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Formação cultural básica para catequistas

Assuntos que não devem faltar na catequese:

1. Os males da ideologia revolucionária e seus movimentos

● Revolução Francesa

● Comunismo/nazismo/fascismo

● Marxismo Cultural : Raízes; Escola de Frankfurt; Revolução Hippie; Wood

Stock; Free Sex; Antonio Gramsci e o Marxismo Cultural no Brasil; Teologia da


Libertação.
2. Globalismo e a Nova Ordem Mundial

● Metacapitalistas

● Relativismo

● Freudismo

● Feminismo

● Ideologia de Gênero

● LGBT etc.

● Politicamente correto

● Ecologismo e o Indígena

● Falso ecumenismo

3. A morte da educação e o ensino para o caos.

● Escola como instituição do adestramento

● Escola e a educação sexual

● Escola e a Universidade para a formação da militância esquerdista

4. Distorção e falsificação histórica contra a Igreja


● História da Igreja antiga

● História da Igreja medieval

● História da Igreja moderna

● Inquisição

● Concílios

5. Formação da Personalidade

● Os 4 e os 8 temperamentos

● As 12 camadas da Personalidade

● Estrutura humana: Concupiscível – Irascível – Vontade e Intelecto

● Eu pessoal; Eu familiar; Eu social; Culpa Moral; Culpa existencial

● Os tipos humanos: Irônico; Imitador baixo; Imitador alto e Lendário

● As 5 narrativas do homem

● Olhar do Pantocrator

● Dimensão Mística; Gnóstica e Mágica – A Tiara papal

Formação Básica Doutrinal

1. Catecismo da Igreja Católica

● Estrutura

● Conteúdo

2. Outros documentos

● Carta apostólica
● Motu proprio

● Constituição Apostólica

● Exortação apostólica

● Encíclicas

3. Dogmas
1. Dogmas sobre Deus;

2. Dogmas sobre Jesus Cristo;

3. Dogmas sobre a criação do mundo;

4. Dogmas sobre o ser humano;

5. Dogmas marianos;

6. Dogmas sobre o Papa e a Igreja;

7. Dogmas sobre os Sacramentos;

8. Dogmas sobre as últimas coisas (Escatologia).

Lista de todos os dogmas da Igreja Católica

Dogmas sobre Deus:

1 – A Existência de Deus

A ideia de Deus não é inerente em nós, já que transcende a natureza humana,


mas nós temos capacidade natural para conhecê-Lo, de certo modo
espontaneamente, por meio de sua obra. O ser humano pode saber que Deus
existe, por exemplo, mediante a observação atenta do universo natural.

2 – A Existência de Deus como Objeto de Fé

A existência de Deus, porém, não é apenas objeto do conhecimento da razão


natural, mas também e principalmente é objeto da fé sobrenatural.

3 – A Unidade de Deus
Não existe mais que um único Deus.

4 – Deus é Eterno

Deus não tem princípio nem fim, está além do espaço e do tempo como somos
capazes de experimentá-los e concebê-los.

5 – A Santíssima Trindade

No Deus Uno há três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Cada uma possui a
imutável Essência Divina.

Dogmas sobre Jesus Cristo:

6 – Jesus Cristo é verdadeiro Deus e Filho de Deus por Essência

O Cristo possui a infinita Natureza Divina com todas as suas infinitas Perfeições,
por haver sido gerado eternamente por Deus.

7 – Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam


ou confundem

Declara o Concílio de Calcedônia (451, IV): "Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele
mesmo perfeito em Divindade e Ele mesmo perfeito em humanidade (...) que se
há de reconhecer nas duas naturezas: sem confusão, sem mudanças, sem divisão,
sem separação e de modo algum apagada a diferença de natureza por causa da
união, conservando cada natureza sua propriedade e concorrendo em uma só
Pessoa" (Dz. 148).

Conforme as Sagradas Escrituras, "o Verbo se fez carne..." (Jo 1,14). / "...o qual,
sendo de condição divina, não reteve avidamente o fato de ser igual a Deus, mas
se despojou de Si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se semelhante
aos homens e aparecendo em seu porte como homem" (Fl 2,6-7). Vemos então
que Cristo é possuidor de uma íntegra Natureza Divina e de uma íntegra
natureza humana: a prova está, entre outros, nos seus milagres, em sua
Ressurreição, em suas dores e no seu padecimento.

8 – Cada uma das Naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e
uma própria operação física

Declara o III Concílio de Constantinopla (680-681): "Proclamamos, conforme os


ensinamentos dos Santos Padres, que não existem duas vontades físicas e duas
operações físicas, de modo indivisível, de modo que não seja conversível, de
modo inseparável e de modo não confuso. E estas duas vontades físicas não se
opõem uma à outra como afirmam os ímpios hereges..." (Dz. 291 e Dz. 263-
288).

Deus Filho diz a Deus Pai nas Sagradas Escrituras: "Não seja como Eu quero,
mas sim como Tu queres" (Mt 26,39). / "Não seja feita a minha vontade, mas
sim a Tua." (Lc 22,42). – Diz ainda aos discípulos: "Desci do Céu não para fazer
a minha vontade, mas sim a vontade de Quem me enviou" (Jn 6,38). / "Ninguém
me tira a vida, Eu a doei voluntariamente: tenho o poder para concedê-la e o
poder de recobrá-la novamente" (Jo 10,18). [Quer conhecer mais as Sagradas
Escrituras? Clique aqui e saiba como].

Apesar da dualidade física das duas vontades, existiu e existe a unidade moral,
porque a vontade humana de Cristo se conforma em livre subordinação, de
maneira perfeitíssima à Vontade Divina.

9 – Jesus Cristo, ainda que homem, é Filho Natural de Deus Pai

“Ao chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma
mulher, nascido sob o domínio da Lei, para resgatar os que se encontravam sob
o domínio da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Missal Romano,
Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, 2ª Leitura – Gl 4, 4-5)
10 – Cristo imolou-se a si mesmo na Cruz como verdadeiro e próprio Sacrifício

No inefável Mistério, Cristo, por sua natureza humana, era ao mesmo tempo
Sacerdote e Oferenda, mas por sua Natureza Divina, juntamente com o Pai e o
Espírito Santo, era O Mesmo que recebia o Sacrifício.

11 – Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do Sacrifício de


sua morte na Cruz

Jesus Cristo quis oferecer-se a Si mesmo a Deus Pai, como Sacrifício


apresentado sobre a ara da Cruz em sua Morte, para obter-no o perdão eterno.

12 – Ao terceiro dia depois de sua Morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre


os mortos

Ao terceiro dia, ressuscitado por sua própria Virtude, levantou-se Nosso Senhor
Jesus do sepulcro.

13 – Cristo subiu em Corpo e Alma aos Céus e está assentado à direita de


Deus Pai

Ressuscitou dentre os mortos e subiu ao Céu em Corpo e Alma.

Dogmas sobre a criação do mundo:

14 – Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada

A criação do mundo, a partir do nada, não apenas é uma verdade fundamental da


Revelação cristã, mas ao mesmo tempo chega a alcançá-la a razão com apenas
suas forças naturais, baseando-se, por exemplo, nos Argumentos Cosmológicos:
Argumento da Causa Primeira2 e Argumento da Contingência3.
15 – Caráter temporal do mundo

O mundo teve princípio no tempo, pois o Infinito é capaz de criar o finito, e o


Eterno é capaz de dar existência ao temporal.

16 – Conservação do mundo

Além de Criador, Deus é Conservador, pois conserva na Existência a todas as


coisas criadas.

Dogmas sobre o ser humano:

17 – O homem é formado de corpo material e alma espiritual

Este dogma foi afirmado no IV Concílio de Latrão (1215), sob Inocêncio III
(1198-1216), e no Concílio Vaticano I (1869-70), sob Pio IX (1846-78).
Segundo a doutrina da Igreja, o corpo é parte essencialmente constituinte da
natureza humana, e não carga e estorvo como disseram certos hereges.
Igualmente, para defender o dogma católico contra os que dizem que consta de
três partes essenciais: corpo, alma animal e alma espiritual, o Concílio de
Constantinopla declarou "que o homem tem apenas uma alma racional e
intelectual" (Dz. 338). A alma espiritual é o princípio da vida espiritual e ao
mesmo tempo o é da vida animal (vegetativa e sensitiva) (Dz. 1655).

Declaram as Sagradas Escrituras: "O Senhor Deus formou o homem do pó da


terra e soprou em seu rosto o alento da vida" (Gn 2,7). / "Antes que o pó volte à
terra, de onde saiu, e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7). / "Não tenhais medo
dos que matam o corpo e à alma não podem matar; temais muito mais Àquele
que pode destruir o corpo e a alma na geena." (Mt 10,28).

Prova-se especulativamente a unicidade da alma no homem por testemunho da


própria consciência, pela qual entendemos que o mesmo Eu, que é o princípio da
atividade espiritual, é o mesmo que gera a sensibilidade e a vida vegetativa.
18 – O pecado de Adão se propaga a todos os seus descendentes por
geração, não por imitação

O Pecado, que é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus descendentes


por geração, e não por imitação, sendo inerente a cada indivíduo.

19 – O homem caído não pode redimir-se a si próprio

Somente um ato livre por parte do Amor Divino poderia restaurar a ordem
sobrenatural, destruída pelo Pecado. Sendo Deus infinitamente Grande, Justo e
Perfeito, o crime contra Ele é infinitamente grave. Só poderia então ser
resgatado mediante um Sacrifício infinitamente meritório e reparador, do qual
nós não seríamos capazes.

Dogmas marianos:

20 – Imaculada Conceição e Virgindade Perpétua de Maria

A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição foi, por


singular Graça e Privilégio de Deus Onipotente, em previsão dos Méritos de
Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de
culpa original. Assim era preciso que a Mãe do Senhor, o Tabernáculo da Nova
e Eterna Aliança, fosse imaculada, assim como era intocável e feita do ouro mais
puro a Arca da Antiga Aliança.

A doutrina da Virgindade Perpétua de Maria expressa a "real e perpétua


virgindade de Maria mesmo no ato de dar à luz a Jesus, o Filho de Deus feito
homem". Maria permaneceu sempre virgem (em grego: ἀειπαρθένος
– aeiparthenos), fazendo de Jesus seu único Filho, cuja Concepção e
Nascimento são milagrosos. Já nos anos 300, esta doutrina era amplamente
apoiada pelos Padres da Igreja e, no século sétimo, foi afirmada num conjunto de
concílios ecumênicos. Este é um ensinamento tanto católico quanto
anglocatólico, ortodoxo e ortodoxo oriental, como se comprova em suas
Liturgias, nas quais repetidamente se faz referência à Maria como "sempre
virgem".

Embora seja um fato pouco difundido atualmente, até mesmo alguns dos
primeiros reformadores protestantes apoiavam esta doutrina, e figuras
importantes do anglicanismo, como Hugo Latimer e Thomas Cranmer, "seguiam
a Tradição que herdaram, aceitando Maria como 'sempre virgem'"
(BRADSHAW, Timothy. Commentary and Study Guide on the Seattle
Statement Mary: Hope and Grace in Christ of the Anglican – Roman Catholic
International Commission, 2005). A Virgindade Perpétua é ainda hoje defendida
por teólogos anglicanos e luteranos.

4. 21 – Maria, Mãe de Deus

Maria gerou a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce
transcende esta natureza humana – O Filho de Maria é propriamente o Verbo
Divino, encarnado em natureza humana – Maria, então, é necessariamente mãe
de Deus, posto que Jesus, o Verbo, é Deus: Cristo, sendo inseparavelmente
verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, faz de Maria verdadeira mãe de Deus,
por não haver separação entre as Naturezas humana e divina em Nosso Senhor e
Salvador.

Evidentemente, Maria não é anterior ao próprio Deus Onipotente e Criador de


todas as coisas, nem é "deusa". Este dogma, pois, não deve ser confundido:
Maria não é e nem poderia ser mãe de Deus segundo a Natureza Divina;
entretanto, como as duas Naturezas no Cristo são inseparáveis, ela foi feita, por
um inescrutável Mistério do próprio Deus, a um só tempo criatura, serva, filha e
mãe do Senhor. O título Mãe de Deus a Igreja lhe atribui como ato e reflexo de
sua veneração por ela e adoração exclusiva a Deus.

22 – A Assunção de Maria

A Virgem Maria foi assunta ao Céu imediatamente após o fim de sua vida
terrena; seu corpo não sofreu corrupção como sucederá com os homens e
mulheres que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela
descomposição. A Assunção de Nossa Senhora foi transmitida pela Tradição
escrita e oral da Igreja. Não se encontra explicitamente na Sagrada Escritura,
mas está ali implícita. O fato histórico, segundo relatos dos primeiros cristãos e
transmitido pelos séculos de forma inconteste, dá conta de que, na ocasião de
Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois
desse fato, permaneceu ela ainda 25 anos na Terra, a educar e formar, por assim
dizer, a Igreja nascente, como outrora educara e protegera Deus Filho em sua
infância. Terminou sua missão neste mundo com a idade de 72 anos, conforme a
opinião mais comum.

Diversos Santos Padres da Igreja atestam que os Apóstolos foram


milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precederia o desenlace da
Bem-aventurada Virgem Maria. S. João Damasceno, um dos mais ilustres
doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do
falecimento de sua Mãe querida (como a chamavam), vieram em multidão
prestar-lhe as últimas homenagens, e que logo se multiplicaram os milagres em
redor de seu corpo. Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que pediu para
ver o corpo de Nossa Senhora. Ao retirar-se a pedra, o corpo já não mais se
encontrava. Pela Virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara. Anjos
retiraram seu corpo imaculado e o transportaram ao Céu, onde ela vive na Glória
inefável.

Estas antigas tradições da Igreja sobre o Mistério da Assunção da Mãe de Deus


podem ser encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja dos
primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.

Dogmas sobre o Papa e a Igreja:

23 – A Igreja foi fundada pelo Deus-Homem, Jesus Cristo

Cristo fundou a Igreja; Ele estabeleceu os fundamentos substanciais da mesma,


no tocante a sua doutrina, culto e constituição.

Atestam as Sagradas Escrituras o que Jesus declarou a S. Pedro: "Bem


aventurado és tu, Simão filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que
te revelaram (que Eu sou o Cristo), mas meu Pai que está nos Céus. Também Eu
te declaro que és Pedro (no aramaico: Kepha = Pedra), e sobre esta Pedra
edificarei a minha Igreja; as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu
de darei as Chaves do Reino dos Céus, o que ligares na Terra será ligado nos
Céus, e o que desligares na Terra será desligado nos Céus." (Mt 16,17-19)

24 – Cristo constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os


Apóstolos e como cabeça visível de toda a Igreja, conferindo-lhe imediata e
pessoalmente o primado da jurisdição

O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado S. Pedro e tem o primado


terreno sobre todo o rebanho do Senhor, que é a Igreja. Este fato é atestado
claramente, repetidas vezes, pelas Sagradas Escrituras:

** "Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de Jonas,
amas-me mais do que estes?' Respondeu ele: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'.
Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros'. Perguntou-lhe outra vez: 'Simão,
filho de Jonas, amas-me?' Respondeu-lhe: 'Sim, Senhor, tu sabes que te amo'.
Disse-lhe Jesus: 'Apascenta os meus cordeiros'. Perguntou-lhe pela terceira vez:
'Simão, filho de João, amas-me?' Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela
terceira vez: 'Amas-me?', e respondeu-lhe: 'Senhor, sabes tudo, tu sabes que te
amo'. Disse-lhe Jesus: 'Apascenta as minhas ovelhas'.” (João 21,15-17)

*** “Irmãos, sabeis que há muito tempo Deus me escolheu dentre vós
(Apóstolos), para que da minha boca os pagãos ouvissem a Palavra do
Evangelho. ”, declara solenemente o próprio S. Pedro (At 15,7).

**** Diz o Senhor especialmente e somente a S. Pedro: “Eu roguei por ti, para
que a tua fé não desfaleça. E tu, confirma os teus irmãos.” (Lc 22, 31-32)

25 – O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja,


não somente nas questões de fé e costumes, mas também na disciplina e
governo da Igreja

Conforme esta declaração, o poder do Papa é de jurisdição; universal; supremo;


pleno; ordinário; episcopal; imediato.
26 – O Papa é infalível quando se pronuncia ex catedra

Para compreender este dogma, convém ter na lembrança: sujeito da


infalibilidade papal é todo Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor de
Pedro. O objeto da infalibilidade são as verdades de fé e os costumes, revelados
ou em íntima conexão com a Revelação Divina. A condição da infalibilidade é
que o Papa fale ex catedra, isto é:

a) Que fale como pastor e mestre de todos os fiéis fazendo uso de sua suprema
autoridade.

b) Que tenha a intenção de definir alguma doutrina de fé ou costume para que


seja acreditada por todos os fiéis. As encíclicas pontificais não são definições ex
catedra.

A razão da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que


preserva o supremo mestre da Igreja de todo erro, conforme a Promessa de
Cristo ('Eis que estou convosco até o fim do mundo' – Mt 28,20). A
consequência da infalibilidade é que as definições ex catedra dos Papas sejam
por si mesmas irreformáveis, sem a possibilidade de intervenção posterior de
qualquer autoridade, mesmo que seja outro Papa.

27 – A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes

Estão sujeitos à infalibilidade:


• O Papa, quando fala ex catedra;
• O episcopado pleno, com o Papa, que é a cabeça do episcopado, é infalível
quando, reunido em concílio ecumênico ou disperso pelo rebanho da Terra,
ensina e promove uma verdade de fé ou de costumes para que todos os fiéis a
sustentem.

Dogmas sobre os Sacramentos:


28 – O Batismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo

Atestam as Sagradas Escrituras: "Jesus lhes disse: 'Toda autoridade me foi dada
no Céu e na Terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo'.” [saiba mais].

29 – A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento

Este Sacramento concede aos batizados a Fortaleza do Espírito Santo para que se
consolidem interiormente em sua vida sobrenatural e confessem exteriormente
com valentia sua fé em Jesus Cristo [saiba mais].

30 – A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos


após o Batismo

Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar


e de reter os pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do Batismo. Cristo,
que pode perdoar os pecados, deu à sua Igreja o poder de perdoá-los em seu
Nome: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, serão
perdoados; aqueles aos quais os retiverdes (não perdoardes), serão retidos” (Jo
20, 22ss).

31 – A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino


e é necessária para a salvação

Basta indicar a culpa da consciência a sacerdote devidamente ordenado, mediante


confissão secreta [saiba mais].

32 – A Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo

Atestam as Sagradas Escrituras:


"Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Quem comer deste Pão viverá
eternamente. E o Pão que eu hei de dar é a minha Carne, para a salvação do
mundo." (Jo 6,51)

"Quem se alimenta da minha Carne e bebe do meu Sangue permanece em Mim,


e Eu nele." (Jo 6, 56-57)

"Pois a minha Carne é verdadeiramente comida e o meu Sangue é


verdadeiramente bebida." (Jo 6,55)

"O Cálice que tomamos não é a Comunhão com o Sangue de Cristo? O Pão (...)
não é a Comunhão com o Corpo de Cristo?" (I Cor 10,16)

"Cada um se examine antes de comer desse Pão e beber desse Cálice, pois
aquele que come e bebe sem discernir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria
condenação." (I Cor 11,28-30)

33 – Cristo está Presente no Sacramento do Altar pela Transubstanciação


de toda a substância do pão em seu Corpo e toda substância do vinho em
seu Sangue

Transubstanciação é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma


coisa a outra. Cessam as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus
lugares o Corpo e o Sangue de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão
milagrosa e singular diferente das conversões naturais, porque não apenas a
matéria como também a forma do pão e do vinho são convertidas; apenas os
acidentes permanecem sem mudar: continuamos vendo e experimentando
fisicamente pão e vinho, mas substancialmente já não o são, porque neles está
realmente o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus
Cristo.

34 – A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído


por Cristo

Atestam as Sagradas Escrituras:


“Está alguém enfermo entre vós? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam
oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor.” (Tg 5,14)

35 – A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo

Existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos,
Presbíteros e Diáconos. As Sagradas Escrituras o atestam em Fl 1,1 [saiba mais].

36 – O Matrimônio é verdadeiro e próprio Sacramento

Cristo restaurou o Matrimônio instituído e bendito por Deus, fazendo que


recobrasse seu primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o a
dignidade de Sacramento [saiba mais].

Dogmas sobre as últimas coisas:

37 – A Morte e sua origem

A morte é consequência do pecado primitivo. O relato bíblico da Queda (Gn 3)


utiliza uma linguagem feita de imagens, mas afirma um acontecimento
primordial, um fato que ocorreu no início da história do homem. A Revelação
dá-nos a certeza de fé de que toda a história humana está marcada pelo pecado
original cometido livremente por nossos primeiros pais, trazendo como
consequência a morte. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o Dom
gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm 6,23).

38 – O Céu (Paraíso)

As almas dos justos, que no instante da morte se acham livres de toda culpa e
pena de pecado, entram no Céu.
39 – O Inferno

As almas dos que morrem em estado de pecado mortal vão ao inferno.

40 – O Purgatório

As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados
veniais ou por penas temporais devidas pelo pecado vão ao Purgatório. O
Purgatório é estado de purificação.

41 – O Fim do mundo e a Segunda vinda de Cristo

No fim do mundo, Cristo, rodeado de Majestade, virá de novo para julgar os


homens.

42 – A Ressurreição dos Mortos no Último Dia

Aos que creem em Jesus e se alimentam de seu Corpo e bebem de seu Sangue,
Ele lhes promete a ressurreição para vida eterna de Paz e Plenitude.

43 – O Juízo Universal

O Cristo, Senhor e Salvador, depois de seu Retorno, julgará a todos os homens.

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