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(20240221-PT) Mais Semanário
(20240221-PT) Mais Semanário
www.maissemanario.pt • Diretor: Virgílio Tavares • Sai às quartas • 21 fevereiro 2024 • Preço Avulso: 1,50€ • Ano 12 • Nº 563
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CMPV
ENTREVISTA
“Criámos
as Correntes
d'Escritas
para promover
o livro e a leitura”
Inscrições Página 12 e 13
abertas
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Festa ‘Os Dias no Parque’ de 2024 alargada
a mais terreno para tendas e palco Página 4
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ENTREVISTA
Ex-diretor da
Escola de Beiriz
destaca qualidade
• O evento no mês de junho terá uma nova configuração do ensino
profissional
Página 6 e 7
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Cresce número de utentes
vindos através do projeto
“Ligue Antes Salve Vidas”
A segunda fase do projeto “Ligue Antes, Salve Vidas”, que está a decorrer
na ULSPVVC desde 16 de janeiro, tem tido um feedback positivo, quer da
parte dos profissionais de saúde, quer da parte dos doentes
que estou perfeitamente convicto que será uma para o Norte nessa rotunda”. O novo acesso irá
grande mais-valia para o concelho e para to- em breve entrar em obras.
Moradias (à esquerda e à direita) serão demolidas para nascer nova rotunda da Via B Rotunda em formato oval terá uma nova saída para Norte
Aprovado contrato-programa contrato-programa: nesse ano e em de Cultura, seja do Desporto, caso Por outro lado, Aires Pereira disse que
2022, os contratos foram de 900 mil dos campos de treino do parque da “as críticas de Partido Socialista variam
de 1 milhão euros, e em 2023 foi de 1,3 milhões. cidade, por exemplo, que são geridos com as pessoas. Porque já tivemos
para a Varzim Lazer O vereador reiterou a posição do diretamente pela Câmara Municipal. vereadores do Partido Socialista aqui
PS quanto ao assunto: “a forma de Não precisaram de uma empresa na Câmara que estavam completamente
Foi aprovado em reunião de Câmara gestão criada através da empresa municipal para gerir esse equipamento”, de acordo, até há um ex-vereador que
o contrato-programa com a empresa municipal não é adequada. Poderiam disse, e acrescentou que “continuamos a ainda continua a ser administrador da
municipal Varzim Lazer, no valor de 1 ser serviços municipalizados, poderia assistir a uma não melhoria, neste caso, Varzim Lazer, que parece que às vezes
milhão de euros. Lembre-se que desde ser internalizado no município, como até uma pioria em termos de exploração os senhores vereadores do Partido
2021 que a Varzim Lazer funciona por são, aliás, outros equipamentos, seja desta empresa”. Socialista se esquecem disso”.
www.maissemanario.pt • 21 fevereiro 2024 • Quarta-Feira MAIS/Publicidade 5
6 MAIS/Entrevista Quarta-Feira • 21 fevereiro 2024 • www.maissemanario.pt
Como é que vê que o Estado central não Está a ser fácil as escolas. E depois, de base, são as competências e funções das
consegue realizar. deviam ter sido logo criadas próprias autarquias.
a Educação na Póvoa Naturalmente que, a nível do
a descentralização? as condições para separar um Foi um processo que sabemos
de Varzim, atualmente? próprio município, houve sempre Ainda está a decorrer e vai conjunto de funções. Não se difícil. Várias autarquias recusaram
um acompanhamento, uma forma continuar a decorrer. Por isso pode descentralizar sem olhar inicialmente este processo, e bem,
Eu já conhecia a Póvoa de de estar em relação às escolas, é que eu dizia há pouco que para a necessidade de mudança penso eu, foram recusando esse
Varzim, quer ao nível da sua e mais ainda agora, com este é necessário refletir sobre a do próprio modelo de gestão das tipo de transferência abrupta. É
própria organização municipal, desafio da descentralização, distribuição de funções, tarefas e escolas, não é possível. Ou melhor, preciso agora voltar a olhar para
concelhia, e também no campo mas que permite que as escolas competências entre os municípios, possível é, que está a acontecer, o próprio modelo. O governo
da Educação. Aquilo que se diz da Póvoa no seu todo sejam na generalidade do país, e aquilo mas era preciso que essas duas que vier a seguir tem de olhar
da Póvoa de Varzim, que é bom escolas de referência. E não é por que são as funções e as tarefas das realidades tivessem tido uma para isso, quer para a plataforma
viver aqui, enfim, e é de facto. acaso que nos vamos situando escolas, para que houvesse uma abordagem diferenciadora. de organização de sistemas, de
Ao nível do próprio município, nos rankings, com o valor que separação, porque é possível. Aquilo que se exigia às escolas e colocações de professores, a
ao nível daquilo que é a resposta têm, nos vamos situando em se pede às escolas, agora com outro forma como é descentralizado,
educativa do concelho, acho que patamares de diferenciação e de interlocutor, que vem acrescentar o papel que queremos que as
é uma resposta de qualidade, a qualidade muito boas. Portanto,
Mas o caminho burocracia, é um facto, era preciso autarquias desempenhem, o papel
todos os níveis. Aí, o município, nesse campo há também coisas era este? que se repensasse o próprio modelo que queremos que as escolas
há que reconhecer, tem tido ainda a melhorar, naturalmente, de gestão que hoje existe. Não desempenhem, porque só por aí é
um papel extremamente com esta questão da Eu penso que podia ter sido feito de estou a falar de voltarmos ao que que chegamos. Isto, naturalmente,
importante, acompanhando sem descentralização. Nomeadamente outra forma. Para já, desde logo, de era dito como gestão democrática. com um reforço da própria
interferir demasiado, ajudando ao nível da administrativo, uma forma muito mais sustentada Há aquilo que são as competências capacidade de decisão das próprias
e suprindo muitas vezes aquilo financeiro. e muito mais trabalhada com e funções das escolas, e aquilo que escolas.
8 MAIS/Sociedade Quarta-Feira • 21 fevereiro 2024 • www.maissemanario.pt
eu identificar pessoas que amavam e que esta- soas altamente dedicadas em cada minuto que
vam entregues à causa por amor, por sentirem estavam ali connosco.
verdadeiramente aquilo que estavam a fazer, e O que podemos esperar solitário e propositado, porque eu não me As coisas foram acontecendo. No terceiro
também pelos livros. da Patrícia Dourado sentia preparada para, ainda precisava ano, o meu patrão já não estava. Eu tinha 2
Porque escolheu este setor de atividade de me desenvolver mais, de me conhecer anos de casa quando ele me diz que ia abraçar
para desenvolver o seu projeto empresa- daqui a 5 anos? mais. um desafio e ir para Angola trabalhar. Eu dis-
rial? Essa é uma das questões mais difíceis, Sinto-me com mais poder e com se que protegia a casa. Eu tinha uma confiança
Venho de uma família muito humilde e nunca porque o trabalho é diário. Eu acordo às uma outra missão. Acho que tenho um desenvolvida dentro de mim, que era ‘eu sei
pensei em trabalhar por conta própria, e nunca seis da manhã e só tenho de acordar o meu propósito. Ainda tenho um nevoeiro à que eu vou conseguir. Eu consigo tudo’.
pensei ir para o ramo da Contabilidade. Aliás, filho às oito. Nessas 2 horas, empodero- frente que estou aqui a tentar desbravar, Qual foi o momento de abraçar o projeto
todo o meu percurso de escola sempre foi a fu- me, todos os dias. Vou à procura de mais mas acho que o meu caminho é seguir DOURADOTOC?
gir da Matemática. Custava muito, porque que- e mais informação e conhecimento. Em esse propósito, influenciar as pessoas e ver Foi aí. Eu ainda falei com o meu antigo patrão,
ria orgulhar muito a minha família, sobretudo paralelo, ver, por exemplo, as reuniões que qualquer área, por muito pesada que no terceiro ano. Ele já estava lá fora, mas vinha
o meu pai. Mas a Matemática sempre foi uma livres, ouvir a bastonária da área da digam que é, nós podemos torná-la leve. no verão. Falei com ele: “eu agora tenho ou-
dificuldade. A escolha da área da Contabilida- Contabilidade, escutar pessoas que me E esta área da contabilidade cada vez me tro conhecimento, já tenho outro saber, e nós
de, foram as pessoas que me inspiraram. influenciam para o lado maravilhoso, orgulha mais, o conseguir transmitir algo podemos ir para mais longe, ir mais para esta
Neste percurso, deparo-me com a professora bom. Boas influências, um Jorge de bom. área da consultoria. Para que é que temos tan-
de Contabilidade; na altura não havia uma dis- Coutinho, um Alexandre Monteiro. A forma como eu me coloco para tos clientes? Aliás, até há clientes que nem nos
ciplina de Matemática, havia Probabilidades. E Vejo-me cada vez mais empoderada, determinado cliente, a minha postura, pagam, nem nos valorizam. Vamos diminuir os
deparo-me com uma professora muito apaixo- mais livre e leve, e a influenciar pessoas a minha energia, é completamente clientes. Eu agora tenho esta pós-graduação de
nada pela área e a disciplina começou a fazer através deste caminho que eu fui diferente dependendo do público que Fiscalidade. Sei tanta coisa. Posso colocar em
sentido, a simpatizar imenso. E a nota começou traçando, que é muito libertador e me eu tenho à frente. Tenho de perceber prática tanta coisa que, se eu não tiver tempo,
a ser 17, 18. enche de orgulho, porque já consigo, neste quem está à minha frente, para não consigo, não vou conseguir aplicar aquilo
Não pensava, quando fui para este curso tec- momento, influenciar os meus próprios conseguir passar e transmitir uma que se pretende e que podemos gerar valor”.
nológico, pensava logo em trabalhar, porque colegas, que começam a ver, também, informação. Ele não me ouve, nos pensamentos dele e nos
havia muitas dificuldades a nível financeiro em esta área como não sendo uma área Toda a gente que entra aqui tem na projetos que ele tinha, que não via a empresa,
casa. Era só o meu pai que trabalhava. Cheguei pesada, que é isso que eu sempre quis cabeça que é para a reunião com o talvez, da forma como eu via. Porque eu pró-
ao 12º ano com muito boas notas. A Contabili- desmistificar. contabilista, que chatice. E saem aqui pria arrumava aquela casa, eu colocava aquilo
dade começou a surgir como algo que eu admi- Só agora é que acabo por estar a satisfeitos, felizes, porque veem que isto de uma maneira a sentir-me apaixonada por
rava – acho que admirava mais a professora do mostrar-me um bocadinho mais para não é assim uma área tão complexa, não é tudo aquilo, porque o ambiente também nos
que a própria Contabilidade. fora. Sempre foi um caminho muito assim uma área tão aborrecida. influencia.
Vi aquilo como uma oportunidade para ad- No quarto ano, quando ele vem, eu digo-lhe:
mirar mais aqueles que eu mais amava. O meu “já não dá. Eu não quero mais isto. Eu não pen-
percurso começou aí. Entretanto, dizem-me saria noutra coisa, ficaria aqui até morrer”,
que existe a ESEIG aqui em Vila do Conde. Desde cedo percebi que aquilo que me ins- fazer um estágio em Matosinhos. Quando es- porque os exemplos que eu tinha não eram de
Foi por aí. Para nunca falhar com os meus, pirava era mesmo o amor que as pessoas co- tou quase a assinar o contrato de estágio, apa- mudança, eram de estabilidade. Lembro-me
eu sempre me exigi muito a mim própria. Tive locavam nas coisas, tal como a professora de rece-me então a oportunidade de iniciar um de, na altura, ele ficar transtornado e deixou
uma dificuldade imensa, porque desde o nono Contabilidade, a professora de Matemática, e estágio numa empresa da Póvoa de Varzim, e é de conseguir olhar para mim. Pensava que eu
ano que eu não tinha Matemática; 10º, 11º, 12º o meu pai, que tudo aquilo que fazia, fazia por por aí que eu faço a minha escolha. tinha começado a falar com os clientes, que ia
só tive ali Probabilidades. Quando eu entro no amor. Era a garantia do rendimento lá para Acabei por identificar as minhas fraquezas. sair, que ia enveredar com um caminho por
primeiro ano no ESEIG, Contabilidade, era casa, trabalhando no campo e trabalhando na Dediquei me muito também aos livros. Para conta própria, e que lhe ia roubar os clientes.
só Matemática, tinha tantas disciplinas e tão Docapesca, para conseguirmos ter o melhor da além das pessoas, os livros também eram a mi- Mas eu não fiz, e ele depois apercebeu-se disso.
complexas, só que me deparo com alguém que vida, que o melhor não era aquilo que nós que- nha inspiração. E aquilo que eu sou hoje é fruto Depois, os clientes foram-me ligando, assusta-
é apaixonada por Matemática, a professora. ríamos, era aquilo que realmente nós necessi- das pessoas, de eu identificar pessoas que ama- dos. Eu disse: “é só vocês confiarem e acredita-
Foco-me imenso, a minha disciplina, a exigên- távamos para vivermos. vam e que estavam entregues à causa por amor, rem no contabilista que têm até agora. E eu hei
cia a mim própria, o querer ser perfeita sempre Foi sempre um percurso com metas de- por sentirem verdadeiramente aquilo que esta- de seguir a minha vida”.
fizeram com que o meu percurso fosse um per- finidas? vam a fazer, e também pelos livros. Quando saio, surge um cliente com duas em-
curso de sucesso. Consegui terminar o curso Sempre. Eu era uma menina muito dedicada à Foram os passos corretos para conquis- presas que me diz: “Patrícia, eu vou contigo”.
em 3 anos. Fui para esta área pelas pessoas que família, sempre fui muito protegida pela minha tar o seu espaço empresarial? E assim foi. Na altura, sinceramente, eu ainda
me inspiraram. Esta é a realidade. mãe e pelo meu pai. Sempre os quis orgulhar Sim. Eu já vinha com um background daquilo não sabia o que me esperava e que caminho eu
Foi este o incentivo para se tornar em- imenso e nunca lhes quis falhar. Tinha pouca que eu lia, das minhas fontes de inspiração e ia traçar, mas esse caminho foi traçado por-
presária? confiança em mim, era extremamente tímida. dos temas que me apaixonavam, que eram te- que houve alguém que me disse: “Olha, eu vou
Ainda não é aí. Quando estou no final do tercei- Tinha um círculo de amigos muito pequenini- mas pouquíssimo falados. Nessa altura, já era contigo. Assume estas minhas duas contabili-
ro ano de faculdade, eu penso: “bem, mais 2 ou nho, porque não era aquela menina toda mui- completamente apaixonada pela inteligência dades”. E foi por aí que tudo se desenvolveu e
3 meses e eu concluo isto, quero começar a tra- to bonita, toda muito influenciável. Não saía, emocional, a gestão do tempo, tudo que está iniciou.
balhar e a participar no rendimento de casa”. O como as restantes meninas saíam à noite, por- relacionado com a Psicologia. Sente-se uma mulher independente,
nosso trajeto em casa sempre foi de nos ajudar- que não queria de todo dececionar quem estava Tive um percurso de 4 anos. Fiz um estágio, quer na vida empresarial e familiar?
mos muito, de haver uma entreajuda, porque em casa. Tentei trabalhar também em mim, pensava eu, para entrar dentro de uma estru- Sem dúvida. Mais do que independente, livre.
o meu pai era o único garante de rendimento pelas minhas influências, e transformei as mi- tura e ter alguém que me desse formação, mas Fui trabalhando na minha liberdade, e essa li-
para sustentar uma família de 4 pessoas. nhas fraquezas. não. Entrei para substituir alguém que iria berdade constrói-se com o conhecimento. So-
Começo a pensar: “Deixa-me começar a Quando saio da faculdade, não me aparece a sair, e fiquei completamente sozinha num es- bretudo a partir de 2021, conjugaram-se uma
mandar currículos para várias empresas, para oportunidade de iniciar um estágio, mas apa- critório de contabilidade, onde eu só sabia que série de situações, a nível pessoal, que me fize-
pelo menos poderem-me dar uma oportunida- rece a possibilidade, mediante o pagamento de nada sabia. ram buscar pelo caminho do autoconhecimen-
de de estágio, e eu hei de fazer de tudo e dar 500 euros, de fazer um curso prático no Porto, Aquilo deu-me um sentido de responsabi- to. Já ia pelo caminho de muita formação nesta
o meu melhor, como até então, para conseguir de 6 meses. Se realmente ficasse entre os 3 me- lidade enorme e depois, como eu não queria área da Contabilidade e da Consultoria, para
iniciar o meu percurso e ganhar dinheiro”. A lhores, teria uma oportunidade de estágio. mostrar uma parte fraca, como eu queria sem- me sentir à vontade com o cliente.
minha única ambição era participar nos rendi- Fiz esse curso e, passados os 6 meses, fiquei pre dar o meu melhor e orgulhar os meus, e já Comecei muito nova nesta área, uma área
mentos para casa. entre os 3 primeiros e tive a oportunidade de com uma vontade de transformar as minhas que é de pessoas já com uma outra idade.
fraquezas em oportunidades, trabalhei noite e Olhando para mim, com 24 anos, uma carinha
dia. Cheguei a fazer quase 24 horas para conse- de menina, que é que tu tens para me oferecer?
guir dar resposta às necessidades dos clientes. Eu sempre tive de trabalhar muito o poder
Quando se sai da faculdade, sabe-se muito e a formação nesta área específica de estudo,
pouco e não se consegue fazer uma integração a Contabilidade, a Fiscalidade e a Consultoria.
na vida prática de forma fácil, porque é tudo A par já vinha esta área mais do conhecimento
muito teórico, infelizmente. Então, tive de tra- pessoal, do conhecimento das pessoas.
balhar, trabalhar, trabalhar, estudar, estudar, Um livro muito poderoso também é ‘O Fun-
estudar. Fiz cursos; parte do dinheiro que real- cionamento da Mente’ de Augusto Cury, fan-
mente ganhei no estágio foi para investimen- tástico, porque dá outra forma de te entregares
to pessoal, ligado apenas e só a esta área da e de perceberes as pessoas. A partir do momen-
Contabilidade e da Fiscalidade. Porque saí da to em que o cliente entra pela porta dentro, eu
ESEIG muito mal preparada, e percebia que, vou em busca das necessidades dele. Não é ne-
para fazer boa contabilidade, eu tinha de do- cessário falar muito. Eu já chego a conseguir
minar a fiscalidade. interpretar e dar-lhe aquilo que ele necessita,
Nessa altura, faço a pós-graduação em Fis- que muitas vezes ele nem sabe sequer. Depois,
Atuais instalações da DOURADOTOC
calidade em Barcelos, no IPCA. Tem formado- integro com esta área da Contabilidade, da
res também que me inspiraram imenso, pes- Gestão, da liderança.
12 MAIS/Entrevista Quarta-Feira • 21 fevereiro 2024 • www.maissemanario.pt
gente vai aos restaurantes ali à volta, para além vezes não estamos de acordo, mas chegamos para ser vivida com alegria, com satisfação. Eu Sérgio Godinho, vamos ter aqui, este ano, 120
do comércio que lá existe, para além das livra- sempre a uma boa conclusão. detesto aquelas pessoas que parece que carre- autores de 16 nacionalidades. Vamos ter Hélia
rias. Aliás, nós temos falado com vários conferen- gam o mundo às costas, que tudo é mau e que Correia e Germano Almeida, que são 2 pré-
Se nós pensarmos, depois das Correntes, surgi- cistas, que dizem “este ano não posso, mas vai tudo correr mal. Eu sou muito otimista e mios Camões, entre outros prémios que vão
ram mais duas livrarias na Póvoa. Quando nós para o ano estou disponível”, e vai acontecendo acho que, se nós nos empenharmos, se nos de- estar aqui connosco. Escritores que já ganha-
pensamos que os livros estão a desaparecer, assim também, porque as pessoas não estão dicarmos àquilo que estamos a fazer, tudo vai ram o prémio Correntes d'Escritas e também
quando pensamos que as livrarias estão a desa- livres todos os anos. Este ano, coube aqui o es- correr bem e vamos ter êxito. estão cá. Temos 13 livros finalistas do prémio
parecer, na Póvoa cresceram, digamos, quase paço ao José Gil. Não é para me gabar, mas eu fui das poucas Casino da Póvoa. Entre estes, temos escritores
100%: tínhamos duas, passamos a ter quatro. É No prémio principal há também o núme- pessoas que desde o início acreditei, lutei e dei portugueses, espanhóis, brasileiros, chilenos,
assim, nem mais nem menos. ro 25 com o reforço da verba no Prémio a cara por este projeto. Quando as coisas corre- mexicanos, angolanos e moçambicanos. Não é
É importante fazermos este desenvolvimen- Casino da Póvoa, que passa de 20 para ram mal, e houve coisas que correram mal, eu só Portugal que está aqui. Isto quase que é uma
to do Correntes d’Escritas ali no Garrett. As 25 mil euros. Isto representa, apesar de dei a cara também, estava presente, não fugi. metáfora igual à de Pessoa, não é? A minha pá-
Correntes d'Escritas nunca mais vão sair do se falar em crise, um reconhecimento Quando as coisas correram bem, tentei não tria é a língua portuguesa. Aqui é a língua por-
Garrett, logicamente. Dão ali vida também ao evento e aos escritores? aparecer; quando as coisas correm bem, não tuguesa e espanhola, as duas pátrias que estão
àquele espaço. E, para além disso, aliás, há a Na abertura das Correntes d’Escritas do ano apareço. Os outros podem aparecer todos, mas aqui presentes.
Póvoa antes do Garrett e há a Póvoa depois do passado, quando falei ao doutor Dionísio Vina- eu não apareço. Eu sempre entendi que as Cor- Se tivesse de lançar um repto aos leito-
Garrett. Não só nas Correntes, mas também gre, disse “senhor doutor, seria bom que para o rentes d’Escritas iam ter o êxito que têm agora. res, o que diria?
com toda a atividade cultural que o Garrett tem ano tivéssemos um prémio mais robusto”, e ele Eu sempre percebi isso. É claro que diria para virem às Correntes d’Es-
e que está todos os dias ocupado. Não só com a acolheu a ideia. E cá estamos: 25 edições, 25 Também percebo outras coisas que não correm critas. Mas o que eu diria é que mantenham o
programação cultural local, mas também com mil euros. É sinal de que o Casino tem apoiado tão bem, com alguma antecedência. Temos de espírito aberto, que aceitem as ideias dos ou-
a programação cultural nacional e internacio- a cultura também, e é importante esse apoio. ter sempre uma visão para além do momento tros, que sejam tolerantes. Cada vez é-se menos
nal, que trazemos cá. Eu reconheço que o apoio à cultura não é assim presente, uma visão ampla, alargada. Mesmo tolerante. Que se ponham no lugar dos outros
Com certeza que iremos também levar as muito reconhecido neste país. Todos nós sabe- no aspeto cultural, sobretudo no aspeto cultu- antes de reagir. E que respeitem, sobretudo a
Correntes à Arena, quando estiver concluída, mos isso. Mas o Casino tem essa sensibilidade ral. E perceber aquilo que é importante para a literatura, a cultura.
numa ou noutra mesa. Nós também sabemos e não tem faltado com este apoio às Correntes nossa comunidade e aquilo não é tão importan- Uma mensagem que eu queria dar, que para
quando é que há mais gente e quando é que há d’Escritas. Aliás, é o patrocinador principal te quanto isso. mim é essencial, é que a cultura é um espaço
menos gente, também conhecemos perfeita- dos Correntes d’Escritas. As editoras também, É por isso que eu entendo que, na cultura, nós de liberdade. E a literatura, que é a minha área,
mente como é que o público leitor reage a esta através do Prémio Luís Sepúlveda, a Porto Edi- não podemos ter uma visão afunilada, ou seja, aquela a que eu me dedico mais, que eu gos-
e àquela mesa. tora, e as outras editoras, também, com o apoio não podemos olhar só para um aspeto. As pes- to muito de ler. Eu neste momento tenho em
Por exemplo, nós vamos ter aqui aquele pro- à revista literária. soas não gostam quando eu digo isso, mas eu cima da minha mesinha de cabeceira não sei
grama com o Carlos Vaz Marques, com o João Mas seria importante para as Correntes d'Es- digo muitas vezes que tanto aposto fortemente quantos livros. E entre o Paulo Moreiras, que
Miguel Tavares, Pedro Mexia e Ricardo Araú- critas e para a cultura portuguesa, que tivésse- nas Correntes d’Escritas, no Festival Interna- eu também gosto muito, a Machado de Assis,
jo Pereira, em direto para a televisão. Tenho a mos apoios do Ministério da Cultura, mas não cional de Música, como aposto num festival de que tenho a obra toda de Machado de Assis lá,
certeza de que, se tivéssemos a Arena pronta, tem surgido essa hipótese. Não têm surgido, folclore, num encontro de bandas filarmónicas. que estou a fazer uma segunda leitura. Eu devo
encheria a Arena. também, programas para apoio na área deste Tudo isso é importante. Tudo isso faz parte da ser um bocado maluco, já li toda a obra e estou
Como se chega à pessoa que é escolhida evento. Quando surgir, estaremos disponíveis cultura de um povo, da nossa cultura. Tudo é a ler outra vez.
para a Conferência? para isso. necessário. Mas é engraçado, que consigo encontrar outras
A programação é tratada comigo e com a Ma- É uma pessoa feliz por ter conseguido Não podemos viver só dos livros. Temos de vi- coisas que não encontrei na primeira leitura.
nuela Ribeiro. Começamos a pensar a progra- juntar tanta gente à volta deste percur- ver também das nossas tradições. E a tradição Este exercício de se fazer uma segunda leitura
mação logo após as Correntes d'Escritas, o que so de 25 anos? faz a cultura. É por isso que a Póvoa tem uma é muito interessante. Eu estou a descobrir ou-
é que vamos fazer para o próximo ano, qual Feliz, sim. Aliás, sou uma pessoa feliz, as pes- força associativa que poucos concelhos deste tras coisas e tomo nota ao lado e tudo mais. Um
será o tema da revista? Qual é o autor que va- soas que me conhecem [sabem que] sou uma país têm. Entendemos que temos de apoiar, de livro não é descoberto só na primeira leitura.
mos falar na revista? Este ano, nem pensamos pessoa feliz e bem-disposta. Acho que a vida é trabalhar com eles, e é muito importante ter Às vezes precisa de uma segunda leitura para
em autor porque estamos a falar das Correntes esta visão alargada da cultura. ser descoberto.
d'Escritas, e a revista será sobre as Correntes As Correntes não têm forma de parar? A literatura é um espaço de liberdade. E, por-
d’Escritas. “Com certeza que iremos Já não têm. É por isso que, para além das me- tanto, que aproveitem essa liberdade. Porque
No que diz respeito ao conferencista, é tratado
entre mim e o José Carlos Vasconcelos. Come-
levar as Correntesà Arena, sas que terão versos de poemas retirados de
canções de contestação ao Estado Novo, aque-
esse espaço, na vida real, está a tornar-se cada
vez mais exíguo, e temos de estar com atenção
çamos a conversar, qual é a possibilidade. Às quando estiver concluída” las canções após 25 de Abril, do Zeca Afonso, a isso.
CMPV
Durante a festividade, foram atribuídos pré- criatividade, alguma inovação naquilo que
mios de melhor disfarce: a ‘bruxinha’ Eliza- possa ser a sua participação”, explicou a ve-
readora.
bete venceu o prémio individual e o MAPADI
o coletivo. Ao agradecer o reconhecimento, o Instituições presentes
presidente da direção do MAPADI, António
Ramalho, indicou que “todos mereciam o Participaram na festa A Beneficente, o Centro
prémio, porque todos estão muito bonitos”. Social de S. Pedro de Rates, o Centro Social
Andrea Silva, vereadora da Ação Social do Bonitos de Amorim, o Centro Social Paroquial
Município, salientou a “muita alegria e felici- de Aguçadoura, o Centro Social Paroquial de
dade” sentida na festa, onde todos “cantam, Aver-o-Mar, o Centro Social Paroquial de Ter-
vêm fantasiados do que quiserem, e podem ser roso, a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de
o que quiserem. É uma vivência muito gratifi- Varzim, a Associação de Reformados Poveiros,
cante”, disse. o MAPADI, e os Centros Ocupacionais de Aver-
“Nós instituímos sempre um prémio cole- -o-Mar e da Lapa. O Centro Social e Paroquial
tivo e um prémio individual, no fundo tam- de Aver-o-Mar não pôde participar devido a
bém para os incentivar a trazerem algumas limitações provocadas pelas condições meteo-
das suas fatiotas cuidadas e com alguma rológicas.
www.maissemanario.pt • 21 fevereiro 2024 • Quarta-Feira MAIS/ Atualidade 15
MAIS/Opinião
VALE A PENA SALVAR A HUMANIDADE?
fazer a mala, acordar cedo e perder horas na
viagem… mas depois vem a recompensa. Que
no caso da ação climática pode ser uma fatura
mais baixa na energia e maior conforto térmico,
além da resiliência acrescida.
Depois há quem ache que as alterações cli-
máticas são uma coisa que se resolve numa
Assembleia Geral das Nações Unidas. Pois, eu
também achava que devia ser assim. Não faltam
acordos e tratados, mas nenhum deles está a ser
PEDRO MACEDO, respeitado. A capa de um dos últimos relatórios
COORDENADOR DO CENTRO DO CLIMA DA
PÓVOA DE VARZIM E EMBAIXADOR DO PACTO
sobre o clima é um disco riscado. Fala-se, fala-
EUROPEU PARA O CLIMA -se, fala-se… e não se sai do mesmo sítio. Eluci-
dativo. Meus caros, temos de ser nós a arregaçar
Apresento aqui uma boa lista de desculpas para as mangas, porque vamos ser nós a ter de lidar
não nos preocuparmos com o ambiente e em com as consequências da inação. Não vale a
particular com as alterações climáticas. É só es- pena esperar por heróis. As capas dos últimos relatórios das Nações Unidas são elucidativas. O discurso das alterações climáticas
colher uma e seguir em frente. Ou não. E claro, há quem ache que tudo se irá resol- parece um disco riscado – as temperaturas continuam a subir, mas continuamos a aumentar as emissões de
Mudar dá trabalho, é incómodo, coloca-nos ver com alguma tecnologia miraculosa que faça gases com efeito de estufa. A nossa casa está a arder e nós não estamos preparados.
perante o incerto. Adoramos ritos e rituais, ro- desaparecer o dióxido de carbono da atmosfera. conceito de liberdade talvez seja andar de SUV sa motivação intrínseca para fazer o bem, para
tinas, mesmo que nefastas. Lembro-me daquele A boa notícia é que sim, essa tecnologia existe. para todo o lado, nem que isso signifique passar cuidarmos uns dos outros, da nossa Casa. A
estudo em que se colocavam duas opções: pre- Chamam-se árvores (e afins) mas cada vez são horas numa fila de trânsito. nossa capacidade para nos adaptarmos e resis-
fere este sofrimento, a uma hora incerta do dia, menos e mais ameaçadas. E simplesmente não No meu processo de investigação descobri, tirmos, para sermos curiosos e criativos.
com a possibilidade de nunca acontecer; ou um temos, nem de perto nem de longe, os recursos tragicamente, que a verdadeira razão profunda E sim, também temos medo. Vivemos todos
sofrimento certo e com hora marcada. A maior ou o tempo para substituir 1500 milhões de au- para tantos não cuidarem do Planeta que nos os dias com a angústia de ter de lidar com tantas
parte escolheu o sofrimento certo. Somos as- tomóveis por viaturas elétricas (etc. etc.). Temos sustém, é simplesmente não acreditarem que dificuldades e acusações. Medo de já ser tarde
sim, animais de hábitos. de mudar de estilo de vida, consumir menos, vale a pena salvar a Humanidade. Acreditam demais. Medo que se transforma facilmente em
É esta a primeira desculpa para não fazermos confiar no bom senso e não na tecnologia. que o Homo sapiens tem algum defeito que ine- raiva e desespero. Mas sabemos que não adian-
nada para evitar a tragédia climática. Dá muito Mas há desculpas muito mais rebuscadas. Há vitavelmente nos irá levar à extinção. Que a cri- ta construir “bunkers” ou esperar salvações
trabalho. É confuso e complexo. A boa notícia quem acredite que isto das alterações climáticas se ecológica (moral, etc.) é irremediável. Que irá divinas. Recusamo-nos a perder a esperança e
é que estamos aqui para ajudar, nós e muitos é tudo uma conspiração para controlar a Hu- acabar tudo em barbárie, como é retratado em não deixamos que o insidioso medo nos domi-
mais. Ainda agora abriu na Póvoa de Varzim um manidade. Se alguém se atreve a falar de uma tantos e tantos filmes. Pura misantropia. ne. Queremos ir mais além do cabo das tormen-
novo balcão de atendimento, o "Póvoa de Var- “cidade de 15 minutos” – onde todos os serviços No Centro do Clima acreditamos que temos tas. Sim, vale a pena ‘salvar’ a Humanidade.
zim Energy Hub". Um espaço de apoio na área públicos estejam, no máximo, a 15 minutos de de mudar, sim. Mudar os nossos sistemas, que Vêm aí várias eleições. Que o nosso voto seja
da eficiência energética e produção de energia distância a pé, de transportes públicos, ou de promovem o pior do ser humano, o seu indivi- informado e consciente. Que venha de um lugar
renovável em ambiente residencial. A outra boa outras formas de mobilidade suave como a bi- dualismo e consumismo. Mas acreditamos que de esperança e não de medo. Como dizem os
notícia é que mudar custa, mas dá muito prazer. cicleta – é porque é um ditador que quer limitar precisamos acima de tudo de mais Humanida- velhos sábios, o medo nunca foi um bom con-
É como ir de férias: temos que fazer marcações, as liberdades individuais. Porque para alguns o de, de enaltecer o que de melhor temos, a nos- selheiro.
16 MAIS/Desporto Quarta-Feira • 21 fevereiro 2024 • www.maissemanario.pt
MAIS Desporto
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Varzim convoca associados para apresentar
plano de recuperação do clube
A Comissão Administrativa do Varzim decidiu convocar os associados para uma assembleia geral, no sentido de informar “o estado do Varzim Sport
Club e Varzim SC - Futebol SDUQ Lda”. A reunião foi marcada para 1 de março, pelas 21h, no Auditório Municipal. O clube deverá avançar para um
PER
VARZIM SC
Da saga
dos ingovernáveis
O mote de uma recente entrevista
do antigo diretor-geral do clube,
André Geraldes, ao jornal O
JOGO, em que justificou a saída
por se tratar de um clube que
“chega a ser ingovernável”,
foi o mote para nas últimas
semanas os adeptos do Varzim
transmitirem através das redes
sociais o seu apoio ao clube e
à campanha “ingovernável”.
Comissão Administrativa
Foram apresentadas camisolas
apropriadas à situação, as quais
Clube na zona de subida têm merecido por parte dos
Além das explicações que serão dadas linha defensiva alvinegra, ao longo de varzinistas um grande e forte
sobre o estado do clube, a ordem de Entretanto, a equipa principal somou todo o encontro. acolhimento.
trabalhos indica que será solicitada os primeiros 3 pontos na fase de apu- Aproveitou o Varzim, com as alte-
aos sócios a ratificação da adesão do ramento de campeão da Liga 3, ao rações realizadas por Vítor Paneira,
Varzim a um Processo Especial de derrotar no sábado o Braga B, por 2-0. para voltar a estar mais no meio-cam-
Revitalização (PER) para o Clube e Os golos foram de Vasco Braga aos 3’ po adversário e alcançar o segundo no final fazemos contas”. Recorde-se que Bruno China foi
igual situação para a SDUQ. e Xandão aos 72’. O triunfo alvinegro golo numa boa jogada coletiva que Nos encontros da 2ª jornada, além treinador do Varzim na época passa-
Este programa de recuperação eco- coloca a equipa no 2º lugar, posição nasceu na marcação de um canto cur- da vitória do Varzim sobre o Braga da antes da chegada de Vítor Paneira.
nómica tem como finalidade permitir de acesso direto à II Liga. O sonho to, com o central Xandão a empurrar B (2-0), destaque para o triunfo do Na altura, China esteve no comando
a uma empresa/entidade que esteja alimenta-se e “as contas fazem-se no o esférico para o fundo da baliza. Lourosa na Covilhã (0-1), a vitória técnico em 6 jogos, onde averbou 4
numa situação economicamente di- fim”, sublinhou Vítor Paneira. Ficou consumada a primeira vitó- do Alverca frente ao Atlético (2-0), derrotas e dois empates.
fícil ou em situação de insolvência Perante mais de 3 mil espetadores, ria do Varzim, uma equipa totalmente e o empate a um golo em Felgueiras, No comunicado, os cinco elemen-
iminente, mas que ainda seja passível o Varzim entrou muito forte e cedo diferente da que foi visível ao longo de que recebeu a Académica de Coimbra. tos da Comissão Administrativa “es-
de ser recuperada, negociar com os chegou ao golo com um remate de vários meses na fase regular. Na classificação, Lourosa lidera com tranham que o valor em dívida ainda
credores com vista a um acordo que Vasco Braga à entrada da área, com 6 pontos, seguido pelo Varzim (2º), não esteja regularizado, uma vez que
leve à revitalização do clube. a bola a entrar no ângulo da baliza Ida à Tapadinha Braga B (3º) e Alverca (4º), todos com tinha sido publicamente dito pela
Também na reunião magna, agen- adversária. Depois, o jogo ficou equi- O campeonato continua no próximo 3 pontos, Felgueiras (5º) e Académi- anterior Direção do Varzim Sport
dada para o primeiro dia de março, librado, mas em transição o Varzim fim de semana, com o Varzim a des- ca (6º), ambos com 2 pontos. Covilhã Club que o seria “… numa questão
será nomeada uma Comissão Admi- foi criando perigo no último reduto locar-se até Lisboa, onde domingo, (7º) e Atlético (8º), cada um com um de horas”. Já passaram dois meses e
nistrativa, atualmente constituída bracarense, que ficou privado de Vas- a partir das 15 horas, irá defrontar o ponto. o problema não só não foi resolvido
por Rodrigo Moça, Pedro Coelho, co Moreira aos 42’, ao ver um cartão Atlético, que apenas conseguiu um A terceira jornada, além do jogo em pela anterior direção, como não foi
André Tavares Moreira, Pedro Costa vermelho direto, por entrada dura so- ponto nos dois jogos já realizados. que participa o Varzim, terá ainda o deixada qualquer verba para assumir
e Tiago Ferreira, para continuar a re- bre um atleta varzinista. Para o treinador do Varzim, “nenhum Felgueiras-Alverca, Lourosa-Aca- o compromisso”.
cuperação financeira do clube. Recor- Na segunda metade, o Braga B ape- deixa de ser os 8 mesmos candidatos. démica e Braga B-Covilhã, todos no Para os atuais dirigentes a situação
de-se que na última assembleia geral, sar de reduzido a 10 jogadores, levou Eu vi os jogos e vi as equipas muito próximo sábado. estar a causar “constrangimentos no
a 26 de janeiro, a Comissão pediu o por duas ocasiões de perigo, a bola iguais. Já ouvi comentadores a dar fa- dia-a-dia do Clube”, nomeadamente
período de um mês para apresentar junto da baliza de Ricardo, que se voritismo claro a 3 ou 4 equipas, na Apesar da tentativa no trabalho da equipa principal mas-
o atual estado financeiro do Varzim. mostrou muito seguro, assim como a qual a nossa não estava incluída, mas de acordo autocarro culina. Apurou, entretanto, o MAIS/
Semanário que o Varzim irá deslo-
penhorado por anterior car-se até Lisboa em outro autocarro,
equipa técnica contando para isso com a ajuda de vá-
rios varzinistas.
O autocarro do Varzim Sport Club
ARQUIVO
VARZIM SC
Amorim 37 pontos. Na classificação: 1º Tougues com 48 pontos,
Escolinhas: Averomar 0 Estela 4; Regufe 6 seguido pelo Aveleda com 47 pontos, Árvore,
Matriz 1; Laúndos 1 Aguçadoura 5; Argivai 2 Na- campeão em título e derrotado nesta ronda, ocu-
vais 2; Amorim 12 Terroso 0. Classificação: 1º pa o 3º lugar com 43 pontos.
Estela com 42 pontos; 2º Amorim e Aguçadoura A 22ª jornada terá lugar entre 2 e 6 de mar-
com 33 pontos. ço, com o líder Tougues a receber em Retorta, o
Traquinice: Argivai 7 Navais 0 e Amorim 2 Mindelo, 5 de março, enquanto o Aveleda joga
Terroso 0. Classificação: 1º Averomar com 24 a 2 de março, quando receber no seu campo a
pontos, 2º Argivai com 20 pontos. equipa de Vilar.
que poderemos ganhar quando junta- tarefas. Estas são oportunidades de um envelhecimento positivo para
mos estas diferentes gerações e estes para diversas aprendizagens e de se os mais idosos, há uma vantagem
diferentes pontos fortes?
Em várias gerações, os avós fa-
sentirem ativas, úteis, confiantes.
Nestes momentos, podemos obser-
significativa para ambos: o afeto.
Costuma-se dizer que “ser avó/avô é
Contactos
ziam parte dos cuidadores princi- var que os avós também são expos- ser mãe/pai com dobro do açúcar”.
Rua de Berrossos, nº 139
pais das crianças da família, sendo tos a vários desafios! Os netos podem O que sabemos é que, de facto, os
que muitas vezes viviam debaixo do ser exigentes a vários níveis: “avô, avós têm muito “açúcar” para dis-
mesmo teto. Contudo, isto é algo que ajuda-me a colher laranjas da ár- tribuir e as crianças precisam tanto Malta 4485-446 Malta
MARIANA REIS SARMENTO
PSICÓLOGA CLÍNICA se tem perdido. Estaremos a perder vore!”, “avó, ajuda-me a fazer esta dele!
algo mais? receita!”, “avô, ajuda-me no traba- Para benefício de todos, incenti- Telefone: 22 9370039
Se for permitido o contacto entre lho de casa de matemática!”, “avó, vemos os momentos de convivência (chamada Rede Fixa Nacional)
Diferentes fases de vida correspon- crianças e idosos, avós e netos, pode- como é que se escreve esta pala- intergeracional e criemos tempo e
dem a diferentes pontos fortes no que mos fazer várias descobertas. Pode- vra?”. À beira dos netos, os avós nem espaço para o aprofundamento das E-mail direção:
concerne às nossas capacidades. As mos perceber que afinal as crianças se apercebem de que estão sempre a relações entre avós e netos. direcao.sancris@gmail.com
crianças têm energia e observam o gostam de outras atividades para exercitar as suas capacidades cogni- Este artigo de opinião foi escrito
mundo que as rodeia com curiosidade, além dos “ecrãs” e das tecnologias… tivas e motoras e, a par disto, podem para a IPSS SANCRIS, da qual o meu
E-mail: geral_sancris@sapo.pt
enquanto que os idosos apresentam a afinal têm iniciativa e imaginação sentir-se acompanhados, acolhidos e avô, Arnaldo do Carmos Reis, foi
sabedoria que foram construindo ao para criar as suas próprias brinca- valorizados. fundador. Assim, devo acrescentar
longo da sua vida e atribuem significa- deiras, gostam de estar ao ar livre e Para além de todos os benefícios que tudo o que escrevi foi compro- Site: www.sancris.com
do a cada nova situação com base na de mexer na terra, ser uma compa- que podem existir para um bom de- vado pela criança que fui, em cada
maturidade das suas experiências. O nhia e ajudar os avós em pequenas senvolvimento para os mais novos e momento que com ele vivi.
22 MAIS/Publicidade Quarta-Feira • 21 fevereiro 2024 • www.maissemanario.pt
Certifico para fins de publicação que, por escritura de 05-02-2024, lavrada a folhas
54 do LV n.º 14-E, deste Cartório: SANDRA MARIA ARAÚJO DE AMORIM, NIF
197.694.896, natural de Vila do Conde, casada sob o regime da separação de bens com
Pedro Miguel Gomes de Oliveira Novais, residente na Rua Santos Minho, n.º 11-A, 3.º
direito, na Póvoa de Varzim, declarou que é dona e legítima possuidora, com exclusão
de outrem, dos seguintes veículos: Veículo com a matrícula AC-23-67, de marca FORD
registados a favor de Valente Marques & CA lda, com sede no Lugar Adães, 3720-215
Oliveira de Azeméis, nos termos da Ap. 102/03-06-1982; Veículo com a matrícula MN-
20-14 da marca OPEL registado a favor de José António da Silva & Filho, Sucessores
com sede na Rua de São Vicente, 23, 4710-312, Braga, nos termos da Ap.1/14-07-1950 e
do veículo com a matrícula TT-15-97 da marca F.N. que não tem qualquer inscrição em
vigor. Que os referidos veículos foram adquiridos em data que não é possível apurar aos
titulares inscritos e no caso do veículo de marca F.N. a entidade desconhecida por José
António Quintas Silva Pereira, mas seguramente há mais de trinta anos. Que, por mais
de vinte anos o mencionado José António Quintas Silva Pereira possuiu os referidos
veículos como coisas próprias, cuidando deles, reparando-os e limpando-os à vista de
toda a gente, sem interrupção temporal, nem oposição de ninguém, e na convicção de
que exercia um direito próprio. Que os referidos veículos foram adquiridos em meados
de 2011 por doação verbal à primeira outorgante do dito José António Quintas Silva
Pereira, casado, à data residente na Rua Almirante Reis, 1243, 2.º esquerdo, Póvoa de
Varzim, NIF 114871175, não se tendo chegado a assinar a declaração ou qualquer outro
título formal comprovativo dessa transmissão, pelo que não tem título que legitime o
seu domínio sobre os referidos veículos, nem tem qualquer possibilidade de o comprovar
pelos meios normais, atendendo a que o transmitente já faleceu. Que, no entanto,
desde data que não pode precisar, mas seguramente desde meados do ano de 2012,
tem possuído os referidos veículos como coisas próprias, cuidando deles, reparando-
os e limpando-os à vista de toda a gente, sem interrupção temporal, nem oposição de
ninguém, e na convicção de que exerce um direito próprio, embora impossibilitada de
circular. Que, assim, já está na posse plena e sem ónus ou encargos do referido veículo
automóvel há mais de DEZ ANOS, sendo a sua posse, pacífica, contínua e pública,
pelo que a outorgante adquiriu nos referidos termos a sua propriedade plena por
USUCAPIÃO, título esse que, dada a sua natureza não é suscetível de ser comprovado
pelos meios normais.
O Notário
António Jorge dos Santos Batista da Silva
Rua José Malgueira, 82 A, 4490-647, Póvoa de Varzim
Tel.: 252 143 479/80 E-mail: geral@notariopovoavarzim.com
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MAIS/Semanário nº 563 21-02 -2024
EM
chamada para a rede fixa nacional
VOGA
Tecnologias, no futuro o seu sonho é ser médica veterinária.
“O mundo dos animais sempre me fascinou e, por essa razão,
quero dar o meu contributo na saúde destes seres, que tanto
nos dão e ainda há tanto paraconhecer”, declara Matilde.
D I C A
data da 7ª Edição do Miss foi parceira da edição 2023
Póvoa, Ana Eusébio, parti- do Miss Póvoa. Já os clicks
de leitura
cipou numa sessão de fotos da Ana, podem ser acompa-
para a marca que já está a nhados no perfil da marca
apresentar as tendências de nas redes sociais.
S e ficou curioso com
a história de João e
Inês e adora um roman-
ce, pode adquirir o livro
O Poveiro na Loja Social I n c r i ç õ e s A b e r t a s :
da União das Freguesias
da Póvoa de Varzim, Bei- Deseja viver uma experiência única no mundo da moda e das passarelas?
riz e Argivai. O livro, que
tem toda a receita rever- Já estão abertas as inscrições para a edição 2024, da Miss Póvoa.
tida a favor do Instituto
Madre Matilde, custa cin- Acesse as nossas redes sociais e inscreve-se.
co euros.
@misspovoadevarzim.ms @misspovoadevarzim