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TCC 02 - PMOC Qualidade Do Ar - Revisado
TCC 02 - PMOC Qualidade Do Ar - Revisado
Brasília – DF
2020
i
ANDERSON MOURA DA SILVA
JOÃO PEDRO COSTA DIN IZ
RICARDO FERNANDES LEITE
Brasília - DF
2020
ANDERSON MOURA DA SILVA
JOÃO PEDRO COSTA DIN IZ
RICARDO FERNANDES LEITE
_________________________________________
Marcelo Augusto Sales da Silva
Centro Universitário do Distrito Federal - UDF
_________________________________________
Tiago de Bortoli Luciano
Centro Universitário do Distrito Federal - UDF
__________________________________________
Thiago Ferreira Gomes
Centro Universitário do Distrito Federal - UDF
Nota: __________
AGRADECIMENTOS
Air quality has a major impact on human health, especially inside buildings with an artificial
climate. In closed environments, which contain a low rate of air renewal, the concentration of
chemical and biological contaminants increases considerably. High concentrations of these
contaminants can cause serious infectious diseases. In this context, the present study aimed to
develop a Maintenance, Operation and Control Plan – MOCP applied to the air conditioners of
selected sample points; laboratory 06, classroom 07 and classroom 26, sampling points 1, 2 and
3 respectively, of the Reitor Rezende de Ribeiro Rezende building at the Centro Universitário
do Distrito Federal - UDF based on the analysis of indoor air quality-IAQ, in comparison with
the rules and regulations of ANVISA and Law No. 13,589/2018, which provides for the
mandatory preparation of a MOCP for environments with artificial air conditioning. Data were
collected at the three selected sampling points and at the building parking lot between the
months of November 2019 and March 2020 and a MOCP was proposed for the air conditioners
installed at the respective points. The analysis of temperature, air humidity, air speed, chemical
and microbiological was carried out following the methodology contained in the
recommendations contained in ANVISA Resolution nº 09/2003, the results of the temperature
verification varied between 22.7 °C and 25.20 °C, the results of humidity verification ranged
between 28.30% and 68.0%, the air velocity at all all sampling points remained below 0.25 m/s,
the number of colony forming units (CFU) of fungi were obtained between 45.0- 155.5 CFU/m³,
the aerodispersoid concentration was maintained at 65 µg / m³ in all sample points and the
carbon dioxide concentrations were 509.00 ppm, 633.00 ppm and 517.00 ppm. Sampling point
01 presented all results of physical parameters outside the recommendation of ANVISA, while
results of sample points 02 and 03 varied during the two collections being within, below and
above the recommendation of ANVISA. The analysis of these data supported the elaboration
of the PMOC for the selected sampling points within the UDF, which in the future may be
implemented in the entire 4R building, since these data are directly linked to indoor air quality,
which are fundamental for the maintenance of equipment and for the preservation and well-
being of human health.
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
2. OBJETIVO.............................................................................................................. 4
2.1. OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 4
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 5
3.1. QUALIDADE DO AR INTERIOR (QAI) .............................................................. 5
3.1.1. Legislação Brasileira Pertinente À QAI ................................................................... 8
3.2. A HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO ............................................ 11
3.2.1. Tipos De Manutenção............................................................................................... 14
3.2.2. Manutenção Corretiva............................................................................................... 15
3.2.3. Manutenção Preventiva ............................................................................................ 15
3.2.4. Manutenção Preditiva .............................................................................................. 16
3.3. PMOC - PLANO DE MANUTENÇÃO OPERAÇÃO E CONTROLE .................. 17
3.3.1. Legislação Brasileira Pertinente Ao PMOC............................................................. 17
4. METODOLOGIA .................................................................................................. 19
5. ESTUDO DE CASO ............................................................................................... 22
5.1. LEVANTAMENTO QUALIDADE DO AR ........................................................... 22
5.1.1. Análise de Parâmetros Físicos ................................................................................. 22
5.1.2. Análise de Parâmetros Químicos E Microbiológicos............................................... 24
5.1.3. Elaboração Do PMOC.............................................................................................. 28
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................... 29
6.1. CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÕES DOS PONTOS AMOSTRAIS......................... 29
6.2. INVENTÁRIO.......................................................................................................... 29
6.3. VELOCIDADE, UMIDADE DO AR E TEMPERATURA..................................... 30
6.4. FUNGOS, AERODISPERSÓIDES E DIÓXIDO DE CARBONO.......................... 34
6.4.1. Microbiológico: Fungos Ar Interno E Externo......................................................... 35
6.4.2. Químico: Aerodispersóides....................................................................................... 37
6.4.3. Químico: Dióxido de Carbono.................................................................................. 38
6.5. PLANO DE MANUTENÇÃO OPERAÇÃO E CONTROLE................................. 40
6.5.1. Plano De Ação: Controle Químico E Microbiológico.............................................. 45
7. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS PARA TRABALHOS FUTUROS ......... 47
7.1. CONCLUSÕES........................................................................................................ 47
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 50
1. INTRODUÇÃO
A manutenção está presente nos meios de produção desde quando o homem começou a
manusear instrumentos e desenvolver máquinas para a geração de bens de consumo, ela foi
emergindo quando novas necessidades eram criadas. Acompanhou a evolução industrial e se
desenvolveu conforme as mudanças no mercado. Após a implantação da produção em série as
fábricas passaram a estabelecer atividades mínimas de produção e, em consequência, sentiram
a necessidade de criar equipes que pudessem realizar reparos em máquinas com o menor tempo
possível (SANTOS,2018).
1
desmembramento da engenharia de manutenção que passou a ter duas equipes: a de estudos de
ocorrências crônicas e a de Planejamento e Controle de Manutenção (PCM), esta última com a
finalidade de desenvolver, implementar e analisar os resultados dos serviços de manutenção,
utilizando um sistema informatizado como ferramenta de suporte (SANTOS, 2018).
Em 1998, no Brasil, faleceu o ministro das Comunicações, Sergio Motta, após contrair
a bactéria Legionella que estava alojada nos dutos de ar condicionado de seu gabinete em
Brasília. Até então as pesquisas e legislações existentes no Brasil preocupavam-se apenas com
a qualidade do ar em ambientes externos, porém os estudos sobre QAI ganharam destaque após
a descoberta de que baixas trocas de ar entre ambientes externos e internos gera um acréscimo
significativo na concentração de poluentes químicos e biológicos (GARCIA, 2018).
Carmo e Prado (1999) identificam que uma série de poluentes como: monóxido de
carbono, dióxido de carbono, amônia, óxido de enxofre e nitrogênio, são produzidos dentro do
edifício por materiais de construção baseados em solventes orgânicos, por materiais de limpeza,
mofo, bolor, metabolismo humano e também pelas próprias atividades do homem, como
cozinhar ou lavar e secar roupas. Tais poluentes comprometem a saúde e o rendimento do
trabalho dos usuários.
2
Alguns edifícios já estão sendo chamados de “doentes”, devido à péssima qualidade do
ar em seus recintos. Também foi criada a expressão “Sick Building Syndrome” (SBS),
caracterizada por um estado doentio transitório dos usuários, já que os sintomas normalmente
desaparecem quando as pessoas afetadas deixam o edifício (RIZZOTO, 2017).
3
2. OBJETIVO
• Avaliar a qualidade do ar interior (QAI) dos pontos amostrais selecionados por meio
de campanhas de medições;
4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este capítulo contará com uma revisão de temas atuais relacionados à qualidade do ar
interior e sua relação direta com a manutenção dos equipamentos de condicionamento de ar.
Também será apresentado um histórico da evolução da manutenção, seus principais conceitos
e sua aplicabilidade na indústria.
Entende-se por ar interno aquele de áreas não industriais, como habitações, escritórios,
escolas e hospitais. O estudo de sua qualidade é importante para garantir saúde aos ocupantes
dos diferentes edifícios, bem como a otimização do desempenho de suas atividades (GIODA E
NETO, 2003).
Apesar de parecer uma definição simples, grande parte dos ambientes climatizados
possuem um ar prejudicado em relação a sua qualidade, principalmente devido à projetos mal
elaborados e instalações e manutenções não adequadas.
5
A preocupação com a QAI em edifícios está relacionada com a exposição dos seus
ocupantes aos diversos contaminantes citados acima, com reflexos negativos no
comportamento, na produtividade, no bem-estar e na saúde das pessoas.
7
alergias ou outros problemas que não são rapidamente detectáveis por procedimentos médicos
comuns (RIZZOTO, 2017).
Devido a estes contaminantes e aos problemas causados por eles, tem-se atualmente
uma péssima qualidade do ar interior na maioria dos edifícios, o que gerou a expressão criada
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) “Sick Building Syndrome” (SBS) ou síndrome dos
edifícios doentes, caracterizada por um estado doentio transitório dos usuários, já que os
sintomas normalmente desaparecem quando as pessoas afetadas deixam o edifício. São
chamados de edifícios “doentes” aqueles nos quais uma porção significativa dos usuários, em
torno de 20%, apresentam uma série de sintomas, tais como: dor de cabeça, náuseas, cansaço,
irritação dos olhos, nariz e garganta, falta de concentração, problemas de pele, dentre outros
(RIZZOTO, 2017).
9
Higienizar as superfícies fixas e mobiliário, especialmente
Artrópodes Poeira caseira os revestidos com tecidos e tapetes; restringir ou eliminar o
uso desses revestimentos
Tabela 3 - Possíveis fontes de poluentes químicos (CO2) e medidas de correção. Fonte: Adaptado de
ANVISA, 2003.
Agentes Principais fontes em Principais medidas de correção em ambientes
químicos ambientes interiores interiores
10
visando à obtenção de qualidade aceitável de ar interior para ambientes climatizados
artificialmente.
O surgimento do termo "manutenção" na indústria aconteceu por volta dos anos 50 nos
Estados Unidos. Na França, esse termo começava a tomar o lugar da palavra "conservação".
Originalmente, a manutenção era uma atividade que deveria ser executada pela própria pessoa
que operava o equipamento, sendo este o seu perfil ideal. Entretanto, com a evolução da
tecnologia, os equipamentos atingiram alta precisão e complexidade, e com o crescimento da
estrutura empresarial foi sendo introduzido a PM – Preventive Maintenance (Manutenção
Preventiva) – no estilo americano, e a função de manutenção foi sendo aos poucos dividida e
alocada a setores especializados. Com o aumento da complexidade das instalações industriais
e da mecanização ocorrida nos anos 50 e 70, a necessidade da mão de obra especializada,
se tornou o objetivo básico das empresas. (SANTOS, 2018).
11
• Introdução da Prevenção de Manutenção;
• Engenharia da Confiabilidade, a partir de 1962;
• Engenharia Econômica;
• Prevenção de falhas.
Primeira geração: acontece anterior pré segunda guerra mundial, caracterizada por uma
indústria que não era altamente mecanizada onde a disponibilidade dos equipamentos e a
prevenção de falhas não era prioridade, os equipamentos eram de fácil manutenção,
normalmente necessitavam apenas de lubrificação e limpeza, e consequentemente não havia
necessidade de manutenção sistemas e habilidades específicas para reparar os equipamentos
(SOUZA et al., 2010)
12
Figura 4 - A Evolução da Manutenção. Fonte: Adaptado de Kardec (2009)
Segunda geração: ocorre no período pós segunda guerra mundial gerando aumento da
demanda por todos os tipos de produtos. Máquinas mais complexas são criadas e como
consequência as falhas deveriam ser evitadas, surgindo o conceito de manutenção preventiva e
a criação de sistemas de planejamento e controle da manutenção devido à elevação dos custos
com manutenção (KARDEC, 2009).
Quarta geração: teve início nos anos 90 e prevalece até hoje com inovação e evolução
tecnológica, maximizando a vida útil dos equipamentos produtivos e aumentando a
preocupação com o ambiente, passando a exigir alta disponibilidade e confiabilidade. Começam
a surgir ferramentas mais avançadas que possibilitam a realização da manutenção do
equipamento sem pará-lo (PEREIRA, 2018).
13
síntese das quatro gerações da manutenção apresentadas, pode-se observar que ao longo das
gerações as expectativas em relação à manutenção tornavam-se cada vez mais fortes. A função
manutenção hoje, tem a responsabilidade de manter padrões de qualidade pré-estabelecidos
(PEREIRA, 2018).
Hoje em dia, com o mundo globalizado, em que a concorrência está cada vez mais
acirrada, as empresas se preocupam em obter a qualidade total em serviços e produtos. Por isso,
um bom programa de manutenção que evita a paralisação da produção, proporciona a
diminuição na interrupção da produção, evita atrasos nas entregas, evita perdas financeiras,
possibilita a diminuição de custo, aumenta a satisfação do cliente e até ganho de mercado
(WEBER, 2008).
Nas empresas, a preocupação com a manutenção deve ser constante, pois uma falha
pode afetar a segurança e o meio ambiente. Essa preocupação é decorrente do aumento rápido
na diversidade de produtos, projetos mais complexos, exigências na qualidade etc., e a
organização da manutenção e suas responsabilidades atuam como função estratégica para
melhoria dos resultados (KARDEC, 2009).
14
3.2.2. Manutenção Corretiva
Para adotar uma manutenção preditiva são necessárias algumas condições, como por
exemplo: o equipamento deve permitir o monitoramento, avaliar se o equipamento merece essa
atenção em função do custo, ter diagnóstico sistemático de análise e, além disso, é fundamental
que a mão de obra responsável pela manutenção seja bem treinada (KARDEC e NASCIF,
2009).
17
A construção da legislação brasileira pertinente ao PMOC no Brasil aconteceu com a
contribuição de diversos órgãos, foram criadas normas regulamentares, resoluções e leis
federais para auxiliar na fiscalização e padronização, a seguir são citadas as legislações
vigentes:
18
4. METODOLOGIA
Laboratório 06 1
Sala de aula 07 2
Sala de Aula 26 3
Área Externa 4
A escolha dos pontos amostrais, toda a coleta de dados, bem como a análise dos mesmos,
seguiu as recomendações contidas na Resolução n°09/2003 da ANVISA. A elaboração do
PMOC por sua vez, obedeceu além das recomendações contidas nesta resolução, os
procedimentos estabelecidos na norma ABNT NBR 13971/97 Sistemas de refrigeração,
condicionamento de ar e ventilação, manutenção programada e o manual de operação de cada
equipamento.
O ponto amostral 1 (laboratório 06) foi escolhido porque é um dos maiores laboratórios
instalados no edifício, possuindo a maior quantidade de computadores e a maior quantidade de
cadeiras estofadas, havendo grande probabilidade de existência de fungos neste ponto.
Ponto amostral 2 (sala de aula 07) foi devido à alta utilização da sala que, encontra-se
constantemente com lotação máxima por abrigar turmas que cursam disciplinas iniciais do
curso de engenharia, havendo grande probabilidade de contaminação por dióxido de carbono
deste ponto.
E por fim, o ponto amostral 3 (sala de aula 26) escolhido porque é a sala do terceiro
andar que está lotada com mais frequência e, constantemente é alvo de queixas dos usuários
relacionadas a temperatura.
A proposta do PMOC elaborado foi apenas para os pontos amostrais descritos na Tabela
4, porém essa medida funcionará como uma amostra que poderá servir de base para uma
possível futura elaboração do PMOC para todo o edifício 4R da instituição de ensino.
20
Figura 5 – Fluxograma contendo a organização do trabalho. Fonte: Elaborado pelos autores.
21
5. ESTUDO DE CASO
Iniciou-se com a coleta dos parâmetros físicos dos pontos amostrais selecionados, as
normas técnicas que serviram como orientação para as coletas estão descritas na Tabela 5.
Tabela 5 - Parâmetros físicos coletados e a metodologia utilizada. Fonte: Elaborado pelos autores.
Parâmetro Metodologia
Para a coleta dos dados referentes a temperatura, umidade e velocidade do ar, foi
utilizado o equipamento termo-higrômetro-anemômetro digital, modelo: Instrustemp
ITAN700 I, representado na Figura 6.
22
Figura 6 - Termo-higrômetro-anemômetro digital Instrustemp ITAN700. Fonte: Instrutemp.
As coletas foram realizadas de acordo com a recomendação existente na Resolução n°
09/2003 da ANVISA que determina que os pontos amostrais deverão ser distribuídos
uniformemente e coletados com o amostrador localizado na altura de 1,5 m do piso, no centro
do ambiente.
No laboratório 06, sala de aula 07 e sala de aula 26, foram demarcados pontos internos
no centro de cada ambiente, 1, 2 e 3 respectivamente.
O aparelho foi suspenso a 1,5 metros do chão para a medição da temperatura, umidade
e velocidade do ar dos locais amostrados. Sua posição em planta baixa pode ser observada na
Figura 7.
Figura 7 - Localização em planta baixa do local da coleta. Fonte: Elaborado pelos autores.
23
quantidade de pessoas que utilizavam o ponto amostral no momento da coleta e, a potência dos
equipamentos instalados em cada ponto amostral.
A primeira coleta realizada em novembro 2019 dos três pontos amostrais internos teve
as seguintes condições:
A segunda coleta realizada em março 2020 dos três pontos amostrais internos teve as
seguintes condições:
A segunda etapa da coleta foi focada nas análises química e microbiológica, e para isso
foi contratada uma empresa especializada do setor de análise microbiológica e, todo a
metodologia empregada na coleta obedeceu aos Padrões Referenciais de Qualidade do Ar
Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de Uso Público e Coletivo contidos na
Norma Técnica Resolução n° 09, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, de 16 de janeiro
de 2003.
24
Esta técnica permite maior agilidade nas análises, recupera maior número de
microrganismos do ar e, por conseguinte, tem maior capacidade para determinar a presença de
agentes patogênicos. Este procedimento foi realizado por uma empresa
Unidade
Parâmetros Metodologia VMR
de Medida
Fungos viáveis-Ar interno UFC/m³ NT 001-RE nº 09, ANVISA - Ensaio até 750
25
O procedimento amostragem consiste na utilização de uma bomba de aspiração que
coleta o ar, a uma vazão estipulada de 2𝐿. 𝑚𝑖𝑛−1 , forçando sua passagem por uma unidade
filtrante, de 37 mm de diâmetro, com porosidade de 5 µm e constituída por uma mistura de
ésteres de celulose. A amostragem deve ser realizada por um tempo determinado em função do
volume de ar a ser amostrado, o qual pode variar de 50 l a 400 l (BASTO, 2005). Segundo o
mesmo autor, por meio da amostragem de aerodispersóides, pode-se verificar tanto a eficiência
da filtragem nos sistemas de ventilação quanto à presença de sujeira nos dutos de ventilação.
• Dióxido de carbono
No Brasil, a Resolução ANVISA nº 9 apresenta a Norma Técnica 002 (NT 002), que
estabelece a metodologia de amostragem e análise de 𝐶𝑂2 em ambientes interiores. De acordo
com a legislação, o processo para a extração de 𝐶𝑂2 consiste na leitura direta, mediante
utilização de sensor infravermelho não dispersivo. Deve-se observar, durante a escolha do
sensor, que sua faixa de sensibilidade seja de 0 a 5.000 ppm. Além disso, sugere-se que as
medições sejam realizadas nos períodos em que o ambiente se encontra com maior utilização,
a uma distância de 1,5 metros do chão.
26
• Condições de realização da coleta química e microbiológica:
A coleta dos três pontos amostrais internos, foi realizada em março de 2020 teve as
seguintes condições:
As placas de Petri que foram utilizadas para a coleta de ar nos pontos amostrais
selecionados, visando analisar possível contaminação microbiológica, podem ser vistas na
Figura 9.
Figura 9 - Placas de Petri após passagem do ar. A: Placa de Petri ponto amostral 01; B: Placa de Petri
ponto amostral 02; C: Placa de Petri ponto amostral 03; D: Placa de Petri ponto amostral 04. Fonte:
Elaborado pelos autores.
Após a passagem do ar depositando os microrganismos nas placas de Petri que contém
os meios de cultura necessário para cultivo, as mesmas foram enviadas para o laboratório onde
foram acondicionadas a 25 ºC durante 7 dias para crescimento de possíveis fungos viáveis.
Após o período de incubação foi realizado a contagem padrão em placa e os valores expressos
27
em Unidades Formadoras de Colônias por metro cúbico (UFC/ m³) seguindo a recomendação
contida na Norma Técnica 001 (NT 001) presente na Resolução nº 9 de 2003 da ANVISA.
Todas as características aqui citadas são relacionadas apenas aos três pontos amostrais
estudados.
O PMOC contém:
• Identificação do estabelecimento que possui ambientes climatizados;
• Descrição das atividades a serem desenvolvidas e sua periodicidade;
• O número de ocupantes de cada ambiente refrigerado e o tipo de atividade;
desenvolvida no local (QUEVEDO e ZIMMERMANN, 2017).
28
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para fins de análise da quantidade de calor e gases gerados foi anotada a quantidade de
pessoas que estavam utilizando os pontos amostrais no momento da coleta, como também os
equipamentos eletrônicos instalados nos mesmos (computadores, projetores e etc.), sendo
considerada apenas a soma final de potência dos equipamentos, a coletada de dados está contida
na Tabela 7.
Tabela 7 - Condições de utilização dos pontos amostrais. Fonte: Elaborado pelos autores.
Potência
Ponto Amostral Local Quantidade de pessoas
equipamentos [W]
1ª Coleta 2ª Coleta
1 Laboratório 06 45 38 1260
2 Sala de aula 07 62 50 200
3 Sala de Aula 26 33 22 200
6.2. INVENTÁRIO
29
Outro ponto importante para organização do plano de manutenção foi a nomenclatura
de cara equipamento, sendo necessária a criação de TAG’s para melhor identificação como
pode ser visto na Tabela 8.
Tabela 8 - Inventário dos equipamentos que atendem os pontos amostrais. Fonte: Elaborado pelos
autores.
Capacidade
TAG’s Local Tipo / Marca / Modelo
[BTU/h]
SPT-01 Laboratório 06 Split – Hi-wall / Fujitsu® / ASB30A1 30
SPT-02 Laboratório 06 Split – Hi-wall / Fujitsu® / ASBA30JCC 27
SPT-03 Laboratório 06 Split – Hi-wall / Fujitsu® / ASBA30JCC 27
SPT-04 Sala de Aula 07 Split – Hi-wall / Fujitsu® / ASBA30JFC 27
SPT-05 Sala de Aula 07 Split – Hi-wall / Fujitsu® / ASBA30JFC 27
SPT-06 Sala de Aula 26 Split – Hi-wall / Fujitsu® / ASBA30JCC 27
Para a coleta e análise dos parâmetros físicos listados na Tabela 9, foi utilizada a Norma
Técnica 003 contida na Resolução n°09/2003 da ANVISA.
Tabela 9 - Metodologia de análise e coleta para a velocidade, umidade e temperatura. Fonte: Adaptado
de ANVISA, 2003.
Parâmetro Metodologia
Velocidade do ar NT 003-RE nº09, ANVISA VA
Umidade do ar NT 003-RE nº09, ANVISA UR
30
Temperatura NT 003-RE nº09, ANVISA TA
A primeira coleta foi realizada no mês de novembro de 2019 e a segunda coleta foi
realizada no mês de março de 2020, primavera e outono. Porém os critérios estabelecidos pela
Resolução nº 9, de 16 de janeiro de 2003 da ANVISA estabelece critérios para a qualidade do
ar interno adequada para ambientes climatizados artificialmente de uso público e coletivo
apenas para verão e inverno e estes parâmetros serão utilizados para análise dos dados.
Tabela 10 - Resultado da coleta da velocidade, umidade e temperatura. Fonte: Elaborado pelos autores.
Ponto Amostral Veloc. do ar Umidade do ar Temperatura
[m/s] [% ] [ºC ]
1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª
Coleta Coleta Coleta Coleta Coleta Coleta
1 Laboratório 06 < 0,20 < 0,20 28,30 68,0 22,70 22,9
2 Sala de aula 07 < 0,20 < 0,20 27,40 61,3 23,00 23,6
3 Sala de aula 26 < 0,20 < 0,20 40,40 57,1 24,00 23,2
4 Amb. Externo -- -- 29,50 65,00 25,20 24,1
31
da ANVISA para a época. Continuando a análise neste ponto, para o mês de março, onde a
mesma resolução estabelece limite entre 23 °C e 26 °C conforme o Gráfico 2, este ponto
amostral encontra-se fora da recomendação estipulada na Resolução n°09/2003 da ANVISA.
Para o ponto amostral 02 (Sala de aula 07), de acordo com o Gráfico 1, a temperatura
interna no mês de novembro aprestou valor acima do estabelecido na Resolução n°09/2003 da
ANVISA, 23 °C, o que é considerado preocupante, já que se encontra fora do padrão
recomendado. Para o mês de março o ponto encontra-se dentro do intervalo recomendado de
acordo com o Gráfico 2.
Analisando o ponto amostral 03 (Sala de aula 26), para o mês de novembro, Gráfico 1,
a temperatura se encontra fora da faixa estabelecida de ANVISA, estando 2°C acima do
recomendável. Para o mês de março, Gráfico 2, a temperatura também está fora da
recomendação, o que gera alerta para este ponto amostral.
26
Valores de aferimento da temperatura Novembro 2019
Temperatura [°C]
24
24 23
22,7
Temperatura
22 Valor minimo recomendável = 20°C
Valor máximo recomendável = 22°C
20
Temperatura ponto externo = 25.2 °C
18
Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03
Pontos Amostrais
26 Temperatura
25
23,5 Valor minimo aceitável = 20°C
24
22,9 22,9
23 Valor máximo aceitável = 22°C
22
Temperatura ponto externo = 23.2 °C
21
Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03
Pontos Amostrais
Gráfico 2 - Valores de aferimentos da temperatura em março de 2020. Fonte: Elaborado pelos autores.
32
Um plano de manutenção adequado deve priorizar o conforto térmico dos usuários da
edificação, analisando que ambientes térmicos quentes podem conduzir a fadiga e a sonolência,
à redução da performance física e ao aumento da probabilidade de erros. Por outro lado,
ambientes térmicos frios podem induzir a agitação, o que por sua vez reduz a atenção e a
concentração, especialmente em tarefas mentais.
Nota-se no Gráfico 3 que apenas um dos pontos amostrais ficou fora da faixa
recomendável pela Resolução nº 09/2003 da ANVISA, ponto amostral 01 estando abaixo do
valor mínimo recomendável, o que indica que este ponto amostral está mais seco do que o
aceitável.
No Gráfico 4 pode-se notar que todos os pontos amostrais estão com umidade alta. O
ponto amostral 01 passa do limite máximo recomendável pela Resolução n°09/2003 da
ANVISA, atingindo os 68% de umidade, números elevados para a ocasião, os outros dois
pontos amostrais permaneceram próximos ao limite máximo recomendável, contatando-se que
os três pontos amostrais encontram-se com níveis altos de umidade do ar.
40,4 Umidade
50
Valor minimo recomendável = 35%
27,4 Valor máximo recomendável = 65%
30
Umidade ponto externo = 29.5%
10
Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03
Pontos Amostrais
Gráfico 3 - Valores de aferimentos da umidade em novembro de 2019. Fonte: Elaborado pelos autores.
33
Valores de aferimento da umidade Março 2020
80 68
61,3 57,1
Umidade
Umidade[%]
60
Gráfico 4 - Valores de aferimentos da temperatura em março de 2020. Fonte: Elaborado pelos autores.
Como aconteceram duas situações distintas na análise da umidade do ar, acima e abaixo
do intervalo estabelecido pela ANVISA, deve-se analisar as duas situações.
34
Para análise da qualidade do ar e garantia da saúde dos ocupantes tornou-se
imprescindível as análises microbiológicas e química dos pontos amostrais estudados, seguem
abaixo os procedimentos adotados, bem como a descrição das análises realizadas.
35
O resultado para o ponto amostral externo manteve-se abaixo do valor máximo
recomendável pela ANVISA, como pode ser visto na Tabela 13.
A principal fonte dos contaminantes encontrados é o alto índice de umidade, isso pode
acontecer devido ao acúmulo de vapor d’água, devido a problemas de vazamentos, penetração
da água da chuva por meio de janelas sem isolamento adequado e até mesmo problemas durante
a construção da edificação.
750
Fungos
500
Valor máximo recomendável = 750
250 UFC/m³
45 80 60
Fungos ar externo = 150 UFC/m³
0
Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03
Pontos Amostrais
Gráfico 5 - Valores de aferimento de fungos internos e externos. Fonte: Elaborado pelos autores.
Os resultados obtidos no Gráfico 5 estão abaixo do limite máximo recomendável pela
Resolução n° 09/2003 da ANVISA, que é de 750 FC/m³, porém ficou evidenciado que estes
fungos estão presentes e devem ser combatidos para o bem estar de todos os usuários.
36
Relação I/E - Fungos
1,75
Relação I/E 1,5
1,25
1 Relação I/E
0,75 0,52
0,39 0,29
0,5 Valor máximo recomendável = 1.5
0,25
0
Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03
Pontos amostrais
Tabela 14 - Metodologia de análise e coleta para aerodispersóides. Fonte: Elaborado pelos autores.
Parâmetros Unidade Metodologia VMR
de Medida
Aerodispersóides µg/m³ NT 004-RE nº 09, ANVISA - Ensaio até 80
4 Estacionamento N.A.
100
80
65 65 65
60 Aerodispersódies
40
Valor máximo recomendável = 80 ug/m³
20
0
Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03
Pontos Amostrais
38
No Gráfico 8 seguem os resultados obtidos após coleta relacionada aos níveis de dióxido
de carbono presente nos pontos amostrais analisados.
1000
800 633 Dióxido de Carbono
600 509 517
400 Valor máximo recomendável = 1000
200 ppm
0
Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03
Pontos amostrais
Tabela 16 - Taxa de renovação de ar adequada para os pontos amostrais estudados. Fonte: Elaborado
pelos autores.
Média de Taxa de
Ponto Amostral Quantidade de pessoas utilização renovação de
(pessoas) ar (m³/hora)
1ª Coleta 2ª Coleta
39
1 Laboratório 06 45 38 42 1120,5
2 Sala de aula 07 62 50 56 1512
3 Sala de Aula 26 33 22 22 742,5
Tabela 17 - Possíveis fontes de poluentes químicos (CO2) e medidas de correção. Fonte: Adaptado de
ANVISA, 2003.
Agentes químicos Principais fontes em Principais medidas de correção em
ambientes interiores ambientes interiores
40
O artigo n° um da lei nº 13.589/2018 diz que todos os edifícios de uso
público e coletivo que possuem ambientes de ar interior climatizado artificialmente
devem dispor de um Plano de Manutenção, Operação e Controle - PMOC dos respectivos
sistemas de climatização portanto, é obrigatório a elaboração de um PMOC para o edifício 4R.
Onde:
M - Mensal
T - Trimestral
S - Semestral
Endereço
41
TAG Fabricante - Modelo Pavimento Localização
SPT-01 Fujitsu® - ASB30A1 1° Andar Laboratório 06
SPT-02 Fujitsu® - ASBA30JCC 1° Andar Laboratório 06
SPT-03 Fujitsu® - ASBA30JCC 1° Andar Laboratório 06
SPT-04 Fujitsu® - ASBA30JFC Térreo Sala de Aula 07
SPT-05 Fujitsu® - ASBA30JFC Térreo Sala de Aula 07
SPT-06 Fujitsu® - ASBA30JCC 2° Andar Sala de Aula 26
Periodicid
Descrição da atividade Ações a serem adotadas
ade
A1 Verificar e eliminar sujeira, danos e M Com auxílio de uma escova plástica, detergente
corrosão no gabinete, na moldura da neutro e água remover o material acumulado na
serpentina e na bandeja serpentina.
A2 Verificar a operação de drenagem de M Com auxílio de uma haste de metal desobstruir
água da bandeja dutos de drenagem
A3 Verificar o estado de conservação do M Com auxílio de escova plástica detergente
isolamento termoacústico (se está neutro e água retirar o bolor, caso desgastado
preservado e se não contém bolor) substituir o isolamento termoacústico por um
novo
A4 Verificar a vedação dos painéis de M Realizar análise visual e substituir a vedação
fechamento do gabinete: estado de por uma nova caso avaliação da conservação
conservação, verificar se está ressecada inconforme
ou rachada
A5 Lavar as bandejas e serpentinas com M Com o auxílio de uma escova plástica e
remoção do biofilme (lodo), sem o uso detergente neutro, realizar o processo de
de produtos desengraxantes e corrosivos remoção do material acumulado na serpentina
do refrigerador.
A6 Limpar o gabinete do condicionador M Utilizar pano macio com água e detergente
neutro para lavagem
42
A7 Verificar os filtros de ar M Remover os filtros do ar e inspecionar de
maneira visual a existência de sujeira, danos e
corrosão
A8 Medir a temperatura de insuflamento M Utilizar termômetro digital
Filtros de ar
A9 Verificar e eliminar sujeira, danos e M Remover os filtros de ar e com auxílio de
corrosão escova, sabão neutro e água lavar os filtros
A10 Verificar e eliminar as frestas dos filtros M Substituir filtro por um novo
c) Dutos e Acessórios
C1 Verificar e eliminar sujeira (interna e M Remover sujeira com auxílio de um jato de
externa), danos e corrosão água aplicado dentro de duto, eliminar focos de
oxidação e retocar pintura
C2 Verificar e eliminar danos no M Observar se o isolamento térmico apresentar
isolamento térmico buracos ou cortes, caso positivo, remover área
ao redor e colocar um novo isolamento térmico
43
C3 Verificar a vedação das conexões M Retirar a conexão e realizar nova vedação após
verificação visual constatar comprometida
d) Ambientes Climatizados
D1 Verificar e eliminar sujeira, odores M Contactar equipe de manutenção do edifício e
desagradáveis, fontes de ruídos, solicitar remoção e limpeza dos ambientes
infiltrações, armazenagem de produtos conforme plano de ação: controle químico e
químicos, fontes de radiação de calor biológico Tabela 19
excessivo, e fontes de geração de micro-
organismos
e) Eletromecânica
E1 Leitura de tensão e corrente na fase R, M Utilizar multímetro para verificação
S e T do compressor
E2 Verificar atuação dos dispositivos de M Pressionar botão de teste e verificar se o
proteção dispositivo será “desarmado”, caso negativo,
substituir
E3 Testar atuação dos relés térmicos M Utilizar multímetro para verificação da
continuidade elétrica, caso negativo, substituir
o componente
E4 Verificar funcionamento dos motores M Verificar se a evaporadora parou de resfriar o
ventiladores da condensadora e da ambiente; verificar se a condensadora está
evaporadora fazendo barulho fora do normal
E5 Leitura de tensão e corrente na fase M Utilizar multímetro para verificação
E6 Medir sub-resfriamento do fluido T
Utilizar mainifold e a tabela do fluido
refrigerante
E7 Medir superaquecimento do fluido T
Utilizar mainifold e a tabela do fluido
refrigerante,
E8 Medir isolamento elétrico do S Utilizar c/ Megôhmetro 500V 1 kohm
compressor (Atual/Anterior)
E10 Testar e regular relé térmico do S Utilizar multímetro para verificação da
compressor continuidade elétrica, caso negativo, substituir
o componente
E11 Verificar funcionamento do termistor S Utilizar multímetro digital para verificação de
continuidade elétrica, substituir caso
inoperante
E12 Analisar quantidade de fluido
M Fazer recarga utilizando cilindro se necessário
refrigerante contida
44
O PMOC contido na Tabela 18 tem por objetivo garantir que o sistema de ar
condicionado que atende os pontos amostrais selecionados opere em condições normais de
utilização, garantindo a qualidade do ar interior e a saúde de seus ocupantes. As atividades
descritas na Tabela 18, deverão ser executadas por técnicos especializados em instalações de ar
condicionado na periodicidade recomendada.
Tabela 19 – Plano de ação, controle químico e microbiológico. Fonte: Adaptado de ANVISA, 2003.
Descrição da Atividade
Microbiológicos
Corrigir a umidade ambiental; manter sob controle rígido vazamentos, infiltrações e condensação de
água; higienizar os ambientes e componentes do sistema de climatização ou manter tratamento
contínuo para eliminar as fontes; eliminar materiais porosos contaminados; eliminar ou restringir
vasos de plantas com cultivo em terra, ou substituir pelo cultivo em água (hidroponia).
Higienizar as superfícies fixas e mobiliário, especialmente os revestidos com tecidos e tapetes;
restringir ou eliminar o uso desses revestimentos.
Aerodispersóides
Evitar isolamento termo- acústico que possa emitir fibras minerais, orgânicas ou sintéticas para o
ambiente climatizado; reduzir as fontes internas e externas; higienizar as superfícies fixas e
mobiliários sem o uso de vassouras, escovas ou espanadores; selecionar os materiais de construção e
acabamento com menor porosidade; adotar medidas específicas para reduzir a contaminação dos
ambientes interiores (vide biológicos); restringir o tabagismo em áreas fechadas.
Selecionar os materiais de construção, acabamento, mobiliário; usar produtos de limpeza e
domissanitários que não contenham COV (Compostos Orgânicos Voláteis) ou que não apresentem
alta taxa de volatilização e toxicidade.
Dióxido de carbono
Aumentar a renovação de ar externo.
45
As atividades descritas na Tabela 19 deverão ser executadas mensalmente em todos os
pontos amostrais estudados de forma conjunta ao PMOC, porém, estas atividades deverão ser
executadas pela equipe de manutenção predial que atenda o edifício 4R.
46
7. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS PARA TRABALHOS FUTUROS
7.1. CONCLUSÕES
47
recomendável pela ANVISA apenas no aferimento da temperatura em novembro de 2019. O
ponto amostral 03 apresentou temperatura de 24 °C e umidade do ar de 54. 1% (novembro de
2019), temperatura de 22.9 °C e umidade do ar de 57.1 % (março de 2020), os dois resultados
de temperatura ficaram fora do intervalo recomendável pela ANVISA, entretanto os resultados
da umidade do ar ficaram dentro do intervalo recomendável pela ANVISA.
Dentre os pontos amostrais estudados, o 03 (sala 26) foi considerado o melhor e, o ponto
amostral 01 (laboratório 06) o pior de acordo requisitos de QAI estabelecidos na Resolução
n°09/2003 da ANVISA.
48
O presente trabalho, elucidou indícios significativos do quanto manutenções planejadas
são indispensáveis para a conservação dos equipamentos de condicionamento de ar e essenciais
para a saúde e bem estar dos usuários, o que explicita a necessidade de um PMOC para manter
os padrões de QAI estabelecidos pelas legislações e normas vigentes.
Os dados químicos e microbiológicos que devido a fatores externos não puderam ser
coletados durante a utilização dos pontos amostrais pelos alunos, gerou resultados imprecisos,
principalmente no momento da análise da quantidade de dióxido de carbono, dificultando a
elaboração do plano de ação para a correção da contaminação gerada por este gás.
49
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
50
BRANCO FILHO, Gil. A Organização, o Planejamento e o Controle da Manutenção.
Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2008.
GIODA, Adriana; AQUINO NETO, Francisco Radler de. Poluição química relacionada
ao ar de interiores no Brasil. Química Nova, 2003.
WEBER, Abílio Jose; FILHO, Dario do Amaral; ALEXANDRINA JR, João Pedro;
CUNHA, José Antônio Peixoto; ARAÚJO, Pedro. Curso Técnico Mecânico - Manutenção
Industrial. SENAI – CFP - Alvimar Carneiro de Rezende. SENAI, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial 2008.
52