do ar com as asas.
FÍSICA

Resolução
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

A maior rapidez com que o ar passa pela parte superior das asas,
em relação à inferior, promove aumento da diferença de pressão
aerodinâmica que é responsável por criar uma força perpendi-
cular à superfície das asas, que se opõe à força peso do avião,
chamada força de sustentação, com sentido, de baixo para cima.
Alternativa correta: B
EM-L7-21B-22

29

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 29 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 10
Exercícios EXTRAS
  CAPÍTULO 10

4. (UEG-GO) Entre os poucos animais que desenvolve- d. a sua aceleração será nula em todo o percurso, in-
ram o “paraquedismo” está o sapo voador de Bornéu – dependentemente da resistência do ar.
Rhacophorus dulitensis, apresentado na figura a seguir. e. durante sua queda, a força de resistência do ar
(vertical e para cima) vai aumentando até superar
a força peso (vertical e para baixo), após então, ele
Movimento relativo do ar

Fa
começa a subir.

5. (Fuvest-SP) Uma caixa de papelão de base quadrada


tem 0,2 kg de massa e cai com velocidade de 10 m/s
constante, devido à resistência do ar.
vs A base mantém-se paralela ao solo durante a queda.
m·g
Uma bala atravessa a caixa, horizontalmente, com ve-
  locidade constante, paralelamente a uma de suas fa-
Na ilustração, Fa e m ⋅ g são, respectivamente, a força ces, deixando em paredes opostas dois furos com um
de resistência do ar e a força peso. desnível vertical de 2 cm.
Considerando que esse animal tenha se atirado do
alto de uma árvore em direção ao solo, o seu paraque-
das será utilizado e, durante sua queda,
a. as suas membranas interdigitais nas patas favore-
cem o aumento da força de resistência do ar, haja 50 cm
vista que elas aumentam a área de contato com o ar.
b. a resultante das forças que atuam sobre ele tende- a. Qual é a intensidade da força de resistência do ar?
rá a se tornar nula, levando-o, necessariamente, ao b. Qual é a velocidade da bala?
repouso no ar. Dado: g = 10 m/s2
c. a sua velocidade tenderá a um valor-limite, cha-
mada de velocidade terminal, independentemen-
te da resistência do ar.

Seu Espaço
Sobre o módulo
Neste módulo abordamos os movimentos de queda com a influência da resistência do ar. É comum desprezarmos essa resistência na
maioria dos problemas que envolvem queda em baixas velocidades. Porém, no movimento de salto de um paraquedista, o entendi-
mento correto dos efeitos do ar na queda, é fundamental para que ele chegue ao solo com tranquilidade. Destacar as etapas de ganho
de velocidade, velocidade constante e de redução brusca da velocidade, para assim, finalizar o salto.
Abordamos também alguns aspectos básicos da sustentação de voo, como o efeito do arrasto aerodinâmico em carros e aviões. Dar des-
taque para as diferenças de pressão acima e abaixo da asa. Como se comporta o arrasto frontal, lateral, arrasto de atrito, forma e induzido.

Orientação para o exercício 18 (Faça junto): A intencionalidade dessa investigação é apresentar características dos carros de Fórmula 1,
que proporcionam maior aderência ao solo. Na investigação, é importante o comparativo entre os carros de passeio e como elementos
presentes nesses carros são decorrentes dos desenvolvimentos que a Fórmula 1 apresentou. Organizar um momento para que os alunos
apresentem seus painéis ou sugerir que compartilhem com os demais colegas seus trabalhos.
EM-L7-21B-22

30

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 30 23/03/2022 11:42


Exercícios PROPOSTOS

Da teoria, leia os tópicos 5, 6, 7, 7.A e 7.B. a. é desprezível.


Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! b. é constante.
c. só atua no final do movimento.
6. (UFSM-RS) Devido à resistência do ar, as gotas
d. aumenta com o aumento da velocidade.
de chuva caem com velocidade constante a par-
tir de certa altura. O módulo da força resistiva do e. diminui com o aumento da velocidade.
ar é dado por F = A ∙ v2, onde A é uma constan-
10. (Fempar-PR) Soltamos simultaneamente duas
te de valor 8 ∙ 10 -6 (N · s 2)/m2 e v é o módulo da
folhas de papel idênticas, uma amassada e a outra
velocidade. Nessas circunstâncias, uma gota cujo
aberta. Então podemos afirmar que:
módulo do peso vale 3,2 ∙ 10-7 N atinge o solo com
velocidade de módulo, em m/s, de a. ambas as folhas caem ao mesmo tempo, pois es-
tão sujeitas à mesma força gravitacional e, portan-
a. 4 ∙ 10-2 d. 2
to, à mesma aceleração da gravidade.
b. 2 ∙ 10-1
e. 4
b. a folha amassada cai primeiro, pois ela apresenta
c. 4 ∙ 10-1 uma área menor que a folha aberta e, portanto,
um atrito menor com o ar.
7. Um veículo esportivo com coeficiente de arrasto de
0,45 possui uma área frontal de 1,4 m2. Em uma pista c. a folha aberta cai primeiro, pois seu peso está dis-
de testes, onde a densidade do ar era de 1,2 kg/m3, tribuído em uma área maior e, portanto, apresenta
esse veículo atingiu uma velocidade máxima de uma densidade menor.
360 km/h. d. ambos caem simultaneamente, pois ambas têm
De acordo com os dados informados, qual a força de a mesma densidade e, portanto, devem possuir a
arrasto aplicada ao veículo no momento que ele atin- mesma aceleração da gravidade.
giu a velocidade máxima?
11. (UFG-GO) Um bloco de massa m = 32 kg encon-
8. (UNIFESP) Em um salto de paraquedismo, identifi- tra-se inicialmente em repouso sobre uma superfície
cam-se duas fases no movimento de queda do para- plana horizontal e sem atrito.  No instante t = 0 aplica-
quedista. Nos primeiros instantes do movimento, ele -se uma força horizontal F de módulo F = 128 N. O ar
é acelerado. Mas devido à força de resistência do ar, aplica sobre o bloco uma força de resistência de inten-
o seu movimento passa rapidamente a ser uniforme sidade F = k ∙ v2, onde v é o módulo da velocidade e
com velocidade v1, com o paraquedas ainda fechado. k = 2,0 N ∙ s2 ∙ m-2. Qual é a velocidade máxima atingida
A segunda fase tem início no momento em que o pa- pelo bloco?
raquedas é aberto. Rapidamente, ele entra novamente 12. (UFRGS-RS) À medida que cresce a velocidade
em um regime de movimento uniforme, com velocida- de um objeto que cai em linha reta em direção ao
de v2. Supondo que a densidade do ar é constante, a solo, cresce também a força de resistência do ar,
força de resistência do ar sobre um corpo é proporcio- até que, em determinado instante, torna-se nula a
nal à área sobre a qual atua a força e ao quadrado de força resultante sobre esse objeto. A partir desse
sua velocidade. Se a área efetiva aumenta 100 vezes instante, o objeto
no momento em que o pára-quedas se abre, pode-se
a. interrompe sua queda em direção ao solo.
afirmar que
b. inverte o sentido de sua velocidade.
v2 v2
a. = 0,08. d. = 0,21. c. continua caindo com velocidade crescente.
v1 v1
d. continua caindo, mas a velocidade é decrescente.
v2 v2
FÍSICA

b. = 0,1. e. = 0,3 e. continua caindo, mas a velocidade é constante.


v1 v1
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

v2 13. (Fatec-SP) Um paraquedista desce com velocida-


c. = 0,15. de constante de 4 m/s. Sendo a massa do conjunto de
v1
80 kg e a aceleração da gravidade de 10 m/s2, a força
9. (UFTM-MG) Um pequeno corpo rígido, abandonado de resistência do ar é de
de determinada altura, cai verticalmente. Verifica-se a. 76 N
que a aceleração desse corpo, inicialmente igual à da b. 80 N
gravidade, se reduz rapidamente até se anular, quan-
c. 800 N
EM-L7-21B-22

do a velocidade atinge um valor constante até o corpo


chegar ao solo. Essa observação nos permite concluir d. 480 N
que a resistência do ar ao movimento desse corpo: e. 48 N

31

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 31 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 10
14. (Fuvest-SP) Objetos em queda sofrem os efeitos b. Força
resultante
  CAPÍTULO 10

da resistência do ar, a qual exerce uma força que se


opõe ao movimento desses objetos, de tal modo que,
após um certo tempo, eles passam a se mover com ve-
locidade constante. Para uma partícula de poeira no ar,
caindo
 verticalmente, essa força pode ser aproximada 0 TA
  Tempo
por Fa = − b ⋅ v, sendo v a velocidade da partícula de
poeira e b uma constante positiva. O gráfico mostra o
comportamento do módulo da força resultante sobre
a partícula, FR, como função de v. Calcule o valor de b a
partir das informações do gráfico c. Força
resultante
FR (10–14 N)

2 0 TA Tempo

d. Força
1 resultante

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1


v (10–4 m/s)
0 TA Tempo
a. 1,0 ∙ 10-14 d. 1,0 ∙ 10-10
b. 1,5 ∙ 10-14 e. 3,0 ∙ 10-10 e. Força
resultante
c. 3,0 ∙ 10-14

15. Considere o deslocamento de um ônibus de


14 metros de comprimento, 2,6 metros de largura e
4,0 metros de altura, que se desloca por uma rodo- 0 TA Tempo
via, com velocidade constante de 90 km/h. A força de
arrasto sofrida pelo ônibus, sendo a densidade do ar
de 1,8 kg/m3, é mais próxima de (Use coeficiente de Desafio
arraste: CD = 1,05)
17. (Unicamp-SP) Abandona-se, de uma altura
a. 14 248 N d. 6 142 N
muito grande, um objeto de massa m, que então cai
b. 11 374 N e. 5 227 N verticalmente. O atrito com o ar não é desprezível;
c. 9 652 N sobre o objeto atua uma força resistiva proporcio-
nal ao quadrado da velocidade: Fr = – k · v2
16. (Enem) Em um dia sem vento, ao saltar de um a. Faça um diagrama das forças atuando sobre o
avião, um paraquedista cai verticalmente até atingir a objeto durante a queda.
velocidade-limite. No instante em que o paraquedas
é aberto (instante TA), ocorre a diminuição de sua ve- b. Depois de um longo tempo, o objeto atinge veloci-
dade constante. Calcule o valor dessa velocidade.
locidade de queda. Algum tempo após a abertura do
paraquedas, ele passa a ter velocidade de queda cons- Dados: m = 4,0 kg; k = 2,5 kg/m; g = 10 m/s2
tante, que possibilita sua aterrissagem em segurança. Faça junto
Que gráfico representa a força resultante sobre o para-
quedista, durante seu movimento de queda? 18. Após estudarem os efeitos da resistência do ar
nos corpos, reúnam-se em grupos para investigar
a. Força
como a aerodinâmica dos carros de Fórmula 1 con-
resultante
segue aproveitar essa resistência para aumentar a
aderência na realização das curvas. Para isso, façam
uma pesquisa sobre a evolução desses carros ao
longo dos anos. Anexem fotos e nelas identifiquem
0 TA Tempo os dispositivos que proporcionam a maior aderên-
cia dos carros ao solo.
EM-L7-21B-22

Organizem todas as informações em um painel virtual


para apresentação e compartilhamento posterior.

32

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 32 23/03/2022 11:42


PARA
CONFERIR
1. (UFRN) É muito comum observarmos nas fachadas e 15 cm, respectivamente. Para verificar qual delas
de edifícios em construção andaimes constituídos era a mais macia, pendurou, na vertical, um mesmo
por uma tábua horizontal sustentada por cordas objeto em cada uma das molas separadamente. Após
que passam por roldanas presas no topo da edifi- o equilíbrio, Paula aferiu que o comprimento final
cação. O fato de um dos operários se deslocar sobre das molas A e B tinha os valores de 12 cm e 18 cm,
o andaime em direção ao outro, por exemplo, quan- respectivamente.
do vai entregar alguma ferramenta ao companhei- De acordo com suas observações, a estudante verifi-
ro, afeta a distribuição de forças sobre as cordas. cou que
Nesse sentido, considere a situação mostrada na
a. a mola A é mais macia.
figura a seguir. Nela, um dos operários se encontra
na extremidade esquerda do andaime, enquanto o b. a mola B é mais macia.
outro, após ter caminhado em direção a ele, con- c. o experimento é inconclusivo.
duzindo uma marreta, encontra-se parado no meio d. as molas são igualmente macias.
do andaime.
3. (UFF-RJ) Uma caixaé puxada sobre um piso horizon-
x y tal por uma força (F), paralela ao piso, cujo módulo
é igual ao da força de atrito entre as superfícies em
contato, com direção e sentido mostrados na figura.
O gráfico velocidade (v) × tempo (t) que melhor des-
creve o movimento da caixa é:

Considerando a situação mostrada na figura, pode-se


a. v
afirmar que a
a. força resultante sobre o andaime é diferente de t
zero e a tensão na corda Y é maior que na corda X.
b. v
b. força resultante sobre o andaime é igual a zero e a
tensão na corda Y é maior que na corda X. t
c. força resultante sobre o andaime é diferente de
c. v
zero e a tensão na corda X é maior que na corda Y.
d. força resultante sobre o andaime é igual a zero e a t
tensão na corda X é maior que na corda Y.
d. v
2. A estudante Paula, do Ensino Fundamental, necessi-
t
ta de uma mola macia para realizar um trabalho que
será apresentado na feira de Ciências de sua escola. e. v
Na caixa de ferramentas, ela encontrou duas mo-
las, A e B, de comprimentos iniciais iguais a 10 cm t

Seu Espaço
FÍSICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
EM-L7-21B-22

33

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 33 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO

11 APLICAÇÕES DAS
LEIS DE NEWTON (PARTE I)

SUMÁRIO
1. Sistema de blocos –
Plano horizontal36
2. Polias36
3. Sistemas de blocos –
Plano vertical 38
4. Máquina de Atwood39

HABILIDADES
• Construir questões, elaborar hipóteses,
previsões e estimativas, empregar instrumentos
de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados
experimentais para construir, avaliar e justificar
conclusões no enfrentamento de situações-
-problema sob uma perspectiva científica.
• Comunicar, para públicos variados, em
diversos contextos, resultados de análises,
pesquisas e/ou experimentos, elaborando
e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas,
símbolos, códigos, sistemas de classificação e
equações, por meio de diferentes linguagens,
mídias, tecnologias digitais de informação
e comunicação (TDIC), de modo a participar
e/ou promover debates em torno de temas
científicos e/ou tecnológicos de relevância
sociocultural e ambiental.
• Interpretar textos de divulgação científica que
tratem de temáticas das Ciências da Natureza,
disponíveis em diferentes mídias, considerando
a apresentação dos dados, tanto na forma de
textos como em equações, gráficos e/ou tabelas,
a consistência dos argumentos e a coerência
das conclusões, visando construir estratégias de
seleção de fontes confiáveis de informações.

O uso de máquinas simples


em academias para produzir
as relações entre forças
adequadas aos exercícios.

34

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 34 23/03/2022 11:42


A

VLADIMIR VLADIMIROV/ISTOCK
s relações entre as forças aplicadas em cabos, fios ou cordas dependem do arranjo me-
cânico estabelecido.
Um lugar onde encontramos esses arranjos variados é a academia. Nela, os equipa-
mentos utilizados pelas pessoas para realizarem diferentes exercícios são exemplos das cha-
madas máquinas simples. Nessas máquinas, o uso de polias ou roldanas é fundamental para
direcionar a ação de forças e, também, promover condições em que elas apresentem configu-
rações que favoreçam o funcionamento e a regulagem dos equipamentos.
Essas polias e roldanas também são responsáveis por gerar efeitos em que as forças atuantes
no sistema possam ser divididas, de maneira a facilitar o levantamento de um objeto pesado.
Diante dos inúmeros arranjos possíveis, a distribuição e o direcionamento das forças colabo-
ram com a execução de ações que permitem ao ser humano realizar tarefas com mais facilidade
e com maior efetividade.
Em nosso dia a dia, podemos observar vários desses arranjos que se tornam mais e mais
poderosos quando sistemas hidráulicos e elétricos a eles são incorporados.
Também estão presentes no estudo das situações de equilíbrio, tão importantes em siste-
mas específicos.
Analisaremos neste capítulo uma variedade de arranjos utilizados em situações cotidianas
diversas, proporcionando maior segurança e conforto para o ser humano.

FÍSICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

35

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 35 23/03/2022 11:42


1. SISTEMAS DE BLOCOS - PLANO HORIZONTAL Observe que, nos dois blocos, na vertical, as forças peso e nor-
É bastante comum a utilização de sistemas de blocos para mal se equilibram.
estudar as forças que atuam em corpos na horizontal. a. Na horizontal, os blocos apresentam a mesma aceleração.
As figuras (a) e (b) ilustram duas possíveis situações Assim, temos:
CAPÍTULO 11

de interligação entre blocos. Bloco A: FR(A) = F − f ⇒ 5 · a = 36 − f (1)


Bloco B: FR(B) = f ⇒ 7 · a = f (2)
Fio
Substituindo (2) em (1), obtemos:
F F
A B A B 5 · a = 36 − 7 · a
12 · a = 36
(a) (b)
a = 3,0 m/s2
(a) dois blocos em contato sob a ação de uma força; (b) dois
blocos, em um plano horizontal, interligados por um fio e sob
b. A força f de contato com que o bloco A empurra o
a ação de uma força. bloco B vale:
Em (2):
O estudo matemático de um sistema de blocos, envol- f=7·a
ve o cálculo da aceleração, da força de contato entre os f=7·3
blocos e da tração no fio que interliga os blocos. Para isso, f = 21 N
são fundamentais o diagrama de forças em cada bloco e
as leis de Newton.
Devemos lembrar que as forças a serem considera- 2. POLIAS
das são:
 São vários os arranjos e sistemas físicos que nos pro-
• Peso (P) − interação de cada bloco com a Terra;
  porcionam auxílio e facilidades na execução de várias
• Contato (normal N e atrito Fa ) − interação de tarefas. Esses sistemas oferecem o que chamamos de
cada bloco com a superfície de apoio; vantagem mecânica e permitem que realizemos tare-

• Tração (T) − interação de cada bloco com o fio de fas utilizando força menor do que aquela exigida sem
interligação;
 o uso deles.
• Força (F) − aplicada por um agente externo Vamos conhecer alguns desses sistemas.
(operador).
Com um sistema constituído por polias ou roldanas,
Acompanhe o exercício resolvido a seguir, que ilus-
podemos alterar a direção de forças, seus sentidos e a
tra o desenvolvimento, passo a passo, da resolução de
intensidade delas.
um desses sistemas de blocos.
Esses sistemas permitem o levantamento de ob-
jetos de grande massa, proporcionando redução de
APRENDER SEMPRE forças aplicadas nas operações de salvamento, rea-
1. Em uma superfície plana, horizontal e perfeitamente lisa (sem lizadas principalmente por brigadas de incêndio e
atrito), estão apoiados dois blocos, A e B, de massas 5,0 kg e corpo de bombeiros.
7,0 kg, respectivamente. Uma pessoa aplica uma força horizontal O simples arranjo contendo duas ou mais polias
de 36 N no bloco A, conforme mostra a figura. móveis pode promover uma significativa redução
de forças.
|F| = 36 N Vamos analisar os arranjos com uma, duas e três po-
A B
lias móveis, verificando qual é a vantagem mecânica
proporcionada em cada um. Observe a figura.

Determine:
Arranjo 1 Arranjo 2
a. a aceleração de cada bloco;
b. a intensidade da força com que o bloco A empurra o
bloco B.
Resolução T’ = 50 N T’ = 50 N
T = 100 N
As figuras seguintes mostram os diagramas de forças nos dois
blocos, onde f é a força de contato entre A e B.
P
NB P
NA F = T’ = 50 N
f
F –f B P = 100 N F=T
EM-L7-21B-22

A
2
F = T = 100 N P = 100 N
PA PB

36 Arranjo 3 Arranjo 4

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 36 23/03/2022 11:42


T’’’ = 12,5 N T’’’ = 12,5 N
P
F = T’ = 50 N
P = 100 N F=T
2
F = T = 100 N P = 100 N

Arranjo 3 Arranjo 4
NOTA BIOGRÁFICA

T’’ = 25 N T’’’ = 12,5 N T’’’ = 12,5 N


T’’ = 25 N

GEMÄLDEGALERIE ALTE MEISTER


T’ = 50 N T’ = 50 N T’’ = 25 N T’’ = 25 N

T’ = 50 N

T’ = 50 N
P F = T’’ = 25 N
F= T F = T’’’ = 12,5 N
4 F= T
8
P = 100 N
P

Arquimedes, sábio grego, viveu em Siracusa, ilha próxima da


P = 100 N Itália, de 287 a.C. a 212 a.C. Sua obra científica é considerável,
tanto em matemática quanto em física. Deu início aos estudos
de geometria infinitesimal, aperfeiçoou o sistema numérico
• Arranjo 1: Uma única polia fixa que serve apenas grego e criou um método para o cálculo aproximado de π. Em
de guia para a corda, não promovendo nenhuma física, foi o iniciador dos estudos da estática dos sólidos, assim
como da hidrostática. Atribui-se a Arquimedes a invenção de
vantagem mecânica. Ao se levantar o corpo de peso mecânicas sutis: alavancas, cadernais e máquinas de guerra.
100 N, a força utilizada deverá ser também de 100 N. Foi morto pelos romanos durante a tomada de Siracusa.
(Dicionário Enciclopédico Ilustrado Larousse)
• Arranjo 2: Uma polia fixa e uma polia móvel.
Observe que, com a polia móvel, o peso do corpo
é dividido em duas trações T’, sendo a da direi-
ta aquela que corresponderá à força que deve ser PARA EXPLORAR
aplicada para levantar o corpo, 50 N.
• Arranjo 3: Uma polia fixa e duas polias Por meio do link a seguir, acesse a simulação, monte arranjos
com uma ou mais polias e verifique sua vantagem mecânica.
móveis. Neste caso, observe que nas duas po-
lias móveis ocorre uma divisão de forças. Na
primeira, mais baixa, o peso do corpo é dividi- Disponível em:
do em duas trações T’ e, em seguida, essa tra- <coc.pear.sn/Dk4USI0>.
ção T’ é novamente dividida em duas outras,
sendo que T’’ corresponderá à força necessária
para levantar o corpo, 25 N.
• Arranjo 4: Uma polia fixa e três polias móveis.
APRENDER SEMPRE
Semelhantemente ao arranjo anterior, temos ago-
ra três momentos de divisão de forças, na primei- 2. (Fuvest-SP) Considere o esquema representado na figura.
ra com T’, na segunda com T’’ e na terceira T’’’, que As roldanas e a corda são ideais.
corresponderá à força necessária para levantar o
corpo, 12,5 N.
Observe que as polias fixas não alteram em nada as
composições de força. Além disso, a cada polia móvel
acrescentada, a vantagem mecânica dobra, ou seja, a for-
ça necessária para erguer a carga fica reduzida à metade.
FÍSICA

Podemos expressar uma relação para essa vanta-


gem mecânica, em razão do número de polias móveis.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

P
Assim, temos:

P
F=
2n
EM-L7-21B-22

Um dos primeiros físicos a perceber a utilidade de


uma polia móvel para multiplicar a ação de uma força

foi Arquimedes.

37

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 37 23/03/2022 11:42


Para compreendermos o que acontece com o siste-
O corpo suspenso da roldana móvel tem peso de 550 N. ma, quando abandonado na configuração acima, pre-
a. Qual é o módulo da força vertical (para baixo) que o ho- cisamos analisar como as forças atuam em cada bloco.
mem deve exercer sobre a corda, para equilibrar o sistema?
Representando-as cada um, em separado, temos:
b. Para cada 1 metro de corda que o homem puxa, de quan-
CAPÍTULO 11

to se eleva o corpo suspenso? NA TB


Resolução
TA TA = TB = T
No esquema observamos a existência de duas polias, sendo A B
que uma delas é móvel. Polias móveis proporcionam o que cha-
mamos de vantagem mecânica. Nesse caso, com apenas uma
PA PB
única polia móvel, a vantagem mecânica será 2n, em que n é o
número de polias móveis. Então, 21 = 2.
a. Se o peso do corpo é de 550 N, significa que o homem
Analisando as resultantes em cada um deles, consi-
precisará de apenas metade desse valor para conseguir derando que o sentido positivo para o sistema seja o do
suspendê-lo, ou seja, 275 N. movimento de A para a direita, com B descendo, temos:
b. Da relação obtida pela vantagem mecânica, para cada  PB − T = m B ⋅ a
1 metro que o homem puxa de corda, ele suspende o 
 T = mA ⋅ a
corpo em 0,5 m.
mB ⋅ g = ( m A + m B ) ⋅ a
2 ⋅ 10 = ( 3 + 2 ) ⋅ a

3. SISTEMAS DE BLOCOS - PLANO VERTICAL a = 4 m/s2

Muito comuns em tratamentos fisioterápicos, no auxílio e Portanto, o conjunto se movimenta no sentido da


recuperação de pessoas que, por algum motivo, perderam descida do corpo B, com aceleração de 4 m/s2.
mobilidade, as trações envolvidas em cada fio podem for- Ainda podemos determinar a tração no fio que une
necer ao paciente a força necessária para alongar alguma os corpos A e B.
musculatura específica de maneira localizada. Assim, temos:
T = mA · a
T = 3 · 4 = 12 N
De maneira geral, na análise dos sistemas de blocos é
sempre importante identificar em cada bloco como se
comporta a resultante de forças e, assim, trabalhar com o
sistema montado na busca das informações solicitadas.
ROMAN ZAIETS/DREAMSTIME

Utilizando o mesmo conjunto de blocos e acrescen-


tando atrito à superfície onde se encontra o bloco A,
vamos analisar se o sistema entra ou não em movi-
mento, simplesmente com a ação da força peso do blo-
co B. Consideraremos para essa análise o coeficiente
de atrito estático de 0,25.
Representando novamente as forças que atuam em
cada bloco, temos:
NA TB
Adulto em fisioterapia de tração.
Fa TA
(A) A B TA = TB = T

Vamos analisar um sistema de blocos conectados


para verificar como se comportam com ou sem a pre- PA PB
sença do atrito. Observe a figura.
Ao analisar as resultantes utilizando o mesmo senti-
A do adotado anteriormente, temos:

P − T = m B ⋅ a
mA = 3 kg
B T − F = m ⋅ a
mB = 2 kg  a( A ) A
g = 10 m/s2
mB ⋅ g − µ ⋅ m A ⋅ g = ( m A + m B) ⋅ a
2 ⋅ 10 − 0,25 ⋅ 3 ⋅ 10 = ( 3 + 2 ) ⋅ a
EM-L7-21B-22

Nesse caso, vamos, primeiramente, desconsiderar o a = 2,5 m/s2


atrito entre a mesa e o bloco A.

38

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 38 23/03/2022 11:42


Vemos, neste caso, que a existência do atrito entre o 4. MÁQUINA DE ATWOOD
bloco A e a mesa reduziu a aceleração do sistema, que
mantém o comportamento de descida do bloco B e o Esse dispositivo consta de uma polia fixa em um su-
movimento para a direita do bloco A. porte, ou no teto, e dois corpos de massas diferentes
presos às extremidades de um fio ideal que passa pela
polia (roldana), conforme mostra a figura.
APRENDER SEMPRE

3. Na figura, temos dois corpos, A e B, de massas iguais a 4,0 kg e


6,0 kg, respectivamente. O sistema é abandonado do repouso e o Dispositivo
coeficiente de atrito entre o bloco A e a superfície de apoio é 0,25. mecânico
Considere a roldana e o fio ideais. conhecido
como máquina
de Atwood.
A B
A

NOTA BIOGRÁFICA
g = 10 m/s 2
George Atwood (1745-1807), matemático

COLEÇÃO PARTICULAR
B inglês, desenvolveu um dispositivo que se
tornou conhecido como máquina de Atwood,
o qual permite calcular a aceleração de que-
da de corpos ou a aceleração da gravidade,
Determine:
usando-se as leis de Newton.
a. a aceleração do sistema de blocos;
b. a intensidade da tração no fio que liga os blocos.
Considerando que a massa do corpo A seja maior
Resolução
que a massa do corpo B, observaremos que o bloco A
Nas figuras seguintes, temos os diagramas de forças para os desce em movimento acelerado e B sobe em movi-
blocos A e B.
mento acelerado, ambos a partir do repouso e com a
mesma aceleração em módulo.
NA TB
Nessas condições, temos os diagramas de forças:
TA TB Diagrama
Fa TA de forças
(A)
A B nos blocos
Bloco A PA Bloco B PB constituintes
PB da máquina de
Atwood.
PA
a. Bloco A
Vertical: Como o fio é ideal, temos, em módulo: TA = TB = T. Ba-
NA = PA (normal e peso se equilibram); seada nas expressões para a força resultante de cada
Horizontal: bloco, podemos determinar a aceleração do conjunto,
FR = TA − Fa conhecendo-se a aceleração da gravidade no local.
(A) (A)
mA · a = TA − μ · NA
4 · a = TA − 0,25 · 4 · 10 APRENDER SEMPRE
4 · a = TA − 10 (1)
Bloco B 4. (Fuvest-SP) Um sistema mecânico é formado por duas polias
Vertical: ideais que suportam três corpos A, B e C de mesma massa m,
suspensos por fios ideais como representado na figura.
FR = PB − TB
(B)
mB · a = mB · g − TB
FÍSICA

6 · a = 6 · 10 − TB
6 · a = 60 − TB (2)
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

g
Somando-se as expressões (1), (2) membro a membro, e
lembrando que TA = TB (fio ideal), obtemos: T T T T
4 · a + 6 · a = −10 + 60 m m m
a = 5,0 m/s² A B C
b. A intensidade da tração (TA = TB = T) que liga os dois blo-
P P P
cos é dada, baseada na expressão (1), por:
1 4 · 5 = T − 10 ⇒ T = 30 N O corpo B está suspenso simultaneamente por dois fios, um
EM-L7-21B-22

O mesmo resultado seria obtido caso usássemos a ex- ligado a A e outro a C. Podemos afirmar que a aceleração do
pressão (2). corpo B será

39

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 39 23/03/2022 11:42


( )
Somando as três equações, temos:
g
a. zero. d. 2⋅ para baixo.
3 m⋅g − T = m⋅a

() ( )
2⋅T −m⋅g = m⋅a
g g
b. para baixo. e. 2 ⋅ para cima. m⋅g − T = m⋅a
CAPÍTULO 11

3 3

( )
c. 2 ⋅
g
3
para cima.
m⋅g = 3⋅m⋅a
a=
g
3
Resolução
Analisando as resultantes em cada bloco, vemos que todos
para cima
eles estão sujeitos às trações T. Somente o bloco central está
sujeito a uma tração 2 · T. Alternativa correta: C
Para o bloco A, descendo, temos:
P−T =m⋅a
m ⋅ g − T = m ⋅ a (I) PARA EXPLORAR
Bloco B sobe, temos: Professor, como apoio ao seu trabalho, sugerimos a leitura do
2⋅T −P = m⋅a artigo “Elasticidade numa queda radical”.
2 ⋅ T − m ⋅ g = m ⋅ a ( II )
Bloco C desce, temos: Disponível em: <coc.pear.sn/RShu9AK>.
P − T = m⋅a
m ⋅ g − T = m ⋅ a ( III )

Anotações

EM-L7-21B-22

40

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 40 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 11
MÓDULO 40 ■ SISTEMAS DE BLOCOS
Exercícios de APLICAÇÃO

1. (UCS-RS) Uma força de intensidade 20 N atua sobre A superfície sobre a qual desliza o conjunto é horizon-
os blocos A e B, de massas mA = 3 kg e mB = 1 kg, como tal e sem atrito. Considere g=10 m/s2 e determine:
mostra a figura a. a intensidade da força que A aplica em B
b. a intensidade da força que B aplica em A
A
20 N c. a intensidade da força resultante sobre cada bloco.
B

Resolução
a. Como não existe atrito, por menor que seja a massa do sistema e a força aplicada o sistema sempre se moverá no caso, para a direita. Colo-
cando as forças que agem sobre cada bloco apenas na direção do movimento (forças horizontais) temos:

A
20 N
NBA NAB B


NAB é a intensidade da força que A aplica em B.

NBA é a intensidade da força com que B reage em A.
  
Como NBA e NAB constituem par ação e reação elas tem a mesma intensidade, logo chamaremos de N .
   
No Bloco A temos: FR = mA ⋅ a ⇒ 20 – N = 3 ⋅ a (1)
   
No Bloco B temos: FR = mB ⋅ a ⇒ N = 1 ⋅ a (2)
 
Somando (1) com (2) temos: 20 = 4 ⋅ a ⇒ a = 5 m/s2 que será a mesma para os dois blocos, pois eles se movem juntos.
  
Substituindo a = 5 m/s2 em (1) ou em (2) temos: N = 5 N , logo a intensidade da força que A aplica em B é N = 5 N.

b. A intensidade da força que B aplica em N = 5 N

c. Da relação (1) temos:


 
F = mA ⋅ a ⇒ 3 ⋅ 5 = 15 N

Da relação (2) temos:


 
F = mB ⋅ a ⇒ 1 ⋅ 5 = 5 N

FÍSICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
EM-L7-21B-22

41

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 41 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 11
2. (UFBA) Os três blocos P, Q e R da figura abaixo en- 3. (UFRGS-RS) Dois blocos, 1 e 2, são arranjados de duas
  CAPÍTULO 11

contram-se em repouso sobre uma superfície plana, maneiras distintas e empurrados sobre uma superfície
horizontal e perfeitamente lisa. sem atrito, por uma mesma força horizontal F. As situa-
ções estão representadas nas figuras I e II.
P
F Q
F 2 F 2
R 1 1

I II

Suas massas mP = 6 kg, mQ = 4 kg e mR = 2 kg. Uma força Considerando que a massa do bloco 1 é m1 e que a
 massa do bloco 2 é m2 = 3 · m1, a opção que indica
de intensidade F = 48 N é aplicada sobre o bloco P.
a intensidade da força que atua entre os blocos, nas
Considere g = 10m/s² e determine a intensidade, dire-
situações I e II, é, respectivamente
ção e sentido da força que o bloco R aplica no bloco Q.
F F F F
Resolução a. e d. 3 · e
4 4 4 4
Temos as seguintes forças no sistema representadas na figura
a seguir F F
b. e3· e. F e F
2 4
P
N1 F F
F N1 Q c. e
R 2 2
N2 N2
Resolução
Em ambos os casos, a aceleração será a mesma.
No Bloco P temos:
   F = ( m1 + m2 ) ⋅ a ⇒ F = ( m1 + 3 · m1 ) ⋅ a
 
FR = mP ⋅ a ⇒ F – N1 = 6 ⋅ a (1) F
F = 4 · m1 ⋅ a ⇒ a =
Para o Bloco Q temos: 4 · m1
   
FR = mR ⋅ a ⇒ N2 = 2 ⋅ a (2) Então, as forças de contato serão dadas por:
Para o bloco R temos:
    F 3·F
FR = mR ⋅ a ⇒ N2 = 2 ⋅ a (3) F12 = m2 ⋅ a ⇒ F12 = 3 ⋅ m1 ⋅ ⇒ F12 =
4 · m1 4
Somando (1) com (2) com (3) temos: F F
  F21 = m1 ⋅ a ⇒ F21 = m1 ⋅ ⇒ F21 =
48 = 12 ⋅ a ⇒ a = 4 m/s2 4 ⋅ m1 4
 
Logo N2 = 2 ⋅ a = 8 N Alternativa correta: D
Habilidade
Calcular a resultante das forças e aplicar as leis de Newton em
sistemas de blocos, polias e plano inclinado.

EM-L7-21B-22

42

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 42 23/03/2022 11:42


Exercícios EXTRAS

4. (UFRJ) Dois carros de corrida são projetados de F TA TA


I II
forma a aumentar o atrito entre os pneus e a pista.
S
Os projetos são idênticos, exceto que num deles os
pneus são mais largos e no outro há um aerofólio.
T B TB F
Nessas condições, podemos dizer que I II
a. em ambos os projetos, o atrito será aumentado S
em relação ao projeto original.
Desconsiderando os atritos entre os blocos e a superfí-
b. em ambos os projetos, o atrito será diminuído em
relação ao projeto original. T
cie S, a razão entre as trações A corresponde a
c. o atrito será maior no carro com aerofólio. TB
9
d. o atrito será maior no carro com pneus mais largos. a.
10
e. nenhum dos projetos alterará o atrito.
4
5. (UERJ) Em um experimento, os blocos I e II, de mas- b.
7
sas iguais a 10 kg e a 6 kg, respectivamente, estão in-
terligados por um fio ideal. Em um primeiro momen- 3
c.
to, uma força de intensidade F igual a 64 N é aplicada 5
no bloco I, gerando no fio uma tração TA. Em seguida,
uma força de mesma intensidade F é aplicada no blo- 8
d.
co II, produzindo a tração TB. Observe os esquemas: 13

Seu Espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, tratamos da análise de sistemas de blocos em movimento na horizontal. Escolher alguns exercícios e comentar a resolução
deles, utilizando dois processos:
1) Isolar cada bloco, traçar o diagrama de forças e resolver o sistema de equações;
2) Juntar os blocos em um só. Com isso, eliminamos as forças internas de um bloco no outro e aplicamos a segunda lei de Newton para a
massa total, levando em conta somente as forças externas: força aplicada e atrito, se houver.
Utilizar composições ferroviárias como exemplo ou mesmo os ônibus articulados e os chamados “Treminhões” (Cavalo + três reboques).
Como sugestão, o módulo 42 poderá ser ministrado como Atividade Inovadora.

FÍSICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
EM-L7-21B-22

43

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 43 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 11
Exercícios PROPOSTOS
  CAPÍTULO 11

Da teoria, leia os tópicos 1 e 2. 9. (UEL-PR) Considere o sistema constituído por três


Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! blocos de massas m1, m2 e m3, apoiados um sobre o
outro, em repouso sobre uma superfície horizontal,
6. Dois blocos, de massas m1 = 3,0 kg e m2 = 1,0 kg, liga- como mostra a figura a seguir.
dos por um fio inextensível, podem deslizar sem atrito Observe que uma força F é aplicada ao bloco de massa
sobre um plano horizontal. Esses blocos são puxados m2, conforme a representação. Entretanto, esta força é
por uma força horizontal F de módulo igual a 6 N, con- incapaz de vencer as forças de fij entre os blocos mi e
forme a figura a seguir. mj, onde i e j variam de 1 a 3.
(Desconsidere a massa do fio). m1

m1
F
m2 F m2

m3
A tensão no fio que liga os dois blocos é
a. zero Desprezando a resistência do ar, assinale a alternativa
b. 2,0 N que representa todas as forças que atuam no bloco
de massa m2, onde os Ni representam as normais que
c. 3,0 N
atuam nos blocos e Pi correspondem aos pesos dos
d. 4,5 N respectivos blocos com i variando de 1 a 3.
e. 6,0 N a. N 2

7. (UEPG-PR) A figura a seguir representa um con-


junto sobre o qual é exercida uma força igual a 10 N. F
m2
Desprezando o atrito entre os blocos e a superfície, as- f2,3
sinale o que for correto.
Dados: P2
g = 10 m/s2 b. N3
mA = 2 kg P1

mB = 3 kg f1,2
F
m2
f2,3
F B
A
P2
01. A aceleração dos corpos vale 2 m/s . 2 c. N2
P1
02. A força que B exerce em A vale 6 N.
04. A força que A exerce em B vale 4 N. F
m2
08. C
 onsiderando que o conjunto partiu do repouso, f2,3
a equação que fornece o deslocamento do con-
P2
junto será Dx = t2.
d. N3
8. (UNESP) A figura ilustra um bloco A, de massa P1
mA = 2,0 kg, atado a um bloco B, de massa mB = 1,0 kg, f1,2
por um fio inextensível de massa desprezível. O coefi- F
m2
ciente de atrito cinético entre cada bloco e a mesa é μC.
Uma força F = 18,0 N é aplicada ao bloco B, fazendo com
que ambos se desloquem com velocidade constante. P2

e. N2
A B
F N3
mA mB
f1,2
F
m2
Considerando g = 10,0 m/s2, calcule f2,3
EM-L7-21B-22

a. o coeficiente de atrito μC;


b. a tração T no fio. P2

44

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 44 23/03/2022 11:42


10.
 (UFMG) Na montagem abaixo, sabendo-se que a. 1,4 N d. 8,5 N
F = 40 N, m1 = m2 = 1,0 kg e que g = 10 m/s2, qual é o b. 4,2 N e. 9,3 N

valor de T ? Despreze qualquer atrito. c. 7,0 N

F
m1
T 13. (UPE) Sejam os blocos P e Q de massas m e M,
respectivamente, ilustrados na figura a seguir. O coefi-
ciente de atrito estático entre os blocos é µ, entretanto
não existe atrito entre o bloco Q e a superfície A. Consi-
dere g a aceleração da gravidade.
T
m2 F P Q

P Superfície A

A expressão que representa o menor valor do mó-


11. (UFBA) Na figura abaixo os blocos 1, 2 e 3 dulo da força horizontal F, para que o bloco P não
tem. massas m1 = 40 kg, m2 = 20 kg e m3 = 60 kg. caia, é
Considere os fios A e B e a polia ideais, despreze m⋅g  M + m 
a. ⋅ 
todos os atritos e calcule: µ  M + 2 ⋅ m
2 m⋅g
1 (A) b. ⋅ (M + m)
M⋅µ
m⋅M  g 
g =10m/s2 c. ⋅ 
(B) µ  M + m
M⋅g  1 
3 d. ⋅ 
m ⋅ µ  M + m
m⋅g
e.
µ

14. (UFPB) Dois blocos A e B de massas mA = 6 kg


a. a aceleração do sistema e mB = 4 kg, respectivamente, estão apoiados sobre
b. a intensidade da força de tração no fio B uma mesa horizontal e movem-se sob a ação de uma
força F de módulo 60 N, conforme representação na
12. (UFPR) Um bloco B de massa 400 g está apoia- figura a seguir.
do sobre um bloco A de massa 800 g, o qual está
F
sobre uma superfície horizontal. Os dois blocos A B
estão unidos por uma corda inextensível e sem
massa, que passa por uma polia presa na parede, Considere que o coeficiente de atrito dinâmico
conforme ilustrado a seguir. O coeficiente de atri- entre o corpo A e a mesa é μA = 0,2 e que o coe-
to cinético entre os dois blocos e entre o bloco A ficiente entre o corpo B e a mesa é μ B = 0,3. Com
e a superfície horizontal é o mesmo e vale 0,35. base nesses dados, o módulo da força exercida
Considerando a aceleração da gravidade igual a pelo bloco A sobre o bloco B é
FÍSICA

10 m/s2 e desprezando a massa da polia, assina-  Dado: g = 10 m/s2


CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

le a alternativa correta para o módulo da força F a. 26,4 N d. 39,2 N


necessária para que os dois blocos se movam com b. 28,5 N e. 48,4 N
velocidade constante.
c. 32,4 N

15. (ETAM) Um operário deseja sustentar em repou-


so uma carga de peso P com o auxílio de três rolda-
nas. Associando as roldanas como mostra a figura 1,
B
EM-L7-21B-22

ele consegue sustentar a carga exercendo uma força


F
A de módulo igual a F1. Já associando as roldanas como
mostra a figura 2, ele precisa exercer uma força de

45

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 45 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 11
módulo igual a F2. Finalmente, associando as roldanas 16. (Mackenzie-SP) Um bloco A, de massa 6 kg,
  CAPÍTULO 11

como mostra a figura 3, ele precisa exercer uma força está preso a outro B, de massa 4 kg, por meio de uma
de módulo igual a F3. mola ideal de constante elástica 800 N/m. Os blocos
estão apoiados sobre uma superfície horizontal
 e se
movimentam devido à ação da força F horizontal,
de intensidade 60 N. Sendo o coeficiente de atrito
cinético entre as superfícies em contato igual a 0,4,
a distensão da mola é de

F
B A

Dado: g = 10 m/s2
Figura 1 Figura 2
a. 3 cm d. 6 cm
b. 4 cm e. 7 cm
c. 5 cm

Desafio

17. (OBF) Durante as aulas sobre as leis de Newton,


em especial sobre as condições de atrito entre super-
fícies em contato, o professor colocou um objeto com
massa de 1,0 kg apoiado sobre uma prancha de 4,0 kg,
como mostra a figura. Em seguida,  o professor puxa o
Figura 3 objeto aplicando-lhe uma força F horizontal e cons-
tante. Considerando-se que o atrito entre a prancha e
Considere os fios e as roldanas ideais e desprezíveis os a mesa seja desprezível e que os coeficientes de atrito
atritos nos eixos das roldanas fixas. Nesse caso, F1, F2 estático e dinâmico entre o objeto e a prancha sejam
e F3 são tais que: iguais a 0,8 e 0,6, respectivamente, a maior aceleração
1 que a prancha possa adquirir será de
a. F2 = 2 ⋅ F1 e F3 = ⋅ F1
4
F
1
b. F2 = ⋅ F1 e F3 = F1
2
c. F2 = 2 ⋅ F1 e F3 = F1 a. 1,0 m/s2 e. 2,0 m/s2
b. 1,2 m/s2
1 1
d. F2 = ⋅ F1 e F3 = ⋅ F1 c. 1,5 m/s2
2 4
d. 1,6 m/s2

Anotações
EM-L7-21B-22

46

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 46 23/03/2022 11:42


MÓDULO 41 ■ MÁQUINA DE ATWOOD
Exercícios de APLICAÇÃO

1. (PUC-BA) Um cabo de aço utilizado para mover um 3. (Cesgranrio-RJ) Dois blocos de massas m1 = 2 kg e
elevador suporta um peso máximo igual ao peso de m2 = 1 kg estão ligados por um fio inextensível e sem
um corpo de massa igual a 1 200 kg. Se ele está sus- massa que passa, sem atrito, por uma polia ideal,
tentando um elevador de massa igual a 1 000 kg, como mostra a figura.
qual pode ser a máxima aceleração do elevador na
subida?
Dado: g = 10 m/s2
Resolução
Temos a tração máxima suportada pelo elevador pela relação: m2
  m1
T = m ⋅ g = 1 200 ⋅ 10 = 12 000 N
O Peso do elevador é
 
P = m ⋅ g = 1 000 ⋅ 10 = 10 000 N
  Sabendo-se que os blocos partem do repouso, qual é a
Na subida temos T > P
    velocidade do bloco m2, em m/s, após o bloco m1 des-
F = m⋅a ⇒ T –P
 cer uma altura de 15,0 m?
m ⋅ a ⇒ 1 200 – 10 000 N
  Dado: g = 10 m/s2
1 000 ⋅ a ⇒ ⋅a = 2 m/s2
a. 2,6 c. 7,1 e. 17,3
b. 3,2 d. 10,0

Resolução
Por meio da resultante do conjunto, vamos calcular a aceleração
2. (UFU-MG) Na figura abaixo despreze as forças dis-
do bloco.
sipativas e calcule o valor da carga Q, sabendo que
Assim, temos:
o rapaz exerce uma força de 25N para mantê-la em
equilíbrio. P1 − P2 = ( m1 + m2 ) ⋅ a ⇒ 2 ⋅ 10 − 1 ⋅ 10 = ( 2 + 1 ) ⋅ a
10
10 = 3 ⋅ a ⇒ a = m/s2
3
Pela equação de Torricelli, temos que:
10
v2 = v20 + 2 ⋅ a ⋅ Dh ⇒ v2 = 0 + 2 ⋅ ⋅ 15
3
v2 = 100 ⇒ v = 100
v = 10 m/s
Alternativa correta: D
Habilidade
Calcular a resultante das forcas e aplicar as leis de Newton em
sistemas de blocos, polias e plano inclinado.

Q
FÍSICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

Resolução
Para polias móveis temos:
 
 P  P
F = n ⇒ F = 2 ⇒ 25
2 2

P = 100 N ou seja Q = 100 N
EM-L7-21B-22

47

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 47 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 11
Exercícios EXTRAS
  CAPÍTULO 11

4. (Cesgranrio-RJ) Em uma obra, um operário usa 5. (Cefet-MG) A figura a seguir ilustra uma máquina de
um contrapeso de 23,0 kg para elevar uma carga Atwood.
de 20,0 kg utilizando uma roldana fixa, como mos-
tra a figura a seguir.

23,0 Posição 2 2
kg
4,3 m
1
20,0 Posição 1
kg
Supondo-se que essa máquina possua uma polia e
Considere os atritos e as massas da corda e da roldana um cabo de massas insignificantes e que os atritos
desprezíveis e que a carga passa pela Posição 1 com também são desprezíveis, o módulo da aceleração
velocidade de 2 m/s. Nessas condições, qual é a veloci- dos blocos de massas iguais a m1 = 1,0 kg e m2 = 3,0 kg
dade aproximada da carga na Posição 2, em m/s? sem m/s2 é
Dado: g = 10 m/s2 Dado: g = 10 m/s2
a. 3,2 c. 6,3 e. 10 a. 20 c. 5,0
b. 4,0 d. 8,6 b. 10 d. 2,0

Seu Espaço
Sobre o módulo
Neste módulo, foram abordadas situações de uso da máquina de Atwood. Diante das combinações entre polias e roldanas e das poten-
cialidades dos diversos tipos de arranjos, reforçar o conceito de vantagem mecânica. Ressaltar a importância de um entendimento claro
das leis de Newton como suporte principal para a perfeita compreensão e aproveitamento desses arranjos. Comentar sobre aplicações
de sistemas simples que estão ajudando pessoas com dificuldades de locomoção ou de postura, que basicamente produzem vantagem
mecânica, principalmente para as mais idosas.
Como sugestão, o módulo 42 poderá ser ministrado como Atividade Inovadora.

EM-L7-21B-22

48

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 48 23/03/2022 11:42


Exercícios PROPOSTOS

Da teoria, leia o tópico 4. Suponha que, numa situação como essa, a massa total
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! do elevador seja m = 600 kg e que o módulo de cada
força f seja |F| = 1 350 N.
6. (UFABC-SP) Um mecânico afirma ao seu assistente Calcule o módulo da aceleração com que o elevador
que é possível erguer e manter um carro no alto e em desce sob a frenagem dessas forças.
equilíbrio estático, usando-se um contrapeso mais leve
8. (IFCE) Na figura a seguir, está representada uma
do que o carro. A figura mostra, fora de escala, o esque- máquina de Atwood, cuja polia tem raio R e massa
ma sugerido pelo mecânico para obter o seu intento. desprezível. Na situação da figura, os blocos estão
em repouso e possuem massas, respectivamente,
iguais a MA = 144 g e MB = 96 g. Em determinado ins-
tante, o sistema é abandonado a partir do repouso, e
o bloco A percorre 90 cm em 1,0 s. A velocidade esca-
lar do bloco A, ao percorrer os primeiros 40 cm, vale
Dado: g = 10 m/s2

contrapeso

solo
B

Considerando as polias e os cabos como ideais e, ainda, a. 1,8 m/s d. 1,4 m/s
os cabos convenientemente presos ao carro para que b. 1,6 m/s e. 1,0 m/s
não haja movimento de rotação, determine a massa mí-
c. 1,2 m/s
nima do contrapeso e o valor da força que o cabo cen-
tral exerce sobre o carro, com massa de 700 kg, quando 9. (FGV-SP) Um bloco de peso A, de 100 N, partindo
esse se encontra suspenso e em equilíbrio estático. do repouso, é suspenso por um conjunto de polias
com cabos inextensíveis, conforme ilustra a figura a
Dado: g = 10 m/s2
seguir. Uma força F de 100 N é aplicada ao cabo de
7. (UFRJ-RJ) Quando o cabo de um elevador se que- uma das polias, suspendendo o bloco A.
bra, os freios de emergência são acionados contra-
trilhos laterais, de modo que esses passam a exercer,
sobre o elevador, quatro forças verticais constantes e

iguais a F ,como indicado na figura.
Dado: g = 10 m/s2
FÍSICA

C
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

B
F F

F F
F
EM-L7-21B-22

A
Trilhos Trilhos

49

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 49 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 11
Pode-se determinar a altura do bloco A suspenso, em Sabe-se o seguinte: a corda e a roldana são ideais; o
  CAPÍTULO 11

metros, em um intervalo de tempo de um segundo, sistema está em equilíbrio estático; tanto o homem
sabendo-se que a aceleração da gravidade é de quanto a carga encontram-se em repouso; o ângulo
10 m · s-2. Abandona-se o peso das polias e das cordas entre a corda e a horizontal é de 53,0°.
na presença do peso do bloco e da força de aplicação. O valor aproximado, em N, da resultante das forças de
a. 2,5 atrito entre o calçado do homem e o solo, é
b. 3,75 Dados: g = 10 m/s2
c. 7,5 sen 53,0° = 0,800
d. 15 cos 53,0° = 0,600
e. 30 a. 300 d. 500
b. 375 e. 667
10. (UnB-DF) O esquema abaixo representa dois cor-
pos de massa m e M ligados por um fio ideal que passa c. 400
por uma polia de massa desprezível. Essa configuração
12. (Seduce-GO) A máquina de Atwood é um dispo-
de massas e polias é denominada máquina de Atwood.
sitivo simples que permite, pela determinação da ace-
leração dos corpos em movimento, testar as leis da
mecânica. Basicamente, a máquina é constituída de
dois corpos de massas m1 e m2 presos por um cabo que
circunda uma polia, conforme o sistema mostrado na
figura a seguir. A polia indicada na figura possui uma
m T massa tão pequena que pode ser desprezada. Também
deve-se considerar a massa do cabo e o atrito da polia
com seu eixo de rotação como desprezíveis, m1 > m2 e
g = aceleração da gravidade.
M

Considere que M = 2 · m, que o fio está submetido a


uma tensão T e que a aceleração da gravidade, g, é
igual a 10,0 m/s2.
Nessas condições, o módulo da aceleração dos corpos, m2
em m/s2, será aproximadamente igual a
a. 6,5 c. 0,0
b. 10,0 d. 3,3 m1

11. (Cegranrio-RJ) Um homem sustenta uma carga


de 50,0 kg por meio de uma corda e uma roldana, A partir do texto e da figura acima, assinale a alternati-
como mostra a figura a seguir. va que apresenta a expressão correta da aceleração (a)
e da força de tração (T) no cabo.

m1 − m2 m1 ⋅ m2 ⋅ g
a. a = eT =
Horizontal g ⋅ (m1 + m2 ) 2 · (m1 + m2 )
53,0°
g ⋅ (m1 − m2 ) 2 ⋅ m1 ⋅ m2 ⋅ g
b. a = eT =
m1 + m2 m1 + m2

c. a =
g ⋅ (m1 − m2 )
eT =
(
g ⋅ m1 + m22 )
2 ⋅ (m1 + m2 )
50,0 kg 2
2

g ⋅ (m1 − m2 ) 2 ⋅ m1 ⋅ m2
d. a = eT =
m1 + m2 g ⋅ (m1 + m2 )
EM-L7-21B-22

Horizontal m1 − m2 2 ⋅ m2 ⋅ g
e. a = eT =
g ⋅ (m1 + m2 ) m1 − m2

50

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 50 23/03/2022 11:42


13. (Cesgranrio-RJ) Considere a figura a seguir: se soltou da corda. Desprezando-se a massa da polia
e quaisquer formas de atrito, o tempo necessário, em
segundos, para que B chegue ao chão é igual a
Dado: g = 10 m/s2
R1 R2
a. 0,2
b. 0,4
c. 0,6
d. 0,8

R3 15. (Fuvest-SP) Considere o esquema representado


na figura abaixo. As roldanas e a corda são ideais.

W
R4

F
R5

P P

No sistema de roldanas com cordas inextensíveis da


figura, a força F e o contrapeso W que mantêm o O corpo suspenso da roldana móvel tem peso de 550 N.
sistema em equilíbrio estático são iguais a, respec-
tivamente a. Qual o módulo da força vertical (para baixo) que o
homem deve exercer sobre a corda, para equilibrar
P P
a. e o sistema?
2 2
b. Para cada 1 metro de corda que o homem puxa, de
P P quanto se eleva o corpo suspenso?
b. e
4 2
16. (Fuvest-SP) As figuras mostram dois arranjos
P P
c. e (A e B) de polias construídos para erguer um corpo de
8 4 massa m= 8 kg. As polias e os fios são ideais. Calcule as
P P forças FA e FB , em Newton, necessária para manter o
d. e
16 4 corpo suspenso e em repouso nos dois casos.
P P Dado: g = 10 m/s2
e. e
16 8
A B
14. (Cefet-MG) Dois blocos A e B, de massas MA = 2,0 kg
e MB = 3,0 kg, estão acoplados através de uma corda
FA FB
inextensível e de peso desprezível que passa por uma
polia conforme a figura.
FÍSICA

M M
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

Decorrido um intervalo de tempo t, desde o início do


movimento destes corpos, a soma dos módulos de
seus deslocamentos verticais é igual a

()
a. 1 · g · t2
6
d. g · t2
A B e. 2 · g · t2
b. ()
1
3
· g · t2
EM-L7-21B-22

c. ( 2 ) · g · t
Esses blocos foram abandonados, e, após mover-se por 1 2
1,0 m, o bloco B encontrava-se a 3,0 m do solo quando

51

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 51 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 11
Desafio
  CAPÍTULO 11

17. (Colégio Naval-RJ) Considere um bloco de 2 kg


apoiado sobre uma superfície horizontal cujo
atrito é desprezível. Do lado esquerdo é aplica-
30°
da ao bloco uma força F horizontal de 10 N e do F
Bloco 1
lado direito é ligado a ele uma corda ideal, esti-
cada e inclinada de 30° com a horizontal, con-
forme indicado na figura. A corda, após passar
por um sistema de roldanas ideal, sendo uma
delas móvel, liga-se a outro bloco de 10 kg, po-
rém suspenso pela corda. Marque a opção cor- g Bloco 2
reta que fornece a intensidade aproximada da
tração na corda ideal. Despreze o atrito com o
ar e considere os blocos como pontos materiais.
a. 5 N c. 20 N e. 40 N
Dados: g = 10 m/s2, sen 30° = 0,5 e cos 30° = 0,87.
b. 10 N d. 30 N

Anotações

EM-L7-21B-22

52

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 52 23/03/2022 11:42


MÓDULO 42 ■ APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON
Exercícios de APLICAÇÃO

1. (IFPE) A figura a seguir ilustra dois blocos A e B de massas 3. (Acafe-SC) Um homem queria derrubar uma árvo-
mA = 2,0 kg e mB = 1,0 kg Não existe atrito entre o bloco re que estava inclinada e oferecia perigo de cair em
B e a superfície horizontal, mas há atrito entre os blocos. cima de sua casa. Para isso, com a ajuda de um ami-
Os blocos se movem com aceleração de 2,0 m/s² ao longo go, preparou um sistema de roldanas preso a outra
da horizontal, sem que haja deslizamento relativo entre árvore para segurar a árvore que seria derrubada, a
eles. Se sen(θ) = 0,60
 e cos(θ) = 0,80, qual o módulo, em fim de puxá-la para o lado oposto de sua suposta
newtons, da força F aplicada no bloco A? queda, conforme figura.

θ MA MB g
F

Resolução

Aceleração
 do sistema deve-se a componente horizontal (Fx ) da
força F, logo:

Fx = ( mA + mB ) ⋅ a ⇒ F ⋅ senθ

 (m + m ) ⋅ a
( mA + mB ) ⋅ a ⇒ F = A senθB
(2 + 1) ⋅ 2 6
F= = = 10 N Sabendo que, para segurar a árvore em sua posição, o
0,6 0,6
homem fez uma força de 1 000 N sobre a corda, a força
aplicada pela corda na árvore que seria derrubada é
a. 2 000 N
b. 1 000 N
c. 500 N
d. 4 000 N
2. (UNESP) Três blocos, 1, 2 e 3, de massas respectiva- Resolução
mente iguais a m1, m2 e m3, encontram-se sobre um Para o arranjo utilizado pelo homem, podemos observar o uso de duas
plano horizontal, podendo se deslocar sem atrito. Os polias móveis. Com isso, a vantagem mecânica é de 2n = 22 = 4. Sendo

blocos estão sob ação da aceleração da gravidade g assim, se a força feita pelo homem foi de 1 000 N, a força efetiva na
e de uma força F , como mostra a figura árvore foi quatro vezes maior, ou seja, 4 000 N.
Alternativa correta: D
F
1 2 3 Habilidade
Calcular a resultante das forcas e aplicar as leis de Newton em
 sistemas de blocos, polias e plano inclinado.
Determine a aceleração do sistema e a força F, que
 o
bloco 2 exerce sobre o bloco 3, em função de F, m1,
m2 e m3.

Resolução
Considerando o sistema sem atrito, o bloco descerá e movimen-
FÍSICA

tará o carrinho. Assim, temos para os dois corpos:



  
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

F
F = ( m1 + m2 + m3 ) ⋅ a ⇒ a − g =
m1 + m2 + m3

   m3 ⋅ F
F2,3 = m3 ⋅ a ⇒ F2,3 =
m1 + m2 + m3
EM-L7-21B-22

53

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 53 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 11
Exercícios EXTRAS
  CAPÍTULO 11

4. (UFMG) Observe estes quatro sistemas de roldanas, a roldana pode girar livremente ao redor do seu eixo;
em que objetos de mesma massa são mantidos sus- que a corda é inextensível; e que a massa da roldana
pensos, em equilíbrio, por uma força aplicada na ex- e a da corda são desprezíveis. Considerando-se essas
tremidade da corda: informações, em relação aos módulos dessas quatro
forças, é correto afirmar que
a. F1 = F2 e F3 = F4
b. F1 < F2 e F3 < F4
F2 c. F1 = F2 e F3 < F4
F1 d. F1 < F2 e F3 = F4

5. (UFBA) Um corpo A pesa 100 N e está em repouso


sobre o corpo B, que pesa 200 N. O corpo A está liga-
do por uma corda ao anteparo C, enquanto o corpo B
está sendo solicitado por uma força horizontal F, de
F3
F4 125 N. O coeficiente de atrito de escorregamento en-
tre os corpos A e B é 0,25.

F
B
   
Sejam F1 , F2 , F3 , e F4 as forças que atuam numa das ex-
tremidades das cordas em cada um desses sistemas,
como representado na figura. Observe que, em dois Determine o coeficiente de atrito entre o corpo B e a
desses sistemas, a roldana é fixa e, nos outros dois, ela superfície de apoio e a tração na corda, considerando
é móvel. Considere que, em cada um desses sistemas, o corpo B em movimento iminente.

Seu Espaço

Sobre o módulo
Neste módulo, tratamos de sistemas de blocos, em que pelo menos um bloco está na vertical. Escolher alguns exercícios e comentar a
resolução deles, utilizando dois processos:
1) Isolar cada bloco, traçar o diagrama de forças e resolver o sistema de equações;
2) Juntar os blocos em um só. Com isso, eliminamos as forças internas, de um bloco no outro, e aplicamos a segunda lei de Newton para a
massa total, levando em conta somente as forças externas: força aplicada e atrito, se houver.
São inúmeras situações em que o equilíbrio estático e o dinâmico estão presentes. Diversificar as formas de resolução das questões, mos-
trando as várias maneiras de encaminhamento delas.
O envolvimento de molas e polias nos sistemas em estudo contribuem para variar ainda mais as possibilidades. Reforçar a importância dos
sistemas com vantagem mecânica, como ponto de destaque, as diferenças entre os de uma polia fixa e o de uma polia móvel. Deixar claro
que, se pretendemos um ganho na intensidade da força, devemos optar pela polia móvel − cada polia móvel duplica a força aplicada −, pois a
polia fixa é basicamente utilizada, para alterar a direção e/ou o sentido de uma força.
Proposta de atividade inovadora
Consultar as orientações para a proposta de atividade inovadora, disponíveis no Portal COC Infinito. Caso não seja possível, colocar em
prática esse plano de aula, resolver os exercícios de aplicação e os extras com os alunos.
EM-L7-21B-22

54

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 54 23/03/2022 11:42


Exercícios PROPOSTOS

Da teoria, leia os tópicos 3 e 4. 01. A


 força que deve ser exercida na corda, para bai-
Exercícios de: Tarefa Reforço Aprofundamento Lidere! xo, de modo a suspender o objeto com uma ve-
1
locidade constante, é igual a · m · g.
6. (UERJ) Os corpos A e B, ligados ao dinamômetro 2
D por fios inextensíveis, deslocam-se em movimento
02. S uspender o objeto de massa m com uma veloci-
uniformemente acelerado. Observe a representação
dade constante não é uma situação de equilíbrio.
desse sistema, posicionado sobre a bancada de um
laboratório. 04. Se o sistema representado contivesse três polias
não fixas em vez de uma, a força necessária para
suspender o objeto, com uma velocidade cons-
1
tante, seria igual a · m · g.
3
A 08. P
 ara uma situação semelhante à esquematizada,
D
porém com uma força exercida igual a 400 N, a qual
equilibraria o corpo de massa m, teríamos m = 80 kg.
B
9. (Enem) Uma invenção que significou um gran-
de avanço tecnológico na Antiguidade, a polia
composta ou a associação de polias é atribuída a
A massa de A é igual a 10 kg e a indicação no di- Arquimedes (287 a.C. a 212 a.C.). O aparato consis-
namômetro é igual a 40 N. Desprezando qualquer
te em associar uma série de polias móveis a uma
atrito e as massas das roldanas e dos fios, estime a
polia fixa. A figura exemplifica um arranjo possível
massa de B.
para esse aparato. É relatado que Arquimedes teria
7. (UERJ) Uma empresa japonesa anunciou que pre- demonstrado para o rei Hierão um outro arranjo
tende construir o elevador mais rápido do mundo. Ele desse aparato, movendo sozinho, sobre a areia da
alcançaria a velocidade de 72 km/h, demorando ape- praia, um navio repleto de passageiros e cargas,
nas 43 segundos para chegar do térreo ao 95o andar algo que seria impossível sem a participação de
de um determinado prédio. muitos homens. Suponha que a massa do navio era
de 3 000 kg, que o coeficiente de atrito estático en-
Dados: aceleração constante do elevador; altura de
tre o navio e a areia era de 0,8 e que Arquimedes
cada andar do prédio igual a 4 m; massa do elevador,
tenha puxado o navio com uma força F paralela à
mais sua carga máxima, igual a 3000 kg.
direção do movimento e de módulo igual a 400 N.
Estime a força média que atua sobre o elevador, quan- Considere os fios e as polias ideais, a aceleração da
do está com carga máxima, no percurso entre o térreo gravidade igual a 10 m/s2 e que a superfície da praia
e o 95o andar. é perfeitamente horizontal.
8. (UEPG-PR) A ilustração a seguir mostra um siste-
ma de polias projetado para levantar um objeto de
massa m. O sistema consiste em uma polia fixada ao
teto e em uma polia não fixa à qual o objeto está li-
gado. Sobre o assunto, assinale o que for correto. F

Dado: g = 10 m/s2
FÍSICA

O número mínimo de polias móveis usadas, nessa si-


tuação, por Arquimedes foi
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

a. 3
Força b. 6
c. 7
d. 8
e. 10
EM-L7-21B-22

10. (UFVJM-MG) Esta figura mostra um homem de


m 70 kg deitado sobre uma mesa horizontal, passando
por um procedimento terapêutico.

55

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 55 23/03/2022 11:42


CAPÍTULO 11
12. (EsPCEx-SP) Três blocos A, B e C de massas 4 kg,
  CAPÍTULO 11

6 kg e 8 kg, respectivamente, são dispostos, conforme


representado no desenho a seguir, em um local onde
a aceleração da gravidade g vale 10 m/s2.
M
F
A
g

B
O fio e a polia são ideais e o coeficiente de atrito es-
tático entre o corpo do homem e a mesa vale 0,40. Se
o homem está na iminência de deslizar sobre a mesa, C
assinale a alternativa que contém o valor correto da
massa M do corpo que exerce a tração. Desenho ilustrativo
Dado: g = 10 m/s².
Desprezando todas as forças de atrito e considerando
a. 14 kg c. 40 kg ideais as
 polias e os fios, a intensidade da força hori-
b. 28 kg d. 70 kg zontal F que deve ser aplicada ao bloco A, para que o
bloco C suba verticalmente com uma aceleração cons-
11. (Cefet-MG) Quatro funcionários de uma empresa
tante de 2 m/s2, é de
receberam a tarefa de guardar caixas pesadas de 100 kg
em prateleiras elevadas de um depósito. Como nenhum a. 100 N
deles conseguiria suspender sozinho pesos tão gran- b. 112 N
des, cada um resolveu montar um sistema de roldanas c. 124 N
para a tarefa. O dispositivo que exigiu menos força do
d. 140 N
operário que o montou foi
e. 176 N
a.
13. (FGV-SP) Dois carrinhos de supermercado podem
ser acoplados um ao outro por meio de uma pequena
corrente, de modo que uma única pessoa, ao invés de
empurrar dois carrinhos separadamente, possa puxar
o conjunto pelo interior do supermercado. Um cliente
aplica uma força horizontal de intensidade F, sobre o
carrinho da frente, dando ao conjunto uma aceleração
b. de intensidade 0,5 m/s2.

F
40 kg 100 kg

c. Sendo o piso plano


 e as forças de atrito desprezíveis, o
módulo da força F e o da força de tração na corrente são,
em N, respectivamente
a. 70 e 20
b. 70 e 40
c. 70 e 50
d. 60 e 20
d. e. 60 e 50

14. (EsPCEx-SP) O sistema de polias, sendo uma fixa


e três móveis, encontra-se em equilíbrio estático, con-
forme mostra o desenho. A constante elástica da mola, 
EM-L7-21B-22

ideal, de peso desprezível, é igual a 50 N/cm e a força F


na extremidade da corda é de intensidade igual a 100 N.
Os fios e as polias, iguais, são ideais.

56

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 56 23/03/2022 11:43


Teto C
g
B

F
X

O bloco B desliza com atrito sobre a superfície de


Piso uma mesa plana e horizontal, e o bloco A desce ver-
ticalmente com aceleração constante de módulo a. O
bloco C desliza com atrito sobre o bloco B, e o bloco
O valor do peso do corpo X e a deformação sofrida
D desce verticalmente com aceleração constante de
pela mola são, respectivamente módulo 2 · a.
a. 800 N e 16 cm As massas dos blocos A, B e D são iguais, e a massa do
b. 400 N e 8 cm bloco C é o triplo da massa do bloco A. Nessas condi-
c. 600 N e 7 cm ções, o coeficiente de atrito cinético, que é o mesmo
para todas as superfícies em contato, pode ser expres-
d. 800 N e 8 cm
so pela razão
e. 950 N e 10 cm
a
15. (UDESC) Os blocos de massas m1 e m2 estão presos a.
g
entre si por um fio de massa desprezível, como mostra
a figura a seguir. Uma força horizontal e constante, F0, é g
aplicada sobre a massa m2. Os coeficientes de atrito b.
a
entre os blocos e a superfície de apoio são iguais a µ,
e este conjunto se movimenta para a direita com acele- 2·g
ração constante. c.
3·a

m1 m2 F0 3·a
d.
2·g

Assinale a alternativa correta, em relação às leis de Newton.


m ·F
a. A força que acelera m1 vale 2 0
m1 + m2 Desafio
b. Os blocos possuem aceleração constante dada 17. (AFA-SP) O sistema ilustrado na figura abaixo é
F0 composto de três blocos, A, B e C, de dimensões des-
por − µ·g prezíveis e de mesma massa, duas roldanas e dois fios,
m1 + m2
todos ideais.
m1 · F0
c. A força que acelera m2 vale
FÍSICA

m1 + m2
d. A força que acelera o conjunto é F0.
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

e. Os blocos possuem aceleração constante dada


A
F0
por
m1 + m2
B
C
16. (AFA-SP) A figura a seguir, em que as polias e os
fios são ideais, ilustra uma montagem realizada num lo-
EM-L7-21B-22

cal onde a aceleração da gravidade é constante e igual


a g, a resistência do ar e as dimensões dos blocos A, B, C
e D são desprezíveis.

57

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 57 23/03/2022 11:43


CAPÍTULO 11
Quando o sistema é abandonado, a partir da con- Desprezando quaisquer resistências durante o movi-
  CAPÍTULO 11

figuração indicada na figura, o bloco A passa, en- T'


tão, a deslizar sobre o plano horizontal da mesa, mento dos blocos, pode-se afirmar que a razão B
TB
enquanto os blocos B e C descem na vertical e a
tração estabelecida no fio que liga os blocos A e vale
B vale TB. 1 3
a. c.
Em determinado instante, o bloco C se apoia sobre 3 2
uma cadeira, enquanto B continua descendo e pu- b. 1 d. 2
xando A, agora através de uma tração T'B.

Anotações

EM-L7-21B-22

58

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 58 23/03/2022 11:43


RESPOSTAS

CAPÍTULO 10 No bloco B temos:


   
Para Conferir FR = m ⋅ a ⇒ T2 – T3 = 2 ⋅ 10 = 20 N (2)

1. D No bloco C temos:
  
Como o andaime se encontra em repouso, a resultante de forças FR = m ⋅ a ⇒ –T3 = 3 ⋅ 10 = 30 N (3)
aplicada a ele é nula. Porém, é importante destacar que um dos
operários se encontra no meio do andaime (ponto de aplicação da Substituindo (3) em (2) temos:
força peso) e, o outro, na extremidade X do andaime. Sendo assim,   
T2 – T3 = 20 N ⇒ T2 = 20 + 30 = 50 N (4)
a tensão será maior na extremidade X em relação à extremidade Y.
Substituindo (4) em (1) temos:
a. Incorreta. A força resultante sobre o andaime é nula.   
T1 – T2 = 10 N ⇒ T1 = 10 + 50 = 60 N (5)
b. Incorreta. A tensão na corda Y é menor que na corda X.

c. Incorreta. A força resultante sobre o andaime é nula. Exercícios Propostos

2. B 6. C

A mola que sofre maior distensão é a mais macia. Como na situação 7. A tração máxima ocorrerá na iminência do movimento. Assim,
apresentada a massa nas molas é a mesma e os resultados apre- temos que a máxima força de atrito será de:
sentados são de que a mola A se distendeu 2 cm e a mola B se
Famáx = µ e⋅ N ⇒ Famáx = µ e ⋅ m ⋅ g
distendeu 3 cm, então a mola B é a mais macia.
Famáx = 0,4 ⋅ 500 ⋅ 10 = 2 000 N
a. Incorreta. A mola A sofreu menor distensão e, portanto, é mais
rígida.
Esse valor corresponde à máxima tração que o trator aplicará ao
c. Incorreta. O aluno tem condições de concluir diante das informa- cabo. T = 2 000 N.
ções do enunciado (distensão). Já a tração durante o movimento com velocidade constante será de:
d. Incorreta. Por sofrerem distensões diferentes, não apresentam a
T’ = Fac = µ c⋅ N
mesma característica.
T’ = 0,3 ⋅ 500 ⋅ 10 = 1 500 N
3. A

b. Incorreta. Mesmo com a igualdade no módulo das forças, o estu- 8. TAB = 1 000 ⋅ 3 N
dante entendeu que, aplicando uma força e movendo a caixa, esta 9. C
aumentaria sua velocidade.
10. B
c. Incorreta. O estudante não compreendeu que, diante da igualda- 
de dos módulos da força, a velocidade deveria ser constante. 11. a. T = 7,5 m/s2

d. Incorreta. O estudante se equivocou ao pensar que a aplicação b. Se o fio se romper, sobre o bloco A deixa de existir a força de tra-
de força aumentaria a velocidade indefinidamente, independente- ção, a força resultante sobre ele torna-se nula, ele fica em equilíbrio
mente da ação da força de atrito. dinâmico como mostra a figura

e. Incorreta. O estudante concluiu erroneamente que, diante da v


existência da força de atrito, a velocidade diminuiria, zerando após
A
um determinado tempo.

Módulo 37 N = PA
Exercícios Extras

4. E

Utilizando-se da segunda lei de Newton, na direção horizontal, temos:


1
F – 2 ∙ T ∙ cos θ = m ∙ a ⇒ 16 – 2 ∙ 36 ∙ cos θ = 4 ⇒ cos θ =
FÍSICA

Como 1 está entre 1 e 0, podemos dizer que 60° < θ < 90°
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

6 2

E segue em MRU com velocidade constante v , até se chocar com
Habilidade a polia.

Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, Sobre o bloco B deixa de existir a força T e a força resultante sobre
empregar instrumentos de medição e representar e interpretar    
ele fica sendo apenas seu peso FR = PB ⇒ mB ⋅ a = mB ⋅ g , ele cai
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para em queda livre com aceleração da gravidade.
construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situa-
ções-problema sob perspectiva científica. 12. C
EM-L7-21B-22

5. No bloco A temos: 13. D


   
FR = m ⋅ a ⇒ T1 – T2 = 1 ⋅ 10 = 10 N (1) 14. A

59

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 59 23/03/2022 11:43


RESPOSTAS

15. E Módulo 39

16. C Exercícios Extras

17. T1 > T2 > T3. 4. A

Módulo 38 a. Correta.

Exercícios Extras b. Incorreta. A resultante tende a ser nula, porém o movimento de


descida permanece com velocidade constante.
4. C
c. Incorreta. A velocidade-limite será atingida quando a resultante
Fel = P ⇒ k ⋅ x = m ⋅ g entre as forças peso e de resistência do ar se anularem.
k ⋅ ( 0,25 − 0,20 ) = 0,2 ⋅ 10 d. Incorreta. Durante todo o movimento, o sapo está sujeito à ace-
k = 40 N/m leração da gravidade.

e. Incorreta. A força de resultante do ar atingirá seu valor máximo,


Habilidade quando se igualar à força peso, descendo assim com velocidade
constante.
Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, em-
pregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos Habilidade
explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir, ava-
liar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
sob uma perspectiva científica. empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para
5. As molas de constante k2 estão em paralelo logo o construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situa-
ções-problema sob uma perspectiva científica.
keq = 30 + 30 = 60 N/m.
5. a. Com a descida em velocidade constante, temos que a resul-
O novo arranjo fica em série e temos: tante de forças é nula.

Assim, para a situação de equilíbrio, temos:

ke1 = 60 N/m P = Far ⇒ Far = m ∙ g

Far = 0,2 ∙ 10 = 2 N
k1 = 30 N/m
b. Calculando o tempo de queda da caixa enquanto a bala percorre
k1 seu interior, temos:
∆s y
M v= ⇒ 10 = 0,02
∆t ∆t
∆t = 0,02 = 2 ⋅ 10 s
−3
1 1 1 1 10
= + ⇒ = 20 N/m
k eq 60 30 k eq
Este é o mesmo tempo que a bala percorre o interior da caixa hori-
que é a constante elástica equivalente do conjunto. zontalmente. Então, temos que:
∆s x
Exercícios Propostos vb = ⇒ vb = 0,5 −3
∆t 2 ⋅ 10
6. E vb = 250 m/s

7. L = 28 cm Exercícios Propostos
8. B 6. B
9. C 7. E
10. A
8. v2 = 0,1
xA v1
11. = 2 9. D
xB 5
12. E 10. B
13. A 11. v= 8m/s
14. A 12. E
15. a. k = 10 N/m 13. C
b. gx = 15 m/s 2
14. E
EM-L7-21B-22

16. 14 (02 + 04 + 08) 15. D


17. A 16. B

60

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 60 23/03/2022 11:43


17. a. Representando as forças que atuam no objeto, temos: 12. C
FR 13. B

14. A

P 15. D

16. A
b. v = 4 m/s
17. E
18. Vários acessórios podem melhorar a aerodinâmica dos automó-
veis. O aerofólio é um dos mais utilizados que consiste em uma peça Módulo 41
automotiva que pode ser instalada na dianteira ou traseira do veí-
culo, este serve para “grudar” o carro no chão quando ele estiver em Exercícios Extras
alta velocidade. Assim o motorista adquire maior controle, tanto em
4. A
retas quanto em curvas, reduzindo a turbulência causada pelo vento.
Por meio da resultante do conjunto, vamos calcular a aceleração
CAPÍTULO 11
do bloco.
Módulo 40
Assim, temos:
Exercícios Extras P1 − P2 = ( m1 + m2 ) ⋅ a
4. C 23 ⋅ 10 − 20 ⋅ 10 = ( 23 + 20 ) ⋅ a
Analisando as afirmativas, temos: 30
30 = 43 ⋅ a ⇒ a = m/s2
43
a. Incorreta. Apenas aquele que utiliza o aerofólio.
Pela equação de Torricelli, temos que:
b. Incorreta. Não há diminuição de atrito em relação ao projeto ori-
ginal, mas sim um aumento naquele que utiliza o aerofólio. v2 = v20 + 2 ⋅ a ∆h ⇒ v2 = 22 + 2 ⋅ 30 ⋅ 4,3
43 ( )
c. Correta. A utilização do aerofólio é para aumentar a aderência em v2 = 4 + 6 = 10 ⇒ v = 10
relação ao solo e assim desenvolver velocidades mais altas. Portan-
v ≅ 3,2 m/s
to, o atrito será maior com o dispositivo.

d. Incorreta. O atrito será maior no carro com aerofólio. Habilidade

e. Incorreta. O projeto com o aerofólio altera o atrito. Calcular a resultante das forças e aplicar as leis de Newton em sis-
temas de blocos, polias e plano inclinado.
Habilidade
5. C
Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas,
empregar instrumentos de medição e representar e interpretar Orientando o sentido positivo da descida do corpo 2, temos como
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para resultante:
construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situa-
FR = m ⋅ a ⇒ P2 − P1 = ( m1 + m2 ) ⋅ a
ções-problema sob uma perspectiva científica.
P2 − P1 = ( m1 + m2 ) ⋅ a
5. C
30 − 10 = ( 1 + 3 ) ⋅ a
Como se trata do mesmo conjunto nas duas situações, o módulo da 20
aceleração nos dois casos é o mesmo. De acordo com a segunda lei a= = 5,0 m/s2
4
de Newton, temos para cada situação:
Exercícios Propostos
TA = mII ⋅ a 
TTA =m
= mII ⋅⋅ aa 6. F = 2 000 N
B I
TTB =mmI II⋅ a 6 T 
A
= m = ⇒ TA =
3 7. a = 1 m/s2
TBA 6
10 3
= III
= ⇒ BA = 5
TB mI 10 TB 5 8. C 12. B
FÍSICA

9. D 13. C
Exercícios Propostos
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

10. D 14. C
6. D
11. A
7. 11 (01 + 02 + 08)
15.
8. a. µ c = 0,6
a. 275 N
b. T = 12,0 N
b. 0,5 m.
9. B
EM-L7-21B-22

10. 10: T = 25 N 11. a. a = 5 m/s2 16. FA = 80 N e FB = 40 N

b. TB = 900 N 17. D

61

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 61 23/03/2022 11:43


RESPOSTAS

Módulo 42 Para o corpo A, que permanece em repouso, a resultante de forças


é nula. Assim, temos:
Exercícios Extras
T = Fa( A ) ⇒ T = µ ⋅ NA
4. C
T = 0,25 · 100 = 25 N
Analisando os itens, temos:

a. Incorreta. F3 ≠ F4, por conta das inclinações. Para o corpo B, na iminência do movimento, a resultante de forças
é nula. Assim, temos:
b. Incorreta. F1 = F2.
F = Fa( A ) + Fa( B ) ⇒ F = Fa( A ) + µ ⋅ NB
c. Correta.
F = Fa( A ) + µ ⋅ ( PA + PB ) ⇒ 125 = 25 + µ ⋅ 300
d. Incorreta. F1 = F2.
100 1
100 = µ ⋅ 300 ⇒ µ = =
Habilidade 300 3

Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, Exercícios Propostos


empregar instrumentos de medição e representar e interpretar
modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para 6. mB = 2,5 kg
construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situa-
ções-problema sob uma perspectiva científica. 
7. FR = 3 000 ⋅ 760 ≅ 1 233N
1 849
5. Representando as forças que atuam em A e B, temos:

NA 8. 9 (01 + 08)

9. B
T
A Fa 10. B
A

11. A
PA
12. E

13. C
NB
–Fa –NA
A 14. D
Fa F
B
B 15. B

16. D
PB 17. C

EM-L7-21B-22

62

CO EM 11 INFI 22 33 LV 07 MI LCCN_FIS 21B.indb 62 23/03/2022 11:43


1. Em um laboratório, certo funcionário recebeu cinco 3
9
1
recipientes, cada um contendo somente um tipo de Uma maneira de expressar a forma racionalizada de 3
é
12
.
k
sangue, para que ele fizesse as devidas análises e Alternativa correta: C
identificasse os tipos sanguíneos. O processo utilizado
foi retirar uma amostra de cada recipiente e aplicar os
soros tipos anti-A e anti-B. Após as análises construiu-
-se a tabela.
Volume de Aplicando Aplicando
Recipiente
sangue, em L soro anti-A soro anti-B
I 92 Aglutinou Aglutinou
2. Suponha que, em certo experimento, 5 característi-
II 128 Não aglutinou Não aglutinou cas distintas são determinadas pelos pares de genes
III 64 Não aglutinou Aglutinou Aa Bb CC Dd EE, todos apresentando segregação inde-
IV 36 Aglutinou Não aglutinou pendente.
V 100 Aglutinou Aglutinou Considere que k é o número de tipos de gametas pro-
duzidos somente com esses genes.
Suponha que k é o volume total, em L, do sangue iden- O conjunto solução da equação 128 x – 1 = 2k é igual a
tificado como sangue tipo AB.
4
Despreze o volume retirado dos recipientes para as a. SS ==  44 ..
S =  77 .
amostras que foram analisadas. 7 
  10 
Uma maneira de expressar a forma racionalizada = 10
b. SSS = 10 .
=  77 ..
1  7 
de 3 é  15 
k S = 15
15  .
c. SS ==  77 ..
3
3 7
a.
12
. S
d. SS =
= { 4} .
= {{44}}..
S = {{99}}..
e. SS == {9}.
3
3
b. .
4
3
9 Resolução
c. . Número de pares heterozigotos: 3
12
3 Número de gametas: 8 = 23
9
d. . 128 x – 1 = 28
4
2 7 · (x – 1) = 28
e. 3
9. 15
x=
7

{}
Resolução
15
O sangue tipo A será aglutinado apenas pelo soro anti-A; assim, so- S=
mente o recipiente IV tem sangue tipo A. 7
O sangue tipo B será aglutinado apenas pelo soro anti-B; assim, so- Alternativa correta: C
mente o recipiente III tem sangue tipo B.
O sangue tipo AB será aglutinado pelos soros anti-A e anti-B; assim,
os recipientes I e V tem sangue tipo AB.
O sangue tipo O não será aglutinado nem pelo soro anti-A nem pelo
soro anti-B; assim, somente o recipiente II tem sangue tipo O.
Volume de sangue tipo AB, em litros: 92 + 100 = 192
Logo, k = 192.
3 3 3
1 1 1 1 32 32 9
=3 =3 = 3 ⋅3 = =
3
k 192 6
2 ⋅3 4⋅ 3 32 12 12

335

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 335 28/03/2022 14:09:56


3. Uma mola de constante elástica igual a 40 N/m está c. O óxido nítrico funciona como uma importante
rigorosamente fixa em um ponto, ficando suspensa molécula sinalizadora em vegetais.
verticalmente. Quando uma força F, em N, é aplicada d. As células do sistema imunitário, denominadas
verticalmente para baixo em sua extremidade não dendríticas, produzem óxido nítrico para comba-
fixa, a mola apresenta deformação igual a 10 cm. ter bactérias.
Considere um triângulo retângulo de catetos medindo e É um gás que sinaliza a contração do vaso, impede
4 cm e 3 cm. que o sangue flua através dele e facilita a coagula-
A medida da hipotenusa desse triângulo é ção anormal.
a. 4 cm
Resolução
b. 5 cm
a. Correta.
c. 30 cm N2 + O2 → 2 NO
d. 40 cm 2 NO + O2 → 2 NO2
e. 50 cm 2 NO2 + H2O → + HNO 3 + HNO2
 
ácido nítrico ácido nitroso
Resolução
b. Incorreta.
F = Fel = k · x = 40 · 0,1 = 4 N
N
 O 
Medidas, em cm, dos catetos do triângulo: 3 e 4 x –2
Aplicando o teorema de Pitágoras, temos: x – 2 = 0 ∴ x = +2
32 + 42 = h2 c. Incorreta. O óxido nítrico funciona como uma importante molécula
h = 5 cm sinalizadora em animais.
A medida da hipotenusa é igual a 5 cm. d. Incorreta. As células do sistema imunitário, que produzem óxido
nítrico para combater as bactérias, são denominadas “macrófagos”.
Alternativa correta: B Os macrófagos são importantes células do sistema imunológico por
participar da imunidade inata, tendo como suas principais funções a
fagocitose de partículas estranhas, apresentadora de antígenos aos
linfócitos (APC), promovem resposta inflamatória, reorganização te-
cidual e ação microbiana.
e. Incorreta. O gás óxido nítrico sinaliza a dilatação do vaso, permite
que o sangue flua através dele e impede a coagulação anormal.
Alternativa correta: A

4. O óxido nítrico, de fórmula NO, é um gás incolor que


pode ser facilmente preparado em laboratório – sim-
plesmente adiciona-se ácido nítrico diluído a raspas
de cobre e coleta-se o gás obtido dessa reação sob a 5. O sistema ABO tem ocorrências bem diferentes entre
água. Coletando-o sob a água, evita-se que ele entre as regiões do mundo. O tipo O, por exemplo, é mais
em contato com o oxigênio do ar, o qual reage pron- comum no continente americano com aproximada-
tamente com óxido nítrico, transformando-o no gás mente 45% da população brasileira, sendo raro na
marrom de dióxido de nitrogênio. Até 1987, o óxido Ásia onde o tipo B se destaca mais. Já o tipo A tem
nítrico era considerado um poluente ambiental. Na- maior frequência na Europa e Austrália, enquanto o
quele ano, Salvador Moncada demonstrou que os va- tipo AB é considerado raro em todo o mundo. Quando
sos sanguíneos poderiam produzir o óxido nítrico e, analisado junto com o fator Rh (positivo ou negativo),
um ano mais tarde, descobriram que ele provinha do estima-se que o tipo sanguíneo AB–, o mais raro den-
metabolismo da arginina, um aminoácido abundante tre todos, ocorra em menos de 0,5% da população
no organismo. mundial. O tipo O+ é o mais comum, sendo observado
em ± 36% da população, seguido dos tipos A+ (± 28%),
Com os conhecimentos em Química e Biologia, assina-
B+ (± 20%) e AB+ (± 5%). Por causa dessas diferentes
le a afirmação correta.
ocorrências, existem alguns entraves nas transfusões
a. O óxido nítrico pode reagir com água, produzindo de sangue, como, por exemplo, estoques baixos de
ácido nítrico e ácido nitroso. sangue nos hemocentros ou hospitais, risco de trans-
b. O nitrogênio no óxido nítrico apresenta número de missão de doenças, reações imunológicas, entre ou-
oxidação +1. tros. Para contornar esses problemas, pesquisas com

336

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 336 28/03/2022 14:09:56


haletos orgânicos (substâncias que tiveram um ou 6. Um objeto é suspenso em movimento retilíneo e uni-
mais hidrogênios substituídos por halogênios) foram forme por um cabo cuja intensidade da força de tra-
realizadas como um método alternativo à transfusão ção, em newton, corresponde ao maior valor das raízes
de sangue convencional. Em laboratórios, a substitui- da equação 2x2 – 220 + 2 000 = 0. Qual é massa do
ção de todo o sangue de ratos não provocou nenhu- elevador, no SI?
ma alteração no metabolismo deles. Depois de sete Dado: g = 10 m/s2. Despreze a resistência do ar.
dias, o sangue foi reposto e os ratos continuaram
a. 10
tendo uma vida normal. Em relação ao Sistema ABO
e halogênios, assinale verdadeiro (V) ou falso (F) nas b. 99
afirmativas. c. 100
( ) Os halogênios são elementos químicos forma- d. 990
dores de sais inorgânicos. Apresentam brilho ca- e. 1 000
racterístico e podem ser utilizados para formar
lâminas. Resolução
( ) O sistema ABO se caracteriza pela presença ou Encontrando as raízes por soma e produto, temos:
ausência de dois antígenos (A e B), chamados
b (–220)
aglutinógenos, isolados ou simultaneamente, x1 + x 2 = – = – = 110
a 2
em cada indivíduo. c 2 000
x1 ⋅ x2 = = = 1 000
( ) No perfluorononano (C9F20), um dos compostos a 2
utilizados na preparação dos perfluoroquímicos, Logo as raízes são 10 e 100.
utilizados como métodos alternativos à trans-
Dessa forma, T = 100 N.
fusão de sangue, apresenta carbono com Nox
Como o objeto está em MRU, temos:
igual a 2,2.
P=T
( ) Da combinação entre o sistema AB0 e o fator
m·g=T
Rh, podemos encontrar os chamados doadores
m · 10 = 100
universais (O positivo) e receptores universais
m = 10 kg
(AB negativo).
Alternativa correta: A
( ) O sistema ABO se consolida no organismo du-
rante o desenvolvimento embrionário, perma-
necendo inalterado durante toda a vida.

Resolução
F–V–V–F–V
Os halogênios não apresentam brilho nem formam lâminas; estas
características são de metais e os halogênios são não metais.
O Nox do carbono no composto perfluorononano é:
7. (UEG-GO) Observe a imagem e leia o fragmento a
C 9 F20
  seguir para responder à questão.
x –1
9x + (–1 · 20) = 0
9x – 20 = 0 ⇒ 9x = + 20
20
x =
9
x = 2,2
JOHANN MORITZ RUGENDAS/
MUSEU ITAÚ CULTURAL, SÃO PAULO, BRASIL

O tipo O (negativo), por não possuir antígenos A ou B, é o doador


universal. O sangue AB (positivo) é considerado receptor universal
porque não tem aglutinina (anticorpos) em seu plasma, não causando,
portanto, a aglutinação das hemácias dos doadores.

RUGENDAS, Johann Moritz. Navio negreiro (1830), óleo sobre tela. Disponível
em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra2996/negros-no-fundo-do-
-porao-o-navio-negreiro>. Acesso em: 22 out. 2018.

337

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 337 28/03/2022 14:09:57


[...] 8. (UPE) O Romantismo não é só um período literário,
Presa nos elos de uma só cadeia, ele também é um movimento que abarca as artes
A multidão faminta cambaleia, plásticas. Assim, analise as imagens a seguir.
E chora e dança ali!

EUGÈNE DELACROIX/MUSEU DE BELAS ARTES DE BORDÉUS, FRANÇA


Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!...”
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!
[...]
ALVES, Antônio de Castro. Obra completa. Rio de Janeiro:
Aguilar, 1960. p. 291-293.
Tanto a pintura quanto o excerto apresentados veicu- Eugéne Delacroix, Grécia sobre as ruínas de Missolonghi, 1826.

lam uma preocupação voltada para o

DE BELAS ARTES. RIO DE JANEIRO.


VICTOR MEIRELLES/MUSEU NACIONAL
a. imaginário.
b. estético.
c. lúdico.
d. lírico.
e. social.

Resolução
Tanto a pintura quanto o poema denunciam a perversidade da escra-
vidão, tema recorrente na obra de Castro Alves, também conhecido
como “poeta dos escravos”.
Alternativa correta: E
Victor Meirelles, A batalha dos Guararapes, 1879.
THÉODORE GÉRICAULT/MUSEU DO
LOUVRE, PARIS, FRANÇA

Thédore Géricault, A balsa da Medusa, 1818.

338

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 338 28/03/2022 14:09:59


9. (UFPR) No período posterior à Independência, houve
um esforço entre os intelectuais do Império em defi-
nir uma identidade nacional para o Brasil. Enquanto
o historiador Varnhagen afirmava que, para os índios,
“povos na infância, não há história: há só etnografia”,
DE BELAS ARTES. RIO DE JANEIRO, BRASIL.
JOSÉ MARIA DE MEDEIROS/MUSEU NACIONAL

escritores como José de Alencar e Gonçalves Dias re-


tratavam os indígenas no movimento indianista ro-
mântico, em obras como Iracema, O guarani e I-Juca
Pirama. Sobre essas duas posturas em relação aos in-
dígenas e a construção de uma identidade nacional
brasileira, é correto afirmar:
a. A posição de Varnhagen compreendeu que os in-
José Maria de Medeiros, Iracema, 1881.
dígenas não tinham ainda capacidade de escrever
sua própria história, por não conhecerem a escrita,
Acerca das imagens anteriores, assinale com V as afir- enquanto os escritores indianistas procuraram fazer
mativas verdadeiras e com F as falsas. um levantamento histórico e etnográfico dos povos
( ) É possível afirmar que essas imagens têm em indígenas para escrever a história da jovem nação.
comum complexos valores ideológicos, próprios b. A posição de Varnhagen visava excluir os povos
da expressão plástica romântica. indígenas da identidade nacional brasileira, por
( ) A imagem 1 expressa uma das temáticas do Ro- considerá-los povos inferiores e sem herança cul-
mantismo, isto é, a liberdade contra a tirania. tural, enquanto os indianistas os incluíram nessa
identidade de forma idealizada, como heróis ro-
( ) A imagem 2 dialoga com o Romantismo por tra- mânticos e nobres selvagens, que encarnariam os
tar de uma temática cara aos românticos, que é ideais desejados para a jovem nação.
a exaltação do passado histórico e de caráter na-
cionalista. c. A posição dos escritores indianistas assemelhou-
-se à de Varnhagen, tomada com base em levan-
( ) A imagem 3 expressa, de forma dramática, a tra- tamento etnográfico dos povos indígenas, pois
gédia de um naufrágio. Nessa obra, é possível ambas consideravam esses povos despojados de
identificar uma das características do Romantis- uma cultura própria que pudesse ser analisada e
mo, a hipervalorização dos sentimentos, tanto incorporada à identidade nacional brasileira.
os do mundo físico natural como as emoções
pessoais. d. A posição dos escritores indianistas concordou com
a postura de Varnhagen no que se refere ao papel
( ) A imagem 4 dialoga com a obra de José de Alencar, negativo dos indígenas no processo da coloniza-
O Uraguai, cuja protagonista é Iracema. ção, que teria causado um atraso cultural ao povo
A sequência correta, de cima para baixo, é brasileiro, mas enquanto os indianistas tratavam
a. V – V – V – V – F. os indígenas como seres idealizados, Varnhagen
b. F – F – V – V – F. defendeu o combate a eles.
c. F – V – V – F – F. e. O historiador Varnhagen defendia o uso da etnogra-
fia para se conhecer a cultura indígena, incluindo-a
d. V – V – V – F – V.
na História do Brasil, enquanto que os escritores in-
e. V – F – V – F – V. dianistas não viam necessidade desse recurso, por
acreditarem que os indígenas já estivessem assimi-
Resolução lados à identidade nacional brasileira.
A imagem 4 representa a personagem que dá nome ao romance
Iracema, de José de Alencar. Resolução
Alternativa correta: A Ao afirmar que os índios são “povos na infância” e que, para eles,
“não há história: há só etnografia”, Varnhagen mostra-se incapaz de
compreender a formação histórico-cultural dos indígenas, em um po-
sicionamento excludente. Já os românticos, a exemplo de Gonçalves
Dias na poesia e José de Alencar na prosa, prezavam a inclusão dos
povos nativos na identidade brasileira.
Alternativa correta: B

339

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 339 28/03/2022 14:09:59


10. (UEFS-BA) As altas temperaturas e a abundân- 11. (FMJ-SP) Leia os textos a seguir para responder
cia de insetos, bactérias e fungos nas florestas plu- à questão.
viais tropicais conferem a essa área um solo muito Texto 1
nutritivo. Com o desmatamento, entretanto, o solo [...] Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém
torna-se empobrecido, dentre outros fatores, devido pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato ne-
a. a os restos orgânicos acumulados no horizonte “O”, cessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamen-
que concentram húmus. te esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava
a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.
b. à dissolução e remoção dos constituintes do solo
Tinham deixado os caminhos, cheios de espinho e seixos,
pela água das chuvas.
fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e
c. ao encharcamento prolongado, derivado do alto rachada que escaldava os pés. [...]
nível dos lençóis freáticos.
Graciliano Ramos, Vidas secas. 1967.
d. à concentração de calcário, que aumenta o pH do Texto 2
solo.
[...] De um dos cabeços da Serra dos Órgãos desliza um fio
e. à salinização do solo pelo excesso de sais resultan- de água que se dirige para o norte, e engrossado com os
tes da evaporação da água. mananciais que recebe no seu curso de dez léguas, torna-
-se rio caudal. [...] lança-se rápido sobre o seu leito, e atra-
Resolução vessa as florestas como o tapir, espumando, deixando o
A supressão da vegetação original (desmatamento) expõe o solo pelo esparso pelas pontas do rochedo, e enchendo a soli-
à ação agressiva da chuva, o que, com o tempo, pode dissolver e dão com o estampido de sua carreira. De repente, falta-lhe
remover seus elementos constituintes, levando ao seu empobreci-
mento, a partir de processos como lixiviação e laterização. o espaço, foge-lhe a terra; o soberbo rio recua um momen-
to para concentrar as suas forças, e precipita-se de um só
Alternativa correta: B
arremesso, como o tigre sobre a presa. [...]
José de Alencar, O guarani. 1986.
Pode-se afirmar que o texto 1 descreve
a. o Cerrado e o texto 2, a Mata dos Cocais.
b. a Caatinga e o texto 2, o Pantanal Matogrossense.
c. a Floresta Amazônica e o texto 2, a Mata Atlântica.
d. o Cerrado e o texto 2, a Floresta Amazônica.
e. a Caatinga e o texto 2, a Mata Atlântica.

Resolução
Os trechos literários descrevem regiões, respectivamente, correspon-
dentes aos domínios da Caatinga e da Mata Atlântica.
Alternativa correta: E

340

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 340 28/03/2022 14:09:59


12. (UEL-PR) Analise os gráficos a seguir.
Taxa de crescimento geométrico anual Taxa de fecundidade total, 1950/2010
1950 a 2010 (%) 7,0
6,2 6,2
4,00
2,99 6,0 5,8
3,50 2,89
2,48
3,00 5,0
4,4
1,93
2,50
1,64 4,0
2,00 1,17 2,9
1,50 3,0 2,4
1,9
1,00 2,0
0,50
1,0
0,00
1950/ 1960/ 1970/ 1980/ 1991/ 2000/ 0,0
1960 1970 1980 1991 2000 2010 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010
IBGE. Censos demográficos, 1950 a 2010.

Em 60 anos, a população brasileira aumentou em 138 milhões de habitantes. Passou de,


aproximadamente, 52 milhões de habitantes, em 1950, para 190 milhões, em 2010. O cres-
cimento demográfico resulta dos ganhos ou perdas de população provocados pelo cresci-
mento vegetativo e pelo saldo migratório. O principal indicador do crescimento demográfico
é a taxa de crescimento geométrico anual, que revela o ritmo de crescimento demográfico
da população. Porém, ao longo dessas seis décadas, o motor principal do crescimento de-
mográfico brasileiro foi o chamado crescimento vegetativo e o saldo migratório teve pouca
influência no crescimento da população brasileira. Previsões do IBGE indicam uma possível
redução no tamanho da população brasileira a partir da terceira década do século XXI. Um
dos fatores que sustenta essa previsão é o comportamento da taxa de fecundidade total
que, por sua vez, representa o número médio de filhos por mulher em idade reprodutiva.
Com base nesses gráficos e nos conhecimentos sobre crescimento vegetativo, defina cresci-
mento vegetativo de uma população indicando seus componentes e explique sobre qual deles
a taxa de fecundidade total atua.

Resolução
O crescimento vegetativo de uma população é o obtido pelo número de habitantes de um determinado país ou
região provocado pela diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade. No crescimento vegetativo, não são
somados os ganhos ou as perdas de habitantes, provocados pelo saldo migratório. A taxa de fecundidade total,
que é o número médio de filhos por mulher em idade reprodutiva, afeta diretamente as taxas de natalidade. Se
a taxa de fecundidade cai, a taxa de natalidade também tende a se reduzir.

341

CO_EM_11_INFI_22_33_LV 07_MI_LCCN_FIS_21_B.indb 341 28/03/2022 14:09:59


ANOTACOES.indd 342 25/03/2022 15:14:32
ANOTACOES.indd 343 25/03/2022 15:14:32
ANOTACOES.indd 344 25/03/2022 15:14:32

Você também pode gostar