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Enfermagem de urgéncia e emergéncia CURSO TECNICO EM ENFERMAGEI INSTITUTO Z EaDucar Sumario 1 INTRODUCAO. 2. TRAUMA NO SECULO XXI.. 2.1 - Introdugio.... " 2.1.2 - Definigado de Acidente 2.1.3 - Definigao de Trauma... 2.2, BIOMECANICA DO TRAUMA 2.2.1 Princfpios gerais. 2.3 - ENERGIA. 2.4- TRANSFERENCIA DE ENERGIA ENTRE UM OBJETO SOLIDO E O. 2.5.1.2 — Colisdes de Motocicleta..... 2.5.1.3 - Atropelamento 3. ABCDE. 7 4 Escala de Coma de Glasgow... 5 PARADA CARDIORESPIRATORIA .. 6 Seguir sequéncia C-A-B-D de atendiment 7 RCP na Crianga ... seg 8 RCP em lactentes .. 9 FERIMENTOS. 10 TRAUMA MUSCULO ESQUELETICO.. 11 CHOQUE. 12 TRAUMATISMO CRANIOENCEFALICO 13 TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR 14 TRAUMA DE TORAX.. 15 TRAUMA DE ABDOME 16 QUEIMADURAS....... 16 ACIDENTES POR ANIMAIS PECO! (HENTOS 17 Emergéncias Psiquitricas .. suai vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner 1 INTRODUGAO © mundo vem passando por constantes mudangas, porém a violéncia tem sido a marca de todas as épocas com altos indices de seqiielas e mortes. Esta tem acompanhado 0 homem ao longo de sua histéria, desde as guerras que, em um certo periodo da histéria, eram responsdveis elo maior numero de mortes, porém no mundo moderno foram ultrapassadas por outras formas de violéncia como, por exemplo, a violéncia gerada pelas causas externas, as quais no conjunto da mortalidade geral no Brasil, tém sido superados somente pela mortalidade por doengas cardiovasculares e oncolégicas. (BORTOLOTTI,2009) De acordo com dados da Organizagao Mundial da Sade (OMS), todos os anos aproximadamente 1,3 milhées de pessoas morem vitimas da imprudéncia ao volante. Dos sobreviventes, cerca de 50 milhdes vivem com sequelas. O levantamento foi feito em 2009 em 178 paises. Além disso, o trénsito é a nona maior causa de mortes do planeta. Os acidentes de transito s40 0 primeiro responsavel por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; 0 segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e 0 terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. O que representa um custo de US$ 518 bilhdes por ano ou um percentual entre 1% € 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada pais. ‘Sem campanhas de conscientizagdo, a OMS estima que 1,9 milhao de pessoas devem morrer no transito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhdes, em 2030. ‘© mapa da violéncia no Brasil, divulgado pelo Ministério da Justica, mostrou que “Os acidentes de trinsito sao aqueles que acontecem em vias piblicas terrestres. Os acidentes de transporte, além dos de transito, englobam acidentes de avides, de barco. Brasil aparece em quinto lugar entre os paises recordistas em mortes no transito, atras da india, China, EUA e Rissia. ‘Segundo a Policia Rodoviaria Federal (PRF), entre as principais causas dos acidentes com mortes ocorridos em 2016 estado falta de atencdo; velocidade incompativel; ingestao de alcool; desobediéncia a sinalizacdo; ultrapassagens indevidas; e sono. ‘Segundo BORTOLOTTI (2009), 0 aumento estrondoso da violéncia, das cardiopatias, das doengas do trato respiratério, entre outras, responsaveis pelas ocorréncias de urgéncia e emergéncia, faz com que ocorra um aumento da necessidade de atendimento imediato as vitimas nos locais de ocorréncia, bem como um transporte seguro e eficaz para o atendimento intra hospitaiar de emergéncia. Frente a essas necessidades, surgem as Unidades de Emergéncia, definidas como servigos, geralmente existentes em hospitais, com 0 propésito de receber e assistir os pacientes nas mais diversas condigées e situagdes de urgéncia e emergéncia, graves, potencialmente graves, que necessitam de recursos tecnolégicos e humanos especializados e preparados para o seu atendimento e a sua recuperagao (CALIL,2007). Pensando nisto, iremos tratar de diversos assuntos ou temas de suma importancia dentro da unidade de emergéncia. A finalidade € desenvoiver procedimentos especificos, na reestabilizagao das fungdes vitais de um individuo nas suas mais diversas condicdes de traumatismo ou situacao de morte iminente. 2. TRAUMA NO SECULO XXI 241+ Introdugao O trauma é doenga de gravidade variavel com classificagao e perfil epidemiolégico bem conhecidos que afeta a faixa etaria jovem, com elevada incidéncia de morte. Essa doenga desempenhou importante papel no desenvolvimento biolégico do homem, uma vez que as adaptacdes adquiridas na \uta pela manutencao do equilibria fisiolégico e o desempenho de fungdes, acabaram por permitir sua permanéncia num meio hostil, onde, com frequéncia, era vitima de agressdes que provocavam a perda da integridade fisica ou a morte. O trauma ensinou o homem a viver, sobretudo porque para superar os danos fisicos ou a faléncia organica ele teve que criar meios artificiais para restaurar os ferimentos numa alternativa diferente de ferir-se e morrer e ndo ferir-se e viver. A preocupacao do homem com o trauma e seu significado é antiga. Na América, 0 primeiro procedimento cirtirgico devido ao trauma foi uma sagitectomia4, feita em 1535. 3 vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner Apesar de relatos historicos precedentes de pratica médico-cirtirgico em campos de batalha e de trabalho, atendendo as necessidades dos soldados ou de operarios traumatizados, 0 primeiro sistema organizado de socorro para a populagao civil, especificamente voltado para as Conseqiiéncias do trauma, nas Américas, foi feito na ultima metade do século XIX, em 1864, nos EUA, com a denominacao de "Railway Surgery" © motivo inicial desse movimento esteve relacionado aos riscos de acidentes nas construgées das linhas férreas e necessidade das Companhias de se protegerem contra os processos legais movidos pelas vitimas. O estimulo imediato da organizagao "Railway Surgery" foi a formacdo de cirurgides para prestar socorro as vitimas do trauma decorrente dos acidentes nas estradas de ferro. Mais tarde, no ano de 1922, apés o deciinio das cirurgias destinadas aos acidentes ferrovidrios, o Colég Americano de Cirurgides formou seu primeiro comité do trauma - “Committee on Treatment of Fractures’, precursor do "Committee on Trauma’. No meado da década de 50, surgiu a primeira publicagao enfocando o trauma como problema de satide passivel de terapéutica cirdrgica. A partir dai, houve uma crescente preocupacao com as vitimas de acidentes de tréfego, no sé para abordar o tratamento e relatar 0 SUCessO, Como para observar a evolucao das vitimas admitidas no hospital e analisar as causas. da morte das que ndo sofriam a intervengao ciriirgica no momento apropriado, numa alusao de que a morte poderia ter ocorrido por causa de terapéutica inadequada. 2.1.2 - Definigdo de Acidente ACIDENTE “é definido como um evento ocorrido por acaso ou oriundo de causas desconhecidas ou um acontecimento desastroso por falta de cuidado, atengao ou ignorancia’ ‘A maior parte das mortes e lesées por trauma se enquadra nessa definicao e pode ser prevenida. 2.1.3 Definigao de Trauma TRAUMA 6é definido como um evento nocivo que advém da liberagdo de formas especificas de energias ou de barreiras fisicas ou fluxo normal de energia. E uma lesao caracterizada por uma alteraco estrutural ou fisiolégica resultante da aco de um agente externo que resulta na exposigao a uma energia, sendo esta energia de natureza bio-fisico-quimico, 2.2, BIOMECANICA DO TRAUMA A biomecanica do trauma, mediante o estudo das energias envolvidas no evento, avalia os fatores e mecanismos que provocam o trauma. Sendo util para estabelecer 0 mecanismo de lesao, numero de vitimas e uma idéia do tipo de lesao que 0 evento proporcionou 2.2.1 Principios gerais As condigdes de avaliagdo e 0 atendimento do traumatizado podem ser divididos em trés, fases: pré-colisao, colisdo e pés-colisao. O termo coliséo ndo se refere necessariamente a coliséo de veiculo automotor. Tanto a colisdo de um veiculo automotor com um pedestre quanto aquela de um projétil como abdome ou a de trabalhador de construgéo com o asfalto, ao cair, so todas colis6es. Em todos os casos, corre transferéncia de energia entre 0 objeto em movimento e 0 tecido da vitima ou entre a vitima em movimento € 0 objeto parado. 3) A fase PRE COLISAO inciui todos os eventos que precedem o incidente, como ingestdo de alcool, drogas. Condigdes anteriores ao incidente, so importantes no tratamento das lesdes da vitima, assim como também doengas preexistentes, condigdes climaticas, idade da vitima, condigdes mentais. b)A fase de COLISAO comeca no momento do impacto entre um objeto em movimento e um segundo abjeto. O segundo objeto pode estar em movimento ou ser estacionario, e pode ser um objeto ou um ser humano. vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner Na maioria dos traumas ocorrem 3 impactos: 0 impacto dos 2 objetos; o impacto dos ocupantes com 0 veiculo; 0 impacto dos érgaos dentro dos ocupantes. As diregdes em que ocorrem a transferéncia de energia, a quantidade de energia transferida e os efeitos que essa forga tem sobre a vitima sao consideragdes importantes para 0 profissional que ira atender. ¢) A fase POS-COLISAO 0 socorrista usa a informacao colhida durante as fases de pré: colisdo e colisao para tratar a vitima, Essa fase comega tao logo a energia da colisdo é absorvida @ o doente é traumatizado. Na fase pds-coliséo, 0 entendimento da biomecanica do trauma, o indice de suspeita a respeito das lesdes e a boa avaliac4o, todos se tornam cruciais para a evolucao final do paciente. Para compreender os efeitos das forcas que causam leso no organismo, 0 socot deve entender dois componentes — energia e anatomia. 2.3- ENERGIA A energia esta presente em tudo, esta presente em nés e nos objetos que manipulamos, em geral, a energia existe em cinco formas fisicas: mecanica, quimica, térmica, radiagao e eléttica No entanto, essas energias, quando fora de controle tomam-se nocivas, provocando grandes traumas ou até mesmo a morte. O conhecimento das energias envolvidas no trauma podem nos ajudar a suspeitar de lesdes graves e suas localizagoes A Primeira Lei de Newton afirma que: “um corpo em repouso permanecera em repouso e um corpo em movimento permaneceré em movimento, a menos que uma forga externa atue sobre ele’ E necessario forga para colocar um objeto em movimento. Uma vez em movimento, conforme a lei descrita acima, 0 objeto permanecera neste mesmo movimento e forga até que uma forga igual a inicial aja no objeto com a finalidade de pard-lo. A forga que coloca um objeto em movimento deve ser absorvida antes do objeto parar; a absoreao da forca pelos tecidos do corpo humano causa diferentes tipos de lesdes. Para entendermos melhor esta lei, observe a figura Momento “A” o carro bate na arvore. Momento “B”o corpo bate no volante causando fraturas de costelas. Momento “C” o corpo bate no volante causando contusao no coragao. vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner 2.4— TRANSFERENCIA DE ENERGIA ENTRE UM OBJETO SOLIDO E 0 CORPO HUMANO Transferéncia de energia refere-se & modificago do tipo de energia, por exemplo: Fricgéo (energia mecénica) contra algum objeto gera calor (energia térmica), ou também apenas a transferéncia de energia para um corpo diferente. Através da primeira lei de Newton (inércia). Quando 0 corpo humano colide com um objeto sdlido, ou vice-versa, 0 numero de Particulas do tecido atingidas pelo impacto determina a quantidade de transferéncia de energia e, Portanto, a quantidade de dano resultante. Para avaliatmos melhor a transferénoia de energia, temos que estudar dois fatores que influenciam em sua transferéncia, a densidade e a area de superficie. Densidade Quanto mais denso 0 tecido, maior o nimero de particulas atingidas, portanto, poderemos encontrar lesdes mais extensas. Quanto menor a densidade do tecido, menor o numero de Particulas atingidas, mas isso nao representa diretamente les6es menos extensas, mas menos aparentes. Podemos encontrar tecidos poucos densos, mas com lesdes graves, entretanto, com apresentagdes diferentes. Area de superficie Quando hd transferéncia de energia, tanto para um tecido muito denso quanto para um tecido pouco denso, a area de superficie de impacto é determinante para o tamanho da lesao, contudo, nao existira influéncia direta na gravidade da lesao. Por exemplo, um ferimento proveniente de uma lémina em que sua area de contato com a pele nao é muito grande. No entanto, a trajetéria da lamina pode lesionar grandes vasos, ocasionando ferimentos com risco de morte. Eteito de Cavitacso Durante a transferéncia de energia para um tecido podemos observar a formagao de dois, tipos de cavidades: temporaria e permanente. De acordo com a cavidade formada podemos encontrar ferimentos com perfis diferentes Quando um objeto sdlido atinge 0 corpo humano, ou quando © corpo humano esté em movimento e atinge um objeto estacionério, as particulas de tecido do corpo humano sao desiocadas de sua posigao normal, criando um orificio ou uma cavidade. Formagao de cavidades: a) Cavidade temporaria A cavidade tempordria forma-se no momento do impacto, E comum observarmos este efeito em tecidos moles por serem elasticos. Durante a transferéncia de energia as particulas do tecido atingido se afastam, mas, por sua elasticidade, elas retornam a posi¢ao. TY Em contrapartida, todas as estruturas que ) > |) _sotreram o desiocamento, requentemente, so jesionadas. 4 ‘A cavidade temporéria pode ser encontrada em traumas fechados e em traumas penetrantes, por exemplo, ferimento por arma de fogo. Por ser uma cavidade tempordria, essa nao esta visivel quando o socorrista examina a vitima, portanto, avaliar as ‘energias envolvidas no evento e correlacionar com possiveis lesées sao passos fundamentais na avaliacao da biomecdnica. vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner b) Cavidade permanente A cavidade momento do impacto, ou nao. Durante a Particulas do tecido de substancia, no lacerante, a cavidade facilmente identificada. Contudo, os ferimentos pérfuro-cortantes ou pequenos, podem podemos encontrar os permanente também forma-se no podendo acometer tecidos elasticos transferéncia de energia as atingido se afastam, mas, por perda retomam sua forma original. Por ser permanente, na maioria das vezes, é perfurantes, Pérfuros-contusos, _ por_—_serem dificultar a visualizagao. Além disso, dois tipos de cavidades provocados por um nico mecanismo de trauma, por exempio, um ferimento por PAF (projétil de arma de fogo), o qual provoca perda de tecido na trajetéria do PAF e cavidade temporéria pela penetracdo em alta velocidade no tecido. Massa x vosterarao = roe z= Massa x cesaceteracao r= Classificacdo dos Traumas Em geral o trauma é classificado como fechado ou penetrante, entretanto a transferéncia de energia e a lesdo produzida séo semelhantes em ambos 0s tipos de trauma No trauma fechado, as lesdes $40 produzidas 4 medida que os tecidos sao comprimidos, desaceletados ou acelerados. No trauma penetrante, as lesdes sao produzidas medida que os tecidos so esmagados e separados ao longo do trajeto do objeto penetrante. Principi ani ie ‘Trauma Fechado — no trauma fechado, ha dois tipos de forgas envolvidas no impacto: cisalhamento (Cisalhamento vem de cisalha= tesoura ou seja separagéo por efeito de tesoura ou equivalente) e compresso (resultado da pressdo direta sobre um 6rgao ou estrutura por outro 6rgo ou estrutura). ‘As lesdes podem ser resultado de qualquer tipo de impacto, como coliséo de veiculos motorizados, colisdo de pedestre com veiculos, quedas, etc. a) Colisées Automobilisticas Podem ser divididas em 4 tipos: + Impacto frontal Impacto posterior Impacto lateral Impacto angular Capotamento Em colis6es automobilisticas e em outros mecanismos com desaceleragao répida, como colisées automobilisticas, de motocicletas, de barco a motor, quedas de altura, ocorrem 3 colisdes: 4 —O veiculo colide com um objeto ou com outro veiculo; 2—O ocupante nao-contido colide com a parte interna do veiculo; vigtazaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner 3 — Os érgaos internos do ocupante colidem uns com os outros ou com a parte da cavidade que os contém. Impacto Frontal Corresponde a coliséo contra um obstaculo que se encontra a frente do veiculo. Se o ocupante nao estiver utilizando mecanismo contensores (cinto de seguranga), ele ira se chocar contra alguma parte do veiculo ou ser ejetado para fora. O impacto da vitima contra a cabine do veiculo ocorte em dois tempos: a) A vitima escorrega para baixo de tal forma que suas extremidades interiores (joelho és) sejam primeiro ponto de impacto; b) Avvitima é projetada para frente e seu tronco se choca contra 0 volante ou painel. /* Coliséo frontal: vitima langada Colisdo frontal: viima para frente @ para baixo. langada para frente e para cima Pontos de Impacto: a) Cabega - O ponto de impacto inicial 6 no couro cabeludo e no cranio, o cranio pode ser comprimido e fraturado ocorrendo penetracao de fragmentos ésseos no cérebro. b) Cérebro - O cérebro tende a continuar o movimento para a frente, sendo comprimido contra a calota craniana sofrendo concussao ou iaceragao. Rompendo-se vasos com estiramento dos tecidos, ha risco de hemorragias intracranianas. ©) Pescogo - A coluna vertebral cervical, por ser bastante flexivel, esta sujeita a angulagdes ou compresses quando de impacto frontal, associada ou nao a lesdo de medula espinhal ou de tecidos moles do pescogo, com conseqiiéncias desastrosas. d) Térax - O osso esterno recebe 0 impacto inicial da colisao frontal. Na seqiiéncia, os 61g40s da cavidade toracica continuarao 0 movimento em diregao a parede anterior do torax. A compressao da parede toracica contra 0 volante pode provocar pneumotérax. Pode ocorrer fratura de costelas que perfurem o puimao. e) Abdémen - Durante uma colisdo os 6rgaos da cavidade abdominal tendem a continuar ‘0 movimento para a frente, estando sujeito a se romperem no ponto onde esto ligados & parede abdominal, causando hemorragia interna. f) Pelve - Pode ocorrer ainda fratura de peive com lesdo da bexiga e hemorragia por laceraco de vasos sanguineos, pelo impacto da pelve contra 0 volante ou painel. 9) Joelho - © impacto do joelho contra o painel do veiculo resulta em sua fratura ou luxagao e lesdo de vasos. A energia do impacto do joelho contra o painel transmitida ao fémur provoca sua fratura e/ou luxagao de quadril Impacto posterior vgtazaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner Geralmente este impacto ocorre quando um veiculo parado 6 atingido na parte traseira do veiculo por outro. Nestas condigdes 0 assento carrega o tronco dos acupantes para frente com grande aceleracdo, mas a cabeca nao acompanha este movimento, ocorrendo uma hiperxtensao do pescogo. Este movimento leva a les6es pelo mecanismo de “chicote" (Whiplash), Se 0 encosto da cabega estiver posicionado adequadamente, a cabega se moverd praticamente ao mesmo tempo que 0 tronco, nao ocorrendo hiperxtensao. Este tipo de lesdo 6 evitado com 0 uso correto do suporte de cabeca <— Impacto Lateral —_ Refere-se a colisdo do lado do veiculo capazes de imprimir ao ocupante uma aceleragéo que © afasta do ponto de impacto. Dele podem resultar lesdes semelhantes as do impacto frontal, mas além destas, podem ocorrer lesées de compressao do tronco e da pelve do lado da colisao. Pontos de Impacto —_> —_> oN. a) Cabega: Impacto contra a estrutura da porta b) Pescogo: Fiexao lateral e rotacao. ¢)Térax: Fratura de costelas, contusao pulmonar, lesdo de aorta, lesfio de clavicula. vigtazaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner d)Abdome: Lesdo de bago ( lado do motorista); Lesao de figado ( lado passageiro). =—_= )Pelve: Fratura de bacia, lesdo da bexiga, > >» Capotamento Num capotamento, 0 carro sofre uma série de impactos em diferentes ngulos, assim como os ocupantes do veiculo e seus érgaos internos. 2.5.1.2 — Colisdes de Motocicleta Colisées de motocicieta sao responsaveis por um nimero significative de mortes todo o ano. Os atendimentos do Corpo de Bombeiros a vitimas de acidentes com motos aumentaram 148,6%, nos tltimos dez anos, em Sao Paulo. Em 2010, foram 18.081 ocorréncias, ante 7,271 em 2001. Os dados foram divulgados pelo Hospital das Clinicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de Sa0 Paulo (USP). A frota de motocicletas na cidade cresceu 118% no mesmo periodo. © Hospital das Clinicas traduziu a gravidade dos acidentes em nimeros. Durante seis meses, acompanhou 84 motociclstas internados. Mais da metade chegou ao hospital com fraturas expostas; 82% ficaram mais de seis meses afastados do trabalho; 35% tiveram sequelas temporarias; 32%, sequelas petmanentes; e quase 15% ficaram paraplégicos ou sofreram amputacao. iante destas informagdes, iremos abordar a cinematica dos acidentes envolvendo motociciistas, uma informagao importante para os profissionais que atendem em servigos de emergéncia. > Impacto Frontal © motociclista € jogado contra o guidom, esperando-se trauma de cabega, térax e abdome. Caso pés e pernas permanegam fixos no pedal a coxa seja langada contra o guidom, pode ocorrer fratura bilateral de fémur. > Impacto com ejegao (© ponto de impacto determina a leso, neste caso ocorrem p lesdes mais graves, 0 motociclista pode deslizar para baixo do i veiculo e ser atropelado por ele ou por outro veiculo. 2.5.1.3 - Atropelamento vigtazaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner Para 0 atendimento adequado a vitima de atropelamento é fundamental conhecer as fases do mecanismo de trauma provocado pela colisdo do pedestre com 0 veiculo e as lesdes decorrentes: ‘© Impacto inicial nas pernas atingindo coxa e quadiri ‘© corpo da vitima ¢ langado para frente, sobre 0 capé do veiculo. * Vitima cai sobre o asfalto, geralmente de cabega com possivel trauma de coluna cervical. Na crianga 0 mecanismo de trauma é distinto. Pelo fato de ser menor em altura, 0 impacto inicial na crianga ocorre em fémur ou pelve, seguem trauma de térax, ordnio e face. Em vez de ser langada para cima como 0 adulto, a crianga geralmente cai sob 0 veiculo e pode ser prensada pelo pneu dianteiro. Considerando 0 exposto, crianga vitima de atropelamento deve ser considerada politraumatizada grave, devendo receber atendimento pré-hospitalar imediato e transporte répido para o tar a avaliagao inicial das leses hospital wrimario secundério devem ser . __ 1 da avaliagéo e tratamento com base nas prioridades. O socorrista deve pensar ria fisiopatologia das lesées e nas condigées do doente — nao se pode perder tempo em lembrar o que deve vir a seguir. © exame primario comega com uma visao simultanea ou global dos estados respiratério, Citculat6rio e neurolégico do doente para identificar quaisquer problemas externos significativos e Sbvios, com respeito a oxigenagao, a citculacao, & hemorragia e a parte de responsividade e nivel de consciéncia. As cinco etapas envolvidas no exame primario e sua ordem de prioridade séo as que se seguem: 1. A- (Airway) - Vias aéreas com controle cervical; 2. B- (Breading) ~ Respiracai 3. C - (Circulation) — Circulagao com controle de hemorragias; 4.D- 5.E- (Disability) - Estado Neurolégico; (Exposure) ~ Exposicao da vitima. 3. ABCDE A) Vias Aéreas As vias aéreas devem ser rapidamente verificadas para assegurar que esto abertas ¢ limpas e que nao existe perigo de obstrugao. Perguntar a vitima 0 que aconteceu ao mesmo tempo que mobiliza sua cabega. Uma pessoa s6 consegue falar se tiver ar nos pulmoes ¢ ele passa pelas cordas vocais. Portanto se a vitima responder normaimente tem vias aéreas permeaveis (A-tesolvido) € respiragao espontanea (B- resolvido). Se a vitima nao responder normaimente, examinar vias aéreas. Desobstruir vias aéreas de sangue, vémito, corpos estranhos ou queda da lingua (manobra de inclinacao da cabega e elevagao do queixo e a manobra de elevacao da mandibula) Para a manutengao da abertura das vias aéreas pode ser utiizada cénula oro ou nasofaringea. vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner AA) Controle da Coluna Cervical Para cada doente traumatizado com um mecanismo significative de trauma, ele deve suspeitar de eso na medula espinhal até que tenha sido finalmente excluida. Portanto, quando Permeabilizar a via aérea, 0 socortista deve lembrar que existe a possibilidade de lesar a coluna cervical, © movimento excessivo pode tanto causar quanto agravar lesbes neurolégicas, porque Pode ocorrer compressao éssea se a coluna estiver fraturada A solugao é ter certeza que 0 pescogo foi manualmente mantido em posigao neutra durante a abertura das vias aéreas e a realizagao da ventilacdo necesséria. B) Respiragao Uma respiragao eficiente e eficaz é de suma importancia para a manutengao do metabolismo celular. A administrago oxigénio ao paciente é uma das principais medidas a serem tomada. Uma baixa oxigenagdo sanguinea resulta em hipéxia (ventilacao inadequada dos pulmées e falta de oxigenagao nos tecidos).. Uma vez que a via aérea esté pérvia, a ventilagao deve ser avaliada da seguinte forma: ‘+ Verifique se o paciente esta respirando; ‘+ Observado a auséncia de respiragao (apnéia), inicie imediatamente ventilagao assistida ‘com ambi enriquecido com oxigénio a 100%; + Assegure que a via aérea do paciente esteja limpa, continue a ventilagao assistida prepare a insercao de cénula oro ou nasofaringea, intubagao, ou outros meios de protecao mecénica da via aérea; + Seo paciente esta respirando, avalie 0 mecanismo respiratério (frequéncia e profundidade) e ventilat6rio (oxigenagao), através de oximetro de pulso. ‘+ Observe o paciente se esta consciente e se pode falar uma frase inteira sem dificuldade, desta forma podemos observar a fung&o respiracao/ventilacao, + Analisar a frequéncia da respiratéria (lenta ou répida, superficial ou profunda, de ritmo regular ou irregular, silenciosa ou ruidosa) c) ‘culagao e Controle da Hemorra: ‘A oxigenago dos glébulos vermelhos sem que sejam encaminhados as células do tecido no traz nenhum beneficio ao doente. O socortista deve identificar e controlar a hemorragia externa Controle da hemorraai socorrista deve identificar e tratar a hemorragia externa no exame primario. O controle da hemorragia ¢ incluido na circulago porque, se um grande sangramento nao for controlado de imediato, 0 potencial de morte do paciente aumenta muito. Ha trés tipos de hemorragia externa, assim descritos: 1. Sangramento capilar — & causado por escoriagdes que lesam minisculos capilares imediatamente abaixo da pele do paciente. Em geral esse sangramento ja deve ter cessado quando 0 doente chega ao Pronto-Socorro. 2. Sangramento venoso — em geral, 6 controlado mediante uma presso direta moderada no local. Em geral no ameaca a vida, a nao ser que a lesdo seja grave ou 0 sangramento ndo seja controlado, 3. Sangramento arterial — & causado por lesao de artérias. Esse é 0 sangramento mais importante e também o mais dificil de ser controlado. E caracterizado por um sangue vermeiho vivo que jorra da ferida. Mesmo uma ferida perfurante pequena em uma artéria pode produzir uma hemorragia que ameace a vida O controle da hemorragia é prioritario, pois cada hemacia é importante para o transporte do oxigénio. Sendo assim, o socorrista deverd controlar a hemorragia de acordo com as seguintes etapas: vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner 1. Presséo direta — é aplicar pressao no local do sangramento. O socorrista consegue isso aplicando um curativo com gaze ou compressa diretamente sobre a lesdo e fazendo um enfaixamento ou aplicando presséo manual. Obs: Se 0 sangramento nao estiver controlado, néo importa quanto oxigénio ou fluido 0 paciente receba, pois todo 0 oxigénio e fluido sairdo pela ferida. 2. Tomiquetes — O torniquete é muito eficaz no controle da hemorragia grave e deve ser usado caso a pressao direta ou um curativo de pressao nao consigam controlar a hemorragia de uma extremidade. 3. Hemorragia interna - © socortista deve expor o abdome do paciente para inspecionar e palpar procurando sinais de lesdo. Deve também palpar a pelve porque fraturas pélvicas so fonte de grande sangramento intra-abdominal ‘Obs: Na suspeita de hemorragia interna 0 centro-cirlirgico deve ser imediatamente avisado para poder transportar o paciente para controle cirtirgico da hemorragia. Perfusao O socorrista pode obter uma avaiiagao geral do estado circulatério do doente verificando o Pulso, a cor, a temperatura e umidade da pele e o tempo de enchimento capilar 1. Pulso - Avalie a presenca, a qualidade e a regularidade do pulso. Verificar inicialmente o pulso radial, se este nao for percebido, tentar palpar o pulso carotideo ou femoral. Se 0 pulso radial néo for palpavel em uma extremidade nao lesada, 0 doente provavelmente entrou na fase descompensada de choque, um sinal tardio da condicao grave. Se 0 paciente néo possui pulso carotideo e femoral, entéo esté em parada cardiorrespiratéria. 2. Tempo de enchimento capilar — Uma rapida verificagao é realizada pressionando-se © Ieito ungueal. Quando acima de dois segundos, indica que a perfusdo periférica nao esta adequada, sugerindo sinais de choque. 3. Coloragao da pele — Perfusdo adequada produz coloragao rosada da pele. A pele torna-se palida quando o sangue é desviado de alguma area e esté associada & perfusdo deficiente. Colorado azulada indica oxigenacao incompleta 4. Temperatura da pele - Pele {ria indica perfusao diminuida, independentemente da causa. Devemos avaliar a temperatura da pele tocando 0 paciente com 0 dorso da mao. A ‘temperatura normal da pele é morna. 5. Umidade da pele ~ Pele seca indica boa perfuséo. Pele imida estd associada a choque ¢ a perfusao diminuida. Essa queda na perfusao é devica ao desvio do sangue por meio da vasocontrigao periférica para outros érgao do corpo. D) Analise do Nivel de Consciéncia Apés avaliar € corrigir os fatores envolvidos no transporte de oxigénio aos pulmées e na sua circulagao pelo corpo, a préxima etapa do exame primario é a medida da fungao cerebral, que é uma medida indireta da oxigenagao cerebral. objetivo é determinar o nivel de consciéncia do doente e inferir 0 potencial de hipéxia. Um doente agressivo, combative ou que nao coopera, deve ser considerado como estando em hipéxia até prova em contrério. A maioria dos doentes solicita ajuda quando suas vidas estao ameagadas. Um nivel de consciéncia diminuido deve alertar a equipe de saiide para quatro possibilidades: Oxigenagao cerebral diminuida (devida a hipéxia e/ou a hipopertusao); Lesao do Sistema Nervoso Central (TCE); Intoxicago por drogas ou icoo!; DistUrbio metabdlico (diabetes, convulsdo, parada cardiaca). Pere vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner 4 Escala de Coma de Glasgow € uma ferramenta utilizada para determinar o nivel de consciéncia. E um método simples e rapido para determinar a fungao cerebral e é preditivo da sobrevida do paciente, especialmente da melhor resposta motora. Também fornece a fungao cerebral basal para avaliacdes neurolégicas seriadas. 4 vigtazaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner ESCALA DE COMA DE GLASGOW PONTOS ABERTURA OCULAR Abertura ocular espontanea ‘Abertura ocular sob comando verbal ‘Abertura ocular com estimulo doloroso Sem abertura ocular rare MELHOR RESPOSTA VERBAL Respostas adequadas (orientado) Respostas confusas Respostas inadequadas ‘Sons inteligiveis ‘Sem resposta verbal aAneoae MELHOR RESPOSTA MOTORA Obedece a comandos Localiza estimulos dolorosos Retirada do estimulo doloroso Responde com flexao anormal aos estimulos dolorosos (decorticago) Responde com extencao anormal aos estimulos dolorosos 2] (descerebracao) Sem resposta motora 1 enae TOTAL 15 © escore maximo da Escala de Coma de Glasgow é 15, indicando um paciente sem dano neurolégico, e 0 menor escore, de 3, é, em geral, um sinal de péssimo prognéstico. Um escore menor que 8 indica uma leséo grave; 9 a 12, leséo moderada; e 13 a 15, leso minima Se 0 paciente nao est acordado, orientado e capaz de obedecer a comandos, devem ser avaliadas as pupilas. As pupilas so iguais, redondas e fotorreagentes. Exame das Pupilas Observar tamanho, simetria @ reagao a luz. As pupilas normais apresentam tamanhos semelhantes (isocéricas). Pupilas de tamanhos desiguais (anisocéricas) sugerem traumatismo cranicencefalico. A pupila com didmetro aumentado chama-se midriase e com diametro diminuido miose. As pupilas normais reagem quando submetidas a luz, contraindo-se. vignanzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner Esquema ilustrativo de Avaliacao das Pupilas aeae MIDRIASE: pupilas dilatadas. MIOSE: pupilas contraidas. ANISOCORICAS: pupilas com tamanhos diferente ISOCORICAS: pupilas de tamanhos iguais 6606 E) Exposigao da Vitima para Exame Secundario ww A ‘retirada da roupa e exposigao completa do paciente é fundamenta para que sejam encontradas todas as lesdes. Desta forma é importante seguir um padrao de corte (figura ao lado), onde a roupa é removida rapidamente sem perda de tempo. Embora seja importante expor todo 0 corpo da vitima para completar a avaliagao, a hipotermia é um problema grave no tratamento, e que nao pode ser desprezada. Quando todo 0 corpo do paciente tiver sido visto, o doente deve ser coberto para conservar 0 calor corporal. O exame secundério é a avaliagao da cabeca aos pés do doente. © socortista deve identificar e tratar todas as lesdes de risco de vida, e iniciar a reanimagao antes do exame secundario. Seu objetivo ¢ identificar lesées ou problemas que nao foram identificados durante o exame primério. No exame secundario, a abordagem “ver, ouvir e sentir’ é usada para avaliar a pele e tudo que ela contém. © corpo todo é explorado. As lesdes sao identificadas, e os achados fisicos so correlacionados regido por regido, comegando pela cabeca e prosseguindo pelo pescogo, torax e abdome até as extremidades, concluindo-se com um exame neurol6gico detalhado. > VER + Examine toda a pele de cada regiao; + Esteja atento para hemorragia externa ou sinais de hemorragia interna, como tenséo exagerada em uma extremidade ou hematoma expansivo; 16 vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner * Observe a presenca de lesdes de pele, como escoriagdes, queimaduras, contusées, hematomas, laceragées e ferimentos penetrantes. ‘* Observe se a pele tem entalhes anormais, bem como a sua cor; + Observe se ha qualquer coisa que nao “parega certa” > OUVIR * Observe se ha algum som incomum quando o doente inspira ou expira; * Observe se ha algum som anormal na ausculta do térax; * Verifique se o murmirio vesicular é igual e normal em ambos os pulmées; * Faca ausculta nas carétidas em outros vasos; ‘+ Observe qualquer som incom (sopros) nos vasos, 0 que pode indicar lesdo vascular. > SENTIR * Mova cuidadosamente cada osso na regio. Observe se isso produz crepitagao, dor ou movimento incomum; * Palpe com firmeza todas as partes da regio. Verifique se ha alguma coisa movendo que ndo deveria fazé-lo, ou se sente algo “mole e Umido", onde sao sentidos os pulsos, se ha aiguma pulsago que nao deveria estar Id, e se todas as pulsagées esto presentes. 5 PARADA CARDIORESPIRATORIA Introdugao Estudos demonstraram que 85% das paradas cardiacas subitas ocorrem em fibrilagao ventricular, € 0 restante em taquicardia ventricular ,assistolia e Atividade Elétrica sem Pulso. Sabemos que 0 objetivo da ressuscitagao cardiaca é salvar vidas. Para isto, todos os Profissionais da satide que trabalham em servico de emergéncia, necessitam estar devidamente tteinados e habilitados a desempenhar o proceso de salvamento com qualidade e eficacia Estudos de casos reais de ressuscitagao demonstraram que 50% dos profissionais de satide que atuam em SE nao fazem compressao tordcica corretamente, desenvolvendo uma compressao superficial ¢ ineficaz, o que leva ao fracasso nas RPC. Definicao E definida como a interrup¢ao subita dos batimentos cardiacos e circulagao efetiva. ‘Sintomatologi Auséncia de pulso, inconsciénci respiragao. dilatagao das pupilas, palidez ou cianose, auséncia de Tipos de parada cardiaca + Assistolia - 6 caracterizada pela auséncia de batimentos cardiacos. No eletrocardiograma visualizamos uma linha isoelétrica continua e sem oscilagao. + Fibrilagao Ventricular — 6 caracterizada por movimentos anarquicos do miocardio , sem haver no entanto, contraco ventricular. " vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner Atividade Elétrica sem Pulso ( AESP ) - antigamente conhecida por dissociagao eletromecénica , consiste em parada subita das fungdes do coragao como bomba , sem distirbio de ritmo elétrico do coragao. + Taquicardia ventricular sem pulso ~ existe atividade elétrica (registro) porem ao checar pulso , esta ausente. Fases da Parada Cardiaca A PCR é dividida em trés fases, para uma melhor assisténcia a vitima , onde 0 obj Principal é salvar vidas . | — Fase Elétrica: duracao desta fase é de 0 a 4 minutos — nesta fase ocorre alta atividade elétrica, sendo assim: © A destfibrilagao deve ser precoce. + Ha uma sobrevida de 50% ou mais quando seguimos os passos corretamente + O tratamento efetivo durante esta fase é a rapida desfibrilagao, que deverd ocorrer imediatamente apés 5 ciclos de compressdo/ventilacdo. ll - Fase circulatéria : duragao desta fase é de 4 a 10 minutos — a atividade elétrica nesta fase é diminuida e de baixa intensidade, sendo assim: + Desfibrilago em miocardio globalmente isquémico podera ser prejudicial. A desfibrilacdo deve ser iniciada depois de 1 a 3 minutos de RCP. Ill - Fase metabélica ( duragao > 10 minutos ) + aefetividade da desfibrilagao diminui rapidamente. * a taxa de sobrevida 6 muito baixa. + a injuria dos tecidos provocada pela isquemia global e a lesdo de perfusdo, podem liberar fatores metabslicos que na circulagao, podem agravar 0s efeitos da isquemia . + secundério a isquemia comega a alteracao das fungdes da mucosa intestinal (iberagao de bactérias na corrente sanguinea). Causas de Parada Respiratoria + Obstrugdo de vias aéreas por corpo estranho (OVACE). Estados de inconsciéncia-obstrugao de vias aéreas por queda da lingua na faringe posterior. Afogamento. Acidente vascular cerebral (AVC). Inalagao de fumaga. 18 vigtazaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner Epigiotite, laringite. Overdose de drogas. Trauma Infarto agudo do miocardio. Trauma direto do coragao. Drogas. Dificuldades e Complicagées da RCP Fratura de costela. Disiungo condrocostal. Pneumotorax. Lesées pulmonares. Laceragao de figado com hemorragia interna Caracteristica da equipe de atendimento Ter conhecimento teérico/técnico — médico/entermagem. Raciocinio rapido. Espirito de equipe e sincronia. Conhecimento do material a ser utilizado. Destreza manual. Equilibrio emocional. Numero de pessoas para 0 atendimento — 4 pessoas, sendo estas responsaveis por parte respiratéria, massagem cardiaca, acesso venoso e medicagao, + Carrinho de emergéncia bem equipado contendo materiais e medicamentos de uso imediato. Ressuscitacao Cardiopulmonar (RCP) no Adulto Avaliagao Primaria em PCR ‘+ Checar responssividade da vitima « Ativar a Equipe de Atendimento de Emergéncia. 6 Seguir sequéncia C-A-B-D de atendimento: C — Iniciar compressao toracica rapida e profunda , em ritmo sincronizado na relagao de 30 compresses para 2 ventilagSes ( 1 segundo). A ~ Instalar Via Aérea definitiva. B ~ Aplicar 2 ventilagdes (Ambd); uma a cada 1 segundo. Tao logo possivel, instalar ventiligao mecanica. D —Desfibrilar com choque Unico (360 J - aparelho monofésico ou 200J desfibriladores Bitasicos) aps 5 ciclos ou 2 minutos de RCP. Observacao: A checagem do ritmo cardiaco deve ser feita apés 5 ciclos ou 2 minutos de RCP. 9 vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner Material necessario para Intubacao: 1. CAnulas orotraqueal adulto — 7,0 até 9,0 2. Fio guia estéril 3. Laringoscépio montado com lamina curva n?4ous 4. Luvas estéril n° 7,5 a 9,5 5. Seringa de 20 ml 6. Cadargo 7. Pilhas sobressalentes e lampadas sobressalentes 8. Estetoscépio 9. Oculos de protegao, mascara 10. Dispositivo Bolsa-valva-mdscara (AmbU) Material e equipamento de auxilio 1. Fonte de Oxigénio — fluxémetro aberto em 15 Lim 2. Dispositivo Bolsa-valva-mascara (Ambi), conectado a fonte de oxigénio 3. Aspirador montado com sonda traqueal n® 12 ou 14 4, Tabua de ressuscitagao cardiaca 5. Monitor cardiaco ligado e instalado 6. Desfibrilador ligado e selecionado unidade de Jaules. 7. Carrinho com medicagao de emergéncia e descartaveis, 8. Respirador montado e pronto para uso Técnica direita sendo ‘Apés a constatacao da auséncia de pulso e movimentos respiratérios devemos: (Aula Pratica - Laboratério). Posicionar lateraimente ao paciente. Colocar a Tabua de reanimagao sob o paciente. Expor 0 térax do paciente. Utilizar uma escadinha para um melhor posicionamento em relacdo ao paciente. Localizar 0 processo xiféide e medir 2 ou 3 dedos (cerca de 3 om) acima. Colocar a regido hipotenar da mo direita no esterno, e a esquerda sobre a mao entrelagando os dedos. Manter os bragos bem estendidos e perpendicular ao torax do paciente. Iniciar a compressao tordcica sincronizada com a ventilacéo na relagdo de 30:2, necessario intensificar a compressao toracica (rapida e profunda). + Monitorar 0 paciente simultaneamente a RCP, e checar 0 ritmo cardiaco apés 5 ciclos U2 minutos. + Manter desfibriiador ligado e selecionado 360 Jaules (aparelhos monofasicos) ou 120 a 200 Jaules (aparelhos Bifasicos) para dar o choque se houver ritmo chocavel (Fvrtv). Realizar a troca do compressor a cada 2 minutos. Administrar os medicamentos durante a realizagéo da RCP, imediatamente apés a verificagao do ritmo cardiaco. vigranzaco com vamscanner Ligitaizaao com Lamscanner

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